Bastonário dos Médicos
A assistência ao doente será prejudicada em detrimento da atenção que os médicos têm de dar ao computador, alerta o bastonário...

O bastonário dos Médicos considera que a contratualização nos centros de saúde obriga os clínicos a “colocar o computador no centro das consultas”, prejudicando a assistência ao doente, e apelou às instituições para não pactuarem com esta “farsa”.

José Manuel Silva disse que os indicadores que são impostos aos profissionais nos centros de saúde são de tal forma “absurdos” que, em alguns casos, se traduzem em 0% de sucesso, quando isso não é verdade.

Para o bastonário, a contratualização devia ser parte de um diálogo, construtivo e com objectivos, mas está a ser “imposta”.

 

Estudo pioneiro revela
Em Portugal existem perto de 13 mil pessoas com Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa com maior prevalência no país,...

O Estudo Epidemiológico de Avaliação da Prevalência da Doença de Parkinson em Portugal concluiu ainda que a maioria dos doentes identificados eram homens com mais de 65 anos, que apresentavam sintomas moderados e estavam fisicamente independentes.

De acordo com Joaquim Ferreira, neurologista e coordenador científico do estudo, o número obtido (1,29 por cada mil pessoas) ficou aquém das expectativas, que até agora se baseavam na extrapolação de estudos europeus, revela o Destak.

Saiba como
As doenças sexualmente transmissíveis constituem um grave problema de saúde pública.
Homem e mulher nus na cama

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) constituem um grave problema de saúde pública que pode ser descurado. Estudos apontam para que, em média, 39 por cento dos viajantes de longa duração tenham comportamentos de risco com possibilidade de contrair uma destas doenças.

Doenças que incluem: o VIH/Sida ou a Hepatite B, mas também a sífilis, a gonorreia, infecções por clamidia, o herpes genital, o condiloma genital, a tricomoníase e o cancróide. Qualquer uma delas pode conduzir a uma elevada morbilidade e algumas delas à esterilidade e mesmo morte.

Tal como o nome indica, são doenças transmitidas pelas relações sexuais (incluindo a forma anal e oral) não protegidas e, por isso, os indivíduos devem ter sempre em mente que um simples descuido pode trazer graves consequências para a sua saúde. Várias destas doenças podem ser também transmitidas por via sanguínea (como o VIH/Sida e a Hepatite B) ou pelos derivados, nomeadamente, através de transfusões, injecções com seringas e agulhas contaminadas, através de instrumentos cirúrgicos ou dentários não esterilizados ou outros materiais pontiagudos de penetração na pele (por exemplo, acupunctura, piercing e tatuagens).

As medidas de prevenção das DST incluem como medida essencial o uso correcto dos preservativos. A única doença sexualmente transmissível contra a qual existe uma vacina é a hepatite B. O número de indivíduos atingidos, anualmente, por sífilis, clamidía e tricomoníase, é cada vez maior.

Salvo em situações de perigo de vida, as pessoas devem negar qualquer tipo de intervenção que envolva a utilização de agulhas ou outro material cortante, se não estiver seguro da sua proveniência. Para além disso, não são recomendadas intervenções de colocação de piercings ou tatuagens em lugares que não reúnam condições de higiene e segurança.

Precauções a tomar

  • Em países menos desenvolvidos, as DST são geralmente mais prevalentes do que em Portugal, sendo maior o risco de as contrair com as pessoas originárias daqueles países;
  • O risco de infecção é tanto maior quanto maior for o número de parceiros sexuais;
  • A infecção pode ser transmitida por um parceiro sexual aparentemente saudável, sem sinais de doença;
  • Evite contactos sexuais ocasionais;
  • Evite contactos sexuais com múltiplos parceiros ou com alguém que os tenha;
  • Utilize correctamente o preservativo, no caso das mulheres, deve certificar-se que o parceiro o utiliza;
  • Não partilhe a escova de dentes nem a lâmina de barbear.

Qualquer pessoa deverá procurar assistência médica em caso de comportamentos de risco - relação sexual não protegida; utilização de seringas, agulhas ou outro material cortante já utilizado; tatuagens, piercings ou qualquer outro procedimento que envolva o uso de material cortante. Em caso de aparecimento de corrimento genital, úlcera genital, tumefacção ou verruga na região genital, também deve procurar imediatamente assistência médica.

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Infeções Sexualmente Transmissíveis

Preservativo masculino e feminino

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Infecção pulmonar
A pneumonia é a sexta causa de morte mais comum nos países desenvolvidos e a mais fatal das doenças
Pneumonia adquirida na comunidade

A pneumonia é uma infecção dos pulmões que afecta os pequenos sacos de ar (alvéolos) e os tecidos circundantes. Pode ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Por isso, a pneumonia não é uma doença única, mas muitas doenças diferentes, cada uma delas causada por um microrganismo diferente.

Existem, portanto, diferentes tipos de pneumonias designadas consoante o agente causador. Os principais são a pneumonia pneumocócica, pneumonia estafilocócica, pneumonia bacteriana causada por bactérias gram-negativas, pneumonia causada por Hemophilus influenzae, pneumonias atípicas, psitacose, pneumonia viral, pneumonia por fungos, pneumonia por Pneumocystis carinii e a pneumonia por aspiração.

O Streptococcus pneumoniae é o principal microrganismo implicado na pneumonia adquirida na comunidade, sendo responsável por um número de casos que pode atingir os 66 por cento. É também responsável por cerca de 2/3 das mortes por pneumonia.

De um modo geral, a pneumonia surge depois da inalação de alguns microrganismos, no entanto, existem três formas distintas de contrair uma pneumonia: o mecanismo mais frequente ocorre quando a pessoa inala um microrganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença, outra forma frequente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam por ser aspiradas para o pulmão. Por fim, a forma menos comum, ocorre através da circulação sanguínea quando uma infecção por um microrganismo, num outro local do corpo, se alastra através da circulação sanguínea e chega aos pulmões onde causa a infecção.

Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella e Hemophilus influenzae. Os vírus, como os da gripe e da varicela, podem também causar pneumonia. O Mycoplasma pneumoniae, um microrganismo semelhante a uma bactéria, é uma causa particularmente frequente de pneumonia em crianças crescidas e em jovens adultos. A pneumonia também pode ser causada por alguns fungos.

Qualquer pessoa pode ser atingida por esta doença, bastando para isso que os mecanismos de defesa estejam diminuídos ou comprometidos, no entanto, os idosos estão mais predispostos para contrair a doença, exactamente porque o seu sistema imunitário já não reage da mesma forma. Também estão no grupo de risco as pessoas debilitadas por doenças crónicas, prostradas na cama, paralisadas ou inconscientes ou as que sofrem de uma doença que afecta o sistema imunitário, como a SIDA. Por outro lado, o alcoolismo, o fumar cigarros, a diabetes, a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crónica são causas que predispõem à pneumonia.

Em todo o mundo a pneumonia afecta milhões de pessoas com elevada morbilidade e mortalidade. É a sexta causa mais frequente de todas as mortes e a infecção mortal mais comum que se adquire nos hospitais. Nos países em vias de desenvolvimento, a pneumonia é a causa principal de morte e só a segunda a seguir à desidratação causada pela diarreia aguda.

Estima-se que a incidência de pneumonia possa atingir 11,6/1000 indivíduos por ano, aumentando com a idade (aos 65 anos, até 44/1000 indivíduos por ano) e com a existência de co-morbilidade. A mortalidade por pneumonia é de 1 a 3 por cento, aumentando para 6 a 24 por cento em doentes hospitalizados e para 22 a 57 por cento em Unidades de Cuidados Intensivos.

Sintomas e diagnóstico
Os sintomas decorrentes da pneumonia são uma tosse produtiva com expectoração, dores no tórax, calafrios, febre e falta de ar. No entanto, estes sintomas dependem da extensão da doença e do microrganismo que a cause.

Geralmente, a pneumonia produz uma modificação característica da transmissão dos sons que podem ouvir-se através do fonendoscópio logo que o médico ausculte o tórax do doente.

Na maioria dos casos, o diagnóstico confirma-se com uma radiografia ao tórax que, frequentemente, contribui para determinar qual é o microrganismo causador da doença. Também se podem examinar amostras de expectoração e de sangue, com o fim de identificar a causa. No entanto, em metade dos indivíduos com pneumonia não se chega a identificar o microrganismo responsável.

Tratamento
Os exercícios de respiração profunda e a terapia para eliminar as secreções são úteis na prevenção da pneumonia em pessoas com alto risco, como as que foram submetidas a uma intervenção ao tórax e aquelas que estão debilitadas. Quem sofre de pneumonia também tem necessidade de expelir as secreções.

Muitas vezes, os indivíduos que não estão muito doentes podem tomar antibióticos por via oral e permanecer em casa. As pessoas com idade avançada e as que têm dispneia ou uma doença cardíaca ou pulmonar preexistente habitualmente são hospitalizadas e tratadas com antibióticos por via endovenosa. Também podem necessitar de oxigénio, de líquidos endovenosos e de ventilação mecânica.

A terapêutica antibiótica inicial é, normalmente, empírica. A escolha do antibiótico depende de numerosas variáveis, nomeadamente da gravidade da doença, idade do doente, sintomas, co-morbilidade, medicação concomitante, contexto epidemiológico, contactos com outros doentes ou com um tipo de ambiente específico e intolerância a um determinado antibiótico ou seus efeitos secundários.

O antibiótico ideal para iniciar uma terapêutica empírica da PAC deverá ser aquele que se revele eficaz contra os agentes etiológicos mais importantes, ou seja, os pneumococos (incluindo os resistentes à penicilina), H. influenzae e microrganismos atípicos intracelulares.

Prevenção
Existem, actualmente, no mercado nacional duas vacinas antipneumocócica, com a duração de aproximadamente cinco anos, indicadas para a prevenção de pneumonias e infecções pneumocócicas. Estas vacinas evitam as complicações graves que ocorrem com frequência na pneumonia provocada pelo pneumococo.

Está indicada para os chamados grupos de risco, onde se incluem, pessoas com idade superior a 65 anos, doentes imunocomprometidos com doenças crónicas (ex: doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes mellitus, alcoolismo, cirrose, etc.) ou pessoas que residam ou trabalhem em locais com um risco aumentado de infecções pneumocócicas ou das suas complicações (ex: pessoas idosas hospitalizadas, pessoas em instituições de prestação de cuidados de saúde, etc.).

Para além disso, é recomendável fazer a vacinação antigripal, recomendada para a população de risco e para determinados grupos profissionais, por exemplo, profissionais de saúde ou profissionais que lidam com o público em geral.

Existem também hábitos que devem ser cessados como o tabagismo e o excesso de álcool e outros que devem ser mantidos e/ou melhorados como manter um estado nutricional adequado e o controlo das doenças crónicas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença de Alzheimer
Como lidar com um familiar a quem, de repente, lhe foi diagnosticada a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma doença crónica e neurodegenerativa, caracterizada por uma deterioração global, progressiva e irreversível das funções cognitivas que acarreta implicações a nível económico e social para o doente e família.

Devido às características da doença, as mais simples atividades de vida diária irão tornar-se progressivamente mais complicadas, e no sentido de tornar o quotidiano dos cuidadores e dos doentes de Alzheimer mais agradável, o enfermeiro poderá ajudá-los a encontrar um conjunto de soluções potencialmente úteis.

A população mundial, nas últimas décadas, sofreu um aumento da esperança média de vida e consequentemente um aumento do número de pessoas com doenças crónicas, conduzindo a problemas sociais e económicos.

As doenças neurodegenerativas, como as demências, fazem parte do leque das doenças crónicas, sendo a Doença de Alzheimer responsável por 50 a 60% dos casos de demência (1).

A Doença de Alzheimer caracteriza-se por uma deterioração global, progressiva e irreversível das funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento). Conduzindo a alterações do comportamento, da personalidade e da capacidade funcional, dificultando a realização das atividades de vida diária (2).

Esta deterioração é determinada essencialmente por dois processos:

1. Formação de substâncias que impedem o normal funcionamento dos neurónios (2);

2. Diminuição da produção de neurotransmissores, impedindo a comunicação normal entre neurónios (2).

Assim, as mais simples atividades de vida diária tornar-se-ão progressivamente mais complicadas. Por este motivo o cuidador familiar torna-se a pedra angular do tratamento da doença.

De modo a tornar o quotidiano dos cuidadores e dos doentes de Alzheimer mais agradável, seguem-se algumas sugestões que podem ser úteis:

Como lidar com problemas de alimentação?

O excesso de apetite pode ser um problema no início da doença, cabendo ao cuidador a tarefa de restringir a ingestão de alimentos calóricos. Com a progressão da doença o doente pode vir a ter dificuldade em alimentar-se, neste caso o cuidador pode:

  • Sentar-se à frente do doente durante as refeições de modo a que este imite os seus gestos;
  • Incentivar o doente a comer como lhe der jeito. (2)

Quando as dificuldades em engolir impossibilitam uma alimentação saudável e segura, irá precisar de orientação do seu enfermeiro de família sobre outras técnicas de alimentação.

Como lidar com alterações do autocuidado?

Numa fase mais avançada da doença o doente pode não cuidar da higiene pessoal ou não se recordar dos movimentos necessários para a efetuar. Assim deve:

  • Incentivar o doente a manter a higiene pessoal e a seguir uma rotina habitual;
  • Simplificar a tarefa. (2)

Como lidar com problemas de vestir e despir?

Quando o doente começa a ter dificuldade em executar tarefas do quotidiano, como vestir e despir, deverá tomar as seguintes precauções:

  • Substituir laços, botões, fechos de correr e sapatos com atacadores por velcro;
  • Preparar as peças de roupa pela ordem a serem vestidas;
  • Procurar que a pessoa se mantenha bem vestida e elogie o seu bom aspeto;
  • Deixar o doente cuidar-se da forma mais autónoma possível. (2)

Andar sem rumo, pode tornar-se um perigo. Como evitar?

A partir de uma dada fase da doença andar sem destino é umas das características destas pessoas, o que é um grande perigo. Assim, para evitar este problema deverá tomar as seguintes precauções:

  • O doente deve andar identificado;
  • Previna os vizinhos do estado de saúde do doente (estes podem ser uma ajuda preciosa);
  • Em casa, feche as portas de saída para evitar que o doente vá para a rua sem que ninguém se aperceba;
  • Acompanhe o doente sempre que este saia de casa. (2)

Como lidar com alterações do comportamento?

Quando o doente se apercebe que é incapaz de realizar tarefas simples e que está a perder a independência, a autonomia e a privacidade, poderá apresentar um comportamento agressivo, como resultado de um forte sentimento de frustração. Este comportamento pode manifestar-se de diversas formas, tais como ameaças verbais, destruição de objetos ou mesmo violência física. 

Perante estas situações deverá:

  • Procurar compreender o que originou a reação agressiva;
  • Evitar discutir ou ralhar;
  • Não forçar contactos físicos;
  • Agir calma e tranquilamente e procurar desviar a atenção do doente para qualquer outra coisa. (2)

Cuidar de um familiar com doença de Alzheimer oferece dificuldades, por isso não tente lidar sozinho com tudo, aceite toda a ajuda que lhe for oferecida, desde que pertinente. Procure apoio junto do seu enfermeiro de família sempre que não conseguir lidar com alguma situação.

Nota: O texto está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Referências Bibliográficas

(1) Alzheimer Disease International (2009) – Relatório sobre a Doença de Alzheimer no Mundo. Londres: Alzheimer Disease International, 2009. 

(2) APFADA – Associação de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer. Disponível em: http://alzheimerportugal.org/. Consultado a 05/02/2014 às 21h00.

(3) CASTRO-CALDAS, A; MENDONÇA, A (2005) – A doença de Alzheimer e outras demências em Portugal. Lisboa: Lidel, 2005. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Stress
A vida quotidiana é indutora de stress, impondo a cada um a adoção de estratégicas que facilitem a a

As atuais exigências que caraterizam a dinâmica vivencial de cada pessoa, nos mais diversos planos, biológico, económico, social, profissional, etc., constituem-se, frequentemente, como fatores geradores de níveis desconfortáveis de stress, os quais conduzem à adoção de estratégias de coping, enquanto facilitadoras do alcance de um estado de adaptação perante novas imposições.

As estratégias de coping são mecanismos cognitivos e comportamentais, utilizados pelas pessoas para fazer face a situações, internas e/ou externas, que são percebidas como excedendo a capacidade de utilização dos recursos pessoais disponíveis e aprendidos ao longo da vida.

A seleção de estratégias de coping resulta da avaliação da situação problemática, sendo que, a perceção do acontecimento stressor varia de pessoa para pessoa, produzindo diferentes tipos de respostas interligadas, a nível biológico, cognitivo, comportamental e emocional, cuja sua intensidade e duração estão relacionadas com a frequência e temporização da exposição ao estímulo stressante.

A avaliação cognitiva de uma situação indutora de stress depende do nível de significação atribuído, das estratégias de coping para lidar com o stress, dos recursos pessoais e sociais que a pessoa detém, assim como das caraterísticas da sua personalidade. A avaliação primária coincide com a atribuição de uma significação ao evento, podendo ser conotado como irrelevante, benéfico ou stressante e, neste caso, percecionado como um desafio, uma ameaça ou um prejuízo. Numa avaliação secundária prospetiva-se a existência de mecanismos de coping capazes de ultrapassar ou modificar a situação, tendo presente a relação esforço/benefício.

Estratégias determinadas pelos resultados da avaliação
O resultado da avaliação determina a escolha das estratégias, predominando as focalizadas no problema se a situação é avaliada como passível de ser modificada, ou pelo contrário, prevalecendo as centradas na emoção quando a situação é entendida como inalterável. Esta separação não é linear, elas podem coexistir em diferentes fases do problema e a mesma estratégia pode assumir diferentes funções no decurso do processo.

Independentemente do mecanismo de ação, pode atribuir-se aos mecanismos de coping uma função protetora, no sentido de lidar com o stress e suas manifestações afetivas, como a ansiedade, o desespero o medo, etc., quando nos deparamos com eventos cuja sua exigência vai muito para além dos recursos disponíveis. Esta proteção pode ser materializada por mecanismos diversos e distintos, nomeadamente pela eliminação ou modificação das situações que criam o problema, pelo controlo percetivo do significado da experiência e suas consequências, ou pela manutenção das consequências emocionais dentro de limites aceitáveis.

Neste sentido, podem distinguir-se estratégias focalizadas no problema, centradas no controlo percetivo da situação e suas consequências, que visam a modificação da situação - problema através da alteração da relação pessoa/ambiente, e estratégias centradas nas emoções, dispondo-se a modular e regular somaticamente as emoções. Ambas as estratégias, se usadas em simultâneo, podem influenciar-se mutuamente em termos de resultados, pois a diminuição da tensão emocional terá um efeito positivo sobre a capacidade cognitiva de agir sobre o problema e, do mesmo modo, a tentativa de modificação da situação-problema irá influenciar a expressão das emoções.

As oito estratégias de utilização universal
Existem inúmeras estratégias de coping, porém é, mais ou menos, consensual a utilização universal de oito estratégias, designadamente, o confronto, a resolução planeada do problema, a aceitação/assumir das responsabilidades, o autocontrolo, a procura de suporte social, a reavaliação positiva, o distanciamento e a fuga/evitamento do problema. As primeiras cinco estratégias estarão mais focalizadas na modificação/resolução da situação problema e as três últimas desempenharão um papel mais incisivo na regulação/modulação da expressão das emoções. Como referido anteriormente, esta divisão não é linear, pois, por exemplo, o suporte social pode estar focado no problema quando se procura, numa pessoa amiga ou familiar, ajuda ou mesmo a resolução para o problema, mas por outro lado, pode estar centrado nas emoções se o objetivo for, apenas, desabafar e exprimir os sentimentos.

Nota: O texto está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Bibliografia

- RIBEIRO, P; SANTOS, C – Estudo conservador de adaptação do Ways Coping Questionnaire a uma amostra e contexto portugueses. Análise Psicológica, 4, 2001, p. 491-502.

- SERRA, A – Um estudo sobre coping: O Inventário de Resolução de Problemas. Psiquiatria Clínica, 9, 1987, p. 301-316.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Sessão informativa
O cancro da próstata vai ser o tema central da próxima sessão informativa que decorre no anfiteatro do IPO de Lisboa.

Dia 26 de Março o Núcleo de Oncologia Psicossocial (NOPS) e a Administração do Instituto Português de Oncologia de Lisboa promovem a próxima sessão informativa, dirigida especialmente aos doentes e familiares e dedicada ao diagnóstico e tratamento do cancro da próstata. O tema será apresentado por Rodrigo Ramos, urologista do Serviço de Urologia do IPO de Lisboa.

Estas sessões de esclarecimento, de entrada livre, decorrem no anfiteatro do IPO Lisboa, entre as 18h00 e as 19h30 e visam abordar aspectos médicos e psicossociais da doença oncológica. Após as intervenções dos especialistas, segue-se um período aberto de debate e esclarecimento de dúvidas.

Ao promover a informação e a comunicação entre utentes e profissionais, o IPO Lisboa deseja que estas acções contribuam para “facilitar a adaptação à doença e a adesão ao tratamento, bem como a satisfação com a equipa terapêutica e com a Instituição”.

 

Em 2013
Especialistas e sociedade civil juntam-se para assinalar o Dia Mundial da Tuberculose. No mesmo dia a Direcção-Geral da Saúde...

No dia em que se assinalou a descoberta do bacilo que causa a doença (24 de Março), a Direcção-Geral da Saúde (DGS) revelou os dados de 2013 relativos à tuberculose em Portugal. Assim, segundo a coordenadora do Centro de Tuberculose, Raquel Duarte, Portugal registou 2.142 novos casos de tuberculose em 2013, menos 257 do que no ano anterior, o que coloca Portugal “à beira de um momento histórico” da doença.

Ainda segundo os dados da DGS, foram no ano passado, em Portugal, notificados 2.292 casos de tuberculose, dos quais 2.142 foram novos casos. Isto significa que apresentamos uma taxa de incidência de 20,4 por 100 mil habitantes. Dos casos notificados, 1.602 (70%) eram pulmonares, ou seja, a forma contagiosa e que transmite a doença na comunidade.

Uma outra novidade nos dados apresentados é que a população dos 25 aos 40 anos deixou de ser a mais afectada, para se registar nos adultos acima dessa idade. Lembrar que em 2000 Portugal registou mais de 4 mil novos casos de tuberculose, sendo na sua maioria doentes com idade entre os 25 e 40anos.

Contudo, Conceição Gomes, presidente da Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) deixou o alerta: “temos diminuído a incidência dos casos, a taxa de cura é de 85% mas temos que melhorar e não podemos baixar os braços”. A especialista falava num encontro que assinalou o Dia Mundial da Tuberculose, onde se debateu O Papel da Sociedade Civil na Luta contra a Tuberculose.

Teles de Araújo, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, apresentou uma retrospectiva do que tem sido ao longo dos séculos a luta contra a tuberculose e o envolvimento da sociedade civil através de diferentes iniciativas. O especialista lembrou que em 1930, 10% dos óbitos que ocorreram em Portugal deveram-se à tuberculose, situação que viria a diminuir ao longo dos anos com a melhoria das medidas de saúde pública e com a obrigatoriedade de declaração dos casos de tuberculose. Porém, Teles de Araújo lembra que “mesmo com a chegada da antibioterapia a Portugal (em 1946) e apesar dos avanços científicos e sociais a incidência da tuberculose em Portugal continuava a ser das mais altas na Europa”, e acrescenta que, “ainda no século XXI a doença continuava a ser um problema de saúde pública e permanecia uma ameaça global”.

 

Relação da tuberculose e a diabetes

“Não sabemos qual a percentagem de risco dos doentes com diabetes terem tuberculose latente, mas sabemos que a probabilidade é particularmente maior nos doentes insulino-dependentes”, afirmou Ana Filipa Lopes, endocrinologista da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) durante o mesmo encontro, onde se fez o paralelismo entre a diabetes e a tuberculose. A especialista chamou a atenção para a importância de se rastrear a diabetes em doentes com tuberculose e vice-versa, como aliás já é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ana Filipa Lopes realçou a elevada incidência das duas doenças a nível mundial, e ambas com tendências crescentes.

Sabendo-se que o sistema imunitário deficitário pode potenciar o desenvolvimento de tuberculose, foi também apresentada a importância da alimentação, e de alguns alimentos em particular, na manutenção de uma imunidade elevada. Ana Raimundo, dietista da APDP assinalou que “é possível aumentar as defesas do organizamos através de uma nutrição adequada”, sublinhando que “são vários os factores que podem influenciar a diminuição dessa imunidade, como o stress, a poluição, alguns medicamentos, mas também um deficit de nutrientes”.

 

“AIR Care Centre”
A Linde Healthcare inaugura no dia 2 de Abril pelas 16h00, o 1º Centro de Reabilitação Respiratória AIR Care Centre®, um centro...

AIR Care Centre® será o primeiro Centro de Reabilitação Respiratória a prestar serviços ao doente respiratório crónico, focados na Reabilitação Respiratória, de forma integrada, interdisciplinar e de proximidade. Esta intervenção baseia-se em três pilares, avaliação e controlo clínico, exercício e educação do doente, a qual disponibilizará aos doentes respiratórios soluções inovadoras, eficientes e reconhecidas, que pretendem a diminuição das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória.

O AIR Care Centre® pretende também reduzir os custos directos e indirectos com a saúde relacionados com a diminuição dos doentes aos recursos dos serviços de saúde, internamento hospitalar e abstenção laboral dos doentes e/ou familiares.

A Reabilitação Respiratória é reconhecida cientificamente como uma componente fundamental no tratamento do doente respiratório crónico

Actualmente apontada como intervenção de 1ª linha no tratamento da DPOC estável, num estadio moderado a grave.

Cerca de 800 mil doentes em Portugal sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e a maioria deveria integrar um Programa de Reabilitação Respiratória.

A taxa de adesão e referenciação para a Reabilitação Respiratória, assim como a capacidade de resposta dos serviços de saúde públicos ou privados, tem sido muito diminuta.

Portugal revela uma das mais baixas taxas de resposta que se conhece descritas na literatura, com apenas cerca de 0,1%.

 

Data: 2 de Abril

Hora: 16h00

Local: AIR CARE CENTRE, Rua Mário Azevedo Gomes, núcleo R, 6-6ª, Alto dos Moinhos, Lisboa

 

Conferência “Políticas de Droga e Saúde”
No dia 1 de Abril, a Assembleia da República acolhe a Conferência “Políticas de Droga e Saúde”, entre as 9h00 e as 16h00.

Promovida pelo GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA), APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento) e a associação CASO (Consumidores Associados Sobrevivem Organizados), este é um debate, em Portugal, sobre a política em matérias de drogas que envolve a sociedade civil, as instituições nacionais e internacionais, especialistas e os decisores políticos.

Para Luís Mendão, presidente do GAT: “O consenso alargado ao nível das políticas de droga e saúde é necessário para alinhar as intervenções básicas que são imprescindíveis: acesso alargado ao tratamento, acesso à prevenção e à redução de riscos. As terapêuticas de manutenção opiácea e os programas de redução de riscos são hoje a parte essencial da estratégia de promoção de saúde entre as pessoas que usam drogas (PUD), estão em todas as recomendações internacionais, sendo necessário aumentar a sua disponibilidade e facilitar o acesso.”

“Podemos ler na Declaração de Atenas, adoptada no Conselho da Europa que, desde 1930, o estudo das crises económicas e as suas consequências evidenciam uma relação entre a tendência de mortalidade e morbilidade e a capacidade dos sistemas de saúde responderem a um crescente aumento de procura pelos cuidados de saúde, particularmente dos grupos mais vulneráveis”, afirma o Presidente do GAT.

Sérgio Rodrigues, presidente da Associação CASO, refere que “ o envolvimento da sociedade civil e das pessoas que usam drogas é crucial para monitorizar a eficácia dos programas e serviços, dar voz e promover o acesso aos direitos, incluindo o direito à saúde, das pessoas que usam drogas.” Segundo Sérgio Rodrigues, “faltam ainda: um plano nacional de prevenção, rastreio e tratamento das infecções com foco na hepatite C entre os PUD, estruturas de consumo mais seguro, acesso médico a diacetilmorfina para não respondedores a outros tratamentos, programa de prevenção de overdoses com naloxona, acesso gratuito aos diferentes tratamentos manutenção opiácea e reconhecimento profissional do trabalho de pares.”

José Queiroz, Director Executivo da APDES, afirma que “ a conferência ambiciona promover o debate e a reflexão sobre as respostas mais eficazes ao problema do uso de drogas e de saúde que estão associados e o papel central das estratégias de redução de riscos e dos programas de proximidade, com base no conhecimentos e no reconhecimento dos direitos das pessoas.”

A Conferência pretende, ainda, contribuir para um consenso político, técnico e social sobre os meios mais eficazes e o caminho a seguir.

A conferência será presidida por Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, da Global Commission on Drug Policy, a quem se juntam Icro Maremmani, Presidente do European Opiate Addiction Treatment Association (EUROPAD), Dagmar Hedrich, Responsável pelo sector das Respostas Sociais e de Saúde do European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA), Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC-UP), António Vaz Carneiro, Director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Ciência (CEMBE), Raminta Stuikyte, Presidente do European Civil Society Forum on Drugs, entre outros especialistas de renome nacional e internacional, representantes do Ministério da Saúde e dos grupos parlamentares, associações e entidades de referência na área.

 

Um mês depois do lançamento da App myCUF
Cerca de 5 mil pessoas já utilizam a aplicação móvel myCUF (App), a primeira aplicação gratuita e em português na área...

Um mês depois do lançamento, perto de 5 mil pessoas já utilizam a aplicação móvel myCUF (App), a primeira aplicação gratuita e em português na área hospitalar que permite aos utilizadores da rede Saúde CUF gerir todas as interacções com as unidades, nomeadamente a consulta dos exames já realizados, a partir do telemóvel.

Mais de 3.100 utilizadores com dispositivos móveis com sistema iOS – iPhone e iPad – e perto de 1.900 utilizadores com sistema Android já fizeram o download da App myCUF.

A App myCUF está disponível, gratuitamente, na AppStore para dispositivos móveis com sistema iOS – iPhone e iPAd - e na Google Play para sistema Android. Para utilizar a App myCUF deve primeiro activar a conta myCUF numa unidade da rede Saúde CUF e descarregar a aplicação na AppStore ou no Google Play.

O myCUF é uma área pessoal, disponível através da Internet e das aplicações móveis, na qual é possível gerir também a informação dos filhos menores de 16 anos.

As unidades Saúde CUF são unidades de referência pelo elevado perfil de inovação, sendo pioneiras na adopção de novas tecnologias ao serviço dos utentes.

Para mais informações consulte: https://www.saudecuf.pt/Content/myCUF/myCUFIntroducao

 

30 de Março
O Dia Mundial da Perturbação Bipolar será assinalado pela primeira vez no dia 30 de Março, dia do aniversário de Vicent Van...

Em Portugal, a Associação de Doentes Depressivos e Bipolares anunciou que vai promover acções em Lisboa, Porto e Coimbra. Tendo como lema “Força para Hoje, Esperança no Amanhã” o Dia Mundial da Perturbação Bipolar está a ser promovido e coordenado a nível global pela Asian Network of Bipolar Disorder (ANBD), International Bipolar Foundation (IBPF) e International Society for Bipolar Disorders (ISBD). O objectivo central é o de sensibilizar e informar a população sobre as perturbações bipolares e contribuir para eliminar o estigma social associado a esta doença.

O presidente recém-eleito da ISBD, Manuel Sanchez de Carmona, considera que o Dia Mundial da Perturbação Bipolar (World Bipolar Day - WBD) "é uma excelente oportunidade para nós (membros da ISBD) chegarmos aos doentes, famílias e grupos de apoio e convidá-los a trabalhar connosco neste projecto global, para sensibilizar e consciencializar as pessoas sobre a perturbação bipolar. O WBD é uma plataforma para pensarmos globalmente e agirmos localmente."

Entre as actividades organizadas pela Associação de Doentes Depressivos e Bipolares (ADEB) para assinalar o Dia Mundial da Perturbação Bipolar, está a realização de um colóquio, em Lisboa, no Anfiteatro da Escola de Saúde da Cruz Vermelha. A iniciativa, com início às 11h30, terá lugar no dia 29 de Março e conta com intervenções de Renata Frazão, psicóloga clínica da ADEB, Maria João Neves, artista plástica, Delfim Oliveira, presidente da Direção da ADEB, e José Manuel Jara, psiquiatra e presidente da Assembleia Geral da ADEB.

Actividades ilegais de fitness
A Associação dos Ginásios de Portugal, está preocupada e denuncia a situação de instalações à margem da Lei que não cumprem a...

Num Encontro no Porto, que reuniu a Associação dos Ginásios de Portugal (AGAP), associados, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), Instituto Português da Juventude e Desporto (IPDJ), a gestora de direitos musicais, Passmusica, a firma de advogados da associação e a consultora Deloitte, abordou-se a situação legal e fiscal do sector dos ginásios em Portugal.

Sem especificar o peso desta realidade, o “fenómeno três euros” abrange espaços privados e municipais que alugam salas a técnicos de fitness, habilitados ou não, que cobram três euros por aula, sem deterem as exigências legais e fiscais para a prática da modalidade. “A distorção da concorrência é cada vez maior e coloca em risco a sustentabilidade de muitas empresas”, disse o presidente da AGAP, José Júlio Vale Castro, que também questiona “porque não está a ser mais fiscalizada esta situação também junto de instalações recreativas públicas? Afinal, qualquer instalação desportiva tem, por imperativo legal, de possuir director técnico, seguro de acidentes pessoais, licenças musicais, manual de operações, entre tantas outras obrigações.”

Para a advogada Cláudia Moreira, por exemplo “muitos ginásios municipais não pagam IVA porque se dizem sem finalidade lucrativa, entrando, no entanto, em concorrência directa ao sector, o que afasta a isenção”, apontando ainda casos de professores de Zumba que dão aulas avulso a três euros, sem facturas e sem enquadramento legal.

Foi também apontado um caso de um ginásio de uma universidade que, alegadamente, não tem Director Técnico, obrigatório por lei, que passa facturas sem IVA embora informe que os preços incluem IVA e cobra 180 euros anuais para qualquer actividade, em regime livre. “Há técnicos de exercício físico sem controlo e que trabalham em diversos locais, sem enquadramento legal, casos verificados em Aveiro e Lisboa”, afirmou um dos associados presente.

Para AGAP, a ASAE deverá ter acesso à base de dados do IPDJ para verificar se os técnicos de exercício físico estão habilitados para exercer a profissão.

A representante da ASAE região Norte, Ruta Serra, referiu que “a sua missão pode ser melhor cumprida se mais informação chegar aquela entidade”, perante as críticas dos associados que denunciam situações ilegais que a ASAE ainda não investigou.

Além da limitação de pessoal para a região que dirige, lembrou Rita Serra que a sua entidade investiga muitos mais sectores e mais de 10.000 diplomas, além de que a legislação actual limita a sua acção. “Um ginásio numa residência particular impede a ASAE de entrar no local e verificar as condições. Por outro lado é difícil, encerrando um dado local por ilegalidade, e no dia seguinte ir lá verificar se permanece fechado”, afirmou a representante da ASAE.

A finalizar o Encontro, e no domínio da temática das relações de trabalho com os profissionais dos ginásios, José Júlio Vale Castro apontou a colaboração da AGAP no documento “Diálogo Social” da EHFA (associação europeia do fitness) que estuda um contrato colectivo de trabalho para o sector, no âmbito do “Active Leisure”, que cobre actividades indoor e outdoor. “A legislação virá lá de fora, não tenham dúvidas”, disse. A AGAP pretende também colaborar com a criação da “Carta Desportiva Nacional” que vai identificar todos os estabelecimentos desportivos do país.

Foi ainda sugerido que passe a existir a publicitação das actividades ilegais, e a possibilidade futura de os espaços cumpridores poderem afixar uma “nota positiva” que recebam por parte da sua associação ou das entidades de fiscalização.

A AGAP é a única associação de ginásios de Portugal e faz parte do Conselho Nacional do Desporto como membro efectivo.

Portugal possui 1.200 empresas no sector que representam 575 mil clientes, 20 mil colaboradores e um volume de negócios de 234 milhões de euros.

 

Com acções de formação previstas para 2014
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e a Ordem dos Nutricionistas estabeleceram um Protocolo de Colaboração nas áreas...

“Esta colaboração tem como objectivo ajudar à formação dos nutricionistas na área específica dos Cuidados Paliativos através da partilha de informação entre as duas entidades, assim como uma melhor integração e aceitação dos nutricionistas no seio das equipas de cuidados paliativos. A nutrição é imprescindível nos Cuidados Paliativos, englobando as diferentes fases da doença e a estratégia terapêutica”, refere Manuel Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

Um dos aspectos a considerar é a necessidade de conhecer os hábitos alimentares da população que recebe cuidados paliativos, de forma a melhor controlar os sinais e sintomas associados.

“Nos Cuidados Paliativos a nutrição envolve essencialmente o campo da prevenção, reduz os efeitos adversos provocados pelos tratamentos e retarda alguns problemas, como a síndrome anorexia-caquexia.

A grande parte dos doentes em estado avançado de doença apresenta sintomas como náuseas, vómitos, alterações no paladar, anorexia, desnutrição aguda, fadiga, atrofia muscular e falta de ar.

Estes sintomas levam a uma menor ingestão de alimentos, o que agrava o quadro clínico e prejudica a qualidade de vida do doente”, explica Manuel Capelas.

“O papel do profissional de nutrição neste contexto é fundamental e faz a diferença. Um maior conhecimento destas problemáticas está na base desta parceria que tem já previstas algumas acções de formação para 2014”, finaliza Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

 

Sobre a APCP

A APCP, é uma associação profissional, que congrega profissionais de múltiplas áreas e proveniências, que se interessam pelo desenvolvimento e prática dos cuidados paliativos, que no entanto não é prestadora directa de cuidados a pessoas doentes e suas famílias.

Foi fundada na Unidade do IPO do Porto em 1995 e pretende essencialmente: Ser um pólo dinamizador dos cuidados paliativos no nosso país e um parceiro privilegiado no trabalho com as autoridades responsáveis pelo desenvolvimento destes serviços; Trabalhar em sinergia com organizações que visem o desenvolvimento dos CP e áreas afins em Portugal e no estrangeiro; Contribuir para a credibilização e garantia da qualidade das estruturas que prestam e/ou venham a prestar cuidados nesta área; Apoiar os profissionais de saúde que se queiram dedicar a esta área da saúde e fortalecer a investigação específica a desenvolver.

 

Sobre a Ordem dos Nutricionistas

A Ordem dos Nutricionistas é uma Associação Pública Profissional que tem por missão regular e supervisionar o acesso à profissão de nutricionista e de dietista e o seu exercício, elaborando as normas técnicas e deontológicas respectivas, velando pelo cumprimento das normas legais e regulamentares da profissão e exercendo o poder disciplinar sobre os seus membros, no quadro de um regime disciplinar autónomo.

 

Planeamento Familiar
Cerca de 87% das mulheres portuguesas sexualmente activas usam meios de contracepção.

Portugal é o segundo país com maior uso de contracepção e apresenta uma taxa de aborto abaixo da média europeia, um “sucesso” que se deve à lei da educação sexual e planeamento familiar aprovada há 30 anos.

O balanço “claramente positivo” é feito por Duarte Vilar, director executivo da Associação para o Planeamento Familiar (APF), que alerta contudo para os riscos de “retrocesso”, com os “cortes significativos” que se esperam para 2014 nos meios contraceptivos distribuídos aos centros de saúde.

Duarte Vilar recorda que a Lei 3/84 “Direito à educação sexual e acesso ao planeamento familiar” foi aprovada num contexto de grandes debates e polémicas, em que se discutia a questão do aborto, mas também o direito dos jovens ao acesso a consultas de planeamento familiar.

O responsável da APF sublinha que, “no tocante ao planeamento familiar, a lei foi prontamente aplicada, o obstáculo dos jovens à contracepção foi ultrapassado e a lei constituiu uma referência que serviu a um desenvolvimento rápido e de boa qualidade dos serviços de planeamento familiar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde”.

“O resultado é muito bom: somos o segundo país em cobertura contraceptiva [87% das mulheres sexualmente activas usam contracepção], a seguir à Noruega, mas muito próximos, e temos uma taxa de aborto inferior à média europeia”, acrescenta.

Quanto à percentagem de partos de mães adolescentes, a APF sublinha a descida de 3,72%, em 1984, para 1,22% em 2012. "É um terço do que existia em 1984 e está perto da média europeia", salienta Duarte Vilar.

Poupança de 150 milhões de euros
Colheitas de sangue passam a ser feitas no centro de saúde e os resultados estão prontos no mesmo dia.

O Governo quer concentrar as análises clínicas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta medida, há já um ano em testes na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, vai agora ser implementada em todo o País e tem como objectivo a realização imediata das análises ao sangue prescritas pelos médicos de família.

O Ministério da Saúde pretende que as colheitas de sangue sejam feitas nos centros de saúde, para que os resultados estejam prontos no espaço de 24 horas. O Ministério da Saúde quer alargar esta medida às radiografias. Não é certo o montante que o Estado estima poupar mas a realização de exames nos laboratórios custa, em média, 150 milhões de euros.

 

Medicamentos em ruptura
O Infarmed emitiu um comunicado com esclarecimentos sobre notícia do Jornal de Notícias sobre falta de medicamentos em Portugal.

O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., em relação à notícia publicada no Jornal de Notícias de hoje, esclarece o seguinte:

- O número de medicamentos identificados como estando em ruptura de stock e sem alternativa terapêutica resultara da consulta aos dados notificados pelas empresas responsáveis pela comercialização dos mesmos, trata-se portanto de um indicador que não pode ser lido isoladamente sendo válido apenas para o dia em que foi contabilizado e carecendo de confirmação posterior por parte do Infarmed.

- Relativamente aos 43 medicamentos referidos como “sem alternativas terapêuticas”, esclarece-se que estes se reportam a medicamentos que não dispõem de equivalentes (com a mesma substância activa, dosagem e forma farmacêutica). Esta situação não permite concluir, contudo, que não existam alternativas terapêuticas comercializadas.

- Analisadas as 43 situações verifica-se o seguinte:

- 2 medicamentos já se encontram novamente no mercado;

- 25 medicamentos dispõem de alternativas terapêuticas, quer por existirem outros medicamentos comercializados para as mesmas indicações terapêuticas, quer por já se terem desencadeado as medidas necessárias para ultrapassar a sua indisponibilidade, autorização de lotes, autorização de utilização especial, etc.;

- 13 medicamentos são de uso exclusivo hospitalar. Há, por isso, destes, apenas 3 medicamentos que se encontram em ruptura nas farmácias, sem alternativas terapêuticas.

- Sempre que necessário, o Infarmed apoia os profissionais de saúde e os utentes a identificar alternativas (inclusivamente noutros países) que possam colmatar as falhas temporárias existentes.

Como resultado global das medidas implementadas, podemos constatar que o fenómeno das falhas de medicamentos apresenta uma tendência de diminuição significativa nos últimos 6 meses, tendo em conta a comparação do número de notificações espontâneas de faltas reportadas pelos utentes através dos diversos canais disponíveis.

Em 2013, o número de embalagens dispensadas no mercado do Serviço Nacional de Saúde foi de 149.086.454, reflectindo-se numa subida de 6,5% (+9 milhões de embalagens dispensadas) face a 2012 (140.023.459 embalagens).

O Infarmed lamenta o eventual alarmismo que este tipo de notícia pode provocar na população, o que é contrário a todo o trabalho que este instituto desenvolve relativamente ao acesso ao medicamento.

Gabinete de Imprensa do INFARMED, I.P., 24-03-2014

 

Teste foi desencadeado a partir da combinação de 128 moléculas
O nariz humano pode detectar até um bilião de diferentes cheiros, muito mais do que se pensava anteriormente, segundo...

Uma investigação, publicada na revista Science, sugere que o nariz humano supera o olho e o ouvido em relação ao número de estímulos que pode distinguir.

O olho humano usa três receptores de luz que trabalham juntos para ver até 10 milhões de cores, enquanto o ouvido pode ouvir quase meio milhão de tons.

Antes, acreditava-se que o nariz, que contém em média 400 receptores olfativos, poderia detectar cerca de 10 mil aromas distintos. Os cientistas resolveram testar esta ideia, que data de 1927 mas que nunca tinha sido cientificamente investigada.

Assim, observaram como as pessoas conseguem distinguir cheiros em misturas feitas a partir de 128 moléculas de odores distintos.

As moléculas foram misturadas de forma aleatória em grupos de 10, 20 ou 30, para criar odores menos conhecidos. As 26 pessoas que participaram no estudo foram convidadas a identificar um aroma a partir de três amostras.

Com base nestes resultados, os pesquisadores extrapolaram o número de aromas diferentes que a pessoa média seria capaz de identificar se fosse apresentada a todas as misturas possíveis a partir das 128 moléculas, estimando que em média uma pessoa pode discriminar um bilião de aromas diferentes.

 

Estudo diz:
A taxa de abandono do tabaco é idêntica entre as pessoas que fumam cigarros electrónicos e as que usam o tabaco normal, segundo...

O estudo envolveu 949 fumadores, dos quais só 13% disse ter deixado de fumar no período de um ano, não havendo diferenças significativas entre os dois estilos de fumadores, de acordo com três responsáveis pelo trabalho, da Universidade da Califórnia, em S. Francisco.

Entre os participantes no estudo que disseram usar cigarros electrónicos e cigarros normais o uso dos primeiros não foi associado com mudanças de consumo, indica o trabalho dos pesquisadores.

Organização Mundial de Saúde
A poluição atmosférica causou a morte a sete milhões de pessoas no mundo, em 2012, quantificou a Organização Mundial de Saúde,...

Cerca de sete milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição do ar, que se transformou no maior factor de risco ambiental para a saúde no mundo, alerta hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A conclusão resulta de novos dados divulgados, segundo os quais uma em cada oito mortes em 2012 se deveu à exposição à poluição do ar, dado que mais do que duplica estimativas anteriores e confirma que a poluição do ar é agora o maior factor de risco ambiental para a saúde humana.

“A poluição do ar tornou-se o principal risco ambiental para a saúde no mundo”, afirmou Maria Neira, directora do Departamento de Saúde Pública da OMS.

Os resultados do estudo, incidente sobre 2012, mostram que “os riscos devidos à poluição do ar são mais importantes do que se pensava, em particular no que respeita às cardiopatias e aos acidentes vasculares cerebrais, poucos riscos têm um impacto superior sobre a saúde na hora actual como a poluição atmosférica (...) e é preciso uma acção concertada para tornar mais limpo o ar que respiramos”, acrescentou.

Reduzir a poluição do ar poderia salvar milhões de vidas, escreve a OMS num comunicado.

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