Consultas virtuais e fórum de discussão
Existem 250 mil portugueses que vivem mal devido à Fibromialgia, uma doença de diagnóstico difícil. Devido à dificuldade que os...

Desenvolvido pelo médico José António Pereira da Silva, um especialista que se dedicada há vários anos ao tratamento e investigação desta doença e conta com resultados notórios em muitos doentes, este é um projeto diferenciador, no que diz respeito às soluções de alternativas de tratamento existentes para esta doença.

“O nosso compromisso é colocar a ciência ao serviço do doente, promovendo benefícios concretos. Queremos ser parceiros, presentes e confiáveis, na construção da Felicidade como caminho na luta pessoal contra a Fibromialgia. Para isso MyFibromialgia® oferece uma variedade de instrumentos que procuram ajudar o doente a conhecer a melhor forma de diminuir o stress, aumentar o seu bem-estar e tranquilidade, promovendo a diminuição progressiva dos sintomas que potenciam a doença” afirma José António Pereira da Silva, Diretor Científico do MyFibromyalgia®.

O Instituto Virtual de Fibromialgia foi criado segundo as últimas guidelines e boas práticas europeias, baseadas em evidência científica, contando com conteúdos abrangentes e visualmente apelativos, com o propósito de melhorar a vida dos doentes. Contrariando a abordagem tradicional, MyFibromyalgia® assume que é possível vencer a doença através da felicidade. Neste sentido a orientação terapêutica proposta é baseada na observação clínica e científica de que o stress, tipicamente associado a uma personalidade tensa e perfecionista, tem um papel decisivo no aparecimento e na evolução da doença.

Em Myfibromyalgia®  [https://myfibromyalgia.org/], é possível encontrar informação atual sobre Fibromialgia, ferramentas de rastreio da doença, uma descrição dos serviços disponíveis e ainda o acesso a testemunhos reais de doentes. Através de uma subscrição, os doentes terão acesso a conteúdos exclusivos como um curso sobre o modelo de entendimento e tratamento da Fibromialgia, recomendações ajustadas ao perfil de cada pessoa, aconselhamento individualizado através de consultas virtuais, um fórum de discussão e partilha e ainda vários instrumentos de uso autónomo para controlo da Fibromialgia.

 

Alergias atingem um terço da população portuguesa
Estima-se que, em Portugal, um terço da população sofra de algum tipo de alergia. Um diagnóstico preciso e feito de forma...

Ana Reis Ferreira, imunoalergologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, destacou dois motivos principais pelos quais considera ser “fundamental um diagnóstico preciso da alergia. Primeiro, porque quando é confirmada uma alergia conseguem ser implementadas medidas para evitar o contato do doente com esse alergénio. Em segundo lugar, ao descartar determinada alergia, conseguimos liberalizar a vida do doente, aumentar-lhe a qualidade de vida e isto é válido quer para os alergénios respiratórios, quer para as alergias alimentares”. Para a especialista, um mau diagnóstico “tem implicações muito importantes a nível de saúde e do desenvolvimento, uma vez que, no caso das alergias alimentares, podemos estar a restringir alimentos que têm um elevado nível nutricional – como o leite e o ovo - de forma desnecessária e optamos por alternativas menos saudáveis. Tem também implicações a nível social, com as crianças, muitas vezes, a sentirem-se isoladas ao não poderem juntar-se aos amigos nas festas porque têm uma alergia, por exemplo”.

O diagnóstico molecular da alergia foi o foco da apresentação de Pedro Lopes da Mata. “Este tipo de diagnóstico vai ajudar a identificar com exatidão o epítopo a que o doente é alérgico. Depois, em função do epítopo, dá-nos indicação sobre a gravidade, o prognóstico e informações sobre a escolha de uma eventual imunoterapia, ou seja, vacinas antialérgicas. Se o diagnóstico não for preciso podemos estar a prescrever medicamentos que não servem para nada”, refere o médico alergologista.

No que concerne à autoimunidade, a importância da clínica e do laboratório no diagnóstico, prognóstico e terapêutica nas doenças autoimunes foi o tema abordado por Carlos Vasconcelos, internista e fundador da Unidade de Imunologia Clínica do Centro Hospitalar do Porto. Afetando mais de 100 mil portugueses, o especialista referiu a importância de se diagnosticar as doenças autoimunes o mais precocemente possível de forma a “podermos prevenir o dano que provocam a diversos níveis. Se existir uma forma de sabermos que vai ter uma doença autoimune, fazendo testes ainda na fase assintomática, poderemos intervir”. Relativamente ao papel dos biomarcadores e dos testes de diagnóstico neste tipo de doenças, Carlos Vasconcelos acredita “que vamos evoluir nesse sentido - quando definirmos exatamente quais são os genes que podem estar implicados e depois definirmos, também com exatidão, quais são as infeções - os antígenos víricos e/ou microbianos - que podem estar associadas e os eventos de vida. No entanto, é algo muito complexo.”

Com o intuito de melhorar o diagnóstico das doenças autoimunes foi criada, em 2002, a EASI – European Autoimmunity Standardisation Initiative, um grupo de cientistas e médicos de laboratórios, clínicas ou autoridades do sistema de saúde de diversos países europeus. Carlos Dias, especialista em Medicina Interna do Hospital de S. João, apresentou este grupo, que conta com a participação de 19 países, e os seus principais objetivos à assistência. “As doenças autoimunes são, muitas vezes difíceis de diagnosticar. O que há, muitas vezes, é a falta de marcadores, se existisse um marcador, por exemplo, para a lúpus ou para a artrite reumatoide seria tudo mais simples e é por isso que surge esta discussão – será que podemos harmonizar os marcadores que habitualmente são pedidos?”, acrescentou o especialista.

Campanha de sensibilização
Estima-se que 6 em cada 10 episódios de hipoglicemia não são tratados adequadamente, por isso hoje é lançada a campanha ...

A Campanha “Hipoglicemias. Uma já pode ser demais” é uma iniciativa da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, da Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, com o apoio da Novo Nordisk, que pretende sensibilizar as pessoas com diabetes para as hipoglicemias. Estas não devem ser vistas como uma consequência natural da diabetes, mas sim como algo que se pode prevenir e lidar através de uma boa gestão da diabetes e da sua terapêutica, devendo as pessoas que vivem com diabetes  estar alerta para as suas consequências a curto e longo prazo.

Até agora tem havido pouca investigação sobre o impacto das hipoglicemias nos familiares das pessoas com diabetes, mas um novo estudo, o TALK-HYPO, demonstra que até 64% dos familiares das pessoas com diabetes sentem preocupação e ansiedade relativamente aos riscos associados à baixa de açúcar no sangue, realçando o impacto que isto tem na família. O estudo demonstra também a importância de ter mais conversas sobre as hipoglicemias com a família e com o médico assistente, pois 76% acredita que estas conversas podem levar a melhorias na vida das pessoas com diabetes.

As hipoglicemias resultam de uma baixa concentração dos níveis de glicose (açúcar) no sangue que pode ser provocada por erros na alimentação, utilização de alguma medicação oral para a diabetes ou excesso de insulina, exercício físico não programado e sem suporte alimentar e/ou consumo excessivo de álcool.

Também em Portugal está demonstrada a importância de evitar e tratar adequadamente estes episódios de hipoglicemia. Num estudo recente realizado pela APDP, verificou-se que mais de 3 em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 a fazer insulina comunicaram a ocorrência de hipoglicemias num curto período de tempo e 6 em cada 10 episódios não foram tratados adequadamente. As hipoglicemias são a segunda maior causa de ida às urgências hospitalares das pessoas com diabetes em Portugal. Ao mesmo tempo, os custos associados ao seu tratamento são significativos. O tratamento de uma hipoglicemia grave tem um custo superior a 1.450 €/episódio. Esta é a principal preocupação das pessoas com diabetes a fazer insulina e dos seus familiares, de acordo com o estudo DAWN 2, realizado em Portugal.

Mais de metade das pessoas que vivem com diabetes (55%) raramente ou nunca informam o seu médico acerca dos episódios de hipoglicemia e muitos, com medo, acabam por reduzir a sua dose de insulina sem consultar o médico, o que compromete o controlo glicémico. A campanha “Hipoglicemia. Uma Já pode ser demais” pretende sensibilizar a população para que se informe junto dos médicos ou outros profissionais de saúde sobre como podem prevenir, detetar e gerir da forma mais adequada os episódios de hipoglicemia​.

Quando não são devidamente detetadas e geridas, as hipoglicemias podem ter um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 e podem trazer complicações de saúde que aumentam o risco de morte cardiovascular. As mais graves são as hipoglicemias noturnas, que ocorrem quando as pessoas com diabetes e os seus cuidadores não se apercebem do que está a acontecer. “Se um indivíduo estiver a ter uma hipoglicemia e não for tratado, a falta de glicose no cérebro pode levar à morte. Hipoglicemias repetidas podem levar à instalação de quadros de demência, de perturbações mentais e alterações cognitivas profundas e, por isso, as hipoglicemias devem ser evitadas”, explica Davide Carvalho, médico endocrinologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM). Assim, o especialista afirma categoricamente que “não há um número ótimo de hipoglicemias, o número ótimo de hipoglicemias é não ter”.

Na diabetes tipo 2, numa fase inicial, é possível alcançar o controlo glicémico com a alteração de estilos de vida (prática de exercício regular e uma alimentação saudável), sendo sempre necessário o apoio de um profissional de saúde para otimizar este controlo. Na maior parte das vezes com recurso a anti-diabéticos não-insulínicos e, em casos mais avançados, insulina.

Isabel Videira, diagnosticada com diabetes tipo 2 há nove anos e a fazer terapêutica com insulina há seis meses explica: “se a pessoa se conhecer muito bem, bem como a reação do seu organismo aos alimentos, consegue fazer uma boa gestão, mas há momentos em que as coisas fogem ao nosso controlo e que nós não temos noção do que se está a passar porque o organismo reage de formas diferentes.”

“Já tive alguns episódios de hipoglicemias que se traduzem em sintomas de mal-estar e tremores, inclusive hipoglicemias noturnas que só dou conta porque ficam registadas nos dispositivos ”, afirma Isabel Videira.

Para saber mais sobre esta campanha, sobre as hipoglicemias e conhecer outros testemunhos de pessoas com diabetes e profissionais de saúde visite o https://www.umajapodeserdemais.pt .

No último ano
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) registou, até novembro de 2019, um aumento de 25% na realização de intervenções...

De uma forma geral, até 31 de outubro de 2019, regista-se um aumento em todas as áreas assistenciais do HESE, designadamente cirurgias, consultas externas e internamento.

Relativamente à atividade cirúrgica total do HESE, em 2018, realizaram-se, até 31 de outubro, 12.579 intervenções cirúrgicas, e este ano, no mesmo período, totalizam-se 15.740, cirurgias, o que corresponde a um aumento 25 % (3.161 intervenções).

As cirurgias programadas são as que apresentam um maior aumento, com um valor de 28%, o que se reflete na diminuição das listas de espera dos doentes inscritos para cirurgia, em -19%. Consequentemente, o HESE registou ainda um aumento de 26% do número de doentes operados em tempo adequado, respeitando os tempos máximos de resposta garantidos.

Relativamente à atividade de consultas externas do HESE, verificou-se um aumento de 7% das primeiras consultas e 4,5,% das subsequentes. Durante este período, registou-se ainda um aumento de 14% de consultas realizadas em tempo adequado, respeitando os tempos máximos de resposta garantidos, por prioridade. A lista de espera para consulta, neste primeiro semestre, apresentou uma redução de 24%.

Em relação à atividade do internamento registou-se um aumento de 8% dos doentes saídos do internamento, relativamente ao período homólogo de 2018.

 

 

Unidades Hospitalares
Todas as pessoas em internamento hospitalar, incluindo os centros de reabilitação, devem ser sujeitas a uma avaliação do risco...

A norma «Prevenção e intervenção na queda do adulto em cuidados hospitalares» define quando e como deve ser realizada a avaliação do risco de queda a todas as pessoas em internamento hospitalar, incluindo os centros de reabilitação, integrada em registo eletrónico dos sistemas de informação, e as precauções básicas que as unidades de saúde devem adotar.

De acordo com o documento, o doente deve ser avaliado quando é admitido no hospital, devendo ser feita uma reavaliação sempre que ocorra uma alteração do estado clínico, no momento de transferência intra ou inter-hospitalar ou quando ocorre uma queda.

A pessoa ou o representante legal devem ser informados e esclarecidos acerca da avaliação do risco de queda, medidas de prevenção e intervenção e do plano de cuidados, recomenda a norma.

Nas pessoas com alto risco de queda deve ser efetuada uma avaliação clínica multifatorial complementar registada no processo clínico, incluindo a história de quedas (número, causas, circunstâncias e consequências).

A norma recomenda às unidades de internamento que tomem precauções básicas como iluminação adequada, remoção de obstáculos no percurso de marcha, piso limpo e seco, intervenção imediata em caso de derramamento de líquido no pavimento, manter equipamentos e dispositivos médicos fora da área de circulação, sistema de chamada acessível, cadeiras, camas e outros equipamentos travados e portas de entrada e saída dos serviços com sistemas de controlo.

A DGS lembra que as quedas estão na origem de uma significativa morbilidade ou mortalidade, sendo uma das principais causas de internamento hospitalar.

Em Portugal, de acordo com os dados do sistema nacional de notificação de incidentes, 21% do total de incidentes notificados relacionam-se com quedas.

Os últimos dados de 2017 e 2018, divulgados pela DGS, apontam para uma estabilização do número de quedas dos doentes nos hospitais, com uma média anual de oito mil casos notificados. Em 2016 os dados rondavam os nove mil.

 

 

Doença rara
Trata-se de uma entidade clínica rara, de origem genética e potencialmente fatal, que se caracteriza

Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) o angioedema “é um termo utilizado para definir uma situação de edema subcutâneo ou submucoso de instalação súbita e carácter transitório, envolvendo áreas bem delimitadas, com sensação dolorosa ou de queimadura” e que pode atingir várias partes do organismo.

O angioedema hereditário é uma doença rara, de transmissão autossómica dominante, em que há uma deficiência ou disfunção do inibidor de C1 – uma proteína que participa na regulação da via de ativação clássica do complemento, e que desempenha um papel importante de defesa a infeções por microrganismos. Embora, na maioria dos casos, existam outros familiares afetados pela doença, estima-se que 20% resulte de mutações recentes sem história familiar associada.

Classicamente existem dois tipos específicos de disfunção que ajuda a classificar a doença: o tipo 1, no qual existem baixos níveis de C1-inibidor e que está presente em mais de 80% dos casos; e o tipo 2 em que a proteína existe mas não funciona. Alguns autores admitem, no entanto, a existência de um terceiro grupo, mais raro, em que tem de existir história familiar para o seu diagnóstico mas cuja expressão depende do controlo hormonal. “Neste caso há predomínio no sexo feminino e aparece mais tarde na vida, habitualmente em idade adulta, sendo associado ao uso de estrogénios, quer contraceptivos, quer terapêutica hormonal na menopausa, ou com a gravidez”, esclarece a SPAIC em manual.

Os doentes com Angioedema Hereditário têm episódios de edema localizado recorrente, sem urticária ou prurido, que, embora possa afetar qualquer parte do corpo, atinge com mais frequência as regiões ricas em tecido conjuntivo laxo da face, como as pálpebras e os lábios, e das extremidades, assim como as mucosas do aparelho digestivo e respiratório. O envolvimento destes dois aparelhos pode resultar em eventos muito graves, conduzindo a obstrução da via aérea e asfixia. O edema da glote é aliás a principal complicação desta doença, sendo responsável por 25% da mortalidade associada ao Angioedema Hereditário.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, “outra complicação grave é o choque hipovolémico, resultante da saída de plasma de dentro dos vasos nos casos de edema muito significativo. Mais raramente, um quadro abdominal de vómitos, dor ou rigidez abdominal pode simular uma situação de abdómen agudo, por edema na parede intestinal, podendo mesmo motivar uma cirurgia urgente desnecessária”.

Mais raramente o angioedema pode apresentar retenção urinária, tosse por derrame pleural e pontada ligeira. Cefaleias muito intensas, afasia, hemiplegia e convulsões podem ocorrer se houver envolvimento do Sistema Nervoso Central.

As crises de Angioedema podem surgir de forma espontânea ou serem desencadeadas por stress emocional, traumatismo (como as quedas, por exemplo), infeções, manipulações médico-cirúrgicas (como os tratamentos dentários), ou induzidas por medicamentos como os anticoncepcionais e alguns medicamentos utilizados para tratar a hipertensão (inibidores da ECA – enzima de conversão da angiotensina).

Habitualmente, os primeiros episódios de Angioedema Hereditário surgem durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência.

A frequência das crises é muito variável, podendo ocorrer com uma frequência semanal ou com intervalos de anos. Habitualmente, estes episódios resolvem-se espontaneamente no espaço de 24 a 72 horas.

No que diz respeito ao tratamento, este pode ser dividido em três níveis: o tratamento da crise aguda, o tratamento de manutenção ou prevenção a longo e a curto prazo.

Para as crises agudas, cujo objetivo é reverter o quadro clínico em poucos minutos, o Grupo de Interesse “Anafilaxia e Doenças Imunoalérgicas Fatais” da SPAIC, refere que “os fármacos mais eficazes são o concentrado de C1-inibidor e o icatibant, antagonista do receptor 2 da bradicinina. Este último com a vantagem de ser uma seringa pré-carregada para administração subcutânea”. No entanto, ambos apresentam um custo económico significativo e só se encontram disponíveis em algumas unidades hospitalares.

Relativamente ao tratamento preventivo, o manual desenvolvido pela SPAIC, revela que a “profilaxia a longo prazo (caso esteja indicada) é feita com androgénios modificados orais, como o estanazolol e o danazol, na dose mínima eficaz para controlo dos sintomas”, estando estes contraindicados na criança (sobretudo antes da puberdade) e durante a gravidez.  Podem ser ainda utilizados “inibidores de fibrinólise, como o ácido tranexâmico e o ácido aminocapróico”. Em caso de gravidez pode ser administrado regularmente o concentrado de C1-inibidor. “O lanadelumab é um fármaco biológico que também pode ser utilizado na prevenção das crises”, revela a SPAIC.

Antes de uma extração dentária ou outros procedimentos que estão associados ao desenvolvimento de crises, “está indicado o concentrado de C1-inibidor 1 a 6 horas antes” do procedimento. Ou, caso não exista contraindicação, os androgénios modificados orais podem ser utilizados 5 dias antes e 3 dias depois da intervenção.

Nestes doentes, aconselha a SPAIC, “é imprescindível o correto diagnóstico e seguimento em consulta, devendo o doente e seus prestadores de cuidados estarem informados e serem portadores de um cartão identificador com diagnóstico e indicação do local ode se encontra disponível o concentrado C1-inibidor e o icatibant para utilização em caso de crise grave”.

Os doentes com Angioedema Hereditário têm ainda direito ao Cartão da Pessoa com Doença Rara.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medicina Interna
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) comemora o 68º aniversário no próximo dia 14 de dezembro com a conferência ...

“A Medicina Interna é a maior Especialidade Hospitalar em Portugal, com 2.600 internistas inscritos na Ordem dos Médicos, o que corresponde a 12,6 por cento de todos os especialistas do Hospital. Tem do seu lado profissionais competentes, que desenvolvem as suas funções assistenciais em diversos setores, mas que nunca deixam de ver o doente como um todo. É por isso que são os que melhor podem aconselhar os hábitos de vida, que promovem a saúde e evitam a doença”, afirma João Araújo Correia, Presidente da SPMI e Internista há 26 anos.

“Nós, os internistas, distinguimo-nos dos especialistas médicos de órgão, pela visão global do doente, o que nos torna especialmente capazes de tratar o doente complexo, polimedicado e pluripatológico, em qualquer cenário hospitalar”, acrescenta.

Atualmente os serviços de Medicina Interna têm uma lotação de 5.000 camas, cerca de 30 por cento do total hospitalar, com uma taxa de ocupação que ultrapassa os 100 por cento. Estes serviços são responsáveis por 42 por cento das altas médicas hospitalares, 23 por cento do total do SNS. Os serviços de Medicina Interna recebem anualmente 70 por cento dos internamentos por AVC, 80 por cento dos internamentos por insuficiência cardíaca, pneumonias, DPOC e Lúpus.

Nesta comemoração do 68º aniversário da SPMI, estarão presentes várias individualidades com importância política na área da saúde, para além do Conselho Honorário que inclui todos os Ex-Presidentes da SPMI, os Prémios Nacionais de Medicina Interna e os Coordenadores dos 21 Núcleos de Estudo da Sociedade. Dada a apresentação do livro ligado à Diabetes, também estarão presentes representantes das Associações dos Doentes Diabéticos.

 

Presença internacional
O presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), José Manuel Boavida, foi eleito para o Board of...

“Para a APDP é um orgulho reforçar a presença neste importante órgão que junta mais de 230 associações nacionais de diabetes de 170 países e territórios, pois enquanto associação de pessoas com diabetes mais antiga do mundo, sentimos que temos um contributo muito importante a aportar para a IDF”, afirma José Manuel Boavida.

A Federação Internacional da Diabetes é a maior organização mundial que junta pessoas com diabetes e profissionais de saúde em torno da sua missão de promover os cuidados, a prevenção e a cura da diabetes, em todo o mundo. Trabalha em estreita parceria com outras organizações internacionais, nomeadamente com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todas as matérias relacionadas com a diabetes.

Em Portugal estima-se que a diabetes afete 13,3% da população com idades entre os 20-79 anos, das quais 44% desconhecem ter a doença. Diariamente são diagnosticados com diabetes em Portugal cerca de 200 novos doentes. Estima-se que a diabetes afete mais de 1 milhão de portugueses enquanto a «pré-diabetes» afetará cerca de 2 milhões.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre saúde indicou Portugal como o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da doença. O seu tratamento e o das suas complicações representam cerca de 10% da despesa em saúde o que corresponde a cerca de 1% do PIB nacional.

 

 

Causas e tratamento
Pode atingir pessoas de todas as faixas etárias e desenvolver-se de forma assintomática até culminar

O Tromboembolismo Venoso é uma condição que inclui a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, constituindo-se como uma das principais causas de morte em todo o mundo.  Apesar de nem sempre ser possível ser prevenido, há cuidados que pode ter, sobretudo, se tiver doença que predisponha a formação de trombos.

No entanto, ainda que possa depender de vários fatores, este problema é mais frequente do que pode imaginar. Segundo Pereira Albino, coordenador da unidade de cirurgia vascular do Hospital Lusíadas Lisboa, “o sistema venoso é um sistema de baixas pressões e, portanto, o sangue corre de forma mais lenta o que, numa forma simplista, predispõe à formação de trombos.” “Múltiplos fatores, que vão desde a genética, a doenças sistémicas, a fatores ambientais, são propensos a que nas veias, em especial nos membros inferiores, se formem trombos dando origem ao aparecimento de tromboses venosas”, acrescenta o cirurgião vascular. Estes trombos podem migrar para o pulmão levando ao aparecimento de uma embolia pulmonar que tem maior ou menor gravidade conforme a dimensão desse mesmo trombo.

Nos doentes mais novos (até aos 40 anos) as causas são, habitualmente, genéticas. Segundo Pereira Albino, estes doentes “nascem com anomalias no seu sistema de coagulação do sangue” predispondo à formação de trombos. “São pessoas que têm o que a em Medicina se designa uma trombofilia primária”, explica.

A par destas situações, o cirurgião acrescenta que existem ainda outras doenças que podem alterar o nosso estado trombótico. “À cabeça destas situações aparecem todos os tipos de cancro”, em particular o cancro do estômago, cérebro e pâncreas.

“As outras doenças propensas a este tipo de acontecimentos são do foro imunológico e reumatológico”, refere dando como exemplo o lupus eritematoso e o síndroma antifosfolipidico.

No entanto, deixa a advertência: mesmo sem qualquer predisposição ou doença, algumas situações podem potenciar o aparecimento de situações trombóticas, como as viagens de avião de longo curso, a obesidade, a gravidez (pelas alterações hormonais que origina) e ser portador de varizes (“quando muito acentuadas”).

Condição pode ser assintomática mas existem alguns sinais aos quais deve prestar atenção:

Tal como esclarece Pereira Albino, a trombose venosa profunda pode ocorrer de forma assintomática e manifestar-se apenas quando o doente apresenta uma embolia pulmonar, “muitas vezes com quadro de morte súbita”.

Não sendo possível prever quando acontece, o diagnóstico chega quase sempre tarde demais. Muitas vezes “quando o doente tem uma situação fatal ou muito próxima disso, ou seja, quando o trombo originou, pela sua migração, a oclusão de uma das principais veias do pulmão”.

“Contudo, normalmente tudo começa com uma trombose venosa profunda, ou seja, uma perna que subitamente aparece inchada em relação à contralateral, com dor (que varia conforme a localização do trombo) e com dificuldade na marcha”, realça o especialista.

E uma vez que este conjunto de sintomas pode ser interpretado como um problema reumático ou muscular, é, de acordo com o cirurgião, “sempre importante fazer o despiste de uma situação trombótica”.

“Perante um doente com uma dor numa perna ou quadro de falta de ar súbito, existe uma série de questionários designados por ´scores´ que, quando aplicados a um doente nestas circunstâncias, podem de imediato fazer suspeitar da existência de uma trombose venosa profunda ou de uma embolia pulmonar”, explica Pereira Albino referindo que o exame clínico com palpação é muito falível. Deste modo, devem ser usados ainda métodos de diagnóstico laboratoriais para determinação, inclusive, de um valor – D Dimeros – que comprove a existência de um processo trombótico ativo.

O ecodoppler (uma ecografia dos membros dirigida aos vasos) permite determinar o diagnóstico uma vez que “de forma categórica localiza o trombo a nível dos membros inferiores”.

E como se trata o Tromboembolismo venoso?

A forma mais clássica é através de fármacos anticoagulantes. “Estas são substâncias que existem desde a primeira metade do século XX - a heparina foi descoberta por Mclean e Howell em 1916/18 e iniciou a sua utilização em 1935 – e, sem dúvida, revolucionaram o tratamento e o prognóstico destes quadros”, afirma o coordenador da unidade de cirurgia vascular do Hospital Lusíadas Lisboa. “O primeiro anticoagulante foi a heparina que era administrada por via endovenosa ou subcutânea que era seguida depois por um anticoagulantes oral, a varfarina, que exigia um controlo muito rigoroso dado que estas substâncias como tornavam o sangue mais fluído, evitando os trombos, tinham também um marcado risco hemorrágico”, explica o especialista.

Segundo o cirurgião vascular, a evolução da ciência permitiu, “sobretudo já neste século”, o desenvolvimento de múltiplos novos anticoagulantes orais (NOACs ou DoACs – dabigatrano, apixabano, rivaroxabano, edoxabano) “que permitem que estes processos sejam tratados sem tanto risco hemorrágico e de forma oral e também em ambulatório”.

“No futuro é previsível o desenvolvimento de novas moléculas anticoagulantes dado que a investigação nesta área tem sido muito intensa. Todos estes anticoagulantes têm como finalidade evitar a propagação do processo trombótico em curso ou o evitar, em doentes que tenham propensão para os mesmos, o seu aparecimento”, acrescenta.

Há ainda fármacos trombolíticos que podem ser administrados precocemente, durante o evento agudo, com o objetivo de dissolver o trombo. “Contudo, mesmo administrados através de cateter, no local da trombose, têm as suas indicações de utilização muito limitadas dado o marcado risco hemorrágico”, alerta Pereira Albino acrescentando que os estudos até agora realizados mostram que esta opção só traz vantagens em caso de trombose venosa maciça ou de embolismo pulmonar grave.

Para este cirurgião é fundamental, em termos de tratamento na fase aguda do tromboembolismo venoso, o uso de meia elástica para diminuir a dor. “O uso de fármacos analgésicos, e em situações muito particulares de anti-inflamatórios, pode ser importante mas, claro, sempre por um espaço temporal curto”, conclui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) reforça, este ano, a iniciativa de sensibilização para a prevenção...

 “A chegada da época natalícia é um bom pretexto para incentivar as pessoas a fazer algumas mudanças no seu estilo de vida, optando por escolhas mais saudáveis que permitam reforçar os cuidados com o coração. Praticar exercício físico, controlar a alimentação e evitar o stress são boas formas de prevenir a doença coronária”, explica João Brum Silveira, presidente da APIC.

A doença coronária carateriza-se pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais doenças coronárias são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

“A hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo contribuem significativamente para aumentar o risco de sofrer de doença coronária. A prevenção é o melhor caminho para evitar as co-morbilidades e mortalidade associadas a estas doenças,” conclui João Brum Silveira. 

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt

 

 

 

Desafios
A medicina de precisão vai estar em destaque no próximo dia 11 de dezembro, no Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa, com a...

À semelhança do que se verifica em vários países dentro e fora da Europa, Portugal deve definir uma estratégia de implementação da medicina de precisão, um conceito que olha para as especificidades de cada doente, permitindo melhorar a rapidez e eficácia dos diagnósticos, evitando a prescrição de terapêuticas desnecessárias, ineficazes e dispendiosas. O que se traduz, a nível económico, numa utilização racional e eficiente dos recursos disponíveis, diminuindo o desperdício e custos associados a tratamentos ineficazes e respetivos efeitos secundários. As vantagens a nível social são também evidentes, aumentando-se o bem-estar dos doentes.

Os desafios que se colocam ao sistema de saúde nacional, assim como a melhor forma de implementar esta estratégia vão ser apresentados, em forma de uma agenda estratégica que, mais do que a definição de objetivos aponta um caminho para tornar a medicina de precisão uma realidade em Portugal.

 

Opinião
Uma avaliação rigorosa da implementação e dos resultados do “Plano de Ação Global: Acesso Universal

Das quatro recomendações idealizadas por este plano, nenhuma foi concretizada: não há a implementação de cuidados primários para a saúde da visão, não se procedeu à integração de Optometristas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), e não se eliminaram as barreiras injustificadas no acesso aos cuidados para a saúde da visão. Também ficaram por obter dados fidedignos sobre a prevalência das principais causas de deficiência visual e/ou cegueira evitável e o estabelecimento de uma verdadeira estratégia nacional para a saúde da visão centrada nos utentes.

Num momento onde as barreiras de acesso aos cuidados para a saúde da visão no SNS são crónicas, gigantescas e aumentam de ano para ano, é absolutamente crítico refletir sobre a realidade atual e futuro dos cuidados para a saúde da visão em Portugal.

Mais de dois milhões de pessoas apresentam dificuldades de visão em Portugal, sendo os erros refrativos a principal causa de disfunção da visão, atingindo, segundo as estimativas, mais de 50 por cento dos portugueses. De seguida surgem a ambliopia, a diabetes ocular, a catarata, entre outros. O número de pessoas com problemas de visão tende a aumentar conforme a idade, alcançando entre 30 a 32 por cento no grupo etário entre os 45 e os 74 anos.

É preciso garantir que todas as pessoas tenham o direito a uma prestação de cuidados de saúde primários da visão que seja eficiente e atempada. Para que isso seja possível, é necessário a correta delegação de responsabilidade entre os vários especialistas da saúde da visão. O problema começa quando olhamos para a realidade dos optometristas no cenário português. Há cerca de 30 anos que os profissionais de Optometria têm exercido a sua atividade com a autonomia que os carateriza e para a qual são formados, assumindo um papel fundamental na contribuição para o acesso atempado da população a meios de prevenção, diagnóstico e tratamento dos mais diversos problemas da visão.

Um estudo realizado pela Nova Healthcare Initiative – Research, da Universidade Nova de Lisboa, revela que 25 por cento dos pedidos de consulta de oftalmologia podem ser resolvidos por optometristas, dada a natureza das condições referenciadas e caso estes profissionais fossem integrados no SNS.

Colocar os optometristas no SNS, nomeadamente nas Unidades de Saúde Familiar, tem sido um tema controverso junto do Ministério da Saúde. Grupos parlamentos e outras instâncias políticas têm deliberadamente ignorado este assunto, mesmo depois das provas científicas das suas vantagens para as contas do Estado, mas sobretudo para a qualidade de vida dos portugueses e do correto funcionamento do nosso sistema de saúde público.

Se considerarmos que um optometrista pode realizar em média seis mil consultas por ano, a sua implementação no SNS garantiria uma minimização das listas de espera, através da triagem de casos que seriam encaminhados para os cuidados de saúde diferenciados de Oftalmologia.

Apesar disso, e mesmo com a sua importância realçada pela Organização Mundial da Saúde e pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, os optometristas têm sido colocados à margem das políticas que visam a melhoria dos cuidados de saúde da visão em Portugal.

A total ausência de regulamentação da profissão de optometrista permite que a mesma seja realizada por profissionais sem competências técnicas efetivas para o exercício da função, situação que entendemos ser manifestamente grave, bem como perigosa para a saúde pública. Por este motivo a APLO entregou uma petição ao Presidente da Assembleia da República onde defende que a inexistência de regulamentação da profissão de optometrista, reconhecida como um dos três grandes grupos de profissionais dentro da saúde da visão pela Organização Mundial da Saúde, constitui uma dupla inconstitucionalidade, por omissão e por ação, que tem de ser analisada e tratada pelo Tribunal Constitucional.

Chegou a altura do Governo se responsabilizar, e muito especificamente o Ministério da Saúde, pelas limitações no acesso a cuidados de saúde visual, pela extensa lista de espera para primeira Consulta de Oftalmologia e pela não regulamentação da profissão de Optometrista e consequente exclusão do Serviço Nacional da Saúde.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Coluna
A dor ciática não é uma doença mas antes um sintoma e, apesar de ser pouco frequente acometer faixas

O que é o nervo ciático?

O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano. Ele estende-se desde a região lombar,  percorrendo a nádega, a perna e o pé. É ele que possibilita o movimento dos músculos do membro inferior, permitindo o movimento das articulações dos membros inferiores, além de ser responsável pela parte sensitiva.

A dor no nervo ciático, à qual comummente chamamos de “ciática”, é provocada por inflamação ou dano e pressão da coluna sobre este nervo. Geralmente, os anéis que circundam os discos lombares rompem-se com o aumento da pressão, o núcleo escapa para o interior do canal e comprime ou inflama o nervo, provocando dor.

Como se manifesta a dor ciática?

Embora os sintomas possam variar consoante as raízes do nervo afetadas, os mais comuns são a dor provocada pela inflamação do nervo, perda da sensibilidade ou redução dos reflexos da região atingida; diminuição da força muscular; formigueiro ou sensação de queimadura; dor que irradia da coluna lombar para a região posterior da coxa ou da perna; aumento das dores em pé ou sentado; e intensificação da dor com flexão do tronco.

No entanto, é importante esclarecer que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e que estes habitualmente pioram durante a noite. A dor ciática pode estar ainda associada à dor lombar e embora possa melhorar ao fim dos alguns dias é importante consultar o médico.

Os sintomas afetam tanto homens quanto mulheres e podem agravar com a idade, uma vez que o desgaste das estruturas da coluna vertebral pode comprometer a medula espinal e as raízes que dão origem aos nervos.

Quais as principais causas?

As causas mais comuns para a compressão do nervo ciático e o surgimento de processos dolorosos são as hérnias discais, tumores, aperto do canal da coluna lombar, fraturas por pressão (provocando deslizamento das vértebras), traumas, anomalias congénitas, osteoartrite, síndrome do músculo piriforme (um espasmo muscular que comprime o nervo ciático).

No entanto, sabe-se que o sedentarismo, a obesidade, a história prévia de dores lombares e as más posturas ou esforços excessivos são importantes fatores de risco para esta condição. Por isso, comece já a prevenir:

  1. Pratique desporto. É importante que se mexa, mas que o faça com orientação especializada. O reforço da musculatura da zona lombar é essencial para evitar qualquer tipo de lesão. Além disso, ajuda a prevenir a obesidade!
  2. Adote uma postura correta. Quando estiver sentado, certifique-se que as costas estão completamente apoiadas na cadeira e os pés bem assentes no chão. Se trabalha à secretária, siga estas regras e mantenha o pescoço direito, não esquecendo que é importante ir mudando de posição para flexibilizar os músculos e as articulações.
  3. Tenha atenção ao seu calçado. O calçado deve ser confortável e os saltos adaptados a cada um.
  4. Cuidado com os pesos. Deve evitar pegar em pesos, mas se o tiver de fazer não se esqueça de fletir as pernas e contrair o abdómen, mantendo a coluna direita. Lembre-se ainda de repartir o peso pelas duas mãos.  

Como se trata a dor ciática?

Considerando a dor ciática como um sintoma, o tratamento passa pela resolução das causas que provocam a dor.

No entanto, a primeira medida terapêutica aconselhada é o repouso. Os anti-inflamatórios só devem ser utilizados por indicação médica e são recomendados para combater a inflamação do nervo ciático. Em alguns casos, os relaxantes musculares podem ajudar.

Após o diagnóstico, a fisioterapia ou a prática de exercício físico pode ser recomendada alguns doentes.

Noutros casos, e se a origem da compressão do nervo ciático, por exemplo, passar pela existência de uma hérnia discal, o tratamento recomendado é a cirurgia.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estratégia de proximidade
Durante a manhã de ontem, mais de 70 idosos de centros de dia e, durante a tarde, mais de 80 crianças de jardins-de-infância da...

A EDP Distribuição, o Comando Distrital da PSP de Coimbra, a GNR – Comando Territorial de Coimbra, a Associação Para a Promoção da Segurança Infantil e as Unidades de Cuidados na Comunidade de São Martinho do Bispo e Norton de Matos dinamizaram, ao longo de todo o dia, os vários momentos de sensibilização.

Houve ainda a leitura de um poema para e sobre os idosos e do Livro Um Reino Chamado João (alusivo ao tema da vacinação) para as crianças.

Este evento insere-se numa estratégia de aproximação à sociedade e de reconhecimento dos enfermeiros perante todos os cidadãos, tendo sido o primeiro evento aberto à comunidade, organizado pela Mesa da Assembleia Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.

 

Perturbações do sono
Com o objetivo de sensibilizar e contribuir para a formação médica sobre os problemas respiratórios relacionados com o sono que...

“O sono é um dos pilares da vida e a sua qualidade é muito importante havendo, nas crianças, uma inter-relação particular entre sono e respiração - os problemas respiratórios são a causa mais frequente da perturbação do sono das crianças e podem relacionar-se com manifestações a nível do desenvolvimento, comportamento, aprendizagem ou mesmo do foro cardiovascular e metabólico. Podem, inclusivamente, ter repercussões significativas eventualmente irreversíveis e com evolução para a idade adulta”, refere Maria Helena Estêvão, coordenadora desta publicação.

A médica pediatra, com competência em Medicina do Sono, reforça ainda, a propósito da importância da sistematização atualizada que é feita nesta obra, que “a criança que está a crescer e em maturação apresenta determinadas características anatómicas e fisiológicas do foro respiratório que a tornam mais vulnerável a problemas com interferência no sono. Os sintomas são frequentemente subtis, difíceis de identificar, muito diferentes dos apresentados pelos adultos. Os avanços na investigação na patologia respiratória do sono, ocorridos nas últimas décadas, têm vindo a permitir um diagnóstico e tratamento mais precoces, bem como uma monitorização mais minuciosa destes problemas na criança, com a consequente melhoria do controlo clínico e da qualidade de vida”.

O lançamento de um livro dedicado à patologia respiratória do sono na criança “reforça o compromisso que a VitalAire tem assumido na contribuição para a formação dos profissionais da saúde nesta área tão multidisciplinar”, sublinha Jorge Correia. Segundo o Diretor Geral da companhia, para uma melhor abordagem da patologia respiratória do sono na criança é fundamental este cruzamento de conhecimentos entre os especialistas mais diretamente envolvidos na abordagem da população pediátrica e os especialistas em Medicina Geral e Familiar e Pneumologia. “Esperamos que o livro que agora apresentamos seja uma importante ferramenta de apoio tanto para os médicos mais jovens, que agora iniciam a sua atividade nesta área, como para os mais experientes”.

Com o foco em temas como a fisiopatologia, abordagem diagnóstica, morbilidade e terapêutica das várias entidades no âmbito da patologia respiratória do sono na criança, o livro destina-se a todos os médicos que lidam, na sua atividade, com crianças com problemas respiratórios e/ou de sono, tais como pediatras – gerais e das várias subespecialidades -, especialistas de Medicina Geral e Familiar e Pneumologia.

As pediatras Catarina Ferraz, Helena Cristina Loureiro, Inês Azevedo, Maria Helena Estêvão, Marta Rios, Núria Madureira, Rosário Ferreira e Teresa Bandeira são as autoras dos sete capítulos do livro que se pretende que seja um manual importante de formação médica a nível nacional. 

A Associação de Profissionais Licenciados em Optometria (APLO), que representa mais de 1.200 optometristas, diz estar indignada...

Em resposta às acusações dirigidas a estes profissionais, a APLO esclarece que “A Direção-Geral do Ensino Superior classifica os planos de estudos universitários de Optometria exatamente na área da saúde e que os mesmos estão acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. A sua formação é feita na mesma Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade da Beira Interior e com a cooperação da Escola de Medicina da Universidade do Minho que formam médicos deste país”. Segundo Raul de Sousa, presidente da APLO, esta associação “é constituída exclusivamente por licenciados de Optometria, sendo que mais de 80% possuem doutoramento, mestrado (5 anos) ou licenciatura (4 anos e meio) com estágio profissional incluído, como mínimo, à semelhança de esmagadora maioria dos países europeus e mais avançados no mundo”.

“Os Optometristas são especialistas da visão e esta designação nunca foi um termo usado exclusivamente por médicos. Aliás, a sua formação específica em erros refrativos e síndromes de visão binocular é substancialmente mais profunda e completa. A profissão de Optometrista é uma das profissões mais valorizadas no mundo e existe há mais de 200 anos”, acrescenta.

Quanto à afirmação de que estes profissionais são uma ameaça para a saúde ocular dos portugueses, o dirigente diz que é não só falso como calunioso, e vem contrariar a posição da Organização Mundial de Saúde e da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira “que apontam a existência de optometristas como uma solução para resolver o problema crónico na lista de espera de Oftalmologia e para melhorar o acesso de todos os portugueses aos cuidados necessários para a saúde da visão”.

 

 

Nova opção terapêutica
Um artigo científico, recentemente publicado no Journal of Clinical Orthopaedics and Trauma, descreve o tratamento de dois...

O produto de terapia celular aplicado, designado CARTISTEM, foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia sul-coreana MEDIPOST e aprovado para utilização pela entidade reguladora competente sul-coreana desde janeiro de 2012, sendo composto por células estaminais mesenquimais obtidas a partir de sangue do cordão umbilical. Durante uma intervenção cirúrgica, as células estaminais foram injetadas no local da lesão, tendo resultado na regeneração da cartilagem, que posteriormente se verificou possuir características semelhantes às da cartilagem original. Esta é uma das principais vantagens da utilização desta técnica, uma vez que, apesar de outras soluções também promoverem a regeneração da cartilagem, originam um tecido caracteristicamente mais fibroso e de menor qualidade.

Relativamente à recuperação, os jovens iniciaram fisioterapia quatro dias após a intervenção, começaram a realizar exercício físico de baixa intensidade seis meses depois e, ao fim de um ano, puderam voltar a praticar a sua modalidade de eleição. Em ambos os casos, a pontuação do índice de avaliação da função do joelho, que vai de 0 a 100 (quanto maior a pontuação, maior o grau de função do joelho reportada pelo doente) subiu de cerca de 20 (função comprometida) antes do tratamento para próximo de 100 (recuperação completa da função), dois anos após o tratamento. De uma forma semelhante, numa escala de dor de 0 a 10 (em que 0 significa sem dor e 10 o máximo de dor), um dos jovens classificou a sua dor no joelho como 10 antes do tratamento, tendo melhorado significativamente para 1, um ano após o tratamento, e para 0 após o segundo ano. No segundo caso observou-se uma melhoria semelhante, com a classificação inicial de 6 a descer para 0, meio ano depois do procedimento, que se manteve até ao final do segundo ano de seguimento.

Segundo os autores, estes são os primeiros casos publicados do tratamento de osteocondrite dissecante juvenil com células estaminais mesenquimais derivadas de sangue do cordão umbilical e que, tendo em conta os resultados obtidos, estas poderiam ser consideradas como opção terapêutica para esta doença.

A osteocondrite dissecante do joelho acontece quando há uma degradação do osso que está abaixo da cartilagem do joelho, habitualmente afetando também esta cartilagem. O principal sintoma é dor na articulação e, se não for tratada, esta condição leva ao aparecimento precoce de osteoartrite, associada a dor e incapacidade crónicas. A origem da doença é geralmente desconhecida, podendo resultar, por exemplo, de um traumatismo.

Saúde Ocular
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia cria uma rede de consultórios de oftalmologia, com medidas práticas a funcionar a partir...

Um dos fins da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) é zelar para que não seja colocado em risco a saúde da população.  É com base neste pilar de defesa da saúde ocular dos portugueses que a SPO lança, no 62º Congresso Nacional, que decorre nos próximos dias 5 a 7 de dezembro, em Vilamoura, a associação CO.ES.O. – Consultórios de Especialistas de Oftalmologia -, anunciando que a mesma está em condições de começar a funcionar, com medidas práticas, incluindo uma ‘App’ e uma linha telefónica gratuita, a partir de dia 1 de janeiro de 2020.

 A CO.ES.O pretende dar resposta por um lado aos problemas que afetam a classe dos médicos oftalmologistas e, por outro lado, dar resposta ao problema das listas de espera em oftalmologia.

Fernando Falcão Reis, Presidente da SPO, começa por explicar que, na primeira vertente, da defesa da profissão, a CO.ES.O. pretende: "1) explicar, a toda a população, que quem trata dos olhos são os médicos oftalmologistas e não os técnicos de optometria, os autointitulados especialistas de visão que pululam pelo país. E por isso, a CO.ES.O., através de uma plataforma digital vai disponibilizar um diretório de médicos oftalmologistas; 2)  desenvolver uma estrutura nacional que agregue o maior número de médicos para que a CO.ES.O. possa constituir-se como uma interlocutora de peso junto às seguradoras e subsistemas de saúde. O objetivo é estancar a redução progressiva das remunerações que os oftalmologistas têm vindo a assistir nos últimos anos e que é transversal a todas entidades e subsistemas.”

Numa segunda vertente, continua a explicar o Presidente da SPO, "a CO.ES.O pretende contribuir para dar resposta ao problema da falta de acessibilidade a consultas de oftalmologia fora e dentro do universo do SNS. A CO.ES.O está a criar as condições que possam levar à formação de uma rede de consultórios de oftalmologia de âmbito nacional. Para tal contamos com a adesão dos numerosos consultórios, já existentes, espalhados pelo território de norte a sul”.

 Existem em Portugal mais de 1000 oftalmologistas, o que dá um ratio aproximado de 1 médico por 10 000 habitantes. Este elevado número de oftalmologistas coloca Portugal entre os países da Europa com mais oftalmologistas, bem acima do ratio recomendado pela Organização Mundial de Saúde de 1 por 15 000 habitantes. As listas de espera não resultam, por conseguinte, da falta de médicos.

 A distribuição de consultórios pelos pequenos centros urbanos é uma das principais potencialidades da CO.ES.O. “A rede, para além de contar com os consultórios existentes, tem um plano de ação para incentivar a abertura de consultórios por parte dos médicos mais jovens. O apoio ao estabelecimento de novos consultórios contempla vários serviços dentro de um conceito de partilha de recursos e, num futuro que se espera próximo, contemplará o próprio investimento financeiro. Os grandes grupos hospitalares não estão interessados em investir em meios pequenos e o ministério da saúde não tem recursos humanos ou financeiros para o fazer mas a COESO pode intervir positivamente, sem abdicar de critérios de razoabilidade económica, melhorando significativamente a acessibilidade das populações que vivem em locais mais afastados dos grandes centros urbanos.”

E, aprofunda Fernando Falcão Reis, ainda na vertente de melhoria dos cuidados de saúde em Portugal: "a CO.ES.O ambiciona poder oferecer uma solução para o problema das listas de espera em Oftalmologia nos hospitais públicos.  Serão feitos todos os esforços no sentido de chegar a um acordo com o SNS de modo a garantir uma consulta de proximidade a toda a população portuguesa. Argumentos a favor do estabelecimento de um tal acordo não faltam. Regiões com menos de 15 000 pessoas, afastadas dos principais centros urbanos, não têm oferta de serviços de oftalmologia no SNS ou nos hospitais privados, estando condenadas a ver perpetuada esta situação por incapacidade do Estado e desinteresse dos privados. Os custos com deslocações constituem um fardo para os doentes e um encargo assinalável para o Estado, custos que ultrapassam em muito o valor previsível de uma consulta. A triagem pré-hospitalar passaria a ser feita efetiva e eficazmente. O seguimento pós intervenções hospitalares passaria a ser feito em proximidade. Os optometristas seriam menos procurados com ganhos evidentes na saúde pública.”

A CO.ES.O aspira a ser o interlocutor que o Ministério da Saúde deseja para a implementação da, sempre adiada, rede nacional de cuidados primários em oftalmologia com efetiva cobertura nacional e sem listas de espera.

A SPO informa que quem pretender utilizar a CO.ES.O. o pode fazer a partir de 1 de Janeiro. As pessoas interessadas em marcar uma consulta de oftalmologia pela CO.ES.O. devem descarregar a aplicação CO.ES.O. na App Store ou no Google Play. Na App, o interessado encontra o médico pelo nome ou por geolocalização. Se for este o caso a App identifica os médicos com consultórios mais próximos da localização onde é feito o pedido. O contacto é feito por uma linha gratuita com o número   800 300 350.  O “help desk” regista o pedido, procede à marcação na agenda eletrónica do médico, avisando o doente, por telefone ou por email, do local, dia e hora da consulta.

Os médicos aderentes têm a possibilidade de monitorizar a agenda dos seus consultórios a todo o momento. Todos os oftalmologistas nacionais são potenciais aderentes da CO.ES.O.

Viver sem Fôlego
Asma grave é relativamente rara e embora existam novas terapêuticas com melhores efeitos no controlo da doença são poucos...

Serão cerca de 35 mil os portugueses que sofrem com asma grave em Portugal. Pessoa que vivem todos os dias com o receio dos sintomas, receio de sair, de não poder fazer desporto, de não poder rir… Porque, como explica João Fonseca, imunoalergologista e investigador do CINTESIS, “a influência que a asma grave tem no dia-a-dia do doente é totalmente diferente da asma ligeira ou moderada”. Aqui, a frequência e intensidade dos sintomas e das crises é muito maior, assim como maior é também a dificuldade de controlar a doença, já que “sabemos que grande parte dos doentes com asma grave não tem a doença controlada”. Mas, nos últimos anos, as terapêuticas biológicas vieram alterar esta situação. Estas terapêuticas configuram uma oportunidade, ainda que continuem a chegar a poucos doentes. Este é um tema que vai estar em debate no próximo dia 6, na Fundação do Oriente, no encontro ‘Viver sem Fôlego’, uma iniciativa da AstraZeneca, no âmbito do programa Precision.

“As novas terapêuticas biológicas são de facto uma alteração significativa e criam toda uma outra expectativa para uma situação que antes era quase irresolúvel, ou era melhorável apenas com os corticoides orais, com enormes problemas do ponto de vista de efeitos laterais”, refere o médico. “Estas terapêuticas inovadoras têm resultados muito melhores, ao mesmo tempo que evitam a utilização dos corticoides orais, que têm sérias consequências cardiovasculares, oculares, ósseas, ou na facilitação de pneumonias, uma das principais causas de mortalidade em Portugal e muito mais frequentes nos indivíduos que estão a fazer os corticoides orais”, acrescenta.

Reduzir a toma desta medicação é, por isso, um desafio, “porque ainda temos a maioria dos nossos doentes com asma grave insuficientemente tratados ou tratados com medicamentos que têm efeitos colaterais muito grandes a longo prazo”.

A este desafio junta-se outro, o do financiamento: “quem é que paga os cuidados dos doentes? Cada vez mais temos que evoluir para modelos de pagamento baseados em valor e não em atos. Não temos interesse em pagar urgências, interessa é pagar formas de tratamento e seguimento que evitem essas urgências. Porque, neste momento, o sistema de saúde português paga pelos problemas não pela sua resolução”.

Porque a asma grave é, segundo o médico, “uma outra doença e relativamente rara”, o especialista considera também necessária diferenciação, “isto é, a certificação de médicos e de unidades para os diferenciar no tratamento destes doentes, de forma a garantir que determinados locais e profissionais tenham as competências e conhecimentos suficientes para tratar os doentes com asma grave enquanto grupo diferente das restantes asmas”.

No encontro, aberto ao público em geral, será exibido um documentário internacional com testemunhos reais de doentes com asma grave, que nele partilham os desafios que enfrentam diariamente, as suas angústias, mas também as suas vitórias. Porque é possível controlar a asma grave, apesar de, refere João Fonseca, “sabermos que uma parte importante das pessoas com asma grave não consegue (ainda) atingir esse controlo”.

Para ajudar o doente a cumprir a medicação é necessário que esta “tenha um esquema terapêutico simples e fácil de adaptar à própria vida do doente. Depois, importa que o tratamento não seja demasiado oneroso para o doente, porque isso acaba por muitas vezes por resultar no abandono do tratamento. Por fim, outro aspeto muito importante, é a relação médico-doente: é fundamental que o doente com asma grave conheça bem a sua doença e a sua patologia e tenha uma boa relação com o médico, de forma a sentir-se apoiado. Para melhorar a adesão à terapêutica as soluções tecnológicas, nomeadamente de saúde digital, terão também um papel relevante nos próximos anos.

 

Reunião de especialidade
O Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar a sua...

De acordo com Francisco Araújo, coordenador do NEPRV, “os internistas contribuem, desde sempre e em equipa com outras especialidades, para a prevenção e o tratamento sustentado, sempre com o objetivo de proporcionar a melhor resposta clínica. O intuito desta reunião passa por partilhar experiências e conhecimento entre colegas, de forma a melhorar a prevenção das doenças vasculares.”

E acrescenta: “No decorrer desta iniciativa, vamos fazer uma revisão dos principais e relevantes tópicos de 2019 em oito áreas chave do risco vascular: a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, diabetes, dislipidemia, cardiopatia isquémica, insuficiência cardíaca, tromboembolismo venoso e fibrilhação auricular.”

“A prevenção do risco vascular trespassa idades, géneros, disciplinas e grupos de intervenção. É imperativo que a precaução destes acidentes seja feita da melhor forma, uma vez que, no nosso país, as doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa de morte. Nos homens, é responsável por um quarto dos óbitos (25,7%) e, na mulher, a mortalidade vascular tem sido ainda maior em Portugal, nos últimos anos”, conclui Francisco Araújo.

As inscrições poderão ser efetuadas em: https://www.spmi.pt/1a-reuniao-nucleo-de-estudos-de-prevencao-e-risco-vascular/

 

 

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