Doença respiratória profissional mais comum
A asma profissional é uma doença respiratória que está relacionada directamente com a inalação de po

A asma profissional, também designada de ocupacional, é definida como uma doença respiratória relacionada com a inalação de fumos, gases ou poeiras no local de trabalho.
A doença pode desenvolver-se tanto num trabalhador que já sofra de asma como num que não a tenha. Trata-se de uma enfermidade pouco divulgada junto da população em geral, mas é, simplesmente, a doença respiratória profissional mais comum.
Estima-se que entre 5 a 15 por cento de todos os casos de asma em adultos estejam relacionados com a profissão, ainda que a incidência varie de indústria para indústria.
Pessoas com história familiar de alergia terão mais tendência para sofrerem desta doença, tal como os fumadores.

A asma profissional atinge as mais variadas profissões, como veterinários e tratadores de animais (devido a contaminações através dos pêlos), actividades marítimas, indústrias alimentares como de cereais, peixe, ovos, aves, café, mariscos, lacticínios, padaria e pastelaria, outras indústrias mais "pesadas" como soldadores, aço, resinas, têxteis (nomeadamente através do algodão), indústria farmacêutica e de detergentes, pinturas de automóveis, indústrias de plástico, cabeleireiros, na área da carpintaria e marcenaria, entre tantas outras.
As indústrias que utilizam substâncias que podem causar asma devem obedecer às normas de controlo de poeiras e vapores. No entanto, a eliminação de poeiras e vapores pode ser impossível. Os trabalhadores com asma severa, quando possível, devem mudar de actividade, pois a exposição contínua leva a um quadro de asma mais grave e persistente.
Sabe-se também que existe uma relação nítida das crises com período de exposição no trabalho e que ocorrem melhorias quando se está afastado do local de trabalho, concretamente ao fim-de-semana ou durante as férias. No entanto, os sintomas podem ocorrer durante o período de trabalho, mas, frequentemente, começam apenas algumas horas após ter terminado o expediente. Além disso, podem aparecer e desaparecer durante uma semana ou mais, após a exposição. Por essa razão, é frequentemente difícil estabelecer a relação entre o ambiente de trabalho e os sintomas.

Sintomas
A asma profissional pode causar dificuldade respiratória, sensação de opressão no peito, sibilos (pieira), tosse, espirros ou lacrimejamento. Em algumas pessoas, a respiração sibilante é o único sintoma.
Os sintomas podem verificar-se durante a jornada de trabalho, mas, muitas vezes, começam algumas horas depois de ela ter terminado. Em algumas pessoas, os sintomas começam até 24 horas depois da exposição. Aliás é importante referir que o intervalo de tempo entre o início da exposição a estes agentes e o aparecimento dos sintomas de asma é muito variável, podendo ir de meses a anos. É por essa razão que é difícil estabelecer a relação entre o local de trabalho e os sintomas.

Causas
As causas podem ser agrupadas em três diferentes mecanismos: irritantes, alérgicas e farmacológicas. Estão actualmente identificados mais de 300 agentes responsáveis por estes mecanismos.
Os agentes irritantes incluem por exemplo o ácido clorídrico, dióxido sulfúrico e amónia, presentes na indústria química e do petróleo. Estas substâncias são altamente irritativas para a árvore respiratória e podem por si só causar um ataque de asma, particularmente nos trabalhadores que já sofrem de asma ou de outras doenças respiratórias. Na grande maioria dos casos os sintomas ocorrem imediatamente após a exposição a esses agentes.
Os factores alérgicos desempenham um papel importante num grande número de casos de asma ocupacional. Quando este mecanismo está envolvido, há habitualmente um longo período de exposição no local de trabalho a um agente sensibilizante, antes de surgir a doença. São exemplos deste tipo de agentes os cereais e suas farinhas (responsáveis pela asma dos padeiros), as proteínas animais que podem originar alergias respiratórias em veterinários e trabalhadores de laboratório ou as bactérias Bacillus subtilus utilizadas na indústria dos detergentes. Ainda dentro deste tipo de mecanismo, a inalação das partículas de látex (proteína de origem vegetal utilizada na manufactura das luvas de borracha) estão na origem de um aumento crescente do número de profissionais de saúde com asma ocupacional.
O mecanismo farmacológico consiste na inalação de certas poeiras ou líquidos, capazes de levar à libertação de substâncias naturalmente presentes no nosso corpo. É o caso da libertação da histamina no pulmão com o consequente aparecimento dos sintomas de asma.

Diagnóstico
O diagnóstico nem sempre é fácil, especialmente no caso de a doença se desenvolver em pessoas sem asma identificada. Frequentemente, a sintomatologia aponta para bronquite, quando na verdade se trata de asma profissional.
Para estabelecer o diagnóstico, o médico solicita ao doente que lhe descreva os sintomas e o tipo de exposição à substância que causa a asma. Às vezes, a reacção alérgica pode ser detectada por um prova cutânea (prova do adesivo), na qual uma pequena quantidade da substância suspeita é colocada na pele.
Se se tornar difícil estabelecer um diagnóstico, efectua-se um teste de provocação por inalação, em que o doente aspira pequenas quantidades da substância suspeita e o médico observa se aparecem sibilos e dispneia. Pode também fazer provas para determinar a função respiratória e verificar se existe uma diminuição da função pulmonar.
O estudo da função respiratória pode ser feito através de espirometria e realiza-se em períodos de trabalho e de afastamento, para detectar se existem alterações.
Uma vez diagnosticada é prioritário o afastamento da pessoa face ao agente responsável pela asma. No caso de não ser possível o afastamento total, deve-se controlar ao máximo o ambiente, sendo essa responsabilidade da entidade profissional, promovendo, por exemplo, a utilização de máscaras, implementando sistemas de ventilação e aspiração de ar, etc.

Prevenção
Uma vez identificada a causa de asma ocupacional é fundamental o afastamento total dos agentes responsáveis. Uma alternativa é a recolocação do trabalhador dentro da mesma empresa, num posto de trabalho onde não ocorra esta exposição.
Nos locais de trabalho em que existem agentes potencialmente nocivos, devem ser tomadas medidas tendentes a manter os níveis destes agentes o mais baixo possíveis no ar (por ex. através de sistemas de aspiração e exaustão) e monitorizando periodicamente esses níveis.
Por outro lado, os trabalhadores devem ter acesso a equipamentos de protecção individual, como por exemplo o uso de máscaras.

Tratamento
Os tratamentos para a asma profissional são os mesmos utilizados para os outros tipos de asma e deve sempre ser instituído pelo seu médico especialista.
Habitualmente, são utilizados medicamentos que promovem a abertura das vias aéreas (broncodilatadores), podendo ser administrados sob a forma de inalador ou de comprimido.
Para as crises graves, são utilizados os corticosteróides, administrados por via oral durante um período curto. Em tratamentos de longa duração, preferem-se os corticosteróides por inalação.

O que é uma doença profissional?
Uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho, consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio) e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
Deve ser considerada como doença profissional respiratória toda a alteração permanente da saúde do indivíduo que resulte da inalação de poeiras, gases, vapores, fumos e aerossóis ou ainda que resulte de exposição a radiações ionizantes e outros agentes físicos, em que se estabeleça uma relação causal com o posto de trabalho ocupado.

A quem devo dirigir-me?
Qualquer médico, perante uma suspeita fundamentada de doença profissional – diagnóstico de presunção –, tem obrigação de notificar o Centro Nacional de Protecção contra Riscos Profissionais (CNPRP), pertencente ao Trabalho e da Solidariedade Social, mediante o envio da Participação Obrigatória devidamente preenchida.

Existem alguns centros especializados em doenças alérgicas e respiratórias ocupacionais que poderão estudar mais aprofundadamente a relação entre a asma e a profissão.

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Caso uma pandemia de gripe não possa ser evitada, é possível reduzir o seu impacto global.
Mapa mundo para vigilância global da gripe

Embora os vírus da gripe sejam muito instáveis e o seu comportamento imprevisível, as estratégias de vigilância global da gripe permitem reduzir o impacto de uma pandemia. A prevenção passa pela implementação de sistemas de vigilância global e continuada — epidemiológica, clínica e virológica; utilização atempada de métodos de diagnóstico adequados; vacinação generalizada da população, logo que existam vacinas (vacinação prioritária de grupos de risco); prescrição racional de medicamentos antivíricos eficazes e numa intervenção comunitária efectiva.

A vigilância da gripe deve decorrer continuamente ao longo do ano, tendo como finalidade a recolha e a análise de informação essencial à monitorização da actividade dos vírus da gripe e respectiva doença. Os resultados deste tipo de avaliação são importantes para a emissão de recomendações que visam a produção anual de vacinas antigripais.

Genericamente, os objectivos de um sistema de vigilância global são:

  1. Monitorização temporal e espacial da circulação dos diferentes tipos e subtipos de vírus (habituais, emergentes e reemergentes) incluindo os vírus não habituais mas com potencial pandémico;
  2. Análise das características antigénicas das estirpes circulantes, incluindo novas variantes;
  3. Avaliação da morbilidade e da mortalidade associadas à gripe.

Quanto mais precoce for a detecção dos vírus com potencial pandémico, mais rápida será a implementação de medidas de controlo eficazes e mais precoce será o início da produção de vacinas específicas. Um sistema de vigilância efectivo é crucial para a detecção dos vírus circulantes e dos primeiros indícios da sua transmissão inter-humana. Como os vírus da gripe se disseminam com grande rapidez, os sistemas de vigilância (epidemiológica, clínica e virológica) devem ser articulados à escala mundial.

Sistema Nacional

Em Portugal, o sistema nacional de vigilância da gripe é coordenado pelo Centro Nacional da Gripe, em colaboração com a Direcção-Geral da Saúde e o Observatório Nacional de Saúde. Integra as componentes epidemiológica/clínica e virológica da vigilância da gripe, alicerçadas em informações clínicas e laboratoriais obtidas numa rede de médicos sentinela e nos serviços de urgência dos hospitais e centros de saúde. Através da recolha e análise da informação, o sistema de vigilância permite estimar a morbilidade da gripe, identificar surtos, caracterizar as estirpes de vírus, e facilitar intervenção dos serviços de saúde em termos de implementação de acções de prevenção e aconselhamento terapêutico.

Sistema Mundial

É um sistema de vigilância de base virológica, coordenado pela Organização Mundial de Saúde. Integra uma rede internacional de laboratórios que monitoriza a circulação dos vírus da gripe, e tem capacidade para detectar a emergência de novos vírus com potencial pandémico. É constituído por uma rede de 112 laboratórios nacionais, em 83 países (incluindo Portugal), e 4 centros mundiais de referência sedeados em Atlanta, Londres, Melbourne e Tóquio.

Sistema Europeu

Este sistema – European Influenza Surveillance Scheme (EISS) – faz parte da Rede Europeia de Vigilância Epidemiológica e Controlo de Doenças Transmissíveis, e integra os laboratórios nacionais de 23 países. Combinando a vigilância clínica e serológica da gripe, este sistema permite efectuar a monitorização da actividade dos vírus da gripe na Europa, e funciona como um sistema de alerta precoce do impacte das epidemias.

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A Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) promoveu o primeiro de dois encontros sobre o papel da sociedade civil na luta contra a tuberculose, cujo Dia Mundial se assinala no próximo dia 24 de Março.

Segundo os dados apresentados a incidência da doença “tem vindo a diminuir, os doentes são muito bem tratados e, por isso, a doença tem estado controlada”. Em 2012, foram registados 2399 novos casos e segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias a taxa de cura é de 72,9%.

Esta diminuição deve-se sobretudo aos melhores cuidados de saúde, embora os especialistas recomendem a importância de desenvolver programas de prevenção.

A tosse, a tosse com expectoração, um emagrecimento rápido e sudação excessiva são os sintomas que devem alertar para a existência da doença. É importante um diagnóstico rápido para diminuir a possibilidade de contágio, e apesar de as crianças receberem a vacina BCG, ela tem uma “eficácia parcial”, explicou José Miguel Carvalho, do Centro de Diagnóstico Pneumológico de Santarém. “Mas é a vacina que temos e deve ser administrada nas crianças”, acrescentou.

Porém, apesar de a doença ser cada vez menos evidente em Portugal, os especialistas alertaram para o facto de a crise económica que o país atravessa poder vir a causar um aumento dos casos de tuberculose. “Existem cerca de 2 milhões e meio de portugueses em situação de pobreza, logo privados de muitos recursos”, explica António Tavares, Delegado de Saúde Pública, sublinhando que, esta realidade juntamente com a falta de uma educação para a saúde pode facilitar o aumento de casos.

Durante o encontro da ANTDR, vários profissionais da área defenderam também a necessidade de desmistificar a doença. “As pessoas associam sempre a tuberculose à altura em que não havia tratamento, há muitos anos. Há sempre uma fuga à palavra tuberculose”, reforça Conceição Gomes.

O segundo encontro da Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias decorre a 24 de Março, dia mundial da tuberculose.

 

Tuberculose vai afectar até 2 milhões de pessoas até 2015

“Alcancemos os três milhões” é o lema da campanha da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Tuberculose. A Organização alertou para os quase 9 milhões de pessoas que são infectadas com tuberculose todos os anos, sendo que cerca de 3 milhões não chegam aos serviços de saúde, por falta de acesso ou de diagnóstico. Por outro lado, a OMS refere que até 2015 cerca de 2 milhões de pessoas podem ser infectadas pela tuberculose resistente a múltiplas drogas, o que representa um “risco à segurança sanitária global”, uma vez que as deficiências no tratamento fazem com que a resistência aos medicamentos se espalhe pelo mundo a um ritmo alarmante, aumentando o número de casos resistentes.

“Um diagnóstico mais precoce e mais rápido de todas as formas da tuberculose é vital”, disse Margaret Chan, directora-geral da OMS, ao divulgar os novos dados. “Isso melhora as hipóteses de as pessoas receberem o tratamento correcto e serem curadas, ajudando-as a conter a difusão da doença resistente aos fármacos”.

A dificuldade de diagnóstico também contribui para essa situação. Em alguns países mais pobres há apenas um laboratório central, frequentemente com capacidade limitada para diagnosticar a doença na sua forma mais resistente.

 

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Quando precisar de uma consulta, um exame, ou uma cirurgia num estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pergunte qual...

Os deputados decidiram fazer uma compilação de toda a legislação sobre os direitos e deveres que os utentes têm nos serviços de saúde. A compilação, que está publicada no Diário da República de hoje [21 de Março], recupera, entre outros aspectos, as obrigações dos serviços em matéria de cumprimento dos tempos de espera, revela o Económico Online.

“De forma a garantir o direito do utente à informação (...) os estabelecimentos do SNS e do sector convencionado são obrigados a: informar o utente no acto da marcação, mediante registo ou impresso próprio, sobre o tempo máximo de resposta garantido para a prestação dos cuidados de que necessita”, refere a lei.

Além disso, os serviços de saúde devem afixar em “locais de fácil acesso e consulta” a informação actualizada sobre os tempos máximos de resposta garantidos por patologia e por grupos de patologia para os diversos tipos de prestações.

A informação deve ainda estar disponível no sítio da internet no serviço e deve ser tratada num relatório a “publicar e divulgar até 31 de Março de cada ano”, podendo o mesmo ser auditado pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde.

As obrigações de reporte de informação não ficam só ao nível dos serviços de saúde individualmente. A lei diz que, até 31 de Maio, o ministro da Saúde tem de apresentar à Assembleia da República um relatório sobre a “situação do acesso dos portugueses aos cuidados de saúde”, onde deve constar também a sua avaliação à aplicação da lei.

Estas regras decorrem da Carta de Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos Utentes do SNS, uma das peças legislativas que foi reunida na nova lei.

A lei do Parlamento hoje publicada refere que “ao proceder a esta consolidação do quadro de direitos e deveres do utente dos serviços de saúde, não se introduziram alterações de substância”.

A única excepção ali assinalada refere-se ao facto de a lei “alargar o exercício do direito de acompanhamento da mulher grávida a todos os estabelecimentos de saúde, sendo que actualmente apenas está previsto nos estabelecimentos públicos de saúde”.

Se quiser conhecer os seus direitos e deveres leia a lei aqui.

Para assinalar o Dia Mundial da Água - 22 de Março
No âmbito da celebração do Dia Mundial da Água, a Associação das Termas de Portugal vai organizar no próximo dia 22 de Março um...

“Este dia tem como objectivo dar enfoque ao nosso património hidrológico natural e mostrar ao público em geral que para além dos benefícios terapêuticos, as estâncias termais são átimos locais de lazer e evasão”, refere Teresa Vieira, Presidente da Associação das Termas de Portugal.

Durante o dia de 22 de Março, ao visitar os Balneários Termais aderentes, poderá realizar uma visita guiada e ficar a conhecer as várias ofertas e pacotes disponíveis, tais como: técnicas termais de carácter preventivo; tratamentos revitalizantes; tratamentos anti-stress; descanso físico e mental; tratamentos que visam modificar hábitos e comportamentos nefastos à saúde (tabagismo, maus hábitos alimentares, desordens do sono); tratamentos de beleza e estética; tratamentos de patologias infantis (alergias, peles atópicas), entre outros. Além disso, estão previstas algumas surpresas.

“O termalismo é um produto turístico estratégico para a União Europeia e que se encontra em crescimento, acompanhando os sinais de retoma europeus. Em 2013, as Termas de Portugal registaram cerca de 100.000 termalistas e prevê-se um aumento de 10% da procura para 2014 face a uma forte aposta no mercado nacional e internacional” conclui Teresa Vieira.

Para informações sobre as Termas aderentes e pormenores sobre o Open Day Termas de Portugal consulte: www.termasdeportugal.pt ou www.facebook.com/termasdeportugal

Estudo destaca
Manter uma hidratação adequada antes, durante e depois da actividade física não só melhora o rendimento desportivo, como se...

A revista Nutrición Hospitalaria publicou um estudo abrangente sobre os requisitos para manter uma hidratação adequada durante a prática da actividade física. O estudo realizado pelos professores e investigadores da Universidade do Pais Vasco (UPV-EHU), Aritz Urdampilleta (da Faculdade de Ciências de AF e desporto) e Saioa Gómez-Zorita (Faculdade de Farmácia), ambos de Vitoria-Gasteiz, conclui que manter uma hidratação adequada antes, durante e depois da actividade física não só melhora o rendimento desportivo, como tem consequências positivas na saúde das pessoas. O trabalho incluiu os resultados obtidos numa ampla e rigorosa pesquisa bibliográfica e em bases de dados entre 2006 e 2013.

Uma das mensagens principais apontadas pelos autores do estudo é que as bebidas isotónicas devem hidratar, fornecer sais minerais e hidratos de carbono e aumentar a absorção de água mediante uma combinação de sódio e diferentes tipos de açúcares. Segundo recomendação dos autores “é importante seguir protocolos correctos de hidratação antes, durante e depois da actividade física, assim como conhecer as limitações que a prática desportiva nos pode trazer, segundo as condições ambientais em que se realiza”.

Entre outras evidências, o estudo demonstrou que as pessoas com mais gordura têm menos água no corpo (55 a 59%), enquanto os atletas (que geralmente têm mais volume de sangue e massa muscular) têm níveis elevados de água corporal (60 a 65%), mantendo um nível normal de hidratação (estão normohidratados).

Além disso, sabe-se que apesar de os desportistas poderem perder igual ou maior quantidade de suor por hora, perdem menos quantidade de sódio por litro de suor. No entanto, em desportos de longa duração com mais de 4 horas (maratona, triatlo...) é normal uma perda de peso corporal entre 2 e 6%, o que se reflecte na saúde e é um factor limitativo do rendimento desportivo.

Neste sentido, os autores afirmam que “os efeitos de cerca de 6% de desidratação poderiam ser melhorados com estratégias dietético-nutricionais específicas e personalizadas, de forma a atingir apenas 2% de desidratação, o que afecta a eficiência metabólica mas que não terá grande risco para a saúde”. Tal seria possível atingir-se com uma hidratação entre os 0,6 a 0,9l/hora através de bebidas isotónicas.

 

Um equilíbrio necessário

As necessidades de líquidos e sais minerais variam substancialmente de pessoa para pessoa, dependendo fundamentalmente de factores como a idade, o estado fisiológicos e as condições ambientais. Quando se pratica uma actividade física, “ter em conta as necessidades de líquidos é crucial”, afirma o autor do estudo, o investigador Aritz Urdampilleta. E, como destaca, “são muitas as funções que a água tem em relação à actividade física, entre elas: manter mais estável o volume sanguíneo e a temperatura corporal para um melhor funcionamento físico do organismo”.

Conforme o grau de desidratação conseguiu-se avaliar uma série de efeitos fisiológicos com significados especiais. Ficou demonstrado no estudo que com um nível de desidratação de apenas 1% (do peso corporal) se regista um aumento de 0,3°C e cerca de 6 pulsações por minuto no mesmo exercício físico; com 2% ocorre uma disfunção ao nível da termo-regulação, com um aumento da temperatura corporal (0,6 a 1° C) e do ritmo cardíaco; se o nível de desidratação for de 3%, diminui a resistência muscular por perda da eficiência bioenergética e pode surgir hipertermia, cefaleias e desorientação; com um nível de desidratação de 4% surge a perda de força e resistência, cãibras musculares por défice de electrólitos e o risco de queimaduras de frio em altitudes elevadas e abaixo de 0°C; já com um nível de desidratação de 5 a 6%, como referem os investigadores "é evidente a presença de exaustão e um aumento significativo da temperatura corporal (39 a 41°C, estado febril) até cessar a actividade desportiva”.

Por outro lado a hiper-hidratação, também pode ser perigosa para a saúde do desportista, associando-se a hiponatremia (diminuição da concentração de sódio no sangue) que pode provocar edema cerebral ou insuficiência respiratória.

 

Recomendações práticas

Embora seja difícil de calcular as necessidades de cada grupo ou indivíduo, já que variam até mesmo no próprio indivíduo, dependendo de vários factores (como as condições ambientais e a actividade física realizada), o artigo de revisão fornece dados interessantes sobre as perdas de água e sais minerais durante actividades físicas, assim como conselhos práticos.

Regista-se que em corridas de ultra maratona (120 a 160 km), devido à dificuldade em ingerir uma quantidade adequada de líquidos, assiste-se a estados de desidratação (3-6%) em 50% dos ultra fundistas e 30% chegam a sofrer de hiponatremia.

Em desportos intermitentes e de alta intensidade (como desportos de força, combate ou de equipa), a desidratação reduz a capacidade do sistema nervoso central em estimular a contracção muscular; Assim por exemplo, uma desidratação de 3% reduz em 8% a força do trem superior e em 19% do trem inferior. Esta mensagem pode ser de grande utilidade, especialmente em desportos colectivos.

No desporto, através da respiração e transpiração abundante (maior em ambientes quentes acima dos 30ºC ou com humidade relativa superior a 50%), as perdas de água podem chegar a 2 a 4 l/ h. Como observaram os investigadores Urdampilleta e Gómez-Zorita, “as necessidades de água dependem da intensidade da actividade e do stress térmico", esclarecendo que "para que a hidratação seja adequada, as bebidas durante a competição devem ser isotónicas (200 a 320 mOsm / kg de água) “.

Durante a actividade física e para desportos com duração inferior a 1 hora, as instituições internacionais recomendam não ultrapassar a concentração de 6-9% de hidratos de carbono (HC). Já em competições de ultra resistência e de acordo com a literatura analisada, chega-se a recomendar uma ingestão máxima de 90 g/h de HC, salientando que os atletas que toleram mais hidratos de carbono durante a competição são aqueles que alcançam maior desempenho atlético; portanto, as recomendações mais recentes para os atletas de provas de longa duração são de 60-90 g de HC/h, especialmente em desportos com duração acima das 4 horas. Com base neste aspecto, os investigadores acrescentam que “é aconselhável tomar 0,6 a 0,9 l/h de bebida isotónica durante a actividade (dependendo da modalidade desportiva), e a bebida deve conter 0,5 a 0,7 g Na/l em desportos de 2 a 3 horas e 0,7 a 1,2 g /l em ultra resistência”.

Para um aumento da absorção normalmente misturam-se vários tipos de açúcares, de assimilação rápida como a glucose, sacarose ou maltodextrina e de assimilação lenta como a frutose numa proporção de 2 a 3/1.

As temperaturas baixas (10°C) tornam mais lenta a absorção da bebida e, acima de 20°C não são apetecíveis. Neste contexto os investigadores enfatizam a importância de "manter a temperatura adequada da bebida", sendo aconselhável acrescentar cubos de gelo nas garrafas, especialmente quando se compete em ambientes quentes.

Uma infecção oportunista
A pneumonia por Pneumocystis jirovecii é uma importante infecção oportunista, com um significativo f

A pneumonia por Pneumocystis carinii, também designada de pneumocistose, é uma das infecções oportunistas mais frequentes nas pessoas infectadas com o VIH. O Pneumocystis carinii é um fungo que foi rebaptizado com o nome de Pneumocystis jaroveci.
O Pneumocystis jaroveci é um microrganismo comum que pode residir inofensivamente nos pulmões normais, mas que provoca doença em crianças e adultos com um sistema enfraquecido e, por isso, uma das causadoras de maior mortalidade nas pessoas com VIH. A maior parte das pessoas atingida pela pneumocistose fica muito mais fraca, perdem muito peso e tem grandes probabilidade de tornarem a ter este tipo de pneumonia.
Contudo, actualmente é possível prevenir e quase sempre tratar esta doença. Sem tratamento antiretroviral cerca de 85 por cento dos infectados com VIH acabariam eventualmente por desenvolver pneumocistose.

Sintomas
A maioria dos afectados manifesta febre, dispneia (dificuldade em respirar) e tosse seca. Estes sintomas geralmente surgem ao fim de várias semanas. Os pulmões podem ser incapazes de fornecer oxigénio suficiente ao sangue, provocando dispneia grave. Qualquer pessoa com estes sintomas deve procurar imediatamente o seu médico.

Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se no exame ao microscópio de uma amostra de expectoração obtida por um dos métodos seguintes: indução do escarro, na qual se utiliza água ou vapor de água para estimular a tosse ou broncoscopia, na qual se introduz nas vias aéreas um instrumento para colher uma amostra.

Tratamento
Desde há muitos anos que se utilizam antibióticos para prevenir a pneumocistose em doentes o sistema imunitário enfraquecido. Os efeitos secundários, particularmente frequentes em indivíduos com SIDA, consistem em erupções cutâneas, numa taxa reduzida de glóbulos brancos, que combatem a infecção, e febre. Também podem ser utilizados antiretrovirais.
Mesmo com o tratamento da pneumonia, o índice de mortalidade global é de 10 a 30 por cento. Existem vários medicamentos que os doentes com SIDA podem tomar para prevenir a recorrência da doença.

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Alergia bastante comum
A rinite alérgica é uma doença inflamatória crónica da mucosa do nariz e que se caracterizada por es

A rinite alérgica é um tipo de alergia muito comum, cujas queixas são desencadeadas pelo contacto com a substância à qual se é sensível. Existem dois tipos de rinite alérgicas: a sazonal, cujos sintomas predominam nos meses de Primavera e Verão e a rinite alérgica perenial, que se caracteriza pela existência de sintomas durante o ano todo.

O indivíduo alérgico é aquele cujo sistema de defesa do organismo reage despropositadamente (em excesso) a substâncias que habitualmente são inofensivas. Ou seja, quando se é alérgico, por exemplo, a substâncias naturais que existem no ar que respiramos, a mucosa do nariz, dos seios peri-nasais, das pálpebras e dos olhos, fica irritada e inflamada. Este fenómeno é consequência da libertação de uma substância por parte do sistema de defesa do organismo chamada histamina.

São múltiplas as causas de rinite alérgica e o mesmo indivíduo pode ser sensível a mais do que uma substância. No entanto os agentes mais frequentes são o pólen das plantas, o bolor, os ácaros, o pelo de animais de estimação, o fumo do tabaco e a poeira.

O início da rinite alérgica ocorre principalmente na infância, mas pode surgir em qualquer idade. Quando surge nas crianças é frequente os sintomas continuarem pela vida adulta. Factores como a localização geográfica, as condições ambientais e a concentração de alergénio, influenciam o desenvolvimento da doença.

Segundo os dados disponíveis da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), estima-se que cerca de um quarto dos portugueses sofre de rinite alérgica, mas calcula-se que existam muitos mais casos não diagnosticados. O principal motivo prende-se com o facto de os sintomas serem semelhantes aos de uma simples constipação e os doentes desvalorizarem as queixas.

Portanto, um correcto diagnóstico ajuda a determinar a que substâncias é sensível e tomar medidas para aliviar os sintomas e evitar a evolução da doença.

Os sintomas mais frequentes da rinite alérgica surgem após a inalação da substância à qual o indivíduo é sensível. As queixas habituais são os espirros sucessivos; o nariz a pingar e a sensação de nariz tapado.

Pode acontecer que antes do aparecimento destes sintomas, sinta comichão acentuada do nariz, olhos e garganta, bem como sensação do nariz a correr, lacrimejo e olhos vermelhos. Algumas pessoas podem também mencionar dores de cabeça, particularmente sobre os olhos, ou atrás destes, e em redor das maçãs do rosto. Por vezes os sintomas podem ser mais generalizados, surgindo eczema, urticária, dificuldade em dormir e cansaço.

O diagnóstico de rinite alérgica é feito através das queixas apresentadas pelo doente e pela observação médica, complementadas por alguns exames de diagnóstico.

O momento de aparecimento dos sintomas pode ser útil já que este depende da presença do alergénio no ar respirado.

A observação médica é importante, mas o especialista precisará de alguns exames complementares de diagnóstico para determinar a que substância se é sensível.

Os exames incluem provas cutâneas ou teste epicutâneo, análises de sangue e análise de secreções nasais.

Agentes mais frequentes da rinite alérgica:
- Pólen das plantas – é o alergénio mais comum (o pólen das plantas com flor geralmente não provoca alergia). As pessoas apresentam as queixas no início da Primavera, agravando-se pela manhã e em dias ventosos. Referem sentir-se melhor quando chove;
- Bolor – pequeno fungo existente no ar e que cresce particularmente no Outono. Os indivíduos mencionam agravamento das queixas à noite, em ambientes húmidos e após tempo húmido, sentindo-se melhores em meios quentes;
- Ácaros – são microrganismos existentes no pó da casa. As pessoas têm queixas quando limpam a casa, fazem a cama, usam aquecimentos e se deitam na cama ou locais acolchoados;
- Partículas de peles de animais - pêlo e penas de animais de estimação;
- Fumo de tabaco;
- Poeira - variedade de substâncias como fibras de tecidos, partículas de comer e produtos químicos de limpeza.

Prevenção da rinite alérgica
A primeira atitude a ser tomada é evitar as substâncias que se julgam ser a causa da rinite alérgica. Os procedimentos são diferentes consoante o tipo de rinite alérgica apresentada. O indivíduo com rinite de tipo sazonal deve evitar passear pelo campo, principalmente durante os meses de Primavera e Verão.

O doente com rinite alérgica de tipo perene deve ter um controlo mais apertado em relação a substâncias domésticas. Recomenda-se manter a casa o mais limpa possível, evitando ter objectos que têm maior tendência para acumular pó, como por exemplo, mantas, tapetes, móveis acolchoados, almofadas de penas e cortinados em excesso. São aconselhados os tecidos sintéticos, em vez de lã ou algodão, para diminuir a probabilidade de acumulação de pó. A casa deve estar livre de humidade, sendo útil lavar as paredes que apresentam bolor com desinfectante. Está aconselhado o uso de desumidificador. Os doentes alérgicos ao bolor devem evitar ter em casa violetas africanas e gerânios.

É igualmente importante evitar o contacto com animais de estimação, porém se tal não acontecer devem ser tomadas medidas de higiene rigorosas evitando a presença de pêlos espalhados pela casa. Deve evitar-se o fumo do tabaco.

Diferenciar os sintomas
As queixas descritas em relação com a rinite alérgica podem surgir noutras doenças. Ou seja, se os sintomas descritos forem acompanhados de febre, dores difusas pelo corpo e/ou secreções nasais amarelo-esverdeadas, podem indicar uma causa infecciosa, como por exemplo uma gripe ou outra infecção respiratória.

Por outro lado, se as secreções nasais apresentam sangue e a sensação de nariz tapado é só de um lado, poderá pensar-se na existência de algo mais grave, ou a presença de um corpo estranho (geralmente em crianças) ou desvio da parede do nariz (desvio do septo) para um dos lados.

Tratamento
A forma mais eficaz de tratar a rinite alérgica é preveni-la. Porém, há medicamentos que podem ser prescritos pelo médico sempre que o afastamento dos alergénios é pouco prático ou eficaz. Os medicamentos mais utilizados são os anti-histaminicos, uma vez que bloqueiam os efeitos da histamina e importantes no alívio dos sintomas e os corticóides para diminuir a inflamação.

Há também a imunoterapia ou dessensibilização usada em doentes, que apesar de uma terapêutica máxima bem instituída, apresentam queixas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Ordem dos Médicos Dentistas
Os portugueses estão a ir cada vez menos e cada vez mais tarde ao médico dentista. Em quatro anos, diminuiu em cerca de 30% a...

Desde o início da crise (2008) até 2012 houve uma quebra da ordem dos 30%, calcula o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, que se baseou nos dados das declarações de IRS de uma amostra de clínicas dentárias para chegar a este valor. “As pessoas fazem o mínimo. Resguardam-se para as situações de maior aperto, dor, grande desconforto”, lamenta o bastonário. Resultado? “É um barato que sai caro. Implica mais dor, mais patologia, mais absentismo e até extracções de dentes que seriam evitáveis”, diz.

Mas não se pense que é só a população mais carenciada que é afectada pela crise, isso também se está a reflectir na classe média. “Como desapareceram ou diminuíram uma série de deduções fiscais [com despesas de saúde], deduções essas que constituíam uma válvula de escape [porque uma parte dos gastos era posteriormente recuperada], também isso teve um impacto, sobretudo na classe média”, interpreta Orlando Monteiro da Silva.

Esta quinta-feira, foi ser anunciado, pelo ministro da Saúde, o arranque de um programa de prevenção, rastreio e tratamento do cancro oral que conta já com uma rede de 240 médicos dentistas, os quais serão responsáveis pela avaliação de casos suspeitos enviados pelos médicos de família, explica o bastonário. Em casos, por exemplo, de mancha, lesão, sangramento, dificuldade em engolir, os médicos de família referenciam para esta rede e os dentistas, caso se justifique, pedem uma biópsia, que será realizada no IPATIMUP, a entidade que venceu o concurso público para o efeito. Até ao final do ano está prevista a realização de cinco mil biópsias.

Quanto ao programa de saúde oral desde há anos no terreno – que disponibiliza cheques-dentista a crianças, grávidas e idosos –, esse é “um sucesso”, "é muito importante em termos de saúde pública, mas não é suficiente", defende o bastonário. “Não tratamos uma parte significativa dos grandes problemas, a cárie dentária e a doença do osso e das gengivas, que afectam 90% das pessoas”, sustenta.

Alentejo e Algarve
A Sociedade Portuguesa de Alergologia alerta para os elevados níveis de pólen que se registam na zona do Alentejo e Algarve.

O Alentejo e o Algarve apresentam, até 27 de Março, níveis muito elevados de pólen, enquanto a Estremadura e a zona de Lisboa terá níveis elevados, prevê hoje a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).

Segundo o boletim polínico semanal da SPAIC, são esperados no Alentejo e no Algarve valores muito elevados de pólenes de plátano, cipreste, azinheira, pinheiro e urtigas. Para a Estremadura e a zona de Lisboa, os níveis elevados de pólenes destacam-se nos de plátano, cipreste, pinheiro, azinheira e urtigas. A SPAIC aponta, ainda, graus moderados de pólenes para as regiões de Trás-os-Montes, Alto Douro, Douro Litoral, Beira Litoral, Centro e Beira Interior e valores baixos na Madeira e nos Açores.

Em Trás-os-Montes e Alto Douro são aguardados níveis moderados de pólenes, sobretudo de cipreste, pinheiro, plátano, carvalho e gramíneas. Nas regiões de Douro Litoral e Porto, Beira Litoral e Centro e Beira Interior, os mesmos níveis predominam nos pólenes de cipreste, pinheiro, plátano, carvalho e urtigas. Na Madeira, os pólenes encontram-se em patamares baixos, como os de cipreste, erva parietária, gramíneas e eucalipto, enquanto nos Açores são os de erva parietária, cipreste e gramíneas.

Trissomia:
“Não te preocupes, futura mãe” é o título do vídeo que 15 jovens actores promoveram para assinalar o Dia Mundial do Síndrome de...

Durante dois minutos e meio, os jovens mandam uma comovente mensagem de esperança a todas as mães que podem vir a ter um filho com este distúrbio genético.

“Ele vai ser capaz de te abraçar. Ele vai ser capaz de ir à escola. Ele vai ser capaz de aprender a escrever. E ele vai ser capaz de te escrever e dizer-te que te ama”, explicam os jovens no vídeo que pretende mostrar às futuras mães o que o filho com Síndrome de Down vai ser capaz de fazer.

Criado para a CoorDown, a coordenação italiana da Associação Nacional de Pessoas com Síndrome de Down, o vídeo mostra o testemunho de 15 jovens e crianças de toda a Europa que sofrem de Síndrome de Down.

No vídeo, cada jovem partilha uma mensagem de esperança onde explica que é capaz de levar uma vida normal e feliz. Numa semana o vídeo teve cerca de 1.2 milhões de visualizações.

“Às vezes vai ser difícil. Muito difícil. Quase impossível. Mas não é assim para todas as mães”, explicam os jovens que sofrem da doença que pode causar dificuldades a nível de aprendizagem. “Querida futura mãe, a tua criança pode ser feliz. Tal como eu sou. E tu também vais ser feliz”, afirmam.

Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares
A Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares promove uma reunião sobre medicamentos biológicos e os desafios colocados...

A presidente da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), Aida Batista, disse que o aparecimento de biossimilares (correspondentes aos genéricos dos medicamentos biológicos) mais complexos coloca algumas questões que vão estar em discussão na reunião.

Aida Batista disse que com o fim das patentes de alguns medicamentos biológicos começam a surgir biossimilares mais complexos que colocam algumas dúvidas quanto à sua utilização e alguma “desconfiança sobre se, não sendo originais, serão piores”, tal como aconteceu inicialmente com os genéricos, agravada neste caso pelo facto de o próprio processo de fabrico poder originar alterações.

No encontro será divulgado todo o conhecimento que existe sobre os dois medicamentos e discutidas as melhores práticas, disse. Segundo a presidente da APFH, há posições definidas sobre o uso de biossimilares, “mas a decisão não pode resultar da convicção pessoal, devendo ser estudada e debatida pelos farmacêuticos hospitalares”, que devem estar conscientes dos aspectos a considerar no momento da opção.

Uma das vantagens dos biossimilares será a de fazerem o mercado baixar o preço, o que permitirá um decréscimo do custo por doente, que actualmente se situa em cerca de 11 mil euros anuais.

Aida Batista disse que não existem ainda dados sobre o número de doentes em tratamento com medicamentos biológicos relativos a 2013, sendo que em 2012 havia 4.889 doentes com artrite reumatóide em tratamento. Este tipo de tratamento tem tido um “crescimento muito grande” em ambulatório, para doenças dermatológicas, mas também para a esclerose múltipla e doenças do foro oncológico, sendo previsível a entrada de mais doentes dadas as claras melhorias que esta medicação permite, adiantou.

Infarmed
O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde determinou a suspensão imediata da vacina Infanrix Tetra...

Foram reportados ao Infarmed três casos de reacção adversa à administração da vacina Infanrix Tetra, indicada na imunização de reforço contras as doenças difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite em crianças desde os 16 meses até aos 13 anos.

De acordo com o Infarmed, as três crianças sentiram, 48 horas após a administração, fortes dores e inchaço total do braço.

Na sequência da recepção dos casos, o Infarmed, como medida de precaução, determinou a suspensão imediata da vacina Infarix Tetra, suspensão injectável em seringa pré-cheia, lote nº AC20B268AB, prazo de validade 31-07-2015, que já foi retirado para análise.

Fonte do Infarmed disse que o lote em causa já foi retirado, encontrando-se em análise pelos especialistas de farmacovigilância.

“Atendendo a que este medicamento é administrado por profissionais de saúde, as entidades que possuam este lote não o devem administrar até que seja concluída a avaliação resultante da presente situação”, alertou o Infarmed.

Fonte do Infarmed adiantou ainda que os efeitos secundários da vacina podem ocorrer nos dois ou três dias após a vacinação e devem ser reportados de imediato aos profissionais e autoridades de saúde.

Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros
No próximo dia 25 de Março serão apresentados os projectos seleccionados para a Bolsa de Investigação ‘Enfermeira Maria Aurora...

No próximo dia 25 de Março, pelas 12h00, a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros apresenta os projectos seleccionados para a Bolsa de Investigação ‘Enfermeira Maria Aurora Bessa’ 2013-2015. Nesta sessão os autores irão receber 25% do montante atribuído à Bolsa.

Este concurso pretende incentivar e dinamizar o trabalho desenvolvido pelos enfermeiros no âmbito da investigação em Enfermagem. O período de inscrição das candidaturas terminou no passado dia 31 de Janeiro. No total, a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros recebeu 16 candidaturas à Bolsa de Investigação. Destas foram seleccionadas três:

_Enfermeira Sara Maria Oliveira Pinto, do Centro Hospitalar de São João (CHSJ);

_Enfermeira Graziela Maria da Conceição Almeida Mendes do Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto VIII - Espinho/Gaia;

_ Enfermeiro Francisco Miguel Correia Sampaio, do Hospital de Braga.

Com esta iniciativa pretende-se promover a Investigação em Enfermagem em contextos da prática clínica, apoiar o desenvolvimento de projectos na área do conhecimento da disciplina de Enfermagem, incentivar o benefício dos mesmos em processos de melhoria contínua dos cuidados de Enfermagem e, por último, contribuir para a promoção da defesa da qualidade e segurança dos cuidados prestados à população.

 

Os projectos seleccionados foram:

Projecto 9

“Confortar em Cuidados Paliativos: Desenvolvimento e Avaliação de uma Intervenção Complexa em Enfermagem”

A investigadora Sara Maria Oliveira Pinto pretende com este projecto definir as actividades de enfermagem confortar e, com essa intervenção, quais os efeitos no conforto da pessoa com doença oncológica em cuidados paliativos. Nesse contexto, a relevância dos resultados para a prática clínica traduzem-se nos contributos para a maximização do conforto da pessoa em fim de vida, melhor qualidade e, também contributos científicos para o conhecimento em enfermagem

Projecto 4

“Incidência da infecção no coto umbilical, na pós-alta hospitalar, em recém-nascidos submetidos ao procedimento: Limpeza do coto com água e sabão”

A investigadora Graziela Maria da Conceição Almeida Mendes pretende com este projecto avaliar a incidência das infecções no coto umbilical, o tempo médio de mumificação do mesmo, nos recém-nascidos submetidos a lavagem com água e sabão. Simultaneamente pretende também, identificar os factores de risco associados e que concorrem para o aparecimento das infecções na área do coto umbilical. Nesse contexto, a relevância dos resultados para a prática clínica e para o cidadão, traduzem-se em indicadores de evidência científica de que o procedimento de lavagem com água e sabão é uma técnica segura, mais económica e com os mesmos benefícios que outras técnicas assépticas.

Projecto 2

“Classificação das intervenções de Enfermagem (NIC): Um estudo de consensos para definição das intervenções de âmbito psicoterapêutico em Portugal”

O investigador Francisco Miguel Correia Sampaio pretende com este projecto identificar as intervenções de enfermagem presentes na NIC que podem ser consideradas como sendo de âmbito psicoterapêutico e a que diagnósticos de enfermagem podem, potencialmente, dar respostas. Na sequência desses objectivos e como fim último da investigação, o investigador pretende criar um documento baseado em consensos de peritos, que sirva como guia orientador para a boa prática clínica baseada na evidência dos enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.

Estudo sobre hábitos de sono da população portuguesa
A quase totalidade acredita que o “mau” sono tem impacto na qualidade de vida, afectando o bem-estar e a boa disposição, a...

No mês em que se assinala o Dia Mundial do Sono, a Oficina de Psicologia e a colchaonet.com promoveram um inquérito sobre os hábitos de sono dos portugueses. Este estudo, desenvolvido pela WOM, na comunidade youzz.net™, visou também apurar as percepções dos lusos sobre o impacto do sono na vida das pessoas.

Na generalidade, os resultados deste estudo revelam que se, a nível quantitativo, os portugueses parecem não ter o sono em atraso – já que 45% afirma dormir um razoável (entre 7 e 9 horas) número de horas por noite -, em termos qualitativos, o cenário “já muda de figura”:   apenas 27% dos portugueses afirma sentir-se “revigorado” ao acordar; 54% revela “cansaço” e 18% “dorido”.

E se 44% da população afirma ter o sono em dia, dormindo quase sempre 7/8 horas seguidas, 30% “queixa-se” de já nem se lembrar da última vez que isto lhe aconteceu! Quando questionados sobre as principais causas para as noites mal dormidas, os portugueses elegem o stress, ansiedade ou depressão (45%) e os problemas pessoais e/ou profissionais (28%). Curiosamente, 25% não consegue atribuir uma causa concreta; 16% refere “filhos pequenos” e 7%, o “ressonar do conjugue”.

 

Noites marcadas pelas insónias!

A grande maioria dos inquiridos precisa de menos de uma hora para adormecer (59% até 30 minutos; 33% até 60 minutos) e mais de metade (um em cada seis) fá-lo na cama, sendo que 33% confessa adormecer no sofá e só depois ir para a cama. Mas o verdadeiro “drama” acontece durante a noite: 49% “por norma, acorda durante a noite” e, depois, são necessários outros 30 minutos (69%) ou mesmo uma hora ou mais (17%) para voltar a adormecer. Dois por cento dos inquiridos responderam raramente voltar a adormecer.

Ainda assim, uma esmagadora maioria (79%) opta por permanecer na cama até de manhã em vez de se levantar para realizar outras tarefas.

Pesadelos, pernas inquietas e acordar sobressaltado são as situações mais referidas (45%) como ocorrendo durante a noite!

 

O “day after” e a qualidade de vida

O facto é que as noites mal dormidas estão na origem de um dia seguinte com “mais cansaço” (68%), “menor concentração” (35%), “impaciência acrescida” (30%) e, obviamente, “mais sono” (32%). Por tudo isto, 51% dos inquiridos acredita que as noites mal dormidas afectam a qualidade de vida em várias vertentes como o bem-estar e a boa disposição (43%), a saúde (32%), as relações sociais (30%), a vida sexual (11%), a vida profissional (22%) e a capacidade intelectual (22%).

Desta forma, 60% acredita mesmo que a quantidade e qualidade do sono é fundamental para a vida e expectativa de vida.

Curiosamente, e apesar de terem consciência da importância da qualidade do sono, 44% dos inquiridos admite ter hábitos de sono irregulares e 29% admite utilizar a cama para trabalhar, ver televisão ou comer (os mesmos 29% que afirmam passar muito tempo na cama sem estar a dormir).

Posto isto, quais são então as “premissas” que os portugueses consideram fundamentais para “garantir” uma boa noite de sono? Roupa de cama adequada (50%), uma boa almofada (67%) e um bom colchão (60%), a par da temperatura (51%), luminosidade e ausência de ruído (50%) são as condições referidas como essenciais por mais de metade dos inquiridos. Mas apesar de atribuírem grande importância ao colchão onde passam um terço da sua vida, a maioria dos inquiridos (62%) elege o factor preço como um dos maiores condicionantes de compra. Para trás, ficam os bons hábitos comportamentais de sono, conhecidos por promoveram uma boa qualidade de sono, como relaxar, manter horários de sono regulares, optar por refeições ligeiras à noite, ou evitar estimulantes próximo da hora de dormir.

Apenas 12% refere tomar algum medicamento para dormir, sendo que, destes, cerca de ¼ o fazem com regularidade.

1 de Abril na Assembleia da República
Promovido pelo GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA), em conjunto com a APDES (Agência Piaget para...

“Políticas de Droga e Saúde” ambiciona promover o debate e a reflexão sobre as respostas mais eficazes ao problema do uso de drogas e de saúde que estão associados, de forma a garantir o acesso universal, o conhecimento, a prevenção, o tratamento da dependência e de epidemias associados, com base no conhecimentos e no reconhecimento dos direitos das pessoas.

A Conferência pretende, ainda, contribuir para um consenso político, técnico e social sobre os meios mais eficazes e o caminho a seguir no que diz respeito à promoção de políticas de saúde para esta área.

A conferência será presidida por Jorge Sampaio, Comissário da Global Comission on Drug Policy, a quem se juntam Icro Maremmani, Presidente do European Opiate Addiction Treatment Association (EUROPAD), Dagmar Hedrich, Responsável pelo sector das Respostas Sociais e de Saúde do European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA), António Vaz Carneiro, Director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Ciência (CEMBE), Raminta Stuikyte, Presidente do European Civil Society Forum on Drugs, entre outros especialistas de renome nacional e internacional, representantes do Ministério da Saúde e dos grupos parlamentares, associações e entidades de referência na área.

A dentistas e médicos de família
O guia ‘Intervenção Precoce no Cancro Oral’ vai ser distribuído a mais de 8 mil médicos dentistas e 6 mil médicos de família,...

O cancro oral é o sexto mais mortífero, com uma taxa de mortalidade a 5 anos de 50%, ou seja, metade dos doentes não sobrevive à doença 5 anos após ser detectada. O perfil dos doentes também está a mudar, sendo hoje uma doença que atinge cada vez mais mulheres e cada vez mais homens com menos de 45 anos.

O tabaco e o álcool são os principais factores de risco. Quando detectada nos estádios iniciais, a doença tem taxas de sobrevivência entre os 75 e os 90%, sendo que a elevada taxa de mortalidade do cancro oral prende-se essencialmente com a detecção tardia. Por este motivo é importante o alargamento do programa do cheque dentista ao rastreio do cancro oral, cuja medida visa a detecção precoce da doença, de forma a aumentar as taxas de sobrevivência.

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, anuncia que “há 240 médicos dentistas envolvidos no Projecto de Intervenção Precoce no Cancro Oral, que alarga o cheque dentista ao rastreio desta doença. É um programa pioneiro que envolve ainda os centros de saúde que vão encaminhar os doentes para os médicos dentistas, o IPATIMUP, que vai realizar as biópsias, e os institutos de oncologia, onde os doentes serão tratados”.

“Uma colaboração inédita” afirma o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas que revela ainda que “para que todos os envolvidos estejam em total sintonia, foi elaborado um guia para profissionais de saúde intitulado ‘Intervenção Precoce no Cancro Oral’, com guidelines de actuação e detalhes sobre a doença”. O guia vai ser distribuído a mais de 8 mil médicos dentistas e 6 mil médicos de família.

Apesar da gravidade, o cancro oral ainda é uma doença desconhecida para grande parte da população portuguesa e, por isso, Orlando Monteiro da Silva aconselha: “Qualquer pessoa que tenha por exemplo uma ferida na boca por mais de três semanas, por mais pequena que essa ferida seja, deve consultar o seu médico dentista. Detectado a tempo, o cancro oral é curável, e esta é a principal mensagem que queremos passar. A detecção precoce é o mais importante”.

Desafio da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.
O Cidadão deve reforçar a vigilância das condições de prestação dos cuidados nas instituições de saúde, é este o desafio que...

A Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) exorta o Cidadão a juntar-se a outros cidadãos no dever de contribuir para uma melhor Saúde e uma sociedade mais justa e equitativa.

Os reptos são endereçados em editorial publicado na revista Enfermagem e o Cidadão, com uma tiragem de 14 mil exemplares, e que a SRC hoje distribui gratuitamente aos cidadãos nos seis distritos da Região Centro.

“Conhece a sua instituição de saúde? Sabe se tem as condições físicas e humanas indispensáveis para a prestação dos cuidados de saúde de que necessita? Os profissionais de saúde existem em número suficiente para assegurar a prestação de cuidados de excelência que preconizamos e que a sua comunidade necessita?”, interroga a SRC, no editorial assinado pelo Enfermeiro José António Ferreira, membro do Conselho Directivo Regional da SRC.

Lança, ainda, o desafio ao Cidadão: “de interrogar a sua instituição, e de se juntar a outros cidadãos no dever de contribuir para uma sociedade melhor, mais justa e equitativa, no geral, e na saúde em particular”.

O dirigente sublinha que esta é uma via para cada cidadão colaborar na melhoria dos serviços de saúde que lhes são prestados, salientando que “a experiência demonstra que a força do grupo é mais eficaz no exercício da cidadania”.

Explica que a Ordem dos Enfermeiros, enquanto Associação de Direito Público, tem competências que lhe permitem o controlo do exercício da profissão, de forma a garantir a prossecução do interesse público e a dignidade do exercício da enfermagem.

No entanto, essa delegação de poderes do Estado comporta limitações e sempre que a Ordem dos Enfermeiros (OE) pretende avaliar as condições do exercício profissional, e a qualidade dos cuidados de enfermagem que são prestados à população, necessita da anuência por parte da instituição onde são prestados esses cuidados.

“Nem sempre as instituições colaboram, colocando entraves à visita da OE, levando-nos a questionar que motivos terão para não colaborarem naquilo que deveria ser o interesse comum da OE e das instituições de saúde: a prestação de cuidados de enfermagem de excelência à população”, observa o Enfermeiro José António Ferreira.

Dessas visitas a instituições de saúde são produzidos relatórios. Todas as inconformidades são posteriormente remetidos às entidades com responsabilidades de regular e inspeccionar na área da saúde, mas o levantamento das condições em cada uma é publicitado no site da Secção Regional do Centro, e do qual o Cidadão se pode servir para a sua própria avaliação dos serviços de saúde.

“Enquanto enfermeiros, é nosso objectivo prestar-vos cuidados de enfermagem de excelência. Para que tal seja possível há que ter em conta os quatro intervenientes neste processo: as instituições de saúde, os enfermeiros, os cidadãos e a OE. No que respeita às instituições de saúde, estas devem zelar pela primazia das condições físicas e humanas oferecidas, quer aos cidadãos, quer aos profissionais que lá trabalham”, refere, no editorial.

A revista Enfermagem e o Cidadão é uma publicação da SRC elaborada por enfermeiros, que através dela transmitem informações de promoção da saúde e de educação para a saúde. Nesta edição destacam-se uma entrevista ao Enfermeiro Presidente da Câmara Municipal de Cinfães e uma reportagem sobre os cuidados domiciliários prestados pela unidade hospitalar de Lamego.

A mutilação genital feminina e o papel do enfermeiro, o cuidar na família doentes de Alzheimer, a automedicação e os seus riscos, e um projecto de vestuário inovador que previna úlceras de pressão em acamados são outros artigos da edição.

Enfermagem e o Cidadão para consulta, ou descarregar em formato digital, em: http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/centro/informacao/Paginas/jornalsrc.aspx

Poderá visualizar a versão vídeo da reportagem sobre cuidados domiciliários aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=JHWzYusJb0g&list=UUydm4zJs7ZVpab6hWTY-MFQ

Da Universidade do Minho
Um protocolo assinado entre a Universidade do Minho e o hospital CUF Porto vai permitir aos alunos do curso de Medicina da...

O acordo entre as duas instituições vem possibilitar que os futuros médicos tomem contacto com o ambiente de trabalho de um grande hospital, complementando o seu percurso formativo.

Para a administração do hospital CUF Porto, este acordo reveste-se de extrema importância no âmbito da política que tem desenvolvido de apoio à formação de futuros profissionais de saúde.

Para a Escola de Ciências da Saúde (ECS) e Universidade do Minho (UM) este protocolo contribui para enriquecer a diversidade de experiências formativas disponibilizadas aos seus estudantes de Medicina, o que se inscreve na política multicêntrica da instituição e na centralidade que confere à aprendizagem e treino no contexto das instituições de prestação de cuidados de saúde.

Este é o segundo protocolo deste género estabelecido pelo hospital CUF Porto. Os estudantes de Medicina da Universidade do Porto já realizam neste hospital estágios para a conclusão do curso.

A José de Mello Saúde e a Universidade do Minho já desenvolvem vários projectos em comum, no Hospital de Braga, sendo de destacar o Centro Clínico Académico, dedicado à investigação clínica.

Inspirar optimismo
Com o objectivo de inspirar e transmitir uma visão optimista face aos sobressaltos da vida, a Fundação O Que De Verdade Importa...

Neste evento participaram maioritariamente jovens estudantes de diferentes instituições de ensino privado e público de Lisboa, entre as quais a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa, o Colégio dos Salesianos, o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), a Escola Superior Maria Ulrich, a Escola Profissional Val do Rio e a Escola Secundária D. Pedro V. Muitas outras escolas assistiram ao congresso via streaming. A organização do Congresso contou, ainda, com o apoio de 100 voluntários da Entreajuda - Bolsa do Voluntariado.

Mónica Barber, responsável portuguesa da Fundação O Que De Verdade Importa (FOQDVI), avança que “com o sucesso da primeira edição do Congresso O Que De Verdade Importa, que contou com a participação de cerca de 2.400 jovens, a Fundação OQDVI já antecipa uma segunda edição para breve”.

A Fundação O que de Verdade Importa é uma organização espanhola sem fins lucrativos que se dedica à divulgação de valores universais da sociedade, como o esforço, a tolerância, a solidariedade e o optimismo. Há já oito anos que realiza dezenas de congressos, em Espanha e na América Latina, promove actividades educativas e formativas destinadas a jovens, e também desenvolve acções de voluntariado, local e internacional.

Esta Fundação é inspirada no testemunho de Nicholas Fortsmann, um bilionário americano que antes de morrer com cancro escreveu as suas reflexões finais sobre os valores que realmente importam na vida, como um legado para seus filhos, ao que chamou de "O que realmente importa".

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