Dia Mundial da Espondilite Anquilosante assinala-se a 3 de Maio
A Associação Nacional da Espondilite Anquilosante promove no dia 3 de Maio o XXV Encontro Nacional de Espondilíticos e...

Durante o período da manhã, entre as 10h e as 12h20, terá lugar um debate sobre várias questões relacionadas com a doença. As intervenções estão a cargo de Filomena Nobre, psicóloga, e de Ricardo Antunes, ortopedista, que vão falar sobre a “Integração Social e Equilíbrio Familiar na Espondilite Anquilosante” e “A Melhoria da Funcionalidade”, respectivamente. O debate pretende ser também um espaço destinado ao esclarecimento de dúvidas. A abertura do encontro está a cargo de Justino Romão, Presidente da Associação Nacional da Espondilite Anquilosante (ANEA), e de Jaime Antunes, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ANEA. O período da tarde está reservado a várias actividades de convívio.

“A espondilite anquilosante é uma doença reumática inflamatória crónica que afecta pessoas muito jovens, acaba por suscitar muitas dúvidas e receios que é importante que sejam esclarecidas”, refere Justino Romão, que acrescenta “Como a doença afecta as articulações da coluna vertebral, tornando-se mais aguda com o repouso e atenuando com a actividade física, procuramos desenvolver várias actividades com os doentes, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida”.

A Espondilite Anquilosante

É uma doença reumática inflamatória crónica que afecta entre 50 a 80 mil portugueses diagnosticados e por diagnosticar. Atinge principalmente as articulações da coluna vertebral e, ao contrário de outras doenças reumáticas, são os jovens adultos, sobretudo homens, que mais sofrem da doença. Manifesta-se, em geral, antes dos 45 anos e surge de modo gradual sob a forma de dor e rigidez lombares (região inferior das costas), que se agudizam com o repouso e se atenuam com actividade física, podendo em alguns casos atingir outras articulações, em particular as ancas e os ombros.

O diagnóstico precoce e atempado é fundamental para alterar o prognóstico e evolução da doença, tornando-o necessariamente mais favorável. Contudo, em Portugal, este diagnóstico é feito, muitas vezes, mais de 6 anos após os primeiros sintomas o que se traduz numa evolução negativa da doença podendo levar ao desenvolvimento de uma anquilose, uma fusão das vertebras, conduzindo a uma incapacidade severa do doente.

Sobre a ANEA

A Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA) tem como objectivo principal o apoio médico, social e pedagógico e a promoção de cuidados de saúde aos doentes que sofrem desta patologia e de outras espondiloartropatias. O seu âmbito de acção estende-se a todo o território nacional.

 

Gravidez deve ser planeada e acompanhada por equipa multidisciplinar
A propósito do Dia da Mãe, que se assinala a 4 de Maio, a Sociedade Portuguesa de Transplantação lembra que um transplante pode...

“A fertilidade é baixa nas mulheres com insuficiência renal crónica avançada (ocorrem 0,3 a 1,5 gravidezes por 100 mulheres/ano, em idade fértil e submetidas a hemodiálise). Após o transplante, a fertilidade aumenta significativamente (3,3 gravidezes por 100 mulheres/ano em idade fértil), apesar de continuar a ser inferior à da população em geral (10 gravidezes por 100 mulheres/ano em idade fértil)”, explica Luís Freitas, nefrologista na consulta de Nefro-Obstetrícia da Maternidade Daniel de Matos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O planeamento e acompanhamento, como já foi referido, são essenciais. “É aconselhável esperar um ano, após o transplante de dador-vivo, e 2 anos, após o transplante de rim de cadáver, de modo a deixar estabilizar a função do enxerto, reduzir o risco de exposição às doses elevadas de fármacos imunossupressores, utilizadas no pós-transplante precoce e deixar passar o período de maior ocorrência de episódios de rejeições agudas. Há fármacos contra-indicados durante a gravidez (alguns imunossupressores e anti-hipertensores), que devem ser substituídos de forma planeada”, refere o nefrologista.

A necessidade de acompanhamento por uma equipa médica multidisciplinar advém dos riscos associados a esta gravidez: “os riscos maternos (maior ocorrência de pré-eclampsia, eventualmente diabetes gestacional, existindo em situações extremas risco de morte), e riscos fetais (prematuridade, restrição de crescimento intra-uterino e com alguma frequência morte fetal)”, refere Luís Freitas.

O especialista sublinha ainda que “existem em Portugal serviços de Obstetrícia já com longa experiência no acompanhamento destes casos”. E deixa o conselho: “As mulheres transplantadas que pretendam engravidar, ou que tenham engravidado acidentalmente, devem informar-se junto do médico nefrologista assistente, que as orientará adequadamente”.

 

Crescimento de 5.5% nos mercados emergentes
As vendas do grupo Sanofi cresceram 3,5 por cento no primeiro trimestre de 2014 para 7,8 mil milhões de euros.

Christopher A. Viehbacher, CEO da Sanofi, afirma que “O desempenho financeiro do grupo no primeiro trimestre do ano deu continuidade à trajetória de crescimento que se notou no fim de 2013. No resto do ano, esperamos alcançar importantes marcos de desenvolvimento, em projetos de alto potencial como a vacina contra o dengue, alirocumab, Cerdelga® ou dupilumab.”

 

As vendas das plataformas de crescimento cresceram 7,9 por cento para os 5,7 mil milhões de euros, o que representa 73.7 por cento das vendas totais entre janeiro e março. Para este resultado contribuiu o desempenho dos medicamentos para a diabetes (crescimento de 13.2 por cento), a área de Consumer Healthcare (crescimento de 18.6 por cento) e “outros produtos inovadores” (crescimento de 22.6 por cento).

 

No que diz a respeito aos mercados emergentes, as vendas da Sanofi no primeiro trimestre, registaram um crescimento de 5.5 por cento. No total, as vendas ascenderam a 2,6 mil milhões de euros. Destaca-se o desempenho da Sanofi no Brasil, onde cresceu 19.9 por cento para 359 milhões de euros.

 

Nos medicamentos para a diabetes as vendas subiram 13.2 por cento no primeiro trimestre, “graças ao desempenho do Lantus®” (+ 13.5 por cento para 1,4 mil milhões de euros).

 

Comunicado original em anexo.

 

Especialista alerta
Especialistas alertam os doentes com perda de visão progressiva, sem diagnóstico oftalmológico definido que a causa pode estar...

O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no Brasil, administrada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, faz um alerta aos doentes com perda de visão progressiva, sem diagnóstico oftalmológico definido. A causa pode estar ligada a um tumor na glândula hipófise. O tumor comprime os nervos ópticos, podendo levar à cegueira, avança o Diário Digital.

Somente entre os anos de 2009 a 2014 foram atendidos 322 doentes com tumores na hipófise no Hospital de Transplantes. Cerca de 70% apresentavam risco de comprometimento da visão. Destes doentes, 76% já chegaram com alteração da visão estabelecida, sendo que em 17% constatou-se perda irreversível da visão de pelo menos um olho.

Para o neurocirurgião do Hospital de Transplantes Pedro Paulo Mariani, especializado em cirurgia de hipófise, nestes casos é importante que o oftalmologista esteja atento à possibilidade da existência desse tipo de tumor nos pacientes. O médico explica que é comum atender doentes que não encontraram a causa da perda da visão, mesmo depois de passarem por sucessivas avaliações oftalmológicas.

Em muitos casos, ainda, os doentes são submetidos a tratamentos para doenças como catarata e glaucoma, sem melhora clínica. “A consciencialização dos oftalmologistas para o diagnóstico e o encaminhamento directo para centros de referência especializados é a única forma de evitarmos a perda parcial e até total da visão de muitos doentes”, enfatiza o neurocirurgião do hospital estadual.

O diagnóstico para detecção do tumor é realizado através de um exame de ressonância magnética. O tratamento é essencialmente cirúrgico. Trata-se de uma microcirurgia minimamente invasiva pelo nariz com uma micro câmara que alcança a região da hipófise e realiza a ressecção do tumor.

Em geral, os tumores na hipófise são benignos, mas não podem ser prevenidos. Especialistas explicam que não há características que consigam indicar o seu aparecimento como pré-disposição, idade ou antecedentes entre familiares.

O tumor na hipófise acarreta alterações hormonais e sequelas neurológicas que reduzem a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. A principal disfunção neurológica causada pelo tumor é a perda da visão. A reversão da alteração visual depende directamente do intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o tratamento efectivo.

 

Associação Portuguesa de Fertilidade
A presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, Cláudia Vieira, considerou incompreensível mais um adiamento da votação...

Cláudia Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, disse estar preocupada com os casais que agora vão ter de aguardar ainda mais tempo e considerou incompreensível mais um adiamento da votação de uma proposta para legalizar as chamadas “barrigas de aluguer”, que estava anunciada para hoje.

O grupo de trabalho que está a estudar uma proposta de lei que regule a maternidade de substituição não aprovou o documento que será submetido à Comissão por ter dúvidas quanto à moldura penal a aplicar em situações de não cumprimento da nova lei, escreve o Correio da Manhã Online citado pelo Notícias ao Minuto.

“Não conseguimos compreender que dois anos depois e depois de terem sido criadas tantas expectativas junto dos casais se venha adiar mais uma vez a votação. (...) Certo é que tiveram dois anos para comparar a moldura legal dos países em que a prática da maternidade de substituição já é uma realidade”, salientou.

A presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) considera ser positivo que o grupo de trabalho procure inteirar-se das experiências feitas noutros países, mas salientou não compreender os atrasos consecutivos. No entanto, “mais uma vez vamos ter casais que vão ou ter de aguardar que a legislação surja ou simplesmente desistir porque não têm condições financeiras para recorrer a outros países onde é possível”, disse.

De acordo com Cláudia Vieira, são poucos os casais que se deslocam a outros países para recorrer à maternidade de substituição devido ao custo elevado (pode chegar aos 50 mil euros em alguns casos). “Temos sido contactados por alguns casais que realmente foram ao estrangeiro, Índia por exemplo, mas isto não é suportável para qualquer casal”, disse. Cláudia Vieira revela também que são poucos os casais a recorrer à associação para pedir informações sobre a situação. “São poucos os que chegam até nós pelo menos de uma forma directa. As pessoas têm alguns constrangimentos em falar desta matéria”, disse.

De acordo com a imprensa, o presidente do grupo de trabalho, Miguel Santos, deputado do PSD, disse que os partidos decidiram esclarecer mais algumas dúvidas e pedir um estudo de direito comparado entre vários países

Os projectos-lei do PS e PSD foram aprovados no início de 2012 e, desde então aguardam um texto final resultante da discussão na especialidade.

O documento final, que resulta dos projectos do PS e PSD, aprovados no Parlamento, deveria ter sido votado na Comissão Parlamentar de Saúde na terça-feira, estando prevista aprovação final em Plenário no mês de Maio.

 

Investigadores norte-americanos
Investigadores norte-americanos identificaram anticorpos humanos eficazes contra o coronavírus da Síndrome Respiratória do...

Não existe, neste momento, qualquer vacina ou antivírus contra a síndrome, uma infecção aguda nas vias respiratórias com uma taxa de mortalidade superior a 40%.

A Síndrome Respiratória do Médio Oriente apareceu na Arábia Saudita em Setembro de 2012 e causou a morte de mais de cem pessoas, tendo-se estendido a outros países.

Os anticorpos isolados por investigadores do Instituto do Cancro Dana-Farber, em Boston, neutralizaram uma parte chave do vírus, impedindo que se ligasse a receptores que permitem a infecção de células humanas.

Os virologistas descobriram os anticorpos - sete num total - num “banco” contendo 27 mil milhões de anticorpos humanos conservados num congelador no instituto.

Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunitário capazes de reconhecer vírus e bactérias estranhos ao organismo. Algumas proteínas são capazes de neutralizar agentes patogénicos específicos e impedir que infectem as células humanas.

Dos sete anticorpos capazes de bloquear especificamente a Síndrome Respiratória do Médio Oriente, a equipa de cientistas seleccionou um, como sendo o mais promissor para investigações suplementares e que foi produzido em quantidade suficiente para começar a ser testado em macacos e ratos.

Segundo os autores do estudo, publicado na edição desta semana da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os anticorpos oferecem a possibilidade de proteger o pessoal hospitalar que cuida dos doentes mantidos em isolamento. A ser bem-sucedido, o tratamento será administrado por injecção e deverá permitir uma protecção contra a síndrome durante cerca de três semanas.

As origens do coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente continuam por descobrir. Foi encontrado entre os dromedários e os morcegos, mas os virologistas desconhecem como se transmite nos humanos.

O coronavírus é semelhante ao vírus da Síndrome Respiratória Aguda Severa, que matou centenas de pessoas na China, em 2002 e 2003.

 

Estudo revela:
Uma classe de proteína que se encontra em corais das águas australianas impede que o vírus da sida penetre nas células do...

As proteínas em causa, chamadas cnidarinas, existem em corais das águas costeiras do norte australiano, tendo-se os investigadores fixado nelas depois de examinarem milhares de extractos naturais no acervo biológico do Instituto Nacional do Cancro norte-americano.

O coordenador do estudo, Barry O'Keefe, assegurou, na reunião anual de Biologia Experimental, em San Diego, que tais proteínas bloqueiam a infecção do VIH e “parecem fazê-lo de uma maneira completamente nova”.

Os cientistas identificaram e “purificaram” as cnidarinas e provaram a sua actividade contra estirpes do vírus da sida produzidas em laboratório.

Na apresentação do estudo, Barry O'Keefe descreveu como “surpreendentemente potente” a capacidade destas proteínas bloquearam o VIH em concentrações de mil milionésimos de grama, quantidade suficiente para impedir que ocorra o primeiro passo da transmissão do vírus: a penetração do VIH na célula do sistema imunitário, conhecida por célula T.

As cnidarinas ligam-se ao vírus e impedem que se funda com a membrana da célula T, pelo que os cientistas crêem que estas proteínas têm um mecanismo de acção único.

Governo brasileiro autoriza
O governo brasileiro autorizou o uso de mosquitos machos geneticamente modificados para combater o dengue. O ano passado, a...

O projecto, que foi aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), consiste na introdução de dois genes adicionais que impedem o mosquito Aedes aegypti, popularmente conhecido por mosquito da dengue, de ter descendência viável. Com a manipulação, o mosquito pode reproduzir mas os descendentes morrem antes de atingir a idade adulta.

A técnica tem riscos biológicos e algumas organizações já alertaram que não há provas científicas para apoiar esta tese e o risco biológico que pode levar à erradicação da espécie.

No entanto, a bióloga molecular especializada em mosquitos e investigadora do projecto, Margareth Capurro, afirmou que “como cientista não posso dizer que o risco é zero, da mesma forma que uma vacina não tem uma eficiência de 100%. O que posso dizer é que o projecto funciona e que o potencial deste insecto geneticamente modificado é muito bom”.

Após três anos de experiências, a empresa britânica Oxitec vai ser a responsável por iniciar a produção em massa dos mosquitos. Depois da aprovação da CTNBio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária terá de aprovar o registo comercial do produto e controlar a sua saída para o mercado.

O dengue provoca vómitos, febre e dores musculares e ainda não existe uma vacina contra a doença comprovada.

Saiba mais
O tratamento das infecções fúngicas é, habitualmente, fácil e acessível.
Mão a espalhar creme no pé

A grande maioria dos fungos existe no meio ambiente, sendo que apenas uma pequena quantidade parasita em animais e vegetais, incluindo a espécie humana. As infecções fúngicas podem ter origem hospitalar ou na comunidade. Geralmente a infecção ocorre quando existe um desequilíbrio entre o microrganismo e os mecanismos de defesas dos indivíduos.

O tratamento das infecções fúngicas varia consoante o fungo (causador da infecção), a gravidade da infecção e o órgão afectado. 

Infecções fúngicas da pele

Uma infecção fúngica cutânea é, habitualmente, tratada com um creme, um pó ou um spray para tratar a área afectada. Só em casos mais graves, ou nas onicomicoses, é que o tratamento deverá ser oral. Estão disponíveis no mercado vários medicamentos que devem ser tomados apenas por indicação do especialista ou farmacêutico. A opção da terapêutica oral tem maior consistência se o doente apresentar uma infecção fúngica no couro cabeludo ou na barba, por exemplo. O tratamento completo pode demorar dois ou três meses.

Para além disso, são recomendáveis hábitos de higiene que incluem a lavagem cuidadosa da zona afectada com um sabonete desinfectante e a utilização de toalhas separadas, a fim de evitar a contaminação de outros membros da família. 

Infecções fúngicas da mucosa oral e do esófago

As infecções fúngicas da mucosa oral e do esófago têm sempre que ser acompanhadas e tratadas por um médico. Qualquer terapêutica medicamentosa para este tipo de infecção só pode ser vendida com receita médica. Por exemplo, a medicação para os bebés com aftas é diferente da que é recomendada para os adultos.

Os adultos com infecções fúngicas da mucosa oral e/ou do esófago são, na maioria das vezes, tratadas com medicação que pode ser facilmente ingerida e que actua de dentro para fora. Os anti-fúngicos também podem ser administrados numa solução de gargarejo. 

Infecções dos órgãos internos

As infecções por Aspergillus (e outros fungos) podem ser fatais para as pessoas que, por diferentes razões, incluindo qualquer tratamento com quimioterapia ou uma grande cirurgia, estão com a sua saúde debilitada. Para tratar estas infecções podem ser utilizados fármacos injectáveis, embora estes nem sempre sejam eficazes.

Como os fungos invasivos nem sempre penetram no organismo através dos pulmões, há que tomar sempre algumas medidas preventivas para impedir a inalação dos esporos fúngicos. Por exemplo, as máscaras podem proteger os operários envolvidos na construção ou demolição de edifícios contra a poeira e os esporos fúngicos. Também os filtros de ar protegem os trabalhadores das empresas onde os esporos fúngicos são abundantes.

Por outro lado, há uma razão que justifica porque não são admitidas flores e plantas nas unidades de cuidados intensivos. É que as flores, a água (suja) e o fertilizante podem conter todo o tipo de germes, incluindo esporos fúngicos. É igualmente uma medida preventiva: não levar flores e plantas para os hospitais, nomeadamente para os cuidados intensivos. 

Infecções fúngicas vaginais

As infecções fúngicas vaginais podem ser tratadas com medicamentos anti-fúngicos que são inseridos directamente na vagina sob a forma de cremes, pomadas ou óvulos.

Pode igualmente ser utilizada uma dose única administrado por via oral, embora este tratamento não seja recomendado durante a gravidez.

O tratamento dos parceiros sexuais geralmente não é necessário, uma vez que a maior parte das infecções vaginais por fungos não são sexualmente transmitidas. No entanto, se um parceiro do sexo masculino apresentar sintomas de balanite candidiásica (vermelhidão, irritação e/ou prurido na extremidade do pénis), esta situação pode necessitar de ser tratada com um creme ou pomada anti-fúngica.

Embora muitos medicamentos utilizados para tratar as infecções fúngicas vaginais se encontrem actualmente disponíveis sem necessidade de prescrição médica, a mulher deve usar estes medicamentos apenas para tratar as infecções repetidas, não para o primeiro episódio. Ou seja, qualquer mulher que apresente sintomas de infecção vaginal pela primeira vez deve consultar o médico, para confirmar que o corrimento e o desconforto vaginal são causados por fungos e não por infecções sexualmente transmitidas, tais como a gonorreia, a infecção por Chlamydia ou a tricomoníase.

Cerca de 5 por cento das mulheres com infecções fúngicas vaginais desenvolvem uma candidíase vulvovaginal recorrente, que é definida por quatro ou mais infecções fúngicas vaginais num período de um ano. Embora a candidíase vulvovaginal recorrente seja mais comum nas mulheres com diabetes ou sistema imunitário deficiente, a maior parte das mulheres com esta situação não apresenta uma doença médica subjacente que a predisponha para as infecções recorrentes a Candida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Malo Clinic
A Implantologia é a especialidade da Medicina Dentária dedicada à reabilitação das ausências dentári

A falta de conforto e confiança, sobretudo relacionada com os embaraços sociais, são aspetos associados ao uso de próteses removíveis. Por outro lado, a pressão exercida pelas próteses removíveis pode danificar os dentes adjacentes, bem como os tecidos moles, que em casos extremos conduz à reabsorção óssea e perda da estrutura de suporte dos dentes.  

Nesse sentido, os implantes apresentam vantagens notórias, não só no aspeto funcional e estético, mas contribuindo também para um incremento significativo da autoconfiança do paciente. 

Produzidos em titânio, um metal biocompatível com os tecidos humanos, os implantes funcionam como raízes artificiais sobre as quais são colocadas coroas unitárias ou pontes fixas que substituem na perfeição a dentição natural.  

No caso de pacientes com falta de um ou mais dentes, a colocação de dentição fixa sobre implantes, para além de melhorar a componente estética, restitui a capacidade mastigatória e fonética.  

No caso de desdentados totais ou de pacientes com dentes irrecuperáveis, a MALO CLINIC desenvolveu a técnica All-on-4 TM , considerada um dos maiores avanços da Medicina Dentária. Esta técnica permite a reabilitação oral total com a colocação dentes fixos sobre apenas 4 implantes numa intervenção cirúrgica de cerca de 30 minutos (dependendo da complexidade do caso). Para além de assegurar a função imediata, este protocolo cirúrgico dispensa em quase 100% dos casos o transplante ósseo ou qualquer tipo de reconstrução da maxila/mandíbula, etapas até então incontornáveis para alguns pacientes em processo de reabilitação oral. No caso de pacientes com maxila atrófica, ou seja sem osso na maxila, os implantes são ancorados na área extra-maxilar.
Fonte: 
Nota: 
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Estudos
Comunicar é um processo vital e recíproco. É um comportamento natural e uma necessidade universal.

 A comunicação

O termo "comunicação" é utilizado desde há milhares de anos, no entanto foi em meados do século XX que as diversas áreas valorizaram a sua importância à luz das diferentes dimensões no mundo do saber.(1)

A origem da palavra comunicar deriva do latim comunicare, que significa “pôr em comum”, “associar” ou “entrar em relação com”.(2) Desta forma, comunicar pode ser assumido como uma troca de ideias, sentimentos, experiências entre pessoas, sendo idêntico o significado que transmitem entre si.

A necessidade de comunicar é universal e constitui uma tendência natural que ocorre sempre que duas pessoas se encontram.(2) Traduz a base do relacionamento entre seres humanos, é um processo vital e recíproco capaz de influenciar e afectar o comportamento das pessoas.(3)

Vários têm sido os estudos sobre comunicação, mas o grande impulsionador foi Claude Shannon e Weaver em 1948 com a sua publicação "Mathematical Theory of Communication"(1), e que é largamente aceite como uma das principais fontes no estudo da comunicação.

Na realidade, tradicionalmente existe uma tendência para explicar a comunicação através de algo indubitavelmente desenhável,(4) composto por um emissor, um código, um canal e um receptor, com a ocorrência de um feedback, em que são necessárias pelo menos duas pessoas para que tal suceda e se concretize. Nestes esquemas simplistas fica, no entanto, por identificar como se processa a comunicação e quais as dimensões implicadas.

É frequente depararmo-nos com afirmações como “o diálogo melhora as relações interpessoais e promove a relação de ajuda”, “escuto o doente, converso com ele, percebo o que ele sente”, “a comunicação é um instrumento para uma relação terapêutica”, “disponibilizo tempo para escutar o utente”, entre outras, que fazem refletir sobre a dimensão em que se inserem – Técnica? Funcional? Ou Relacional? Apesar de ser reconhecido o carácter de transversalidade a todas estas dimensões, a comunicação relaciona-se predominantemente com a dimensão relacional já que, apesar de se utilizarem técnicas comunicacionais, a mesma não pode existir sem relação.(4)

Verificamos então que o processo de comunicação é um processo contínuo e interativo de troca de mensagem onde o emissor é simultaneamente recetor, e vice-versa. O emissor terá que codificar a mensagem num conjunto de símbolos que evidenciem a sua intenção, sendo a linguagem a forma mais importante de codificação da mensagem.(5) Trata-se de um processo interpessoal complexo que envolve trocas verbais e não-verbais de informações, ideias, comportamentos e relacionamentos.(1) Pode ser considerado como um ato de partilha, que se for eficaz pode produzir mudanças. Não se fica simplesmente pelo conteúdo, mas transmite também os sentimentos e as emoções.

Desta forma, por muito que nos esforcemos é impossível não comunicarmos; atividade ou inatividade, palavras ou silêncios, tudo possui um valor de mensagem, logo também de comunicação. Não podemos, portanto, dizer que a comunicação só acontece quando é intencional, consciente, ou bem-sucedida; isto é quando ocorre uma compreensão mútua. A impossibilidade de não comunicar faz com que todas as situações entre duas ou mais pessoas sejam comunicativas e interpessoais, tornando-se importante reflectir acerca do processo e níveis de comunicação existentes.(6)

 

Processo e níveis de comunicação

Olhando para o mundo que nos rodeia verifica-se que os seres vivos não se isolam, antes pelo contrário, comunicam de formas variadas dependendo da sua espécie. Também o Homem sente necessidade de comunicar.(1) Trata-se de uma atividade humana básica, inata e universal.(5)

Dos elementos constitutivos do ato comunicativo, anteriormente enumerados, fazem parte: um emissor que é quem produz a mensagem, um código que é o sistema de referência com base no qual se produz a mensagem, uma mensagem entendida como a informação a ser transmitida, o contexto no qual a informação está inserida, um canal que é o meio que possibilita a transmissão e, por fim, um recetor que é quem recebe e interpreta a mensagem.(1) A comunicação será tanto mais eficaz quanto mais a mensagem descodificada se aproxima da intenção do emissor.(5)

Assim, a comunicação é um processo que consiste em transmitir ou fazer circular informações, ou seja, um conjunto de dados total ou parcialmente desconhecidos do recetor antes do ato comunicativo. Para que tal seja possível é necessário que:

  • O emissor e o receptor partilhem o mesmo código para o processamento da descodificação;
  • Que a relação entre o emissor e o receptor seja bilateral;
  • Que a mensagem seja recebida como portadora de um significado e, portanto, conduzir a um ato cognitivo;
  • Que haja flexibilidade na adaptação à situação, não esquecendo que o diálogo é fundamental;
  • O esquema de comunicação não pode ser desligado do ambiente em que se realiza;
  • Aquilo que está em redor: o contexto, o ambiente, os participantes, o tipo de atividade e a linguagem vão influenciar o processo de comunicação.

 

A comunicação expressa-se de forma verbal e/ou não-verbal. A primeira envolve a palavra falada e escrita e a segunda recorre à utilização de gestos, silêncios, expressões faciais e postura corporal. Para que a comunicação verbal seja eficiente tem que ser clara e concisa, isto é usar frases simples, curtas e concretas, falar lentamente e pronunciar claramente as palavras. O receptor deve perceber as ideias de quem comunica, e este deve expressar apenas uma ideia e utilizar o vocabulário, o ritmo e o significado adequado a cada receptor.(7)

A comunicação verbal exterioriza o ser social e a não-verbal o ser psicológico, sendo a sua principal função a demonstração dos sentimentos.(8) A este propósito "... a linguagem não verbal na maior parte das vezes traduz estados de alma..." e que "... a linguagem corporal não sabe mentir porque a maior parte das vezes é involuntária e pode ser inconsciente".(9) Porém, em geral, é atribuída maior relevância à comunicação verbal expressa pela linguagem falada ou escrita.

No entanto, a linguagem e mensagem não-verbal coexistem como sistemas de comunicação, mas têm diferentes papéis na interação social. Os sinais não-verbais podem revelar atitudes, emoções e sentimentos que por vezes não queríamos revelar. Muitas vezes a comunicação verbal pode modificar o significado da verbal; ou seja, a mensagem verbal é contraditória ao que é expresso pela comunicação não-verbal entre indivíduos.(1)É desta simultaneidade que advém em grande parte a complexidade da comunicação entre indivíduos”.(10)

No que concerne aos níveis de comunicação, podem ser intrapessoais e interpessoais. O nível de comunicação intrapessoal tem um papel muito importante e é influenciado pelo conceito de valorização e pelos sentimentos, pois quando estamos bem connosco comunicamos melhor com os outros. A comunicação interpessoal é efetuada, a maioria das vezes, face a face e inclui critérios como:

  • Têm que existir duas ou mais pessoas, em proximidade física e que percebam a presença uma da outra;
  • Envolve interdependência comunicativa;
  • Há troca de mensagens;
  • As mensagens são codificadas de forma verbal e não-verbal;
  • É marcada pela informalidade e pela flexibilidade.(1)

               “ A comunicação envolve um processo recíproco de enviar e receber mensagens entre duas ou mais pessoas (…) pode facilitar o desenvolvimento de uma relação terapêutica ou, pelo contrário, contribuir para a criação de barreiras (…)”.(11) Tendo em conta esta filosofia, torna-se imprescindível refletir acerca dos fatores que influenciam o processo de comunicação, de forma a promover os que a facilitam e minimizar os que a dificultam.

 

Fatores que influenciam a comunicação

A comunicação está presente em todos os campos e em todas as áreas das relações humanas, nomeadamente no exercício do cuidar em enfermagem. No entanto, podemos observar em muitos estudos, a existência de aspetos que interferem negativamente na interação entre profissionais de saúde e doentes.

A sobrecarga de trabalho ou a falta de tempo, a supremacia dada a rotina de trabalho em prol da interação com o doente, a exclusão da família no processo de cuidar,(12) assim como o medo do desconhecido, a ansiedade e as incertezas expressas pelos doentes(13) são considerados aspetos negativos que condicionam o êxito comunicacional.

A figura 1 sistematiza os principais vetores passíveis de constituírem obstáculos à comunicação.(14)

Figura 1 – Possíveis obstáculos à comunicação

 

A cultura e o estrato social vão influenciar o modo com as pessoas se relacionam entre si. Podem constituir uma barreira pois limitam a espontaneidade na transmissão de emoções ou informações de carácter psicológico. Com efeito, estes aspetos podem constituir barreiras importantes aos cuidados de saúde, por um lado, pela sua influência na forma de percepcionar a saúde e a doença e o recurso aos cuidados de saúde e, por outro lado, pelas dificuldades que os prestadores de cuidados de saúde têm em lidar com as populações que provêm de culturas diferentes, nomeadamente ao nível linguístico e cultural. O encontro com a “diferença cultural” nos cuidados de saúde pode levar a fortes reações emocionais ou a atitudes de rejeição dos profissionais de saúde, sobretudo, quando não há um bom conhecimento sobre a cultura do doente e formação na área da interculturalidade.(15)

Para além do exposto, destaca-se ainda a importância do ambiente, sendo que num meio calmo e tranquilo é mais fácil processar a comunicação.(1)

Quanto à comunicação não-verbal vários fatores podem promover a sua eficiência, como: a aparência pessoal, as caraterísticas físicas, o vestuário, os adereços (são indicadores de bem-estar físico), a personalidade, a cultura, a religião, o auto conceito e o estado de saúde.

A expressão facial, nomeadamente os olhos, é uma ajuda importante na interpretação de mensagens. Podem revelar emoções ou transmitir a disponibilidade para comunicar. A postura, a marcha, os gestos podem transmitir ideias por vezes difíceis de serem descritas por palavras. Emitem mensagens ou podem enfatizar as palavras. Também o toque transmite afeto, apoio emocional, encorajamento e atenção pessoal. Este é controlado por normas socioculturais e o seu uso exige que seja aceite pela pessoa a ser tocada.

Sistematizando, as barreiras pessoais ou humanas são interferências decorrentes das limitações, emoções e valores de cada indivíduo e podem limitar ou distorcer o processo de comunicação. Este pode ser favorecido ou prejudicado por comportamentos ou maneiras de agir como: postura e atitudes corporais, gestos, distância ou proximidade, contato visual, expressão facial, voz, respiração, silêncio, aparência geral e toque.(14) Assim, “a postura adoptada pela enfermeira mostra bem o tempo e a importância que ela entende consagrar à pessoa de que se cuida”. (14) Do mesmo modo, os nossos gestos e comportamentos enquanto prestadores de cuidados traduzem também o nosso estado interior.

Em relação à expressão facial da enfermeira, deve estar em harmonia com o estado emotivo do doente, pois só assim conseguirá estabelecer uma comunicação eficaz,(13) pois “(…) a nossa expressão facial é frequentemente reflectida no comportamento dos outros.(14)

“A voz tal como a expressão facial pode traduzir o sincronismo da enfermeira com o estado emotivo da pessoa cuidada (…)”(14)  devendo manter-se calma e firme  mesmo com a pessoa frustrada e agressiva.

Também o modo como sustemos a respiração face a determinados acontecimentos pode transmitir ansiedade ao doente.(13)A respiração serve de suporte à voz e (…) está sujeita aos impulsos da emotividade(14) e, como tal, as nossas emoções são uma grande riqueza que é importante aprender a gerir.

Relativamente ao silêncio, pode ser facilitador da comunicação, dando espaço ao doente para expressar as suas emoções e sentimentos.(13)

Em suma, para comunicar é essencial realizar a leitura dos movimentos do outro, implicando sempre o respeito pela pessoa, enfatizando não só as palavras, mas também os gestos, emoções e todos os fatores já descritos, passíveis de facilitar ou condicionar o processo de comunicação.

 

A importância da comunicação no cuidar

No quotidiano profissional a enfermeira utiliza a comunicação para o desempenho das suas diversas atividades. Entre estas, a sua função como educadora e prestadora de cuidados, bem como a função de elo de ligação entre a equipa multiprofissional e os diferentes serviços de cuidado indireto, exigindo da enfermagem um maior domínio da habilidade de comunicar.(8)

A comunicação é um instrumento básico do cuidado em enfermagem. É pela comunicação estabelecida com o doente, que se pode compreendê-lo holisticamente, isto é, a forma como pensa, sente e age.(16) Para tal, deve estar adaptada às capacidades cognitivas, ao nível cultural/educacional, às representações e crenças de saúde, às necessidades individuais, emocionais, sociais, culturais e linguísticas do doente.

Para os enfermeiros, é importante a aquisição de conhecimentos científicos e técnicos sobre a problemática da comunicação, a fim de exercerem digna e proficientemente a tarefa de ajuda ao doente com competência e dedicação.

Um clima de confiança e de compreensão entre o doente e os profissionais passa por gestos, atitudes e palavras acessíveis e simples, pelo diálogo e pela comunicação com o outro, exigindo o conhecimento, não só da cultura, e o respeito pela diversidade mas, também, exigindo atenção, sensibilidade, disponibilidade e empatia em relação ao indivíduo e às situações, na sua singularidade e especificidade.(15)

Além da riqueza e complexidade da comunicação interpessoal, as dificuldades aumentam consoante a diversidade cultural, social, religiosa e afetiva de cada um. No contato diário com os doentes, os enfermeiros devem estar despertos para alguns aspetos, nomeadamente entender que a comunicação só é verdadeira quando interagem com o meio e o destinatário. Através da comunicação aprendemos e ensinamos, ao mesmo tempo que se quebra a solidão, dá-se resposta às necessidades de ordem intelectual, afetiva, moral e social.(17)

As palavras que vamos utilizar têm grande poder já que tanto podem ser benéficas como perniciosas caso não seja entendido devidamente o seu significado. Devem ser adequadas ao nível cultural do doente e sempre que possível utilizar a linguagem verbal e não-verbal para fortalecer a mensagem.(1)

A complementaridade dos dois tipos de comunicação (verbal e não-verbal) é muito importante na área dos cuidados de enfermagem, pois aqui comunicar não se refere só aos conteúdos, mas também aos sentimentos e emoções que se podem transmitir. Trata-se de um ato de partilha entre quem cuida e quem está a ser cuidado.(7)

Tendo em conta as limitações que existem, devemos atuar no sentido de minimizar as barreiras, atendendo à personalidade de quem emite a mensagem e de quem a recebe, à linguagem utilizada e ao contexto onde é emitida a mensagem. Para um bom relacionamento é fundamental saber escutar, ouvir, observar, compreender, estar atento enquanto o doente fala, mostrar disposição em partilhar a conversa… Por vezes o silêncio é necessário, pois transmite uma vontade de ouvir, uma aceitação sem transmitir dúvidas ou discordâncias, mas exige atenção permanente às expressões faciais.

O estabelecimento de uma comunicação eficaz na prestação de cuidados exige um processo biunívoco; isto é, a informação deve ser partilhada, pois se não for corretamente entendida pode levar a perda de confiança, impedindo que o doente exprima de forma adequada os seus pensamentos e sentimentos.

Os problemas de comunicação entre os profissionais de saúde e os utentes acontecem facilmente, uma vez que os utilizadores dos serviços de saúde necessitam não só de cuidados físicos mas também de cuidados direcionados ao seu bem-estar psicológico e social. Se não houver uma resposta adequada a todas estas necessidades haverá insatisfação dos utentes e uma avaliação negativa da qualidade dos cuidados prestados.(5)

Nesta perspetiva, quando a comunicação do enfermeiro se faz de forma responsável e visa a satisfação do utente:

  • É naturalmente focalizada no processo de enfermagem;
  • Considera o mundo do doente e da família;
  • Trata a pessoa como ser único e irrepetível;
  • Assume o papel de advogado do doente;
  • Procura estar atento, demonstrando congruência entre linguagem verbal e não-verbal.(11)

Apresentada como a pedra angular dos cuidados, a comunicação em enfermagem é o fundamento da relação enfermeiro/doente e o elemento da competência da própria profissão. (14) Existem três tipos de comunicação: comunicação funcional, comunicação pedagógica e a comunicação terapêutica. Um particular destaque para a comunicação terapêutica, que permite estabelecer ligação significativa entre o enfermeiro e o doente, exigindo aceitação, respeito caloroso e compreensão empática.(14)

A comunicação constitui o fulcro dos cuidados de enfermagem e exige que esta seja entendida num âmbito mais vasto e mais profundo do que simples transmissão de informação.(17) O processo de comunicação em enfermagem, enquanto relação enfermeiro/doente, comporta, portanto, implicitamente o entendimento da informação numa perspetiva terapêutica, que é importante analisar.

 

Comunicação terapêutica

O conceito de comunicação terapêutica consiste na habilidade do profissional em usar o seu conhecimento sobre comunicação para ajudar a pessoa com tensão temporária a conviver com outras pessoas e ajustar-se ao que não pode ser mudado e a superar os bloqueios à auto-realização, para enfrentar os seus problemas.(16)

Assim, a comunicação é vista como um processo que pode ser utilizado como instrumento de ajuda terapêutica, porque tem a finalidade de identificar e atender às necessidades de saúde do doente e contribuir para melhorar a prática de enfermagem, ao criar oportunidades de aprendizagem e despertar nos indivíduos sentimentos de confiança, permitindo que eles se sintam satisfeitos e seguros.

Para tanto, o enfermeiro deve ter conhecimentos fundamentais sobre as bases teóricas da comunicação e adquirir habilidades de relacionamento interpessoal para agir positivamente na assistência ao doente. Para que esta possa fluir bem, a enfermeira deve saber escutar, falar quando necessário, dar abertura para realização de perguntas, ser honesta, mostrar respeito, dispensar tempo suficiente para a conversa e mostrar interesse, entre outras habilidades.

A comunicação terapêutica permite a interação entre enfermeira e doente, e proporciona a oportunidade de se conseguir um relacionamento humano que atinja os objectivos da assistência.(18) Este tipo de comunicação é fundamental na prática de enfermagem, pois permite ao profissional estabelecer um relacionamento de trabalho com os doentes, ajudando-os a suprir as suas necessidades em relação à saúde, ao mesmo tempo que são criadas condições para que o profissional de enfermagem efetive mudanças com a intenção de promover o bem-estar daquele que é alvo dos seus cuidados.

Neste sentido, a interação com a pessoa doente não se deve traduzir por uma relação de poder em que esta é submetida aos cuidados de enfermagem, mas por atitudes de sensibilidade, aceitação e empatia entre ambos, valorizando o doente como sujeito ativo deste processo de comunicação assertiva.(19) Este tipo de comunicação carateriza-se por:

  • Ser competente nas várias estratégias de comunicação para expressar os seus pensamentos, sentimentos, protegendo, em simultâneo, os seus direitos e os dos outros;
  • Ter atitude positiva acerca da comunicação direta e franca;
  • Sentir-se confortável e controlar ansiedade, tensão, timidez ou medo;
  • Sentir-se seguro relativamente à conduta a seguir respeitando-se a si e aos outros.(11)

Estes aspetos contribuem para o alívio do sofrimento tantas vezes presente e ajudam a enfrentar melhor as situações de doença. A falta de comunicação só tornará o doente mais isolado, impedindo-o de participar e de ter um papel ativo no seu processo de doença.(2)

Desta forma, existem quatro competências básicas que devem ser promovidas: compreensão empática, aceitação incondicional, autenticidade e respeito, as quais devem estar sempre presentes no dia-a-dia do enfermeiro que comunica com utentes de forma assistencial e terapêutica. Esta habilidade pode ser caraterística intrínseca do enfermeiro ou adquirida no seu desenvolvimento bio-psico-social-espiritual e profissional, mas terá sem dúvida que ser aplicada ao longo de toda a sua atuação.(2)

Os enfermeiros que comunicam eficazmente estão mais aptos a estabelecer uma relação de confiança com o doente. Uma comunicação eficaz é essencial para que a relação entre enfermeiro/doente seja válida, constituindo assim uma das competências essenciais a serem desenvolvidas.(2)

Em contrapartida existem aspetos que devem ser contrariados na prática de enfermagem, destacando-se:

  • Comportamentos que não traduzem aceitação e respeito;
  • O não reconhecimento à pessoa cuidada e do que ela vive;
  • Atitudes frias e indiferentes, transparecendo pressa ou aborrecimento;
  • Respostas fechadas que não têm em conta as necessidades e as tentativas de comunicar com o doente;
  • Palavras e respostas bruscas, ou inapropriadas;
  • Recurso a subterfúgios, generalizações e escapatórias;
  • Comportamento dominador ou paternalista, ou que demonstre insolência.(14)

É importante não esquecer que cada doente é um ser humano único, que transporta uma história pessoal, com crenças, valores, limites e emoções que determinam o modo como vive, e que vão influenciar todo o processo de comunicação.(2)

Nesta perspetiva, a comunicação dos profissionais de enfermagem deve assentar nos seguintes princípios (figura 2):

  • Ser simples, para que os termos utilizados sejam familiares às pessoas que os escutam, o que exclui abreviaturas, siglas, termos técnicos e construções demasiado rebuscadas;
  • Ser clara, de maneira a que os conceitos utilizados não levem senão a uma interpretação, para evitar qualquer confusão;
  • Ser breve e concisa, para que o doente não se perca nas explicações de uma comunicação que toca vários assuntos ao mesmo tempo;
  • Ser apropriada ao tempo e às circunstâncias, selecionando-se o momento mais conveniente em função da hora do dia e do estado do doente;
  • Ser adaptável às reações do doente de modo a proporcionar uma conivência terapêutica. (14)

Figura 2 - Caraterísticas da comunicação em enfermagem

Para finalizar, enumeram-se um conjunto de linhas orientadoras que o enfermeiro deve pôr em prática no estabelecimento da comunicação terapêutica:

  • Preparação mental, emocional e física para assistir os doentes na resolução dos problemas de saúde;
  • Ser pontual e educado na forma como se relaciona;
  • Promover o conforto, bem-estar e ganhos em saúde;
  • Ser competente nos cuidados requeridos, cuidando da pessoa de forma segura e eficaz;
  • Elogiar e encorajar o esforço dos doentes para um melhor auto-cuidado;
  • Ser paciente e compreensivo para com as reações do doente.(11)

 

Do mesmo modo, descrevem-se as condutas a evitar:

  • Padronizar os doentes;
  • Exigir ou pressionar os doentes a mudar;
  • Rotular os doentes de “bons”, “maus” ou “não colaborantes”;
  • Humilhar os doentes, utilizando termos técnicos que contribuam para que se sintam desprezados ou isolados;
  • Ter preconceitos relativamente à raça, religião ou credo dos doentes;
  • Dissimular conhecimento que não possui para evitar não parecer informado. Trata-se da saúde de uma pessoa, e como tal o doente tem o direito de receber a informação correta e honesta.

 

Em suma, a comunicação terapêutica em enfermagem é entendida como a expressão de ajuda e compreensão que dá resposta à satisfação das necessidades humanas básicas, de ordem afetiva, moral, espiritual e social. Através desta expressão surge a partilha de sentimentos e de valores que enriquecerá os intervenientes e jamais os prejudicará. É pois um processo de crescimento e amadurecimento vivenciado por todos os intervenientes.

 

Conclusão

A comunicação eficaz, também designada como comunicação terapêutica, consiste num processo recíproco entre enfermeiro e doente, em que o profissional utiliza os seus conhecimentos científicos e as suas habilidades para ajudar o doente de forma útil e individualizada.

Melhorar a qualidade e a humanização do atendimento em saúde pressupõe a escuta ativa do doente, a empatia e a resposta partilhada pela solução dos problemas, e também a acessibilidade personalizada aos diversos cuidados na área da saúde através de uma comunicação efetiva.

Bibliografia

1. ALVES, A. A importância da comunicação no cuidar do idoso. Dissertação de Mestrado em Ciências de Enfermagem. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Porto: Universidade do Porto; 2003.

2. ALMEIDA, A., SILVA, I. Reflectindo sobre a comunicação com o doente oncológico. Nursing. 2000; 193 (11): 15-20.

3. TIGULINI, R., MELO, M. A comunicação entre enfermeiro, família e paciente crítico. Brasil: simpósio brasileiro de comunicação em enfermagem; 2002.

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5. ROSÁRIO, E. Comunicação e Cuidados de Saúde. Comunicar com o Doente Ventilado em Cuidados Intensivos. Dissertação de Mestrado em Comunicação em Saúde. Universidade Aberta. Lisboa; 2009.

6. WATZLAWICK, P. Pragmática da Comunicação Humana. Lisboa: Editorial Presença; 2002.

7. INABA, L., SILVA, M., TELES, C. Paciente crítico e comunicação: visão de familiares sobre sua adequação pela equipe de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem de USP. 2005; 39 (4): 423-429.

8. SILVA, L., BRASIL, V., GUIMARÃES, H., SAVONITTI, B., SILVA, M.. Comunicação não-verbal: reflexões acerca da linguagem corporal. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2000; 8 (4): 52 -58.

9. LAZURE, H. Viver a relação de ajuda: abordagem teórica e prática de um critério de competência da enfermeira. Lisboa: Lusodidacta; 1994.

10. BITTI, P.; ZANI,B. A Comunicação como um Processo Social. Lisboa. Editorial Estampa; 1993.

11. RILEY, J. Comunicação em enfermagem (4.ª ed.). Loures: Lusociência; 2004.

12. SANTOS, K., SILVA, M. Percepção dos profissionais de saúde sobre a comunicação com os familiares de pacientes em UTIs. Revista Brasileira de Enfermagem Reben. 2006; 59 (1): 61-66.

13. ALFAIATE, M., SILVA, L., MATOS, T. A comunicação com o doente toxicodependente. Nursing. 2009; 246 (6): 6-10.

14. PHANEUF, M. Comunicação, entrevista, relação de ajuda e validação. Loures: Lusociência; 2005.

15. RAMOS, M. Comunicação e saúde em contexto multicultural. Brasil: Encontro de Estudos Multidisciplinares em Faculdade de Comunicação; 2008.

16. PONTES, A., LEITÃO, I., RAMOS, I. Comunicação terapêutica em enfermagem: instrumento essencial do cuidado. Revista Brasileira de Enfermagem Reben. 2008; 61 (3): 312-318.

17. REIS, F., RODRIGUES, V. A axiologia dos valores e a sua comunicação no ensino de enfermagem. Lisboa: Climepsi Editores; 2002.

18. POTTER P., PERRY A. Grande tratado de enfermagem prática: conceitos básicos, teoria e prática hospitalar (3.ª ed.). São Paulo: Tempo; 2002.

19. ORIÁ M., MORAES L., VICTOR J. A comunicação como instrumento do enfermeiro para o cuidado emocional do cliente hospitalizado. Revista Electrónica de Enfermagem. 2004; 6 (2): 41-45.

Dora Saraiva, Enfermeira com especialidade Médico-Cirúrgica do Centro Hospitalar Cova da Beira, Covilhã

Nota: Este texto foi escrito pela autora ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
All-Oral Interferon-Free Therapy for the Treatment of Hepatitis C
Submission based on the largest Phase III program in genotype 1 (GT1) hepatitis C patients conducted to date (1); AbbVie's...

AbbVie (NYSE: ABBV) submitted its New Drug Application (NDA) to the U.S. Food and Drug Administration (FDA) seeking approval for the company’s investigational, all-oral, interferon-free regimen for the treatment of adult patients with chronic genotype 1 (GT1) hepatitis C virus (HCV) infection. The NDA is supported by data from the largest all-oral, interferon-free clinical program in GT1 patients conducted to date,1 with six Phase III studies that included more than 2,300 patients in over 25 countries.

“This NDA submission is a significant advancement for AbbVie’s HCV development program,” said Scott Brun, M.D., vice president, Pharmaceutical Development, AbbVie. “Based on the robust data that have been generated in our international Phase III HCV program, we believe our all-oral, interferon-free regimen holds the potential to be a promising new therapy for patients living with this chronic infection.”

In May of 2013, AbbVie's investigational direct-acting antiviral (DAA) regimen with and without ribavirin for HCV genotype 1 was designated as a Breakthrough Therapy by the U.S. FDA. This designation is intended to help expedite the development of drugs for serious or life-threatening conditions and is based in part on preliminary clinical evidence demonstrating a drug or regimen may have substantial improvement on at least one clinically significant endpoint compared to available therapy.

AbbVie plans to submit applications for regulatory approval of its regimen in the European Union in early May.

In the U.S., an estimated 3.2 million people are living with HCV and the infection is most prevalent among those born between 1945 and 1965.[2]

 

About AbbVie’s Investigational HCV Regimen

The AbbVie investigational regimen consists of the fixed-dose combination of ABT-450/ritonavir (150/100mg) co-formulated with ombitasvir (ABT-267) 25mg, dosed once daily, and dasabuvir (ABT-333) 250mg with or without RBV (weight-based), dosed twice daily. The combination of three different mechanisms of action interrupts the hepatitis C virus replication process with the goal of optimizing sustained virologic response rates across different patient populations.

Additional information about AbbVie’s Phase III studies can be found on www.clinicaltrials.gov.

 

AbbVie’s HCV Development Program

The AbbVie HCV clinical development program is intended to advance scientific knowledge and clinical care by investigating an interferon-free, all-oral regimen with and without ribavirin with the goal of producing high sustained virologic response rates in as many patients as possible, including those that typically do not respond well to treatment, such as previous non-responders to interferon-based therapy or patients with advanced liver fibrosis or cirrhosis.

 

ABT-450 was discovered during the ongoing collaboration between AbbVie and Enanta Pharmaceuticals (NASDAQ: ENTA) for hepatitis C virus protease inhibitors and regimens that include protease inhibitors. ABT-450 is being developed by AbbVie for use in combination with AbbVie's other investigational medicines for the treatment of hepatitis C.

 

About AbbVie

AbbVie is a global, research-based biopharmaceutical company formed in 2013 following separation from Abbott Laboratories. The company's mission is to use its expertise, dedicated people and unique approach to innovation to develop and market advanced therapies that address some of the world's most complex and serious diseases. AbbVie employs approximately 25,000 people worldwide and markets medicines in more than 170 countries. For further information on the company and its people, portfolio and commitments, please visit www.abbvie.com. Follow @abbvie on Twitter or view careers on our Facebook or LinkedIn page.

 

Forward-Looking Statements

Some statements in this news release may be forward-looking statements for purposes of the Private Securities Litigation Reform Act of 1995. The words "believe," "expect," "anticipate," "project" and similar expressions, among others, generally identify forward-looking statements. AbbVie cautions that these forward-looking statements are subject to risks and uncertainties that may cause actual results to differ materially from those indicated in the forward-looking statements. Such risks and uncertainties include, but are not limited to, challenges to intellectual property, competition from other products, difficulties inherent in the research and development process, adverse litigation or government action, and changes to laws and regulations applicable to our industry. 

Additional information about the economic, competitive, governmental, technological and other factors that may affect AbbVie's operations is set forth in Item 1A, "Risk Factors," in AbbVie's 2013 Annual Report on Form 10-K, which has been filed with the Securities and Exchange Commission.

AbbVie undertakes no obligation to release publicly any revisions to forward-looking statements as a result of subsequent events or developments, except as required by law.

 




 

[2] Centers for Disease Control and Prevention. Hepatitis C FAQs for Health Professionals. 2013. http://www.cdc.gov/hepatitis/HCV/HCVfaq.htm#section1. Accessed March 14, 2014.

[1] Comparison based on review of data from www.clinicaltrials.gov for phase 3a programs of Gilead, BMS and BI as of November 15, 2013. 

 

Prevenção de doença que ameaça metade da população mundial
A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da Sanofi, anuncia que o primeiro de dois estudos de eficácia Phase III para a vacina do...

O dengue é uma ameaça para quase metade da população mundial e o seu combate é uma prioridade em vários países da Ásia e América Latina, onde ocorrem epidemias.

“Este feito é resultado de mais de 20 anos de trabalho na área do dengue, colaborando com investigadores, voluntários, autoridades, especialistas e organizações internacionais”, diz Olivier Charmeil, Presidente e CEO da Sanofi Pasteur. “Desenvolver uma vacina para o dengue para benefício das crianças e seus pais é o ponto central da nossa missão. O nosso objectivo é o de dar suporte à ambição da Organização Mundial de Saúde de reduzir a mortalidade por dengue de 50 para 25 por cento até 2020”, conclui.

 

Comunicado original em anexo.

 

8, 9 e 10 de Maio
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos organiza Cursos Básicos de Cuidados Paliativos para os profissionais de saúde em...

Princípios dos Cuidados Paliativos; aspectos básicos da organização dos Serviços de Cuidados Paliativos; comunicação com o doente e sua família; o luto; controlo da dor e acompanhamento espiritual são alguns dos temas em destaque durante o curso, que tem a duração de três dias.

“Acreditamos que os profissionais de saúde devem estar devidamente habilitados a prestar assistência e cuidados adequados, rigorosos e humanizados. Com a realização deste curso pretende-se aprofundar conhecimentos, gerar mudança de atitudes e capacitar os profissionais para a resolução dos problemas dos doentes em fim de vida e dos seus familiares”, explica Margarida Alvarenga, coordenadora do curso.

“Preocupada com a qualidade dos cuidados em Portugal, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) decidiu criar cursos de formação que garantam efectiva qualidade. É hoje consensual a necessidade de todos os profissionais com actividade clínica deterem competências básicas no âmbito da paliação, de forma a também saberem quando referenciar os doentes complexos para o nível especializado de cuidados paliativos”, finaliza Margarida Alvarenga.

 

Objectivos específicos do curso:

 Compreender os princípios dos cuidados paliativos;

 Determinar as necessidades de um doente em cuidados paliativos e da sua família;

 Reconhecer a problemática do sofrimento no fim de vida;

 Conhecer e aplicar os princípios do controlo sintomático;

 Identificar e monitorizar os sintomas mais frequentes na doença terminal;

 Discriminar os cuidados a prestar ao doente e família, nos últimos dias e horas de vida;

 Reconhecer a evolução normal do luto;

 Identificar as situações de luto patológico

 Compreender as perícias básicas de comunicação com doentes em fim de vida

 Conhecer as situações problemáticas mais frequentes na comunicação com doentes em fim de vida e seus familiares (transmissão de más notícias, transmissão do prognóstico, pedido de conspiração do silêncio)

 Aplicar os princípios éticos na análise das principais questões éticas relacionadas com o fim de vida;

 

O curso repete em Junho, nos dias 5, 6 e 7, com 21h lectivas, distribuídas pelos 3 dias, entre as 9h-17h30.

 

Inscrição:

. Sócios: 70 €

. Elementos das equipas de cuidados paliativos ou continuados: 80€

. Outros: 100 € (pessoas que trabalham em internamento ou na comunidade e que desejam adquirir formação básica no âmbito dos Cuidados Paliativos)

 

Fórum de Hipertensão: Consumo de Sal Informado
No dia 6 de Maio, tem lugar na Assembleia da República, o Fórum de Hipertensão, promovido pela Sociedade Portuguesa de...

O principal objectivo deste Fórum de Hipertensão passa por gerar debate em torno da problemática do consumo de sal em Portugal e apresentar a proposta de criação de uma ferramenta que informe os consumidores quanto ao teor de sal presente nos alimentos que consomem, traduzida numa rotulagem adequada através de um semáforo de cores.

Segundo Fernando Pinto, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, “A SPH acredita que com esta ferramenta, os consumidores ficam aptos a escolher os alimentos de forma mais informada e consciente e, portanto, terá reflexos positivos na própria saúde dos portugueses”.

6 de Maio - Dia Mundial da Asma
O Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas promove um rastreio gratuito, aberto à população, no próximo dia 5 de Maio...

A iniciativa conta com o apoio da Associação Portuguesa de Asmáticos e Alérgicos e serão aplicados questionários de avaliação do controlo da asma e executadas espirometrias.

“A tosse, a dificuldade em respirar, a pieira ou chiadeira no peito, o cansaço e o aperto no peito são os sintomas típicos da asma. Os sintomas podem ocorrer por várias causas como alergias aos ácaros do pó, aos pólenes, ou com o exercício físico, com a toma de determinados medicamentos, com a ansiedade e o stress ou com mudanças súbitas das condições meteorológicas”, refere Mário Morais de Almeida, Coordenador do Centro de Alergia do hospital CUF Descobertas e vice-presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos e Alérgicos.

O imunoalergologista acrescenta: “Infelizmente existem ainda muitas pessoas que são asmáticas e não o sabem, isto é, falta com frequência o diagnóstico da doença ou o reconhecimento das queixas que poderiam levar à indicação de um programa de prevenção. E a função pulmonar raramente é avaliada. Se abandonada a uma evolução não controlada, a asma pode levar a alterações irreversíveis das vias aéreas e este fenómeno pode ocorrer ainda na infância.”

A asma é uma doença inflamatória crónica dos brônquios que surge maioritariamente na infância mas que pode desenvolver-se em qualquer idade. Os sintomas são variados e passam por tosse, pieira, falta de ar, aperto no peito depois de um grande esforço físico, cansaço e dificuldade em fazer diversas tarefas do quotidiano.

O Centro de Alergia do hospital CUF Descobertas é um dos centros nacionais com maior número de casos tratados em todos os grupos etários. Para mais informações consulte: www.cufdescobertas.pt

ANEA assinala
A Associação Nacional de Espondilite Anquilosante vai assinalar, dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, com...

A sessão de abertura da reunião terá a intervenção de Justino Romão, presidente da Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA), e de Jaime Antunes, presidente da Mesa da Assembleia Geral da ANEA. Do programa provisório fazem parte os temas “Integração social e equilíbrio familiar na EA” e “Melhoria da funcionalidade”, que serão abordados, respectivamente, por Filomena Nobre, psicóloga, e Ricardo Antunes, ortopedista.

A ANEA é uma associação “constituída por pessoas que sofrem de EA, seus familiares, médicos interessados nesta patologia, fisioterapeutas e outros quadros da Saúde”. Apesar de colaborar com “todos os profissionais ligados à saúde que investigam ou preparam trabalhos científicos sobre qualquer aspecto desta doença”, a sua principal ambição é ser um “veículo de ajuda e de apoio às pessoas que têm de enfrentar a doença”.

 

Docente da UBI integra
Simão Sousa, do Departamento de Informática, foi convidado a integrar grupos da ISO e IEC, que estudam as áreas da “e-health” e...

O docente do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior (UBI), Simão Sousa, vai fazer parte de grupos internacionais que estão a desenhar regras de funcionamento mundial nas áreas da “e-health” e telemedicina. O investigador integrará equipas de peritos da Organização Internacional de Normalização (ISO, do inglês International Organization for Standardization) e da Comissão Electrotécnica Internacional (IEC – Internacional Electrotechnical Commission).

O convite surgiu através do Instituto Português da Qualidade (IPQ), na sequência do trabalho que Simão Sousa tem realizado no âmbito do centro de investigação da UBI (rel)ease – RELiablE And SEcure Computation Group. Daí que o docente da UBI vá participar na componente de segurança e privacidade, aplicada aos modelos de prestação de saúde à distância, através da Internet. “Uma actividade muito importante para perceber como vão ser normalizados esses sistemas”, explica Simão Sousa.

 

Exactidão dos dados preocupa

Na mira dos grupos de especialistas estão questões como a exactidão e segurança dos dados transmitidos à distância. À medida que aumenta, em termos mundiais, o recurso a meios suportados pela rede digital, “é preciso perceber o contexto legal destas práticas”, refere o docente, avançando com um caso concreto: “Imaginemos um autocarro com aparelhos de medição que anda pelos países de África para levar a esses locais cuidados de saúde feitos por pessoas que estão nos EUA. Passa por essas zonas, faz lá os exames e em tempo real ou em diferido são analisados por um especialista que prescreve um tratamento”.

Numa actividade como esta são precisas regras apertadas. Nomeadamente saber quais as normas que uma empresa tem de respeitar para que o seu serviço possa ir para o mercado, sem pôr em risco a segurança e a saúde dos utentes.

 

Evitar falhas

“A informação está a passar por todo o lado. Não poderá ser alterada e resultar num erro de diagnóstico?”, questiona. “Há uma preocupação de saber como é que estas coisas decorrem. Se não houver regulação e acontecer um problema, quem é o responsável? O médico? O autocarro? O serviço de internet que não assegurou que os dados passassem com qualidade ou algum governo mal-intencionado que teve acesso a informação privilegiada e a usa indevidamente?”, salienta, acrescentando que tecnologicamente “é possível fazer muita coisa, mas não há um contexto regulamentar. “Isto tem que ser feito por entidades que têm que ser objectivas e isentas”, como a ISO e IEC, explica Simão Sousa.

Esta não é a primeira vez que o elemento da UBI colabora com instituições deste género. Há cerca de quatro anos participou numa reunião devido a um trabalho de investigação que tinha sido feito “e que teve um impacto bastante grande nesses grupos”, recorda.

 “O convite é o reflexo do trabalho que está a ser feito na UBI”, entende Simão Sousa, que vê esta participação internacional como “uma honra” e algo “muito relevante para a Universidade da Beira Interior”.

 

Especialistas da área farmacêutica debatem
O ritmo do aumento da dívida ao sector da saúde abranda de 80 milhões por mês em 2012 para 34 milhões em 2014. Este e outros...

De acordo com Miguel Santos Silva, Coordenador do Re-Thinking Pharma 2014-2024, a regularização da dívida ao sector da saúde melhorou dos primeiros meses de 2012 até 2014. “Apesar dos esforços recentes, e da diminuição do ritmo de aumento da dívida, o aumento da mesma ao sector da saúde em Janeiro e Fevereiro de 2014 parece retomar uma tendência passada. Com o valor de Fevereiro de 2014, reforça-se a ideia de não ter existido uma alteração de tendência de crescimento da dívida”.

“O acréscimo absoluto de dívida em Janeiro e Fevereiro de 2014 não traduz qualquer abrandamento face a que sucedeu em 2013 fora do período de regularização da mesma, e esse ritmo é em média 34 milhões por mês, ou seja, cerca de 400 milhões por ano. Contudo o ritmo de acumulação de dívida é mais baixo do que o ritmo mensal dos primeiros meses de 2012 que eram cerca de 80 milhões por mês. Os esforços actuais são ainda susceptível de criar problemas sérios à sustentabilidade financeira do SNS, e mais uma vez, podemos dizer que a Indústria Farmacêutica agora, e nas últimas décadas tem sido o grande financiador do Estado para o sector saúde”, reforça o mesmo especialista.

Para Miguel Silva, “parece-nos estranho que perante a colaboração e enorme taxa de esforço da Indústria Farmacêutica na sustentação de uma crónica e enorme divida vencida, sejam anunciados mais cortes unilaterais para 2015. Relembro que o sector tem sido seriamente afectado e que os preços médios dos medicamentos vendidos nas farmácias diminuíram de 24% desde 2007. “

O Re-Thinking Pharma 2014-2024, o grande evento nacional dirigido a profissionais da Indústria farmacêutica que decorre nos dias 15 e 16 de Maio no Hotel Aqualuz, em Tróia e será presidida por Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Teixeira. O evento conta com o apoio Oficial da AICEP, da APOGEN (Associação Portuguesa de Genéricos), da APDP (Associação portuguesa do Doente Diabético), da APMIF (Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica) e do IPAM/ IADE (Instituto Português de Administração e Marketing).

 

Direcção Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde emitiu um comunicado onde esclarece vários aspectos sobre a actividade epidémica do novo coronavírus.

A propósito da actividade epidémica devida ao novo coronavírus, salientam-se os seguintes aspectos:

1. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças de Estocolmo actualizou em 24 de Abril de 2014 a avaliação de risco com recomendações para viajantes e medidas de vigilância e controlo da infecção http://ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/Middle-East-respirato...

2. Desde Abril de 2012 foram notificados, a nível internacional, 345 casos da doença, incluindo 107 óbitos. A maioria dos casos foi notificada pelas Autoridades de Saúde da Arábia Saudita, onde há registo da doença entre profissionais de saúde, mas alguns foram diagnosticados ou tratados noutros países, inclusive na Europa (todos importados ou de transmissão secundária);

3. Em Portugal, até ao momento, não foi identificado nenhum caso de infecção por este novo vírus;

4. Não existem, por ora, recomendações internacionais para restrições de viagens e trocas comerciais;

5. Os coronavírus transmitem-se principalmente por gotículas e por contacto directo e indirecto com secreções infectadas (também foram detectados coronavírus nas fezes e na urina) e em algumas situações de transmissão por aerossóis, como por exemplo, manobras de intubação ou reanimação. Os doentes em investigação ou confirmados devem permanecer internados em quarto de isolamento, se possível, com pressão negativa;

6. Os profissionais de saúde em contacto com doentes com suspeita de infecção a coronavírus devem observar medidas de protecção rigorosas. Qualquer profissional de saúde que tenha tido contacto com um caso provável ou confirmado deve estar atento ao aparecimento de sintomas respiratórios que obrigam a avaliação médica;

7. Os viajantes para a Península Arábica devem seguir recomendações gerais que diminuam o risco de infecção, nomeadamente:

 Lavar frequentemente as mãos com água e sabão (quando as mãos não estiverem visivelmente sujas podem ser usados toalhetes);

 Não comer carne mal cozinhada ou leite não pasteurizado (especialmente de camelo) ou alimentos preparados em más condições sanitárias (lavar bem frutos e vegetais antes de os consumir);

 Manter uma boa higiene pessoal;

 Evitar contacto com camelos bem como com animais domésticos, incluindo gado e outros animais selvagens;

 Evitar o contacto próximo com pessoas com doença respiratória aguda, diarreia ou outras doenças potencialmente infecciosas;

 Não viajar se estiver doente;

 Consultar o médico, se necessário, no regresso, referindo a viagem recente àquela região ou ligar para a Linha Saúde 24 – 808 24 24 24;

8. Mantém-se válida a “Orientação nº 026/2012 de 20/12/2012 - Infecção por novo coronavírus”, com recomendações para o diagnóstico, vigilância e medidas de controlo da infecção.

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