Liga Portugal e Instituto Português do Sangue e da Transplantação
A Liga Portugal e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação encontram-se a promover uma campanha de apelo à dádiva de...

Em comunicado, Mário Figueiredo, presidente da Liga Portugal, refere que “o futebol é uma atividade com uma enorme capacidade de mobilização e mediatização” e por isso mesmo, a “Liga Portugal não poderia deixar de ‘abraçar’ esta causa que diz respeito a todos nós”.

Em Portugal são necessárias 1200 unidades de sangue todos os dias, em que a compatibilidade sanguínea é necessária e imprescindível para o sucesso da transfusão, refere Luís Negrão, responsável pelo sector de colheitas e promoção da dádiva de sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

A página Internet www.dador.pt dá resposta a dúvidas sobre horários e locais onde é possível doar sangue.

Nos últimos 12 meses
Em Portugal, 6,9% da população teve asma nos últimos 12 meses e 6,5% tem asma crónica. Entre as crianças, 8,4% são asmáticas....

O número de casos estabilizou no último ano, diz o alergologista João Fonseca. No entanto, ainda não é possível um controlo efectivo da incidência da doença nas crianças. Nos mais novos, a asma é muitas vezes confundida com outras situações clínicas.

“Estamos numa fase de estabilização do número de casos, mas que, infelizmente, em alguns grupos, nomeadamente nas crianças, ainda é bastante mal controlado, ou seja ainda é bastante aquém dos objectivos dos tratamentos que nós temos”, reconhece.

João Fonseca foi o coordenador da equipa de especialistas portugueses que criou o primeiro teste clínico para avaliar o controlo da asma e rinite alérgica em crianças. O CARATkids “é o primeiro teste a nível mundial que avalia a asma juntamente com a renite, que é a patologia que mais acompanha a asma”, refere.

Trata-se de “um questionário curto, preenchido quer pela criança, quer pelos pais”, que permite, “de uma forma muito fácil e muito concreta”, controlar a doença e, assim, “saber se a pessoa está perto de atingir os objectivos do tratamento ou se, pelo contrário, deveria fazer alguma coisa para os conseguir.”

O CARATkids foi testado em 11 hospitais nacionais e está a ser usado em unidades hospitalares holandesas.

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias que causa redução ou obstrução reversível e recorrente no fluxo de ar. Os principais sintomas são a tosse, a dificuldade respiratória, a dor ou ardência do peito e a sibilância.

Se não for reposta normalidade
O condicionamento do Serviço de Urgência Básica de Loulé, devido à falta de médicos e enfermeiros, está a ser contestado por um...

O Movimento de Cidadãos em Defesa dos Serviços de Saúde de Loulé, que em 2012 se manifestou contra a intenção de encerramento daquele SUB, diz em comunicado que “se a situação da falta de médicos não se resolver com a máxima brevidade vai voltar a sair à rua com a intenção de ocupar o Centro de Saúde até que a situação esteja resolvida”.

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, assumiu a “falta pontual” de médicos nas escalas dos Serviços de Urgência Básica (SUB) de Loulé e Albufeira, mas assegurou que “tomou todas as diligências necessárias para colmatar” as faltas, sublinhando que a gestão e organização do sistema de urgência e emergência é da responsabilidade do Centro Hospitalar do Algarve.

Durante os dias 1 e 2 de Maio o SUB de Loulé esteve a funcionar sem médicos, situação que segundo o sindicato dos enfermeiros resulta da redução de profissionais afetos àquele serviço, à semelhança do que acontece com os SUB de Vila Real de Santo António e Albufeira.

Considerando que a situação é “inaceitável”, o executivo municipal de Loulé já se reuniu com a Administração Regional de Saúde e com a administração do Centro Hospitalar do Algarve, tendo-se apercebido de que existe um conflito entre ambas as entidades, que descartam responsabilidades sobre a matéria.

De acordo com a ARS/Algarve, é o Centro Hospitalar do Algarve que “obrigatoriamente, tem de assegurar a prestação de serviços e atendimento 24 horas por dia nos SUB de VRSA, Loulé e Albufeira, à semelhança do que acontece no SUB de Lagos”, embora aquela administração possa ajudar à resolução do problema.

“Quando se verificam dificuldades pontuais na gestão de escalas e serviços dos SUB e sempre que comunicado atempadamente pelo Centro Hospitalar do Algarve, a ARS/Algarve, por sua iniciativa e por disponibilidade de um conjunto de profissionais contribui para a resolução da falta pontual de elementos médicos escalados”, sublinham.

Os deputados João Semedo e Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, já questionaram o Ministério da Saúde sobre a falta de profissionais naquele SUB por forma a garantir o seu funcionamento e querem saber quais a medidas que vão ser tomadas para resolver a situação do SUB de Loulé.

No documento enviado ao ministério, os deputados observam que aquele serviço serve o maior e mais populoso concelho do Algarve, que regularmente tem mais de 70 mil habitantes, número que triplica durante o pico turístico.

O SUB de Loulé esteve a funcionar sem médicos nos dias 1 e 2 de Maio. Em alternativa, a população teve que se deslocar ao Hospital de Faro: “Não há médicos de serviços, é favor dirigir-se ao Centro Hospitalar de Faro”, era a mensagem afixada na porta do SUB, contam os deputados.

Além das dificuldades colocadas aos utentes, os deputados alertam que este episódio originou uma sobrecarga no serviço de urgência hospitalar de Faro onde o tempo de espera para triagem “chegou a ser de uma hora”.

Centro do Bebé
No Centro do Bebé, em Lisboa, os casais aprendem que há muito a fazer antes de recorreram a tratamentos para engravidar.

Não há nada que um pai bem-intencionado faça que seja considerado um erro. Constança Ferreira abriu o Centro do Bebé, em Lisboa, com esta premissa, disponibilizando-se a ajudar os pais a perceber melhor as necessidades do bebé, sem estarem constantemente num processo de tentativa e erro. Em dois meses, as actividades são já para todos os gostos, que é como quem diz, para todas as fases da maternidade. Com alguns workshops a decorrer sobre o período de gravidez e pós-parto, Constança sentiu necessidade de preparar os casais na fase anterior à gravidez, tendo em conta os frequentes problemas de fertilidade apresentados pelos casais. Assim, aos workshops de preparação para o nascimento, yoga pré-natal, apoio à amamentação ou ginástica pós-parto, junta-se agora o curso de apoio à fertilidade, com início a 16 de Maio.

O programa é pioneiro no país e foi planeado para ajudar a potenciar naturalmente a fertilidade do casal. Antonella Vignati é a naturopata que vai seguir os casais nesse processo, mas ressalva que não tem “a varinha mágica da gravidez”. “Já acompanhei pessoas que, mesmo aliando a medicina convencional com tratamentos alternativos, não conseguiram engravidar. Mas a verdade é que há muita coisa que o casal pode mudar que vão potenciar a gravidez mais rapidamente”, explicou.

Começando por dar casos práticos do dia-a-dia, Antonella recorre ao exemplo dos telemóveis, objecto que nunca deveria andar colado à cara, nem nos bolsos, em contacto com a zona pélvica: “Até o corpo dar algum sinal de toxicidade é preciso estar já num grau muito avançado de contaminação e, por isso, é um assunto ignorado.” O que boa parte dos futuros pais desconhece é que estão “constantemente” ameaçados por radiações e produtos tóxicos, que podem vir tanto de aparelhos electrónicos, como de detergentes, cosméticos, e tudo isso afecta o aparelho reprodutor”, avisa a naturopata.

Com formação em áreas como a amamentação, acupunctura ginecológica ou nutrição, Antonella quer não só preparar os casais para uma gravidez sem sobressaltos, mas também levá-los a adoptar um estilo de vida mais saudável: “As pessoas perderam o poder sobre a sua saúde, entregam tudo nas mãos dos médicos, quando há muito que podem fazer de forma natural.” A alimentação é um desses exemplos. Segundo a especialista, a população em geral ingere demasiada proteína animal. “Como é que querem que as hormonas da mulher funcionem, se todos os dias comem animais que crescem à base de hormonas?”, questiona, acrescentando que “o corpo humano não funciona por gavetas e, por isso, mesmo que indirectamente, tudo o que fazemos pode afectar o sistema reprodutor”.

Um dos maiores problemas com que Antonella se depara no contacto com as pacientes prende-se com a falta de conhecimento das mulheres sobre o seu corpo: “A toma da pílula começa quase em criança, o que leva à criação de ideias estereotipadas sobre o ciclo menstrual, sem saberem se ovulam, quando ovulam, quando é o período fértil, tudo informações essenciais para quem quer engravidar.” Além de dar a conhecer às mulheres formas de lerem os sinais dos seus corpos, Antonella aconselha também os casais quanto à prática de relações sexuais. “Prefiro que não haja imposição de dias mais activos, mas a incidência deve ser feita nos dias férteis da mulher, principalmente nos casos em que o homem tem uma baixa contagem de espermatozóides”, explicou.

Com quase 500 mil casais em Portugal com problemas de fertilidade (fala-se de infertilidade quando um casal tem relações desprotegidas durante mais de um ano sem engravidar), a medicina alternativa tem sido cada vez mais uma opção. “Falar de naturopatia a um médico é o mesmo que falar de astrologia”, ironiza a especialista, mas garante que a tendência tem vindo a mudar. “Tenho cada vez mais médicos a encaminharem-me casais, de modo a complementar os tratamentos convencionais com métodos naturais.” O curso será dividido em seis sessões teóricas. “Quanto à prática, esperamos que seja feita em casa”, brinca a especialista.

Os 4 temas do curso

Alimentação: mais vegetais
As deficiências nutricionais podem afectar a qualidade dos espermatozóides e o ciclo menstrual. Segundo o estudo “Harvard Nurses Health Study”, as mulheres com menos problemas de ovulação são as que seguem uma dieta com baixo índice glicémico, pobre em proteínas animais e rica em proteínas vegetais, gorduras monoinsaturadas e hidratos de carbono complexos. Além de uma reeducação alimentar, poderá ser necessário usar o ácido fólico como suplemento para as mulheres. Aos homens, o melhor é zinco e a vitamina C.

Evitar os tóxicos
A toxicidade ambiental e a exposição profissional a determinados contaminantes tem sido associada a infertilidade, perda gestacional e outros problemas a nível fetal. Os tóxicos mais nocivos incluem metais pesados, pesticidas, estrogénios, compostos orgânicos voláteis e radiação. Apesar de alguns deles escaparem ao controlo no dia-a-dia, outros podem ser evitados. É o caso do álcool e tabaco, aparelhos electrónicos, alguns cosméticos e produtos de limpeza. O curso pretende educar os casais para uma maior consciência destes factores

Gerir o stresse
Segundo Antonella Vignati, vivemos num estado de alerta constante e em stresse prolongado, situações que trazem consequências graves para a saúde. Além disso, está provado que existe uma relação directa entre a fertilidade e o stresse. Os casais que se deparam com problemas de fertilidade estão submetidos níveis de stresse adicionais, chegando a precisar de apoio psicológico. Há estratégias de gestão do stresse que visam o bem-estar psicofísico, como yoga, meditação, automassagem e acupressão.

Conhecer o ciclo menstrual
O ciclo menstrual é frequentemente anulado, durante anos, pelo uso generalizado dos contraceptivos orais. Muitas vezes, uma mulher adulta pode ter tido muito poucos períodos menstruais até o momento de tentar engravidar. O curso visa, por um lado, instruir sobre as fases do ciclo menstrual, apoiando a aplicação do método sinto-térmico com as tabelas da temperatura basal e a observação do muco cervical; e por outro lado, promover o encontro psicologicamente saudável da mulher com a feminilidade. 

Testado no Brasil
A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, no Brasil, está a realizar testes de uma nova droga, a Tafenoquina,...

O objectivo é testar a eficiência do medicamento que, se comprovada, deverá ser adoptado pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A acção pioneira faz parte do estudo clínico de cooperação internacional, que conta com a participação de centros de pesquisa do Brasil, Peru, Índia, Bangladesh e Tailândia. “A FMT (Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado) é a primeira, entre as instituições de pesquisa envolvidas no projecto, a testar o medicamento em humanos”, destaca o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim.

O ensaio clínico multicêntrico é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, através da empresa suíça Medicines for Malaria Venture (MMV) e da Glaxo Smith Kline (GSK), cuja sede mundial fica no Reino Unido e a regional da América Latina, no Rio de Janeiro.

No Brasil, além da FMT, que faz parte da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), o projecto conta com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Porto Velho (RO). A directora da FMT, Graça Alecrim, sublinha que os países envolvidos no estudo têm grande interesse no desenvolvimento de novas terapêuticas para a malária, em virtude da alta incidência da doença nessas regiões.

Graça Alecrim explica que, actualmente, o tratamento da malária causada pelo Plasmódium Vivax é feito, no Brasil e em todo o mundo, com a terapia combinada de dois antimaláricos – a Cloroquina, administrada por via oral pelo período de três dias; e a Primaquina, utilizada por sete dias. Este último é, actualmente, o único fármaco anti-recaídas, activo contra a forma latente do P.Vivax. Se os resultados atestarem a eficiência da Tafenoquina, a substância deverá substituir a Primaquina. “Uma das principais vantagens da troca é que a Tafenoquina é administrada em dose única, o que reduz o tempo de tratamento do paciente de sete para apenas um dia”, explicou.

Autarcas do Alto Minho exigem
Os dez autarcas do distrito de Viana do Castelo exigiram ontem a revisão da portaria dos hospitais face à garantia que...

“Até que a portaria seja revogada ou substituída por outro instrumento de lei ficamos sempre com esta preocupação”, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, estrutura que integra os dez municípios da região.

Em causa está a portaria 38 /2014 de 10 de abril que estabelece os critérios que categorizam serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e, sobretudo, os efeitos que poderá representar para o funcionamento do hospital de Santa Luzia, na cidade de Viana do Castelo.

China confirma
As autoridades chinesas confirmaram a primeira morte de um homem infectado com o subtipo H5N6 do vírus da gripe das aves, no...

O homem, de 49 anos, era natural de Nanchong, na província de Sichuan, esteve exposto a aves mortas e foi, inicialmente, diagnosticado com pneumonia.

As autoridades referem também que as pessoas próximas da vítima não apresentaram sinais da doença.

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
Os profissionais de saúde e de educação estão pouco informados sobre o cancro da pele e sentem necessidade de mais...

Este é um dos aspectos que a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) vai destacar hoje, durante a apresentação do programa do “Dia do Euromelanoma”, que este ano se assinala a 14 de Maio.

Segundo Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, os profissionais de educação e de saúde têm um “nível de conhecimentos básicos” e “sentem necessidade de ter maior conhecimento da realidade dos vários cancros de pele”.

Esta conclusão resulta de um estudo efectuado em 2013 sobre “Comportamento ao sol e nível de conhecimento sobre cancros da pele dos profissionais de educação e saúde”, que será hoje apresentado.

“Nem sempre os professores colocam na prática individual” os conhecimentos sobre os cuidados a ter com o sol, assim como alguns profissionais de saúde não estão devidamente habilitados para fazer um diagnóstico precoce aos seus doentes.

Concretamente, em causa estão professores, educadores, enfermeiros e médicos de medicina geral e familiar, especificou Osvaldo Correia.

“Os médicos de medicina geral de familiar não sabem como tratar e orientar. Queremos este diagnóstico precoce no Centro de Saúde, mas também na casa de cada um: Como reconhecer o cancro da pele, identificar o risco do sinal diferente, da ferida que não cicatriza”.

A APCC já organiza cursos nesta área, para profissionais, um das quais decorre de 16 a 17 Maio, é gratuito e tem inscrições abertas no seu “site”.

Mas, ainda assim, o responsável considera que é preciso fazer mais, como o dermatologista dirigir-se ao centro de saúde, ao encontro do médico de medicina geral e familiar, e dar-lhe formação para que saiba fazer o diagnóstico e o tratamento precoce.

“O melanoma em fase avançada mata, em fase moderadamente avançada, é hoje possível tratar, mas mais importante é prevenir, por comportamentos e diagnóstico precoce”, alerta, sublinhando que, “em termos de custo, o diagnóstico precoce é mais barato do que tratamento de cancro da pele em fase avançada”.

Outros estudos a ser apresentados dizem respeito ao comportamento do público em geral e dos atletas de corrida face à exposição solar.

O número de pessoas que faz desportos ao ar livre, designadamente maratonas, está a aumentar, o que “é muito salutar”, mas exige cuidados especiais de protecção, porque há uma “elevada taxa de queimaduras solares” durante a execução de uma corrida.

Os mesmos cuidados devem ter os trabalhadores ao ar livre, como agricultores ou pescadores, por exemplo, que “têm maior incidência de carcinoma por acumulação ao longo da vida de excesso de sol”.

Relativamente ao grande público, os inquéritos feitos à entrada de praias revelam uma “melhoria comportamental evidente em alguns estratos etários”, nomeadamente o respeito pelas horas em que não devem estar na praia, mas continuam a não usar chapéu, que “é a medida mais eficaz para protecção do couro cabeludo, rosto e orelhas”.

“O chapéu tem que entrar na moda. É um meio barato e o mais eficaz”, salienta o dermatologista, apontando ainda a importância de o guarda-sol ser grande e feito de tecido não poroso, bem como as peças de vestuário.

Os jovens adolescentes continuam a ir a horas incorrectas para a praia e a ignorar que o sol das esplanadas é igual ao sol das praias, acrescentou.

Durante o encontro de hoje, a APCC irá ainda divulgar dados sobre os níveis de ultravioleta em Portugal e indicar os 30 serviços de dermatologia que, no dia 14 de Maio, vão realizar o rastreio de cancro da pele.

Alunos norte-americanos desenvolvem
Dois jovens empreendedores da Universidade da Califórnia em Berkeley, desenvolveram uma aplicação móvel que mede o humor dos...

A aplicação, denominada MoodStreamer, é descarregada online para o telemóvel do utilizador e, uma vez activo, compila e analisa diariamente várias variáveis que permitem elaborar um plano do estado anímico do paciente.

“A ideia é que se possa fazer um acompanhamento preciso da doença durante os períodos que decorrem entre as visitas ao médico”, disse Orianna DeMasi, estudante de Ciências da Computação e cofundadora da MoodStreamer.

Bebidas energéticas
Até ao final do ano, a Coca Cola vai retirar das suas bebidas energéticas um ingrediente que tem gerado bastante controvérsia.

O ingrediente em causa - o azeite vegetal bromado (BVO) - está presente em várias bebidas energéticas nos Estados Unidos, como em alguns dos sabores de Fanta e o Powerade, mas o seu uso não está aprovado na União Europeia e no Japão uma vez que pode ter riscos para a saúde.

O BVO foi alvo de uma petição lançada nos Estados Unidos por Sarah Kavanah, uma jovem do Mississipi, que conseguiu o apoio de milhares de pessoas. No ano passado, a Pepsi Cola já retirou o químico de algumas das suas bebidas, como o Gatorade. A Pepsi anunciou na altura que estava “a trabalhar ativamente para retirá-lo de todos os produtos” da marca. Neste momento, a Pepsi ainda usa o BVO no Mountain Dew e Amp Ebergy, bebidas que só estão à venda nos EUA.

O BVO, à base de brometo, tem sido usado como estabilizador em bebidas com sabores a frutos. De acordo com alguns estudos científicos realizados pela clínica Mayo, o consumo excessivo de refrigerantes contendo BVO pode estar associado a efeitos negativos na saúde, incluindo perda de memória, problemas a pele e no sistema nervoso. EM 1970, a FDA (Food and Drug Administration) retirou o BVO da lista de ingredientes “normalmente considerados seguros” na alimentação. No entanto, nos EUA ele pode ser usado em bebidas numa escala de 15 unidades/1 milhão.

Josh Gold, porta-voz da Coca Cola, sublinhou no entanto que a retirada do BVO das bebidas não tinha nada a ver com segurança: “Todas as nossas bebidas, incluindo aquelas que têm BVO, são seguras e sempre o foram - e cumprem todas a legislação dos países onde estão à venda”, afirmou, em comunicado.  “A segurança e a qualidade dos nossos produtos é a nossa principal prioridade.”

Estudo
As mudanças de clima causadas pela actividade humana são uma realidade e já estão a afectar seriamente os Estados Unidos,...

As consequências são o aumento de fenómenos extremos, como chuvas torrenciais em regiões mais húmidas ou falta de água em zonas secas. O aumento da temperatura, com ondas de calor mais fortes e mais frequentes, a subida do nível do mar, que contribui para cheias mais frequentes e mais dramáticas, ou o aumento de grandes incêndios são outros dos fenómenos associados à mudança de clima, que tem como principal causador, diz o estudo, a maior concentração de gases com efeito de estufa.

“A mudança de clima, em tempos vista como uma questão para um futuro distante, mudou-se firmemente para o presente”, conclui o relatório “Avaliação do Clima Nacional”, elaborado por um painel científico alargado sob a égide do Governo norte-americano e que pretende ser o estudo mais exaustivo já realizado nos EUA sobre clima.

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai assumir pessoalmente a divulgação deste relatório, pretendendo chamar a atenção para o problema e insistir na necessidade de introdução de medidas para o combater, como a limitação da emissão de gases. 

30 anos depois
Unidade vai ter 45 valências e terá capacidade para 4500 partos por ano. Esta foi, porém, a inauguração da primeira fase. Falta...

O Centro Materno-Infantil (CMIN) foi esta terça-feira finalmente inaugurado após uma espera de mais de 30 anos, desde que foi inicialmente idealizado. “É uma ironia ter sido inaugurado pelo Governo que o quis sabotar e que tanto fez para impedir a sua construção tentando sempre protelar. Agora deu jeito, compreendo, para cumprir calendário eleitoral”, disse o vereador da Habitação e Acção Social na Câmara do Porto e ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

Também o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto (CHP), Sollari Allegro, lamentou as dificuldades vividas até à abertura do CMIN. “Até aqui o caminho não foi fácil e foi posto em causa por pequenos poderes. Houve boatos e maledicências vindos de outras unidades que se sentiram ameaçadas”, referiu o médico na abertura da unidade, junto à Maternidade Júlio Dinis, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Os governantes foram apupados à entrada por cerca de 30 manifestantes que, com cartazes, pediram a demissão do Governo. Aliás, perto da maternidade mantém-se um cartaz do PS onde se lê: “CMIN: este Governo não queria, mas o Porto venceu!”.

Manuel Pizarro, que também esteve presente e que enquanto governante desbloqueou a construção da obra que custou mais de 50 milhões de euros, diz que foi, apesar das criticas, um “dia de festa para todos os portuenses”. Esta foi, porém, apenas a inauguração da primeira fase do complexo e de um edifício ainda quase sem equipamento. “O material necessário para encher os espaços está na maternidade. Ao contrário do que se costuma fazer neste país, vamos aproveitar tudo”, esclareceu o presidente do conselho de administração do CHP.

Sollari Allegro já havia explicado que a abertura do CMIN, programado desde 1991 como parte do CHP, “sempre esteve prevista em três fases”. Até ao final de Maio será transferido o equipamento que está ainda na maternidade e só em Julho estará em funcionamento o internamento da pediatria. O serviço de consultas, contudo, já está a funcionar. Até ao final deste mês abrem o primeiro bloco de partos, o serviço de neonatologia e os internamentos de ginecologia e de obstetrícia. Estes serviços ainda estão a funcionar na Maternidade Júlio Dinis.

O CMIN receberá o nome de Albino Aroso, como forma de homenagear o médico, que faleceu recentemente, pelos serviços que prestou ao país em matéria de promoção do planeamento familiar e da saúde materna e infantil.

A conclusão do conjunto da obra estava prevista para Setembro de 2013, mas a inauguração desta terça-feira ocorreu sem que tivessem sido iniciada a reabilitação do antigo edifício da maternidade e a construção do parque de estacionamento de 314 lugares. O também líder da concelhia do PS/Porto, Manuel Pizarro, não compreende “como é tão difícil conseguir impulsionar a construção de um parque de estacionamento com tantos lugares e que se prevê ser um bom negócio”. Pizarro criticou ainda que, durante três anos, “o Governo não tenha transferido um cêntimo para o CHP, causando graves dificuldades na gestão financeira da unidade”.

“Nenhum governo faz de supetão uma obra”

Já o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, desdramatizou o atraso na construção e considerou que o CMIN é um “projecto ambicioso idealizado há mais de 30 anos e que só agora teve condições para  emergir”. Passos afirmou que houve governos que “tomaram decisões” e outros que foram “sonhando e executando o projecto ao longo dos anos”. Aliás, o primeiro-ministro referiu que “nenhum Governo faz de supetão” uma obra deste tipo.

O ministro da Saúde, por seu lado, não comentou as críticas durante o seu discurso. Paulo Macedo fez antes questão de sublinhar que o CMIN terá capacidade para 4500 partos por ano e que na área da saúde “a região norte não é prejudicada face ao sul”, havendo “bons indicadores sobre isso”. “(Recentemente) abrimos até o centro de reabilitação do Norte”, observou.

O ministro salientou ainda que é no Norte que se localiza o “maior número de unidades de saúde familiar e de unidades de continuados” e que o CMIN concentrará o único banco de gâmetas do país. Paulo Macedo considerou, porém, que o CMIN, que vai contar com 45 valências de atendimento direccionadas para a mulher e para a criança, é um “mau exemplo de planeamento”.

Hospital de São João
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar São João, António Ferreira, que tem criticado a falta de...

António Ferreira, médico e professor universitário, apontado como um gestor exemplar, reuniu-se sexta-feira com o ministro da Saúde, em Lisboa, e manifestou-lhe a sua vontade de deixar a presidência do Centro Hospitalar São João (CHSJ), que incluiu o Hospital de São João e o Hospital de Valongo. Paulo Macedo terá admitido fazer algumas cedências que vão ao encontro das reivindicações do gestor, segundo fontes hospitalares.

Em privado, o gestor queixa-se da “burocracia infernal” que é exigida e diz que não consegue contratar os médicos que pretende para o hospital.

Paulo Macedo aguarda agora por uma proposta concreta que António Ferreira fará chegar ao Ministério da Saúde nos próximos dias. Na intervenção que fez, em Dezembro passado, na cerimónia de entrega da Comenda da Ordem de Mérito concedida pelo Presidente da República em reconhecimento dos “resultados do trabalho que ao longo dos anos tem sido colectivamente desenvolvido no Hospital de S. João”, António Ferreira proferiu um discurso muito crítico.

“Se o hospital puder receber o dinheiro que os seus devedores lhe devem, tem condições para continuar a renovação estrutural e infra-estrutural do edifício e tem condições para, juntamente com a sociedade civil, se lançar na construção do hospital pediátrico integrado”, disse na altura.

“Tantas vezes injustiçados por os ventos da fortuna soprarem sempre no mesmo sentido – o sentido do Sul, tantas vezes agastados por os rios do dinheiro desaguarem permanentemente no mesmo mar -, o mar da indiferença, o mar onde não se desintrinquem as marés, porque se considera sempre em praia-mar, nós continuamos, com resiliente persistência, a cumprir a nossa missão”, afirmou António Ferreira.

Orientação para uma vida saudável
Uma breve descrição sobre algumas das modalidades mais praticadas nos ginásios.
Exercício físico

Abs / Core
Aula de curta duração que tem como finalidade reforçar os músculos do abdómen através de séries contínuas e variadas de exercícios específicos para a zona abdominal. Abs designa a abreviatura em inglês para abdominais.

 

Cardiofitness
Modalidade que ajuda ao desenvolvimento do organismo assim como à diminuição de gordura corporal. As melhorias a nível cardíaco, vascular e respiratório tornam-se evidentes ao longo do período de treino. Passadeiras, remos, bicicletas e steps (palavra inglesa para degraus) são alguns dos aparelhos utilizados.

Ginástica localizada
Aulas que são realizadas normalmente com música e que ajudam no desenvolvimento e resistência de diferentes grupos musculares. Os benefícios deste tipo de exercícios são variados, quer a nível cardiovascular, cardiorrespiratório e até mesmo de auto-estima.

GAP
Modalidade muito semelhante á ginástica localizada, mas direccionada apenas para as zonas abdominal, dos glúteos e das pernas. Combinação de exercícios de resistência muscular localizados. GAP significa Glúteos, Abdominais e Pernas.

Step
Os principais objectivos destas aulas são melhorar as capacidades cardiovascular e respiratória, resistência muscular e coordenação motora. Recorre-se à utilização de uma pequena plataforma, designada por step (palavra inglesa para degrau), em que se combinam exercícios de subida e descida através de diferentes coreografias.

Aeróbica
É uma das modalidades mais conhecidas e praticadas. Composta por exercícios com movimentos rítmicos coreografados, sempre acompanhados por música, e que ajuda aos desenvolvimentos cardiovascular e respiratório, assim como à coordenação motora.

Normalmente as aulas estão divididas em diferentes níveis, tendo em conta se se trata de uma pessoa que se está a iniciar na modalidade ou de um praticante de há mais tempo.

Circuit training
Caracteriza-se por um treino intensivo e completo, recomendado para quem não pratica exercício com regularidade, ou simplesmente não gosta de exercitar continuamente a mesma zona muscular. É efectuado sem pausas, sendo o exercício seguinte diferente do anterior, de modo a que haja descanso dos músculos exercitados anteriormente.

Musculação
A musculação é um treino realizado com pesos livres e aparelhos, em que o plano de treino é feito conforme as necessidades de cada pessoa. Vai ajudar ao desenvolvimento e tonificação muscular assim como à perda ou aumento do peso.

Power tonic
Utilização de pesos para fazer exercícios, habitualmente usados para o aumento do peso corporal, realizados ao som de música, com coreografias de intensidade elevada, que têm como objectivos o desenvolvimento da força e resistência muscular.

Hip-hop
São aulas rítmicas, dançadas ao som de estilos musicais, como o Hip-hop ou Funk, que promovem a desinibição corporal melhorando ao mesmo tempo as funções cardiorrespiratórias. São aulas normalmente caracterizadas por serem muito divertidas que ajudam também à coordenação motora e afirmação pessoal.

Aerocombat
O aerocombat tem como base movimentos ligados às artes marciais. São efectuados movimentos com os braços e pernas, que além de melhorar a capacidade cardiovascular ajudam também na flexibilidade, agilidade, equilíbrio e também a controlar o stress.

Cycling
É uma modalidade praticada com recurso a uma bicicleta estática, de avançada tecnologia, que permite efectuar planos de treino que simulam diferentes tipos de percursos. Nesta modalidade existe uma grande perda calórica.

Postura/Alongamentos
Esta aula tem como objectivo recuperar e desenvolver a elasticidade do corpo, assim como a correcção da postura e o relaxamento muscular. De acordo com especialistas, estes exercícios ajudam na prevenção de dores nas costas e na nuca.

"Yoga"
Proveniente da Índia, esta é uma modalidade que combina o equilíbrio físico com o mental. Através de exercícios específicos, melhora consideravelmente a flexibilidade, o controlo do stress e a concentração.

Pilates
O Pilates baseia-se em exercícios de movimentos lentos e controlados, que têm como objectivo o fortalecimento dos músculos e a prevenção de dores relacionadas com a coluna vertebral melhorando a postura e a mobilidade.

Hidroterapia
O ambiente aquático pode ser um excelente meio para curas e reabilitações diversas. Está comprovado cientificamente que a água tem impacto a nível nervoso, circulatório e térmico. Logo a Hidroterapia é indicada para pessoas que tenham sido sujeitas a cirurgias recentes, tenham tido lesões neuromusculares ou ortopédicas agudas, tenham doença reumatológica ou deficiência neurológica.

Hidroginástica
É, como o nome indica, uma aula de ginástica feita dentro de água.A grande vantagem é a significativa redução do impacto que existe nas articulações, quando comparados com exercícios semelhantes feitos fora de água. Assim sendo, a probabilidade de existirem lesões associadas à prática desta modalidade são bastante reduzidas. Além de ser uma ajuda ao desenvolvimento cardiovascular e respiratório, actua também a nível muscular.

Natação
A Natação é um dos desportos mais procurados visto permitir um aumento da resistência cardiovascular sem qualquer tipo de impacto para as articulações. É também um dos poucos desportos indicados para todo o tipo de pessoas, desde atletas de alta competição até às grávidas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Uma nova fase na vida da mulher
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher caracterizada pela perda da actividade ovárica e da
Mulher de olhos fechados com as mãos na cabeça

A menopausa é o momento na vida da mulher em que cessa a função cíclica dos ovários e a menstruação. Assim, a menopausa começa no final da última menstruação. No entanto, esse facto só é comprovado mais tarde, quando não há fluxo menstrual durante, pelo menos, 12 meses. Trata-se de um fenómeno fisiológico que se deve à redução gradual do funcionamento dos ovários. Estas glândulas deixam, assim, de libertar óvulos, mensalmente, e de produzir hormonas femininas, os estrogénios, deixando de ter capacidade reprodutiva.

A idade média em que a menopausa começa é por volta dos 50 anos, mas pode surgir em mulheres com apenas 40 anos ou menos e nestes casos a menopausa denomina-se de prematura. Entre as suas causas destacam-se uma predisposição genética e doenças auto-imunes, nas quais se criam anticorpos que podem lesar várias glândulas, entre elas os ovários.

O hábito de fumar também é associado à menopausa prematura, isto porque o consumo de tabaco impulsiona um declínio dos níveis de estrogénio no sangue, podendo desencadear uma menopausa precoce. A menopausa não é uma doença, é apenas uma nova fase na vida da mulher. No entanto, ocorrem diversas alterações no organismo feminino que podem predispor ao aparecimento e ao agravamento de várias doenças.

Para além da menopausa natural e precoce há ainda a menopausa artificial que deriva de uma intervenção médica que reduz ou interrompe a secreção hormonal dos ovários. Estas intervenções incluem a cirurgia, para extrair os ovários ou para reduzir a quantidade de sangue que recebem, e a quimioterapia ou a radioterapia sobre a pélvis (incluindo os ovários), para tratar o cancro. A intervenção cirúrgica em que se extrai o útero (histerectomia) tem como consequência a suspensão da menstruação, mas não afecta a quantidade de hormonas desde que os ovários continuem intactos e, portanto, não provoca menopausa.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Menopausa há uma percentagem cada vez maior da população feminina que está em pós-menopausa, devido ao aumento da esperança média de vida, à diminuição da mortalidade e, em consequência, ao envelhecimento global da população. Isto quer dizer que, actualmente, as mulheres viverão cerca de um terço da sua vida em pós-menopausa. No entanto, e segundo os especialistas da mesma entidade, os tratamentos de correcta compensação hormonal permitem dar "mais anos as suas vidas e mais vida aos seus anos".

Lamentavelmente, só cerca de 15 por cento das mulheres que iniciaram um tratamento o mantêm após um ano, o que significa que a grande maioria da população feminina não está a ser correctamente tratada e protegida. Isto deve-se, sobretudo, à falta de informação e à desinformação.

Climatério

É considerado climatério ou perimenopausa, o período imediatamente antes da menopausa, quando os dados endocrinológicos, biológicos e clínicos são sugestivos do início da menopausa e prolonga-se, pelo menos, durante um ano depois da menopausa.

Sintomas da menopausa

O estrogénio, mais especificamente o estradiol, é a hormona natural e básica da mulher. A sua produção começa na adolescência, e é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher. A falta de estrogénio é a causa dos principais sintomas da menopausa, que diferem de caso para caso e, por isso, se designam de suaves, moderados ou agudos. Por serem diferentes causam, por vezes, dificuldades de diagnóstico para quem não esteja familiarizado com este problema.

São frequentes os afrontamentos, calores súbitos, dores de cabeça, insónias, humor depressivo, irritabilidade, secura da vagina, dificuldades sexuais, incontinência urinária, aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, dores ósseas e articulares. Há, também, tendência para o aumento de pressão arterial, subida de colesterol e, por vezes, para o aparecimento de dores pré-cordiais e alteração no electrocardiograma. Os afrontamentos afectam 75 por cento das mulheres. Durante um acesso de calor, a pele, em especial a da cabeça e do pescoço, fica vermelha e quente e a sudação pode ser intensa. A maioria das mulheres têm afrontamentos durante mais de um ano e entre 25 e 50 por cento sofrem-nos durante mais de cinco anos. Duram entre 30 segundos e 5 minutos e podem ser seguidos de calafrios.

Os sintomas psicológicos e emocionais como fadiga, irritabilidade, insónia e nervosismo também podem ser provocados pela diminuição de estrogénios. A sudação nocturna é um factor de perturbação do sono e agrava o cansaço e a irritabilidade. Por vezes, a mulher pode sentir-se enjoada, ter sensação de formigueiro (picadas) e sentir os batimentos do seu coração, que parece palpitar com força. Também pode sofrer de incontinência urinária, inflamação da bexiga e da vagina e ter dores durante o coito devido à secura vaginal. Às vezes, surge uma sensação dolorosa nos músculos e nas articulações.

A osteoporose (o intenso adelgaçamento dos ossos) é o principal problema para a saúde que a menopausa provoca. As mulheres brancas magras e as que fumam, ingerem quantidades excessivas de álcool, tomam corticosteróides, ingerem pequenas quantidades de cálcio ou têm uma forma de vida sedentária correm maior risco de sofrer desta doença. Durante os primeiros 5 anos posteriores à menopausa, perdem-se entre 3 e 5 por cento de massa óssea por ano e, depois, entre 1 e 2 por cento por ano. Daí que ocorram fracturas a partir de lesões menores e até, nas pessoas de idade avançada, sem que exista nenhuma lesão.
Os ossos que se fracturam com maior frequência são as vértebras (o que provoca encurvamento e dor de costas), o fémur (ancas) e os ossos dos pulsos.

A incidência das doenças cardiovasculares aumenta mais rapidamente depois da menopausa, também devido ao facto de os estrogénios diminuírem. Uma mulher que tenha sofrido a extracção dos ovários e que, em consequência, tenha menopausa prematura, e que não se submeta a uma terapia de reposição de estrogénios, tem o dobro de probabilidades de sofrer de doenças cardiovasculares do que uma mulher pré-menopáusica da mesma idade.
As mulheres pós-menopáusicas que tomam estrogénios sofrem muito menos de doenças cardiovasculares do que as que não os tomam. Por exemplo, entre as doentes pós-menopáusicas que sofrem de doenças das artérias coronárias, as que tomam estrogénios têm, em média, uma maior esperança de vida. Estas vantagens devem-se, em parte, aos efeitos favoráveis dos estrogénios sobre a quantidade de colesterol. A diminuição de estrogénios provoca um aumento no chamado colesterol mau (lipoproteínas de baixa densidade - LDL) e uma diminuição do chamado colesterol bom (lipoproteínas de alta densidade - HDL).

Tratamento

O tratamento hormonal consiste na administração de hormonas, naturais ou sintéticas, para substituir as hormonas que os ovários deixam de produzir quando a mulher chega à menopausa.
Cada caso tem de ser estudado criteriosamente, de modo a escolher-se o melhor tratamento a utilizar, a dose recomendada e a melhor via da sua administração. Durante o tratamento é indispensável verificar se se obtém a desejada eficácia clínica e se há normalização dos factores de risco ósseo e cardiovascular. O objectivo primordial do tratamento da menopausa é prevenir certas doenças e melhorar a qualidade da vida da mulher.
Pode iniciar-se de modo seguro até um ano após o início da menopausa, ou seja, na idade do climatério, para o alívio sintomático, bem como para prevenção dos riscos associados à falta de estrogénios, nomeadamente a doença cardíaca e a osteoporose. Na fase do climatério ou perimenopausa, os tecidos reagem bem ao tratamento hormonal, ou seja, os tecidos beneficiam do tratamento desde que ainda estejam saudáveis, ainda não tenham ocorrido lesões e não haja um longo período de tempo sem hormonas.

Segundo indicação das Sociedades de Menopausa Americana, Europeia e Internacional, entre outras, não há limite de tempo para o tratamento hormonal desde que se atinjam os objectivos e não surjam contra-indicações. Não é, portanto, correcto afirmar que o tratamento não deve fazer-se por mais de cinco anos.

Assim, no tratamento da menopausa, observa-se o desaparecimento dos afrontamentos, insónias, irritabilidade e crises depressivas. Verifica-se humidificação da vagina e melhoria da vida sexual; redução de dores ósseas; normalização de pressão arterial e do colesterol e do peso. Há uma melhoria da pele do cabelo e uma diminuição da perda da massa óssea (por vezes, até aumenta) com redução em 50 por cento do risco de fracturas, para além da elevada redução do risco de doenças cardíacas que são a principal (50 por cento) causa de morte das mulheres (o cancro é causa de morte em apenas 5 por cento). Há portanto, uma melhoria substancial da qualidade vida e da longevidade.

Terapêutica Hormonal de Substituição (THS) vs. Tratamento hormonal

As terapêuticas hormonais que se instituem após a menopausa fisiológica não devem ser consideradas substitutivas uma vez que o hipoestrogenismo é fisiológico. O facto de se receitar estrogénios não serve para substituir mas sim para beneficiar das suas propriedades farmacológicas. Neste sentido, é mais correcto falar de terapêuticas hormonais na menopausa do que em terapêutica hormonal de substituição (THS).

Não obstante, caso se trate de uma menopausa cirúrgica (com ovariectomia) ou de uma menopausa precoce, nestes casos a terapêutica com estrogénios é verdadeiramente substitutiva. Ou seja, a verdadeira THS existe, só não deve ser entendida de uma forma global e/ou abrangente.

Riscos do tratamento hormonal

Grande parte da informação veiculada acerca dos riscos do tratamento hormonal deve-se tanto a más interpretações de estudos realizados, como à falta de rigor observada na realização de outros, sobretudo no que se refere à definição da amostra - mulheres em faixas etárias onde o tratamento não é recomendado.

Exemplo disso é o estudo WHI - Women's Health Initiative, realizado em 2003, cujos resultados não foram devidamente interpretados. O facto de não ter sido feita a destrinça entre os termos risco absolutoe relativo desencadeou uma série de falsos alarmismos que desencorajam as mulheres no que respeita ao tratamento hormonal.

O facto da média de idades das mulheres que participaram nesse estudo ser de 63 anos conduz, igualmente, a resultados considerados nulos na questão do tratamento hormonal, mas também porque as consequências podem ser adversas a partir dessas idades. Até ao momento, não há nenhum estudo que se tenha referido exclusivamente às mulheres abaixo dos 60 anos, nomeadamente entre os 50/55 anos, que é a faixa etária indicada para o tratamento hormonal.

De concluir que tão importante é o rigor estatístico usado na realização de estudos como a boa interpretação dos resultados. Até ao momento não são conhecidos riscos associados a um tratamento prolongado, desde que estejam reunidas três condições principais - que o início ocorra na fase do climatério, não se conheçam contra-indicações e a mulher seja considerada saudável.

Simultaneamente, assume-se que os riscos que podem advir de mulheres que não fazem tratamento hormonal 10 anos após o início da menopausa são superiores aos que eventualmente decorram do tratamento hormonal desde que este seja iniciado cedo.

Artigos relacionados

A saúde mental na menopausa

Alimentação na menopausa

Sexualidade da mulher na menopausa

Consequências da menopausa na saúde oral da mulher

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo
Uso frequente de aparelhos de ecrã táctil pode retardar o desenvolvimento da fala das crianças.

Um estudo do Cohen Children's Medical Centre, em Nova Iorque, EUA, revela que as crianças, até aos três anos, que mais brincam com aparelhos “touch screen” (ecrã táctil) têm um desenvolvimento da linguagem mais lento.

O que mais chocou os investigadores foi o facto de os pais terem substituído os livros e brinquedos “tradicionais” das crianças pelos smartphones e tablets. Alguns dos inquiridos chegaram mesmo a confessar que já nem dão à crianças, para se entreterem, mais nada além de aparelhos tecnológicos.

Apesar de 60% dos pais dizerem que estes têm benefícios educacionais, o estudo não mostra qualquer diferença em relação às crianças que brincam com os brinquedos tradicionais.

A idade média com que os bebés começam a mexer nestes dispositivos é de 11 meses, durante cerca de 36 minutos por dia.

Portugueses criam
Em Portugal 160 mil crianças sofrem de asma e mais de 400 mil de rinite alérgica. Um grupo de especialistas portugueses,...

Após ser testado com sucesso em 11 hospitais nacionais, o “CARATkids” está já a ser utilizado por médicos de todo o país e também em hospitais holandeses.

De acordo com João Fonseca, “o CARATkids é um questionário simples que avalia o controlo - estado clínico - da doença alérgica das vias aéreas (asma e rinite) em crianças dos 6 aos 12 anos. São 13 questões, em que oito questões são respondidas pela criança, e cinco pelos pais”.

Este questionário permite, de forma simples e muito rápida, que o médico afira o grau de controlo da asma e rinite. João Fonseca explica que o objectivo “não é o diagnóstico da doença, mas sim perceber em que ponto estamos a conseguir atingir os objectivos do tratamento”.

Para o imunoalergologista, a grande inovação do “CARATkids” consiste em “ter um número que nos indica, com precisão, como está a evoluir a doença, se a medicação está realmente a funcionar ou se há risco de vir a ter uma agudização da doença”.

O CARATkids já foi testado com sucesso em 11 hospitais nacionais. Os resultados de validação, recentemente publicados numa revista científica da área, indicaram que é um teste com elevada sensibilidade e especificidade para a detecção de situações de não controlo da asma e rinite.

Agora, este teste vai ser aplicado em todos os locais em que seja útil conhecer o estado clínico de uma criança com diagnóstico de asma e rinite. “Pode ser antes de uma consulta de Imunoalergologia, ou com o médico de família ou pediatra. Mas também será importante a sua utilização em rastreios, ou mesmo em casa entre consultas médicas”, acrescenta João Fonseca.

O coordenador do projecto explica que foi já ministrada formação em dezenas de unidades de saúde, quer hospitalares, quer no âmbito dos cuidados primários para a utilização do teste. Além desta formação, o “CARATkids” já foi, também, distribuído a muitas centenas de médicos.

“Sabemos que está a ser utilizado com regularidade por muitos médicos mas o desafio é que passe a ser um teste de rotina na prática clínica, o que é sempre extremamente difícil. Por isso mesmo, já nos próximos dias, estará disponível para impressão no site caratnetwork.org”, remata.

Dados da Organização Mundial de Saúde
Mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto, revela esta terça-feira a Organização...

Segundo os dados hoje revelados, 289 mil mulheres morreram em 2013 devido a complicações relacionadas com a gravidez e o parto, face às 523 mil mortes de 1990.

A quase totalidade das mortes maternas (99%) ocorre em países em desenvolvimento e um terço do total regista-se em apenas dois países: a Índia (50 mil) e a Nigéria (40 mil), conclui a OMS.

Segundo a OMS, a região mais perigosa para se ter um filho é a África subsaariana.

A taxa de mortalidade materna nos países em desenvolvimento em 2013 foi de 230 por 100 mil nascimentos, enquanto nos países desenvolvidos foi de 16 por 100 mil nados vivos, conclui a OMS.

A organização sediada em Genebra alerta para as grandes disparidades entre países - com alguns Estados a registarem taxas de mortalidade materna extremamente elevadas, de mil mortes por cada 100 mil nados vivos - e também entre pobres e ricos dentro de alguns países.

Um outro estudo da agência da ONU para a saúde hoje publicado na revista The Lancet Global Health revela que uma em cada quatro mortes se deve a complicações previamente existentes, como diabetes, VIH, malária ou obesidade, cujos impactos são agravados pela gravidez.

Outro quarto das mortes deve-se a hemorragia severa.

Hipertensão induzida pela gravidez (14%), infeções (11%), obstruções e outras complicações no parto (9%), complicações relacionadas com o aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%) são as outras causas identificadas.

“Juntos, os dois relatórios sublinham a necessidade de investir em soluções comprovadas, como cuidados de saúde de qualidade para todas as mulheres durante a gravidez e o parto, e cuidados especiais para grávidas com problemas clínicos pré-existentes”, disse a directora-geral adjunta da OMS para a saúde da família, mulher e criança, Flavia Bustreo, citada num comunicado da OMS.

Outro alerta da organização vai para a falta de dados rigorosos sobre a mortalidade materna.

Apesar de estar a aumentar o conhecimento sobre o número de mulheres que morrem e as razões das suas mortes, muito continua por registar, conclui a OMS.

“Trinta e três mortes maternas por hora são trinta e três mortes a mais”, disse o director de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial, citado no mesmo comunicado.

“Precisamos de documentar cada um destes acontecimentos trágicos, determinar as suas causas e iniciar acções correctivas urgentemente”, acrescentou.

Hospital Amadora-Sintra
Investigação do próprio hospital concluiu que não houve negligência ou má prática em caso de doente que esperou seis horas e...

O Bloco de Esquerda (BE) insistiu com o Ministério da Saúde no sentido de a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) abrir um inquérito à morte de uma doente nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, após mais de seis horas de espera. As averiguações internas daquela instituição concluíram que não houve negligência ou má prática no caso, mas o partido quer uma investigação independente.

O caso remonta a 25 de Novembro de 2013 e foi relatado pela primeira vez em Janeiro, numa comissão parlamentar de Saúde, que contou com a presença do ministro Paulo Macedo. Na altura, o deputado bloquista João Semedo contou que uma mulher, de 67 anos, deu entrada nas urgências do Hospital Fernando da Fonseca (conhecido como Amadora-Sintra) e acabou por morrer seis horas depois com uma paragem cardiorrespiratória, quando começava a ser atendida. Na triagem de Manchester foi-lhe a atribuída uma pulseira de cor amarela, a que deve corresponder um tempo máximo de atendimento de uma hora.

O Bloco de Esquerda endereçou uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre o caso. Em resposta, a tutela adiantou que “face ao resultado das averiguações realizadas pelo próprio hospital, no âmbito das quais não terão sido encontradas evidências de dolo, negligência ou má prática profissional atribuível a qualquer dos intervenientes, encontra-se em análise um pedido de inquérito junto da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde”.

O gabinete de Paulo Macedo disse, ainda, que nem a doente nem o marido terão dito durante a triagem que a mulher já tinha tido uma síncope em casa, referindo apenas a dor lombar, “o que naturalmente poderá ter influenciado o percurso” nas urgências. De acordo com as informações do hospital, “ter-se-á verificado um pico de afluência, entre as 8h e as 0h, com 364 doentes ‘em circulação’, o que terá ocasionado um tempo de espera acima do preconizado para a prioridade amarela”.

Porém, para o BE o caso merece uma investigação tutelada pela própria IGAS, justificando o partido que “o Hospital Amadora-Sintra é, evidentemente, parte interessada neste inquérito, estando a agir como juiz em causa própria, pelo que é fundamental garantir a realização de um inquérito por parte de uma entidade independente”.

Por isso, os deputados João Semedo e Helena Pinto endereçaram uma nova pergunta ao Ministério da Saúde, onde também contrapõem os números relacionados com o pico na urgência. “Não é claro o que se pretende dizer com doentes ‘em circulação’ mas é certo que este número não corresponde a qualquer pico, como falsamente o conselho de administração quer fazer crer. De facto, a média de doentes na urgência no Hospital Amadora-Sintra em 2013 foi de 728 utentes por dia”, lê-se na pergunta.

O partido, depois de Paulo Macedo ter dito na comissão parlamentar de Saúde de 30 de Abril que a Entidade Reguladora da Saúde também foi chamada a olhar para este caso, reitera que quer conhecer o sentido da sua pronúncia e insiste em saber se a IGAS vai ou não efectuar um inquérito.

8 de Maio no Palácio de S. Bento
A Associação Bate Bate Coração vai promover, no próximo dia 8 de Maio, no Palácio de S. Bento, um dia de sensibilização para a...

“Este dia permite sensibilizar os deputados para a necessidade de desenvolver medidas práticas e imediatas para salvar vidas e reduzir os enormes custos, a incapacidade e mortalidade devidas à fibrilhação auricular não diagnosticada e não tratada”, explica Carlos Morais, presidente da Associação Bate Bate Coração.

Uma das complicações mais graves da fibrilhação auricular é a ocorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que “pode ter consequências devastadoras”, alerta a Associação, referindo que cerca de 1/3 dos casos de AVC têm como origem a fibrilhação auricular e os relacionados com esta arritmia são “habitualmente mais graves”.

A fibrilhação auricular é a perturbação do ritmo cardíaco crónica mais frequente, afectando aproximadamente 6 milhões de pessoas na Europa, 8 milhões na China e 2,6 milhões nos Estados Unidos da América. Esta doença é responsável por aproximadamente 15% dos 15 milhões de AVCs que se estima ocorrerem anualmente a nível mundial.

A Associação Bate Bate Coração está também a promover, em Portugal, a assinatura da Carta dos Direitos dos Doentes.

“Este documento pretende dar uma voz única, a nível mundial, a todas as pessoas e famílias que já sofreram com a fibrilhação auricular. O nosso objectivo, em termos globais, é conseguir 1,7 milhões de assinaturas em apoio à Carta e entregá-la depois aos decisores de saúde em todos os países do mundo”, esclarece Carlos Morais.

Para mais informações sobre a Carta dos Direitos dos Doentes com Fibrilhação Auricular consulte: http://www.signagainststroke.com/pt

Páginas