Hospital de Castelo Branco realiza primeiro implante de um CDI subcutâneo

“O nosso centro está a funcionar há 16 anos e é a primeira vez que fazemos esta intervenção”, refere o especialista, que confirma que a mesma, até ao momento e em caso de necessidade, tinha de ser realizada em Coimbra. “Vamos contar com um eletrofisiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Dr. Pedro Sousa e com a ajuda de um anestesista, uma vez que se trata de um procedimento diferente do habitual, com uma tecnologia diferente”, acrescenta o especialista.
O doente, um homem de 49 anos, apresenta manifestações de síncope e uma patologia potencialmente fatal por arritmias graves, que este aparelho deteta e trata através da administração de choques elétricos. “Trata-se de um CDI subcutâneo, diferente dos restantes uma vez que não é aqui necessário acesso vascular”, explica Francisco Paisana. “Ou seja, o risco de complicações é mais reduzido, sobretudo de infeções e dispensando a utilização de raios X.”
Este é o primeiro aparelho do género a ser implantado em Castelo Branco, abrindo a porta a outras intervenções do género. “Se houver mais doentes com indicação para esta tecnologia, passamos a dispor de know-how para o fazer. Até porque estes doentes são seguidos no nosso centro, nós já conhecemos a sua patologia e podemos atuar da melhor forma possível, isto para além da relação de proximidade.”