Em Agosto e Setembro
Acção de sensibilização, entre Agosto e Setembro, estará em 100 praias e alertará os veraneantes para a possibilidade de...

Durante dois meses as praias do país vão receber ortopedistas e vários voluntários numa campanha que visa sensibilizar os veraneantes para os perigos de mergulhar em águas baixas ou junto a rochas. A campanha “Mergulho Seguro”, em marcha entre Agosto e Setembro, “pretende prevenir os traumatismos vertebro-medulares provocados por acidentes relacionados com o mergulho”, adiantou ao Público online Jorge Mineiro, o presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), entidade responsável pela acção em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A campanha estará presente em 100 praias do país com cartazes e folhetos de sensibilização. “Estima-se que 43% dos acidentes de mergulho aconteceram a jovens entre os 10 e os 19 anos e que 73% dos acidentados tinham menos de 29 anos. É nos meses de Julho e Setembro que se verifica mais de 90% destas ocorrências”, apontou também Jorge Mineiro com base num estudo relativo à época balnear de 2012.

“É o único estudo prospectivo que existe. Nele foram referenciados 17 acidentes, dos quais seis resultaram em lesões medulares e três em lesão total”, explicou o médico interno autor do estudo, Ricardo Prata. No âmbito da campanha deverá ainda ocorrer a realização de acções de sensibilização em escolas de surf e a colocação de outdoors nas praias, indicou Ricardo Prata.

Com base nesses números, o presidente da SPOT defende que “os jovens devem conhecer a profundidade do local antes de mergulharem e não devem mergulhar a partir de rochas, margens de lagos ou rios ou em águas rasas”. Correr esse risco, poderá resultar na morte ou deixar os jovens “gravemente incapacitados”, alerta o especialista.

“Não mergulhes no escuro. O local onde mergulhas pode não ser tão fundo como pensas. A água às vezes não é o que parece”, lê-se num dos folhetos que serão distribuídos nas praias.

Segundo a SPOT “os traumatismos vertebro-medulares apresentam elevadas taxas de morbilidade e mortalidade particularmente elevada em Portugal face ao panorama europeu, no contexto dos acidentes em praias". Aquela sociedade não conseguiu, porém, adiantar, para efeitos de comparação, as taxas médias de mortalidade devido a este tipo de acidentes na Europa.

 

Laboratórios alertam
A Associação Nacional dos Laboratórios considerou, em Bragança, que a realização de análises clínicas, em centros de saúde e...

Para o presidente da Associação Nacional dos Laboratórios (ANL), José Chaves, a “internalização” das análises pela Unidade Local Saúde do Nordeste (USLNE), poderá acarretar o fim da rede de laboratórios clínicos na região e os custos sociais associados.

José Chaves disse à Lusa que a ULSNE está a apresentar algumas alternativas aos laboratórios, que passam”"por um acordo bilateral”, com “uma redução de 30% nos custos das análises” e, se aqueles não a aceitarem, “será feito um concurso para que concorram com a melhor proposta, partindo sempre de um teto máximo de 30% para o serviço convencionado”.

Esta proposta, porém, não é do agrado da associação, pois se os valores propostos pelos laboratórios não forem aceites, a ULSNE procederá então à “internalização” dos serviços de análises clínicas, nos centros de saúde ou nos hospitais da região.

“Esta situação, a acontecer, vai retirar à população a liberdade de escolher o local onde quer fazer as suas análises e, por outro lado, retirar qualquer tipo de viabilidade financeira e de sustentabilidade aos laboratórios existentes na região nordestina”, enfatizou José Chaves.

Os representantes da ANL acreditam que, com esta posição, a ULSNE vai criar “uma situação menos cómoda para outros utentes, assim como para os beneficiários do Serviço Nacional de Saúde”.

Na reunião da ANL, em Bragança, foi apresentado o documento “Análises Clínicas no Nordeste Transmontano: cinco pontos que os utentes devem saber”, sobre as consequências da internalização das análises e os direitos que assistem aos utentes.

A ANL tem por objectivo distribuir este documento junto da população.

 

Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos do distrito de Santarém reafirmou a sua luta por cuidados de saúde de proximidade...

Em conferência de imprensa realizada hoje frente ao Hospital de Santarém, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) fez uma análise crítica do actual momento da prestação de cuidados de saúde no distrito e antecipou o que entende ser a “intenção governamental para a redução de cuidados de saúde”, reafirmando ainda as suas propostas para o sector no distrito de Santarém.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do MUSP disse que “as políticas governamentais continuam a agravar as condições de acesso a cuidados de saúde e aumentam o sofrimento dos utentes”, tendo lembrado as acções desenvolvidas nos últimos meses no distrito de Santarém e “chamando à atenção para os graves problemas no acesso a cuidados de saúde, nos hospitais e centros de saúde”.

Segundo Manuel Soares, “a situação tem vindo a agravar-se de tal forma que, para além dos protestos dos utentes e os trabalhadores com os seus sindicatos, médicos, enfermeiros, função pública e ordens profissionais, também os autarcas levantam a sua voz face às situações dramáticas que se vão conhecendo”.

Como exemplo, apontou as tomadas de posições das Comunidades Intermunicipais da Lezíria e Médio Tejo, que, “face à degradação na prestação de cuidados de saúde, solicitaram reuniões com o ministro da tutela e aprovaram moções e outros documentos rejeitando a Portaria 82/2014, que poderá levar ao encerramento de dezenas de serviços hospitalares”.

Manuel Soares disse ainda que “a redução do financiamento das unidades de saúde tem provocado dramáticas carências de recursos humanos” tendo feito notar que “médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, administrativos e outros trabalhadores faltam um pouco por todo o lado”.

“Se à aplicação da Portaria 82/2014 adicionarmos a ideia de juntar todos os hospitais do distrito numa única entidade, teremos a tempestade perfeita para dificultar de forma dramática o acesso a cuidados de saúde”, vincou.

A revogação da Portaria 82/2014, de reclassificação dos hospitais, a manutenção e dinamização das valências da Urgência, Medicina Interna, Pediatria e Cirurgia Geral nos quatro hospitais (Abrantes, Tomar, Torres Novas e Santarém), a articulação dos cuidados de saúde, manutenção das duas maternidades nos hospitais de Abrantes e Santarém, mais médicos e outros profissionais nos centros de saúde e ainda farmácias nos meios rurais e cuidados de saúde de proximidade e qualidade são reivindicações lembradas pelo porta-voz do MUSP.

Recomendações
Em muitas actividades, os trabalhadores estão expostos a condições ambientais adversas.
Calor no trabalho

Em muitas actividades laborais, quer pela sua natureza quer pela inadequabilidade dos espaços onde são desenvolvidas, os trabalhadores encontram-se expostos a condições ambientais adversas, nomeadamente no Verão, no que se refere às condições térmicas e exposição à radiação ultravioleta (UV).

Assim, no sentido de mitigar os efeitos nefastos provocados por temperaturas ambientais elevadas, é importante que se adoptem medidas para assegurar que, no exterior, os postos de trabalho reúnam as condições necessárias para que os trabalhadores estejam adequadamente protegidos contra as condições atmosféricas.

Medidas gerais de prevenção

Organização do trabalho

1. Identificar os factores de risco relacionados com o trabalho:

  • Temperatura ambiente elevada;
  • Pouca circulação de ar ou circulação de ar muito quente;
  • Calor libertado por máquinas, por produtos ou por procedimentos de trabalho;
  • Utilização de produtos químicos, particularmente solventes e tintas;
  • Tarefas que exijam grande esforço físico;
  • Insuficientes pausas de recuperação;
  • Vestuário de trabalho inadequado e que impeça a evaporação do suor.

2. Identificar os factores de risco relacionados com o trabalhador:

  • Doenças recentes e/ou crónicas, como doenças cardiovasculares, respiratórias, metabólicas e neuropsiquiátricas;
  • Consumo de alguns medicamentos;
  • Desconhecimento do perigo que podem representar o calor e radiação ultravioleta;
  • Dificuldade de adaptação ao calor;
  • Má condição física;
  • Falta de descanso;
  • Utilização de vestuário muito apertado e muito quente;
  • Consumo de água insuficiente;
  • Consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, de álcool ou de tabaco.

3. Evitar, quando possível, a realização de trabalhos no exterior, quando as temperaturas se encontrem mais elevadas, e a exposição directa ao sol, especialmente no período entre as 11 e as 17 horas;

4. Garantir que a organização do trabalho permite que o trabalhador se adapte ao ritmo de trabalho de acordo com a sua tolerância ao calor;

5. Prever a possibilidade da redução do ritmo de trabalho no caso de se verificarem temperaturas elevadas;

6. Organizar pausas suplementares nas horas de maior calor.

Edifícios

  • Prever zonas de sombra ou abrigos climatizados que possam ser utilizados;
  • Nos edifícios utilizados, providenciar medidas correctivas possíveis para prevenir o calor (instalação de estores, persianas e climatização);
  • Garantir ventilação e climatização nos edifícios;
  • Garantir ventilação eficaz nos locais com maior risco de poluição;
  • Utilizar termómetros para monitorização da temperatura ambiente.

Bebidas

  • Disponibilizar água potável aos trabalhadores - pelo menos 3 litros de água por dia e por trabalhador.

Vigilância

  • Recomendar aos trabalhadores a vigilância interpares do aparecimento de sinais ou sintomas associados ao calor.

Sensibilização

  • Garantir a divulgação, por parte do departamento de saúde ocupacional da empresa, de informação sobre os riscos relacionados com o calor, as formas de os prevenir, os sinais e sintomas associados a temperaturas elevadas e as medidas a serem tomadas no caso de se verificar sintomatologia associada ao excesso de calor.

Medidas individuais de prevenção

Vestuário

  • Usar peças de vestuário leves, de preferência de algodão e de cor clara, uma vez que estas reflectem o calor e a luz solar e ajudam o corpo a manter as temperaturas normais.

Bebidas

  • Beber, pelo menos, 1,5 litros de água por dia ou, no caso de trabalhos no exterior, o equivalente a um copo de água com uma periodicidade de 15-20 minutos, mesmo que não tenha sede e se não houver contra-indicação;
  • Não consumir bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar.

Diversas

  • Sempre que o trabalho seja efectuado no exterior, deve-se preconizar a utilização de protectores solares (com índice >30) e haver a preocupação de proteger a cabeça (boné, capacete) e os olhos (se possível, óculos de sol com protecção contra radiação UVA e UVB);
  • Redobrar os cuidados se tiver antecedentes de doença ou se estiver a tomar medicamentos.

Sinais de alerta e acções a desenvolver

Os primeiros sinais de um golpe de calor incluem:

As acções a desenvolver incluem:

  • Transportar a pessoa para a sombra ou para dentro de um compartimento fresco e aliviar-lhe o excesso de roupa;
  • Fazer o máximo de arejamento possível;
  • Pulverizar o corpo com água fresca;
  • Dar água se a pessoa estiver consciente;
  • Contactar um médico;
  • Contactar o serviço Saúde 24 – 808 24 24 24 ou o número de emergência 112.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
10 Mandamentos da Cruz Vermelha
Com o Verão multiplica-se a oferta de programas e actividades para os jovens nos acampamentos, mega-
Público em festival de música a assistir a concerto

1. O teu kit SOS levarás

O kit SOS deve conter a tua medicação habitual (pílula anticoncepcional, asma, diabetes,...) e outros medicamentos indicados pelo teu médico de família para a dor de cabeça, vómitos e diarreia. Também é importante lá colocares: pensos de vários tamanhos, desinfectante para a pele, repelente de insectos, tampões protectores de ruídos e protector solar.

2. Os teus pés protegerás

Os cortes e feridas nos pés são bastante frequentes nestes locais até porque está instituído que o sapato oficial do festivaleiro/campista é o “pé-descalço” ou o chinelo de dedo. No entanto, aconselhamos-te a levar contigo um calçado apropriado para percorreres vários quilómetros no recinto e para te proteger de lesões provocadas por objectos estranhos. Em caso de lesão, deves procurar ajuda para seres tratado a tempo e não correres o risco de infecções.

3. Os insectos tu vencerás

Os insectos são o “bicho papão” destes ambientes. Assim, para evitares as investidas de melgas e mosquitos, bem como os inchaços e desconforto que provocam, usa repelente! Tem cuidado com as vespas e abelhas, até porque alguns são alérgicos e não o sabem. Se fores picado, dirige-te de imediato ao posto de socorros. Os carrapatos ou carraças são outra das pragas e devem ser rapidamente arrancados da pele sem esquecer a sua cabeça, mas por pessoal certificado. Nunca deves utilizar álcool para os desalojar, nem cigarros acesos.

4. Das queimaduras te afastarás

Nestes eventos, é normal usarem-se tachos/panelas para cozinhar ao lume. Utilizam-se fogões portáteis, fogueiras, grelhadores e, mesmo, resistências eléctricas. Isto potencia as queimaduras. Nestes casos, é preciso: procurar ajuda de imediato; se possível, arrefecer a área queimada colocando-a debaixo de água corrente (sem pressão); cobrir a zona queimada com um pano limpo, sem pêlos e húmido; não arrancar nem mexer na roupa ou objectos que estejam coladas à pele.

5. Dos teus ouvidos cuidarás

Nos concertos/festivais de música para jovens, o ruído em decibéis é, regra geral, muito intenso. Para isso, protege os teus ouvidos com os tampões que tens no teu Kit SOS. Se não os tens, procura-os junto da organização.

6. Do sol te protegerás

Evita a exposição prolongada ao sol e as temperaturas escaldantes. Usa sempre o teu protector solar e, no final do dia, coloca creme hidratante.

Para evitar insolação e golpes de calor, deves proteger-te e beber água regularmente.

Sinais de risco a identificar na insolação (ambientes quentes e secos):

  • Face vermelha;
  • Sensação de calor;
  • Pele seca;
  • Náuseas e vómitos;
  • Violentas dores de cabeça.

Sinais de risco a identificar no golpe de calor (ambiente quente e húmido):

  • Palidez;
  • Sensação de frio;
  • Dores de cabeça e náuseas.

Nestas situações, vai de imediato ao posto de socorros.

7. A hipotermia vencerás

Portugal tem um clima ameno no Verão, mas muitas vezes a temperatura baixa repentinamente e chove. Com a chuva vem a lama, vento frio, pés, tendas e roupa molhados.... Isto não calha nada bem! Até porque a temperatura do teu corpo começa a diminuir e rapidamente podes entrar em hipotermia. Deves tirar as roupas molhadas, vestir umas secas (não te esqueças de guardar a tua muda de roupa num saco impermeável) e ingerir bebidas açucaradas não alcoólicas. Atenção: “beber álcool para aquecer” não resolve estas situações; apenas fazem esquecer a sensação de frio. Em caso de hipotermia, a vítima de ser levada de imediato ao posto de socorros.

8. Das feridas simples tu tratarás

Se tiveres uma ferida pequena/corte, lava cuidadosamente as mãos e depois lava a ferida com água potável, sem esfregar; e, por fim, coloca o teu desinfectante para a pele. Se o ferimento é profundo, extenso ou numa área sensível, vai ao posto de socorros. Nunca retires um corpo estranho da ferida.

9. Os inconscientes tu ajudarás

Por abuso de álcool, drogas ou outra razão, um festivaleiro pode, por vezes, “ficar ausente” de forma inesperada e a tua intervenção pode realmente ajudá-lo.

Perda de consciência? Ele não responde, nem se mexe? Não hesites, chama de imediato ajuda, mesmo se julgas tratar-se apenas de uma valente bebedeira, pois pode ser muito grave. Enquanto esperas, coloca-o deitado de lado (posição lateral de segurança). Se a situação esta associada a queda ou pancada na coluna vertebral, não mexas ou desloques a vítima e aguarda pelo socorro diferenciado. Nunca deixes a vítima sozinha e não te esqueças que o número de emergência é o 112.

10. O teu posto de socorros não negligenciarás

És sempre bem-vindo aos postos de socorros existentes nos recintos destes eventos; as equipas lá presentes estão preparadas para dar resposta a todas as situações de socorro.

Se tens motivação e gostas de ajudar e fazer bem, torna-te também voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa! Para isto, contacta a nossa Delegação mais próxima da tua residência. E não te esqueças: há gestos que salvam vidas!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Ébola:
A Direcção-Geral da Saúde vai colocar hoje, no aeroporto de Lisboa, vários cartazes e folhetos dirigidos, principalmente, a...

Os cartazes e folhetos serão também colocados posteriormente nos aeroportos do Porto, Faro, Madeira e Açores, adianta a Direcção-Geral da Saúde (DGS) numa nota enviada à agência Lusa.

Nestes cartazes e folhetos, que têm como título “Informação de saúde”, pode ler-se: “Se esteve nos últimos 21 dias num país afectado pelo vírus Ébola ou esteve nos últimos 21 dias em contacto com um doente com doença por vírus Ébola e se tiver febre superior a 38 graus, de início súbito, ligue para 808 24 24 24”.

Aconselha ainda o viajante a “referir sempre” aos profissionais de saúde os locais onde estiveram, nos últimos 21 dias, nos países afectados pelo vírus, Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Portugal criou um “dispositivo de coordenação” que está em alerta e “mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada situação” de infecção pelo Ébola que venha a ser identificada, anunciou na passada sexta-feira a DGS, na sequência da declaração pela Organização Mundial de Saúde do estado de emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto de Ébola.

A DGS garante que “Portugal tem, em estado de prontidão, mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença”.

A autoridade de saúde refere que “estão previstas medidas para facilitar a evacuação e a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus”.

Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto.

Segundo a DGS, o actual surto começou na Guiné-Conacri, em Dezembro de 2013 e, até à data, foram identificados cerca de 1.700 casos, tendo havido 930 mortes, em quatro países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.

 

Viajantes contactam Linha Saúde 24 para pedir esclarecimentos

Viajantes que vão para Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau estão a contactar a Linha Saúde 24 para pedir esclarecimentos sobre se o vírus Ébola está presente nestes países e que cuidados devem adoptar, segundo o coordenador do serviço.

Em declarações hoje à agência Lusa, o enfermeiro Sérgio Gomes disse que a Linha Saúde 24 tem recebido "apenas contactos de pessoas que vão viajar” para estes países, sobretudo Angola e Cabo Verde, para pedir conselhos e esclarecimentos sobre a doença.

“O que nós dizemos é que o vírus Ébola não está presente nestes países e aconselhamos as pessoas a ter os cuidados que qualquer viajante deve ter” a nível da alimentação, no caso de tomar medicação levar os medicamentos em quantidade necessária para a viagem, entre outros cuidados, explicou.

Além disso, os enfermeiros da Linha Saúde 24 alertam também para os sintomas do vírus Ébola, nomeadamente febre, que costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta.

Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.

Segundo o enfermeiro Sérgio Gomes, a Linha não recebeu, até ao momento, telefonemas de pessoas que apresentassem sintomas da doença.

 

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O trabalho completo ainda será apresentado mas no site da associação norte-americana já se pode ler uma introdução ao que será apresentado no 248º encontro da ACS.

“Observámos a exposição de mulheres grávidas e respectivos fetos a dois dos ‘assassinos de germes’ mais comummente usados em sabonetes e outros produtos de uso diário, o triclosano e o triclocarbono”, diz o investigador Benny Pycke no texto publicado no site da associação, e "descobrimos triclosano em todas as amostras de urina de mulheres grávidas que analisamos. E também detectamos [triclosano] em cerca de metade das amostras de sangue do cordão umbilical, o que significa que transfere para os fetos”, explica o investigador, que diz que também descobriram triclocarbono em muitas das amostras".

O problema explica o cientista da Universidade do Arizona é que alguns estudos apontam para o risco de “desenvolvimento em animais e potencialmente em humanos”. O cientista realça apesar de tudo que o nosso organismo tem capacidade para ir expelindo destas componentes. O risco estará no facto de a exposição poder “potencialmente ser constante”, o que comportaria riscos.

 

Desde 2009
A lei que cria o regime especial de protecção de crianças e jovens com doença oncológica, de Agosto de 2009, não foi...

A lei inclui, entre outras, disposições sobre comparticipações em deslocações, apoio especial educativo e psicológico. Por ser uma lei transversal, o Público pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde (MS) e ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Respondeu o MS, defendendo que a legislação existente basta para a regulamentação desta lei e que, “de acordo com parecer dos diversos ministérios envolvidos, não há nada a regulamentar”, diz na sua edição digital.

De facto, a lei tem força, independentemente da regulamentação, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro de 2010. Mas, quando foi criada, entendeu-se que devia ser regulamentada, o que ficou plasmado no artigo 15.º: “O Governo regulamenta a presente lei no prazo de 60 dias a contar da data da sua publicação.”

A regulamentação é uma reivindicação antiga da directora-geral da Acreditar, Margarida Cruz, que defende que essa ausência aumenta a confusão acerca dos direitos dos utentes.

Tanto Cláudia Madaleno, do Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito de Lisboa, como Inês Albuquerque e Castro, especialista em Direito Laboral, da firma de advogados Miranda, defendem que devia ter sido regulamentada. “O não cumprimento de uma promessa de regulamentação de uma lei pode levar ao simples esquecimento da existência da lei a regulamentar, sobretudo quando o legislador faz depender da regulamentação a definição do âmbito de aplicação da lei”, explica Inês Albuquerque e Castro.

E acrescenta: “É o que acontece neste caso, em que o legislador determina que para efeitos da lei n.º 71/2009 de 6 de Agosto ‘doença oncológica’ será a que conste da lista definida em regulamentação própria. Neste caso, é nosso entendimento que a falta de regulamentação da lei impossibilita o entendimento e a aplicação do diploma.” O MS justifica, porém, que o cancro se inclui na legislação respeitante a incapacidades e deficiência, não sendo necessário regulamentação.

 

Saiba quais são
O surf é cada vez mais popular entre toda população.
Surf

Ao início pode ser um desporto que pode requerer alguma persistência até começar a tirar-se algum proveito. O surf não é tão fácil quanto possa pareça. Vale a pena iniciar-se com algumas aulas para aprender o básico e evoluir mais rapidamente.

Quem pratica, diz que ao entrar numa fase em que já se consegue divertir, dificilmente consegue deixar de praticar.

Os benefícios do surf são numerosos. Promove a saúde e bem-estar, melhora o funcionamento cardiovascular e fortalece os músculos.

Benefícios para a saúde

  1. Tal como a natação, a remada no surf melhora o sistema cardiovascular e aumenta a resistência.
  2. Também através da remada os músculos dos braços, ombros e costas são trabalhados proporcionando mais força.
  3. Ao colocar-se em pé quando apanha uma onda, o equilíbrio que necessita, e todos os movimentos que faz enquanto surfa a onda, vai fazer com que trabalhe os músculos das pernas e do abdómen.

Outros benefícios

  1. Sendo um desporto que se pratica ao ar livre, pode usufruir de toda a tranquilidade que a natureza tem para oferecer.
  2. É uma excelente maneira de aliviar o stress do dia-a-dia e não pensar em mais nada.

Para se iniciar a praticar surf deve ter em conta alguns aspectos básicos de segurança, assim como nadar e conhecer bem o mar e as correntes. Procure sempre informar-se bem com pessoas que sejam locais antes de entrar no mar.

Evite lesões e comportamentos de risco

  1. Um bom aquecimento antes de entrar na água é essencial
  2. Procure não surfar sozinho
  3. Se está a iniciar-se tenha preferência por praias com fundo de areia
  4. Mesmo em dias sem sol utilize sempre protector solar

Não se esqueça, que apesar de ser um desporto que permite alguma liberdade também existem regras, e estas devem ser cumpridas para que não corra riscos de se lesionar ou lesionar outras pessoas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que é?
O olho seco resulta de deficiente lubrificação da superfície ocular externa.
Olho seco

 

Pode ser devido a uma produção de lágrima em quantidade insuficiente ou quando a qualidade dos componentes do filme lacrimal é inadequada. A função do rebordo palpebral é, também, fundamental para a uniformização da película lacrimal, através do pestanejar (função de “limpa para-brisas”).

 

 

Função das Lágrimas

  • Nutrição, humidificação, lubrificação e limpeza;
  • Protecção: bacteriostática e imunológica;
  • Refractiva.

A produção basal do filme lacrimal depende essencialmente de células da conjuntiva e da glândula lacrimal.

O filme lacrimal é composto por três camadas: lipídica, aquosa e mucóide. A camada mais externa, lipídica, previne a evaporação. A camada intermédia, aquosa, é fundamentalmente a responsável pela nutrição da córnea. A camada interna, mucóide, dá estabilidade ao filme lacrimal.

Além da nutrição e lubrificação, as lágrimas protegem a superfície ocular contra infecções e outras agressões do olho como poeiras, fumos e partículas aéreas, promovendo em continuidade a lavagem da superfície ocular.

Contribuem também para a estabilidade de uma superfície corneana, regular, proporcionando uma melhor refracção.

A sua eficaz função de limpeza, de humidificação e lubrificação são importantes para o conforto ocular.

Os sintomas frequentes de "olho seco" são:

  • Desconforto Ocular;
  • Ardor;
  • Prurido;
  • Sensação de corpo estranho (areia) nos olhos.

A deficiente função lacrimal pode conduzir, pelo sofrimento córneo-conjuntival a:

  • Olhos vermelhos e dolorosos;
  • Fotofobia (dificuldade em suportar a luz);
  • Pequenas úlceras de córnea (queratites).

O olho seco pode, paradoxalmente, conduzir ao lacrimejo e epífora por excesso de produção do componente aquoso da glândula lacrimal.

Um olho seco pode confundir-se com outras situações, tais como conjuntivites, queratites e alergias oculares.

Pode manifestar-se como uma “conjuntivite crónica”.

Causas do “olho seco”
Existem diferentes factores que podem ser causa de olho seco, seja por diminuição da produção de lágrimas, da sua qualidade ou por excessiva evaporação, como:

Idade: Com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, a produção lacrimal é cerca de 60% inferior da que existe aos 18 anos.

Doenças Imunológicas: Um olho seco está frequentemente associado a doenças como: Artrite, Alergia, Lupus, Síndrome de Sjogren e outras doenças da pele, das mucosas e imunológicas.

Meio Ambiente: Condições ambientais, de ar seco, fumos e vento podem desencadear ou agravar a situação de olho seco.

Iatrogénico: Alguns medicamentos, como: os anti-histamínicos, antidepressivos, anti-hipertensivos, podem contribuir para a diminuição da produção lacrimal e seus componentes.

Diagnóstico de “olho seco”
Faz-se por diversos testes, não invasivos nem dolorosos, que medem a quantidade de produção de lágrimas e que avaliam a sua qualidade.

Um destes testes é o teste de Schirmer que, utilizando uma tira de papel de filtro especial, mede a quantidade de lágrimas. O BUT (break up time – tempo de rotura), que exige equipamento específico de oftalmologia e utilizando-se um corante natural (fluoresceína), permite medir o tempo de rotura do filme lacrimal e é portanto um teste que avalia a qualidade da lágrima (estabilidade).

O “olho seco” é acompanhado frequentemente por "boca seca", por disfunção das glândulas salivares, semelhantes funcionalmente às glândulas lacrimais.

Tratamento do Olho Seco
Faz-se essencialmente utilizando substitutos da lágrima, lágrimas artificiais, de que existem diversos no mercado.

Não esquecer as patologias sistémicas e os intervenientes ambientais e iatrogénicos que podem estar na origem das queixas.

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Conheça as causas mais frequentes
A obstipação é uma condição muito frequente nas crianças.
Menino com dor de barriga

A obstipação, mais vulgarmente chamada de prisão de ventre, é uma condição muito frequente nas crianças, sendo responsável por cerca de 3 a 5% das consultas ao pediatra e 35% das consultas de gastrenterologia. Contudo, na maioria das crianças, não há qualquer doença de base responsável por esta condição. Trata-se de um distúrbio que ocorre tanto em rapazes como em raparigas, mas após a puberdade é mais frequente no sexo feminino. Caracteriza-se por ser uma condição na qual as crianças evacuam menos frequentemente do que o usual, ou quando suas fezes tendem a ser duras, secas e doloridas e difíceis de evacuar.

Desenvolve-se lentamente quando a criança começa a associar a dor ao acto de defecar. Assim sendo, a criança, ao ter cólicas, evita ir ao quarto de banho para não ter mais dores. Ao reter as fezes, o recto começa a distender e a perder alguma sensibilidade. Com o tempo, o recto vai adquirindo uma capacidade maior de acomodar fezes sem dar sensação nem urgência de evacuar. Quando finalmente a criança vai ao quarto de banho, as fezes são duras e volumosas e a dor ao defecar é cada vez maior, criando assim um ciclo vicioso com um agravamento progressivo. Apesar de não ter consequência graves a prazo, é um problema frequente e responsável por perda de qualidade de vida.

Sintomas da obstipação

Deve estar atento aos sintomas de prisão de ventre nas crianças que podem incluir uma evacuação menos frequente que o habitual, posturas que indicam que a criança está a evitar ir ao quarto de banho, dores, cólicas abdominais, fezes duras, secas ou grandes ou evacuações doridas.

Deve procurar ajuda médica quando os sintomas de prisão de ventre durarem mais do que duas semanas, mas se o distúrbio for acompanhado de um ou mais sintomas abaixo indicados, deve procurar um médico quanto antes.

  • Febre
  • Vómitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso
  • Fissura anal
  • Prolapso rectal

Causas da obstipação

As crianças geralmente desenvolvem prisão de ventre como resultado de reter as fezes. Elas podem reter as fezes porque estão stressadas em relação ao início do uso do quarto de banho, sentirem vergonha de usar wc’s públicos, não quererem interromper brincadeiras ou terem medo que doa ao evacuar.

Outras causas de prisão de ventre em crianças podem incluir uma dieta pobre em fibras, a toma de alguns medicamentos, doenças como a diabetes ou a síndrome de Down, ou deficiências anatómicas devido a defeitos de nascença.

Tratamento da obstipação

O tratamento depende da idade da criança e da gravidade do problema. No entanto, compreendendo o ciclo vicioso que é a obstipação, a melhor maneira de o quebrar é actuando no ponto inicial. Ou seja, na dor. Desde que a criança compreenda que ir ao quarto de banho não é doloroso, aliás se entender que quanto mais frequentemente for ao quarto de banho menos dores terá, aí deixará de haver obstipação.

Contudo, podem ter de ser tomadas medidas mais incisivas como limpar o cólon e retirar as fezes duras que estão acumuladas, administração de medicamentos ou mudança dos hábitos alimentares, com uma alimentação rica em fibras (vegetais), açúcares não absorvíveis (frutas) e muitos líquidos.

Os pais devem ter consciência que o tratamento é longo, podendo mesmo prolongar-se durante meses. Devem encorajar as crianças a passarem mais tempo no quarto de banho depois das refeições para criar o hábito regular. Preferencialmente, a ida ao quarto de banho deve ser após o pequeno-almoço e após o jantar, altura em que há um maior movimento do intestino após a refeição.

Aconselha-se que a criança seja novamente vista pelo médico se o tratamento falhar ou se começar a mostrar sintomas que indiquem que o problema possa estar de volta.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O risco de exposição à radiação ultravioleta (UV) é hoje muito alto em todo o país, o que pode causar graves prejuízos para a...

Para as regiões com níveis muito elevados, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protetor solar e aconselha a população a evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, sendo o máximo o onze.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até meio da manhã a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e em alguns locais da região sul, em especial no litoral e períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do Cabo Carvoeiro até ao início da manhã.

Está também previsto vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste e no barlavento algarvio, sendo moderado a forte a partir do início da tarde a sul do Cabo Carvoeiro, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do interior, pequena descida da temperatura mínima no litoral norte e subida da máxima nas regiões do interior norte e centro.

O IPMA prevê para hoje, no continente, céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até meio da manhã a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e em alguns locais da região sul, em especial no litoral, e períodos de chuva fraca ou chuviscos no litoral a norte do Cabo Carvoeiro até ao início da manhã.

Está também previsto vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste e no barlavento algarvio, sendo moderado a forte a partir do início da tarde a sul do Cabo Carvoeiro, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do interior, pequena descida da temperatura mínima no litoral norte e subida da máxima nas regiões do interior norte e centro.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, tornando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul a partir da manhã, chuva fraca até meio da manhã, em especial nas vertentes norte e vento fraco a moderado de nordeste, soprando moderado nas terras altas a partir da tarde.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, por vezes pouco nublado, aguaceiros fracos na madrugada no grupo Central e vento oeste moderado.

Quanto às temperaturas, em Lisboa e Leiria prevê-se uma máxima de 25 graus Célsius, Castelo Branco 33º, Évora e Beja 32º, Portalegre 31º, Bragança e Faro 29º, Porto e Viana do Castelo 23º, Viseu 28º, Viseu, Funchal, Angra do Heroísmo e Santa Cruz das Flores 27º e Ponta Delgada 26º.

 

Para evitar intoxicações por salmonela
A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos rejeita aumentar o prazo de validade dos ovos, argumentando que os estudos...

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em inglês) explicou ao jornal El País que realizou um relatório a pedido da Comissão Europeia, que solicitou um estudo para estender os prazos de validade e evitar o desperdício de alimentos – um problema económico, mas também social.

“A salmonela [a bactéria que causa a salmonelose] foi a principal causa de infecções alimentares na União Europeia até 2005, com 200 mil casos e um custo anual de € 3000 milhões”, indica a EFSA.

Este impacto levou as autoridades europeias a pôr em marcha uma série de medidas que levaram a uma redução das infecções resultantes desta bactéria – produzida por ovos contaminados, mas também por outros alimentos, como a carne de porco – em 50% desde 2005. Mas estes avanços poderão cair por terra, se a medida para alargar o prazo de validade dos ovos avançar.

“Se o prazo de validade dos ovos passar dos 21 dias para os 28 dias, o risco de infecções aumentará em 40% no caso dos alimentos que não forem cozinhados e 50% no caso dos que forem cozinhados”, indica o estudo da EFSA, que se baseou “no conhecimento científico actual”.

“No pior dos cenários, se o prazo de validade recomendado for de 42 dias e passar para 70 dias – outra das possibilidades sugeridas pela comissão -, o risco é três vezes maior que o actual tanto no caso dos ovos sem serem cozinhados como nos ovos confeccionados.

Nesta categoria estão os produtos crus (por exemplo, maionese ou alguns molhos ou bebidas), assim como os ovos cozidos ou fritos. ”Manter os ovos refrigerados é a única maneira de reduzir o aumento do risco de infecções devido a um armazenamento prolongado”, explicou um porta-voz da EFSA. “Em qualquer caso, se os prazos que indicam consumir até ou consumir de preferência forem alargados mais três semanas, o risco aumentará, incluindo com o sistema de refrigeração das lojas. Isso poderá também comprometer as conquistas conseguidas até á data com “a redução de Salmonella em galinhas poedeiras, já que os ovos são a principal causa de infecções na UE”, disse o porta-voz da EFSA.

Ébola:
O Ruanda anunciou ter colocado em isolamento um estudante alemão, hospitalizado em Kigali, que apresentava sintomas da doença...

“Um doente do hospital King Faisal, que apresenta sintomas de Ébola foi colocado em isolamento, a aguardar os resultados das análises”, que vão determinar se o doente contraiu a febre hemorrágica, de acordo com um comunicado do Governo ruandês.

Os resultados devem ser conhecidos no prazo de 48 horas.

Na rede social Twitter, a ministra ruandesa da Saúde, Agnes Binagwaho, indicou que o doente, um estudante alemão com sinais de febre e paludismo, “passou vários dias na Libéria, antes de ter viajado para o Ruanda”.

Este é o primeiro caso suspeito de Ébola no Ruanda desde o início da epidemia, surgida na África Ocidental no início do ano.

A epidemia causou pelo menos 932 mortos em 1.700 casos suspeitos, desde o início do ano em quatro países da África Ocidental: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação uma “emergência de saúde pública de alcance mundial”.

 

Segundo imprensa local
A polícia do Camboja deteve nove pessoas, incluindo dois generais e três médicos, acusados de integrarem uma rede de tráfico de...

O grupo actuava a partir do hospital Phrea Ket Mealea, na capital, onde extraía rins a pessoas a quem pagava 5 mil dólares (cerca de 3.700 euros), para vendê-los a doentes chineses por 35 mil a 40 mil dólares (cerca de 26 mil a 30 mil euros), segundo o jornal Phnom Penh Post.

Entre os detidos está o director do centro, Ly Sovan, um médico chinês e um grupo de pessoas descritas como sino-vietnamitas num comunicado da agência municipal contra o tráfico humano citado pelo diário.

Todos os detidos foram acusados de tráfico humano ou cúmplices de tentativa de tráfico de pessoas, segundo o comunicado.

Este é o segundo caso de tráfico de rins em um mês no Camboja, depois de, em Julho, duas mulheres terem sido detidas por actuarem como intermediárias entre doadores pobres e receptores de famílias ricas internados em hospitais na Tailândia.

O tráfico de pessoas é penalizado com entre sete e 15 anos de prisão no Camboja.

 

Deco critica proposta do Tribunal de Contas
A Deco opôs-se à fixação do tempo médio das consultas em 15 minutos, por considerar que “menospreza o ato médico”, A Associação...

A Deco reagiu assim a uma recomendação de um relatório do Tribunal de Contas, divulgado na quarta-feira, que sugere que o tempo médio de uma consulta seja de 15 minutos, para diminuir as listas de utentes sem médico de família.

Em comunicado divulgado no site oficial, a Deco informa que, actualmente, o tempo médio registado numa consulta ronda os 21 minutos e, de acordo com as contas dos auditores, a redução para 15 minutos permitiria fazer mais 10,7 milhões de consultas.

Para a associação, esta proposta “menospreza o acto médico, reduzindo-o a uma actividade meramente contabilística e sem ligação à realidade e à individualidade dos utentes”, e carece de fundamentação científica.

“Com esta proposta, o Tribunal de Contas extravasou o âmbito da sua intervenção e demonstrou uma visão tecnocrática e desconhecedora da importância da interacção entre médico e utente”, salienta a Deco.

A associação lembra que compete aos médicos adaptar a duração da consulta a cada utente, adiantando que os estudos que tem realizado nesta área evidenciam a necessidade de o clínico aprofundar o tempo que dedica ao doente.

“É frequente este queixar-se de que o médico não o ouve, não aprofunda o caso, não explica a sua condição, não o envolve ou não discute as propostas de tratamento”, sustenta.

O relatório da auditoria do Tribunal de Contas ao desempenho das unidades funcionais de cuidados de saúde primários sugere também que o Ministério da Saúde reveja o despacho que elimina do ficheiro do médico os utentes que passem três anos sem ir ao centro de saúde.

A Deco diz concordar com esta proposta, porque “a decisão do Governo não resolve o problema (cria, aliás, uma nova lista de utentes sem médico de família) e menospreza a vertente da intervenção preventiva dos Cuidados de Saúde Primários”.

 

Instituto de Medicina Molecular de Lisboa
Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa descobriu, numa experiência com ratinhos, que...

Bruno Silva-Santos, que lidera a equipa, explicou à agência Lusa que “a interacção entre dois tipos de células do grupo dos glóbulos brancos" - os linfócitos T gama-delta e os macrófagos peritoneais - "promove o crescimento do cancro do ovário”.

O investigador esclareceu que os linfócitos T gama-delta produzem uma molécula, a interleucina-17, que “vai recrutar” os macrófagos e “levá-los para o sítio do tumor”, causando a formação de vasos sanguíneos que “vão fornecer alimentos ao tumor, que cresce mais depressa”.

O coordenador do grupo de trabalho, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, adiantou que o que o tumor faz é “raptar o mecanismo protector” dos linfócitos T gama-delta e dos macrófagos peritoneais contra infecções e “usá-lo a seu favor”.

Os linfócitos T gama-delta e os macrófagos peritoneais são considerados “muito importantes” para a protecção natural do corpo contra microrganismos, em particular fungos e bactérias.

O que acontece, segundo Bruno Silva-Santos, é que a resposta do organismo “é aproveitada pelo tumor para favorecer o seu crescimento”.

Por isso, assinalou, basta extrair do organismo os linfócitos T gama-delta ou a molécula interleucina-17 para travar a progressão do tumor.

“Se tivermos um doente com cancro, o que queremos é impedir o desenvolvimento do tumor. Vamos tirar estas células e esta molécula para impedir o desenvolvimento do tumor. Sabendo à partida que o doente vai ficar mais susceptível a uma infecção fúngica ou bacteriana, controlamos... com recurso a antibióticos”, exemplificou.

Sobre os benefícios terapêuticos da descoberta, Bruno Silva-Santos referiu que já estão a ser testados em ensaios clínicos anticorpos para neutralizar a interleucina-17, responsável pelo desenvolvimento de doenças auto-imunes. Os anticorpos, sustentou, podem ser úteis no tratamento - por imunoterapia - do cancro.

O próximo passo da sua equipa é estudar o mesmo mecanismo imunitário em células de humanos e verificar se é visível noutros tipos de cancro, sem ser o do ovário.

Bruno Silva-Santos invocou, a este propósito, um estudo recente de cientistas chineses que concluiu, em doentes, que os linfócitos T gama-delta estão associados a um mau prognóstico no cancro do cólon.

Os resultados da investigação do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa são publicados na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences.

 

Direcção-Geral da Saúde
Portugal criou um “dispositivo de coordenação” que está em alerta e “mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada...

Num comunicado publicado no seu site, a propósito da declaração pela Organização Mundial de Saúde (OMS) do estado de emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto de Ébola, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) garante que ainda “ não se verificou nenhum caso de doença por vírus Ébola em Portugal, importado ou autóctone”, escreve a agência Lusa.

“O risco de contágio interpessoal é baixo na ausência de contacto directo com fluidos corporais”, recorda este organismo.

A OMS considerou hoje que “uma resposta internacional coordenada é essencial para controlar a epidemia e a sua disseminação”, tendo emanado “recomendações temporárias ao abrigo do Regulamento Sanitário Internacional, destinadas a reduzir o risco de propagação internacional do vírus”.

A Portugal, enquanto Estado sem ocorrências de transmissão do vírus e não estando exposto “a riscos ou que façam fronteira com países afectados”, foram dadas orientações que “já se encontram implementadas” e que “são objecto de revisão contínua”.

Entre estas orientações está “o reforço da articulação internacional, nomeadamente com a OMS, com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados”, indica a nota.

Apesar de não estarem interditadas, actualmente, viagens internacionais para áreas afectadas, “os cidadãos devem ponderar viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução”.

”Os viajantes são também alertados para procurarem aconselhamento médico, caso se verifique exposição ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença”, lê-se no comunicado.

A DGS garante que “Portugal tem em estado de prontidão mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença”.

A autoridade de saúde refere que “estão previstas medidas para facilitar a evacuação e a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus”.

Foi entretanto criado um “dispositivo de coordenação” que “se mantém em alerta e, se necessário, mobilizará e activará recursos que sejam adequados a cada situação que venha a ser identificada”.

“Este dispositivo foi criado no âmbito da Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde Pública da DGS e integra especialistas internos e de outros organismos”, prossegue o organismo.

Segundo a DGS, o actual surto começou na Guiné-Conacri em dezembro de 2013 e, até à data, foram identificados cerca de 1.700 casos e 930 mortes, em quatro países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

A directora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu hoje à comunidade internacional que ajude os países afectados a combater a epidemia de Ébola, a pior em quatro décadas.

Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - "não têm meios para responderem sozinhos" à doença e pediu "à comunidade internacional que forneça o apoio necessário".

O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.

 

Aspirina diária pode evitar alguns cancros
A toma de uma aspirina por dia, a partir dos 50 anos, pode diminuir riscos de cancro do intestino e do estômago, adianta um...

Estima-se que poderiam ser evitadas cem mil mortes, se a aspirina fosse tomada diariamente a partir dos 50 anos. Porém, outras 18 mil seriam perdidas em resultado dos efeitos secundários, como os riscos de sangramento interno. A associação da aspirina à prevenção do cancro não é, no entanto, um dado novo. Diversos estudos apontam no sentido da mesma conclusão. Segundo um estudo da Universidade Queen Mary, existe uma relação entre a toma da aspirina e a redução de alguns tipos de cancro. Mas a pesquisa britânica (publicada na revista Annals of Oncology) chega mais além e estima que, se a partir dos 50 anos de idade se tomasse todos os dias uma aspirina, ao longo de 10 anos, seriam evitadas mais de 100 mil mortes, escreve o portal Ptjornal.

Relativamente aos cancros do intestino, estômago e esófago, os riscos podem ser reduzidos até 40 por cento, num cenário em que o cidadão toma o medicamento todos os dias a partir daquela idade. Mas outros tipos de cancro (mama, próstata e pulmão) podem ser evitados. Porém, os investigadores ficaram com menos certezas, nestes casos.

Jack Cuzick, coordenador da pesquisa e investigador na Universidade Queen Mary, acredita que os doentes com cancro poderiam obter benefícios caso tomassem uma aspirina diária. Esses benefícios só seriam notados, porém, cinco anos após o início deste ‘tratamento’. Cuzick e a sua equipa fazem ver, no entanto, que o melhor modo de combater o cancro não é tomar o medicamento, mas adoptar alguns comportamentos saudáveis, como parar de fumar e reduzir a obesidade.

Os investigadores concluíram também que o medicamento, tomado naquelas quantidades, pode provocar efeitos secundários, sendo o sangramento interno aquele que é considerado o mais grave. Este estudo sugere também que 18 mil vidas seriam perdidas em resultado deste efeito secundário.

O analgésico mais consumido do mundo já tinha sido associado à prevenção de alguns tipos de cancro, nomeadamente do estômago e do intestino. Nessas pesquisas, apresentou uma redução de riscos estimada em 40%.

Segundo outra pesquisa, tomar uma aspirina por mês pode reduzir em 26% o risco de incidência de cancro do pâncreas. No entanto, os autores do estudo não pretendem encorajar ao consumo desta substância ou de paracetamol.

Os consumidores de aspirina devem ter precauções. Em primeiro lugar, porque o fármaco não deve ser utilizado como forma de prevenir o cancro de pele (nenhum médico o prescreveria para este efeito). Em segundo lugar, porque a aspirina também pode apresentar efeitos secundários negativos, sangramento e úlceras estomacais.

Recentemente, uma equipa de cientistas do Centro de Evolução e Cancro da Universidade da Califórnia, de São Francisco (EUA), comprovou que os anti-inflamatórios não esteróides, como a conhecida Aspirina, diminuem o risco de cancro.

Através de uma investigação com células do esófago, os cientistas comprovaram que estes medicamentos abrandam a velocidade das mutações somáticas no genoma, um problema de ADN que influencia o crescimento descontrolado das células.

De acordo com o The New York Times, os investigadores acompanharam 13 pessoas com esófago de Barrett (uma doença que danifica as células do esófago, sobretudo através de refluxos gastroesofágicos), com biópsias regulares, ao longo de um período médio de 12 anos.

O estudo demonstrou que o uso de inflamatórios não esteróides proporcionou uma redução de 90% na taxa de mutações. “Usamos nos humanos as técnicas usadas para medir a taxa de mutação de vírus como o HIV. Medimos pedaços inteiros de cromossomas que estão a ser removidos ou copiados”, explicou Carlo Maleyo, director do Centro de Evolução e Cancro e principal autor do estudo.

A escolha de doentes com esófago de Barrett não foi inocente: os danos provocados tornam as células do esófago pré-cancerosas. Contudo, Carlo Maleyo adianta que a população estudada era limitada e que é urgente realizar um novo ensaio, mas com mais doentes.

Situando-se nos €2.489 milhões
Em 2012 operavam em Portugal 106 empresas dedicadas ao fabrico de especialidades farmacêuticas, sendo que na zona de Lisboa se...

Segundo o estudo Sectores Portugal: “Indústria Farmacêutica” publicado pela Informa D&B, as vendas de medicamentos em farmácias em Portugal Continental em 2013 situaram-se nos 2.489 milhões de euros, o que representa uma queda de 4,3% face a 2012 e de 25,7% face ao máximo registado no ano de 2008. Em termos de número de embalagens comercializadas, observa-se um moderado crescimento no biénio 2012-2013, o que reflecte a redução dos preços.

Nos últimos anos registou-se uma diminuição do valor do mercado português de medicamentos, como consequência da contracção dos preços, que foi motivada pelas medidas aplicadas pelo Governo destinadas a reduzir a despesa pública farmacêutica.

Em 2013 O balanço comercial do sector apresenta um saldo deficitário, embora no período 2011-2013 se tenha reduzido quase 10% por ano, até se situar neste último ano em 1.061 milhões de euros, num contexto de crescimento das exportações e decréscimo das importações.

Em 2012 operavam em Portugal 106 empresas dedicadas ao fabrico de especialidades farmacêuticas, o que representa um decréscimo de 9,4% face a 2011 e uma variação média anual negativa de 4,6% em relação ao ano de 2009.

A zona de Lisboa concentra cerca de 70% dos laboratórios, à frente das zonas Norte e Centro com participações respectivas sobre o número total de 17% e 11%.

O capital estrangeiro tem uma grande importância no sector, destacando-se o de origem suíça, britânica, espanhola, alemã, italiana, francesa e dos Estados Unidos da América. Apenas sete das 40 primeiras empresas do sector estão participadas maioritariamente por accionistas de nacionalidade portuguesa.

 

Dados Gerais, 2013

 

Número de empresas (a)

106

Mercado total de medicamentos (milhões de euros) (b)

2.489

Exportação de medicamentos (milhões de euros)

641

Importação de medicamentos (milhões de euros)

1.702

Mercado total de medicamentos em valor (% var. 2013/2012)

-4,3

(a) 2012. Corresponde às empresas do código CAE 2120 (Fabricação de preparações farmacêuticas). (b) corresponde a medicamentos vendidos em farmácias comunitárias em Portugal Continental.

 

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