15 dias após abertura
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, que entrou em funcionamento a 01...

“As 40 camas (10 de média duração e 30 de longa duração) ficaram totalmente ocupadas entre o dia 01 e 15 de Agosto”, disse hoje à agência Lusa o provedor da Misericórdia local.

Cardoso Martins disse que esta taxa de ocupação foi uma surpresa e que "não esperava que a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) enchesse tão depressa".

Neste momento, a UCCI tem apenas disponíveis 11 camas particulares (está apenas uma ocupada), que não foram contempladas no contrato-programa celebrado em 29 de Julho, entre a Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco (SCMCB), a Segurança Social de Castelo Branco e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Com menos de um mês de funcionamento, o provedor da Misericórdia de Castelo Branco adiantou que é necessário efectuar "alguns acertos" no funcionamento dos cuidados continuados.

“A unidade [UCCI] tem estado a receber alguns utentes toxicodependentes, doentes com Alzheimer em estado avançado, com hepatite B. Isto constituiu uma surpresa para nós e obriga-nos a fazer alguns acertos”, explicou Cardoso Martins.

Apesar destes imponderáveis, o provedor diz-se “animado” e espera que no próximo mês “esteja tudo a funcionar da forma mais adequada”.

 

Bastonário alerta
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros alertou hoje para a ruptura iminente do Hospital de Santa Maria por falta de...

No final de uma reunião com o conselho de administração, Germano Couto mostrou-se “preocupado com ruptura iminente que o hospital está a ter por falta de enfermeiros em alguns serviços”.

O bastonário visitou os serviços de gastrenterologia e de medicina, na companhia do presidente do conselho de administração, e constatou “que os enfermeiros que existem nas equipas são insuficientes para os cuidados que são precisos prestar aos doentes”.

Esta carência de profissionais causa uma exaustão nos profissionais que pode mesmo pôr em risco a saúde dos doentes, afirmou o responsável.

“Os riscos são imensos. Num panorama em que existem macas nos corredores, existe o risco de infecções cruzadas por não haver profissionais de saúde suficientes, o que faz com que os cuidados sejam prestados de forma acelerada e não nas melhores condições. Há um risco de morbilidade imenso em situações destas”, alertou.

Germano Couto lembrou que a Organização Mundial de Saúde e o International Council of Nurses defendem que existe um número mínimo de enfermeiros para prestar cuidados e que a Ordem publicou recentemente uma norma para cálculo de dotações seguras no Serviço Nacional de Saúde (SNS), exigindo que esse número seja cumprido.

“O próprio Ministério da Saúde tem instrumentos [de cálculo] que chegaram a esses números e a verdade é que esses 140 enfermeiros que faltam aqui no Hospital de Santa Maria tem por base um instrumento do próprio Ministério da Saúde para o cálculo”, pelo que “não se compreende como é que isto é possível”, sublinhou.

Mais incompreensível para o bastonário é que esta carência de enfermeiros nos serviços se prenda com uma questão burocrática que torna o processo de contratação lento.

“Não compreendo como o SNS - que se pretende de linha de ponta e um serviço eficiente capaz de responder às necessidades da população - tem situações destas apenas porque o processo de contratação de pessoal de enfermagem é lento”, lamentou, recordando que a Ordem já pediu a contratação de 75 profissionais de enfermagem em Março/Abril deste ano e “ainda está do lado da tutela a autorização”.

O presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria, Carlos Martins, corrobora as afirmações do bastonário, confirmando a falta de enfermeiros e a lentidão do processo de contratação.

“No nosso planeamento consideramos 150 enfermeiros, temos uma margem para situações inopinadas, para situações de risco não previstas. Dessas, temos em procedimento 75 vagas por preencher, ate ao fim do ano contamos abrir novo procedimento e no início do próximo ano também para funcionarmos de acordo com aquilo que entendemos que nos permite maior tranquilidade”, afirmou.

Deixando uma nota de “reconhecimento pelo enorme trabalho que tem sido feito pela carreira de enfermagem neste centro hospitalar”, Carlos Martins considerou que, fruto dessa actuação, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde nunca estiveram em causa.

Quanto a prazos concretos para a contratação dos primeiros 75 enfermeiros, o responsável espera ter o processo em curso durante o mês de Setembro, para que a 1 de Outubro possam ser feitas as escalas de serviço do último trimestre já com esse reforço.

“Acreditamos que em 1 de Janeiro teremos um planeamento diferente e que os 150 enfermeiros serão mais do que suficientes para encarar 2015”, acrescentou.

O Hospital de Santa Maria tem presentemente 1.771 enfermeiros em serviço.

Segundo o bastonário, faltam cerca de 25 mil enfermeiros nos hospitais e centros de saúde de todo o país.

 

Pneumologistas saúdam
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia saudou hoje a recomendação norte-americana de proteger os idosos com a vacina...

O Comité Consultivo em Práticas de Imunização do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América votou a recomendação da vacina pneumocócica polissacárida conjugada (VPC13) para a protecção de pessoas com 65 ou mais anos contra a doença pneumocócica.

Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a recomendação norte-americana significa “um importante avanço no combate à pneumonia, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo”.

“Mais do que uma recomendação, esta decisão significa um importante reconhecimento por parte do Comité Consultivo para as Práticas de Vacinação de que a vacinação é a melhor forma de prevenção para a doença pneumocócica”, afirma o presidente da SPP, Carlos Robalo Cordeiro, em comunicado.

O presidente lembra que a pneumonia pneumocócica é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade de adultos em todo o mundo. Perante este quadro, o especialista considera que “o potencial de redução do impacto desta doença pela vacinação de adultos representa, sem dúvida, um benefício significativo para a saúde pública”. A SPP refere que a pneumonia, uma doença com consequências graves para o doente e elevados custos para a sociedade, pode afectar pessoas de todas as idades, especialmente os mais jovens e os mais idosos e é responsável por óbitos em todos os grupos etários, mesmo em pessoas previamente saudáveis.

Um estudo internacional publicado recentemente, que incluiu cerca de 85.000 adultos com 65 ou mais anos de idade, demonstrou a eficácia clínica da Vacina Pneumocócica Conjugada 13 – valente (VPC13) na prevenção da Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) em adultos.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia refere que o estudo CAPiTA tinha como principal objectivo a demonstração da eficácia desta vacina na prevenção do primeiro episódio de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) causada por serotipos incluídos na vacina.

Para a SPP, são “dados relevantes para um país como Portugal”, onde um outro estudo recente, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, documenta que, entre 2000 e 2009, a PAC foi responsável pelo internamento de, em média, 81 adultos por dia, dos quais 16 acabaram por morrer.

“Os resultados deste estudo [CAPiTA] e a consequente consciência do potencial da vacinação (…) representam um enorme contributo para a melhoria da qualidade da saúde pública, não só em Portugal, como em todo o mundo", sublinha Carlos Robalo Cordeiro.

O pneumococo é o responsável por, aproximadamente, 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

 

Nos últimos meses
A taxa de operacionalidade das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste rondou os 100% nos...

Segundo dados hoje divulgados pelo Centro Hospitalar do Oeste (CHO) a viatura da unidade das Caldas da Rainha atingiu os 100% de operacionalidade nos meses de Maio, Junho e Julho.

Quanto à Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) localizada no hospital de Torres Vedras, registou, nos mesmos meses, taxas de inoperacionalidade de 0,16%, 0,88 % e 0,10%, respectivamente, justificadas com “avarias na viatura”, que a obrigaram a pequenas paragens para reparação.

O desempenho dos últimos três meses contribuiu para colocar o CHO entre as sete unidades do país (a par com os centros hospitalares Lisboa Central, Médio-Tejo e dos hospitais de Viseu, Leiria, Castelo Branco e Aveiro) que, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), não tiveram, no mês de Julho, qualquer minuto de paragem.

No comunicado enviado à agência Lusa, o CHO atribui a “melhoria significativa” da taxa de operacionalidade ao “esforço” das equipas que garantem o funcionamento das viaturas 24 horas por dia e aos procedimentos adoptados para “diminuir a dependência de entidades externas”.

Entre estes procedimentos, consta a referenciação de “médicos e enfermeiros da própria Instituição para formação no INEM, o que permitiu tornar as VMER mais operacionais e obter uma maior autonomia na área de recursos humanos”, explicou a instituição.

Em 2013, a VMER de Torres Vedras teve a segunda pior taxa de operacionalidade do país, por ter registado elevados tempos de inoperacionalidade nos meses de Agosto (75,88%), Setembro (70,12%) e Outubro (14,08%), justificados na ocasião pelo conselho de administração (CA) do CHO com a falta de tripulação, contratada através de uma empresa externa.

Já a VMER das Caldas da Rainha teve em 2013 uma operacionalidade de 97,5%.

As VMER sediadas nas Caldas da Rainha e Torres Vedras servem uma área de influência de cerca de 290 mil habitantes.

Além dos hospitais das Caldas da Rainha e Torres Vedras, faz também parte do CHO o Hospital de Peniche, que não tem agregada nenhuma VMER.

 

Sindicado revela:
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses disse hoje que a adesão à greve dos enfermeiros do Hospital de Santarém foi de 65%, no...

Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), afirmou à Lusa que a adesão à greve “é hoje de 65%” dos enfermeiros, tendo destacado uma “adesão a 100%” nos serviços de medicina, cardiologia, urologia, psiquiatria, obstetrícia, ortopedia, urgência geral e especialidades cirúrgicas.

“O bloco operatório, o bloco de partos e as consultas externas estão a funcionar normalmente”, acrescentou a dirigente sindical.

Helena Jorge fez notar que os enfermeiros têm recebido o “apoio e solidariedade” da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), estrutura que se juntou ao SEP e aos profissionais de enfermagem numa recolha de assinaturas em defesa do Serviço Nacional de Saúde, uma acção que hoje principiou.

Segundo disse ainda aquela responsável, as comissões de utentes, enfermeiros e profissionais de saúde vão realizar na quinta-feira um “cordão humano” à entrada do Hospital de Santarém, para “alertar para os problemas vividos pelos profissionais e pelos utentes”.

“É uma denúncia pública das condições de trabalho dos enfermeiros e, consequentemente, das dificuldades que enfrentam para prestar os cuidados de saúde e de enfermagem que as populações têm direito”, vincou.

Os motivos para a realização da greve são o “incumprimento dos horários legais de trabalho, a exigência de uma rápida admissão de mais profissionais naquela unidade de saúde e o pagamento do trabalho extraordinário”, justificou a responsável.

Helena Jorge destacou ainda “a escassez e a redução do número de elementos por turno”, uma situação que, sublinhou, “dá origem a uma carga excessiva de trabalho” aos enfermeiros.

 

Presidente da Câmara de Santarém alerta Governo sobre falta de condições do hospital

O presidente da Câmara de Santarém enviou hoje uma carta ao Governo em que expõe a ausência de condições técnicas do bloco operatório do Hospital de Santarém.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, Ricardo Gonçalves (PSD) afirma que “o sistema de ventilação está completamente obsoleto” e refere a “existência recorrente de humidade na cobertura ou paredes do bloco operatório”, situações que “já levaram ao cancelamento de inúmeras cirurgias”.

Afirmando-se preocupado com a actual situação do bloco operatório e do bloco de partos, o autarca solicitou ao ministro da Saúde que “tome as medidas necessárias para resolver a situação”, ao mesmo tempo que recorda a existência de um projecto de requalificação e melhoramento das condições do edifício.

“Existe um projecto elaborado para obras de melhoramento no bloco operatório e bloco de partos, sendo que as mesmas não se iniciaram por inexistência da competente componente financeira”, destacou.

O presidente da Câmara de Santarém realçou ainda o facto do Hospital de Santarém “servir todo o distrito” e alertou para as consequências para a população de se encontrar encerrado o bloco operatório por falta de condições técnicas e de segurança.

Contactado pela agência Lusa, o Conselho de Administração do Hospital de Santarém recusou prestar esclarecimentos sobre o assunto.

 

Dar resposta a eventuais casos
A Organização Mundial da Saúde ofereceu esta terça-feira a São Tomé e Príncipe materiais e equipamentos para prevenção e...

“A oferta desses materiais que a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz ao nosso país reveste-se de muita importância, numa altura em que estamos a preparar-nos para dar resposta a um eventual caso de Ébola, que infelizmente já existe em alguns países vizinhos nossos”, disse Maria Tomé.

Óculos de protecção, máscaras, uniformes de protecção individual, luvas, aventais, desinfectantes, sacos plásticos, sacos mortuários, caixa para colheita e transporte de amostras, seringas, agulhas e vários outros equipamentos compõem a oferta da OMS.

Os equipamentos serão distribuídos aos técnicos que vão estar no terreno para evitar a disseminação da doença ou mesmo um eventual tratamento de doentes infectados pelo Ébola.

A oferta da Organização Mundial da Saúde foi entregue no dia em que o consultor da OMS Fernando Silveira, ex-ministro da saúde de São Tomé e Príncipe, chegou a São Tomé.

Fernando Silveira deslocou-se ao hospital Ayres de Menezes, o principal do país, juntamente com a ministra da saúde para visitar o espaço que foi reservado pelo governo são-tomense para acolher casos de doentes infectados com Ébola.

 

Doenças de Declaração Obrigatória 2009-2012
Perto de 5.500 casos de doenças de declaração obrigatória foram notificadas em Portugal entre 2009 e 2012, a maior parte na...

“Uma doença de declaração obrigatória é aquela para a qual informação frequente, regular e temporalmente adequada relativamente aos casos de doença individuais é considerada necessária para a sua prevenção e controlo”, explica a Direcção-Geral da Saúde (DGS) no relatório “Doenças de Declaração Obrigatória 2009-2012”.

Segundo o relatório, publicado no site da DGS, foram notificados neste período 5.493 casos, dos quais 2.040 foram assinalados na região norte e 1.922 na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Os dados indicam que 849 casos foram registados na região centro, 205 no Alentejo, 187 no Algarve, 100 nos Açores, 50 na Madeira e 22 no estrangeiro. Houve ainda 117 situações cuja localização é desconhecida.

A maior parte dos casos notificados (793) foi de salmoneloses (intoxicação alimentar pela bactéria salmonela), seguindo-se os casos de sífilis precoce (755).

Foram também notificados 601 casos de febre escaro-nodular (febre da carraça), 588 casos de parotidite epidémica (papeira), 459 de doença dos legionários (pneumonia provocada por bactérias do género Legionella), 442 infecções gonocócicas e 388 casos de tosse convulsa.

Houve ainda 329 notificações de infecção e meningite meningocócica, 296 de brucelose, 217 de malária, 120 de leptospirose, 96 de infecção e meningite por haemophilus influenza, 80 de febre tifóide e paratifoide, 67 de hepatite A, 62 de febre Q (doença transmitida por animais), 46 de sífilis congénita e 42 de leishmaniase visceral.

Neste período, foram notificados 33 casos de doença de Creutzfeldt Jakob (encefalopatia espongiforme) e 31 de doença de Hansen (lepra), segundo o relatório, que faz uma análise descritiva dos casos notificados de acordo com as variáveis demográficas sexo, idade e localização geográfica.

Dos 33 casos de Creutzfeldt Jakob, 17 foram registados no norte do país, 13 na região de Lisboa e Vale do Tejo, um na região centro e um nos Açores.

Já a maioria dos casos de lepra foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo (19), mas houve também quatro situações registadas na região centro, três no norte, três no Algarve e uma no Alentejo.

Os casos notificados destinam-se a “fornecer às autoridades de saúde locais, regionais e nacionais a capacidade de monitorizar a ocorrência e disseminação de doenças transmissíveis, fornecendo a base para o planeamento e intervenção na sua prevenção e controlo”.

A nível local, a notificação da doença protege a saúde da população assegurando a identificação e seguimento dos casos, identificação de contactos, investigação e contenção de surtos de doença e limitar o risco ambiental.

A nível nacional, permite responder a vários requerimentos internacionais, como a comunicação para a Organização Mundial de Saúde e para o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças, fornecendo a base para o trabalho com a comunidade internacional para a prevenção e controlo de surtos.

 

Balanço
Balanço revela realização de mais de 600 mil consultas nos centros de saúde do Algarve no primeiro semestre de 2014.

De acordo com informação da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, no primeiro semestre de 2014 realizaram-se 654.719 consultas de medicina geral e familiar e 444.004 consultas de enfermagem, nas unidades de cuidados de saúde primários dos três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Algarve.

Do total das consultas médicas, mais de 90% foram consultas programadas, sendo que 243.891 dizem respeito a primeiras consultas, enquanto 55.758 correspondem a consultas de recurso e de atendimento complementar (não programadas). No que diz respeito à prestação de cuidados de enfermagem, no primeiro semestre de 2014 foram registadas 194.102 consultas de enfermagem no ACES Central, 169.501 no ACES Barlavento e 80.401 no ACES Sotavento, valores semelhantes aos registados no mesmo período do ano transacto.

No ACES Central, o mais populoso, que integra os concelhos de Faro, Albufeira, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel, foi realizado um total de 299.815 consultas, seguindo-se o ACES Barlavento que integra os concelhos de Portimão, Silves, Lagoa, Vila do Bispo, Aljezur, Monchique e Lagos, com 246.846 e, por último, o ACES Sotavento, que integra os concelhos de Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim, com 108.058 consultas.

A ARS Algarve destaca ainda a taxa de utilização no total da região (primeiras consultas/número de população inscrita no SNS na Região do Algarve), constatando que cerca de 53,1% dos utentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde utilizaram pelo menos uma vez as unidades de cuidados de saúde primários da região, o que comparativamente com o mesmo período de 2013 corresponde a um acréscimo de 3%.

 

Projecto abrirá portas em 2017
Vai abrir portas na Suíça uma nova clínica cinco estrelas, destinada a uma clientela abastada que pretende curar-se de qualquer...

Uma nova clínica cinco estrelas, destinada a uma clientela abastada que pretende curar-se de qualquer forma de dependência (álcool, drogas, dinheiro, sexo, internet ou compras compulsivas) vai abrir portas na Suíça, país que já conta com vários estabelecimentos de prestígio.

“Esperamos abrir na primavera de 2017”, disse à AFP o advogado François Chaudet, administrador da empresa Hôtel de Sonloup, o grupo responsável pelo projecto.

A clínica vai ser, segundo o advogado, um exemplo único na Europa, inspirado no modelo do centro de desintoxicação Betty Ford nos Estados Unidos. As obras vão durar entre 18 e 24 meses.

O estabelecimento de saúde ficará num antigo hotel da região de Montreux, o hotel de Sonloup, que será totalmente restaurado.

A clínica, segundo Chaudet, receberá apenas pacientes que optarem pela “abstinência total” e visará uma clientela internacional. De acordo com o advogado, existe grande procura deste tipo de tratamentos por parte de clientes do Médio e Extremo Oriente.

O projecto custará 25 milhões de francos suíços, cerca de 27,7 milhões de dólares.

 

Comissão Nacional de Saúde Materna
Presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente diz que “todos os cidadãos têm de constituir-se...

Estar atento aos sinais e denunciar. É este o pedido do presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, que falou à Lusa na sequência do caso do bebé que morreu vítima das queimaduras provocadas por água a ferver e de uma menina de três anos que teve de ser internada devido a agressões físicas muito graves. Ambas as histórias foram conhecidas nos últimos dias.

Reconhecendo que, “às vezes, não é fácil detectar este tipo de casos”, o pediatra Júlio Bilhota Xavier sublinhou que nunca é demais alertar os profissionais de saúde e as famílias para “pequenos sinais” que podem indiciar situações de maus tratos. “Estes pequenos sinais podem pô-los de sobreaviso de que estas crianças têm de ser protegidas”, adiantou, defendendo que, para prevenir estas situações, “todos os cidadãos têm de constituir-se como provedores das crianças”.

Segundo o relatório anual das Comissões de Crianças e Jovens, foram registadas, em 2013, 4237 situações de maus tratos físicos em crianças. Além dos maus tratos físicos, foram comunicadas às comissões de protecção outras “situações de perigo”: 18.910 situações de negligência (que representam 25,3% do total das situações de perigo identificadas), 2898 de abuso sexual e 2627 de maus tratos psicológico.

Bilhota Xavier lembrou que os casos de maus tratos sempre existiram, mas hoje são mais falados porque “as pessoas estão mais despertas”. O médico nota que estas situações acontecem em todas as classes sociais, “ao contrário do que se pensava antigamente — que só as famílias mais carenciadas é que maltratavam os seus filhos”.

No caso dos maus tratos psicológicos, Bilhota Xavier admitiu que podem estar a aumentar “como consequência da crise”.

Os pais estão desempregados, têm “dificuldade em manter a alimentação dos filhos ou adquirir os livros escolares” e esta situação acaba “também por ter alguma repercussão em termos psicológicos nos filhos, que não são insensíveis” às dificuldades pelas quais os pais estão a passar.

O especialista salientou que os profissionais de saúde, os professores e os educadores estão hoje “muito mais despertos para este tipo de problemas e mais alertados para pequenos sinais que podem levar à suspeita de que aquela criança está a ser vítima de maus tratos físicos, já que os psicológicos são mais difíceis de detectar”.

Dores de barriga, dificuldade de adormecer ou sonos muito agitados podem ser “pequenos sinais que podem levar a pensar que a criança está a ser vítima de maus tratos”.

Há ainda outros sinais como equimoses, hematomas, escoriações, queimaduras, cortes e mordeduras em locais pouco comuns aos traumatismos de tipo acidental (face, orelhas, boca, pescoço genitais e nádegas).

“Quando pensamos com algum suporte, com uma pequena garantia de que aquela criança está a ser vítima de maus tratos, devemos sempre desencadear todos os mecanismos necessários para proteger essa criança, mas não é fácil”, admitiu.

 

Após declarações do Bastonário:
O Ministério da Saúde negou que os médicos cubanos a trabalharem em Portugal recebam remunerações que excedam o triplo do que é...

A reacção da Administração Central do Sistema de Saúde sucede-se às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, que exortou os sindicatos a exigir que o Governo pague aos profissionais portugueses o mesmo valor que paga aos cubanos, na sequência da notícia publicada hoje pelo jornal i, que refere que “os médicos cubanos já custaram 12 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) sublinha, numa “nota de esclarecimento” agora divulgada, que o valor pago a cada clínico cubano, inicialmente de 5.900 euros, segundo o matutino, “sofreu uma redução substancial, face ao favor inicial”.

“Porque se trata de um acordo bilateral entre dois Estados, o Estado português assumiu o compromisso de pagar mensalmente, ao Estado cubano, por cada profissional que exerça funções ao abrigo do mencionado acordo, um valor correspondente a 4.230 euros mensais”, acentuou a ACSS. O organismo salientou que a remuneração dos médicos portugueses, de acordo com a actual tabela de 40 horas, em vigor, “varia entre 2.746,24 euros e 5.063,38 euros, referentes ao ingresso na categoria de assistente e na última posição remuneratória da categoria mais elevada – assistente graduado sénior, respectivamente”. “A estes valores acrescem os encargos sociais correspondentes, em regra, 23,75%, o que totaliza, para cada um dos casos, 3.398,47 euros e 6.265,93 euros mensais. Um montante que pode ser superior quando se tratam de profissionais a exercer numa Unidade de Saúde Familiar”, acrescentou a ACSS.

O Ministério da Saúde lamentou “as afirmações de desconsideração” com os médicos cubanos e lembrou que mais clínicos de outras nacionalidades trabalham em Portugal, para benefício do SNS. Esclarece ainda que o contrato a que se reporta o jornal i é a “IV Renovação do Acordo de Cooperação para a Prestação de Serviços Médicos entre os Serviços Médicos da República de Cuba e a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., da República Portuguesa, assinado a 30 de Abril de 2014, acordo que foi assinado pela primeira vez em 2009”. “Esta renovação veio dar resposta a situações que não estavam suficientemente acauteladas como a substituição dos profissionais de saúde cubanos antes do prazo. E estipulou-se ainda que os médicos cubanos colocados em Portugal terão que cumprir, quando aplicável, o mesmo horário de urgências que os médicos portugueses, ou seja, até 18 horas semanais, e não 12 horas”, pode ler-se na nota da ACSS.

A ACSS lembrou que a contratação de médicos cubanos foi iniciada em 2009 e que “a renovação deste acordo não deve ser analisada como uma medida isolada, mas no âmbito de um conjunto de medidas que o Ministério da Saúde tem vindo a implementar para reforçar o acesso da população ao SNS e a oferta de serviços de saúde nos cuidados de saúde primários, respondendo de forma efectiva à insuficiência de médicos”.

Neste momento, Portugal tem 18 médicos cubanos de Medicina Geral e Familiar no SNS, num universo de 7.651 médicos portugueses naquela área. Mais 51 chegam ao país em Setembro.

 

Embaixadora de Cuba: são "desrespeitosas e irracionais" as declarações de Bastonário

A embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada, rejeita “de forma categórica” as “declarações desrespeitosas e irracionais” do bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, considerando que constituem uma “escandalosa falta à verdade”.

“Muito poucos questionam o contributo positivo deste acordo para o sistema de saúde em Portugal”, lê-se numa nota da embaixadora Johana Tablada, enviada à agência Lusa, a propósito de declarações do bastonário da OM nas quais este exortava os sindicatos a exigirem ao Governo que pague a médicos portugueses o mesmo valor que paga aos cubanos.

 “Não sei a quem respondem as suas declarações nem quem deseja enganar. Mas estou convencida de que nada têm a ver com o impacto desta experiência nos locais onde estão colocados os nossos médicos, porque não há outros disponíveis para ocuparem esses lugares, que são, sobretudo, foras das principais cidades”, refere a nota da embaixadora.

“As suas palavras [José Manuel Silva] não reflectem o verdadeiro estado das relações existentes entre as instituições, os profissionais de saúde e o povo de Cuba e de Portugal. Por alguma obscura e turva razão que não alcanço, o senhor Silva parece responder a interesses que nada têm a ver com o bem-estar dos portugueses e dos cubanos e ignora deliberadamente a história dos acordos médicos entre Cuba e Portugal, uma história muito positiva que permitiu a Portugal oferecer, desde 2009, 1.316.225 consultas”, sublinha Johana Tablada.

Em 2014, os médicos cubanos viram e prestaram assistência qualificada e reconhecida em Portugal e no mundo a mais de 131.000 casos, observa. Para a embaixadora, “não há nada a ocultar nem nada que envergonhe, porque parte dos fundos do salário dos médicos dirige-se de maneira transparente a contribuir para o Sistema de Saúde de Cuba que os formou e ainda os emprega”.

“Esse sistema oferece cobertura universal e gratuita a todos os médicos que hoje trabalham em Portugal e a seus familiares (…). Dizer sem pudor que estes fundos vão para o regime de Cuba constitui uma declaração sem fundamento, ignorante, anticubana e um acto de demagogia política, irresponsável para uma pessoa que detém um cargo importante”, conclui a nota da representante de Cuba em Portugal.

 

Enfermeiros no Hospital de Santarém
O Conselho de Administração do Hospital de Santarém admitiu hoje que a adesão à greve dos enfermeiros que hoje começou na...

Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a greve dos enfermeiros no Hospital de Santarém teve início hoje, às 08:00, e prolonga-se até às 24:00 de dia 22 de Agosto, sexta-feira.

Em comunicado, o Conselho de Administração assegura que a adesão à greve dos enfermeiros que hoje começou na unidade é de 52,5%, refutando os números avançados pelo Sindicato, que apontou para entre 60 e os 70%. Assegura, por outro lado, que estão “reunidas todas as condições para a prestação de cuidados” médicos aos seus utentes.

“Impõe-se neste momento uma palavra de tranquilização a todos os utentes do hospital, já que se encontram asseguradas todas as condições que permitem a esta unidade de saúde manter os cuidados adequados à população que serve”, afirma a administração na nota divulgada esta tarde.

Segundo o Conselho de Administração, o bloco operatório central está “em funcionamento pleno e de acordo com a programação pré existente, assim como o bloco de cirurgia de ambulatório”.

“O serviço de Consulta Externa está em funcionamento pleno e os Serviços de Urgência e de Internamento com os cuidados mínimos assegurados", acrescenta a administração.

Os enfermeiros do hospital de Santarém iniciaram hoje uma greve de quatro dias em protesto contra o que consideram "incumprimento dos horários de trabalho” e pela rápida admissão de mais profissionais para a unidade de saúde.

Na segunda-feira, a administração do Hospital anunciou que obteve autorização para contratar 17 enfermeiros, número que o SEP considera insuficiente.

 

Adesão de “60 a 70%” na greve, diz Sindicato

A adesão à greve de enfermeiros no Hospital de Santarém rondou “os 60 a 70%” no turno da manhã de hoje, admitiu o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Em declarações à agência Lusa, Helena Jorge, do SEP, disse que a adesão à greve, que se prolonga até sexta-feira, "ronda hoje os 60 a 70%" dos enfermeiros, tendo destacado uma "adesão a 100%" nos serviços de urgência geral, cardiologia e serviços de medicina. “No bloco operatório e cirurgia de ambulatório os enfermeiros não aderiram à greve no dia de hoje”, observou a dirigente sindical.

Segundo Helena Jorge, os serviços de urgências estão a funcionar, em termos de pessoal de enfermagem, em regime de serviços mínimos, pelo que os utentes “podem ter de esperar mais do que as quatro horas habituais. Podem ser horas infinitas, mas vão ser todos atendidos”, assegurou.

“Já somos poucos enfermeiros e temos muitos utentes internados, pelo que apelamos a que as situações que não sejam realmente urgentes se desloquem para os centros.

 

Distribuída a 2 de Setembro
A revista internacional MIT Technology Review divulgou hoje a nomeação, pela primeira vez, de uma cientista portuguesa para a...

“É o reconhecimento pelo trabalho. Claro que estou muito satisfeita por receber o prémio. Acho que o mais importante não é o prémio, mas a tecnologia em si, o valor e o potencial que tem para melhorar qualidade de vida de muitos pacientes pelo mundo. É para isso que, realmente, eu trabalho”, disse à Lusa, a partir de Paris, a investigadora Maria José Pereira, de 28 anos.

Há mais de 10 anos que a revista MIT Technology Review, do Massachusetts Institute of Technology, reconhece as pessoas inovadoras que desenvolvem tecnologias com capacidade de transformar o mundo e, pela primeira vez, nomeia uma cientista portuguesa. Alguns dos nomes já nomeados nesta lista foram Larry Page e Sergey Brin, co-fundadores do motor de busca Google, e Mark Zuckerberg, co-fundador da rede social Facebook.

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Coimbra, Maria José Pereira contribuiu, nos Estados Unidos, para o desenvolvimento de um novo adesivo que funciona como uma cola e que permite reparar mais facilmente defeitos cardiovasculares que afectam seis bebés em cada mil nascimentos.

Este adesivo formado por um novo biomaterial irá simplificar consideravelmente o processo de reparação e reduzir a necessidade duma intervenção cirúrgica invasiva nos primeiros tempos de vida. Ao contrário dos outros materiais, a tecnologia deste material permite-lhe aderir fortemente ao tecido e resistir à constante pressão exercida num órgão, como o coração, em presença de sangue.

“O meu doutoramento foi pelo MIT Portugal e o programa dá-nos a oportunidade de trabalhar com investigadores no estrangeiro. Daí, na altura, ter ido para os Estados Unidos, onde conheci outros investigadores e surgiu a ideia deste projecto”, sublinhou a cientista portuguesa.

O Programa MIT Portugal é uma colaboração, desde 2006, entre universidades, centros de investigação portugueses, empresas e o MIT, que procura promover o investimento em ciência, tecnologia e educação superior como dinamizador do desenvolvimento económico e social em Portugal.

“Estava integrada numa equipa no Brigham & Women's Hospital, que faz parte da divisão de ciências para a saúde e tecnologia da Harvard-MIT, e colaborei também com investigadores do Children´s Hospital em Boston”, referiu Maria José Pereira. “Foi basicamente neste ecossistema em que havia pessoas muito boas tanto a nível da engenharia, como na parte clínica, que surgiu toda a ideia deste projecto. Foi uma equipa muito multidisciplinar e o ambiente muito rico de Boston que proporcionou este projecto”, acrescentou.

Actualmente, Maria José Pereira coordena a área de tecnologias de adesão na 'start up' Gecko Biomedical, localizada em Paris.

“Durante o meu doutoramento, foi submetida uma patente (para esta tecnologia por pesquisadores do MIT) e há várias tecnologias que estão relacionadas com este trabalho que foram licenciadas à Gecko Biomedical, que é uma 'start up' que está a trabalhar nesta tecnologia e outras plataformas para a adesão, sempre na área médica”, referiu.

A empresa, fundada em 2013, conseguiu o financiamento de oito milhões de euros e espera que esta tecnologia esteja disponível no mercado entre dois a três anos, segundo a MIT Portugal.

“Claro que (a nomeação) demonstra que somos (portugueses) capazes de fazer muito. A minha educação toda foi em Portugal, tive esta experiência nos Estados Unidos e ter conseguido obter este prémio é bastante importante”, sublinhou Maria José Pereira.

Os nomeados deste ano serão incluídos na edição impressa da revista de Setembro/Outubro, que será distribuída a 02 de Setembro.

 

PlegridyTM (Peginterferão beta-1a)
A Comissão Europeia autorizou a comercialização do PlegridyTM (Peginterferão beta-1a) no tratamento para adultos com esclerose...

A Biogen Idec (NASDAQ: BIIB) acaba de anunciar que a Comissão Europeia (CE) autorizou a comercialização do PlegridyTM (Peginterferão beta-1a) no tratamento para adultos com esclerose múltipla por surto-remissão (EMSR), a forma mais comum de esclerose múltipla (EM). O plegridy é administrado de duas em duas semanas com a plegridy pen, um novo auto-injector pronto a usar.

“O plegridy oferece às pessoas que vivem com EM um interferão com uma eficácia reforçada e com um perfil de segurança já bem estabelecido, que requer consideravelmente menos injecções do que outras terapêuticas injectáveis”, afirma Sérgio Teixeira, Country Director da Biogen Idec Portugal. “A aprovação do plegridy é o segundo medicamento que a Biogen Idec coloca no mercado neste ano e nesta área terapêutica, depois da aprovação do tecfidera em Fevereiro, o que vem sedimentar a liderança e o compromisso que a Biogen Idec tem vindo a demonstrar para com a comunidade de doentes com EM”.

O plegridy é o único interferão peguilado aprovado para a utilização na EMSR e reduz vários parâmetros de actividade da doença, incluindo número de surtos, lesões cerebrais e progressão da incapacidade.

Esta aprovação baseia-se nos resultados de um dos maiores e principais estudos conduzidos com interferão beta, o ADVANCE (1), que envolveu mais de 1500 doentes com EMSR.

No ensaio clínico ADVANCE, o plegridy administrado de duas em duas semanas reduziu significativamente a taxa anualizada de surtos (TAS) ao final de um ano em cerca de 36 por cento quando comparado com placebo (p=0.0007).

O plegridy reduziu o risco de progressão sustentada da incapacidade confirmada às 12 semanas em 38% (p=0.0383) e às 24 semanas em 54% (p=0.0069, análise post-hoc). Além disso o número de lesões captantes de gadolínio [Gd+] foi significativamente reduzido em 86% (p<0.0001), quando comparado com placebo.

Os resultados de dois anos de ADVANCE confirmam que a sua eficácia robusta é mantida além do controlo com placebo no primeiro ano de estudo.

Para o Prof. Doutor João de Sá, neurologista do Hospital de Santa Maria, o plegridy é “uma formulação distinta de interferão beta-1a, que vai seguramente revolucionar a terapêutica de primeira linha da esclerose múltipla evoluindo por surto-remissão”. Acrescenta ainda que “teremos assim com um perfil de eficácia e segurança bem conhecidos uma formulação que permite ser administrada 2 vezes por mês, o que representa indiscutivelmente uma opção terapêutica extremamente cómoda para os doentes com esta doença que poderão ver assim muito melhorada a sua qualidade de vida.”

A segurança e perfil de tolerabilidade do peginterferão beta-1a observado no ADVANCE (1) foi consistente com o dos interferões utilizados para o tratamento da EM. As reacções adversas mais reportadas (incidência ≥10% e pelo menos 2% mais frequente no peginterferão beta-1a que no placebo) foram reacção no local da injecção, síndrome gripal, febre, dor de cabeça, dores musculares, arrepios, dor no local da injecção, fraqueza, prurido no local da injecção e dores nas articulações (1).

O plegridy é a quinta terapêutica disponibilizada pela Biogen Idec às pessoas que vivem com EM, expandindo o portfolio dirigido às necessidades individuais dos doentes. Para mais Informação sobre o plegridy, visite o site www.biogenidec.com.

 

Sobre o plegridy™

O plegridy é uma terapêutica injectável por via subcutânea para a EMSR no qual o interferão beta-1a é peguilado para prolongar o seu efeito e permitir uma administração menos frequente. O plegridy faz parte da classe dos interferões para o tratamento da EM.

De acordo com o Resumo das Características do Medicamento (RCM) da UE, a dose inicial recomendada é de 63 microgramas, aumentando para 94 microgramas na segunda dose, chegando a 125 microgramas na terceira dose e continuando com esta dosagem a cada duas semanas. (3)

A segurança e perfil de tolerabilidade do plegridy observados no ADVANCE (1) foram consistentes com o dos interferões utilizados para o tratamento da EM. O plegridy deve ser administrado com prudência em doentes com perturbações depressivas, convulsões, danos hepáticos ou renais graves. Foram observadas citopenias, incluindo raras neutropenias graves e trombocitopenias em doentes tratados com plegridy. Foram reportados os seguintes sintomas em tratamentos com interferões beta, incluindo o plegridy: elevação das enzimas hepáticas, reacções graves de hipersensibilidade, reacções no local da injecção com a administração subcutânea, incluindo necrose do local da injecção e agravamento de doença cardíaca.

O RCM da UE também refere que a utilização do interferão beta está associado a casos de síndrome nefrótico, microangiopatia trombótica manifestada como púrpura trombocitopénica trombótica ou síndrome urémica hemolítica, hiper e hipotiroidismo, hepatite, hepatite auto-imune, casos raros de falência hepática grave, diminuição das contagens de sangue periférico, incluindo casos raros de pancitopenia. (2)

 

Sobre a peguilação

A peguilação prolonga o tempo de circulação das moléculas no corpo, através do aumento do seu tamanho e prolongando o seu tempo de semi-vida, ao estabilizar a molécula por aumento da sua solubilidade e protegendo-as das enzimas do corpo que tentam transformá-la em partículas menores.(3)

A peguilação é um processo científico bem estabelecido e utilizado há mais de 20 anos. (3,4)

 

Sobre a Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, muitas vezes incapacitante, que ataca o sistema nervoso central, que é composto pelo cérebro, medula espinal e nervos ópticos. Os sintomas podem ser ligeiros ou graves, variando desde formigueiros nos membros inferiores até paralisia ou perda de visão. A progressão, gravidade e sintomas específicos são imprevisíveis e variam de pessoa para pessoa. A EM afecta cerca de 8.300 pessoas em Portugal. (5) A Esclerose Múltipla Surto-Remissão (EMSR) é a forma mais comum da doença, responsável por cerca de 85% dos casos, e é caracterizada por surtos agudos com recuperação total ou parcial com acumulação de incapacidade. (6)




[i]Calabresi PA et al. Peginterferon Beta-1a Provides Improvements in Clinical and Radiological Disease Activity in Relapsing-Remitting Multiple Sclerosis: Year 1 Findings from the Phase 3 ADVANCE. Poster presented at 29th Congress of the European Committee for Research and Treatment in Multiple Sclerosis, 2013.

[ii]Resumo das Características do Medicamento de Plegridy. EMA, julho de 2014

[iii]Bailon P and Won CY. PEG-modified biopharmaceuticals. Expert Opin Drug Deliv 6: 1-16, 2009. 

[iv]Reuss R. PEGylated interferon beta-1a in the treatment of multiple sclerosis – an update. Biologics: Targets and Therapy 7: 131-139, 2013. Available at http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3686537/pdf/btt-7-131.pdf. Accessed March 2014.

[v]Kobelt et al. Access to Innovative treatments in MS. 2009

[vi]Multiple Sclerosis International Federation. About MS – Types and Course. Date Accessed: 21 March 2013. http://www.msif.org/en/about_ms/types_of_ms.html

 

Stivarga® (regorafenib)
Stivarga® (regorafenib), medicamento da Bayer na área da oncologia foi aprovado pela Comissão Europeia para o tratamento de...

A aprovação do Stivarga no GIST teve por base os resultados de um estudo de fase III (GRID) que demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa na progressão livre de doença (PFS) comparativamente com placebo em doentes com GIST cuja doença progrediu após tratamentos prévios. O Stivarga® já está aprovado na Europa para o tratamento de doentes com cancro colo rectal metastático (mCRC).

“Na sequência da aprovação do Stivarga® no GIST em alguns países, incluindo os Estados Unidos e Japão, estamos muito satisfeitos por oferecer aos doentes Europeus uma nova opção para tratar esta rara mas implacável doença oncológica”, comentou o Dr. Joerg Moeller, elemento da Comissão Executiva e Director do Desenvolvimento Global da Bayer. “Na Bayer, estamos dedicados a explorar soluções para diferentes tipos tumorais e direccionar a inovação ao encontro de necessidades médicas não colmatadas tanto para médicos como para doentes”.

“O GIST é uma doença oncológica altamente agressiva que pode estar por detectar durante anos, e no momento do diagnóstico, a maioria dos doentes já progrediu para estádios avançados da doença. As taxas de sobrevivência são baixas e os tratamentos muito limitados após imatinib e sunitinib”, disse o Dr. Jean Yves-Blay, investigador do GRID, Professor de Oncologia médica e Director do Departamento de Oncologia médica no Centro Claude Bernard na Universidade de Lyon, França. “O Ensaio de fase III GRID demonstrou que a sobrevivência livre de progressão com regorafenib é 5 vezes superior versus placebo, uma melhoria significativa para doença progressiva”.

“Uma das coisas mais difíceis de ouvir do nosso médico é que já não existem opções de tratamento adicionais para a nossa doença”, disse Markus Wartenberg, membro do Conselho de Directores da Associação Europeia de Doentes com Sarcoma (SPAEN). “Em casos de cancros raros como o GIST, a esperança revitaliza as pessoas a lutar contra o cancro. Novas opções de tratamento são bem-vindas para que os doentes continuem a desafiar a sua doença”.

Os resultados do ensaio de fase III GRID demonstraram que o regorafenib mais melhores cuidados de saúde (BSC) melhorou significativamente a progressão livre de doença (PFS) comparada com placebo e BSC (HR=0.268 [95% CI 0.185-0.388], p<0.0001) em doentes com doença metastática e/ou irressecável que foram tratados previamente com imatinib e sunitinib, reduzindo o risco de progressão ou morte em 73%. A PFS mediana foi de 4,8 meses no braço de regorafenib versus 0,9 meses no braço de placebo (p<0,0001). O aumento de PFS foi consistente e independente da idade do doente, sexo, área geográfica, linhas de tratamento prévias e ECOG performance status.

Em ensaios clínicos, a reacção adversa mais notificada em doentes tratados com regorafenib versus doentes no braço de placebo foram, respectivamente: astenia/fadiga, reacção cutânea mão-pé (HFSR), diarreia, perda de apetite, hipertensão, mucosite, disfonia, infecção, dor, diminuição de peso, dor gastrointestinal e abdominal, rash, febre e náuseas. As reacções adversas mais graves relacionadas com o regorafenib foram hepatotoxicidade, hemorragia e perfuração gastrointestinal. Os efeitos adversos nos doentes tratados com regorafenib geralmente surgem cedo (durante os primeiros dois ciclos de tratamento), pelo que é recomendada uma monitorização cuidada dos doentes.

Os resultados do ensaio GRID foram apresentados na 48ª reunião da Sociedade Americana de Oncologia Médica (ASCO) em Junho de 2013 e publicados em Novembro de 2012 no The Lancet.

O regorafenib foi aprovado com o nome comercial Stivarga® em diversos países incluindo os Estados Unidos e Japão para o tratamento de GIST. Em 60 países, incluindo Estados Unidos, Japão e Europa, o medicamento também já foi aprovado para o tratamento de doentes com Cancro colo rectal metastático.

 

Sobre o ensaio GRID

GRID (GIST – Regorafenib In Progressive Disease) foi um ensaio de fase III aleatorizado, duplamente cego, controlado por placebo, multicêntrico que avaliou a eficácia e segurança do regorafenib no tratamento do GIST. Aleatorizou 199 doentes cuja doença tinha progredido após tratamento prévio com imatinib e sunitinib.

Os doentes foram aleatorizados num rácio 2:1 para receber regorafenib e melhores cuidados de suporte ou placebo e melhores cuidados de suporte. Os ciclos de tratamento consistiram em 160 mg de regorafenib ou placebo uma vez ao dia durante 3 semanas seguidas de uma semana sem tratamento. O endpoint primário foi Progressão livre de doença (PFS) e, entre os endpoints secundários incluem-se a sobrevivência global, tempo até progressão, taxa de controle de doença e duração da resposta. A segurança e tolerabilidade dos dois grupos de tratamento foram também comparados. Os doentes inicialmente aleatorizados para placebo estavam autorizados a fazer cross-over para utilização de regorafenib em open label, quando a doença progredisse.

 

Sobre Tumores do Estroma Gastrointestinal (GIST)

GIST é a forma mais frequente de sarcoma que surge na parede muscular do tracto gastrointestinal. O GIST é uma doença maligna que colocam a vida do doente em risco quando está metastizada para outras áreas do corpo e não é possível fazer a sua remoção cirúrgica com intenção curativa. O GIST atinge cerca de 11-20 doentes por milhar por ano a nível mundial.

A descoberta de mutações oncogénicas da quinase KIT no GIST e a introdução das terapias com inibidores multiquinase conduziram a uma rápida evolução na compreensão deste tipo de tumores. Está agora estabelecido que entre 70-80% dos GISTs possuem uma mutação no gene KIT, mutações essas que conduzem a uma activação contínua da quinase e que esse KIT mutante é um alvo terapêutico para o GIST.

 

Sobre o Stivarga® (regorafenib)

O Stivarga® (regorafenib) é um inibidor multiquinase oral que inibe várias quinases envolvidas nos mecanismos de crescimento e proliferação tumoral - angiogénese, oncogénese e micro ambiente tumoral. Em estudos pré-clínicos, o Stivarga® inibe vários receptores VEGF que desempenham um papel central na neoangiogénese do tumor (o crescimento de novos vasos sanguíneos). Para além do VEGFR 1-3 também inibe várias quinases oncogénicas e do micro ambiente tumoral incluindo TIE-2, RAF-1, BRAF, BRAFV600, KIT, RET, PDGFR e FGFR que individual e colectivamente impactam no crescimento tumoral, formação do micro ambiente do estroma tumoral e a progressão da doença.

Stivarga é um composto desenvolvido pela Bayer. Em 2011, a Bayer chegou a um acordo com a Onyx Pharmaceuticals, Inc – uma subsidiária da Amgen, em que a Onyx recebe royalties sobre todas as vendas líquidas globais do Regorafenib em oncologia.

 

Na República Democrática do Congo
Na República Democrática do Congo cerca de três mil pessoas foram vítimas de violência sexual na primeira metade do ano,...

O grupo, que presta apoio às vítimas, a maior parte mulheres, nas províncias de Kivu e Maniema, disse que identificou 2.829 sobreviventes de violência sexual e que tratou 1.573 desde Janeiro.

O Heal Africa explica que a maior parte das mulheres que foram violadas recorrem à organização para receberem tratamento contra o HIV.

A violência é exercida por homens armados ou civis, acrescenta a Heal Africa em comunicado.

A zona do Kivu, leste do país, tem sido palco de intensos confrontos entre grupos armados que disputam os recursos naturais existentes.

 

Ministro de Informação liberiano informa
Os 17 doentes com Ébola que fugiram de um centro de isolamento em Monróvia, quando este foi atacado, no fim-de-semana, já foram...

“Os 17 doentes que fugiram do centro para doentes de Ébola foram todos encontrados. Dirigiram-se a pé, por eles próprios, para o hospital JFK”, o principal estabelecimento do país, declarou o governante à agência France Presse.

Na noite de sábado, homens armados com bastões e facas atacaram e pilharam o centro de isolamento na capital da Libéria, levando à fuga dos 17 doentes internados.

Brown disse ainda que seis profissionais de saúde liberianos infectados com a febre hemorrágica estão a reagir positivamente ao soro experimental norte-americano.

A Libéria recebeu a 13 de Agosto doses do soro experimental ZMapp, que teve resultados positivos em dois norte-americanos contaminados, embora não tenha permitido salvar um padre espanhol, que morreu a 12 de Agosto.

Face à amplitude da epidemia, um comité de peritos convidado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou “ético” permitir que medicamentos cuja eficácia e efeitos secundários não estão medidos sejam utilizados “como tratamento potencial ou medida preventiva”.

A Libéria é o país onde a epidemia do vírus Ébola já provocou o maior número de mortos, 466 em 1.229 mortes registadas, segundo o último balanço da OMS.

Ordem exorta sindicatos
O bastonário dos Médicos exorta os sindicatos a exigir que o Governo pague aos profissionais portugueses o mesmo valor que paga...

“Já tínhamos ideia da dimensão dos valores, mas agora os documentos oficiais vêm confirmar o que a Ordem dos Médicos há muito diz. A Ordem não pode fazer nada. Continuará a criticar a opção do Governo e esperamos que os sindicatos exijam que o Governo remunere os médicos portugueses com o mesmo que paga por não especialistas cubanos”, afirmou à agência Lusa, na sequência da notícia do jornal iOnline hoje divulgada da existência de um acordo entre Portugal e Cuba, desde 2009, para a contratação de clínicos para médicos de família em Portugal, que custou nos últimos seis anos 12 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Sobretudo, José Manuel Silva diz querer que o Ministério da Saúde “elimine, desista da opção política de financiar o sistema de saúde cubano e olhe para a situação dos médicos portugueses e resolva os problemas dos doentes portugueses.

“O trabalho médico foi tão desqualificado que os médicos portugueses estão a emigrar e a reformar-se antecipadamente”, sublinhou.

Lembrando que Portugal é o 5º país da OCDE com mais médicos, o bastonário sublinhou que o problema em Portugal “não é a falta de médicos”.

A propósito, o bastonário sublinhou que o Estado português remunera melhor os médicos no sector privado, através de convenções e subsistemas de saúde, do que no público. “O Governo deve criar condições para contratar médicos portugueses. Por que é que opta por médicos cubanos sem especialidade, com barreiras linguísticas e culturais”, questiona.

José Manuel Silva salienta que a tutela nunca ofereceu estas condições (as que têm os clínicos cubanos) para os médicos portugueses que queiram ficar no interior do país, por exemplo. O bastonário sublinha que o Estado oferece 8 euros/hora a médicos especialistas portugueses e 96 euros por hora a cubanos sem especialidade, afirmando não compreender esta opção.

“Estes médicos ganham mais de quatro mil euros por mês e o Estado ainda lhes oferece alojamento, paga o gás, água e electricidade. É mais do dobro do que ganha um português com especialidade”, criticou.

 

Em Angola
O aumento de casos de sarampo, verificado nos últimos meses na província angolana do Zaire, está a motivar preocupação das...

A inquietação com a situação foi manifestada pelo chefe de departamento da saúde pública do Zaire, Fonseca Miala, citado hoje pelo Jornal de Angola, sublinhando maior preocupação com os municípios de M'banza Congo, capital da província, e do Soyo.

Segundo o responsável, dos 162 casos registados até agora, 115 foram notificados no Soyo e 43 em M'banza Congo, municípios que vivem "uma situação de emergência devido à propagação da doença".

As autoridades sanitárias do Zaire atribuem o elevado número de casos de sarampo na província à proximidade com a República Democrática do Congo, com quem partilham uma extensa fronteira.

O Ministério da Saúde angolano tem programada uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo para Setembro, prevendo-se que sejam abrangidas naquela província petrolífera no norte de Angola cerca de 40 mil crianças.

A campanha vai contar o trabalho de 53 equipas para duas fases de vacinação. A primeira de carácter móvel vai ter as atenções viradas para creches, orfanatos e escolas primárias, a segunda de carácter fixa, será montada em unidades sanitárias públicas e privadas, igrejas e mercados, nas zonas rurais e urbanas.

Angola está a braços com surtos de sarampo, um pouco por todo o país, o que levou as autoridades a programarem uma campanha nacional de vacinação contra a doença, que em 2013 matou 305 pessoas de um total de 15.632 casos registados.

Em Fevereiro deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu Angola na lista de países que ainda registam surtos epidémicos de sarampo, com 4.458 casos notificados em 2012, depois da República Democrática do Congo (72.029), Burkina Faso (7.362) e Nigéria (6.447).

 

Ébola:
A Organização Mundial de Saúde anunciou a criação de um grupo de trabalho com as companhias aéreas e a indústria de turismo no...

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) acrescentou estar a trabalhar em conjunto com a Organização de Aviação Civil Internacional, a Organização Mundial do Turismo, o Conselho Internacional de Aeroportos, a Associação Internacional de Transporte Aéreo e o World Travel and Tourism Council.

Fonte da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse à agência France Press (AFP) que a decisão do organismo visa “acompanhar a situação e fornecer informações oportunas para o ramo de viagens e turismo assim como para quem viaja”.

A primeira sessão do grupo de trabalho realizou-se a 13 de Agosto, à porta fechada, acrescentou.

A 08 de Agosto, a OMS declarou o estado de emergência de saúde pública mundial devido ao surto de Ébola, um vírus mortal e altamente contagioso, que se espalhou, desde o início do ano, da Guiné para a Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

A OMS reitera que não recomenda qualquer proibição de viagens ou de comércio internacional devido ao surto de Ébola que já matou 1.145 pessoas e infectou mais de 2.100. A febre hemorrágica é transmitida por contacto directo com o sangue e outros fluidos corporais de pessoas infectadas ou animais mortos.

“O risco de transmissão do vírus do Ébola durante as viagens de avião é baixo”, disse a mesma fonte, acrescentando que, ao contrário da gripe ou tuberculose, o Ébola não é transmitido pela respiração nem se propaga pela inalação de ar de pessoas contaminadas.

De qualquer forma, os viajantes são aconselhados a evitar todos esses contactos e a efectuarem as suas rotinas de higiene, designadamente a lavagem de mãos.

A OMS reafirmou ainda que os países afectados devem “realizar o rastreio de saída de todas as pessoas nos aeroportos internacionais, portos e principais cruzamentos em terra, por doença febril inexplicável consistente com potencial de infecção Ébola”.

 

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