Serviço Regional de Saúde
O presidente do Governo dos Açores revelou ontem que a região vai contratar mais 105 enfermeiros para o Serviço Regional de...

“Tive a oportunidade de transmitir ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e ao Conselho Directivo Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros que o Governo Regional tomou já a decisão de contratar mais 105 enfermeiros que vão satisfazer necessidades quer dos centros de saúde, quer dos hospitais”, disse Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano, que falava aos jornalistas no final de um audiência concedida ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e à Ordem dos Enfermeiros, em Ponta Delgada, referiu que segue-se agora a fase de lançamento dos concursos públicos por parte das entidades com responsabilidade nesta matéria, visando a colocação dos enfermeiros.

“Isto constitui um factor valorizador de como os cuidados de saúde são prestados na nossa região e o reforço das condições que o Serviço Regional de Saúde tem para que se preste um serviço de qualidade, com profissionais empenhados, dedicados que correspondem às necessidades dos açorianos e das açorianas”, declarou.

Tiago Lopes, da Ordem dos Enfermeiros, considerou a admissão de mais 105 enfermeiros como um “ponto de partida”, mas disse que gostaria de saber, em concreto, qual o destino destes profissionais e qual o número real necessário nos Açores.

No sábado, em declarações aos jornalistas, Tiago Lopes disse que a ordem pretende fazer um levantamento, até ao final do ano, do número de enfermeiros em falta no Serviço Regional de Saúde dos Açores.

Quanto ao dirigente da delegação dos Açores do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pediu ao presidente do Governo Regional que, “a curto prazo”, uniformize os salários dos profissionais de saúde que possuem um contrato individual de trabalho e os que estão integrados no regime da função pública.

“Outra questão que nos preocupa é o regresso dos enfermeiros às 35 horas, uma vez que ainda não regressamos, contrariamente a toda a função pública. Nós temos um entendimento jurídico neste sentido, o Governo Regional não tem esse entendimento sem o banco de horas”, declarou Francisco Branco.

Vasco Cordeiro considerou ser “pouco justificável” que os enfermeiros do Serviço Regional de Saúde venham a ter um horário de 35 horas semanais sem aderir ao banco de horas, ao contrário do que aconteceu com todos os restantes trabalhadores da função pública regional.

“Este é um aspecto que o Governo Regional considera essencial. Obviamente que a profissão, como outras profissões, tem as especificidades que tem, mas estamos abertos aos termos em que isso pode e deve ser feito, caso exista esta disponibilidade”, declarou.

Vasco Cordeiro afirmou que “não há nenhum compromisso de acolher ou não acolher" esta pretensão do regresso às 35 horas no caso dos enfermeiros, havendo sim a “necessidade de, tendo em conta os argumentos que foram avançados, poder-se confirmar algumas questões, de forma a tomar uma decisão final”.

Caldas da Rainha
A Comissão de utentes do Hospital das Caldas da Rainha lamentou ontem o encerramento das Urgências de Obstetrícia e Ginecologia...

A comissão considera “absolutamente lamentável que, mesmo com a fusão das duas maternidades previamente existentes (Caldas da Rainha e Torres Vedras) seja, ainda assim, necessário encerrar por alguns dias a única maternidade existente, deixando as utentes sem esse serviço, obrigando-as a recorrer a Lisboa e Leiria”.

Em comunicado a comissão atribui o encerramento a “um elevado défice de planeamento a par de uma enorme falta de sentido de responsabilidade e de respeito pelos direitos dos cidadãos em áreas tão básicas e essenciais como a saúde materna” e denuncia “a sobrecarga de trabalho de médicos e enfermeiros” que diz reflectir-se “no atendimento aos utentes”.

O serviço, cujo encerramento estava previsto até ao dia 2 de setembro, foi reaberto na sexta-feira, depois de uma reorganização que permitiu suprir a ausência dos médicos em férias e de baixa médica.

Freguesia do Areeiro
A Junta de Freguesia do Areeiro, em Lisboa, lançou ontem uma campanha de recolha de alimentos, que se estende durante o mês de...

“Esta iniciativa visa reforçar não apenas a capacidade de auxílio da Junta de Freguesia ao Banco Alimentar, como também contribuir para a constituição de ‘kits’ de emergência, utilizados para colmatar as necessidades básicas durante o período em que os agregados familiares carenciados se encontram à espera de resposta de outros meios de ajuda”, lê-se na nota divulgada ontem por aquela autarquia, adiantando que “todos os pedidos serão alvo de um escrutínio rigoroso por parte do Gabinete de Acção Social”.

Entre os alimentos que podem ser doados estão o leite meio-gordo, as papas e cereais de pequeno-almoço, a cevada ou café solúvel, o açúcar, a farinha, as massas e os enlatados (salsichas, atum, feijão).

Os bens podem sem entregues na sede da Junta de Freguesia, na rua João Villaret, n.º9, ou na delegação da mesma, na rua Abade Faria, nº 37, r/c direito.

Hospitais privados apoiariam, se houvesse equilíbrio na oferta na saúde
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada afirmou ontem que apoiaria autorizações prévias ao envio de doentes para o...

A propósito da publicação da lei do acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) refere, em comunicado, ver "com certa desilusão a transcrição da directiva comunitária que lhe deu origem, que poderia ser o preâmbulo de uma livre circulação de doentes" no espaço europeu.

"A liberdade e a equidade ainda não chegaram à saúde, em especial em Portugal. As autorizações prévias exigidas por essa lei, além de serem ferozmente restritivas, são contraditórias, pois aceitam a liberdade de escolha do doente na sua deslocação ao estrangeiro, quando em Portugal essa liberdade é negada no acesso aos hospitais privados portugueses, alguns dotados de tecnologia única no país" afirmou o presidente da APHP, Artur Osório Araújo, citado no comunicado.

Para os hospitais privados, esta transcrição "nega a equidade e igualdade no acesso ao estabelecer financiamentos fortemente restritivos, em função de tabelas recém-criadas, com preços artificiais e que não incluem o pagamento de estadias e viagens".

Investigadores desenvolvem
Um grupo de investigadores das universidades do Minho e do Porto desenvolveu dermocosméticos "inovadores" que &quot...

O resultado da aplicação destes cremes, desenvolvidos pelo Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da UMinho em parceria com a empresa portuguesa M&MBiotechnology, Lda, e com a Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto, será feita hoje, em Guimarães, no âmbito do 62.º Congresso Internacional e Encontro Anual da Sociedade de Plantas Medicinais e Investigação em Produtos Naturais (GA2014), que decorre no campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho).

"São dermocosméticos com funcionalidade hidratante e coadjuvantes para o tratamento de queimaduras, psoríase e feridas recalcitrantes (profundas e de difícil cura), que actuam em algumas horas ou em alguns meses, consoante a gravidade dos casos", explica Alberto Dias, coordenador do polo CITAB da UMinho.

No congresso, indica um comunicado da UMinho, vão também ser divulgados mais de 800 trabalhos científicos, alguns dos quais poderão vir a dar origem a novos fármacos para o tratamento de algumas das doenças com as maiores taxas de mortalidade em Portugal e no mundo.

"O consumo de plantas aromáticas e medicinais pode auxiliar no combate e na prevenção de várias patologias, em particular doenças cardiovasculares, cancro, diabetes, inflamações, doenças do foro neurológico e infecções fúngicas e bacterianas", salienta Alberto Dias.

De acordo com este especialista, há já várias plantas medicinais e aromáticas, "desde as mais comuns, como os orégãos, os coentros, a salsa, o caril e outras não comestíveis, que são incluídas em medicamentos convencionais. Um dos exemplos mais notórios é o taxol, que é utilizado no combate ao cancro da mama".

Alberto Dias aponta ainda o papel da nanotecnologia e dos "chamados alimentos funcionais e netracêuticos" no tratamento de moléstias.

"A nanotecnologia permite direccionar o tratamento para o foco do problema, o que se revela particularmente importante quando existem compostos que são tóxicos se administrados aos pacientes pelas vias convencionais", diz.

Quanto aos alimentos funcionais e nutracêuticos, "além dos nutrientes que fornecem, actuam como preventivos de algumas doenças", aponta o investigador do CITAB, que refere como exemplo "o iogurte que reduz o colesterol".

O evento conta ainda com um workshop que "atesta benefícios da utilização de Cannabis em medicamentos" versando-se "na produção de cannabis para fins medicinais e sobre as utilizações fitoterapêuticas da planta".

O 62.º Congresso Internacional e Encontro Anual da Sociedade de Plantas Medicinais e Investigação em Produtos Naturais (GA2014) decorre até 4 de setembro e, segundo a UMInho, são esperados mais de 170 cientistas.

Intervenção cirúrgica
Quando opta por recorrer à colocação de implantes mamários, deve proceder de uma forma consciente e
Cirurgia implante mamário

Consulta
Procure obter consulta com um médico especialista na área. Se tiver dificuldade procure obter indicações através do seu médico assistente ou junto da Ordem dos Médicos acerca dos especialistas habilitados para o efeito.

Procure, durante a consulta ou consultas, obter informações tão detalhadas, quanto possível, de forma a esclarecer todas as suas dúvidas e poder optar pela solução que entender mais satisfatória em colaboração com o especialista. Dê algum tempo a si mesma para tomar a decisão após recolha das informações e esclarecimento de todas as suas dúvidas.

Poderá ser necessário existir uma troca de informação entre o especialista consultado e o seu médico assistente, tendo em conta o seu estado de saúde global.

Cirurgia
Procure esclarecer junto do especialista pormenores como a localização da incisão para colocação do implante mamário, tipo de anestesia ou duração do internamento.

Deve esclarecer os seguintes pontos:

  • Qual a localização da cicatriz. Vantagens e desvantagens das diferentes localizações (submamária, axilar, peri-areolar, umbilical);
  • Qual a localização do implante e respectivas vantagens e desvantagens (em cima ou abaixo do músculo);
  • Qual o tipo de anestesia a usar (local ou geral);
  • Qual o grau de confiança que o cirurgião deposita no anestesista e se trabalha habitualmente com ele;
  • Quanto tempo demora a cirurgia;
  • Quais as condições do local onde a cirurgia se vai efectuar em caso de surgir uma emergência e se existe local de recobro devidamente equipado;
  • Se irão ser necessários drenos após a cirurgia;
  • Se é necessária alguma medicação após a cirurgia, nomeadamente para as dores;
  • Qual o tempo previsível de recuperação e quanto tempo vai permanecer no hospital;
  • Se existe alguma contraindicação para a colocação de implantes mamários relativa a alguma doença de que eventualmente seja portadora.

Certifique-se que o local onde o procedimento vai ser efectuado tem as condições técnicas adequadas no entender do especialista consultado. Trata-se de um requisito essencial em qualquer tipo de cirurgia e que pode representar a diferença entre uma assistência adequada, ou não, sobretudo no caso de complicações inesperadas. Em caso de dúvida consulte a Ordem dos Médicos e/ou a Direcção Geral de Saúde.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Avaliação técnico-científica
A avaliação técnico-científica tem por objectivo garantir a qualidade, segurança e eficácia dos medi
Medicamentos

A avaliação é realizada por peritos das áreas Farmacêutica, Pré-clínica, Clínica e de Biodisponibilidade/Bioequivalência da Unidade de Avaliação Científica (UAC) da Direcção de Avaliação de Medicamentos (DAM) e da Comissão de Avaliação de Medicamentos (CAM).

Os peritos das diferentes áreas de avaliação são, igualmente, responsáveis pelo aconselhamento científico à indústria farmacêutica, sempre que este é solicitado no âmbito dos pedidos deAconselhamento Regulamentar e Cientifico (GARC).

Avaliação farmacêutica
Cabe à avaliação farmacêutica assegurar que todos os medicamentos autorizados no mercado ou a serem utilizados em ensaios clínicos possuem a máxima qualidade, e que esta é consistente e mantida ao longo do tempo.

A avaliação abrange cada um dos componentes do medicamento: substância activa, formulação final e acondicionamento. No que se refere à substância activa, a apreciação incide sobre a sua síntese, caracterização, controlo de qualidade e estabilidade. No caso do produto acabado, é avaliado o desenvolvimento farmacêutico, processo de fabrico, qualidade dos excipientes e do material de acondicionamento, especificações de controlo de qualidade e estabilidade. É realizada à luz do progresso científico e em respeito pelas normas orientadoras e legislação em vigor, assegurando o cumprimento das exigências de qualidade estabelecidas ao nível nacional e europeu.

O departamento de avaliação farmacêutica dispõe de perícia técnico-científica nas várias vertentes envolvidas (química, biologia, farmácia, radiofarmácia, biotecnologia e plantas medicinais), de modo a garantir os mais elevados padrões de rigor.

Avaliação pré-clínica
Os peritos da área pré-clínica têm a responsabilidade de avaliar efeitos potenciais e, principalmente, riscos para:

- o ser humano a receber o medicamento no regime posológico e via de administração propostos.

- o meio ambiente, com base em estudos em animais e testes in vitro e, ainda, no caso da avaliação de risco ambiental, em estimativa das concentrações ambientais derivadas do uso proposto para o medicamento.

Os estudos pré-clínicos para avaliação de efeitos potenciais e riscos para o ser humano podem ser divididos em três grandes grupos: os farmacológicos, farmacocinéticos e toxicológicos.

Os estudos farmacológicos fornecem as primeiras informações sobre o potencial terapêutico do medicamento e o seu modo de acção, bem como sobre possíveis efeitos secundários, efeitos adversos sobre os sistemas vitais, como o sistema nervoso central cardiovascular e respiratório, e interacções com outros medicamentos em termos de acção farmacológica.

Com os estudos de farmacocinética obtemos informação sobre a absorção, distribuição, metabolismo, excreção, inibição ou indução enzimática, e interacções em termos de farmacocinética com outros medicamentos.

Os estudos toxicológicos incluem estudos para avaliação de toxicidade geral (aguda a crónica), mutagenicidade, carcinogenicidade, toxicidade sobre a função reprodutora e risco de desenvolvimento de malformações fetais, entre outros.

Face aos dados clínicos (em seres humanos), o peso da evidência pré-clínica de eficácia e segurança para o ser humano vai progressivamente diminuindo ao longo do desenvolvimento clínico do medicamento. Assim, a função dos dados pré-clínicos é essencialmente a de antecipar riscos (quando a experiência clínica é nula ou limitada) e a de complementar a informação obtida na clínica.

A avaliação do risco ambiental do medicamento envolve, numa primeira fase, a estimativa da concentração da respectiva substância activa e seus excipientes no ambiente e, consoante os resultados desta primeira abordagem, a avaliação do seu destino e efeitos no sistema trófico.

Avaliação clínica
Avaliação clínica de medicamentos consiste na apreciação da documentação sobre estudos de eficácia e segurança no Homem submetida ao Infarmed pelos seus titulares e /ou recolhida pelos avaliadores, no âmbito de pedidos para a sua utilização em ensaios clínicos ou de concessão de autorização de introdução no mercado, bem como de todas as alterações que venham a ser efectuadas no decurso do ciclo de vida do medicamento.

Esta avaliação clínica tem como propósito a determinação da eficácia e segurança do medicamento estabelecendo as melhores condições para a sua utilização, nas indicações terapêuticas a que se destina, de forma a assegurar o balanço positivo para o binómio benefício/risco.

A apreciação é efectuada à luz do progresso científico e respeitando as Normas Orientadoras Internacionais e legislação em vigor, de modo a garantir o cumprimento das exigências de qualidade estabelecidas a nível nacional e internacional.

A avaliação clínica dispõe de perícia técnico-científica nas várias áreas envolvidas (farmacologia geral, farmacologia clínica, bioestatística e especialidades médico-cirúrgicas) de modo a assegurar os mais elevados padrões de rigor na avaliação.

Avaliação Biodisponibilidade/Bioequivalência
A acção terapêutica de um fármaco depende da existência de uma concentração efectiva deste no seu local de acção, durante um período de tempo desejável. Desta forma a disponibilidade do fármaco a partir da forma farmacêutica assume um papel crítico na eficácia clínica de um medicamento, tornando-se por isso necessário caracterizar adequadamente o desempenho da formulação que o contém como medição adicional de eficácia. Uma vez que a concentração de um fármaco no local de acção se encontra em equilíbrio com a concentração do mesmo na corrente sanguínea, para a maioria dos fármacos a determinação das suas concentrações ao longo do tempo no sangue ou urina tornam-se medidas indirectas mas preditivas da concentração do mesmo fármaco no seu local de acção.

A biodisponibilidade é um termo farmacocinético que descreve a velocidade e o grau com que uma substância activa ou a sua forma molecular terapeuticamente activa é absorvida a partir de um medicamento e se torna disponível no local de acção. A avaliação da biodisponibilidade é realizada com base em parâmetros farmacocinéticos calculados a partir dos perfis de concentração plasmática do fármaco ao longo do tempo.

Os estudos de biodisponibilidade revelam-se assim de grande utilidade na área da biogalénica e farmacocinética, uma vez que permitem não só avaliar a qualidade biogalénica dos medicamentos como também avaliar interacções entre fármacos e determinar a influência de vários factores fisiológicos e patológicos (idade, alimentação, doença, em particular insuficiências renal e hepática, etc.) no modo como o fármaco é absorvido pelo organismo.

Um estudo de bioequivalência tem por objectivo comparar as biodisponibilidades de dois medicamentos considerados equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas e que tenham sido administrados na mesma dose molar. Entende-se por equivalentes farmacêuticos os medicamentos que contêm a mesma substância activa, na mesma dose e na mesma forma farmacêutica.

Se nestas condições as biodisponibilidades de dois medicamentos forem consideradas similares, os seus efeitos, no que respeita à eficácia e segurança dos mesmos serão essencialmente os mesmos.

Em resumo, a avaliação da bioequivalência é um método indirecto de avaliar a eficácia e a segurança de qualquer medicamento contendo a mesma substância activa que o medicamento original, cuja acção seja dependente da entrada na circulação sistémica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Hospital de Santa Maria
O serviço de gastrenterologia do Hospital de Santa Maria, Lisboa, está “em ruptura” por falta de enfermeiros, denunciou hoje em...

Neste mês, explica o sindicato, o serviço, com 21 camas/doentes, fica assegurado por apenas seis enfermeiros, “devido à gravíssima carência de profissionais, agravada pelas férias e licença de casamento previstas na equipa”.

Porque os enfermeiros “não conseguem dar resposta às necessidades dos utentes e das suas famílias” o “serviço entra em ruptura”, diz o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

E explica que é uma situação que resulta da desvalorização profissional, salarial e das carreiras profissionais, que tem provocado a desmotivação nos trabalhadores da saúde, “o que leva a que muitos deles emigrem ou se transfiram para o sector privado”.

“Os últimos Governos, numa clara linha de desinvestimento dos serviços públicos, têm dificultado a admissão de trabalhadores na Administração Pública o que tem agravado a carência de enfermeiros com a não substituição das saídas, provocando dotações não seguras nos serviços”, afirma-se no comunicado.

Segundo as contas do SEP, nos últimos dois anos saíram 179 enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Norte, aos quais se somam mais 30 que saíram nos últimos meses. Com a saída de mais de 200 enfermeiros é insuficiente a anunciada contratação de 75 profissionais, frisa o sindicato, que exige a contratação de enfermeiros em número adequado às necessidades.

Na última sexta-feira o bastonário dos enfermeiros, Germano Couto, já tinha alertado para a situação de ruptura a que chegaram muitos serviços de saúde por falta de enfermeiros, revelando que a Ordem deverá avançar com um processo judicial contra a ministra das Finanças.

A Ordem dos Enfermeiros considera “ser preciso dizer basta”, afirmou Germano Couto, dizendo que depois de, “nos últimos anos”, os hospitais e os centros de saúde terem vindo a ser “escalpelizados completamente de recursos humanos, nomeadamente na área da enfermagem”, nos “últimos seis meses tem-se assistido à ruptura” de serviços e dos próprios enfermeiros, que estão “exaustos”.

“Não há solução para isto. Ou se contrata enfermeiros ou é preciso dizer basta, fechar serviços, fechar camas hospitalares e o Governo pensar realmente o que quer para a saúde dos portugueses”, afirmou o bastonário, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, nos Açores.

Ébola
Cabo Verde interditou a entrada no país aos cidadãos estrangeiros não residentes que, nos últimos 30 dias, tenham estado no...

Numa conferência de imprensa, a ministra da Saúde cabo-verdiana, Cristina Fontes Lima, clarificou que todos os voos regulares mantêm as suas operações, mas com limitações quanto à prestação de serviços em escala, conforme as directivas emitidas pelas autoridades sanitárias.

"As tripulações estrangeiras não residentes dos voos regulares e das embarcações que, nos últimos 30 dias, tenham estado no Senegal, não poderão entrar no território nacional, ficando sujeitas ao cumprimento rigoroso das directivas emitidas pelas autoridades sanitárias, aeronáuticas e marítimas", avançou.

A ministra, que participou recentemente na reunião dos ministros de Saúde da CEDEAO para analisar a situação do Ébola na região, reafirmou ainda que todos cabo-verdianos e estrangeiros residentes oriundos de qualquer dos outros países afectados ficam sujeitos a "rigorosas medidas de controlo sanitário" à entrada e durante os 21 dias subsequentes.

"O Governo insiste na importância de todos, nacionais e estrangeiros residentes, evitarem mesmo deslocar-se aos países afectados, nestes incluindo agora o Senegal", continuou Cristina Fontes Lima, recordando que se trata de um reforço e monitoramento da resolução tomada pelo Governo cabo-verdiano no dia 20 de agosto.

"Trata-se de aplicar ao Senegal as medidas que vínhamos aplicando nos outros países - Libéria, Serra Leoa, Guiné Conacri, Nigéria E República Democrático do Congo - com a diferença que temos uma fronteira área com o Senegal", prosseguiu a governante cabo-verdiano, para quem o Governo está a tomar todas as medidas que se impõem para prevenir a entrada do vírus no país.

"Cabo Verde está consciente que, tomando as medidas, está, de uma forma eficaz e equilibrada, a contribuir para se fazer parar a doença e garantir que continuemos livres do vírus", observou.

Questionada se a interdição de entrada a todos os estrangeiros que passam pelo Senegal poderá afetar as relações entre os dois países, Cristina Fontes Lima disse que não, uma vez que há um "esforço conjunto" para conter a propagação da doença.

Cristina Fontes Lima informou ainda que os ministros da Saúde da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tomaram medidas para o reforço da vigilância nas fronteiras da região e criaram dispositivos e uma ficha sanitária para seguir o viajante.

Para evitar que algum dos países afectados pela doença fique isolado, os ministros de Saúde de CEDEAO recomendaram aos ministros dos Negócios Estrangeiros que estabelecem corredores humanitários e que criem um plano sanitário para a região económica.

Candidaturas encerram a 13 de Setembro
As candidaturas encerram no próximo dia 13 de Setembro para a 58ª edição dos Prémios Pfizer, que resultam de uma parceria da...

Os interessados deverão consultar o regulamento no site oficial da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa www.scmed.pt ou visitar a página de Facebook da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCML).

Os trabalhos são submetidos através do email [email protected].

Na atribuição dos prémios, o júri apreciará o mérito dos trabalhos e projectos apresentados e a sua decisão será conhecida durante uma sessão solene a realizar no mês de Novembro.

Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios Pfizer visam estimular e desenvolver a investigação científica, cobrindo todos os ramos da medicina humana. Os Prémios Pfizer foram criados em 1955 e, ao longo de décadas de existência, já premiaram mais de 500 investigadores. Entre mais de 750 candidaturas, foram distinguidos cerca de 200 trabalhos pelos diferentes júris, compostos por investigadores, professores universitários e médicos de reconhecido mérito, norteando as suas decisões por rigorosos critérios científicos.

Os Prémios Pfizer distinguem os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20.000 euros para cada um dos projectos vencedores em cada área.

Quatro jovens cientistas portugueses reconhecidos em 2013

Na edição de 2013 foram distinguidos quatro jovens cientistas autores de três projectos de investigação – dois de investigação básica, exequo, e um de investigação clínica – selecionados pelo júri entre os 65 trabalhos concorrentes. Os três projetos premiados prosseguem avanços científicos na otimização das terapêuticas biológicas em doenças inflamatórias crónicas e incapacitantes, como é o caso da Artrite Reumatóide; no tratamento da Sepsis; e no combate à fibrose quística.

Em Espanha
O juiz espanhol que está a avaliar o caso da criança britânica diagnosticada com um tumor retirada do hospital decidiu hoje...

O juiz Ismael Moreno ouviu hoje, durante meia hora, Brett King e Naghemeh King, pais de Ashya, detidos no sábado, em Málaga, no sul de Espanha, depois de terem tirado, contra indicação médica, o filho de cinco anos do hospital em Londres onde se encontrava internado.

Em Madrid, capital espanhola, os pais comunicaram ao juiz a recusa em entregarem-se à justiça britânica, que, na passada quinta-feira, emitiu um mandado de detenção europeu contra o casal, por sequestro e maus tratos.

O juiz espanhol concordou em recusar a extradição e decretou a detenção dos pais por 72 horas, prazo durante o qual deverá decidir se lhes dá ordem de prisão.

No mesmo prazo, o Hospital Materno Infantil de Málaga, onde Ashya está internada, deverá dar a conhecer um relatório médico sobre o estado de saúde da criança.

O menino foi encontrado no sábado, pelas 20:30 locais, num hotel de Benajarafe, em Málaga, depois de o recepcionista do estabelecimento ter alertado a polícia.

Os pais, testemunhas de Jeová, que se opõem a transfusões de sangue, chegaram a Málaga com Ashya e outros quatro filhos.

A polícia britânica emitiu um mandado de detenção europeu depois de os médicos do hospital londrino terem dito que a vida da criança está em grave perigo se não receber tratamento.

Num vídeo divulgado no canal YouTube, o pai da criança afirma que Ashya se encontra bem e que o retirou do hospital para poder receber um tratamento que a unidade londrina lhe tinha negado.

A decorrer com normalidade
A mudança do centro de saúde de Pombal para 40 contentores, onde vai funcionar durante um ano, está a decorrer com normalidade,...

“A mudança, iniciada no dia 29 e a concluir hoje, está a decorrer com normalidade”, disse à agência Lusa o coordenador do centro de saúde de Pombal, Pedro Valente, adiantando que, não obstante os trabalhos, “não há interrupção da actividade assistencial”.

Segundo Pedro Valente, “todas as situações agudas e tratamentos de enfermagem estão assegurados entre as 08:00 e as 20:00, no edifício-sede”.

Explicou ainda que “todas as consultas previstas para o dia de hoje foram reprogramadas, tendo os utentes sido avisados antecipadamente”.

Hoje, no centro de saúde, já em obras de ampliação e, entretanto, de requalificação, era visível a azáfama: saíam móveis, tiravam-se fios, arrumavam-se dossiês, entre outras tarefas que os escassos utentes que ali entravam observaram.

Tudo estava a ser transportado para os monoblocos, no parque de estacionamento contíguo, a nova morada do centro de saúde.

Manuel Mendes, de 74 anos, ainda arriscou ir ao centro de saúde marcar uma consulta que, no seu entender, era “urgente”, apesar de saber das mudanças em curso.

“Disseram que não podia, que não havia sistema (informático) e pediram para voltar outro dia”, explicou o utente, de Pombal, enquanto outros deixavam pedidos para medicamentos.

A Edimara Fonseca, de 27 anos, que ali se deslocou para fazer um tratamento, foi solicitado o regresso durante a tarde, onde, já nos contentores, seria atendida.

O coordenador do centro de saúde de Pombal garantiu que, apesar de “todas as mudanças acarretarem condicionalismos, os serviços funcionarão em pleno na terça-feira” nas novas instalações.

Nos monoblocos, vai ficar concentrada “a maioria da actividade assistencial médica”, como “consultas, serviços de enfermagem e Gabinete do Cidadão”, esclareceu a Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro).

Já no 1º andar do edifício do parque de estacionamento São Sebastião, cedido pela autarquia provisoriamente, “ficarão os serviços de coordenação e gestão, aprovisionamento, os serviços concelhios de Saúde Pública e a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados”, adiantou a ARS-Centro.

“Ambas as estruturas estão perfeitamente adaptadas às necessidades para o normal funcionamento dos serviços”, garantiu aquela entidade.

Os trabalhos de requalificação e ampliação do centro de saúde de Pombal são um investimento elegível de 1,2 milhões de euros, tendo financiamento comunitário de cerca de um milhão de euros.

“Dos 15% da comparticipação nacional, o município encarrega-se da componente de aquisição de material e a ARS-Centro encarrega-se da componente da construção”, informou a autarquia, que assume, ainda, o custo do aluguer dos contentores, de 74.800 euros.

Associação Portuguesa de Hemofilia
Encontra-se a partir de hoje aberto o período de inscrições para o 1º Congresso Nacional de Hemofilia, organizado pela...

A realizar entre os dias 28 e 30 de novembro, no Palace Hotel de Monte Real, perto de Leiria, o 1º Congresso Nacional de Hemofilia irá contar com um famoso embaixador, o ciclista Alex Dowsett, que irá dar o seu testemunho como pessoa com Hemofilia A Grave que conseguiu alcançar uma carreira desportiva de sucesso. Até 20 de Outubro os interessados podem inscrever-se através do email [email protected] ou contactando a Associação Portuguesa de Hemofilia e outras Coagulopatias Congénitas (APH) pelo número de telefone 218 598 491.

O 1º Congresso Nacional de Hemofilia será um espaço de encontro e partilha entre todas as pessoas com hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos e terá também uma forte componente formativa, com a realização de workshops e de palestras com médicos de diversas especialidades.

O envelhecimento e a hemofilia, a genética, a reprodução e a hemofilia, os distúrbios hemorrágicos nas mulheres, a hemofilia na criança, o desporto e a hemofilia e comunicação em hemofilia são alguns dos temas que irão ser abordados neste congresso.

Para o congresso está já confirmada a participação de cerca de 10 palestrantes, especialistas nos principais hospitais portugueses que diariamente lidam com estas patologias.

O jovem ciclista inglês da equipa UCI ProTeam Movistar, Alex Dowset será o embaixador do evento. Este desportista tem Hemofilia A Grave e irá dar o seu testemunho de sucesso de vivência da doença, provando que a Hemofilia não é impedimento para nada na sua vida.

A APH tem também como objectivo com este evento fortalecer a relação entre as pessoas com estas patologias, reforçando a necessidade de uma comunidade com capacidade de defender os seus direitos e com conhecimento dos tratamentos mais avançados em termos de eficácia e segurança. É urgente que todas as pessoas com hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos se encontrem unidas na busca do conhecimento e na melhoria dos cuidados e tratamento das suas patologias.

Intitulado “Mini Congresso Infantil”, irá decorrer em simultâneo com o programa principal, serão realizadas acções de formação e diversas actividades destinadas a crianças entre os 4 e os 14 anos, divididas em dois grupos, orientadas pela professora Paula Alves, coordenadora do plano de natação da APH.

Investigadores de Coimbra
Investigadores da Universidade de Coimbra identificaram uma nova enzima que poderá ser utilizada em estratégias terapêuticas...

A Universidade de Coimbra (UC) revela, em nota hoje divulgada, que a equipa internacional responsável pelo projecto é liderada pela investigadora Isaura Simões, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC e do Biocant.

A investigação, iniciada em 2010, foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e envolveu a participação de cinco investigadores estrangeiros de três grupos de investigação distintos, explica.

Segundo a UC, a bactéria responsável pela febre da carraça e pelo tifo epidémico, de seu nome Rickettsia, "transmite-se através de piolhos, carraças e pulgas e não possui actualmente nenhuma vacina protectora".

"A descoberta, publicada na revista científica internacional PLoS Pathogens, descreve uma nova enzima dessa bactéria, semelhante àquela presente no VIH-1, sendo também controlável por medicamentos utilizados no tratamento da SIDA", acrescenta.

Isaura Simões, citada na nota da UC, refere que os investigadores demonstraram "de forma inequívoca a presença de um tipo específico de enzima na bactéria Rickettsia".

"Ao explorar as suas potenciais funções biológicas, os nossos resultados apontam para a participação da enzima num mecanismo relevante para a virulência destes microrganismos, reforçando a importância desta nova enzima como potencial alvo para o desenvolvimento de novas terapêuticas contra infecções provocadas por Rickettsia", explica.

O CNC é um laboratório responsável pela investigação nas áreas da biomedicina e da biotecnologia, na formação universitária de novos investigadores, e criação de acções de comunicação de ciência junto das comunidades através do Programa Ciência e Sociedade.

Já o Biocant disponibiliza serviços inovadores de biotecnologia com relevância para as Ciências da Vida e impulsiona a transferência de tecnologia entre os centros de investigação fundamental de reconhecido mérito e as empresas do sector da biotecnologia, segundo a UC.

Desde hoje
Os portugueses passam a partir de hoje a poder beneficiar de cuidados de saúde noutros Estados-membros, tendo direito a...

De acordo com a lei que estabelece as normas de acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, os beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm direito ao reembolso das despesas directamente relacionadas com tratamentos prestados noutro Estado-membro da União Europeia, desde que sejam tidos como cuidados de saúde que caberia ao Estado português garantir, através da sua estrutura de saúde pública.

O diploma estabelece que as prestações de saúde com direito a reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS, mas salvaguarda que este direito (ao reembolso) “pressupõe a existência de uma avaliação prévia por um médico de medicina geral e familiar” do SNS ou por serviços regionais de saúde que “determinem a necessidade dos cuidados”.

O valor a ser reembolsado será apenas até ao limite do que teria sido assumido pelo Estado português enquanto responsabilidade financeira do SNS, caso esses cuidados tivessem sido prestados em Portugal.

A lei estabelece ainda restrições em alguns casos, que obrigam o utente a fazer um “pedido de autorização prévia”, para ter direito ao reembolso.

É o caso dos cuidados de saúde que exijam o internamento por pelo menos uma noite, cuidados que sejam “altamente onerosos e de elevada especialização”, tratamentos que impliquem risco para o doente ou para a população e prestações de saúde feitas por um profissional que suscite “preocupações sérias” quanto à qualidade ou segurança dos cuidados.

No Japão
O gigante farmacêutico suíço Novartis revelou não ter reportado ao Ministério da Saúde japonês 2.579 casos de efeitos...

Três medicamentos foram visados em particular num período que remonta a 2002: Glivec (1.313 casos), Tasigna (514) e o Afinitor (261).

Além dos casos notificados, outros 6.118 estão sob análise.

A Novartis apresentou sexta-feira um conjunto de medidas ao Ministério nipónico, incluindo melhor formação de funcionários, para evitar novas falhas na comunicação de eventuais efeitos secundários de medicamentos.

A filial japonesa da Novartis foi recentemente abalada por uma série de escândalos.

O primeiro veio a público no ano passado, depois de duas universidades japonesas terem denunciado a manipulação de resultados clínicos realizados sob a sua liderança a um medicamento contra a hipertensão Diovan (ou Valsartan).

Um antigo funcionário foi preso, suspeito de ter falsificado os resultados para exagerar os efeitos benéficos do medicamento, e acusado, assim como a empresa.

Na sequência desse caso e de outras descobertas sobre as práticas da Novartis no Japão, a empresa suíça decidiu em abril substituir os seus principais dirigentes no arquipélago.

Caso suspeito
Um caso suspeito de ébola foi descoberto na capital da Suécia, Estocolmo, disse ontem uma fonte oficial, citada pela agência de...

“Até agora é apenas um caso suspeito”, disse a fonte, sem dar mais detalhes.

A pessoa suspeita de ter contraído o vírus ficou doente depois de ter estado numa zona com casos de ébola e está agora em isolamento, adiantou o jornal Svenska Dagbladet na sua página na internet.

Aake Oertsqvist, especialista em controlo de infecções e responsável pela zona de Estocolmo disse que o risco de um surto de ébola na Suécia é “muito baixo”.

Actrizes porno japonesas
Um grupo de actrizes japonesas do cinema porno angariou já este fim de semana cerca de 23.000 dólares (17.500 euros) ao...

Até ao inicio da tarde de ontem, as actrizes permitiram a cerca de 2.300 fãs que tocassem nos seus seios, em troca do donativo de mil ienes (cerca de 10 dólares) e não sem antes de desinfectarem as mãos.

O evento, denominado “Boob Aid” foi transmitido em directo por um canal de entretenimento para adultos e teve a duração de 24 horas com a partição de nove actrizes do cinema porno japonês.

O evento, que já vai na sua 12.ª edição, terminou ontem, sendo depois contabilizado o dinheiro angariado.

Ordem dos Enfermeiros lamenta
A Ordem dos Enfermeiros lamentou, no sábado passado, que o Governo dos Açores não aposte na contratação e nos incentivos à...

Segundo o presidente da secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, Tiago Lopes, o Governo açoriano tem manifestado "vontade" de contratar mais enfermeiros, mas isso "não se traduz numa prática", sendo poucos os concursos que abrem, sobretudo no caso dos cuidados primários.

Assim, as perspectivas dos recém-licenciados na região, que "o mercado não absorve", acabam por se limitar, neste momento, a contratação precária, através de programas como o "Estagiar L", afirmou aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem de uma cerimónia de vinculação à profissão de 65 enfermeiros que concluíram a licenciatura este ano.

Tiago Lopes lamentou esta situação e referiu que estes "estagiários" acabam, por vezes, a trabalhar sozinhos em unidades como lares de idosos, sendo responsáveis pela gestão dos cuidados prestados, de outros profissionais ou de 'stocks'.

Um recém-licenciado tem "capacidade" para assumir uma missão deste tipo, assegurou Tiago Lopes, dizendo que, no entanto, numa situação destas ganha menos do que qualquer enfermeiro acabado de contratar pelo Serviço Regional de Saúde.

Para Tiago Lopes, programas como o "Estagiar L" servem para "contornar dados estatísticos", nomeadamente a taxa de desemprego, e revelou que a secção regional da Ordem dos Enfermeiros pretende, até ao final do ano, concluir um levantamento de quantos profissionais estão a assegurar serviços nesta situação.

A ordem vai ainda, também até ao final do ano, e em parceira com o próprio executivo açoriano, fazer o cálculo de quantos enfermeiros faltam no Serviço Regional de Saúde, sendo o objectivo assumir um "compromisso" com a tutela para que, ao longo dos próximos três anos, a região contrate os profissionais de que efectivamente precisa.

Segundo explicou, este cálculo vai ser feito com base numa norma para o cálculo da dotação em enfermagem que a Ordem aprovou em maio.

Tiago Lopes reafirmou que a falta de enfermeiros nos cuidados primários pode agravar-se na sequência da recente decisão do Governo dos Açores de alargar a rede de cuidados integrados a alguns centros de saúde das ilhas que fazem internamentos.

Tanto Tiago Lopes como o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, também presente nesta cerimónia, ressalvaram que a situação do Serviço Regional de Saúde dos Açores não é, no entanto, tão grave como a que se verifica no Serviço Nacional de Saúde.

Segundo Tiago Lopes, ao contrário do que acontece a nível nacional, a contratação de enfermeiros nos Açores, embora "muito parca" e "inferior ao necessário", tem sido em número superior ao das reformas.

Sociedade de Pneumologia orienta
A Linha Saúde 24 vai ter um serviço específico para quem quer deixar de fumar, com conselhos, acompanhamento e possível...

A informação foi avançada à Lusa pelo responsável da empresa que gere a Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, que tem já um pedido de marcação de reunião com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para esta semana.

Nessa reunião será apresentado um projecto para a criação da linha de cessação tabágica, que segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em estudos comparativos a nível internacional sobre este tipo de serviço, explicou.

Para já é certo que a direção técnica da linha ficará a cargo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), na sequência de uma proposta que foi feita ao seu presidente pela empresa que gere a Saúde 24 e que já foi aceite.

A linha não se limitará a dar conselhos, uma vez que está demonstrado que esse tipo de serviço tem pouca adesão, disse.

Assim, além de aconselhar os utentes, a linha de cessação tabágica, será “proactiva”, ou seja, “além de receber chamadas, vai também fazer chamadas para reforçar a intenção de deixar de fumar”, explicou o responsável.

Em cima da mesa está ainda a criação de uma via verde que dá prioridade a quem liga para a linha no acesso à consulta e a comparticipação de alguns medicamentos para ajudar a deixar de fumar.

“O primeiro contacto servirá para aferir o nível de dependência e a motivação da pessoa para deixar de fumar. Os pouco motivados serão logo aconselhados a fazer uma consulta de cessação tabágica com um médico”, disse Luís Pedroso Lima.

Os motivados serão acompanhados telefonicamente, com chamadas periódicas em dias definidos até ao dia estabelecido para “deitar fora o maço de cigarros e deixar de fumar”.

“Depois do dia D (em que deixam de fumar), o utente continuará a receber chamadas de controlo e incentivo, que se vão tornando cada vez mais espaçadas”, em função do sucesso do programa.

Da proposta a ser apresentada à DGS, consta a gratuitidade da linha e a criação de uma “via verde de cessação tabágica, para que quem liga para a linha tenha prioridade no acesso à consulta”, acrescentou, especificando que isto vale para os que estão motivados a deixar de fumar.

Luís Pedroso Lima afirma que algumas pessoas conseguirão deixar de fumar apenas com a força de vontade, mas reconhece a grande maioria necessita de apoio terapêutico, sobretudo substâncias nicotínicas (pensos e pastilhas), mas também medicamentos sujeitos a prescrição médica.

A comparticipação é uma possibilidade em cima da mesa, uma vez que a proposta é a de que “semanalmente a instituição que gere a linha forneça pensos e pastilhas”, mas apenas enquanto a pessoa se mantiver no programa.

A outra possibilidade é a de a empresa emitir um voucher para ser usado na farmácia.

O responsável destacou o empenho da SPP que tomou a iniciativa de recomendar aos médicos que aconselhem todos os doentes pulmonares crónicos fumadores a aderir à linha.

De acordo com Luís Pedroso Lima, a linha de cessação tabágica não traz nenhum acréscimo de custos ao Estado, porque está dentro do contrato anual da Linha Saúde 24.

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