Estudo
De acordo com um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, é possível que o burnout esteja associado a um...

O estudo, realizado por uma equipa de investigadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, analisou mais de 11 mil indivíduos quanto à presença de burnout , raiva, uso de antidepressivos e baixo apoio social. Durante 25 anos foram avaliados determinados paramêtros, inclusive a associação entre esta síndrome e o desenvolvimento de fibrilação atrial.

De acordo com esta investigação, foi possível verificar que os participantes com os níveis mais altos de burnout  apresentaram um risco 20 por cento maior de desenvolver fibrilação atrial ao longo do acompanhamento, quando comparados com aqueles com pouca ou nenhuma evidência da síndrome.

Embora se admita que são necessários mais estudos para compreender melhor esta relação, os cientistas acreditam que o burnout  está associado ao aumento da inflamação e a uma ativação aumentada da resposta fisiológica ao stress do corpo.

A síndrome de burnout  geralmente é causada por stress prolongado e profundo no trabalho e distingue-se da depressão, caraterizada por sentimentos de culpa e baixa autoestima.

 

Bolsa no valor de 35 mil euros
Iniciativa da Fundação AstraZeneca e da Sociedade Portuguesa de Oncologia distingue projetos de investigação nacionais na área...

Decorre até ao final do mês de janeiro o período de candidaturas ao “Prémio FAZ Ciência”, uma iniciativa da Fundação AstraZeneca (FAZ) e da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), lançado no 16.º Congresso da SPO, e que irá distinguir o melhor projeto de investigação translacional em Oncologia, desenvolvido em Portugal. Esta bolsa terá um valor entre os cinco e os trinta e cinco mil euros, valor a decidir pela Comissão de Avaliação em função das candidaturas apresentadas, e poderá premiar mais do que um projeto.

Os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência”, que se encontra na sua 3.ª edição, serão avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas na área da Oncologia: Ana Raimundo, Presidente da SPO e Diretora do Serviço de Oncologia do Hospital de Dia do IPO-Porto; Bruno Silva-Santos, Vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; José Carlos Machado, Vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Noémia Afonso, Secretária da SPO e Oncologista no Centro Hospitalar do Porto; e Paulo Cortes, Coordenador da Unidade de Oncologia Hospital dos Lusíadas.

 As candidaturas deverão ser enviadas por email para [email protected], até 31 de janeiro de 2020. O regulamento está disponível no site da SPO, www.sponcologia.pt e na página da Fundação AstraZeneca, em www.astrazeneca.pt. O prémio será entregue em abril de 2020.

 

Doença exantemática benigna da infância
Afetando sobretudo crianças até aos cinco anos de idade, a doença Mão-Pé-Boca é uma das infeções vir
Criança loira

Provocada por um enterovírus – habitualmente o  vírus Coxsackie A e o Enterovirus 71 -, a Doença Mão-Pé-Boca é uma doença exantemática (que apresenta manifestações cutâneas essenciais para o seu diagnóstico) benigna e que atinge, sobretudo, crianças pequenas. Embora seja bastante rara durante a idade adulta, há, contudo, relatos de casos em jovens adultos.

Tratando-se de um vírus que encontra no trato gastrointestinal condições ideais para se replicar, e que “pode viajar” nos fluidos corporais da criança infetada, ele pode ser encontrado nas secreções nasais, saliva, fluido das lesões cutâneas e fezes do doente. Assim sendo, a transmissão desta doença ocorre pelo contacto de fezes (por exemplo, na muda da fralda), ingestão de água ou alimentos contaminados, inalação de gotículas respiratórias e contacto com mãos ou objetos infetados.

De acordo com a pediatra Manuela Costa Alves, “é mais provável que ocorra a transmissão da infeção durante a primeira semana de doença. Contudo, o vírus pode ainda persistir algum tempo após os sintomas desapareceram, sobretudo nas fezes”.

Em matéria de prevenção é, por isso, muito importante lavar frequentemente bem as mãos, com água e sabão, e ensinar as crianças a fazer o mesmo. “É igualmente importante manter a sua casa limpa e desinfetar os tampos de mesa, brinquedos e outros objetos com que o seu filho contacte”, explica a especialista.

Lesões cutâneas são semelhantes a aftas e causam dor

Dor de garganta, febre alta e perda de apetite são, habitualmente, os primeiros sintomas desta doença infeciosa viral. Só depois, entre um a dois dias, surgem a primeiras lesões cutâneas, sendo a boca a primeira zona do corpo a ser atingida. Estas apresentam um aspecto semelhante às aftas e atingem, sobretudo, as bochechas, gengivas e região interna dos lábios. Bastante dolorosas, levam a que a criança se recuse a comer. 


As lesões, tipicamente do tipo vesicular, são dolorosas. 
Foto: MSD Manuals

Depois da boca são as mãos e os pés a apresentar lesões do tipo vesicular e que podem romper libertando um líquido altamente contagioso. Para além das palmas das mãos e das plantas dos pés, esta erupção cutânea pode surgir nos braços (cotovelos), joelhos, nádegas e região genital.

Estas lesões duram entre 7 a 10 dias e evoluem espontaneamente para a cura, pelo que não existe um tratamento específico para a doença. “A maioria dos casos de DMPB são autolimitados, necessitando apenas de tratamento dos sintomas”, explica a médica pediatra.

No entanto, podem ser necessárias algumas medidas para ajudar ao alívio dos sintomas como:  

  • Reforçar a hidratação oral e da pele, já que as crianças correm maior risco de desidratação. “Deve estar atenta se o seu filho ingere menos líquidos e/ou está a urinar menos que o habitual. Em alguns casos, quando as lesões da cavidade oral comprometem a ingestão de líquidos, poderá ser necessário instituir fluidoterapia endovenosa”, justifica a especialista;
  • Vigiar e controlar a febre;
  • Oferecer alimentos pastosos e mornos/frios (por exemplo iogurtes, gelatina), evitando alimentos quentes e/ou ácidos, uma vez que estes podem agravar as lesões da boca e a dor;
  • Se tiver prurido intenso, a criança poderá ser medicada com um anti-histamínico.

Embora a doença não obrigue a evicção escolar, recomenda-se que a criança permaneça em casa, evitando o contacto com outras crianças sobretudo durante a primeira semana.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Iniciativa da sociedade civil entregou na Assembleia da República petição com quase 11 mil assinaturas pelo alargamento da...

O grupo DiabéT1cos (www.diabet1cos.pt), um grupo de apoio a pessoas com diabetes a funcionar a partir do Facebook, entregou esta terça-feira, 14 de janeiro de 2020, na Assembleia da República (AR) a petição pública em defesa do alargamento da comparticipação de bombas de insulina para maiores de 18 anos, que conta com um total de 10886 assinaturas (http://peticao.diabet1cos.pt).

Lançada em dezembro de 2018, pelo grupo, esta iniciativa tem como objetivo principal pedir a intervenção da Assembleia da República para que se avance com legislação tendo em vista o alargamento da comparticipação de bombas de insulina para todos os diabéticos que sejam recomendados pelas equipas médicas e que estejam aptos a utilizar o dispositivo.

Num comunicado enviado à comunicação social, o grupo explica que a petição “pretende também pedir que sejam introduzidas alterações na forma como é feita a escolha dos dispositivos a atribuir através da comparticipação”. O objetivo é que mais marcas de bombas de insulina possam estar à disposição, de modo a permitir um melhor ajuste do dispositivo médico ao paciente.

O documento foi entregue em mão ao vice-presidente da AR António Filipe, em representação do Presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues, por Sérgio Tavares da Silva, primeiro peticionário e fundador do Grupo DiabéT1cos, Teresa Alves e Idálio Reis, ambos moderadores no grupo.

O encontro contou também com a presença da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), na figura do seu presidente, José Manuel Boavida, associação esta que tem apoiado a petição desde o primeiro momento.


Vice-presidente da AR, deputado António Filipe com Sérgio Silva, fundador e administrador do grupo DiabéT1cos, Teresa Alves e Idálio Reis na Assembleia da República. José Manuel Boavida esteve presente em representação da  APDP

Dispositivos de PSCI oferecem mais segurança e permitem melhor controlo da diabetes

Os Dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (dispositivos de PSCI, vulgo bombas de insulina) permitem um melhor controlo da diabetes e uma maior flexibilidade na vida de um utente com diabetes.

Em comunicado o grupo refere que estes dispositivos permitem ainda “um melhor controlo da diabetes e uma maior flexibilidade na vida de um utente com diabetes, evitando, por exemplo, cumprimentos de horários rígidos das refeições ou um melhor ajuste na administração da insulina para o caso de quem profissionalmente trabalha por turnos”. Além disso são mais seguros no controlo de hipoglicemias graves e exigem menos injeções diárias quando comparadaos com caneta.

“A atribuição de uma bomba de insulina a uma pessoa com diabetes tipo 1 é um ganho não só no presente - com o doente a poder gerir melhor e com mais qualidade a doença -, mas também no futuro, uma vez que uma boa gestão da diabetes é chave essencial para a diminuição dos riscos de problemas futuros (como pé diabético, neuropatias, lesões oculares e renais, doença cardíaca entre outras) e, consequentemente, menos gastos financeiros para o Sistema Nacional de Saúde”, afirma o grupo de apoio. 

Formação
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai promover dois cursos avançados em gestão pré-hospitalar e...

A formação é constituída por sessões teóricas: diagnóstico e abordagem inicial das síndromes coronárias agudas, interpretação de eletrocardiograma, seleção da estratégia de reperfusão miocárdica, terapêutica antitrombótica, prevenção e tratamento das principais complicações (arritmias cardíacas e choque cardiogénico), em alternância com a discussão interativa de casos clínicos em pequenos grupos de formandos.

As redes de referenciação regional, vulgarmente designadas de via verde coronária, constituídas por hospitais com diferentes níveis de diferenciação técnica e pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), assumem um papel central na otimização do tratamento do Enfarte Agudo do Miocárdio, em particular na redução dos tempos de atraso até à intervenção e tratamento.

Para além dos modelos organizativos de âmbito local e nacional e do envolvimento dos decisores políticos, a batalha da redução do tempo total de isquemia só pode ser ganha pela sensibilização e motivação de todos os profissionais envolvidos no tratamento do doente. Para isso é essencial a formação e atualização profissional nesta área.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) é uma entidade sem fins lucrativos, que tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt.

 

6º Seminário de Oncologia Pediátrica
Como lidar com as mudanças físicas e emocionais, desporto sim ou não, cuidados integrados e avanços na investigação são alguns...

Todos os anos cerca de 400 crianças e jovens portugueses são diagnosticados com cancro, a primeira causa de morte não acidental entre a população infanto-juvenil. Perto de 90% sobrevivem devido aos grandes progressos nas últimas décadas em termos de investigação, diagnóstico e tratamento.

No entanto, apesar dos avanços, esta é ainda uma doença com grande impacto a nível familiar e que desperta muitas dúvidas. A promoção da informação é justamente um dos objetivos do 6º Seminário de Oncologia Pediátrica que a Fundação Rui Osório de Castro (FROC) organiza a 8 de fevereiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Segundo explica Cristina Potier, diretora-geral da FROC, “uma família informada é uma família mais consciente, tornando-se por isso mais forte e, ao mesmo tempo, mais tranquila”. No entanto, “é preciso garantir que esta informação é séria e credível”, salienta. 

Por isso, a anteceder o Dia Internacional da Criança com Cancro (15 de fevereiro), a FROC junta famílias - entre pais, crianças e jovens -, profissionais de saúde, investigadores, organizações sociais, voluntários, estudantes e outros interessados, neste seminário que é o único momento do ano de partilha e de esclarecimento.

Quais os benefícios da prática do desporto e o seu impacto no fortalecimento da autoestima das crianças e adolescentes com cancro, como lidar com as mudanças físicas e emocionais provocadas por um diagnóstico ou quais as necessidades das famílias relativamente a cuidados integrados e quais as necessidades das famílias e as respostas existentes na comunidade serão os temas em discussão durante este dia.

Todos os anos, a investigação é um tema constante do seminário promovido pela Fundação Rui Osório de Castro. “Porque é fundamental que exista investigação para que os tratamentos evoluam, não só em sobrevivência, como em qualidade de vida da criança durante e após o tratamento”, sublinha Cristina Potier. “Sentimos também que é importante para os pais perceberem que há muita coisa a acontecer neste campo”, acrescenta.

E é precisamente com o objetivo de impulsionar a investigação nesta área que, no decorrer do seminário, será atribuído o Prémio Rui Osório de Castro/Millenium BCP. Atualmente na 4ª edição e no valor de 15.000€, este prémio é dirigido a projetos que promovam a melhoria dos cuidados prestados a crianças com doença oncológica.

A participação neste seminário é gratuita, mas a inscrição é obrigatória.

Tratamento experimental
Um artigo recentemente publicado na revista científica Stem Cell Research & Therapy descreve o tratamento bem-sucedido de...

Para controlo inicial do quadro clínico, o jovem foi submetido a mais de 15 cirurgias, incluindo a aplicação de enxertos de pele. No entanto, passado um ano e meio, mais de um terço das feridas permaneciam abertas e severamente infetadas. Nessa altura, o doente foi transferido para um centro especializado em queimados, onde fez novamente aplicação de enxertos de pele, mas sem sucesso.

Tendo-se concluído que os tratamentos convencionais não iriam resultar num desfecho favorável, foi proposto à comissão de ética do centro médico um tratamento experimental com células estaminais mesenquimais obtidas a partir de cordão umbilical. Este tratamento foi aprovado e, numa primeira fase, as células estaminais foram aplicadas sobre as feridas, que foram seguidamente cobertas com enxertos de pele, para proteger temporariamente a zona tratada. Três semanas depois, cerca de metade das feridas estavam fechadas, tendo as áreas infetadas também diminuído significativamente.

Numa segunda fase, foram administradas células estaminais através de injeções subcutâneas, o que reduziu as feridas abertas para apenas um sétimo. Em conjunto com outras estratégias para promover o encerramento das feridas, observou-se, dois meses após o segundo tratamento com células estaminas, que mais de 97% das feridas estavam já fechadas, tendo sido realizado um último enxerto de pele para finalmente fechar as restantes.

Praticamente dois anos após o incidente e quatro meses e meio após o primeiro tratamento com células estaminais, o doente teve alta, com todas as feridas completamente fechadas. Seis anos depois, o doente encontrava-se de boa saúde, tendo-se observado que as zonas tratadas com células estaminais tinham cicatrizado bem.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “A utilização de células estaminais para tratar queimaduras graves constitui ainda um desafio e uma área de intensa investigação científica. Este tratamento experimental foi realizado no Canadá e demonstra como a utilização de células do cordão umbilical pode ser importante em casos mais complicados, levando a um desfecho positivo para o doente”.

Atualmente, as células estaminais mesenquimais do cordão umbilical estão a ser estudadas para potencial utilização terapêutica em queimaduras graves. Para além de serem obtidas de forma simples e não invasiva, estas células são facilmente mantidas em cultura em laboratório e, uma vez administradas, têm a capacidade de migrar para o local da lesão, fornecendo suporte às células estaminais existentes no organismo. São, ainda, capazes de regular o sistema imunitário, controlar infeções microbianas e melhorar o processo de cicatrização. Os ensaios clínicos realizados até ao momento atestam a segurança da utilização destas células, sem ocorrência de efeitos adversos a longo-prazo.

Reunião
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai dinamizar a segunda reunião do seu Programa de Educação e...

Dirigida a médicos, esta reunião permite “a partilha de conhecimento científico entre especialistas da área da coluna, realçando o estado da arte e discutindo controvérsias e casos clínicos”, refere Bruno Santiago, neurocirurgião e Coordenador desta iniciativa formativa.

A espondilolistese ocorre quando se dá o deslizamento de uma vértebra em relação a outra. Esta patologia é uma causa comum de dor lombar, principalmente entre adolescentes que praticam modalidades desportivas que exigem elevada extensão da coluna e nos doentes mais idosos, devido ao desgaste das articulações da coluna.

A primeira edição do Programa de Educação e Atualização em Patologia de Coluna contará, ainda, com mais duas reuniões, em 2020: uma sobre o trauma cervical C1-C2, marcada para o dia 4 de abril, e outra sobre a espondilodiscite, a decorrer no dia 12 de dezembro.

Para mais informações e inscrições, consultar: www.sppcv.org

 

Tipos de dor
As dores de cabeça são um problema de saúde bastante comum, estimando-se que cerca de metade da popu
Mulher de olhos fechados com dor de cabeça

Cefaleia de tensão

A dor de cabeça mais comum é a “cefaleia de tensão”, afetando principalmente mulheres. É descrita como uma sensação de pressão generalizada na cabeça, transmitindo-se como uma dor difusa que pode ser leve a moderada.

Os sintomas mais associados são:

  • Dor tipo “moinha” em ambos os lados da cabeça
  • Sensação de ter a cabeça num capacete apertado
  • Dor que irradia à zona posterior do pescoço, aos ombros e costas
  • Normalmente não é agravada pelo esforço
  • Náuseas e tonturas podem ocorrer durante uma crise de cefaleia

Cefaleia cervical ou cervicogénica

A cefaleia cervical tem origem na coluna vertebral cervical. Pode ser provocada por traumatismo, como o golpe do chicote, frequente em acidentes de viação, ou ter origem em neoplasias, hérnias discais ou artroses das articulações posteriores das vértebras.

As primeiras três vértebras cervicais são responsáveis por 50% dos movimentos da cabeça e pescoço estando assim sujeitas a um constante stress, tendo ainda de suportar todo o peso da cabeça.

Os sintomas mais associados são:

  • A dor pode ser unilateral ou bilateral
  • Inicia-se na parte de trás da cabeça ou pescoço, passando para as têmporas
  • A dor intensifica-se com os movimentos do pescoço
  • Pode surgir rigidez do pescoço

Enxaqueca

A enxaqueca é caracterizada por dor tipo latejante ou pulsátil, unilateral, de intensidade moderada a grave e pode ter um impacto nas atividades de vida diária. As crises podem durar entre 4 horas a vários dias.

Vários fatores podem estar na origem de um episódio de enxaqueca, como cansaço, stress, fome, certos alimentos (chocolate, queijo, cafeína) e pode-se agravar durante a menstruação.

Os sintomas mais associados são:

  • Dor latejante ou pulsátil
  • Náusea e ocasionalmente vómitos
  • Sensibilidade a luz, sons e cheiros
  • Dificuldade de concentração
  • A dor fica mais intensa com o esforço

Diagnóstico

Obter o diagnóstico correto é essencial para individualizar o plano de tratamento. Uma dor de cabeça pode ser um sintoma de outra condição como, nevralgia do trigémeo, nevralgia occipital, dor na ATM (articulação temporomandibular), dor cervical, dor facial atípica e dor neuropática facial.

Tratamento

Dependendo da causa, existe uma variedade de tratamentos que são planeados e adaptados a cada caso.

As principais formas de tratamento incluem:

  • Identificar fatores que dão origem ou intensificam a dor, para que os possa evitar ou controlar
  • Farmacoterapia, com prescrição mais indicada ao seu caso, desde analgésicos comuns a medicação específica para alívio e prevenção
  • Injeções de toxina botulínica
  • Radiofrequência cervical

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Teste do pezinho
Em 2019, nasceram pelo menos 87.364 bebés em Portugal, mais 537 face ao ano anterior e mais 4.264 do que em 2014, segundo dados...

Em relação a 2018, ano em que foram estudados 86.827 recém-nascidos, nasceram mais 537 bebés. Lisboa foi o distrito com mais “testes do pezinho” realizados (26.281), seguido do Porto (15.701) e Setúbal (6.723).

Já Portalegre (621), Bragança (629) e Braga (697) foram os distritos com menos testes realizados em 2019 no âmbito do rastreio, coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, e não ao número de nascimentos em Portugal.

Os meses que registaram o maior número de testes foram outubro (8.516), seguidos de janeiro (8.291) e agosto (7.599).

Analisando os dados desde 2014, os elementos mostram que nesse ano foram realizados 83.100 testes do pezinho, número que subiu para 85.056 em 2015 e para 87.577 em 2016.

Em 2017, caiu para 86.180, voltando a subir em 2018 (86.827) e em 2019 (87.364), de acordo com os dados do INSA.

“Teste do pezinho”

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDC), mais conhecido como o “teste do pezinho”, arrancou em 1979 com o objetivo de diagnosticar crianças que sofrem de doenças genéticas que podem beneficiar de tratamento precoce, evitando a ocorrência de atraso mental, doença grave irreversível e até mesmo a morte.

O programa abrange atualmente 26 doenças, 25 das quais de origem genética.

O “teste do pezinho” deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picada no pé do bebé.

Apesar de não ser obrigatório, o Programa Nacional de Rastreio Neonatal tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de 9,9 dias.

 

 

OE 2020
Ouvida no parlamento sobre o Orçamento de Estado, a ministra da saúde, Marta Temido, afirma que “estão agora criadas no Serviço...

Marta Temido referiu que “para estar à altura do esforço orçamental dos portugueses é preciso garantir que não se perca nenhuma oportunidade de resposta àquilo que esperam de nós: saúde familiar com solução para a doença aguda nos cuidados de saúde primários; consultas, cirurgias e exames em tempo nos hospitais; camas de cuidados continuados e respostas de cuidados paliativos onde sejam precisos; números de contacto, telesaúde e hospitalização domiciliária quando adequado às concretas necessidades; qualidade e humanização”.

O aumento do investimento no Serviço Nacional de Saúde “só terá sentido se tiver efeito prático nas vidas das pessoas”, sublinhou.

A Ministra acrescentou que, para isso, focará a ação governativa em três vértices: qualificação do acesso; motivação dos profissionais de saúde; e investimento na rede do Serviço Nacional de Saúde.

“Com a qualificação do acesso ao SNS, pretendemos mais oferta de cuidados adequados em volume, tempo e qualidade”, disse a governante.

Marta Temido afirmou ainda que o Orçamento de Estado inclui “medidas específicas de reforço da autonomia e responsabilidade de todos os níveis de gestão”, dando como exemplos “a criação de um novo modelo de governação do SNS, assente numa distinção clara entre competências de formulação de orientações estratégicas para a área da Saúde, da responsabilidade dos decisores políticos, e competências de liderança gestionária do SNS, delegadas num organismo executivo”.

 

Internos e especialistas em Medicina Interna
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

No final do curso os Internistas deverão ser capazes de diagnosticar a diabetes, conhecer a epidemiologia da diabetes, compreender os vários mecanismos fisiopatológicos, conhecer os diferentes algoritmos de orientação terapêutica, conhecer os mecanismos de controlo não farmacológico da diabetes, conhecer os diferentes fármacos para o seu manuseamento e as suas indicações, restrições e contraindicações, prevenir as complicações, monitorizar e orientar o controlo metabólico e as complicações associadas à diabetes e conhecer os vários métodos e indicações da monitorização, controlo e seguimento.

Segundo o Observatório da Diabetes em Portugal, há 1 milhão de pessoas com diabetes no país e 500 mil pessoas que não sabem que têm a doença. Já no panorama mundial, cerca de 500 milhões de pessoas estão diagnosticadas com diabetes, um número que se prevê aumentar exponencialmente nos próximos anos.

Para mais informações consulte: https://www.spmi.pt/

 

Como superar
A ansiedade é uma reação normal a uma ameaça ou pressão psicológica e desempenha um papel fundamenta

A perturbação de ansiedade é um transtorno mental frequente (a OMS estimou em 2017 que cerca de 264 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade) que pode persistir durante longos períodos de tempo levando a pessoa a assumir esse estado como normal e a não procurar tratamento.

Quando se vive com ansiedade sente-se um medo indefinido e constante, um desconforto em vários locais e/ou situações sociais, pensamentos ruminativos e obsessivos dos quais não se consegue libertar. Este nervosismo exacerbado bloqueia e impede frequentemente a tomada de decisão, a realização de projetos ou simplesmente usufruir de pequenos grandes momentos de satisfação e prazer ao longo do dia.

Um transtorno de ansiedade pode ter início em eventos de vida stressantes como um problema laboral, o fim de uma relação, a exposição a um acidente ou a uma doença. Pode por outro lado ser um funcionamento psicológico presente desde sempre, fruto de ambientes familiares rígidos, culpabilizantes ou excessivamente ansiogénicos. O seu princípio pode ser súbito ou gradual no decurso de dias. Pode manifestar-se com diferentes intensidades assumindo desde uma forma de angústia quase imperceptível até um assustador ataque de pânico. Tudo passa a ser importante ao mesmo nível e ao mesmo tempo, até a pequenas insignificâncias podem ter o tamanho do mundo, esmagando a capacidade de viver tranquilamente. Vive-se no futuro e não no presente, receia-se o que aí vem, tenta-se prever, «catastrofizar», preparar-se para os diferentes cenários negativos possíveis. Não se consegue viver simplesmente o agora, nem se assume que o que virá vai ser bom e vai correr bem.

Este estado constante de ansiedade leva a sentimentos de incapacidade, descrença nas próprias habilidades para lidar com a vida e os seus naturais obstáculos. E então o corpo a cede sob a forma de somatizações, como que a gritar um intenso desconforto interno. Surgem palpitações, náuseas, falta de ar, problemas gastrointestinais, dormência das mãos, da cara, das pernas, problemas de pele ou de queda de cabelo e ainda dores diversas.

É importante não deixar que estes estados mentais se prolonguem ao longo do tempo sem procurar ajuda! O tratamento psicológico associado ao tratamento farmacológico tem a capacidade de melhorar de forma muito significativa a angústia e as somatizações, resgatando o equilíbrio emocional.

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Optometristas exercem em Portugal há mais de 25 anos
A Associação de Profissionais Licenciados em Optometria (APLO), acaba de divulgar com os mais de 1.200 membros, o código de...

Com um grande foco no público, este novo código de conduta traz vários benefícios aos utentes como uma maior facilidade em reconhecer um optometrista, maior clareza em entender o que pode esperar e deve exigir do optometrista e melhor informação para que o doente possa entender mais sobre os cuidados para a saúde da visão que recebe.

A APLO esclarece que este novo código de conduta, “mais do que um mero texto escrito a ser exposto, com o intuito de dar a conhecer aos utentes os nossos serviços, é algo que reflete e resume a conduta que os membros da APLO adotam na sua prática profissional.”

Acrescenta ainda que, “O Código de Conduta é uma manifestação positiva dos Optometristas para a sociedade. Constitui uma declaração livre, assumida e que emana o que há de mais essencial num Optometrista. Este Código de Conduta não tem um propósito punitivo, mas sim informativo. Do ponto de vista regulador, disciplinar e punitivo, a APLO tem o Conselho Disciplinar, ao qual podem ser apresentadas queixas ou exposições, que serão analisadas à luz dos regulamentos internos da APLO referidos e que contemplam de forma detalhada as penalizações e sanções adequadas às más práticas que sejam identificadas. Estas penalizações e sanções vão desde o aviso à expulsão da APLO.”

O código de conduta já foi divulgado junto de todos os membros e deve já estar presente na prática profissional de todos os optometristas.

 

27º Congresso de Pneumologia do Norte
Tradicionalmente realizado na Fundação Dr. António Cupertino Miranda, o Congresso de Pneumologia do Norte vai decorrer, este...

O Congresso de Pneumologia do Norte, realizado em conjunto com as Jornadas Galaico-Durienses de Pneumologia, é um dos acontecimentos científicos de maior relevância, a nível nacional, no que diz respeito à patologia respiratória, sendo conhecido por uma participação intensa desde a primeira à última sessão, com salas cheias e debate aceso.

Este ano, o programa científico reserva sessões dedicadas às “doenças obstrutivas pulmonares, difusas e infeciosas, à patologia oncológica, aos cuidados respiratórios domiciliários e à ventilação. “Poderemos assistir a mesas redondas, sessões clínicas interativas, cursos, exposição, discussão de trabalhos científicos e simpósios, havendo espaço dedicado aos nossos colegas de Espanha, nas jornadas galaico-durienses”

Em relação aos temas dos cursos pós-congresso, no dia 7 de março, “optámos pelo Transplante Pulmonar, destinado a especialistas internos interessados no tema; pela Endoscopia Respiratória (EBUS): da teoria à prática, destinado a pneumologistas dedicados à Broncologia; e Cuidados Respiratórios Domiciliários, destinado preferencialmente a especialistas de Medicina Geral e Familiar”, descreve Gabriela Fernandes.

Atualizar e discutir os temas mais marcantes da Pneumologia atual, dando atenção particular à inovação terapêutica e tecnológica, assim como à alteração da história natural das doenças respiratórias são os objetivos deste congresso, no qual se espera a participação de todos os que se dedicam ao estudo, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças respiratórias nas suas diferentes vertentes.

 Saiba mais aqui: https://skyros-congressos.pt/pneumo2020/

 

Células cancerígenas
Um mecanismo até agora desconhecido na forma como as células humanas regulam a sua absorção de glicose, o alimento principal...

“A entrada de glicose para o interior da célula é um passo chave para o metabolismo do corpo humano, mas também para o sustento da alta taxa de crescimento das células cancerígenas”, explica Peter Jordan, investigador do INSA, acrescentando que esta entrada “é mediada por canais formados pelas proteínas transportadoras GLUT na membrana da célula” e que “as células cancerígenas mostram frequentemente uma maior produção das proteínas GLUT”.

De acordo com Peter Jordan, na sua adaptação ao microambiente, “as células cancerígenas dispõe ainda de um mecanismo mais rápido: a translocação para a membrana celular de GLUT armazenado em pequenas vesículas intracelulares”. E foi precisamente ao nível deste mecanismo que os investigadores identificaram agora uma nova forma das células regularem esta translocação para a membrana, a qual envolve a modificação bioquímica por um grupo fosfato de uma proteína reguladora da translocação.

“Esta modificação depende da presença da enzima WNK1 cujos efeitos em células cancerígenas é uma linha de investigação que tem vindo a ser seguida pela nossa equipa”, refere Peter Jordan, que considera que os resultados deste estudo “aumentam o conhecimento sobre os mecanismos utilizados por células cancerígenas para assegurarem o seu fornecimento de glicose e poderão levar ao desenvolvimento de terapias dirigidas com maior precisado contra células malignas”.

Os resultados obtidos neste trabalho, que contou também com a participação de investigadores do Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas (BioISI), do CEDOC – Chronic Diseases Research Centre e do Center for Cooperative Research in Biosciences, foram publicados na versão online da revista internacional “Archives in Biochemistry and Biophysics”.

Os resultados obtidos neste trabalho, que contou também com a participação de investigadores do Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas (BioISI), do CEDOC – Chronic Diseases Research Centre e do Center for Cooperative Research in Biosciences, foram publicados na versão online da revista internacional “Archives in Biochemistry and Biophysics”.

 

 

OE 2020
A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que “a Saúde constitui a grande prioridade da proposta de Orçamento de Estado para...

A Ministra adiantou, durante o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2020, que este é o «maior reforço da dotação orçamental inicial» da história do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O enorme esforço que representa o investimento no SNS, exige uma ação governativa focada em três vértices: qualificação do acesso; motivação dos profissionais de saúde; e investimento na rede do Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou. 

Marta Temido sublinhou que “reduzir o desequilíbrio orçamental do SNS só terá sentido se tiver efeito prático na vida das pessoas”, o que “exige melhor gestão”, sustentada “em mais autonomia, é certo, mas também em mais exigência e responsabilidade de todos os patamares de decisão”.

Resolvido o problema do subfinanciamento do SNS com este Orçamento, «há que criar um modelo de governação do Serviço Nacional de Saúde, em particular do seu sector empresarial, o mais relevante em termos de despesa», «e pô-lo em execução em 2020».

Qualificar o acesso

A Ministra apontou “a qualificação do acesso ao SNS, nas vertentes de oferta de cuidados adequados em volume, tempo e qualidade” como primeiro vértice de ação.

Isto começa pelos cuidados de saúde primários, “que continuarão a ser o principal aliado da modernização do SNS”, através do “reforço da sua cobertura e capacidade resolutiva, mediante a atribuição de equipa de saúde familiar a mais inscritos, a criação de 30 novas Unidades de Saúde Familiar e a contratualização de mais respostas à doença aguda e à saúde oral”. 

E porque se pretende “que os cuidados de saúde primários sejam a primeira resposta do Serviço Nacional de Saúde nas vidas das pessoas, das famílias e das comunidades, eliminaremos, nas suas consultas, as taxas moderadoras”, disse.

Quanto aos cuidados hospitalares, “a ação governativa centrar-se-á na orientação da gestão para ganhos de acesso, eficiência e humanização”. 
Focada “na melhoria da atividade programada, a verba afeta à contratualização com os hospitais crescerá em 900 milhões de euros e destinar-se-á, em especial, ao aumento da atividade de primeiras consultas e de cirurgias, ao apoio à telesaúde, ao incentivo à realização de consultas descentralizadas de especialidades hospitalares, à consolidação e alargamento do programa de hospitalização domiciliária”.

Nos cuidados continuados integrados, “o Governo garantirá a contratação de 800 novas camas e a implementação das primeiras Unidades de Dia e Promoção de Autonomia”.

Motivar os profissionais

Marta Temido apontou a motivação dos profissionais de saúde como o segundo vértice da ação governativa na Saúde, desde logo aumentando “a força de trabalho do SNS, com mais 8 400 contratações em 2020-2021, com particular atenção no equilíbrio da composição das equipas”. 

Vai-se ainda “proceder à melhoria do modelo de pagamento das Unidades de Saúde Familiar modelo B, no sentido de o tornar mais sensível às dinâmicas do desempenho”. 

O Governo vai igualmente “incentivar a organização dos hospitais em Centros de Responsabilidade Integrados, com condições remuneratórias associadas à contratualização interna de metas assistenciais”.

Investimento na rede

“O terceiro vértice da ação governativa é o investimento na rede do Serviço Nacional de Saúde”, apontou a Ministra. 

Aqui incluem-se “decisões de investimento já tomadas, como a construção dos Hospitais de Proximidade de Sintra e do Seixal ou o Novo Hospital Central do Alentejo”, “os investimentos já autorizados pelo Programa de Investimentos na Área da Saúde”.

Incluem-se igualmente “os investimentos previstos no Plano de Melhoria da Resposta do SNS que significam cerca de 190 milhões de euros adicionais para novas prioridades, como a Fase C do Hospital de Gaia ou a Maternidade de Coimbra”.

Lei de Bases da Saúde

Marta Temido sublinhou que “este será o primeiro Orçamento posterior à aprovação da nova Lei de Bases da Saúde e isso confere-nos uma especial responsabilidade”, que é a “de perceber que não fica tudo feito; de que será sempre preciso bem mais do que um Orçamento de Estado para modernizar o Serviço Nacional de Saúde”. 

Balanço INEM
O ano de 2019 contabilizou um total de 1.339.048 acionamentos de meios de emergência para dar resposta a situações de doença...

Durante o ano passado os 4 helicópteros dos Serviço de Helicópteros de Emergência (SHEM) foram acionado para 963 ocorrências, uma média diária aproximada de 3 missões. Este serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é capaz de implementar cuidados de Suporte Avançado de Vida (SAV) no local das ocorrências e durante o transporte até às unidades de saúde mais adequadas ao estado clínico dos utentes.

As 44 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), distribuídas por todo o território continental, foram ativadas por 97.970 ocasiões. Assim, diariamente foram acionadas 268 VMER, o que significa que, em média, cada viatura foi acionada 6 vezes por dia.

As Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), tripulada por um(a) Enfermeiro(a) e por um(a) Técnico(a) de Emergência Pré-hospitalar (TEPH), são meios capazes de implementar medidas de cuidados diferenciados e contabilizaram 36.616 ocorrências. Diariamente, as 40 ambulâncias SIV chamados a intervir, em média, por 100 ocasiões.

As 56 Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) do INEM receberam, em 2019, 140.433 ocasiões. Por sua vez, os Motociclos de Emergência Médica (MEM) foram ativados para 6.110 ocorrências, garantido assim uma chegada mais rápida de um meio de socorro ao local do incidente.

As 4 ambulâncias de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP), serviço que se dedica ao transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre unidades de saúde, efetuaram 1.439 ocorrências.

Já a Unidades Móveis de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE), responsáveis por transportarem até ao local das ocorrências os Psicólogos do Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC), tiveram 610 acionamentos.

Por fim, as ambulâncias do INEM sedeadas em Postos de Emergência Médica (PEM) da Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa e Corpos de Bombeiros foram acionadas por 880.604 ocasiões.

Por forma a aumentar a capacidade de socorro dos parceiros do SIEM, no final do ano passado, o INEM celebrou mais 12 protocolos para constituição de posto PEM, passando o SIEM a contar com 371 ambulâncias aptas a prestar cuidados de emergência pré-hospitalar a todos os cidadãos.

Gripe
A época gripal em Portugal está a registar uma intensidade baixa a moderada. Nas regiões norte e Centro está já a descer. O...

Em conferência de imprensa conjunta com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Graça Freitas admitiu que o pico da gripe poderá já ter sido atingido, havendo uma atividade gripal em fase descendente, mas que apresenta diferenças regionais. 

O Alentejo não registou atividade epidémica e o Algarve está a agora a entrar em fase epidémica. Nas regiões Norte e Centro a atividade gripal está já a descer. Em Lisboa e Vale do Tejo, a gripe encontra-se "num planalto", ainda sem descida.

Graça Freitas adiantou que há três razões essenciais que explicam estes baixos níveis. 

“Se interpretássemos esta época gripal eu diria que tivemos dois fatores da natureza e um humano a interferir: o das temperaturas, já que tivemos um inverno ameno; as características de um vírus do tipo B, em que a atividade gripal é habitualmente menos intensa e o fator humano, que é o da adesão à vacinação contra a gripe. Nunca se vacinou tanto em Portugal como este ano. Só no Serviço Nacional de Saúde vacinámos cerca de 10% a mais do que nos anos anteriores, em períodos homólogos”, a que se juntaram mais de 600 mil cidadãos que adquiriram vacinas em farmácias.

Este ano, mais idosos foram vacinados contra a gripe e tem havido menos carga de doença nesta população. Entre os jovens com menos de 18 anos está já a registar-se, nas últimas duas semanas, uma descida dos casos.

Em Portugal, o vírus da gripe dominante esta época tem sido o do tipo B, ao contrário do que se passa na maioria dos restantes países da Europa. O vírus do tipo B tem sido consistentemente responsável por épocas de gripe mais benignas (menor impacto quer na morbilidade, quer na mortalidade por todas as causas).

Ricardo Mestre, vogal do conselho diretivo da ACSS, entidade que é responsável pela monitorização dos recursos nos estabelecimentos do SNS, nomeadamente nos cuidados de saúde primários e hospitalares, garantiu que as camas adicionais de internamento abertas nos hospitais ao abrigo dos planos de contingência, não têm tido utilização elevada. Até 9 de janeiro, em termos nacionais, de um total de 1.496 camas previstas nos planos de contingência das unidades hospitalares do SNS, 775 encontram-se ativadas, o que corresponde a 51,8%. 

Ao nível dos CSP, estão a funcionar 114 centros de saúde com horário alargado em todo o país. 

Opinião
A Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) é a principal causa de cegueira, entre as pesso

A DMRI, tal como o nome indica, afeta a mácula, provocando, no fundo, uma redução da claridade da visão central. Quando se fala de cegueira, no que concerne a esta patologia, deve-se ter em atenção o facto de que, apesar de a mácula ser a zona mais sensível da visão e aquela que permite percecionar os pormenores e as cores, corresponde a uma área pequena do olho – a área central da retina. Ou seja, a Degeneração Macular Relacionada com a Idade afeta a capacidade para desempenhar determinadas atividades como ler, conduzir, ver televisão e reconhecer rostos, ver durante a noite e observar linhas retas, que requerem uma boa visão central, podendo, no entanto, não afetar a visão lateral ou periférica. Nesse caso, não provoca cegueira total, mas ainda assim representa uma severa limitação à atividade e autonomia.

Esta doença pode manifestar-se de duas formas. A mais comum (correspondendo a uma percentagem de casos entre os 85 e os 90%) denomina-se Degeneração Macular Relacionada com a Idade Seca. É simultaneamente a que se considera menos grave, uma vez que pode ter diferentes evoluções em cada olho e, numa fase inicial, não apresentar sintomas, e que a perda de visão central acentuada ocorre apenas em aproximadamente 10% dos casos.

A segunda denomina-se Degeneração Macular Relacionada com a Idade Húmida. Embora represente apenas 10% dos casos de DMRI, é a mais grave das duas, na medida em que se verifica a perda de visão central acentuada, em 90% dos pacientes. Neste caso, a doença surge devido a um crescimento anormal de vasos sanguíneos debaixo da mácula, acompanhado de hemorragias ou exsudação de fluido.

Como tal, de forma a prevenir e controlar o aparecimento desta patologia, está recomendando a todas as pessoas com mais de 60 anos, a realização de exames optométricos todos os anos, como a rede de Amsler, que permitam observar o fundo do olho – o método que nos permite avaliar a presença de metamorfopsia, alterações de perceção de formas, características da DMRI.

No quotidiano, é importante adotar comportamentos como não fumar; usar óculos de sol com proteção UVA e UVB, aquando da exposição solar, e ter uma alimentação saudável e equilibrada, que permita manter os níveis de colesterol baixos.

Já a um nível mais natural e sistematológico, vários estudos consideram que alguns nutrientes como as vitaminas C e E, o betacaroteno, o zinco, os antioxidantes luteína e zeaxantina e os caratenóides presentes no olho como desempenhando um papel fundamental na prevenção da Degeneração Macular Relacionada com a Idade.

Para já, ainda não existe cura para esta doença. Não há forma de recuperarmos a visão dos pacientes por ela afetados. Existe, no entanto, uma série de tratamentos que podem ter efeitos positivos ao nível do retardamento da sua progressão, embora sem garantia plena de resultados, como o tratamento com LASER, a injeção de medicação antiangiogénica dentro do olho, para travar a evolução dos vasos sanguíneos, ou a cirurgia, aplicáveis especialmente nos casos de DMRI Húmida. Há ainda quem defenda a eficácia de alguns suplementos nutricionais na terapêutica, embora esta hipótese não tenha sido suficientemente estudada.

Consideramos, por isso, urgente que a sensibilização da população, principalmente os idosos, para a importância do diagnóstico atempado da doença, na medida em que, quanto mais cedo for detetada, maior probabilidade existe de ser tratada.

Por outro lado, é absolutamente necessário o investimento na pesquisa sobre a DMRI, para que se avance no sentido da cura e da obtenção das respostas que nos faltam, num futuro próximo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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