Formação

Cardiologistas inovam no tratamento da doença coronária ostial

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai promover a iniciativa formativa D@CL (Day at the Cath Lab), sobre a temática “Doença coronária ostial”, no próximo dia 24 de janeiro, no Hospital de Santo André, em Leiria. O D@CL é uma ação de formação de carácter prático, com o objetivo de adquirir e de partilhar conhecimento em Cardiologia de Intervenção.

A doença coronária ostial é uma estenose superior a 50%, em vaso com mais de 2 mm de diâmetro, localizada a menos de 3 mm de origem desse vaso. Clinicamente é indistinta de outras formas de doenças coronárias aterosclerótica, sendo comum em apresentações como angina de peito crónica e síndromes coronárias agudas. As formas de apresentação menos distintas são a insuficiência cardíaca e a disfunção ventricular esquerda assintomática.

“A doença coronária ostial é uma temática complexa e muito atual, na qual a Cardiologia de Intervenção pode oferecer uma opção terapêutica percutânea, constituindo uma alternativa segura e eficaz relativamente à revascularização miocárdica cirúrgica”, afirma Carlos Braga, cardiologista de intervenção e coordenador do D@CL.

E continua: “Esta iniciativa da APIC tem como objetivo promover ações de formação dinâmicas de caráter hands-on, criando aos participantes oportunidades únicas de aquisição de conhecimento em técnicas e procedimentos mais recentes ou complexos.”

“Ainda não existem estudos randomizados nem séries retrospetivas com suficiente robustez para determinar uma forte evidência que nos condicione a uma abordagem técnica específica, seguimos o atual estado da “arte”, que nos chega através daquilo que é feito e revelado em casos isolados, assim como de pequenas séries que são publicadas e apresentadas em reuniões de Cardiologia de Intervenção. Em 2019, 7% das intervenções coronárias percutâneas que efetuámos foram consideradas em doença ostial. Tratámos 22% de toda a doença ostial que se apresentou anatomicamente no nosso Laboratório”, afirma Jorge Guardado, responsável do Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santo André, ao falar da experiência do laboratório de Leiria.

 

Fonte: 
Miligrama
Nota: 
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Foto: 
Pixabay