Estudo revela
Amostras de sémen de participantes nas três últimas semanas académicas das universidades de Aveiro e Coimbra confirmaram que o...

A investigação liderada por Margarida Fardilha, do Centro de Biologia Celular da Universidade de Aveiro, que teve por base a recolha de sémen antes e depois das semanas académicas, junto de cerca de uma centena de estudantes, conclui que a qualidade do sémen diminui com o aumento do consumo de álcool, ainda que num curto período de tempo.

As conclusões do estudo realizado por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) apontam não só para um decréscimo em 65 por cento na concentração de espermatozoides, como também para um aumento em 53 por cento de danos no DNA e morte das células reprodutores masculinas dos estudantes, após as festas académicos.

O trabalho, realizado com o estudo do Centro de Biologia Celular (CBC) da UA, adianta ainda que, relativamente ao período que antecede a participação nas semanas académicas, onde se verifica um aumento de oito vezes o consumo de álcool, o volume do sémen dos participantes não só diminuiu em 43 por cento como houve um aumento de 38 por cento de células reprodutoras com defeitos morfológicos, nomeadamente na cauda e na peça intermédia.

Apesar de existirem já vários estudos que indicam que o consumo prolongado de álcool e drogas diminui a capacidade reprodutora masculina, no que diz respeito a ingestões agudas durante um curto período de tempo o trabalho da UA é pioneiro.

Margarida Fardilha, coordenadora do trabalho e responsável pelo Laboratório de Transdução de Sinais do CBC, sublinha que “os resultados mostram que as alterações agudas no estilo de vida que ocorrem no decorrer da semana académica conduzem a um aumento nos níveis de marcadores apoptóticos nos espermatozoides 1/8marcadores de danos no DNA e morte celular 3/8, a uma diminuição na concentração de espermatozoides e do número total de espermatozoides no ejaculado e no volume de sémen, assim como, um aumento dos defeitos morfológicos nos espermatozoides”.

Numa terceira recolha de sémen, realizada aos estudantes três meses após a participação nas semanas académicas, a equipa de Margarida Fardilha registou que os valores estudados recuperam a normalidade mas a investigadora sublinha que “desconhece-se o efeito a longo prazo”.

O estudo, que pretende compreender ao nível molecular e celular o efeito das alterações do estilo de vida na qualidade seminal, utilizando como modelo de estudo as festividades académicas, tem financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Margarida Fardilha recorda que em Portugal a taxa de natalidade decresceu para 1,5, abaixo da média de 2,1 necessária para manter os níveis populacionais.

“As consequências são dramáticas pois haverá menos mulheres em idade fértil, menos membros da família para cuidar dos idosos, as pensões aumentarão os gastos públicos e os trabalhadores serão mais velhos e menos adaptáveis, diminuindo a produtividade”, antevê a investigadora.

Decorre em mais 9 países europeus
A Dompé, uma empresa biofarmacêutica italiana, está a criar novas expectativas para o tratamento de úlceras da córnea em...

O rhNGF (factor recombinante de crescimento do nervo humano) está em desenvolvimento clínico no estudo REPARO, que está a ser realizado em 39 centros espalhados por 9 países europeus. Os dados preliminares da Fase I do estudo, que envolvem doentes com queratite neurotrófica moderada ou grave, foram apresentados na Reunião Anual da ARVO (Orlando, EUA, 4 a 8 de Maio de 2014) e demonstraram que o rhNGF é bem tolerado.

O estudo examinou 18 doentes (7 homens e 11 mulheres) com queratite neurotrófica moderada ou grave resultante de diabetes, infecções oculares causadas pelo vírus do herpes, infecções, intervenções neurocirúrgicas e outras doenças relacionadas. Os doentes inscritos neste estudo que não responderam a tratamentos médicos actualmente disponíveis foram divididos em quatro grupos. No primeiro grupo foi administrado aos doentes um colírio para utilização tópica a uma dose de 10 µg/ml. No segundo grupo foi administrado um veículo simples. No terceiro grupo foi dada uma dose de 20 µg/ml e, no quarto grupo, foi administrado um placebo. No final do tratamento, verificou-se uma melhoria notável em 11 doentes com doenças da córnea. Verificou-se também uma resolução completa das lesões da córnea na maioria dos doentes, com percentagens semelhantes nos dois grupos tratados com rhNGF a doses diferentes, bem como um aumento da sensibilidade da córnea em aproximadamente um em cada três doentes.

“Estes resultados são extremamente importantes no percurso do desenvolvimento clínico do rhNGF, um medicamento candidato que resulta da investigação realizada pela vencedora do prémio Nobel, Rita Levi Montalcini”, explica Eugenio Aringhieri, CEO do Grupo Dompé. “Os nossos investigadores são os primeiros a identificar uma molécula de NGF para utilização oftalmológica. Os resultados deste estudo clarificam o potencial do NFG no campo da oftalmologia. A Dompé vai continuar a perseguir o seu forte compromisso para com os pacientes, focando a sua Investigação e Desenvolvimento em áreas com necessidades médicas não atendidas, como a queratite neurotrófica”.

O NGF é uma proteína que estimula o crescimento, a manutenção e a sobrevivência dos neurónios. O mundo da investigação formulou, ao longo do tempo, a hipótese da eficácia da utilização tópica do NFG, dado que a queratite neurotrófica é uma doença neurodegenerativa. É um facto reconhecido que a integridade da córnea - inquestionavelmente o órgão com mais terminações nervosas do organismo humano (aproximadamente 400 vezes mais do que a pele) - é mantida pela inervação e não pela vascularidade. A investigação realizada pelo Grupo Dompé tornou possível continuar os estudos num ambiente clínico, garantindo a produção biotecnológica de um tratamento baseado em rhNGF com potencial para fornecer aos doentes que sofrem de queratite neurotrófica uma resposta terapêutica verdadeira e eficaz.

“A queratite neurotrófica carateriza-se pela gravidade e pela progressão degenerativa, resultando da inervação reduzida da córnea devido a várias patologias (por exemplo, diabetes, lesões causadas por herpes, intervenções cirúrgicas, podendo mesmo levar a consequências incapacitantes, como ulceração e perfuração da córnea, resultando na perda das funções visuais”, explica o Professor Stefano Bonini, Responsável do Departamento de Oftalmologia do Campus Biomédico de Roma e Investigador Principal do Estudo REPARO. “Presentemente, após anos de estudo, estamos particularmente orgulhosos por conseguir substanciar a nossa investigação, que é também confirmada pelos resultados promissores do Estudo REPARO. Um resultado encorajador teve origem no sector industrial que, através da experiência e visão, possibilitou a produção de um medicamento sob avaliação clínica num espaço de tempo muito reduzido".

A molécula encontra-se também em experimentação para o tratamento do síndrome do olho seco e para a retinite pigmentosa.

Em Lisboa
Em Abril de 2011 é criado no bairro do Príncipe Real, em Lisboa, mais precisamente no nº2 da Travessa do Monte do Carmo, o...

O CheckpointLX oferece um serviço anónimo, confidencial e gratuito, para rastreio rápido do VIH, dirigido a homens que têm sexo com homens (HSH). O aconselhamento é personalizado e feito por técnicos HSH, promovendo desta forma o acesso à prevenção e à saúde sexual de uma forma mais eficaz e integrada na realidade desta comunidade.

Decorridos 3 anos após a abertura do CheckpointLX, foram realizados 5149 testes rápidos, dos quais 4,5% (233) correspondem a um resultado reactivo para a pesquisa de anticorpos do VIH. A todos os casos com um resultado reactivo é proposta referenciação e acompanhamento por um membro da equipa à consulta da especialidade.

O CheckpointLX funciona das 12.00 às 20.00H em dias úteis e das 14.00 às 18.00H aos Sábados. Para um atendimento mais célere é conveniente marcação prévia através do 910 693 158 ou ainda através de email: [email protected]

IPO-Porto oferece
A 14 de Maio, Dia do Euromelanoma, a prevenção é a chave para uma pele saudável. No Instituto Português de Oncologia do Porto,...

A partir das 09h desta sexta-feira, 9 de Maio, a linha telefónica 808 202 517 estará aberta para receber as inscrições dos utentes interessados em realizar uma avaliação gratuita da saúde da pele, no Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto).

O Dia do Euromelanoma, a 14 de Maio, está integrado numa campanha pan-europeia, que envolve 29 países com o objectivo de dar informação a toda a população sobre o cancro de pele, o diagnóstico precoce e respectivo tratamento. Para além da sensibilizar a população acerca dos cuidados a ter com o sol, os rastreios tornam possível detectar precocemente as lesões cutâneas, que podem estar na origem de problemas oncológicos. Por exemplo, em 2013, na mesma campanha, o IPO-Porto detectou 12 casos de doenças de pele, nos 110 rastreios que realizou.

Também no dia 14 de Maio, além da iniciativa das avaliações gratuitas, a Clínica de Pele, Tecidos Moles e Osso do IPO vai realizar, no auditório principal, a partir das 15h, uma acção de sensibilização com estudantes do ensino secundário. O objectivo é alertar os jovens para os cuidados a ter com a pele e a exposição solar.

Dia 9 de Maio
A Comissão de Utentes do Alto Seixalinho, no Barreiro, revelou na passada terça-feira que foi informada que o Centro de Saúde...

“Fomos informados pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho que o encerramento do Centro de Saúde do Bocage se concretiza no dia 9 de Maio e a transferência dos trabalhadores e de milhares de utentes para Santo André”, refere em comunicado.

Com a construção do novo centro de Saúde em Santo António da Charneca, a rede vai ser reorganizada no concelho, com o centro do Bocage a encerrar, com os cerca de 16 mil utentes a serem transferidos para Santo André.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) confirmou recentemente que a Unidade de Saúde do Bocage, no Barreiro, vai ser encerrada depois da conclusão do novo Centro de Saúde de Santo António da Charneca, pois não reúne condições.

Segundo aquela entidade, a decisão de construção do Centro de Saúde de Santo António da Charneca, que está prestes a ser inaugurado, vem dar resposta às necessidades no concelho.

A comissão de utentes está contra a decisão e refere que vai lutar pela construção de um novo Centro de saúde no Alto Seixalinho.

“Todas as medidas de luta aprovadas na Tribuna Pública estão em desenvolvimento, como a recolha de assinaturas para a realização de uma assembleia municipal extraordinária na defesa da saúde e das populações”, concluiu.

Estudo revela
Morar perto de um aeroporto aumenta o perímetro da cintura devido ao stresse provocado pelo barulho, revelou um estudo...

A pesquisa estabeleceu a relação entre a saúde de 5.000 moradores da região de Estocolmo, acompanhados entre oito e dez anos, e o nível sonoro nos seus domicílios.

Seis cientistas do Instituto Karolinska, especializados em medicina ambiental, medicina molecular e endocrinologia, concluíram que à medida que aumenta o barulho dos aviões no dia-a-dia das pessoas, mais riscos elas correm de ganhar barriga.

“Trata-se de um aumento correspondente a 1,5 centímetros por cada aumento de 5 decibéis no nível sonoro”, explicou a cientista que coordenou a pesquisa, Charlotta Eriksson, num comunicado da universidade.

Esta acumulação de gordura deve-se ao aumento das hormonas de stresse, principalmente o cortisol, produzido em maior quantidade quando o ruído ambiental é elevado.

“A obesidade abdominal é um factor de risco, tanto para as doenças cardiovasculares quanto para o diabetes, e como uma parte importante da população está exposta diariamente a níveis sonoros altos produzidos pelos meios de transporte, o ruído, portanto, poderia ter efeitos para a saúde mais sérios do que pensávamos”, acrescentou Eriksson.

O estudo, o primeiro a tentar estabelecer esta correlação, foi publicado na edição da revista americana Environmental Health Perspectives.

Um dos mais mortais
Em 2011, os trabalhos para a fundação de uma obra na região do Queens, em Nova Iorque, foram interrompidos por uma inesperada...

O corpo foi enterrado no que era o cemitério de uma igreja próxima dali, num caixão luxuoso – o que era pouco comum para uma mulher negra na época. Examinando lesões e protuberâncias encontradas no corpo mumificado, o cientista Bradley Adams, chefe de Departamento de Antropologia Forense de Nova Iorque, lembrou-se de fotos de vítimas de varíola. O caixão de ferro, fechado a vácuo, não se destinava a preservar o corpo de algum indivíduo rico, mas a isolar uma infecção.

O caso passou a ser tratado como de potencial risco biológico. Accionado, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Atlanta (CDC) enviou uma equipa de cientistas para fazer a autópsia do corpo com uma missão especial; não se sabe por quanto tempo o vírus da varíola pode sobreviver num cadáver humano, e a equipa da epidemiologista Andrea McCollum estava à procura de partículas do vírus no corpo ou no ADN da mulher.

Este mês, a Assembleia Mundial da Saúde, órgão de decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), deve reunir-se em Genebra para decidir quando destruir as únicas amostras conhecidas do vírus da varíola, mantidas em congeladores de laboratórios nos Estados Unidos e na Rússia.
A destruição tem vindo a ser postergada desde os anos 80, e provavelmente será adiada de novo; mas mesmo se esses estoques oficiais forem destruídos, existe a hipótese de que outros focos do vírus estejam escondidos num congelador qualquer, ou de que o agente patogénico da varíola reapareça a partir de um cadáver mumificado, como o do Queens.

“O risco de o vírus voltar a causar uma pandemia é baixo, mas existe essa preocupação”, diz McCollum. A descoberta de espécimes antigos do vírus, mortos ou vivos, pode ajudar os cientistas a montar um plano de defesa caso infecções pelo vírus da varíola voltem a acontecer.

A varíola tem a reputação de ser uma das piores doenças da história: ela propaga-se rapidamente e mata cerca de um terço dos infectados. Embora tenha atingido seres humanos em todo o mundo, americanos e africanos foram vítimas das versões mais extremas: algumas populações foram completamente exterminadas depois de contrair a doença dos invasores europeus, nos séculos XVI e XVIII. Em 1966, quando ainda se registava 10 a 15 milhões de casos por ano em todo o mundo, a OMS decidiu aprimorar as campanhas de vacinação e contenção. Em 1977, a doença estava erradicada.

Vírus remanescentes da varíola estão espalhados pelo mundo. Sintomas da doença, como lesões na pele com partículas e ADN do vírus da varíola foram encontrados em cadáveres humanos de mais de 3.200 anos, inclusive na múmia do faraó egípcio Rameses V. Mesmo assim, não há registos do reaparecimento do vírus a partir de um cadáver. Também na múmia da mulher do Queens, o ADN de varíola encontrado estava bastante degradado.

O vírus da varíola é especialmente estável no tecido humano, segundo D.A. Henderson, cientista que liderou os esforços de erradicação da varíola nos anos 60 e 70, actualmente ligado ao Centro de Segurança de Saúde da Universidade de Pittsburgh, na cidade americana de Baltimore. O vírus presente nas feridas de um doente permanecem nas cicatrizes, mesmo depois que as erupções na pele são curadas.

Peter Jahrling, virólogo no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, concorda que o risco de infecção é baixo, mas existe. “É bom precaver-nos se estiver a escavar cadáveres de pessoas que morreram de varíola”, afirma. “O vírus é particularmente bem preservado em temperaturas baixas. É plausível imaginar que o vírus pode existir em múmias conservadas em criptas frias”.

De acordo com a viróloga molecular Inger Damon, do CDC, a mais antiga amostra viável do vírus da varíola é de 1939. “Obter uma amostra do século XIX seria de enorme importância”, afirma. Estudar a evolução do vírus da varíola pode revelar quando a doença passou a infectar humanos, ou como ela foi evoluindo em variações cada vez mais graves. Essas descobertas podem ajudar no tratamento de doenças como a varíola dos macacos, doença tropical exótica que vem preocupando em certas regiões da África. Corpos mumificados e pedaços de tecido humano são a principal esperança dos cientistas para conhecer o histórico da evolução do vírus.

Duas centenas na rua
Cerca de duas centenas de enfermeiros concentraram-se hoje em frente ao Hospital São Francisco Xavier para exigir o pagamento...

Empunhando bandeiras e uma faixa com a frase “enfermeiros do CHLO a CIT (contrato individual de trabalho) exigem pagamento digno de horas noturnas, feriados e fins de semana”, os enfermeiros gritavam palavras de ordem como “trabalho com dignidade, queremos horas de qualidade”, “paga o que deves” ou “CHLO, ladrões, queremos os nossos tostões”.

Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse que “os enfermeiros com contrato individual de trabalho estão hoje em greve, com uma adesão de 88%, porque continuam a exigir o pagamento de horas de qualidade que foram trabalhadas entre 2008 e 2012”.

Iniciativas formativas decorrem todo o ano
A Fundação Grünenthal vai promover, até ao final do ano, cursos formativos que pretendem ampliar os conhecimentos sobre os...

Estas iniciativas, integradas no projecto Pain Education, pretendem ser um contributo formativo para os profissionais de saúde, conduzindo a uma melhoria do tratamento da dor na prática diária. As ferramentas formativas que constituem o PAIN Education são instrumentos válidos de formação e apoio aos profissionais de saúde e estudantes com interesse na temática da dor crónica.

O conhecimento da fisiologia da dor é fundamental para o seu controlo mais eficaz. O aumento deste conhecimento poderá conduzir a melhores decisões terapêuticas e, consequentemente, a uma melhoria da qualidade de vida dos doentes com dor crónica.

Para mais informações sobre o projecto Pain Education consulte: http://www.pain-cme.net ou www.change-pain.com.pt

A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao estudo da dor e respetivo tratamento. Para mais informações www.fundacaogrunenthal.pt

Sociedade Portuguesa de Psoríase alerta para cuidados a ter
O tempo quente e seco induz, geralmente, melhorias nos sintomas e manifestações da doença. Uma exposição solar moderada ajuda a...

Apesar de a exposição solar ser benéfica na maior parte dos casos, há cuidados necessários a ter. “A utilização de protector solar é obrigatória a quem frequente a praia ou piscinas, ao mesmo tempo que se devem evitar as horas de maior calor”, alerta Paulo Ferreira, médico dermatologista.

E acrescenta: “O vestuário deve ser o mais leve possível e de algodão, evitando tecidos que provoquem a irritação da pele. O mesmo se aplica à roupa interior, que deve ser sempre confortável e livre de elásticos”.

Antes de nadar, as pessoas com psoríase devem aplicar um creme hidratante e devem também limitar o tempo em que estão na água, devido ao cloro, químicos ou sal que possam irritar a pele sensível.

No entanto, a chegada do Verão pode trazer outros problemas aos doentes. O tempo quente obriga a colocar partes do corpo mais a descoberto, o que pode inibir os doentes com psoríase, erradamente alvo de descriminação por parte de quem desconhece que a psoríase não é uma doença contagiosa.

A psoríase é uma doença autoimune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.

A PSOPortugal, entidade com oito anos de existência, constituída em 2005, tem vindo a defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase.

Sociedade Portuguesa de Hipertensão promove
No dia 17 de Maio, assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão e, desta vez, a cidade escolhida para capital das actividades...

A Avenida Luísa Todi será o palco do Dia Mundial da Hipertensão (DMH), em 2014. Ao longo deste dia, entre as 9h30 e as 17h30, quem quiser conhecer os seus níveis da pressão arterial e participar em acções de sensibilização sobre a Hipertensão e estilos de vida saudáveis, pode juntar-se à Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) nas várias actividades de comemoração que estão programadas para este dia.

Ainda neste dia, os alunos das escolas do 1º e 2º ciclos são convidados a saber mais sobre a Hipertensão Arterial e a participar num concurso de desenhos, que serão expostos no próprio local.

As actividades do DMH enquadram-se na missão da SPH, que prevê o desenvolvimento de acções de educação e de promoção da saúde, com o objectivo de alertar a população para os riscos e para a prevenção da Hipertensão Arterial. 

Alunos da UBI e ISCTE
The Dians é o nome da equipa vencedora da final nacional Imagine Cup, composta por três alunos da Universidade da Beira...

Além do primeiro lugar na final nacional da Imagine Cup, o projecto Nuada ganhou a prova de Cidadania. Para os vencedores, este prémio não teria sido possível sem a colaboração dos docentes do Departamento de Informática Pedro Araújo e Simão Melo de Sousa.

Sete finalistas estiveram na competição de inovação, promovida e organizada pela Microsoft, mas só três foram premiados. No auditório da sede da Microsoft Portugal foram anunciados os projectos tecnológicos que vão procurar garantir um lugar na final internacional da Imagine Cup, que se realiza em Julho em Seattle.

Em segundo lugar, ficou o projecto Gluck, com o desenvolvimento de uma aplicação que permite registar a evolução dos parâmetros clínicos de um diabético. A equipa, composta por alunos da FEUP e do IST, ficou em segundo lugar na final nacional, mas não vai disputar um lugar na final mundial destas miniolimpíadas tecnológicas (só um projecto irá participar na prova de cidadania).

O terceiro lugar da Imagine Cup nacional foi entregue ao projecto Sokethive, que foi desenvolvido por alunos da Universidade Nova de Lisboa e que se distingue por permitir a monitorização, em tempo real, de consumos energéticos de uma casa de família. Apesar de ter ficado em terceiro lugar, SocketHive vai disputar um lugar na final mundial, visto ser a vencedora da categoria de inovação.

Os dois representantes portugueses vão disputar uma final intermédia (organizada online), que servirá de apuramento dos melhores projectos do mundo, que deverão marcar presença na final mundial que tem lugar em Seattle. No ano passado, uma representante portuguesa venceu a final internacional da categoria de cidadania com um dispositivo que detecta o tipo sanguíneo de um ser humano em poucos minutos.

Doença sexualmente transmissível
A tricomoníase é uma doença da vagina e da uretra de transmissão sexual, causada por Trichomonas vag
Aparelho reprodutor feminino

Apesar de a Trichomonas vaginalis poder infectar o tracto geniturinário tanto dos homens como das mulheres, os sintomas são mais frequentes entre as mulheres. Cerca de 20 % destas sofrem de tricomoníase vaginal durante os seus anos férteis.

Nos homens, o organismo infecta a uretra, a próstata e a bexiga, mas só raramente causa sintomas. Em algumas populações, as Tricomonas podem ser responsáveis por todos os casos de uretrite não gonocócica. O organismo é mais difícil de detectar nos homens do que nas mulheres.

Sintomas

Nas mulheres, a doença costuma começar com uma secreção espumosa de cor verde-amarelada proveniente da vagina. Em algumas, a referida secreção é apenas ligeira. A vulva (os órgãos genitais femininos externos) pode estar irritada e dorida e é possível que o coito também cause dor. Nos casos graves, a vulva e a pele que a rodeia inflamam-se, bem como os lábios. Os sintomas são dor ao urinar ou um aumento na frequência das micções, que se assemelham aos de uma infecção da bexiga.

Os homens com tricomoníase não manifestam habitualmente sintomas, mas podem infectar as suas parceiras sexuais. Alguns apresentam uma secreção proveniente da uretra que é espumosa e semelhante ao pus, sentem dor ao urinar e precisam de o fazer com frequência. Os referidos sintomas costumam ter lugar de manhã cedo. A uretra pode apresentar uma ligeira irritação e, por vezes, aparece humidade no orifício do pénis. A infecção do epidídimo, que causa dor testicular, é muito frequente. A próstata também pode infectar, mas o papel das Tricomonas não é muito claro. Estas infecções são as únicas complicações conhecidas da tricomoníase nos homens.

Diagnóstico

No caso das mulheres, o diagnóstico geralmente estabelece-se em poucos minutos, examinando uma amostra da secreção vaginal ao microscópio. Também se efectuam habitualmente análises para outras doenças de transmissão sexual.

Nos homens, as secreções provenientes da extremidade do pénis devem ser colhidas de manhã, antes de urinar. Estas examinam-se ao microscópio e envia-se uma amostra ao laboratório para cultura. Uma cultura da urina também pode ser útil, porque é mais provável que nesta se detectem Tricomonas que não se encontraram no exame ao microscópio.

Tratamento

Uma única dose de metronidazol cura até 95% das mulheres infectadas, desde que os seus parceiros sexuais recebam tratamento simultaneamente. Como não se sabe com certeza se uma única dose é eficaz nos homens, é costume tratá-los durante 7 dias.

Se for tomado com álcool, o metronidazol pode causar náuseas e vermelhidão da pele, assim como uma diminuição no número de glóbulos brancos e, nas mulheres, uma maior susceptibilidade às infecções vaginais por leveduras (candidíase genital). Provavelmente será melhor evitar o metronidazol durante a gravidez, pelo menos durante os 3 primeiros meses. As pessoas infectadas que mantêm relações sexuais antes de a infecção estar curada, provavelmente contagiam os seus parceiros.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Premiar projectos de melhoria da qualidade
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros lança no dia 12 do corrente mês de Maio um concurso para premiar projectos...

O CUIDAR, que teve a sua primeira edição em 2012 para os distritos de Castelo Branco e Guarda e em 2013 contemplou Viseu e Aveiro, está este ano aberto até 30 de Junho para receber os projetos dos Enfermeiros que pretendam candidatar-se a três prémios pecuniários num total de 3.000,00 euros.

O concurso será lançado dia 12 de Maio, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro e posteriormente divulgado nas instituições de saúde dos distritos de Coimbra e Leiria.

Num colóquio a realizar a 4 de Dezembro, serão apresentados os oito projectos finalistas e a encerrar a sessão serão distinguidos os três projectos vencedores com os prémios “Excelência”, “Competência” e “Inovação”, com montantes pecuniários de 1.500,00; 1.000,00 e 500,00 euros, respectivamente.

O concurso é promovido pelo Conselho de Enfermagem Regional do Centro e, com ele, pretende-se divulgar e incentivar projectos de Enfermeiros, individuais ou coletivos, que se destinem a obter ganhos em Saúde sensíveis aos Cuidados de Enfermagem.

Com o CUIDAR visa-se ainda estimular e valorizar a implementação de sistemas de melhoria contínua da qualidade do exercício profissional dos Enfermeiros, bem como dar visibilidade à Enfermagem na Região Centro.

Na sua primeira edição o concurso recebeu 19 candidaturas de Castelo Branco e Guarda. A segunda edição, em 2013, destinado aos distritos de Aveiro e Viseu, contou com a candidatura de 34 projectos de melhoria contínua da qualidade.

“Assim, este ano, com o culminar deste formato, contamos com uma larga participação nos distritos de Coimbra e Leiria, que representam 50% dos enfermeiros da Região Centro”, explica o Enfº Renato Assunção, Vice-presidente do Conselho de Enfermagem Regional e Presidente da organização do concurso.

No próximo ano, na sua última edição, o CUIDAR´15 irá premiar o melhor dos nove projectos da Região Centro, distinguidos nas edições de 2012, 1013 e 2014.

Podem candidatar-se projectos de enfermeiros desenvolvidos nos últimos três anos e que se enquadrem nos princípios enformadores dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, com base nos enunciados descritivos “a satisfação do cliente”, “a promoção da saúde”, “a prevenção das complicações”, “o bem-estar e o autocuidado”, “a readaptação funcional” e “a organização dos cuidados de enfermagem”.

O júri que apreciará os trabalhos é composto por Enfermeiros ligados aos cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados, bem como ao ensino superior, refere o Enfº Renato Assunção.

Presidido por Renato Assunção, o júri integra ainda o Enfº Hugo Raimundo (Enfermeiro Gestor da Qualidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), a Enfª Lúcia Mota (Vogal de Enfermagem do ACeS Oeste-Norte), o Enfº Marco das Neves (Vogal de Enfermagem do ACeS Pinhal Litoral) e o Prof. João Lindo Simões (Professor na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro).

O Júri dará a conhecer os oito projectos finalistas do CUIDAR a 12 de Outubro, e os três galardoados serão divulgados no website da Ordem dos Enfermeiros a 12 de Dezembro.

 

Mais informações em: http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/centro/informacao/Paginas/Olan%C3%A7amentodoConcursoCuidar14marcaoDIE.aspx

 

Pode salvar milhões de vidas
Médicos australianos estão confiantes numa combinação de medicamentos para baixar a tensão arterial e o colesterol com aspirina...

Um grupo de investigadoras de um instituto australiano considera que o “super comprimido” tem um “potencial considerável para melhorar a saúde global”. Ao combinar os princípios activos vulgarmente usados para controlar a tensão arterial e o colesterol, juntamente com aspirina, o novo medicamento, acreditam os cientistas, pode salvar milhões de vida em todo o mundo. Mas não propriamente pela conjugação dos seus elementos, mas sim por facilitar a vida aos doentes.

Os médicos envolvidos neste estudo concluíram que os pacientes em risco de ataque cardíaco ou AVC seguem melhor o tratamento de tomarem este único comprimido do que se tiverem de tomar vários.

O “super comprimido” já tem nome: SPACE na sigla inglesa para “Single Pill to Avert Cardiovascular Events” ou, na tradução, “comprimido único para evitar episódios cardiovasculares”.

No âmbito deste projecto, os investigadores analisaram dados de mais de 3 mil pacientes com doenças cardiovasculares (ou em risco), na Europa, Índia e Australásia (que compreende Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e ilhas próximas, no Pacífico). As conclusões mostraram um aumento de 43% do cumprimento do tratamento por parte dos doentes a tomar o comprimido único, além das melhoras ao nível da tensão e do colesterol.

Médicos querem
Especialistas em cancro de pele defenderam ontem a notificação obrigatória de todos os casos de cancro cutâneo, para se...

Além destes, estima-se ainda que surjam este ano mil novos casos de melanoma, a forma mais grave e mais mortal de cancro, e que esteja a aumentar incidência dos vários tipos de cancros de pele em todo o mundo.

Estes valores baseiam-se na extrapolação de dados internacionais e de algumas amostras, já que existe uma “subnotificação em oncologia cutânea”, disse o secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), Osvaldo Correia, defendendo a “obrigatoriedade da notificação automática”.

“A subnotificação existe em vários cancros, mas nos de pele é ainda mais evidente. Alguns são por amostra ou extrapolação. São seguramente mais de dez mil. Por amostragem, só basocelulares são 11 mil, forma os espinocelulares”, disse, durante a apresentação do programa do “Dia do Euromelanoma”, que se assinala a 14 de Maio.

Existem quatro tipos principais de lesão: o carcinoma basocelular, a queratose actínica, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

“Como não são causa de morte, não são de notificação obrigatória”, explicou, considerando contudo que, pelo menos, o melanoma deveria ter notificação obrigatória, já que em fases muito avançadas pode causar a morte.

O responsável lembrou, no entanto, que existem 10 a 11 vezes mais casos de outros cancros de pele do que melanoma e que o custo de tratamento de cancros cutâneos não melanoma ultrapassa o do melanoma.

“Devia haver registo, somos a favor do registo obrigatório de histopatologia”, frisou.

Outra preocupação desta associação prende-se com o “direito ao acesso destes doentes a tratamentos e medicamentos”.

“Há novos fármacos e é preciso comparticipação para eles. Estes doentes devem ser tratados, mas o acesso aos novos fármacos em oncologia é um problema que não é só nosso, é um problema internacional”, lamentou.

No entanto, o médico sublinha que o principal é a prevenção primária e o diagnóstico precoce.

“O diagnóstico precoce é a cura do problema. O diagnóstico tardio é a morte do paciente”, afirmou.

Tendo presente esta realidade, a APCC realiza no dia 14 de Maio em diversos serviços de dermatologia – que podem ser consultados nas páginas www.apcancrocutaneo.pt e www.euromelanoma.org/portugal - de todo o país rastreios dos vários tipos de cancro de pele.

Estes rastreios dirigem-se particularmente a pessoas de pele clara ou propensa a queimaduras, adultos que sofreram queimaduras solares na infância ou juventude, pessoas que passam demasiado tempo expostos ao sol, ou expostos a sol intenso e em períodos curtos de tempo, que frequentam solários, que tenham mais de 50 sinais na pele, com antecedentes familiares de cancro cutâneo e transplantados de órgãos.

A 10 dias da época balnear
As autoridades estão a proceder à derrocada controlada de arribas instáveis nas praias de Santa Eulália e Maria Luísa, em...

A operação, iniciada ontem, visa “acabar o que a natureza não acabou, para bem do homem”, explicou o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que, em ambas as praias, as arribas “ficaram com sintomas de instabilidade” na sequência de desmoronamentos naturais incompletos ocorridos em Abril.

Entre Julho de 2013 e Maio de 2014 registaram-se no litoral algarvio 14 derrocadas - ligeiramente acima da média anual de 12 -, das quais, quatro estão associadas à tempestade Hércules, em Janeiro, tendo, em Abril, ocorrido uma na praia de Santa Eulália e duas na praia Maria Luísa, onde em Agosto de 2009 o colapso de um rochedo matou cinco pessoas.

“Ambos os desmoronamentos que vamos terminar ocorreram em Abril, exactamente no início das férias da Páscoa, dois dias depois de uma tempestade e que felizmente não causaram vítimas”, afirmou aquele responsável, sublinhando que os desmoronamentos ocorreram em zonas sinalizadas.

Paralelamente às operações de saneamento das arribas, desde o início do mês que a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve tem vindo a fornecer novas placas de sinalização informativa do risco das arribas aos municípios, que as colocarão nos diversos acessos às praias.

“Estamos a reforçar, manter e substituir a sinalização que existia em todos os acessos da praia e que estavam vandalizadas, degradadas ou partidas”, sublinhou Sebastião Teixeira, observando que é essencial que os utentes da praia saibam quais são as zonas de risco de modo a poderem evitá-las.

De acordo com o director regional da APA, não há, para já, mais nenhuma operação de saneamento programada para o litoral algarvio, o que não significa que “não possam vir a acontecer casos em que se verifique um agravamento da instabilidade das arribas em qualquer local”.

O material resultante da queda controlada de blocos instáveis é acondicionado na base das arribas, para protegê-la temporariamente e também prevenir que a área seja utilizada por banhistas, acrescentou.

As autoridades têm até hoje para concluir as intervenções nas praias de Santa Eulália e Maria Luísa, devido às dificuldades de acesso da máquina retroescavadora, que tem que passar de uma praia para a outra durante a maré baixa.

No final de Março, a APA já tinha realizado uma operação de saneamento em arribas da Praia da Luz e Porto de Mós, em Lagos, uma acção extraordinária justificada pela aproximação do período de Páscoa, quando há mais turistas.

O acidente na praia Maria Luísa foi o mais grave registado no litoral, em consequência da geodinâmica das arribas, em mais de vinte anos, embora tenha havido pelo menos mais dois acidentes semelhantes, também em Albufeira.

Em 1998 um pescador morreu quando se encontrava na crista de uma arriba na praia do Castelo e no ano 2000 três pessoas ficaram feridas sem gravidade quando estavam na base de uma arriba na praia do Inatel.

Nas três situações existiam, no local, placas a alertar para o perigo de desmoronamento das arribas.

As faixas de risco no areal são calculadas a partir de uma largura equivalente a 1,5 vezes a altura da arriba. 

Negligência médica no Garcia da Orta
O Supremo Tribunal vai decidir um pedido de indemnização civil por alegada negligência médica no Hospital Garcia da Orta, em...

O pedido indemnizatório, superior a um milhão de euros, foi apresentado no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em recurso à decisão da Relação de Lisboa de 02 de Abril deste ano, que julgou improcedente a indemnização requerida, uma vez que, “não sendo conhecida a causa da morte, não se pode julgar se a conduta da médica é ilícita”.

A Relação considerou também prescrito o procedimento criminal imputado à médica que assistiu a mulher, de 42 anos, que deixou órfãs duas meninas menores.

O advogado do ex-companheiro e das duas filhas da vítima, Castanheira Barros, disse que apenas “a indemnização civil é recorrível”, pois não é permitido recurso para o STJ na parte respeitante à matéria criminal.

A mulher deu entrada no Hospital Garcia de Orta a 26 de Setembro de 2003 e recebeu alta quatro horas depois, acabando por morrer em casa, meia hora após ter saído das Urgências.

A acção foi arquivada pelo Ministério Público (MP), mas, depois de reaberta a instrução, a médica foi pronunciada pelo crime de homicídio por negligência, a 22 de Junho de 2007.

Apesar de frisar que a médica “não prolongou a estadia da doente (...), a fim de ser convenientemente vigiada face aos sintomas que podia tratar-se de síndroma coronário agudo”, o Tribunal de Almada absolveu a médica, a 06 de Agosto de 2008.

No recurso da acusação, a Relação, a 18 de Dezembro de 2008, entendeu que a morte teve como causa um “enfarte de miocárdio”, o que configurava “uma situação clínica grave, potencialmente letal”, e que “o relatório da autópsia obedece aos ditames legais exigidos pela lei e pela jurisprudência”.

Entendeu ainda o tribunal de segunda instância a existência de contradições na matéria de facto e a produção de prova, pelo que determinou-se a repetição parcial do julgamento e, a 03 de Dezembro de 2009, o Tribunal de Almada voltou a absolver a médica.

A 31 de Agosto de 2011, a Relação determinou a repetição parcial do julgamento, para que fosse confrontada a perícia de um médico de medicina interna Armando Porto, perito nomeado pelo Instituto de Medicina legal a pedido do MP.

A médica foi novamente absolvida pelo Tribunal de Almada, a 18 de Maio de 2012.

Como a primeira instância rejeitou julgar o pedido de indemnização civil, a acusação voltou a recorrer para a Relação, que, a 24 de Outubro do mesmo ano, decidiu anular o julgamento integral e a sentença.

O processo foi julgado novamente a 01 de Novembro de 2013, em Almada, e a médica voltou a ser absolvida, o que motivou novo recurso para a Relação, que, a 02 de Abril deste ano, decidiu a prescrição do procedimento criminal e julgou improcedente a indemnização. 

Por ter provocado 1328 dias de doença a paciente
O Ministério Público vai levar a julgamento, em tribunal singular, um dentista que provocou lesões a uma paciente, que esteve 1...

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o médico “ignorou as boas práticas médicas” nas “intervenções cirúrgicas de colocação de implantes dentários” na paciente, entre 1 de Novembro de 2009 e 14 de Dezembro do mesmo ano, “sem que tivesse conseguido ajustar as próteses dentárias, que se partiram e que provocaram várias lesões e sofrimento prolongado”.

A acusação refere que o dentista, que “exerceu actividade médica ao serviço da sociedade Clínicas Dental Group”, realizou os “tratamentos sem que, previamente, tivesse realizado a necessária TAC (Tomografia Axial Computorizada)” e um raio x panorâmico da boca da paciente, “a fim de efectuar correcta e adequadamente os implantes dentários”.

“O arguido não procedeu à planificação dos locais anatómicos para implantes dentários de acordo com o guia cirúrgico e os cuidados médicos exigíveis, tendo provocado lesões e sofrimento prolongado na paciente, cuja correcção destes tratamento apenas foi possível com assistência médica em local distinto”, refere o Ministério Público.

A investigação foi exclusivamente realizada na 6.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
Os profissionais de saúde e de educação apanharam mais queimaduras solares graves do que a população geral, embora sejam mais...

Os estudos baseiam-se em 836 inquéritos feitos pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), sobre “comportamento da exposição solar”, a profissionais de educação, saúde e população em geral.

Quando questionados sobre as queimaduras solares, 57% responderam ter tido queimaduras graves, mas a percentagem é maior na população diferenciada (63% médicos, 60% farmacêuticos, 59% enfermeiros, 56% educadores), do que na população geral (46%).

A queimadura solar foi grave e ocorreu antes dos 15 anos em 33% dos casos, mas ocorreu em maior percentagem na população diferenciada (43% médicos, 38% farmacêuticos, 31% enfermeiros, 29% educadores) do que na população geral (24%).

Questionados sobre férias tropicais, 46% afirmam terem-nas tido nos últimos 10 anos, mas foi mais frequente na população diferenciada (63% médicos, 47% farmacêuticos, enfermeiros e educadores), do que na população geral (27%).

Segundo Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, as férias curtas, sobretudo para países tropicais, provocam muitas vezes choques térmicos, porque as pessoas não se protegem devidamente e não fizeram uma adaptação gradual ao sol, como deveriam fazer.

Dos 39% inquiridos que afirmaram ter ocupações ao ar livre, 26% referiram “nunca colocar protector solar quando expostos ao sol”, mas esta percentagem é maior na população geral (51%) do que na população diferenciada.

Quando a tomar banhos de sol 75% referem colocar sempre protector solar, uma prática que é menos frequente na população geral (59%) do que entre profissionais de saúde e educação.

O grau de conhecimento sobre a queratose actínica (uma lesão precursora do carcinoma espinocelular) é bastante mais evidente entre os profissionais de saúde.

Dos 60% que afirmaram conhecer aquele tipo de lesão, apenas 14% da população geral e 25% dos educadores a conheciam, comparando com os médicos (95%), farmacêuticos (74%) e enfermeiros (72%).

O autoexame é feito por 67% da população geral, um número que Osvaldo Correia considera fundamental aumentar: “Há que estimular o autoexame e a sua frequência”.

Sobre a frequência de solários, que têm “risco provado de aumento de cancro”, os inquéritos revelaram que são mais frequentes entre a população diferenciada, sobretudo educadores, do que entre a população geral.

A este propósito, a APCC apresentou ontem, na comissão parlamentar de Saúde, uma proposta de alteração da legislação relativa aos solários, que tenda a encerrá-los.

Já em 2013, a APCC propôs uma alteração da legislação que aumentasse a “fiscalização efectiva” destes espaços e que gradualmente os encerrasse de vez. 

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