Num trimestre
Os portugueses gastaram em medicamentos e suplementos para emagrecer quase três milhões de euros no primeiro trimestre deste...

Há uma clara preferência pelos suplementos dietéticos face ao único medicamento actualmente comercializado para tratar a obesidade. A facilidade de aquisição - sem receita e em diversos locais - e o preço (custam, em média, metade, do que o fármaco) são certamente factores decisivos.

Nos primeiros três meses deste ano, venderam-se 95 mil unidades de produtos para perda de peso em farmácias e parafarmácias, apurou o Jornal de Notícias junto da consultora IMS Health, que não contabiliza os dados dos ervanários.

No Serviço Nacional de Saúde
A partir de hoje vai ser possível registar um testamento vital em meia centena de balcões criados para esse efeito nos centros...

Dois anos depois da legalização deste instrumento, o Estado passa a oferecer uma forma sem custos de qualquer pessoa deixar escrito e com força legal que tratamentos e cuidados de saúde quer ou não receber caso se encontre incapaz de expressar a sua vontade numa situação clínica que os médicos considerem irreversível e terminal. Pode ainda nomear um procurador de cuidados que o represente nas decisões.

O Portal da Saúde tem disponível para download o modelo de directiva antecipada de vontade. Depois de descarregado, o documento pode ser impresso, preenchido e entregue no agrupamento de centros de saúde, ou unidade local de saúde, para registo na plataforma RENTEV - Registo Nacional do Testamento Vital.

O RENTEV é um sistema de informação desenvolvido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que possibilita a recepção, registo, organização e actualização de toda a informação e documentação relativas ao documento de directivas antecipadas de vontade e à procuração de cuidados de saúde, para todos os cidadãos nacionais, estrangeiros e apátridas residentes em Portugal.

O RENTEV é suportado por uma base de dados de âmbito nacional, que centraliza e mantém actualizados os Testamentos Vitais (TV), garantindo a sua consulta aos cidadãos (e ao respectivo procurador de cuidados de saúde, caso exista), através do Portal do Utente, e aos médicos responsáveis pela prestação de cuidados de saúde através do Portal do Profissional.

Para saber mais consulte os seguintes documentos:

Circular Informativa nº 05/2014 dos SPMS

Folheto informativo

Perguntas frequentes

Formulário para registo da "Directiva Antecipada de Vontade" (DAV)

Coimbra lidera estudo
Investigadores da Universidade de Coimbra descobriram como eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da...

Uma equipa internacional liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da sua produção de energia, anunciou hoje a instituição.

A investigação centrou-se na identificação do modo como “os processos de geração de energia em células estaminais cancerígenas estão interligados com os fenómenos de diferenciação (transformação) celular e resistência a agentes anticancerígenos”, revela uma nota da UC hoje divulgada e referida pelo Destak.

De acordo com “várias evidências científicas, as células estaminais cancerígenas podem funcionar como uma semente”, resistindo “aos tratamentos convencionais” e podendo “proliferar e gerar novas células malignas, sendo responsáveis pela reincidência de vários tipos de cancros”, salienta a UC.

Prevenção é o melhor remédio
A alergia ao sol é uma reacção do sistema imunológico à exposição da pele à luz solar.
Alergias solares

A luz solar, além de ser a principal responsável pelo surgimento do cancro da pele e do envelhecimento cutâneo, pode provocar uma série de doenças, induzidas directamente pela radiação ultra-violeta ou pela exacerbação de reacções provocadas por medicamentos ou produtos químicos, sejam eles aplicados na pele ou de uso sistémico.

Os quadros podem ser desencadeados pela luz solar ou mesmo por fontes luminosas artificiais, como os solários. São várias as doenças incluídas neste grupo e, algumas delas, podem ser extremamente incapacitantes, pois exigem total falta de contacto com a luz do sol para que os seus sintomas não se manifestem.

Estima-se que 5 a 10% das pessoas sofrem de alergia ao sol. Esta doença afecta principalmente as mulheres, sendo que 95% são jovens de 20 a 35 anos.

As fotodermatoses podem ser de causa desconhecida ou idiopática, doenças hereditárias, fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos.

Entre as fotodermatoses idiopáticas, a mais frequente é a lucite estival benigna, que ocorre principalmente na mulher jovem: ao 2º ou 3º dia de exposição solar na praia surge, nas zonas habitualmente protegidas do sol (decote, dorso, coxas…), uma comichão intensa e a pele fica vermelha e com pequenas borbulhas que parecem tornar a pele irregular.

A erupção polimorfa à luz é também uma erupção cutânea (pele vermelha com borbulhas) pruriginosa nas zonas expostas ao sol em jovens adultos, que surge recorrentemente na Primavera e melhora ao longo do Verão, desaparecendo quase por completo no Inverno.

As fotodermatoses de etiologia genética são raras, sendo a mais frequente o xeroderma pigmentoso (um caso por milhão de recém-nascidos), em que há um defeito da capacidade de reparação do material genético danificado pelo Sol, pelo que têm uma incidência aumentada de cancros de pele e tem habitualmente uma esperança de vida diminuída. As porfirias são também distúrbios do metabolismo em que há acumulação de substâncias endógenas capazes de desencadear intolerância ao sol.

A fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas ocorre no local da pele em que coexiste a substância e há exposição solar. Estas substâncias são produtos de aplicação tópica na pele como perfumes, anti-inflamatórios não esteróides, antimicrobianos, protectores solares e medicamentos de uso sistémico, como anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos, ou diuréticos.

Causas
A resposta do organismo à luz solar varia de indivíduo para indivíduo. Os sinais mais graves podem aparecer imediatamente após a exposição, há portanto uma hipersensibilidade imediata. Por outro lado, a hipersensibilidade tardia, menos ofensiva, aparece horas mais tarde à exposição. De referir que a alergia ao sol pode resultar mesmo quando se apanha sol através de uma janela, um pára-brisas ou um guarda-sol.

As alergias ao sol são reacções conhecidas como fotodermatoses cuja origem pode ser diversa: de causa desconhecida ou idiopática (relacionadas com prováveis alterações do sistema de defesa imune), doenças hereditárias (por exemplo acumulação na pele de substâncias “tóxicas” após exposição ao sol), fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos. Existem, ainda, doenças cutâneas que agravam com a exposição solar, como o Lúpus Eritematoso.

Diagnóstico
O diagnóstico das fotodermatoses é feito com base no exame clínico - um questionário e o historial clínico do doente ajudam o médico - e por vezes é necessário recorrer a meios auxiliares de diagnóstico, que permitem diferenciar a fotodermatose de outras afecções.

O especialista pode ainda realizar os testes fotoepicutâneos (testes semelhantes aos utilizados no estudo das dermatites de contacto, mas em que as substâncias a testar são expostas aos raios UV) estão entre os vários exames auxiliares disponíveis.

Sintomas
A alergia ao sol pode ser classificada em quatro grupos de acordo com os sintomas e as circunstâncias de surgimento: urticária solar, erupção cutânea fotoalérgica, erupção polimorfa à luz e a fotossensibilidade.

A urticária solar é rara e ocorre minutos após o contacto com o sol. Surge uma placa rosácea, elevada sobre a pele, lembrando a picada de um mosquito. A lesão pode atingir todo o corpo, principalmente nas áreas não cobertas por roupas e desaparece 1-2 horas após, se o doente for para a sombra. As mulheres adultas são as mais frequentemente vulneráveis. Este tipo de alergia cria um verdadeiro transtorno, porque obriga a vítima a permanecer constantemente na sombra mesmo durante suas actividades diárias.

Ao contrário, a erupção cutânea fotoalérgica, aparece nas horas seguintes a exposição aos raios solares com sintomas bem intensos. Ou seja, é caracterizada por inchaços vermelhos, bolhas, ou papúlas acompanhadas por prurido intenso nas partes expostas do corpo como pescoço, mãos e antebraços. Geralmente não aparece no rosto, excepto nos casos graves. Os sintomas persistem por vários dias e repetem-se a cada reexposição.

Quanto à erupção polimorfa à luz, é rara e é causada por uma luz solar de baixa intensidade, após exposição de 30 minutos ou por algumas horas. A pele apresenta vesículas, manchas vermelhas e rosáceas em círculo. Estas lesões de aparência variada surgem no pescoço, rosto, membros ou atrás das orelhas e são acompanhadas de forte prurido. Os sintomas das exposições subsequentes tendem a piorar. Esta condição crónica afecta tanto as mulheres quanto os homens adultos.

A fotossensibilização ocorre pela combinação da acção dos raios solares com a administração por via oral, local, rectal, ou parentérica de produtos alimentares, medicinais ou cosméticos. Manifesta-se pelo aparecimento de erupções cutâneas vermelhas, papulosas ou vesiculosas e muito pruriginosas em toda a superfície da pele. A cor da pele pode tornar-se azul ou acastanhada.

Tratamento
O primeiro procedimento de tratamento é usar e abusar da sombra, ou seja, evitar a exposição directa ao sol. Isto quer dizer que a prevenção é o melhor tratamento da alergia solar. Contudo, o tratamento geralmente é baseado no uso de anti-histamínicos e corticosteróides contra o prurido.

Em caso de erupção cutânea fotoalérgica pode-se prevenir a doença com suplementos alimentares, disponíveis nas farmácias (pergunte ao farmacêutico). Em caso de falha de tratamentos preventivos, o seu médico pode impedir a erupção cutânea com o uso de antimaláricos durante oito dias antes de apanhar sol e, durante os oito primeiros dias de permanência ao sol.

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Saiba mais
Os medicamentos homeopáticos são feitos a partir de substâncias naturais, provenientes dos reinos ve
Medicamentos homeopáticos

A crescente utilização de medicamentos homeopáticos e de medicamentos à base de plantas em todo o espaço da União Europeia obrigou a uma clarificação na Legislação Comunitária, de modo a harmonizar e estabelecer disposições específicas para este tipo de medicamentos.

Pela primeira vez, a legislação comunitária veio estabelecer disposições específicas para os medicamentos homeopáticos, criando um regime semelhante ao existente para os medicamentos alopáticos, tendo no entanto em linha de conta, as suas características específicas, designadamente o seu reduzido teor em princípios activos e a dificuldade de se lhes aplicar a metodologia estatística convencional dos ensaios clínicos.

Por outro lado, as directivas comunitárias responderam ao objectivo de harmonizar as regras distintas dos vários estados membros em matéria de medicamentos à base de plantas, geralmente associadas a uma grande tradição de utilização, para, desta forma, facilitar o seu comércio e competitividade entre os fabricantes dentro da Comunidade.

Compete ao Infarmed assegurar a implementação da legislação a nível nacional e participar em vários grupos de trabalho a nível europeu, de forma a garantir um elevado nível de harmonização dos critérios aplicáveis à avaliação dos medicamentos homeopáticos e dos medicamentos tradicionais à base de plantas e a sua utilização de forma segura.

A legislação em vigor estabelece 2 procedimentos para a autorização de medicamentos homeopáticos:

  • Um processo de registo simplificado, para os medicamentos homeopáticos introduzidos no mercado sem indicações terapêuticas e sob forma farmacêutica e dosagem que não apresentem riscos para o doente.
  • Um regime idêntico ao dos restantes medicamentos de uso humano, para os medicamentos homeopáticos comercializados com indicações terapêuticas ou com uma apresentação susceptível de apresentar riscos para o doente, sem prejuízo das características próprias a que devem obedecer os ensaios tóxico farmacológicos e clínicos destes medicamentos.

Os medicamentos homeopáticos diferenciam-se de outros tipos de medicamentos, tais como os medicamentos à base de plantas, apesar de poderem ser preparados a partir das mesmas matérias-primas.

Esta diferenciação é feita, principalmente, pelos métodos de fabrico utilizados na sua preparação e pela forma como são prescritos. A preparação de medicamentos homeopáticos envolve a utilização de quantidades mínimas de substâncias activas (obtidas através de diluições e dinamizações sucessivas).

A legislação existente, cujo cumprimento em Portugal é regulado pelo Infarmed, visa garantir a qualidade e a segurança de utilização dos medicamentos homeopáticos, salvaguardando a saúde pública e assegurando aos utilizadores o fornecimento de informações claras sobre o seu carácter homeopático e a sua inocuidade.

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Malo Clinic
Os dentes do siso são os terceiros molares e são, normalmente, os últimos dentes a nascer.

Estes dentes devem ser avaliados nas consultas de rotina, semestrais ou anuais, de modo a controlar a sua formação e erupção, pois só assim haverá uma correta avaliação do seu posicionamento e crescimento nas arcadas dentárias, prevenindo qualquer prejuízo dos restantes dentes. Em alguns casos estes dentes inclusos poderão nunca nascer, caso se encontrem impactados, isto é, quando alguma barreira (dente vizinho, osso ou quisto) impede o seu trajeto normal de erupção.

Estes dentes localizam-se numa zona posterior de difícil acesso à escovagem e fio dentário e, consequentemente, de maior acumulação de placa bacteriana, situação que pode levar ao aparecimento de lesões de cárie, inflamação gengival e inclusivamente de quistos, abcessos e infeções mais graves com consequências sistémicas. A dificuldade e ineficácia resultantes da falta de acesso aos dentes do siso, pode levar ao aparecimento de doenças de gengivas e consequente perda do osso de suporte não só dos dentes do siso como também dos dentes vizinhos. Em pacientes com predisposição para desenvolver doenças na gengiva (doenças periodontais) os dentes do siso devem ser extraídos por prevenção. Se houver falta de espaço na arcada dentária e mau posicionamento dos dentes, os dentes do siso têm indicação para extração, assim como quando os tratamentos de Ortodontia e de Reabilitação fixa com implantes o exigem.

Pensa-se que os dentes do siso estejam a desaparecer gradualmente da espécie humana - um sinal visível da evolução da espécie. Hoje, são cada vez mais as pessoas que já não têm sisos o que se atribui à falta do uso de dentes fortes para mastigar alimentos que gradualmente passaram de rijos e crus a moles e cozinhados.

Na maioria dos casos a extração é efetuada com anestesia local, sendo um procedimento indolor para o paciente. Posteriormente é ministrada uma medicação pós-operatória adequada a cada paciente. Nalguns casos, quando se verifica um posicionamento anormal dos dentes do siso (dentes ectópicos), ou tratando-se de pacientes extremamente ansiosos, pode-se optar por realizar o procedimento cirúrgico sob o efeito de anestesia geral. A dieta no dia da cirurgia e nos dias seguintes deverá ser fria, com alimentos moles e líquidos, sendo que é também fortemente aconselhável fazer gelo na face por vários períodos nas primeiras 48 horas pós-cirúrgicas.

As consultas regulares ao Médico Dentista são fundamentais para monitorização de toda a saúde oral e intervenção precoce, pois só assim podemos simplificar ao máximo eventuais intervenções cirúrgicas para extração dos dentes do siso, prevenindo-se complicações associadas à impactação e erupção atípica dos mesmos.

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Parque temático reforça leque de profissões ligadas à saúde
A KidZania prepara-se para dar a conhecer novos espaços que vão surpreender os mais pequenos. Depois da abertura do Hospital...

Tal como numa cidade real, também nesta cidade construída à escala dos mais pequenos existe uma dinâmica muito própria, que faz com que cada visita seja uma experiência diferente para toda a família, das crianças aos adultos. Para além do leque de 60 profissões já conhecidas dos visitantes, o parque temático passa agora a contar com motivos adicionais de visita com dois espaços que pretendem sensibilizar as crianças para as diferentes áreas da saúde para além das ditas tradicionais, como a medicina ou a enfermagem.

No dia 31 de Maio abriu portas na KidZania o Hospital Veterinário Vetzania. Neste estabelecimento as crianças podem desempenhar a profissão de médico veterinário, que estará subdividida em dois momentos: exame clínico e diagnóstico/realização de curativo.

Os mais novos vão ser sensibilizados para comportamentos que promovam a segurança e bem-estar do seu animal, ao mesmo tempo que se pretende alertar para os riscos existentes no contacto com os animais de estimação.

No final de Junho a KidZania passa a contar com o espaço Optometrista – Fábrica de Óculos. Neste estabelecimento pode optar por desempenhar o papel de optometrista, realizando um exame oftalmológico e um exame de acuidade visual ao seu cliente. Se o visitante escolher ser cliente tem oportunidade de realizar exames oftalmológicos, ser sensibilizado para a importância deste tipo de exame e ter conhecimento dos cuidados oftalmológicos a ter. No final tem a possibilidade de escolher uma armação de óculos, entre as diferentes versões disponíveis, encontrando assim o acessório mais adequado ao seu estilo, gosto pessoal ou sua forma de estar.

O Hospital Veterinário Vetzania e o Optometrista – Fábrica de Óculos são apenas as mais recentes novidades da KidZania depois da abertura da Oficina Automóvel Bosch Car Service, em Janeiro, e do protocolo estabelecido com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), em Maio.

Ainda no campo das novidades no parque temático, a KidZania apresenta uma nova peça de teatro, a partir do dia 28 de Junho, intitulada “Peter Pan – Uma Aventura na Terra do Nunca”.

Como sempre, esta é uma peça muito especial, na qual as crianças são os protagonistas, subindo ao palco do Teatro Nacional da KidZania para mostrar o seu talento aos seus familiares e amigos, com o apoio dos animadores da Companhia Artística da KidZania. Antes do grande momento, os mais pequenos passam pela Escola de Teatro, espaço onde aprendem os passos básicos e preparam as deixas que devem dizer no momento de subir ao palco.

Em “Peter Pan – Uma Aventura na Terra do Nunca”, as crianças vão conhecer a história de três irmãos, Wendy, Miguel e João, que são convidados pelo Peter Pan para viajarem até à Terra do Nunca e a viver novas aventuras. O final desta história promete emocionar miúdos e graúdos.

Cinco anos depois da sua abertura, a KidZania é um verdadeiro sucesso. A prová-lo está o facto de mais de um milhão de pessoas já ter visitado o parque temático desde 2009. A KidZania é um projecto cada vez mais consolidado a nível nacional, não só junto das famílias mas também junto das escolas, que incluem uma visita como complemento aos conteúdos escolares leccionados.

 

Projecto piloto educacional no Agrupamento de Escolas da Amadora
Estima-se que as crianças em Portugal estejam a consumir quatro vezes mais sal e sódio do que o recomendado pela Organização...

O programa educacional para crianças do Menos Sal Mais Sabor a Vida arrancou em Junho com o piloto no agrupamento de Escolas Roque Gameiro na Amadora, com a participação de cerca de uma centena de crianças dos Jardins de Infância Terra dos Arcos e Vasco Martins Rebolo.

Durante dois dias de actividades, o Menos Sal Mais Sabor a Vida levou até à escola Roque Gameiro a dietista Cátia Gouveia, o Chef Fábio Bernardino e as mascotes Jaby & Geny (dois irmãos muito divertidos e cheios de vontade de aprender) que, através de jogos didácticos, ensinaram às crianças tudo sobre alimentação saudável e sobre os riscos do consumo excessivo de sal e de sódio.

Utilizando os 5 sentidos e o Jogo da Glória do Jaby & Geny, as crianças aprenderam as três principais regras da alimentação saudável (equilibrada, completa e variada), descobriram a roda dos alimentos, identificando os alimentos mais e menos saudáveis e ficaram a saber algumas dicas para ajudar a reduzir consumo de sal e sódio.

As crianças tiveram ainda a oportunidade de utilizar os conhecimentos ajudando o Chef Fábio Bernardino a cozinhar massa com carne picada durante o workshop de culinária. No final receberam materiais didácticos (entre os quais, uma banda desenhada e livros para colorir) com as mascotes Jaby & Geny para recordarem o que aprenderam sobre o ABC da Alimentação Saudável. Para os Jardins de Infância o Menos Sal Mais Sabor a Vida ofereceu posters e autocolantes com mensagens que recordam as aprendizagens adquiridas nestas manhãs.

Esta iniciativa inseriu-se na campanha de sensibilização Menos Sal Mais Sabor a Vida que conta com o apoio da Jaba Genéricos e da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, e que retomará actividades no início do próximo ano lectivo.

 

Menos Sal Mais Sabor à Vida

No sentido de alertar a população para a necessidade de adoptar estilos de vida saudáveis, a campanha Menos Sal Mais Sabor a Vida tem trabalhado há mais de dois anos em parceria com os cuidados de saúde primários e farmácias, disponibilizando materiais informativos e ajudando os profissionais de saúde a desenvolverem actividades de sensibilização e capacitação da população em relação à doença cardiovascular e ao consumo excessivo de sal/sódio. No caso concreto das crianças portuguesas, decidiu agora chegar a esta faixa tão importante da população desenvolvimento um projecto que lhes é inteiramente dedicado.

Mais informação em www.facebook.com/clubemenossal e em www.menossal.com onde estão disponíveis os materiais didácticos.

 

For treatment of Chronic Hepatitis C in the European Union
Daklinza in combination with other agents would offer a potential cure for HCV patients with high unmet needs who urgently...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) today announced that the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) of the European Medicines Agency (EMA) has adopted a positive opinion recommending that Daklinza®(daclatasvir), an investigational, potent pan-genotypic NS5A complex inhibitor (in vitro), be granted approval for use in combination with other medicinal products for the treatment of chronic hepatitis C virus (HCV) infection in adults. This is the first positive opinion given by the CHMP for an NS5A complex inhibitor and will now be reviewed by the European Commission, which has the authority to approve medicines for the European Union (EU).

“Through Bristol-Myers Squibb’s Early Access Programs in Europe more than 2,000 HCV patients with advanced liver disease have already been treated with Daklinza, in combination with sofosbuvir,” said Elliott Levy, Head of Specialty Development, Bristol-Myers Squibb. “We anticipate that, if approved, Daklinza-based regimens will play a significant role in treating HCV patients with high unmet medical needs across Europe.”

Recently included in the European Association for the Study of the Liver’s (EASL) clinical practice guidelines for the management of HCV infection across genotypes, the EU marketing authorization application for Daklinza has gone through an accelerated review process. The positive CHMP opinion was based on data from multiple studies of Daklinza with other HCV agents, including sofosbuvir, for the treatment of chronic hepatitis C.

Applications for Daklinza-based regimens are also pending in Japan and the U.S. A decision from Japan’s Pharmaceutical and Medical Devices Agency is expected soon, and the U.S. Food and Drug Administration has granted priority review status and set a target review date under the Prescription Drug User Fee Act (PDUFA) of November 30, 2014.

Ongoing and completed Daklinza studies have included more than 5,500 patients in a variety of all-oral regimens and with the current interferon-based standard of care. Across clinical studies, Daklinza-based regimens have been generally well tolerated with low rates of discontinuations across a range of patients.

 

About Hepatitis C

Globally, there are 150 million people infected with HCV and of that, an estimated 9 million people are living with hepatitis C in the European Union (EU). Hepatitis C is a virus that infects the liver and is transmitted through direct contact with infected blood and blood products. Up to 90 percent of those infected with hepatitis C will not spontaneously clear the virus and will become chronically infected. According to the World Health Organization, 20 percent of people with chronic hepatitis C will develop cirrhosis and, of those, about 5 to 7 percent of patients may ultimately die of the consequences of infection.

 

About Bristol-Myers Squibb’s HCV Portfolio

Bristol-Myers Squibb’s research efforts are focused on advancing late-stage compounds to deliver the most value to patients with hepatitis C. At the core of our pipeline is daclatasvir, an investigational, potent pan-genotypic NS5A complex inhibitor (in vitro), which continues to be investigated in multiple treatment regimens and in people with co-morbidities.

Daclatasvir is being studied in combination with sofosbuvir in high unmet need patients, such as pre- and post-transplant patients, HIV/HCV co-infected patients, and patients with genotype 3, as part of the ongoing Phase III ALLY Program.

In 2014, the U.S. Food and Drug Administration (FDA) granted Bristol-Myers Squibb’s investigational Daclatasvir Dual Regimen (daclatasvir + asunaprevir) Breakthrough Therapy Designation for use as a combination therapy in the treatment of genotype 1b HCV infection.

In 2013, Bristol-Myers Squibb’s investigational all-oral 3DAA Regimen (daclatasvir/asunaprevir/BMS-791325) also received Breakthrough Therapy Designation in the U.S., which helped to expedite the start of the ongoing Phase III UNITY Program. Study populations include non-cirrhotic naïve, cirrhotic naïve and previously treated patients. The daclatasvir 3DAA regimen is being studied as a fixed-dose-combination treatment with twice daily dosing.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information, please visit http://www.bms.com or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that daclatasvir or any other compounds mentioned in this release will receive regulatory approval or, if approved, that they will become commercially successful products. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013, in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

VII Encontro Farmácias Holon
O projecto ‘Glück’ monitoriza e analisa os níveis de glicose do sangue de portadores de diabetes tipo I e II, em tempo real. É...

Inês Machado Vaz, Tiago Fernandes, Gabriel Mira Godinho Cruz e Jorge Palma são os estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Instituto Superior Técnico (IST) criadores do projecto ‘Glück’. Este projecto promete melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes diabéticos.

“O ‘Glück’ consiste numa aplicação que monitoriza e analisa os níveis de glucose do sangue de portadores de diabetes tipo I e II. Esta aplicação é responsável por processar em tempo real os dados que lhe são transmitidos através de um sensor subcutâneo”, explica Gabriel Cruz, um dos criadores da aplicação.

“Acreditamos que o Glück é um projecto que poderá realmente melhorar a vida das pessoas. Vamos continuar a evoluir a ideia, pois queremos desenvolver os nossos próprios sensores e tentar estabelecer esta tecnologia no mercado de forma mais barata e acessível para os doentes”, explica Gabriel Cruz.

Este projecto conquistou o segundo lugar na final nacional da 11ª edição da Imagine Cup, a maior competição tecnológica a nível mundial, promovida pela Microsoft.

Vai ser apresentado publicamente no próximo dia 28 de Junho, no VII Encontro das Farmácias Holon, no Luso.

 

Sobre a diabetes:

De acordo com o Relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, esta doença afecta cerca de 1 milhão de portugueses e todos os dias morrem 13 pessoas. A Diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 10 segundos morre uma pessoa vítima da doença.

 

Sobre as Farmácias Holon:

O principal objectivo das Farmácias Holon passa por ser o espaço de eleição do utente, no âmbito da promoção da Saúde e Bem-estar; Saber dar resposta positiva às necessidades de cada pessoa e da comunidade onde se insere; Ter uma equipa de profissionais qualificados, especializados e dedicados; Ser veículo de formação e educação para a Saúde; Ser ética, social e ambientalmente responsável.

 

Matosinhos apoia campanha
Matosinhos recebe no próximo domingo, 29 de Junho, a campanha nacional “Pés para andar”, promovida pela Associação Portuguesa...

Nesta acção que estará integrada na iniciativa “Põe-te a mexer… nas Marginais”, as pessoas serão informadas e sensibilizadas sobre a paramiloidose, podendo participar directamente na campanha através da partilha de fotografias dos seus pés.

“Pés para andar contra a Paramiloidose” é o lema desta iniciativa, que inclui a distribuição e colocação de materiais informativos em vários serviços da cidade de Matosinhos, assim como divulgação em meios de comunicação e redes sociais.

Será, assim, possível saber mais sobre uma doença que, embora seja rara, tem em Portugal a maior prevalência do mundo e tem vindo a ser identificada nas mais diferentes regiões do país.

“Pés para andar” é a primeira campanha nacional lançada pela Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP), organização sem fins lucrativos que desde há 35 anos apoia as famílias afectadas pela “doença dos pezinhos”, como é conhecida na gíria popular.

A paramiloidose é uma doença genética hereditária do foro neurológico e que, sem tratamento, é rapidamente incapacitante e fatal. Os objectivos da APP passam por informar o público sobre a patologia e alguns dos sintomas mais comuns (designadamente a dormência e insensibilidade nos membros inferiores), procurando contribuir para que o diagnóstico seja feito ainda na fase inicial, já que os danos causados são progressivos e irreversíveis. Daí o apelo “faça com que a doença não tenha pés para andar”.

Informações sobre a patologia e sobre a campanha em curso estarão disponíveis no site www.paramiloidose.com e na página de Facebook https://www.facebook.com/PesParaAndar

O presidente da APP, Enf. Carlos Figueiras, comenta: “esta é uma campanha inédita. Desde que a doença foi pela primeira vez descrita, em 1952, nunca houve um apelo desta dimensão a respeito da paramiloidose. Há muito que esta deixou de ser uma doença circunscrita às comunidades piscatórias da Póvoa de Varzim. Está um pouco por todo o país. Queremos que os portadores e doentes recebam o aconselhamento e apoio que precisam e merecem. Quanto mais cedo, melhor.”

A campanha “Pés para andar contra a paramiloidose” terá a duração de dois meses e meio e conta com o apoio dos Laboratórios Pfizer.

 

Sobre a paramiloidose – factos e números[i]

Polineuropatia Amiloidótica Familiar, PAF, Paramiloidose, ou Doença dos Pezinhos são todos nomes da mesma doença

A paramiloidose é causada pela mutação de um gene que pode levar à produção da proteína transtirretina sob uma forma anómala que tende a aglomerar-se e criar estruturas microscópicas chamadas fibrilhas de amilóide. Ao depositarem-se nos tecidos nervosos, conduzem ao declínio irreversível da função neurológica. E quando estas fibrilhas se depositam noutras partes do corpo, como os rins, o coração ou aparelho digestivo, também causam diversos problemas a esses níveis.

Um portador de paramiloidose tem 50 por cento de probabilidade de ter um descendente sem a herança genética da doença.

É entre os 30 e os 50 anos que normalmente a doença se revela nos seus portadores

Estão identificadas no nosso país cerca de 2000 doentes afectados com paramiloidose, de 600 famílias não relacionadas entre si.

Foi descrita pela primeira vez em 1952, por um médico português – Corino de Andrade, e é reconhecida pela comunidade médica internacional como uma doença originariamente portuguesa. Os primeiros focos da doença foram encontrados em populações do norte litoral.

Concelhos em Portugal actualmente com maior prevalência: Barcelos, Braga, Cartaxo, Covilhã, Esposende, Figueira da Foz, Lisboa, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Seia, Vila do Conde.

Estima-se que existam no mundo 8000 – 10000 pessoas com paramiloidose.

Estão identificados doentes em 20 países.

Principais regiões endémicas a nível mundial: Portugal, Suécia, Japão




[i] Dados fornecidos pela investigadora e médica Teresa Coelho.

 

Segurança rodoviária
No próximo dia 28 de Junho, sábado, as estruturas locais da Cruz Vermelha levam a cabo uma campanha de sensibilização...

A sinistralidade rodoviária é um grave problema de saúde pública e desenvolvimento. Anualmente, morrem, em consequência dos acidentes rodoviários 1,3 milhões de pessoas sendo uma das principais causas de morte na faixa etária 10-45 anos [1]. As Nações Unidas estimam que os custos económicos associados à sinistralidade rodoviária podem representar, em alguns países, 4% do Produto Interno Bruto.[2]

Em Portugal foram implementadas, ao longo dos últimos anos, diversas medidas que permitiram reduzir, numa década, o número de mortos diários nas estradas.[3] No entanto, morrem, em média, duas pessoas por dia nas estradas portuguesas. Em 2012, em consequência dos acidentes rodoviárias, morreram 718 pessoas, 38 105 ficaram feridas, das quais 1 941 em estado grave [4]. Nas estradas portuguesas, em 2013, morreram [5] 519 pessoas e 2001 ficaram feridas com gravidade.[6]

Segundo Luís Barbosa, presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa “é importante o fomento de uma cultura de condução defensiva e o reconhecimento do mérito do condutor que respeita os limites em detrimento daquele que não cumpre as regras.”

Assim, no dia 28 de Junho, a campanha “Mantém a distância” será implementada por 120 voluntários da CVP. Estes vão dinamizar simulacros, demonstrações de primeiros socorros, dinâmicas e simulação de situações habituais na condução, bem como as suas potenciais consequências. Estas actividades visam sensibilizar os condutores, em especial os homens, para a condução defensiva e uma adequada avaliação de risco. Em 2012 morreram 442 [7] condutores (61,56% [8] do total de mortos), sendo que 68,55% [9] conduziam automóveis ligeiros e 91,86% [10] eram do sexo masculino.




[1]Practical Guide on road safety, a toolkit for National Red Cross and Red Crescent Societies, Internacional Federation of Red Cross and Red Crescent Societies Global Road Safety Partnership, 2007, Genebra.

[2]Ten facts about  road safety, World Health Organization, h ttp://www.who.int/features/factfiles/ roadsafety/04_en.html consultado em 10-03-2011

[3] Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013.

[4]Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013

[5] Vítima cujo óbito ocorre no local do acidente ou durante o respetivo transporte até à unidade de saúde.

[7] Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013

[8] Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013

[9]Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013

[10] Sinistralidade Rodoviária, Ano 2012, Observatório da Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária , Julho 2013

 

Saúde Mental
Que fazer quando o seu familiar tem comportamentos estranhos?

«O meu filho está estranho… começou por dizer que ‘eles’ o andavam a vigiar. Ele acha que as pessoas lhe querem fazer mal… ultimamente já nem vê televisão, pois achava que falavam com ele e que lhe emitiam sinais. Há semanas que anda muito pelo quarto. Mal fala connosco. E quando o faz grita e ralha por coisas insignificantes. Fala sozinho. Ri-se sozinho. Não come a comida que lhe faço... Há dias começou a dizer que eu lhe queria fazer mal….Ele diz e faz coisas sem sentido. Tem medo. Ou então cria enredos estranhos. Isola-se. Agora já não quer sair de casa. Não permite que abra as janelas…não posso ligar a TV…» (exemplo de relato do familiar de um possível doente a vivenciar o primeiro episódio psicótico)

Medo, insegurança, ansiedade, raiva…

Estes serão decerto alguns dos sentimentos que nos assolam em situação de doença, sobretudo quando não sabemos do que se trata. Quando não sabemos nada a seu respeito. Apenas percebemos que ela é altamente incapacitante e interfere nas dinâmicas laborais, sociais, familiares…percebemos que comunicar com o nosso familiar se torna complicado, sabemos que ele está hiperalerta e possivelmente também com medo…

Para piorar a situação, a pessoa com a doença não reconhece que está doente… não se vê como tal. Não tem juízo crítico1 nem insight2. E agora?

O que fazer nestas situações?

Uma consulta especializada para ajudar doente e família
Este é o possível retrato de um doente que nos chega à consulta. Famílias receosas, angustiadas, cansadas e com medo. Não sabem o que fazer com o seu familiar doente. Para não falar deste jovem que precisa urgentemente de ajuda.

A equipa de intervenção no primeiro surto psicótico tem por objetivos a redução da duração e severidade do episódio psicótico inicial e diminuição da morbilidade associada. Pretende a melhoria do prognóstico, promovendo uma recuperação mais rápida. Neste sentido, presta um apoio psicossocial assertivo evitando ao máximo o abandono do tratamento com uma ação preventiva no sentido de evitar recaídas. A equipa é constituída por psiquiatras, pedopsiquiatra, terapeuta ocupacional, assistente social, psicóloga e duas enfermeiras especialistas na área de enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.

Neste sentido, a abordagem ao doente é feita em equipa e tende a haver partilha e discussão dos casos. Cada doente é assistido por um médico psiquiatra e um terapeuta de referência (TR). Enquanto enfermeira pertencente à equipa desempenho também o papel de TR. O TR é a pessoa que está mais próxima do doente. Para além das consultas com o psiquiatra, são marcadas todo um conjunto de consultas onde são tidas diferentes abordagens terapêuticas que nos permitem informar o doente e promover ao máximo o seu processo de recuperação. Neste processo são usadas diversas estratégias, nomeadamente intervenções motivacionais, educacionais e cognitivo-comportamentais.

Os sintomas da psicose em cinco categorias
Os sintomas da psicose encaixam em cinco categorias. São elas a cognição, a perceção, a emoção, o comportamento e a interação social (Laraia e Stuart, 2001). Genericamente pode dizer-se que a psicose se refere a uma rutura com a realidade. Interfere na capacidade da

pessoa reconhecer o que é real, controlar as suas emoções, pensar com clareza, emitir juízos e comunicar (CIR, 2009). O impacto desta doença é sentido em várias áreas da vida da pessoa, pelo que a intervenção nesta perturbação deve ter inicio o mais precocemente possível. O objetivo é, inicialmente, reduzir ao máximo o tempo de doença não tratada. Iniciado o tratamento, pretende-se melhorar o conhecimento do próprio em relação ao seu estado procurando conferir-lhe insight2 e crítica1 para a sua situação. Neste processo englobamos a família, e sempre que necessário procuramos intervir nas estruturas da comunidade. Deste modo, promove-se a adesão ao tratamento com vista à recuperação da pessoa, e consegue-se melhorar o conhecimento de todos os envolvidos relativamente à psicose. Este processo é fundamental no sentido de reduzir estigma e discriminação e, em paralelo, o distanciamento social. O doente é seguido no mínimo ao longo de dois anos, após os quais é encaminhado para os cuidados de saúde primários ou para a consulta de psiquiatria geral.

Processo de reabilitação complexo e moroso
O processo de reabilitação é complexo e por vezes moroso, contudo o plano de intervenção é elaborado em parceria com a pessoa com a doença, e o enfermeiro TR procura o estabelecimento de relações de confiança e parceria, fomentando o insight2 sobre os seus problemas e a capacidade de encontrar novas vias de resolução.

Ao longo dos nossos cinco anos de existência podemos dizer que este tipo de intervenção tem tido resultados muito positivos e comprovamos, tal como é dito na literatura, que as expectativas para os doentes são muito positivas. Este tipo de intervenção promove a saúde mental do doente. As famílias passam a estar mais informadas, menos ansiosas e têm, juntamente com a pessoa com doença, um papel ativo no processo de recuperação. É, sem dúvida potenciada a vivência de vidas mais produtivas e com significado.

1Juízo crítico – é um processo de avaliação que precede um resultado (decisão ou ação) (Trzepacz e Baker, 2001, p. 203).

2Insight – “numa perspetiva prática, a avaliação do insight foca-se na capacidade dos doentes para reconhecerem que estão doentes, compreenderem que os seus problemas são desvios do normal, compreenderem que os seus comportamentos podem afetar terceiros e reconhecerem que a terapêutica pode ser útil para o alívio dos sintomas”(Trzepacz e Baker, 2001, p. 198)

Bibliografia
CIR - Cuidados Integrados e Recuperação. Manual de Trabalho, Versão 1.3. Coordenação Nacional Para a Saúde Mental. “PROFORM” – Programa de formação em saúde mental comunitária. Coimbra, Fevereiro de 2009.
LARAIA, Michele; STUART, Gail – Enfermagem Psiquiátrica: Princípios e Prática. 6ª edição. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. ISBN 0-8151-2603-4.
TRZEPACZ, Paula T. e BAKER, Robert W. – Exame Psiquiátrico do Estado Mental. 1ª edição. Lisboa. Climepsi Editores, 2001. 240p. ISBN: 972-84.

Marta Cristina da Silva Gouveia

Enfermeira Especialista em enfermagem de saúde mental e psiquiatria
Mestre em enfermagem de saúde mental e psiquiatria
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, unidade de Viseu, Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, sector feminino e equipa de intervenção no primeiro surto psicótico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Porque acontece?
A febre recorrente (febre das carraças ou febre da penúria) é uma doença causada por várias espécies
Picada de carraça causadora de febre

Conforme a região geográfica, a febre recorrente transmite-se através dos piolhos do corpo ou das carraças. A febre recorrente transmitida por piolhos só ocorre em certas zonas da África e da América do Sul, enquanto a febre recorrente veiculada por carraças se verifica na América do Norte e do Sul, em África, na Ásia e na Europa.

Os piolhos do corpo infectam-se com estas bactérias quando se alimentam num indivíduo infectado; a infecção pode ser transmitida a outra pessoa quando os piolhos mudam de hospedeiro. Quando o piolho é esmagado, as bactérias libertam-se e entram na pele que entretanto foi arranhada ou mordida. As carraças infectam-se ao alimentarem-se de roedores, os quais albergam essas bactérias de forma natural. A infecção é transmitida aos humanos através da picada de uma carraça.

Sintomas e diagnóstico da febre da carraça

As pessoas expostas às bactérias podem não ter sintomas durante 3 a 11 dias (geralmente 6 dias). Os sintomas iniciais são arrepios súbitos seguidos de febre alta, ritmo cardíaco acelerado (taquicardia), intensa dor de cabeça, vómitos, dor muscular e das articulações e frequentemente delírio.

Nas primeiras fases pode aparecer uma erupção cutânea avermelhada sobre o tronco, os braços e as pernas. O médico pode encontrar vasos sanguíneos lesados na membrana que reveste o olho, a pele e as membranas mucosas. À medida que a doença avança, pode verificar-se febre, icterícia, hipertrofia do fígado e do baço, inflamação do coração e insuficiência cardíaca, especialmente na infecção causada por piolhos. A febre continua elevada durante 3 a 5 dias e depois desaparece bruscamente, à semelhança dos restantes sintomas.

Ao fim de 7 a 10 dias, a febre e os sintomas voltam a aparecer subitamente, em regra acompanhados de dor nas articulações. A icterícia é mais frequente durante uma recaída. A febre recorrente causada por piolhos costuma acompanhar-se de uma única recaída, ao passo que as recaídas múltiplas (de duas a dez vezes, com intervalos de uma a duas semanas) são mais características da doença causada por carraças. Os episódios tornam-se gradualmente menos intensos e, finalmente, o doente recupera e cria imunidade.

A febre recorrente pode confundir-se com muitas doenças, inclusive o paludismo/malária e a doença de Lyme. O padrão da febre recorrente é a chave para diagnosticar a doença. O diagnóstico é confirmado quando aparecem bactérias espiroquetas numa amostra de sangue recolhida durante um episódio de febre. Como as carraças se alimentam de forma rápida durante a noite e não causam dor, a pessoa pode não se recordar de ter sido picada por uma delas.

Prognóstico, prevenção e tratamento da febre da carraça

Menos de 5 % das pessoas com febre recorrente morrem; contudo, quem corre maior risco são os mais jovens, ou os de idade avançada e aqueles que se encontram desnutridos ou debilitados. As complicações da doença incluem inflamação ocular, ataques de asma e uma erupção cutânea de cor vermelha (eritema multiforme) por todo o corpo. O cérebro, a espinal medula e a íris do olho também se podem inflamar. Uma mulher grávida pode sofrer um aborto.

Para se proteger contra a febre recorrente causada pelos piolhos corporais é preciso pulverizar a roupa interior e a face interna da roupa de cama com pó de malatião ou lindano. As picadas das carraças são mais difíceis de evitar, porque, geralmente, os insecticidas e repelentes não têm nenhum efeito sobre elas. Contudo, os que contêm dietiltoluamida (para a pele) e permetrina (para a roupa) podem ser úteis.

O tratamento antibiótico com tetraciclinas, eritromicina ou doxiciclina cura a infecção. Apesar de o medicamento ser habitualmente tomado por via oral, pode administrar-se por via intravenosa se os vómitos forem muito intensos.

O ideal é que o tratamento comece de forma precoce durante a fase da febre ou então durante o intervalo sem sintomas. Começar a terapia perto do final do período de febre pode induzir uma reacção de Jarisch-Herxheimer, que produz febre elevada e um aumento da tensão arterial seguido de uma queda da mesma (por vezes até níveis perigosamente baixos). Esta reacção é característica nas pessoas cuja doença foi causada por piolhos e por vezes revela-se mortal.

A desidratação é tratada com soro fisiológico administrado por via intravenosa e, a dor de cabeça intensa, com analgésicos como a codeína. Para as náuseas pode administrar-se dimenidrinato ou proclorperazina.

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Infecções virais

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O que é?
A otite média aguda é uma infecção bacteriana ou viral que se desenvolve no ouvido médio.
Otite média aguda

Apesar desta doença poder manifestar-se em pessoas de qualquer idade, é muito comum nas crianças pequenas, particularmente entre os 3 meses e os 3 anos de idade. Em geral, manifesta-se como uma complicação de uma constipação comum. Os vírus ou as bactérias da garganta podem chegar ao ouvido médio através da trompa de Eustáquio ou, ocasionalmente, através da corrente sanguínea. A otite média viral costuma ser seguida de uma otite média bacteriana.

Sintomas
Em geral o primeiro sintoma é uma dor de ouvido persistente e forte. Pode manifestar-se uma perda de audição temporária. As crianças pequenas podem ter náuseas e vómitos, diarreia e febre até 40,5ºC. O tímpano inflama-se e pode inchar. Se o tímpano rebentar, a secreção do ouvido pode conter sangue ao princípio e depois tornar-se num líquido claro até se converter, finalmente, em pus.

As complicações graves abarcam as infecções do osso circundante (mastoidite ou petrosite), a infecção dos canais semicirculares (labirintite), a paralisia facial, a perda de audição, a inflamação da membrana que reveste o cérebro (meningite) e os abcessos cerebrais. Os sintomas de complicação são dor de cabeça, uma profunda e repentina perda de audição, vertigem, calafrios e febre.

Diagnóstico e tratamento
O médico examina o ouvido para fazer o diagnóstico. Se sai pus do ouvido ou alguma outra secreção (corrimento), envia-se uma amostra para o laboratório, onde é examinada para identificar o agente que provoca a infecção.

A infecção trata-se com antibióticos administrados por via oral. A amoxicilina costuma ser o primeiro antibiótico que se emprega em pessoas de qualquer idade, mas para os adultos pode ser prescrita penicilina em grandes doses. Também se podem utilizar outros antibióticos. Tomar medicamentos para a constipação que contenham fenilefrina pode ajudar a manter aberta a trompa de Eustáquio e os anti-histamínicos são de grande ajuda para as pessoas alérgicas. Se a pessoa tiver uma dor aguda ou persistente, febre, vómitos ou diarreia, ou então se o tímpano se inflamar, o médico pode recorrer a uma miringotomia, em que se faz uma abertura através do tímpano para permitir que o líquido saia do ouvido médio. Esta abertura, que não afecta a audição, cura-se por si só.

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Saiba como
Nunca comprar ovos que estejam com a casca rachada.
Ovos

Como armazenar e manipular ovos?

  • Compre sempre ovos de origem conhecida, inspeccionados e com selo de qualidade;
  • Mantenha-os em local limpo, fresco e arejado, sendo sempre melhor mantê-los no frigorífico se não os consumir logo após a compra;
  • Tenha muita atenção ao prazo de validade e ao estado da casca. Não compre ovos com a casca estalada;
  • Lavar muito bem as mãos antes de manusear os ovos;
  • Lave os ovos antes de os utilizar;
  • Coma ovos e os alimentos que os contiverem bem cozinhados;
  • Os alimentos preparados com ovos devem ser armazenados no frigorífico para sua melhor conservação.

Segurança biológica do ovo
O risco de um ovo ser contaminado por salmonela é muito baixo, cerca de 1 em cada 20.000 ovos. O manuseamento apropriado e higiénico do ovo pode reduzir ou até eliminar esse risco.

Os ovos não são a única fonte de salmonela. As salmonelas podem ser encontradas na natureza e são facilmente disseminadas. Existem mais de 2.500 tipos de salmonelas que podem ser encontradas em animais, repteis, insectos, humanos, aves e até nos vegetais. O ovo propriamente dito pode não estar contaminado quando o compramos, mas pode contaminar-se quando manuseado e ou armazenado indevidamente.

Manusear os ovos com as mãos sujas, o contacto dos ovos com os animais de estimação e com outros alimentos contaminados, armazenados em locais não limpos e com presença de insectos, os equipamentos de cozinha não higienizados, podem contaminar os ovos por Salmonelas ou mesmo outras bactérias prejudiciais a saúde humana.

Mas a casca do ovo não o protege das bactérias?
Sim e Não. O ovo tem várias barreiras de protecção natural para prevenir a entrada e crescimento de bactérias no seu interior. Apesar de proteger, a casca do ovo, tem poros e não é totalmente a prova de bactérias.

Existem ainda, as barreiras internas do ovo: As membranas, interna da casca e da gema que possuem substâncias que impedem a infecção bacteriana. A clara possui camada com pH alcalino, que impede o crescimento de bactérias e uma camada densa, que inibe a movimentação da bactéria. Portanto existem várias camadas de protecção para que as bactérias não atinjam facilmente a gema que é onde estão os nutrientes necessários para a sua multiplicação.

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Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou, ontem, a França pela recusa de reconhecer a filiação das crianças nascidas de...

O tribunal não se pronunciou sobre a decisão das autoridades francesas de proibir a maternidade de substituição.

Neste veredicto muito esperado pelos apoiantes da maternidade de substituição, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) considerou que a recusa das autoridades em transcrever atos de filiação realizados nos Estados Unidos, de filhos gerados em “barrigas de aluguer” representava um atentado contra a identidade das crianças.

O tribunal considerou que “proibir totalmente o estabelecimento de um laço de filiação entre um pai e os filhos biológicos” era contrário à convenção europeia dos direitos humanos.

O TEDH foi chamado a pronunciar-se por dois casais de pais, que lutam há anos na justiça para conseguir que as autoridades francesas transcrevam o nascimento dos filhos, a partir de “barrigas de aluguer”, nos Estados Unidos.

Nos dois casos, os embriões foram concebidos com os espermatozóides do marido e os óvulos de uma dadora.

A 6 de Abril de 2011, o Supremo Tribunal francês considerou, sobre os dois casos, “contrário à ordem pública (...) a decisão estrangeira (de reconhecer a filiação por maternidade de substituição), que comporta disposições opostas aos princípios fundamentais do direito francês”.

Após este fracasso, as duas famílias recorreram à justiça europeia, argumentando tratar-se de uma situação discriminatória, de um atentado à vida privada e ao direito de constituir família.

O TEDH considerou que a recusa das autoridades francesas não impediu os casais de terem uma vida familiar “em condições globalmente comparáveis” às de outras famílias em França.

De acordo com os magistrados europeus, os filhos destes dois casais encontravam-se “numa situação de incerteza jurídica”, uma vez que as autoridades francesas recusaram, nos dois casos, admitir o laço entre filho e pai biológico. 

Em discussão
O ante-projecto de código de conduta ética dos serviços e organismos do Ministério da Saúde, publicado ontem no Portal da Saúde...

O documento, que segundo fonte oficial do Ministério da Saúde estará em discussão pública até ao dia 4 de Julho para ser posteriormente publicado e aplicado a todos os funcionários do Ministério, constitui um recuo face à versão inicialmente conhecida e que tem sido bastante contestada pela Ordem dos Médicos, sindicatos e partidos políticos.

O ponto 13 do código de ética, que agora é designado “dever de sigilo e confidencialidade e comunicação de irregularidades”, passa a ter uma nova redacção, deixando cair um dos pontos mais polémicos (a contestada “lei da rolha”) e acrescentando duas novas alíneas, entre as quais que prevalecem as regras deontológicas das várias profissões e acrescenta que os colaboradores devem “utilizar os meios internos institucionais”, criados para o efeito para a comunicação de irregularidades.

Cai assim a anterior alínea b), bastante contestada, que impedia os colaboradores de emitirem declarações públicas, “por sua iniciativa ou mediante solicitação de terceiros, nomeadamente quando possam pôr em causa a imagem da instituição, em especial fazendo uso dos meios de comunicação social”.

A alínea a) também é abundantemente reformulada, passando a ler-se que “os colaboradores devem observar sigilo, em relação ao exterior, de toda a informação considerada reservada de que tenham conhecimento no exercício das suas funções, e em especial quando aquela seja de caráter confidencial” quando, no documento anterior, era abrangida “toda a informação, nomeadamente de factos e decisões (...) que, pela sua natureza, possa afectar ou colocar em causa qualquer interesse da instituição, em especial quando aquela seja de carácter confidencial”.

Outro dos pontos que é agora alterado, e que foi objecto de ridicularização no anterior documento, é o das “ofertas institucionais”. Na nova versão, apesar de se manter a proibição de oferecer, solicitar ou aceitar benefícios, dádivas, gratificações, presentes ou ofertas em virtude do exercício das suas funções, é aberta uma excepção: os profissionais podem receber ofertas “que se fundamentem numa mera relação de cortesia ou que tenham valor insignificante”.

Na versão anterior, lia-se que “todas as ofertas de bens recebidas em virtude das funções desempenhadas devem ser registadas, entregues à Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, a qual deve manter um registo público e atualizado de todas as ofertas depositadas”, que seriam posteriormente entregues a instituições de carácter social.

Com a nova versão do documento, agora publicada, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, tenta assim eliminar os principais pontos da discórdia em relação a este código de ética e recua numa das razões que motivou a greve dos médicos, decidida pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), e agendada para os dias 8 e 9 de Julho.

Quarta-feira, no Parlamento, Paulo Macedo tinha garantido que seriam retiradas do documento todas as expressões que pudessem apontar para limitações à liberdade de expressão dos profissionais de saúde, garantindo que nunca houve qualquer intenção de censura. 

Administração Regional de Saúde
Os serviços de saúde do Algarve vão ser reforçados este Verão com 32 postos de praia, entre outras medidas, com forma de...

O reforço inclui o alargamento do horário de atendimento e aumento das consultas de atendimento complementar nos concelhos do litoral, onde se regista maior afluência de turistas, lê-se no sítio electrónico daquela entidade.

O Plano de Verão, que vigorará entre 30 de Junho e 15 de Setembro, mantém o número de postos de praia do ano passado e recupera as linhas gerais do plano aplicado em 2013.

Estudo
Uma análise recente descobriu que pessoas que possuem níveis baixos de vitamina D no sangue estão mais propensas a morrer mais...

Estudos anteriores tinham sugerido uma associação entre níveis baixos dessa vitamina e um risco mais alto de cancro de mama e outros cancros, além de doença arterial coronária.

Ainda não existe um consenso geral sobre o que constitui um nível ideal de vitamina D. Todavia, para realizar a análise actual, os pesquisadores reuniram dados de 32 estudos e descobriram que o risco de morte prematura quase duplicou para pessoas com nível inferior a 9 nanogramas por mililitro em comparação com as pessoas com nível acima de 50. Os níveis superiores a 50 não produziram benefícios extras. O estudo foi publicado online na revista The American Journal of Public Health.

Todos os estudos levaram em conta a idade e alguns incluíram outras variáveis, como índice de massa corporal, actividade física, raça, tabagismo, entre outras. Um dos estudos incluiu outros 17 factores de risco e a associação entre níveis baixos de vitamina D e morte prematura persistiu.

As pessoas devem tomar suplementos para aumentar os níveis de vitamina D do sangue?

Para Cedric F. Garland, principal autor e professor de medicina preventiva e de família da Universidade da Califórnia, em São Diego, há poucos riscos em tomar suplementos de vitamina D, “desde que a pessoa mantenha os níveis inferiores a 200 nanogramas por mililitro de sangue”.

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