Factores de risco que contribuem para o seu aparecimento
Conhecer os factores de risco que estão na origem das doenças profissionais pode ajudar a criar cond
Doenças Profissionais factores de risco

No exercício da actividade laboral são muitos os riscos e doenças a que os trabalhadores estão expostos se não for executada em condições adequadas. Uma doença profissional em nada se distingue das outras doenças, a não ser pelo facto de ser desenvolvida em ambiente laboral. Por isso, uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho.

Existe em Portugal, devidamente aprovada, uma extensa lista de doenças profissionais que resultam de diferentes e diversos factores de risco. Qualquer doença que não conste dessa lista será considerada como tal, desde que se prove ser consequência necessária e directa da actividade exercida e não representem normal desgaste do organismo.

São vários os factores de risco que podem estar na origem das doenças profissionais. Desde os agentes físicos, químicos, passando pelas causas biológicas até aos associados a riscos específicos.

Analisam-se abaixo os riscos associados aos equipamentos, à movimentação de cargas, riscos específicos e risco ergonómico. 

1. Equipamentos
Os equipamentos de trabalho (máquinas, ferramentas, equipamentos) têm automaticamente associados à sua existência riscos para o trabalhador, quer estes provenham do próprio uso na execução das tarefas, quer decorram do seu transporte, reparação, transformação, manutenção e conservação, incluindo a limpeza.

Quando o trabalhador manipula algum tipo de equipamento está sujeito a riscos por inerência da construção do próprio equipamento. Desta forma, as lesões mais frequentemente ligadas à utilização dos equipamentos centram-se em:

• Electrocussão
Queimaduras
• Esmagamento e entalamento
• Cortes
• Perda de visão
• Perda de audição

Para que estes riscos possam ser eliminados, ou no mínimo reduzidos, a entidade empregadora deverá assegurar que os equipamentos de trabalho são os adequados e que estão convenientemente adaptados para a execução do trabalho em condições de segurança e saúde para os trabalhadores. 

2. Movimentação de cargas
Muitos trabalhadores no seu local de trabalho estão em permanente contacto com os mais diversos tipos de cargas, e a maneira como estes as movimentam tem influência na sua segurança. A movimentação de cargas pode ser efectuada manual ou mecanicamente, determinando, assim, a presença de dois factores de risco a analisar: o transporte manual e o transporte mecânico de cargas. 

2.1 Transporte manual de cargas
Entende-se por movimentação ou transporte manual de cargas, qualquer operação de transporte e sustentação de uma carga, por um ou mais trabalhadores, que devido às suas características ou condições ergonómicas desfavoráveis, comporte risco (s) para os mesmos, nomeadamente na região lombar.

Desta forma, os riscos inerentes ao transporte manual de cargas estão intimamente ligados com os factores de risco ergonómicos devido à sua complementaridade.

As principais lesões derivadas do transporte manual de cargas são as relacionadas, maioritariamente, com a região dorso – lombar, no entanto, podemos assinalar outras, tais como entorses, esmagamento e cortes.

Sendo assim, a entidade empregadora terá de tomar medidas apropriadas de forma a eliminar ou minimizar os riscos inerentes à actividade de movimentação manual de cargas. 

2.2 Transporte mecânico de cargas
A movimentação mecânica de cargas traduz-se no manuseamento das cargas (movimentação e/ou elevação) por parte dos trabalhadores, socorrendo-se do uso de um equipamento de trabalho para execução dessa tarefa.

Os riscos aos quais o trabalhador está exposto serão idênticos aos riscos associados ao transporte manual de cargas. Contudo, aos riscos referentes aos equipamentos de trabalho acrescem outros que põem em causa a integridade física do trabalhador e que exigem por parte da entidade empregadora medidas adicionais de segurança. Esses poderão ser o risco de colisão e o de capotamento. 

3. Riscos específicos
Na condução normal das actividades laborais, os trabalhadores deparam-se com factores de risco que estão sempre presentes em praticamente qualquer actividade que executem, por exemplo, o risco eléctrico e o risco de incêndio/explosão. 

3.1 Risco eléctrico
Apesar da frequência dos acidentes eléctricos ter pouca expressão, em termos numéricos face a outro tipo de acidentes e com tendência regressiva na maior parte dos países industrializados, importa referir que a passagem da corrente eléctrica através do corpo humano pode determinar numerosas alterações e lesões temporárias ou permanentes, que actuam sobre as mais diferentes partes do corpo humano, como sejam, os vasos sanguíneos, o aparelho auditivo, o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, etc.

Os efeitos mais frequentes e mais importantes que a electricidade produz no corpo humano e que contribuem para a definição dos limites de perigosidade são essencialmente:

• Tetanização
• Paragem respiratória
• Fibrilação ventricular
• Queimaduras 

Tetanização
Tetanização é a contracção completa (contracção do músculo provocada pela acção de um estímulo eléctrico) existindo uma crispação permanente. Ou seja o indivíduo já não consegue largar o objecto em tensão, podendo em alguns casos originar a morte deste. 

Paragem respiratória
Quando o tempo de passagem da corrente eléctrica é prolongado, o organismo humano entra em paragem respiratória, ocorrendo dificuldades respiratórias e sinais de asfixia, que poderão conduzir à morte. Assim sendo, é fundamental que com a maior rapidez possível (3 a 4 minutos) se efectue a respiração artificial, de modo a evitar lesões irreversíveis no tecido cerebral. 

Fibrilação ventricular
O coração é autónomo no seu funcionamento, no que diz respeito aos impulsos eléctricos gerados no nódulo sinusidal (ponto de origem dos impulsos eléctricos do coração) que o comandam. Quando ao seu funcionamento normal se sobrepõe um elemento perturbador (corrente eléctrica mais elevada), naturalmente que surgirá uma perturbação ao nível dos ventrículos, passando as fibras destes a contraírem-se de forma desordenada. A este comportamento chama-se então fibrilação ventricular, que constitui a principal causa da morte por acção da corrente eléctrica.

A fibrilação ventricular foi, durante muito tempo, um fenómeno praticamente irreversível, ou seja, ainda que a causa que a produziu cessasse, persistia a morte do indivíduo. Hoje em dia, e com o aparecimento do desfibrilador, pode conseguir-se a recuperação da vitima, parando a fibrilação. No entanto, há limites para a utilização deste equipamento e, para tal, o nível de prontidão e os primeiros socorros (massagem cardíaca e respiração boca à boca) tornam-se auxiliares essenciais para a utilização do desfibrilador com uma alta taxa de sucesso, na salvaguarda da vida humana. 

Queimaduras
As queimaduras são, vulgarmente, a consequência mais frequente dos acidentes relacionados com a electricidade, e são aquelas a que os trabalhadores estão mais sujeitos, quer pela utilização de máquinas nas suas actividades, quer pelo contacto com outras fontes de energia nos locais de trabalho.

Como lesões mais frequentes relacionadas com a corrente eléctrica pode-se assinalar:

• Queimaduras
• Lesões cardíacas
• Lesões cerebrais 

3.2 Risco incêndio/explosão
O risco de incêndio/explosão está presente em praticamente todos os contextos de trabalho, desde o manuseamento de equipamentos até à armazenagem de matérias-primas ou produtos e, como tal, representam um factor de risco relevante.

As principais lesões são:

• Queimaduras
• Asfixiamento
• Esmagamento por quedas de objectos (provocada maioritariamente por explosões)
• Cortes

As medidas de prevenção a implementar passam, entre outros, por:

• Dar formação e fornecer informação aos trabalhadores de como deverão actuar em caso de incêndio/explosão;
• Efectuar simulacros de incêndio/explosão;
• Utilizar meios extintores adequados à actividade da organização (extintores, detectores de fumo);
• Utilizar equipamentos adequados de protecção (colectiva e individual);
• Armazenar adequadamente as matérias e materiais, químicos perigosos, explosivos e tóxicos;
• Colocar sinalização de segurança adequada;
• Possuir um plano de segurança adequado. 

4. Risco ergonómico
Os factores de risco ergonómico, muitas vezes interligados e confundidos com os factores de risco físico, dos quais não se podem separar, são maioritariamente decorrentes da organização e da gestão das situações de trabalho.

Assim, nesta categoria, podemos identificar como factores de risco ergonómico aos quais os trabalhadores se encontram expostos:

• As posturas adoptadas
• O esforço físico
• A manipulação das cargas
• Os movimentos repetitivos
• As actividades monótonas 

4.1 Posturas adoptadas e esforço físico
As posturas adoptadas pelos trabalhadores no seu desempenho profissional, ao nível das funções e actividades físicas e manuais, obrigam à adopção de posturas como:

• Hiperflexão ou hiperextensão da coluna dorso-lombar
• Sobrecargas musculares
• Pressão sobre os nervos, plexos nervosos e cartilagem intra-articular dos joelhos
• Entre outras de imediato classificadas como "penosas”.

A realidade industrial, por exemplo, obriga a adopção de posturas físicas que produzem efeitos negativos e graves problemas músculo-esqueléticos. São disso exemplo, entre outras doenças ou manifestações clínicas reconhecidas:

• As lesões do menisco
• As paralisias
• As tendinites
• As lombalgias de esforço

Actualmente, assiste-se à substituição do trabalho manual pelo trabalho mental, automatizado e informatizado, nomeadamente nas actividades de escritório. Trata-se de contextos de trabalho não menos exigentes entre os quais se encontram as actividades que implicam o despender de longas horas em frente ao computador conduzindo à "adopção de posturas de trabalho rígidas, associadas a contracções musculares estáticas de longa duração”.

Desta associação resulta o aparecimento de sintomas como "inflamações articulares e tendinosas, degeneração crónica das articulações, dores musculares e problemas vários ao nível dos discos intervertebrais, na coluna vertebral”

De modo associado a estes problemas, identificam-se outros não menos graves, como sejam elevados níveis de fadiga que se podem traduzir numa maior probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho, uma vez que a fadiga se traduz em alterações da performance, na dispersão dos tempos de reacção e movimento, numa diminuição da precisão e na desorganização da actividade.

A verdade é que, maioritariamente, as posturas associadas ao uso dos computadores são incorrectas na medida em que implicam o sobrecarregar em excesso dos músculos do pescoço, dos ombros e dos braços, bem como de toda a coluna vertebral. 

4.2 Manipulação de cargas
Juntamente com as posturas adoptadas, a manipulação de cargas (levantamento, deslocação e transporte) é responsável pela maioria dos problemas de coluna que se verificam nos indivíduos, afectando fundamentalmente os trabalhadores da indústria.

Assim, os riscos inerentes à manipulação manual de cargas prendem-se com:

• Adopção de posturas inadequadas
• Reduzidas áreas disponíveis de acção
• Cargas volumosas e pesadas

A automatização ou a reorganização do trabalho, com o objectivo de reduzir a movimentação manual de cargas, apresenta-se como medida preventiva para os riscos a ela inerentes. 

4.3 Movimentos e actividades repetitivas e monótonas
Do trabalho repetitivo, automatizado e que mobiliza os membros do corpo humano, derivam os problemas de saúde, precisamente desta exigência simultânea entre os gestos repetitivos e a necessidade de atenção, sendo que o trabalho repetitivo apresenta correlação directa com o estado de saúde dos trabalhadores.

As lesões por esforços repetitivos e os distúrbios osteomusculares relacionados com o trabalho afectam pessoas que realizam o mesmo tipo de movimento diversas vezes ao dia, e apresentam sintomas que prejudicam o desempenho profissional.

Trata-se de doenças que afectam trabalhadores que desempenham a sua actividade profissional em linhas de montagem e desmontagem, bem como aqueles que passam o dia a digitar. As lesões por esforços repetitivos predominam ao nível da coluna cervical e dos membros superiores e traduzem-se em:

• Dores
• Tendinites
• Ligamentites
• Lesões musculares

Os operários da indústria alimentar, das linhas de montagem, os bancários, os empregados de escritório e todos os outros profissionais obrigados ao uso repetido de terminais e computadores, são os mais afectados.

A movimentação manual de cargas, as posturas adoptadas e os movimentos altamente repetitivos apresentam elevada correlação com distúrbios físicos como os problemas músculo-esqueléticos. Por exemplo:

• Cervicalgias
• Dorsalgias
• Lombalgias
• Doenças dos membros superiores
• Doenças dos membros inferiores

Estes problemas são ainda agravados quando os factores de risco enumerados são conjugados com ritmos de trabalho intenso, trabalho repetitivo e monótono, fadiga e factores psicossociais, como seja a pressão e o stress no trabalho. Neste contexto, as mulheres, os trabalhadores mais idosos e os trabalhadores com trabalho precário constituem-se como o grupo de maior risco.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Fique a saber
É uma condição conhecida como a existência de "água no cérebro".
Hidrocefalia

A Hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e absorção do líquor pela corrente sanguínea ao nível dos ventrículos cerebrais. Quando a produção é superior à absorção, o líquor acumula-se no cérebro, geralmente sob pressão elevada.

No recém-nascido, devido à condição dos ossos do crânio, ainda não completamente desenvolvidos e unidos, o aumento da pressão faz com que a cabeça aumente de tamanho. A Hidrocefalia é quase sempre associada à forma aberta de Spina Bífida denominada de mielomeningocelo sendo que a percentagem de crianças que evidencia as suas patologias em simultâneo é de aproximadamente 80%.

Tratamento da Hidrocefalia
Muitos tratamentos têm vindo a ser experimentados e testados, tendo-se comprovado que o mais eficaz no tratamento da Hidrocefalia é a inserção de um Shunt VP (ventrículo-peritoneal). O shunt VP é um tubo de silicone que inserido no crânio, drena o líquido cefalo-raquidiano excedente dos ventrículos laterais para o peritoneu onde é reabsorvido. Como referido atrás, a maioria das crianças com mielomeningocelo apresentam em simultânea hidrocefalia.

Quando isto se verifica, o que habitualmente ocorre nas primeiras 48 horas após o encerramento do mielomeningocelo através de intervenção cirúrgica à nascença, procede-se então à colocação do shunt ventrículo-peritoneal, através de nova intervenção neuro-cirúrgica.

Complicações do Shunt Ventrículo - Peritoneal
Não queremos preocupa-lo! As seguintes complicações são informações adicionais para que possa estar ciente e devidamente informado. Como qualquer mecanismo artificial colocado no organismo de uma pessoa, podem existir complicações no pós-operatório. As duas mais frequentes são:

1.Bloqueio – Significa o entupimento ou bloqueio do Shunt. No recém-nascido deve estar atento a alguns sinais e sintomas como irritabilidade, aumento da temperatura, vómitos, fontanelas hipertensas. Esta complicação ocorre nos primeiros 12 meses após a inserção do Shunt. Em caso de bloqueio é necessária nova intervenção cirúrgica para reajustamento do Shunt. O importante é estar atento a alterações do comportamento do bebé. Como pais, vocês serão os melhores juízes do seu bem-estar.

2.Infecção - A infecção do shunt, pode ocorrer a qualquer momento, mas o período de maior risco é durante os dois primeiros meses. Na presença de infecção, o bebé poderá apresentar aumento da temperatura corporal, cansaço, irritabilidade, falta de apetite, erupções na pele em torno do local de inserção. Cada criança é diferente pelo que também os sinais e sintomas são diferentes, é igualmente importante que esteja atento ao comportamento geral do seu bebé e se aperceba de eventuais alterações. Se o shunt está infectado é necessário que seja retirado e é no seu lugar colocado um dreno externo para que possam ser administrados antibióticos por essa via (os antibióticos intravenosos não atravessam a barreira hematoencefálica).

Durante o período pós-operatório, é muito importante que proteger a sutura, evitar que a criança posicione a cabeça para o lado onde está inserida a válvula. Exames complementares de diagnóstico como ecografia transfontanelar e Tomografia Axial Computorizada (TAC) craneoencefálica, são utilizados para avaliar a evolução/regressão da hidrocefalia.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba o que é
Ptose significa pálpebra “caída”.
Ptose

A pálpebra pode apresentar-se apenas ligeiramente “caída” ou muito “caída”, podendo então ocluir parcial ou totalmente a pupila. Uma ptose exuberante pode diminuir ou mesmo bloquear a visão.

A ptose pode ser hereditária e pode afectar a pálpebra superior de um ou dos dois olhos. Pode manifestar-se ao nascimento - ptose congénita, ou aparecer posteriormente – ptose adquirida.

Ambas as formas, congénita e adquirida, colocam um problema estético e funcional sobretudo nas formas mais graves. Contudo a forma congénita é particularmente importante e perigosa, porque põe em risco o normal desenvolvimento da função visual. A maioria das competências visuais desenvolve-se de forma muito acelerada durante os primeiros meses de vida, e por isso uma obstrução do eixo visual durante este período, pode deixar alterações da visão para toda a vida.

Ptose congénita
Pode resultar de várias causas. A mais frequente é um enfraquecimento ou uma deiscência do músculo e/ou da aponevrose que faz a elevação da pálpebra superior. Habitualmente deve-se a uma alteração do desenvolvimento do próprio músculo.

A ptose congénita pode aparecer como alteração isolada ou associada a outras alterações. São exemplo de alterações associadas à ptose: alterações dos movimentos oculares, doenças do foro muscular, tumores da pálpebra ou da órbita e algumas doenças neurológicas.

Sinais e sintomas
O sinal mais óbvio é a presença da pálpebra caída. Na ptose congénita há frequente uma assimetria da prega da pálpebra superior.

Frequentemente as crianças afectadas inclinam a cabeça para trás e levantam o queixo de forma a destapar o eixo visual. Outras vezes fazem contracção das sobrancelhas numa tentativa de levantar a pálpebra acima do eixo visual. Estas manobras da cabeça e da face, são sinais indicadores da tentativa que acriança faz para ver simultaneamente com os dois olhos. Com o tempo estas posições viciosas podem provocar deformidades no pescoço e na cabeça.

Problemas resultantes da ptose
O sistema visual desenvolve-se e sofre a sua maturação nos primeiros 6-8 anos. É particularmente sensível a qualquer obstrução do eixo visual nos primeiros meses de vida. Uma ptose que obstrua o eixo visual de forma significativa põe em risco o desenvolvimento normal da visão e provoca o aparecimento de ambliopia (olho preguiçoso).

A presença de ptose pode também condicionar o aparecimento de astigmatismo com a consequente diminuição da acuidade visual. Este astigmatismo se não tratado em tempo útil pode também contribuir para a instalação de ambliopia.

Finalmente a presença de ptose pode ocultara presença de estrabismo e desta forma contribuir também para o desenvolvimento de ambliopia.

Tratamento
O tratamento da ptose congénita é quase sempre cirúrgico (98% dos casos). São indicações para cirurgia a obstrução do eixo visual pela pálpebra ptótica, a posição anómala da cabeça, um atraso no desenvolvimento e um aspecto da face inaceitável.

A cirurgia deve ser realizada em idade pré-escolar (3-5 anos) embora deva ser mais precoce nas situações em que condiciona alterações no desenvolvimento da visão. A cirurgia é decidida com base na gravidade da ptose (altura da pálpebra) e na sua causa. Outros factores a ter em conta na abordagem cirúrgica são a presença de ptose mono Vs bilateral e a presença ou ausência de alterações dos movimentos oculares.

A cirurgia mais comum consiste no avanço e/ou encurtamento do músculo levantador da pálpebra superior.

Contudo nas crianças em que a função deste músculo é muito pobre (inferior a 3 mm) esta técnica cirúrgica é muito pouco eficaz. Deve realizar-se outra técnica que consiste em fazer uma sutura que une a pálpebra ao músculo frontal ao nível da sobrancelha – suspensão frontal. Esta sutura deve ser realizada com um material adequado; os materiais mais usados são a fáscia lata colhida na coxa ou um material sintético de politrifluoretileno (PTFE) conhecido por fita de Ruban, comercialmente disponível. Na presença de uma ptose monolateral esta técnica levanta alguns problemas de decisão porque a sua realização cria uma assimetria no funcionamento entre as duas pálpebras.

As ptoses pequenas ou moderadas podem não necessitar de cirurgia nas idades mais precoces. Nestes casos mais leves as crianças devem ser examinadas regularmente para garantir a ausência de ambliopia, de erros refractivos e de outras alterações associadas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
IX Curso em Ginecologia, Obstetrícia e Técnicas de Procriação Medicamente Assistida
Pela primeira vez utilizaram-se este tipo de células em ginecologia e obstetrícia. O efeito inibidor das contracções uterinas...

As mulheres diagnosticadas com uma patologia endometrial severa não conseguem ter filhos, uma vez que a situação torna impossível a gravidez, mesmo através de tratamentos de procriação medicamente assistida. Actualmente, e no seguimento de um estudo realizado por Xavier Santamaría, director Internacional do IVI Barcelona, verificam-se resultados interessantes no sentido de evidenciar o crescimento do endométrio, que antes estas mulheres não conseguiam ter, o que dá razões para acreditar que no futuro estas podem vir a conseguir engravidar.

A realização de mais uma edição deste curso prova o seu sucesso, organizado pelo IVI Vigo, com a colaboração de instituições locais, no qual se apresentam as conclusões deste estudo, bem como de outros que abrem portas a novas vias de investigação científica para o sector reprodutivo.  

“A aplicação de células estaminais para regenerar o endométrio representa uma evolução na medicina reprodutiva, uma vez que nos poderá vir ajudar a ser mães mulheres com Síndrome de Asherman ou atrofia endometrial, doenças muito frequentes. A isso soma-se o facto de ser a primeira vez que se utilizam este tipo de células clinicamente em ginecologia e obstetrícia”, explica Elkin Muñoz, director do IVI Vigo e coordenador do curso.

Segundo o estudo o objectivo é repovoar o endométrio a partir de células estaminais da medula de mulheres que sofrem deste tipo de doenças e permitir às que se submetam a um tratamento de procriação medicamente assistida a implementação de um embrião.

Em relação à endometriose, Raúl Gómez, investigador apoiado pelo Instituto Universitário IVI/INCLIVA, explicou como o uso de derivados dopaminérgicos, no tratamento da endometriose prediz um futuro prometedor a mulheres afectadas por esta doença, muitas das quais verão prejudicadas a sua qualidade ovacitária e, consequentemente, as suas possibilidades de gravidez.

“A endometriose está presente em 10% das mulheres em idade reprodutiva, e afecta 21% das doentes que se submetem a tratamentos de procriação medicamente assistida, um número significativo e que evidencia a necessidade de encontrar uma forma de controlar esta doença”, reforça Raúl Muñoz.

 

Atosiban como inibidor das contracções uterinas

Sérgio Soares, director de IVI Lisboa, enumerou na sua apresentação as vantagens do atosiban como medicamento para reduzir as contracções do útero durante as transferências embrionárias.

“Há mais de 15 anos que estão documentados os efeitos negativos das contracções do miométrio, durante as transferências embrionárias, nos resultados dos ciclos de fecundação in vitro, mas apenas foi publicada informação de como evitar tal problema. Os resultados alcançados pelo IVI Lisboa, mediante o uso de atosiban em transferências embrionárias, mostram que cerca de uma centena de casos apresentam uma taxa de gestação clínica por tratamento aproximado a 60%, aponta Sérgio Soares, autor do estudo.

 

Sobre IVI - Clínica IVI Lisboa

O IVI Lisboa, especializado em procriação medicamente assistida (PMA), integrada no Grupo IVI, está em Portugal desde 2006. O IVI Lisboa conta com uma equipa de 41 colaboradores entre os quais diversos profissionais de saúde (ginecologia, embriologia, andrologia) especializados em PMA.

O IVI nasceu em 1990, em Espanha, como a primeira clínica médica especializada integralmente na Reprodução Humana. Actualmente conta com 23 clínicas em 7 países, e é uma clínica de referência no sector.

 

Direcção-Geral da Saúde
A partir da próxima semana a prescrição de antibióticos vai passar a ser limitada pelos médicos a um período máximo de sete dias.

A medida faz parte do programa de prevenção, controlo de infecções e de resistência a este tipo de medicamentos, sendo avaliada ao longo deste ano. Caso não sejam alcançados os resultados pretendidos, poderá haver alterações.

O director-geral da Saúde, Francisco George, afirma que é urgente aplicar medidas de combate a este problema “muito preocupante” em Portugal que é a resistência das bactérias aos antibióticos.

 

OE insiste com proposta ao Governo
A qualidade dos cuidados de socorro prestados à população está em risco, e a solução passa por um modelo integrado de...

A Ordem dos Enfermeiros (OE) vai voltar a insistir junto do Governo com o projecto de Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar (MIEPH), pelas mais-valias que comporta no socorro às populações. Em Julho de 2012 já o tinha proposto ao Ministério da Saúde.

Com esta solução evitam-se situações de dificuldade de resposta como a verificada no passado domingo, em que a Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora não socorreu as vítimas de um acidente, provocando alarme social, afirma a Vice-presidente da OE.

Segundo a Enf.ª Lúcia Leite, igualmente a OE está disponível para trabalhar em conjunto com o INEM e a Liga de Bombeiros em defesa dos interesses da população, numa resposta de emergência mais adequada, em qualquer situação de doença súbita e/ou acidente.

«Todos os meios de intervenção em contexto pré-hospitalar devem ser assegurados com recurso a profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros. Apenas estes profissionais garantem uma actuação de qualidade por terem formação de nível superior, contínuo desenvolvimento de competências em contexto de prática clínica e estarem sujeitos a auto-regulação profissional», preconiza-se nesse documento.

A Ordem dos Enfermeiros entende que os meios/equipas de intervenção pré-hospitalar devem estar integrados em unidades de saúde, nomeadamente em Serviços de Urgência, Agrupamentos de Centros de Saúde, Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e que o atendimento nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) tem de ser efectuado por enfermeiros, tal como acontece na Saúde 24.

“Esta presença é essencial para melhorar a qualidade do atendimento, conferir sustentabilidade ao modelo, permitir uma comunicação de informação clínica apropriada e a eficiência na activação de meios”, sustenta Vice-Presidente da OE.

Devem também ser estabelecidas parcerias com poder local para (re) definir a localização dos Postos de Emergência Médica, com o objectivo de racionalizar recursos humanos e materiais. Desta forma, garante-se uma maior eficiência do serviço e cuidados de maior proximidade.

As mais recentes notícias sobre o funcionamento do INEM vêm ao encontro dos sucessivos alertas que a OE tem feito, nomeadamente junto do Ministério da Saúde e deputados da Assembleia da República, de que a qualidade dos cuidados de socorro prestados à população está em risco.

“É imperativo tomar medidas para reverter por completo esta e outras situações que não salvaguardam respostas adequadas e em tempo útil ao cidadão”, adverte Enf.ª Lúcia Leite, Vice-presidente da OE.

Esta realidade, a par da intenção política declarada de alterar o paradigma assistencial de emergência pré-hospitalar – onde se aposta em profissionais não regulados e menos qualificados para prestar cuidados até agora exclusivos de médicos e enfermeiros – trás preocupações acrescidas que justificam plenamente a adopção deste Modelo proposto pela OE.

“O MIEPH permite assegurar cuidados de emergência integrados numa rede de cuidados de saúde já estabelecida e de referência/confiança para o cidadão: próxima, coesa e dinâmica desde a sua base, devidamente reforçada, com conhecimento do contexto do cidadão e das suas reais necessidades”, conclui a Vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros.

 

IPSS espera superar os 128 mil euros angariados em 2013
A Operação Nariz Vermelho volta a apelar à solidariedade dos portugueses através da doação de 0,5% do IRS.

Depois de, em 2013, ter recolhido mais de 128 mil euros relativos ao ano fiscal de 2012, a organização espera atingir um novo recorde em 2014, considerando que os portugueses estão cada vez mais sensibilizados e esclarecidos para esta questão.

Tal como tem acontecido nos últimos anos, a Operação Nariz Vermelho (ONV), Instituição Particular de Solidariedade Social, que realiza semanalmente visitas às pediatrias de treze hospitais portugueses, pede aos portugueses para doarem, sem quaisquer encargos ou perdas de benefícios fiscais para o contribuinte, 0,5% do seu IRS. Para isso, basta colocar o NIF da organização, 506 133 729, no quadro 9, do anexo H da declaração, respeitante às Instituições Particulares de Solidariedade ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública. A este propósito, os Doutores Palhaços gravaram um vídeo que revela, de forma clara e divertida, como é feito o donativo à instituição em três passos, disponível aqui .

Em 2013, a ONV foi convidada pela Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) a acompanhar as crianças no Bloco Operatório Pediátrico do Hospital Dona Estefânia, de forma a reduzir a ansiedade inerente a uma cirurgia. Apesar do serviço prestado ao hospital ser gratuito, possui um encargo para a instituição no valor de seis mil euros por ano, montante que inicialmente era financiado através de um donativo mecenas e que assegurava a visita de um Doutor Palhaço uma vez por semana. Com o término deste donativo, a ONV comprometeu-se a dar continuidade à iniciativa, sublinhado a importância dos donativos de empresas e particulares para a longevidade deste projecto, inédito em Portugal.

Recorde-se que, em 2013, a ONV recebeu dos contribuintes portugueses 128.516 euros, mais de 88% face ao ano anterior, valor correspondente a 12,7% do orçamento global da instituição para 2014. Segundo Magda Ferro, responsável de comunicação da organização, “a doação de 0,5% do IRS, é uma fonte de financiamento de extrema importância, contribuindo para a continuidade da actuação dos Doutores Palhaços, profissionais que, todas as semanas, levam alegria às cerca de 40.000 crianças hospitalizadas que visitamos anualmente”.

 

11 de Abril em Coimbra
A farmacêutica Bluepharma recebe a visita do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos...

Em 2013, a taxa de exportação da Bluepharma atingiu o seu máximo histórico, traduzindo-se em 84% da facturação. Através do conhecimento gerado nos seus laboratórios de I&D e medicamentos produzidos na sua unidade industrial, a Bluepharma tem conquistado e fidelizado clientes em mais de 40 países. Recentemente, reforçou a aposta nos mercados de língua portuguesa com o lançamento das participadas Bluepharma Angola e Bluepharma Moçambique.

Paulo Barradas, Presidente Executivo da Bluepharma, afirma que “é com muita satisfação que vemos mais uma vez reconhecido o cariz exportador da Bluepharma, o qual tem sido possível graças à aposta clara que fizemos e continuamos a fazer na inovação e na qualidade. Orgulhamo-nos de sermos hoje uma empresa capaz de competir no mercado internacional com soluções inovadoras na área da saúde, gerando valor económico e social para a nossa região e para o nosso país” conclui.

Actualmente, a Bluepharma é responsável pela produção de medicamentos próprios, investigação e desenvolvimento e comercialização de medicamentos genéricos. Com mais de 60 medicamentos no mercado, dispõe de um laboratório próprio de I&D e é a primeira empresa do sector da indústria farmacêutica em Portugal com certificação integrada.

A visita decorre no dia 11 de Abril, sexta-feira, pelas 13h00.

 

Sobre a Bluepharma

A Bluepharma S.A. iniciou actividade em Fevereiro de 2001 e tem sede em Coimbra. É uma empresa do sector da Indústria Farmacêutica de capital exclusivamente nacional, cuja Administração é constituída por um grupo de profissionais ligados à área da saúde. Actualmente o grupo Bluepharma inclui já a participação em 10 empresas, nomeadamente start-ups inovadoras.

A actividade da Bluepharma engloba toda a cadeia de valor do medicamento, desenvolvendo-se em três áreas distintas: Investigação, desenvolvimento e registo de medicamentos; produção de medicamentos próprios e para terceiros; comercialização de medicamentos genéricos. É uma empresa de cariz fortemente exportador, com mais de 84% das vendas para o mercado internacional (mais de 40 países).

 

Melhor qualidade de vida e custos sociais mais baixos
Especialistas e organizações internacionais contribuem para estudo sobre cuidados com incontinência.

Um importante estudo, que revela que os profissionais de saúde poderiam melhorar a dignidade do doente e economizar milhões se adoptarem a abordagem correcta nos cuidados com a incontinência, será apresentado no 5º Fórum Global sobre Incontinência, realizado sobre o tema “Melhores cuidados, melhor saúde - para um quadro de melhores soluções para a incontinência”, que está a decorrer em Madrid.

O relatório, Especificação do Serviço de Incontinência Ideal, que envolveu especialistas multidisciplinares de todo o mundo em colaboração com a KPMG, delineia uma série de princípios baseados em evidências sobre a melhor forma de organizar os cuidados de proximidade para pessoas com incontinência urinária, e, ao mesmo tempo, reduzindo custos para os sistemas de saúde e assistência social.

“A incontinência é um problema sub-relatado e sub-tratado que impõe uma carga considerável na qualidade de vida dos pacientes e dos seus cuidadores", afirmou Adrian Wagg, Professor de Envelhecimento Saudável do Departamento de Medicina da Universidade de Alberta (Canadá) e principal autor do relatório.

“Mesmo que existam directrizes clínicas internacionais e nacionais para a incontinência, até à data pouco esforço tem sido feito no estudo da melhor forma de levar os cuidados às pessoas com incontinência na comunidade. Esta é uma limitação séria, uma vez que a maioria dos sistemas de saúde e de assistência social estão sob pressão financeira grave e podem não ser capazes de arcar com o tempo ou os recursos necessários para criar uma especificação de serviço para prestação de cuidados de incontinência", disse Wagg.

A Especificação do Serviço recomenda uma abordagem integrada dos cuidados de incontinência e define um sistema modular específico destinado a orientar o doente através de todas as fases necessárias, desde a detecção dos sintomas até à avaliação adequada e tratamento.

Os princípios subjacentes incluem a melhoria do processo de detecção e tratamento; a transferência da responsabilidade dos cuidados básicos de incontinência para enfermeiros especialistas em incontinência nos cuidados primários, usando um coordenador para assegurar o trabalho de colaboração e ligando os especialistas com outras partes da via dos cuidados; o estabelecimento de programas credenciados de formação para enfermeiros e outros profissionais de saúde ou de assistência social; o estabelecimento de processos de avaliação abrangentes e padronizados para responder às necessidades dos doentes e dos cuidadores em relação a produtos de contenção; e fazer do uso da tecnologia uma parte integrante da prestação de cuidados de incontinência.

Um estudo económico sobre saúde feito pela Universidade Erasmus, na Holanda, para identificar o impacto económico da implementação da Especificação do Serviço de Incontinência Ideal também foi apresentado no Fórum. O estudo mostra que um melhor caminho de cuidados, que tenha por base os princípios da Especificação do Serviço de Incontinência Ideal, se for aplicado a doentes com mais de 65 anos de idade com quatro patologias, poderia poupar ao sistema de saúde holandês 14 milhões de euros num período de três anos e poupar 106 milhões de euros, no mesmo período de tempo, numa perspectiva social.

O moderador da conferência, Ian Milsom, Professor de Obstetrícia e Ginecologia, da Sahlgrenska Academy da Universidade de Gotemburgo, comentou: “Os dois estudos apresentados hoje no 5º Fórum Global sobre Incontinência contribuirão para encontrar um caminho para enfrentar os desafios demográficos. Ao ajudar a oferecer melhores serviços, estes princípios vão aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde, apoiar o envelhecimento activo e saudável e, finalmente, melhorar a qualidade de vida de milhões de cidadãos em todo o mundo”.

 

Sobre o Fórum Global sobre Incontinência

O 5º Fórum Global sobre Incontinência (GFI) é uma plataforma para a educação e debate sobre o impacto da incontinência em indivíduos, profissionais de saúde e sociedade. O GFI reúne decisores políticos, associações de doentes, grupos de familiares e de cuidados, organizações da sociedade civil, sociedades médicas e associações de profissionais de saúde, a fim de discutir os princípios e opções políticas para uma melhor organização dos cuidados de incontinência. O GFI é organizado pela Svenska Cellulosa Aktiebolaget (SCA), em parceria com a Sociedade Internacional de Incontinência (ICS) e com o apoio das seguintes organizações: Eurocarers; Aliança Internacional das Organizações de Doentes (IAPO); Associação Europeia para Directores e Prestadores de Cuidados de Longo Prazo para os Idosos (E.D.E); Associação Canadiana de Conselheiros para Enfermeiros de Incontinência (CNCA); Sociedade Americana de Enfermeiros Urológicos e Associados (SUNA); Centro Europeu para Políticas de Assistência Social e Pesquisa; Associação Canadiana de Assistência Gerontológica (CGNA); Sociedade de Medicina Geriátrica da União Europeia (EUGMS); e da Associação Europeia de Administração de Cuidados de Saúde (EHMA).

 

6as Jornadas da Primavera da clínica CUF
A Inovação em Cirurgia é um dos principais temas em debate nas 6as Jornadas da Primavera da clínica CUF Cascais, que decorrem...

A inovação em Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Laparoscópica Pediátrica em Ambulatório, Simpatectomia Torácica Superior Bilateral e Cirurgia Laparoscópica por Porta Única são alguns dos métodos cirúrgicos mais recentes e que vão ser discutidos por diversos profissionais de saúde, procurando novas abordagens através da experiência de cada um dos especialistas.

Em discussão vão estar também a prevenção das doenças cardiovasculares, novas perspectivas do diagnóstico e terapêutica da neoplasia da mama, as necessidades do doente alérgico e asmático, e os desafios actuais inerentes à comunicação em saúde.

A participação nas Jornadas da Primavera é gratuita mas está sujeita a inscrição, disponível através do e-mail [email protected].

Para mais informações contacte www.cufcascais.pt.

 

16 de Abril
O hospital CUF Descobertas vai assinalar o Dia Mundial da Voz, com um rastreio gratuito às doenças da laringe e da voz.

A partir das 13h30, o coro de Gospel St. Dominic's Gospel Choir actua na recepção central do hospital CUF Descobertas. Às 14h tem início um workshop sob o tema “Cuide da Sua Voz”, na biblioteca deste hospital, gratuito e aberto à população.

As iniciativas que assinalam o Dia Mundial da Voz têm como objectivo informar a população sobre os factores de risco das doenças da voz e a importância de um diagnóstico precoce e ainda prestar aconselhamento médico face à persistência de sintomas.

Para mais informações consulte: www.cufdescobertas.pt

A consulta de voz do hospital CUF Descobertas é uma consulta multidisciplinar realizada por um otorrinolaringologista e por uma terapeuta da fala, especializados em prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento da patologia vocal.

 

Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento decidiu continuar a comercializar um medicamento que está associado ao aparecimento do...

Segundo o Infarmed, há um caso notificado em Portugal de cancro da bexiga associado ao medicamento Actos, usado no tratamento de diabetes tipo II. Apesar disso, a TVI 24 revela que a Autoridade Nacional do Medicamento decidiu manter a sua comercialização do fármaco por considerar que “o benefício de utilização do medicamento continua a compensar o risco”.

O medicamento foi alvo em 2011 de uma avaliação pelo Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA), tendo sido confirmada “a existência de um ligeiro aumento do risco de cancro da bexiga em doentes em tratamento com pioglitazona”.

“No entanto, e por ter considerado que num número limitado de doentes não havia alternativas terapêuticas adequadas, o CHMP recomendou que a pioglitazona deveria permanecer disponível como tratamento alternativo, apenas para aquelas situações”, refere o Infarmed, citada pela TVI24.

O Infarmed revela que “à semelhança de outros países europeus”, Portugal seguirá as “orientações emitidas pela EMA, que considerou que num grupo restrito de doentes, o benefício de utilização do medicamento continua a compensar o risco identificado”.

 

Estudo revela:
Um estudo extenso associou diversos ansiolíticos e soníferos a um risco elevado de morte, embora não se saiba ao certo se a...

Os investigadores acompanharam durante mais de sete anos 34.727 pessoas que tomavam ansiolíticos como Valium e Xanax, ou medicamentos contra a insónia, como Ambien, Sonata e Lunesta, e outras 69.418 pessoas que não tomavam esses medicamentos. Após considerar diversos factores, os cientistas descobriram que o risco de morte quase duplicou entre as pessoas que tomaram os medicamentos. O estudo foi publicado online na revista BMJ.

Os investigadores procuraram considerar diversos factores, como o uso de outros medicamentos prescritos, idade, tabagismo, consumo de álcool, nível socioeconómico, bem como outras características. Eles também consideraram factores de risco de mortalidade como distúrbios do sono e ansiedade, bem como outras doenças psiquiátricas.

Scott Weich, principal autor do estudo da Universidade de Warwick, em Inglaterra, afirmou que ele e os seus colegas não puderam considerar a gravidade da doença do participante, mas que a pesquisa “contribui com a acumulação de evidências de que esses medicamentos não são seguros”.

 

Doença por vírus Ébola:
Um surto de Doença por vírus Ébola decorre na Guiné-Conacri desde Fevereiro de 2014. Foram também confirmados casos na Libéria...

A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes (tais como sangue, urina, fezes, sémen). A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até 7 semanas depois da recuperação clínica.

Uma vez que o período de incubação da doença pode durar até 3 semanas é provável que novos casos venham ainda a ser identificados. No entanto, as medidas de controlo já implementadas naquela região Africana, tais como isolamento, monitorização activa dos casos e vigilância reforçada nas fronteiras, poderão conter este surto e prevenir a propagação da doença.

O risco para os países europeus é considerado baixo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as viagens à região afectada não estão desaconselhadas.

Ao viajar para regiões afectadas:

O cumprimento das medidas de protecção individual é a única forma de prevenir a infecção.

  • Siga as indicações das Autoridades de Saúde locais, cumprindo as regras de higiene básicas (lavagem frequente das mãos);
  • Não contacte com animais selvagens (macacos, morcegos, antílopes, entre outros) vivos ou mortos;
  • Cozinhe bem os alimentos de origem animal (sangue, carne, leite, entre outros), antes de os consumir (a refrigeração ou congelação dos alimentos não inactiva o vírus Ébola);
  • Evite o contacto próximo com casos suspeitos ou confirmados de doentes com o vírus Ébola;
  • Evite o contacto com cadáveres antes e durante cerimónias fúnebres;
  • Não manipule qualquer material ou objectos utilizados no tratamento de doentes;
  • Atente ao risco de transmissão através de relações sexuais.

 

Durante a estadia numa região afectada procure cuidados médicos se apresentar:

  • Febre elevada de início súbito;
  • Mal-estar geral;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Erupção cutânea;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vómitos;
  • Diarreia;
  • Dores no peito;
  • Hemorragias (não relacionadas com traumatismos)

 

Ao regressar a Portugal:

Vigiar o estado de saúde durante 21 dias. Se apresentar alguns dos sintomas anteriormente referidos ou tiver tido contacto directo, sem protecção adequada, com pessoa doente, contacte a Linha Saúde 24 (808 24 24 24), mencionando a viagem recente e relatando a sintomatologia.

Caso os sintomas se desenvolvam ainda durante o voo de regresso, no avião, deverá informar a tripulação imediatamente. O mesmo procedimento se aplica em viagens marítimas.

 

Nos jovens
O número de crianças com alergias alimentares, graves e potencialmente fatais, tem vindo a aumentar nos últimos anos.

As reacções alérgicas graves potencialmente fatais (anafilaxia) provocadas por alergia alimentar estão a crescer na população mais jovem, estimando-se que cerca de 150 mil portugueses padeçam deste problema.

Dados fornecidos pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) referem que, apesar de consideravelmente sub-diagnosticada, os dados epidemiológicos mostram uma incidência de anafilaxia na Europa entre 1,5 a 8 por 100.000 pessoas/ano, com um aumento dos casos nos últimos 20 anos.

“A anafilaxia, que passou a ser de notificação obrigatória em Portugal em 2012, é ainda mal diagnosticada entre nós colocando em risco 0,5 a 1,5% da população portuguesa (até 150.000 portugueses) sendo que, abaixo dos 18 anos, os alimentos são a sua principal causa”, considerou o presidente da SPAIC, Luís Delgado.

Segundo este responsável, o Catálogo Português de Alergias e outras Reacções Adversas, desenvolvido com a colaboração de membros da SPAIC, permite registar e partilhar informação destas reacções em todo o sistema de saúde português.

Este é um dos temas que serão abordados sexta-feira na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), num curso de Alergia Alimentar organizado em colaboração com a Faculdade de Ciências da Nutrição da UP e o Hospital S. João, com o patrocínio científico da SPAIC. O seu principal objectivo consiste em informar e esclarecer dúvidas sobre sintomas e cuidados a ter nos casos de reacção alérgica.

Segundo a organização da iniciativa, o número de crianças com alergias alimentares tem vindo a aumentar nos últimos anos e resulta de uma combinação de factores hereditários e ambientais.

Assim, a falta de exercício físico, o aumento da poluição atmosférica e do fumo do tabaco, as alterações dos regimes alimentares e a obesidade incrementam a possibilidade de surgirem este tipo de complicações. As alergias mais frequentes são à proteína do leite de vaca e à do ovo. Alergia ao peixe, trigo, mariscos e frutos secos verificam-se também entre as mais comuns.

As consequências das reacções alérgicas podem revelar-se fatais pois o contacto com agentes alergénios pode desencadear um choque anafiláctico (reacção alérgica muito rápida que implica sintomas como taquicardia, desmaio e inchaço na zona interna da garganta, com risco de asfixia), e desta forma levar à morte.

 

Novo guia de actuação em anafilaxia

A Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI) encontra-se actualmente a trabalhar um novo guia de actuação em anafilaxia com o objectivo de fornecer à comunidade científica e da área da saúde, recomendações baseadas na evidência científica sobre o reconhecimento, avaliação e tratamento dos doentes que apresentaram, apresentam ou estão em risco de apresentar um quadro de anafilaxia.

Alimentos, medicamentos e picadas de insectos são as três causas mais prevalentes de reacções alérgicas graves. Enquanto os alimentos são a causa mais comum nas crianças, medicamentos e venenos de himenópteros (abelha/vespa) são a causa da maior parte de reacções anafilácticas nos adultos, com maior frequência nas mulheres que nos homens.

O guia de actuação sobre alergia alimentar e anafilaxia da EAACI será disseminado em Junho de 2014, numa iniciativa comum entre a EAACI, organizações de doentes, sociedades nacionais de alergia de toda a Europa, médicos de cuidados primários e farmacêuticos.

 

Estudo
A diminuição dos níveis de uma enzima pode ajudar nos tratamentos contra a obesidade e a diabetes tipo 2, conclui um estudo com...

A investigação, conduzida por equipas da Escola de Medicina de Harvard e da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, concentrou-se em reduzir a enzima Nicotinamida N-Metiltransferase, que se encontra principalmente no fígado, e em analisar a sua influência na obesidade e na diabetes tipo 2.

A dupla de cientistas Barbara Kahn e Charles Brenner observou que, ao diminuir os níveis da enzima com medicamentos conhecidos como oligonucleótidos antissentido, os ratinhos obesos e diabéticos ficaram com menos 47 por cento de massa gorda e ganharam 15% de massa magra, ao mesmo tempo que melhoraram a sua tolerância à glicose.

Segundo a equipa, a redução da enzima Nicotinamida N-Metiltransferase em ratinhos, que a tinham em elevadas concentrações no fígado e no tecido adiposo branco, fez com que os roedores ficassem mais magros quando ingeriam uma dieta com alto teor de gordura e mais protegidos de consequências da obesidade como a intolerância à glicose.

 

Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação
Os directores clínicos vão passar a ter a responsabilidade directa de coordenar as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação....

Leal da Costa lamenta a campanha de desinformação sobre o sistema de emergência médica. O secretário de Estado adjunto da Saúde considera que é uma "irresponsabilidade" porque desta forma se está a criar "angústia injustificada" na população. Leal da Costa explica que o serviço do INEM é excelente e lembra que apesar das VMER estarem por vezes inoperacionais existem disponíveis outros meios de socorro. Leal da Costa revelou que para tentar uma maior eficácia destas viaturas a responsabilidade directa pela coordenação das mesmas vai passar “a ser feita de forma integrada com a direcção da urgência, estando na dependência directa do director clínico do hospital de forma a criar uma responsabilização directa do hospital à elaboração das escalas”.

O secretário de Estado adjunto diz que o ano passado o INEM formou 690 pessoas, mais de 400 eram médicos e por isso Leal da Costa diz que os hospitais vão ter que começar a pôr em escala todos os profissionais capazes de tripular as viaturas.

Leal da Costa criticou ainda aqueles que alegam que o valor cada vez mais baixo que é pago aos médicos das VMER é um dos principais motivos para estarem inoperacionais, motivo avançado por exemplo pelo bastonário da Ordem dos Médicos.

“A afirmação de que o pagamento é insuficiente para os médicos e é por isso que não trabalham corresponde a uma falsa afirmação. Convém que se saiba que o valor médio/hora pago a um médico para tripular uma VMER é de 24,19 euros. Acima de tudo não posso aceitar a ideia de que os médicos são mercenários cujo trabalho depende apenas do que se paga, é uma afirmação infeliz que não fica bem a um dirigente de uma associação que devia preocupar-se com a credibilização dos profissionais”, defende.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, esteve também no Fórum TSF e pediu uma tabela única de pagamento aos médicos que fazem serviço nas VMER.

“O trabalho médico está tão desclassificado que em algumas circunstâncias há dificuldades na contratação de profissionais para as viaturas médicas”, realça.

Também no Fórum, o presidente do INEM Paulo Amado Campos admitiu as falhas no sistema, mas tranquilizou a população, realçando que o sistema é fiável.

 

Posição contrária à do sindicato
O Serviço de Estrangeiros e Fronteira garantiu que tem programas de prevenção contra doenças contagiosas, como o Ébola,...

“O Serviço de Estrangeiros e Fronteira (SEF) sublinha que os programas de prevenção existem e que os canais de articulação com as entidades competentes estão em funcionamento, considerando como inadequada e alarmista a posição do sindicato da CIF [Carreira de Investigação e Fiscalização] SEF”, diz o organismo em comunicado.

A reacção surge depois de na terça-feira, o sindicato que representa os inspectores do SEF ter dito que o serviço não tem qualquer programa de prevenção contra doenças contagiosas, como o vírus do Ébola, para proteger os funcionários que trabalham nas fronteiras.

No comunicado o sindicato diz que “os inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras continuam desprotegidos face a surtos de doenças contagiosas transportadas por indivíduos que cruzam as fronteiras portuguesas”. “O vírus Ébola, que voltou a ser epidémico entre as populações da África Ocidental, é mais um caso a juntar a uma longa lista”, acrescenta.

Em resposta, o SEF garante que, no que diz respeito à questão do vírus do Ébola, o director nacional do SEF “tem estado em estreita articulação com o director nacional de Saúde”.

“A Direcção-Geral da Saúde informou que o pessoal da CIF SEF em funções no controlo de fronteira não está exposto a risco significativo de contaminação, garantindo que estão em curso e previstos os procedimentos adequados à situação em apreço”, esclarece. Acrescenta que essa informação foi divulgada internamente, nomeadamente aos funcionários que estão no aeroporto de Lisboa.

Por outro lado, o SEF afirma que os funcionários da Carreira de Investigação e Fiscalização dispõem do subsistema de saúde ADSE ou Segurança Social, para além de um contrato, no âmbito da medicina do trabalho, com uma entidade certificada para a realização de exames médicos periódicos.

“Está em vigor um protocolo entre o SEF e entidade certificada para aplicação ao pessoal CIF SEF de um programa de vacinação e profilaxia específica no âmbito do plano de prevenção de riscos profissionais biológicos”, adianta o SEF.

O SEF diz ainda que tem canais de articulação com as várias entidades competentes, nomeadamente a Direcção-geral de Saúde e as companhias aéreas, “no sentido de activar os mecanismos considerados necessários em caso de eventuais surtos”.

Conheça a mais actual
Conheça o que mudou na roda dos alimentos e aprenda a comer de uma forma mais variada, equilibrada e
Roda dos alimentos

A roda dos alimentos é uma representação gráfica criada em Portugal em 1977, no âmbito da campanha de educação alimentar "Saber comer é saber viver" e que ajuda a conhecer, escolher e combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária saudável, ou seja, completa, equilibrada e variada.

A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à necessidade da sua reestruturação, em 2003. Por isso, a nova roda dos alimentos mantém o seu formato original (Roda, ainda que em outros países a representação é feita através de pirâmide), associado ao prato vulgarmente utilizado às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta nova representação gráfica. Foram ainda objectivos desta reestruturação a promoção dos valores culturais e sociais dos portugueses ao promoverem-se produtos tradicionais como o pão, o azeite ou as hortícolas. Além disso, foram considerados objectivos pedagógicos e nutricionais.

Constituição da roda

Assim, a nova roda dos alimentos é composta por sete grupos, com funções e características nutricionais específicas:

Dentro de cada divisão estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a variedade nutricional e alimentar.

Embora não possuindo um grupo próprio, a água assume a posição central na nova roda dos alimentos. Por ser um bem tão essencial à vida, recomenda-se o seu consumo diário na ordem dos 1,5 a 3 litros.

 

Sectores

Porções

Nutrientes

Cereais e derivados, tubérculos

Hortícolas

Fruta

Lacticínios

Carne, peixe e ovos

Leguminosas

Gorduras e óleos

28% - 4 a 11 porções

23% - 3 a 5 porções

20% - 3 a 5 porções

18% - 2 a 3 porções

5% - 1,5 a 4,5 porções

4% - 1 a 2 porções

2% - 1 a 3 porções

Hidratos de Carbono

Água, sais minerais, fibras

Vitaminas e água

Sais minerais e cálcio

Proteínas

Fibras vegetais

Lípidos

Roda anterior
Anterior à data da reestruturação, a constituição da roda dos alimentos era de apenas 5 grupos de alimentos sem indicação das porções recomendadas por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes:

 

I
Leite e derivados
II
Carne, peixe e ovos
III
Óleos e gorduras
IV
Cereais e leguminosas
V
Hortaliças, legumes e frutos

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba tudo sobre
A conjuntivite alérgica é uma inflamação de origem alérgica da conjuntiva, a fina membrana que reves
Conjuntivite alérgica

A conjuntivite, também chamada de olho vermelho, é uma inflamação ou infecção da conjuntiva, a membrana de tecido fina e transparente que recobre a superfície interior da pálpebra e a parte branca do olho. É uma doença ocular comum, que se desenvolve especialmente nas crianças e pode afectar um ou os dois olhos. Na maioria das pessoas, a conjuntivite alérgica é parte de uma síndroma alérgica maior, como a rinite alérgica estacional.

Contudo, pode ser a única perturbação que afecta as pessoas que têm contacto directo com certas substâncias transportadas pelo vento, como o pólen, os esporos fúngicos, o pó e o pêlo de certos animais. O branco do olho torna-se vermelho, inflama-se, os olhos ardem e podem "chorar” intensamente. As pálpebras podem inchar e avermelhar-se.

Alguns tipos de conjuntivite podem ser muito contagiosos. Apesar de ser normalmente uma infecção ocular leve, algumas vezes pode tornar-se um problema sério, uma vez que depende da causa. A conjuntivite varia segundo o agente irritante. Existem três categorias principais da conjuntivite: alérgica, infecciosa (bacteriana ou vírica) e química.

Os sintomas mais frequentes, em um ou ambos os olhos podem ser:
- Sensação de areia;
- Sensação de picadas ou de ardor;
- Lacrimejo excessivo;
- Secreção;
- Pálpebras inflamadas;
- Olho vermelho;
- Aumento da sensibilidade a luz. 

Conjuntivite alérgica
A conjuntivite alérgica ocorre normalmente em quem já apresenta historial de alergias. Quando entra em contacto com uma substância que provoca uma reacção alérgica nos seus olhos.

A conjuntivite papilar gigante é um tipo de conjuntivite alérgica causada pela presença crónica de um corpo estranho no olho. Ocorre normalmente em doentes que utilizam lentes de contacto semi-rígidas, ou hidrófilas convencionais, em situações de sutura exposta ou próteses ocular. 

Conjuntivite infecciosa
A conjuntivite bacteriana é normalmente causada pela bactéria estafilococo ou estreptococo que provêm da pele ou do próprio sistema respiratório. A transmissão também pode ocorrer por transmissão de insectos, por contacto com outras pessoas, por falta de higiene (tocar nos olhos com as mãos sujas), por uso de maquilhagem de olhos contaminados e cremes de rosto.

A conjuntivite viral é mais comummente causada por vírus contagiosos associados ao frio. É contraído pela exposição à tosse, espirros de pessoas que têm infecções nas vias aéreas superiores. Também pode ocorrer quando este se espalha pelas membranas mucosas do corpo conectando os pulmões, garganta, nariz, condutas lacrimal e conjuntiva. 

Conjuntivite química
A conjuntivite química pode ser causada por agentes irritantes como a contaminação do ar, o cloro das piscinas e a exposição a substâncias químicas nocivas. 

Diagnóstico
A conjuntivite pode ser diagnosticada através de uma observação completa dos olhos, através de exames auxiliares com especial atenção na avaliação da conjuntiva e dos tecidos que a rodeiam.

É igualmente importante:
1. A história médica para determinar os sintomas do paciente, quando e como começaram os sintomas, a presença de problemas de saúde geral e ambiental que podem contribuir para o problema;
2. A medição da acuidade visual, para determinar até que ponto pode estar afectada a visão;
3. Avaliação da conjuntiva e do tecido externo do olho;
4. Avaliação das estruturas internas do olho para se assegurar de que não existem outros tecidos afectados;
5. Provas complementares como a extracção de culturas de tecidos ou esfregaços da conjuntiva, podem ser necessárias em conjuntivite crónica ou quando não responde ao tratamento. 

Tratamento
O tratamento da conjuntivite tem três objectivos principais: Aumentar o conforto do paciente; Reduzir ou minimizar o curso da infecção ou inflamação; Impedir a propagação da infecção por tipos de conjuntivite infecciosa.

Limpar os olhos com lavagens oculares suaves, como as lágrimas artificiais, pode ajudar a reduzir a irritação. Deverá evitar-se qualquer substância que possa estar a causar a reacção alérgica. Durante os episódios de conjuntivite não devem ser usadas lentes de contacto. Quando outros tratamentos não mostram resultados satisfatórios, pode recomendar-se a imunoterapia alergénica.

Assim, o tratamento apropriado para conjuntivite depende da sua causa:
Conjuntivite alérgica: o primeiro passo deve ser eliminar ou evitar os agentes causadores se possível. As compressas frias e as lágrimas artificiais aliviam às vezes o desconforto nos casos menos graves. Podem ser necessários medicamentos anti-inflamatórios não esteróides e anti-histamínicos. Nos casos de conjuntivite alérgica persistente podem requerer a utilização de colírios esteróides tópicos.

Conjuntivite bacteriana: este tipo de conjuntivite é geralmente tratada com colírio ou pomadas antibióticas. A melhoria pode ocorrer após três ou quatro dias de tratamento, é importante no entanto alertar que precisa de fazer a medicação completa para prevenir recorrência da doença.

Conjuntivite viral: não existem gotas ou pomadas para erradicar o vírus deste tipo de conjuntivite. Os antibióticos não vão curar uma infecção viral. O vírus tem que seguir o seu curso normal, em alguns casos pode levar duas ou três semanas. Os sintomas podem ser aliviados com compressas frias, colírios e lágrimas artificiais. Nos casos graves podem utilizar-se gotas esteróides para reduzir o desconforto, mas não para diminuir o período da infecção.

Conjuntivite química: o tratamento da conjuntivite química requer lavagem cuidadosa dos olhos com soro fisiológico e também requer esteróides tópicos. As queimaduras mais graves são emergências médicas. 

Cuidados pessoais
Manter uma boa higiene é a melhor maneira de controlar a propagação da conjuntivite.

Uma vez que a infecção foi diagnosticada, siga os conselhos:
- Evite tocar nos olhos com as mãos;
- Lave bem as mãos e com frequência;
- Troque diariamente as toalhas e não as compartilhe com outras pessoas;
- Não utilize cosméticos para os olhos sobretudo rímel;
- Não compartilhe cosméticos para os olhos ou produtos oculares;
- Siga a instruções do seu Optometrista sobre o cuidado a ter com as lentes de contacto;
- Pode diminuir o desconforto da conjuntivite viral ou bacteriana através da aplicação de compressas mornas.
- Para a conjuntivite alérgica, evite esfregar os olhos. Utilize compressas frias para aliviar os olhos. Existem gotas oculares de venda livre. As gotas anti-histamínicos ajudam a eliminar os sintomas, as gotas lubrificantes ajudam a eliminar o alergénio da superfície ocular.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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