Até 31 de janeiro
O galardão visa dinamizar a apresentação de estudos e trabalhos de investigação, originais e inovadores, em temas de ética, nos...

Ao prémio podem concorrer, na qualidade de primeiro autor, jovens com idade até 35 anos, nacionais ou estrangeiros, individualmente ou em coautoria. Cada concorrente apenas poderá subscrever um trabalho, independentemente da qualidade de autoria ou coautoria.

O prémio, pecuniário e anual, consiste na atribuição de 10 mil euros ao estudo ou trabalho de investigação que, reunindo os critérios exigidos no regulamento, melhor contribua, pela sua relevância, pertinência, originalidade e grau de inovação, para o avanço da disciplina da Bioética, nas suas diversas vertentes.

O prémio e as menções honrosas, caso tenham sido atribuídas, e respetivos diplomas, serão entregues em cerimónia pública a realizar por ocasião da celebração do Dia Mundial da Saúde, que se assinala em 7 de abril.

Os interessados devem consultar a página da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, onde podem encontrar informações detalhadas e os formulários de candidatura.

As candidaturas podem ser apresentadas até dia 31 de Janeiro.

 

Dicas
Visitar alguém com demência e os seus familiares é importante para o bem-estar emocional de todos.

Desenvolva uma atitude flexível
Todos temos dias em que nos sentimos com muita ou pouca energia e o seu amigo ou familiar pode estar cansado no dia em que o for visitar. Quando as coisas não correrem como tinha planeado, lembre-se que a sua visita continua a ser importante, tanto para si como para a pessoa que está a visitar.

Seja gentil consigo mesmo
Visitar uma pessoa com Demência pode ser, por vezes, triste e difícil, pelo que talvez necessite de suporte. Talvez possa levar consigo um amigo solidário ou planear fazer algo agradável para si próprio no caminho de regresso a casa.

Leve algo consigo
Pode estimular o envolvimento da pessoa que vai visitar, levando consigo uma revista ou jornal. Juntos, podem ler os artigos interessantes ou fazer um questionário. Leve flores, doces ou fotografias/postais antigos. Estes podem tornar-se numa atividade que ajuda à estimulação e reminiscência.

Estabeleça um ritual de visita
Em todas as visitas, diga e faça as mesmas coisas à chegada e à partida. Isto vai ajudar o seu parente ou amigo. Apresente-se à chegada. Por exemplo diga "Olá mãe, sou eu, a Elisabete, sua filha ". Lembrar o seu nome e o vosso parentesco reduz a ansiedade do seu amigo ou familiar. Não o faça adivinhar.

Escreva cartas e postais
Escrevam, em conjunto, uma carta para um amigo comum ou familiar. Isto pode promover e manter ligações importantes na vida da pessoa com Demência.

Apresente-se à equipa
Se visitar uma unidade de cuidados residenciais, apresente-se e informe o seu grau de parentesco com a pessoa que está a visitar.

O silêncio não é algo negativo
Tente aprender a desfrutar dos momentos de tranquilidade.

Providencie uma bebida
Uma chávena de café, chá ou copo de água vão ajudar o seu amigo ou familiar a ingerir líquidos, socializar e a manter os antigos padrões de hospitalidade.

Falar não é tudo
Abraçar, fazer uma massagem nas mãos e pescoço e dar as mãos, pode substituir ou complementar a conversa.

Comece a fazer um livro de coisas importantes a lembrar
Este pode ser escrito e lido por todos os visitantes e funcionar como um estimulante da memória do seu amigo ou parente.

Faça um livro de vida
Esta é uma ótima maneira de validar a vida do seu amigo ou familiar e recordar feitos antigos. Construam-no durante as visitas. Este projeto pode tornar o vosso tempo juntos ainda mais agradável e especial.

Considere a realização de tarefas
Cosa etiquetas na roupa, ajude na hora das refeições ou leve a pessoa que está a visitar a dar um passeio. Isto para além de beneficiar a pessoa, irá manter o seu papel vital e ajudá-lo a sentir-se útil e importante. Irá, ainda, auxiliar a equipa da unidade residencial.

Toque um instrumento ou cante
Se for músico, considere tocar um instrumento ou cantar para o seu amigo ou familiar. A música promove o relaxamento, o regresso de memórias agradáveis e sentimentos de tranquilidade e segurança.

Leve consigo um animal ou o seu animal de estimação
A visita de um animal de estimação muito amado pode melhorar a saúde emocional e o bem-estar do seu amigo ou parente. Se a visita decorrer num lar residencial, converse com a equipa antes de levar o animal consigo.

Saiba que a sua visita faz diferença
As pessoas que vivem em lares residenciais necessitam de apoio emocional para o seu bem-estar e quando têm visitas semanais regulares apresentam menor propensão a ficar deprimidas.

Se necessário, fale com alguém
Existem muitas questões em torno da mudança de papéis e da tristeza que afeta as famílias, amigos e cuidadores de pessoas com Demência. É muito importante cuidar de si próprio.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório
Os dados do relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgados esta terça-feira revelaram que o número de interrupções de...

De acordo com o documento, no último ano analisado, realizaram-se cerca de 15 mil interrupções de gravidez. 10 mil tiveram lugar nos hospitais públicos e 4.278 em clínicas privadas. “À semelhança de anos anteriores, as Interrupções da Gravidez por opção da mulher nas primeiras 10 semanas são o principal motivo”, constituindo 95,8% do total de abortos. Oito mulheres recorreram ao aborto pelo motivo de “gravidez resultante de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual” e 523 por doença grave ou malformação do feto – mais 0,5% do que em 2017.

O relatório da DGS revelou ainda que as mulheres com idades entre os 20 e os 29 anos são as que mais recorrem a interrupções voluntárias da gravidez. Além disso, os dados mostraram “uma associação significativa entre a profissão das mulheres e a profissão dos companheiros: tendem a ter a mesma classificação profissional”. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais interrupções de gravidez (58%), seguida da região Norte (19,9%) e Centro (11,1%).

“Em 20,8% das IG [interrupções de gravidez], a mulher tinha nacionalidade estrangeira, mais 2,5 pontos percentuais do que em 2017”, lê-se no documento, que acrescenta que “as mulheres de nacionalidade não portuguesa recorreram mais a IG na região de Lisboa, Algarve e no Norte”.

Relativamente ao método utilizado nos espaços de saúde, este difere quando se fala em instituição pública e privada. No setor público, a interrupção de gravidez medicamentosa ocorreu em 92,7% dos casos, enquanto nas clínicas privadas o método cirúrgico foi utilizado em 93,3%.

 

 

PNV
A vacina da meningite B para todas as crianças e a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) para rapazes vão integrar o...

O anúncio foi feito na passada sexta-feira, dia 27 de dezembro de 2019, pelo Secretário de Estado da Saúde, António Sales, e pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de impressa, que decorreu na Direção-Geral da Saúde.

Programa Nacional de Vacinação atualizado em 2020

A vacina contra o rotavírus, principal causador de gastroenterites em crianças, também vai passar a integrar o PNV, mas será aplicada apenas para grupos de risco a definir posteriormente.

No caso da meningite B, a vacina vai ser introduzida para todas as crianças em outubro de 2020. Até agora era administrada apenas a grupos de risco. Vai ser aplicada em três doses: dois, quatro e 12 meses.

Todas as crianças nascidas em 2019 poderão ser vacinadas de forma gratuita, já que serão «repescadas», podendo o esquema vacinal ser iniciado quando a vacina passar a fazer parte do PNV ou completado, caso a criança já tenha iniciado a imunização.

Graça Freitas explicou que crianças até aos dois anos podem fazer as três doses e crianças entre os dois e os cinco anos deverão fazer duas doses.

A vacina contra o HPV será dada em duas doses, com um intervalo de seis meses como acontece com as raparigas. A Diretora-Geral da Saúde explicou que embora a vacina com quatro genótipos do vírus seja suficiente para imunizar os rapazes, tentarão que a vacina seja a mesma que é atualmente administrada às raparigas e que tem nove genótipos. 

 

 

Rutura de Stock
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde informou, no seu site, que foi notificado pelo laboratório...

Após avaliação do real impacto desta rutura, o Infarmed afirma que existem várias alternativas de paracetamol/xarope disponíveis no mercado, e que estão garantidas as embalagens necessárias para suprimir a referida rutura, podendo a farmácia proceder à sua dispensa.

Estão garantidas, assim, alternativas para o mercado através dos medicamentos contendo paracetamol, xarope 40mg/ml, dos laboratórios Basi, Farmoz e Generis Farmacêutica.

 

 

Cuidados
A época de fim de ano é, para muitos portugueses, sinónimo de viagens. Para que esse período seja passado em segurança, o...

Assim, se for viajar, deve ter em consideração alguns aspetos importantes:

  • Verifique as condições de segurança do veículo, como pneus, travões e cintos de segurança;
  • Acondicione bem as bagagens e evite objetos soltos dentro do habitáculo;
  • Transporte as crianças em cadeirinhas adequadas ao seu tamanho;
  • Se transportar animais de estimação, faça-o em segurança;
  • Em caso de viagens longas, pare regularmente para descansar;
  • Coloque devidamente o cinto de segurança e certifique-se que todos os ocupantes o fazem;
  • Cumpra as regras do código da estrada e as normas de segurança rodoviária;
  • Em caso de acidente, coloque o triângulo a cerca de 30 metros de distância e assegure-se que fica bem visível;
  • Se conduzir, não beba.

Em casa, tenha atenção às seguintes indicações:

  • Por esta altura existem decorações e luzes de natal. Evite deixá-las ao alcance das crianças;
  • Não deixe as luzes de Natal acesas durante a noite;
  • Não deixe velas acesas próximo de superfícies inflamáveis ou ao alcance das crianças, nem as deixe acesas durante a noite
  • Tenha especial atenção a braseiras e lareiras, certificando-se que não ficam acesas durante a noite;
  • Evite os riscos de intoxicação por gases, ventilando as áreas onde estes existam, como por exemplo as cozinhas.

Tenha um Fim de Ano em segurança. E lembre-se, em caso de emergência ligue 112.

Previsões
Está um surto de gripe ativo no país e os distritos mais afetados são Lisboa e Faro. O número de novos casos vai aumentar na...

O alerta é das farmácias, que lançaram este ano uma ferramenta revolucionária de previsão da epidemia de gripe, com base nos dados de venda de medicamentos. «O pico da epidemia só deverá ocorrer na segunda semana de Janeiro, mas as pessoas devem tomar medidas de imediato de prevenção dos contágios, como lavar frequentemente as mãos, usar lenços descartáveis e na ausência de lenço espirrar para o antebraço», recomenda António Teixeira Rodrigues, diretor do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da Associação Nacional das Farmácias.

O “Despertador das Farmácias” antecipa em duas semanas a fase epidémica da gripe, com base nos números diários da dispensa de medicamentos e produtos de saúde. A rede de farmácias atende, em média, 520 mil pessoas por dia. Isso permite ao CEFAR monitorizar diariamente a evolução da atividade gripal, concelho a concelho. «Testámos o modelo com os dados reais dos últimos cinco anos. O poder de antecipação das farmácias é uma evidência», declara Peter Heudtlass, investigador do CEFAR.

 

 

Estudo genómicos
Segundo a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), uma das grandes revoluções no combate ao cancro é a chamada medicina...

Os estudos genómicos permitem conhecer as características moleculares do tumor, com o objetivo de orientar os especialistas na melhor decisão terapêutica para o doente, minimizando possíveis efeitos adversos ao tratamento e melhorando a sua qualidade de vida. Perante esta realidade, a OncoDNA, empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, criou soluções diferenciadas para vários tipos de patologias oncológicas, com base nos benefícios da medicina de precisão.

Cancro do pulmão

É um dos mais frequentes a nível mundial e um dos cancros que mais portugueses afeta, com mais de 5 mil novos casos por ano. Também foi uma das doenças mais beneficiadas pelas investigações relacionadas com a medicina personalizada, pois foram capazes de decompor um bom número de subtipos definidos por alterações genómicas específicas (ALK, ROS1, KRAS, EGFR) no mesmo espaço em que antes apenas havia duas variantes: a microcítica e a não microcítica.

Graças a essa descoberta, as opções terapêuticas também cresceram, muito mais direcionadas e eficazes, algo que mudou radicalmente as condições e as perspetivas de vida dos doentes. Estes medicamentos são muito mais eficazes e com um melhor perfil de tolerância, reduzindo substancialmente os efeitos secundários.

Cancro da mama

É o cancro que mais afeta as mulheres portuguesas, surgindo cerca de 6 mil novos casos de cancro da mama anualmente. Contudo, também é o cancro com uma das melhores perspetivas de sobrevivência, acima de 90% dos diagnósticos. Foi o primeiro em que foram distinguidos diferentes subtipos, o que influenciou positivamente a seleção do tratamento mais adequado e o acompanhamento dos doentes.

Hoje, graças à investigação em oncologia de precisão, o cancro da mama é classificado em quatro grandes grupos: Luminal A, Luminal B, tumores com superexpressão de HER2 e basal, cada um com um comportamento específico e com uma resposta diferente a tratamentos como terapia hormonal ou quimioterapia. Como no cancro do pulmão, as terapias atuais estão a tornar-se mais específicas, eficazes e menos tóxicas, capazes de curar ou, no pior cenário, de tornar a doença crónica para garantir a sobrevivência.

Cancro colorretal

Este é também um dos cancros mais frequentes em Portugal, surgindo todos os anos mais de 7 mil novos casos, e um dos que mais pessoas afeta em todo o mundo (1,8 milhões). Graças às inovações terapêuticas desenvolvidas nos últimos anos, quase todas relacionadas com a deteção de novos biomarcadores, a sobrevida acima de cinco anos ultrapassa 57% na Europa.

Um exemplo dos avanços nas investigações do cancro colorretal foi a recente descoberta da família de proteínas denominada c-Src, que promove o desenvolvimento de tumores e está relacionada com a resistência a medicamentos em tumores BRAF mutados. Detetar e estudar casos específicos como este pode traduzir-se em benefícios significativos para os doentes que o possuem.

A OncoDNA trabalha há mais de dois anos com o OncoSELECT, um estudo rápido e minimamente invasivo do ADN do tumor circulante de uma amostra de sangue de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (NSCLC), cólon ou mama (ER + ou HER2 +). Uma ferramenta de diagnóstico que permite, por um lado, identificar soluções terapêuticas para os doentes sem a necessidade de realizar uma biópsia do tumor. E, por outro lado, monitorizar a evolução da doença e detetar a resistência ao tratamento assim que esta surge.

Rápido e ágil, é uma ferramenta de diagnóstico especialmente útil e económica na prática clínica diária dos especialistas em oncologia. Especificamente, é um teste que analisa mais de 100 mutações de resistência e sensibilidade a terapias direcionadas. Uma vez determinado o tratamento, é aconselhável executá-lo a cada três meses, aproximadamente, para monitorizar com eficiência a evolução do tumor.

“OncoSELECT converteu-se num grande aliado dentro da oncologia de precisão aproximando-se da prática clínica de forma económica e eficaz. Este teste abre uma nova janela de oportunidades, tanto no diagnóstico quanto na personalização e no tratamento da recidiva”, explica Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA para Espanha e Portugal.

Opinião
Querido Pai Natal.

O melhor seria conseguires acabar com esta doença complicada, que perturba o nosso bem-estar e o das pessoas que amamos à nossa volta. Estamos cientes de que é algo que está além do teu alcance e que deixas nas mãos daqueles que se dedicam à investigação e de todos os especialistas que trabalham dia após dia com os doentes.

Olhando para todos os nossos colegas de profissão, gostaríamos de pedir mais apoio para que possamos realizar o nosso trabalho da maneira mais eficaz possível. Especialmente das administrações públicas, que podem promover, por meio de acordos e regulamentos, o avanço da oncologia de precisão, crucial no combate ao cancro.

Ao longo do ano, ouvimos uma infinidade de especialistas e lemos um bom número de estudos que confirmavam os benefícios que oferecem, por exemplo, os perfis moleculares quando se trata de encontrar uma terapia precisa e personalizada para cada doente. Uma ferramenta de diagnóstico e monitorização que oferece grandes doses de informações a oncologistas, patologistas, bioinformáticos e outros profissionais relacionados com o tratamento e investigação desta patologia.

No entanto, esta ferramenta não é tão acessível quanto gostaríamos. São processos caros que, no nosso país, os doentes têm de pagar e que não estão a fazer parte da prática clínica diária, embora possam significar poupanças significativas para o Sistema Nacional de Saúde (SNS). E é que, graças a essas técnicas, é muito mais fácil encontrar a raiz de um tumor e encontrar um tratamento-alvo adequado para cada condição, melhorando as previsões de recuperação.

Ou seja, a sua aplicação evita o uso de terapias erradas que são ineficazes contra a doença e que vão gerar grandes doses de toxicidade no doente. Dessa forma, é possível melhorar as suas perspetivas de sobrevivência e a sua qualidade de vida. Por outro lado, são evitados gastos com terapias caras que não serão eficazes.

As novas técnicas da medicina personalizada às vezes podem evitar biópsias invasivas de tecido (não vamos esquecer que há casos em que elas são impossíveis de realizar) com amostras de sangue que oferecem ADN tumoral circulante.

Estes testes também podem favorecer o diagnóstico precoce nos doentes que, por razões genéticas, têm maior probabilidade de sofrer uma patologia com estas características. Assim, o objetivo é que estas técnicas tragam uma melhoria significativa do estado de saúde para quem sofre, além de afetar positivamente os indicadores económicos, como valores de absentismo (do doente e dos seus cuidadores) ou despesas farmacêuticas, entre outros.

Esperamos que, com a tua ajuda e com a tenacidade de muitas das pessoas que nos acompanham neste caminho, possamos gradualmente levar processos como estes a todos os que precisam deles, sejam eles investigadores, profissionais de saúde, gestores ou doentes Porque eles marcarão um futuro em que a abordagem ao cancro será cada vez mais simples.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conheça uma relação perigosa
A trombose é a segunda principal causa de morte em doentes com cancro, estimando-se que o risco de s
Doente oncológica com lenço na cabeça

Frequentemente assintomático, o tromboembolismo venoso, caracterizado pela trombose venosa profunda e a sua maior complicação, a embolia pulmonar, é ainda uma entidade clínica “negligenciada”. É que, embora seja fatal, pouco são os que lhe reconhecem os sinais ou compreendem os seus riscos.

Segundo o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose, o tromboembolismo venoso resulta da formação de coágulos de sangue nas veias, levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente. Se estes coágulos chegarem ao coração, pulmão ou cérebro, o desfecho pode ser fatal. Entre os principais grupos de risco ao desenvolvimento de TEV encontram-se os doentes oncológicos.

De acordo com Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT, “a doença oncológica constitui um fator de risco independente e relevante para o tromboembolismo venoso, fundamentalmente porque altera o normal equilíbrio do sistema de coagulação do organismo, desviando-o no sentido «pró-coagulante» ”.

Hoje em dia, o diagnóstico de trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar - as entidades clínicas que caracterizam o tromboembolismo venoso -, é realizado em cerca de 20% de todos os doentes com cancro, o que faz desta uma entidade cada vez mais prevalente a ponto de se estimar que “cerca de 1/5 de todos os doentes oncológicos sofram de TEV durante a evolução da sua doença”.

Por outro lado, sabe-se que o risco de recorrência destes eventos nos doentes com cancro é bastante elevado, além de incorrerem ainda em importantes complicações hemorrágicas.

É importante referir que os doentes oncológicos têm, frequentemente, uma variedade de fatores de risco para sofrerem um evento tromboembólico, sendo que estes podem estar relacionados com o próprio doente (a idade, trombofilia ou obesidade); com o tumor (estadio, histologia, local primário ou existência de metástases) e/ou com o tratamento.

As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) são consideradas o tratamento de primeira linha para esta população de doentes, devendo ser administradas em monoterapia entre três a seis meses.

A que sinais devemos estar atentos?

Trombose venosa profunda pode ocorrer der uma forma assintomática e manifestar-se unicamente quando o doente sofre um episódio fatal.

Contudo, tal como esclarece o cirurgião vascular, Pereira Albino, “normalmente tudo começa com uma trombose venosa profunda, ou seja, uma perna que subitamente aparece inchada com dor e com dificuldade de marcha”.

A dor pode existir apenas de pé ou ao caminhar, a perna pode endurecer e apresentar uma temperatura fora do normal (estar mais quente). Podem ainda ocorrer mudanças de cor da pele na perna afetada. 

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Internamentos e cirurgias são uma causa prevenível de tromboembolismo venoso

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No Porto
Imediatamente após o término do 14.º Congresso Português do AVC, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC)...

Descrever os dados essenciais na colheita da história clínica de um doente com suspeita de AVC agudo, treinar aspetos da entrevista com o doente, familiares ou cuidadores e descrever os exames complementares de diagnóstico a solicitar no atendimento urgente ao doente com suspeita de AVC agudo são alguns dos objetivos deste curso interativo dirigido a profissionais de saúde.

De acordo os coordenadores do Curso, Dr.ª Liliana Pereira e Dr. Miguel Rodrigues, especialistas de Neurologia e membros da SPAVC, a abordagem na fase aguda, quer seja diagnóstica ou terapêutica, tem fortes implicações na vida futura dos doentes, daí a importância de dar formação contínua e atualizada aos profissionais de saúde. “É preciso ter presente que o Acidente Vascular Cerebral continua a ser a principal causa de mortalidade em Portugal. Embora seja uma doença prevenível, quando acontece, é imperioso reconhecer rapidamente os sintomas para o encaminhamento hospitalar e garantir a provisão de tratamentos que influenciem positivamente o prognóstico”, frisa a Dr.ª Liliana Pereira.

Por essa razão, explica que a formação visa, além dos objetivos já citados, “identificar e discutir as alterações mais frequentes nos exames pedidos na fase aguda, selecionar doentes para trombólise e tratamento endovascular de acordo com as últimas recomendações científicas ou identificar e orientar situações de mimetizadores de AVC agudo”.

A especialista adianta que as inscrições estão abertas a todos os profissionais de saúde interessados em aprofundar a formação nesta área e, em particular, a médicos com interesse na doença vascular cerebral, incluindo especialistas e internos, nas áreas de Neurologia, Neurocirurgia, Neurorradiologia, Medicina Interna e Medicina Intensiva. As inscrições são limitadas para garantir que “todos os participantes tenham oportunidade de interagir com os formadores”. Além disso, será “indicada aos participantes a bibliografia recomendada para leitura e estudo pré-curso, para que aproveitem ao máximo o tempo despendido nas sessões”.

A Dr.ª Liliana Pereira explica que o programa científico está dividido em quatro áreas – abordagem inicial do doente com suspeita de AVC agudo, interpretação dos exames imagiológicos, decisão terapêutica: trombólise e tratamento endovascular e identificação e orientação de mimetizadores. Destaca ainda que o Curso conta com o patrocínio científico da European Stroke Organisation (ESO), da World Stroke Organization (WSO) e da Ordem dos Médicos, para além do apoio da Tecnimede.

Consulte aqui o programa do Curso:

https://www.spavc.org/actividades/curso-avc

Inscrições:

Enviar email para: [email protected]

Ordem dos Enfermeiros
Projecto “Cuidamos a Vida” foi o mais pelos membros da Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros no âmbito...

A proposta, da autoria das enfermeiras Ângela Simões, Sílvia Simões, Antonieta Santos e Ana Mateus, consiste na criação de “produtos que promovam uma nova forma de olhar e pensar os cuidados paliativos”, através de uma parceria com alunos do curso de Licenciatura em Design de Comunicação e Audiovisual, estabelecendo, assim, uma forma de sensibilização e divulgação activa sobre a necessidade e a importância dos cuidados paliativos.

Ângela Simões, porta-voz do projecto, acredita que, ao longo do tempo, "este projecto poderá ser continuado e replicado, tendo por base outras temáticas muito relevantes na Enfermagem".

Com um total de 1775 votos, esta foi a votação mais participada de sempre desde que o Orçamento Participativo foi lançado pela SRCentro (em 2017).

Os resultados globais da votação do OP2020 foram:

- Proposta 1: 526 votos - “Risoterapia e Reanimação fazem bem ao coração”, da autoria do Enfermeiro Nelson Lourenço de Oliveira Martins e Isabel Videira;

- Proposta 2: 539 votos - “Cuidamos a Vida”;

- Proposta 3: 422 votos - “DIVULGAção - Programa de Apoio à DIVULGAção da Investigação em Enfermagem”, da autoria dos Enfermeiros Pedro Miguel Garcez Sardo e Jenifer Adriana Domingues Guedes.

- Proposta 4: 288 votos - “Elos de Vida”, da autoria do Enfermeiro Tiago Miguel Sequeira Oliveira

O projecto “Cuidamos a Vida” será incluído no Plano de Actividades e Orçamento de 2020 da SRCentro.

“A cada dois segundos alguém precisa de sangue”
A Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apela à solidariedade dos portugueses na época festiva,...

“Contamos com os portugueses, nomeadamente com  os mais jovens, a quem pedimos que façam a sua primeira dádiva de sangue neste Natal. O sangue doado ajuda a salvar vidas e esse é o melhor presente que se pode oferecer”, afirma Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

O inverno, caracterizado pela época natalícia mas também pelos surtos gripais, altura em que muitos portugueses vão de férias, são as épocas em que se sentem mais as reduções de dádivas de sangue.

“Apesar de não existirem ruturas de abastecimento, a FEPODABES apela a um reforço das dádivas nesta altura, para que seja possível continuar a acautelar as reservas de sangue que resultam das colheitas realizadas diariamente em todo o país pelo IPST [Instituto Português do Sangue e da Transplantação] e pelos hospitais que têm colheita”, explica Alberto Mota.

Em Lisboa, os locais onde as pessoas entre os 18 e os 65 anos e com mais de 50kg podem dar sangue incluem o Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa, os serviços centrais do IPST, o Hospital de Santa Maria (CHLN), o Hospital de São José (CHLC), Hospital D. Estefânia (CHLC) e o IPO Lisboa.

Chegada do frio
Com os termómetros a baixar e os níveis de humidade a subir, chega a época das infecções respiratórias e alérgicas, os...

 

 

Para minimizar o impacto destes fenómenos na nossa qualidade de vida, deixamos 6 dicas para uma boa Saúde Respiratória:

 

 

  1. Humidade do ar – a utilização de ar condicionado tende a secar o nariz, alterando o sistema de defesa e facilitando infecções respiratórias e crises alérgicas. É, por isso, aconselhável utilizar um humidificador ou, pelo menos, colocar uma bacia com água na divisão, para manter o nível de humidade adequado.
  2. Hidratação – no Inverno, é comum as pessoas consumirem menor quantidade de água, já que o frio não suscita tanta sede. No entanto, mesmo com o clima frio, é necessário consumir pelo menos 2 litros de água por dia. A água contribui para a hidratação dos tecidos das narinas e alivia os problemas causados pelo ar seco.
  3. Ventilação – é bom evitar lugares muito aglomerados e com pouca circulação de ar, já que ambientes fechados aumentam a proliferação de doenças. Sempre que possível, mantenha as janelas abertas.
  4. Poluição do ar interior – mantenha os espaços onde passa mais tempo, como a sua casa ou o seu local de trabalho, limpos e arejados. Evite apontamentos de decoração como alcatifas e purifique o ar interior com a adopção de plantas e materiais de construção purificadores do ar como Artilin Respirae, a primeira tinta acetinada para paredes interiores com uma tecnologia capaz de absorver odores domésticos (provenientes por exemplo do tabaco, de cozinhados, de animais de estimação, etc.) e até 80% de poluentes do ar interior, como o formaldeído libertado por materiais de construção, mobiliário, itens de decoração ou material electrónico, e que são causadores de alergias, asma, irritação do nariz e olhos, rinites e enxaquecas.
  5. Limpeza do ar condicionado – a manutenção correta dos aparelhos de ar condicionado é essencial na prevenção de infecções respiratórias. A limpeza periódica do aparelho evita a propagação de poluentes, fungos, vírus e bactérias.
  6. Vacinas – manter as vacinas em dia ajuda a afastar infecções respiratórias, sobretudo em grupos de risco, como crianças e idosos.

 

Causas e sintomas
É uma doença rara que se caracteriza pela formação de trombos, sob a forma de tecido organizado, que
Médica e paciente em consulta

Não se sabe ao certo quantos portugueses sofrem de Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica. Os dados que existem referem-se apenas aos doentes internados por embolia pulmonar, estimando-se que surjam, por ano, entre 30 a 90 casos da doença, sobretudo, em indivíduos de idade avançada (entre os 60 e os 80 anos).

De acordo com o Coordenador do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Nuno José Lousada, a Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica (HPTEC) “é o resultado de tromboembolismo único ou recorrente, procedente de episódios de trombose venosa”. No entanto, assinala ainda como importantes “fatores de risco independentes”, a esplenectomia (remoção cirúrgica, completa ou parcial, do baço), alguns processos inflamatórios crónicos como a osteomielite, a doença inflamatória intestinal e a doença neoplásica. “Também se associam (a esta doença) os anticoagulantes do lúpus, a anticardiolipina e os anticorpos anti-beta2-glicoproteína I”, acrescenta quanto ao que pode estar na sua origem.

Segundo o especialista, embora alguns doentes possam ser assintomáticos, há alguns sinais aos quais todos devemos estar atentos, inclusive os médicos. “Os primeiros sintomas de HPTEC são dispneia, fadiga, tonturas e lipotimia (sensação de perda de dos sentidos e da força muscular), sendo que todos estes se agravam com o esforço físico”, explica acrescentando que “com a evolução da doença, estabelece-se um quadro clínico de insuficiência cardíaca, de predomínio direito, com dispneia agravada, ascite (acumulação anormal de líquido no abdómen) e edemas dos membros inferiores”.  

Uma vez que, quando não tratada, as suas principais complicações – hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca – podem conduzir à morte, é essencial que o seu diagnóstico “esteja sempre presente” perante quadros clínicos de hipertensão pulmonar ou de dispneia. “O diagnóstico precoce vai promover uma terapêutica cirúrgica ou médica mais atempada, o que promove uma melhoria da qualidade de vida e uma redução da mortalidade e morbilidade do doente”, explica confirmando que o prognóstico da doença é tanto melhor quanto mais cedo for identificada. “O prognóstico nos doentes operados é bom, designadamente naqueles em que há uma normalização da pressão pulmonar. Nos outros, o prognóstico está dependente da presença e gravidade da hipertensão pulmonar e da insuficiência cardíaca direita associada”, afirma.

Segundo este especialista, para o seu diagnóstico o doente deve realizar inicialmente um eletrocardiograma (ECG), radiografia do tórax, provas de função pulmonar e ecocardiograma. "O diagnóstico é estabelecido a partir de cintigrafia da ventilação-perfusão, angiotomografia (Angio-TAC) do tórax, angiografia pulmonar e cateterismo direito”, acrescenta Nuno José Lousada.

No que diz respeito ao seu tratamento, existem várias opções. No entanto, estas dependem do grau de evolução da doença e complicações associadas. Assim, e tal como explica o especialista, “para o doente tecnicamente operável” está indicada a tromboendarterectomia pulmonar “ou, em casos específicos, a angioplastia pulmonar de balão”.

Nos casos em que a cirurgia não é viável, ou seja “nos casos tecnicamente não operáveis” e em que existe hipertensão pulmonar persistente, “a terapêutica médica deve ser considerada (principalmente com riociguat)”. “Em casos de hipertensão pulmonar persistente e severa deve ser considerado o transplante pulmonar”, revela Nuno José Lousada, acrescentando que estes doentes são acompanhados em centros especializados no tratamento de Hipertensão Pulmonar. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Principais cuidados
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) acaba de lançar o primeiro Manual do Doente Hemato-Oncológico, uma espécie de ...

“Apesar dos claros avanços realizados na área da hemato-oncologia nos últimos anos, é nas coisas mais simples que surgem as principais dúvidas. A APCL é muito procurada pelos doentes que procuram ajuda e esclarecimentos dos mais variados âmbitos, pelo que criámos este manual para responder a essas mesmas questões. Este livro tem também como objetivo ajudar doentes e cuidadores a protegerem-se dos mais variados perigos a que estas pessoas estão sujeitas todos os dias”, explica Manuel Abecasis, presidente da APCL.

Este manual destina-se a todos os intervenientes no processo da luta contra um cancro do sague, desde o próprio doente, à equipa médica que o acompanha, passando pelos cuidadores informais. O manual divide-se em 4 partes:

Conceitos Gerais– neste capítulo é feita uma introdução a cada uma das doenças, explicando o que é cada uma delas, quais os principais sintomas e quais os tratamentos disponíveis. Neste capítulo encontramos ainda um glossário, com todas as palavras utilizadas neste manual que possam não ser conhecidas pelas população em geral;

Espalhar a prevenção e não a infeção – Aqui são abordados os principais cuidados que devem ser tidos pelos doentes hemato-oncológicos, no que diz respeito à prevenção de infeções tanto nos hospitais, como na vida pessoal do doente. É ainda focada a necessidade de estes doentes terem um acompanhamento multidisciplinar e uma vasta equipa médica que os guie durante todo o processo.

Qualidade de Vida – Aborda temas como a alimentação, dando dicas práticas sobre o que comer e a importância de uma nutrição adequada,. A fertilidade e a sexualidade também são abordados neste capítulo pelo impacto que as doenças hemato-oncológicas têm na vida íntima e na função reprodutora.

Legislação – Este é o capítulo que permitirá que o doente e os seus cuidadores estejam informados sobre os direitos e deveres que têm, por forma a poderem beneficiar de todos os apoios a que têm direito.

“Este manual é mais uma das iniciativas da APCL no cumprimento da sua missão de ajudar e aumentar a literacia dos doentes para as doenças hemato-oncológicas. Esperamos que este manual possa servir de base às muitas famílias que passam por situações como estas e que ajude na mais rápida recuperação dos doentes”, conclui o presidente.

O Manual do Doente Hemato-Oncológico vai estar disponível na sede da APCL e pode ser solicitado através do email [email protected].

Evento
O Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa (NEMPAL) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar as suas...

De acordo com Elga Freire, coordenadora do NEMPAL, “os cuidados paliativos são imprescindíveis no que toca à melhoria da qualidade de vida dos doentes que enfrentam uma doença crónica. Ao realizarmos estas terceiras jornadas do NEMPAL, temos como principal intuito debater a ntegração precoce dos cuidados paliativos ao longo de todo o trajeto da doença crónica oncológica e não oncológica, da pediatria à geriatria.”

“No decorrer desta iniciativa, vamos fazer uma análise das diferentes áreas onde a medicina paliativa tem vindo a atuar e de que forma é que podemos melhorar a articulação dos diferentes intervenientes, do ambulatório ao hospital de agudos.” Conclui a coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa.

As inscrições poderão ser efetuadas em: https://www.spmi.pt/iii-jornadas-do-nempal/

 

Opinião
Desde o ano passado, os Internistas Portugueses reivindicaram para si o mês de Dezembro.

O Serviço de Urgência fica repleto de gente, que desespera para ser atendida, desconfiada da cor atribuída pela Triagem de Manchester. A doença aguda grave e não grave, mistura-se naquele espaço, numa amálgama imensa, que a todos, médicos, enfermeiros e doentes, ameaça submergir. Sabemos todos, o quanto há para mudar nas nossas urgências. Temos de reduzir a procura, dando alternativas ao SU para o tratamento da doença aguda não grave. Com isso, poderemos cumprir a missão que nos compete, tratando os doentes complexos, graves e emergentes. Mas, enquanto isso não acontece, os Portugueses contam com o trabalho abnegado dos Internistas, que milagrosamente mantêm a qualidade assistencial perante tantas centenas de doentes.

É também em Dezembro, que os Serviços de Medicina aumentam a sua lotação em mais de 30%, para que os doentes que acorrem ao SU não fiquem dias intermináveis no SU á espera de uma vaga! Muitos Internistas têm de se desdobrar e encontrar um tempo extra para se responsabilizarem por mais doentes, sem qualquer recompensa adicional. Na enfermaria, pululam os casos dramáticos de idosos, sem doença significativa, mas numa solidão absoluta, sem poderem contar com os cuidados de ninguém. Em Dezembro, somam-se aos solitários os abandonados, por exaustão do cuidador ou sabe-se lá porquê… A Segurança Social, exaurida de recursos, vai adiando soluções, para desespero dos médicos e dos doentes, até que, passados alguns meses, todos se resignam. Os Internistas lá continuam, a tratar os muito doentes e aqueles, que não o são menos, que sofrem na alma as agruras do abandono.

Para os Internistas, Dezembro também é de comemoração do seu aniversário. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna nasceu a 14 de Dezembro de 1951, e orgulha-se de ser a maior Sociedade Científica Médica Portuguesa, com mais de 3000 associados. Celebramos o facto de sermos muitos e de o futuro estar assegurado, com mais de 1000 Internos em formação! Com 21 Núcleos de Estudo e um Centro de Formação certificado pela DGERT, temos Internistas competentes em todas as áreas do conhecimento médico, muitos deles líderes de opinião, que não perderam a capacidade de terem uma visão global do doente.

Os Especialistas de Medicina Interna têm o seu Mês em Dezembro, mas estão sempre disponíveis. Acreditam que para além da doença, há uma pessoa para cuidar sempre e que, às vezes, até conseguem curar!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviço de Cirurgia Geral
A Unidade de Hospitalização Domiciliária da Área Cirúrgica (UHDAC) Nossa Senhora do Rosário, que integra o Centro Hospitalar...

A nova valência tem como objetivo prestar cuidados mais adequados aos doentes, numa perspetiva de melhoria contínua.

A UHDAC é composta por uma equipa multidisciplinar, da qual fazem parte médicos, enfermeiros, um farmacêutico e um assistente social, garante o atendimento contínuo 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Esta unidade destina-se aos doentes do Serviço de Cirurgia Geral que tenham uma situação clínica transitória e estável nas patologias do pé diabético, trombose venosa profunda e diverticulites, aceitando de forma voluntária a hospitalização domiciliária, que visa essencialmente promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.

A lotação inicial é de cinco camas, que será ajustada em função da procura que vier a ser registada, num máximo de 15 camas.

A UHDAC presta cuidados de nível hospitalar no domicílio, definindo um plano individual para cada doente, em articulação com a equipa clínica hospitalar que o acompanhou até ao momento da hospitalização domiciliária.

A nova valência articula com diversos serviços do CHBM, garantindo o acesso aos exames e tratamentos necessários para o doente, e com os demais prestadores de cuidados de saúde, assegurando uma transição progressiva para os cuidados de saúde primários ou para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Os doentes podem ser referenciados na sequência de um episódio de internamento hospitalar, da admissão através do Serviço de Urgência, do Hospital de Dia ou da Consulta, podendo ainda existir referenciação direta a partir dos cuidados de saúde primários ou dos cuidados continuados integrados.

 

Ala de internamento
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) divulga que estão a decorrer obras de requalificação no Edifício da...

De acordo com o CHUC, "trata-se de uma intervenção inserida num programa mais vasto de requalificação deste edifício, que se encontra em curso". Em fase anterior, foram já executadas obras exteriores de reparação da drenagem das águas pluviais, "uma intervenção considerada necessária para que estes trabalhos tenham agora lugar e que irão consistir na limpeza de paredes, na sua cobertura com material de revestimento fenólico de protecção e na alteração dos pontos de electricidade e das rampas de gases".

A realização destas obras requer o encerramento alternado das alas de internamento, durante o período de tempo em que vão decorrer os trabalhos. Os doentes internados serão realojados noutros espaços do Serviço de Ortopedia.

As obras foram devidamente programadas para decorrer neste período do ano, coincidente com uma redução efectiva de actividade cirúrgica de rotina, já prevista no plano anual de trabalho.

O programa global de intervenções que o Conselho de Administração do CHUC está a levar a efeito, tem como finalidade requalificar este espaço de internamento e melhorar as condições oferecidas aos doentes que ali são internados e aos profissionais que ali trabalham.

Pelo exposto, o CHUC pede "a melhor compreensão para eventuais constrangimentos decorrentes destas obras, na certeza de que esta requalificação do espaço vai oferecer melhores condições hoteleiras aos utentes e aos profissionais, amenidades que em muito contribuirão, também, para uma prestação de cuidados de saúde mais humanizados".

 

 

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