Instituto Oswaldo Cruz
Um estudo do Instituto Oswaldo Cruz mostra que pessoas infectadas pelo vírus VIH são menos susceptíveis ao vírus H1N1, causador...

“É como se o VIH se protegesse para que aquele organismo não fosse infectado por outro vírus, que iria competir com ele pela mesma célula”, explicou o cientista Thiago Moreno.

“Durante a pandemia de 2009, foi surpreendente observar que indivíduos infectados pelo VIH não tiveram uma maior gravidade quando infectados pelo H1N1. É surpreendente porque, pela condição deles de imunocomprometimento devido à infecção pelo VIH, era esperado o contrário, que foi o que ocorreu com outros indivíduos imunocomprometidos, como os portadores de cancro e os transplantados”, disse o investigador.

Os estudos sugerem que o efeito da pandemia em indivíduos infectados pela sida não foi diferente do observado na população em geral. A explicação científica é que o VIH, ao responder à defesa da célula que ataca, usa uma proteína (IFITM3) capaz de inibir a replicação do vírus H1N1. Com isso, a capacidade da gripe de infectar as células é prejudicada.

Após constatarem o efeito do VIH sobre a replicação do vírus influenza, os pesquisadores querem agora detectar qual é o efeito da gripe sobre o vírus da sida. Thiago Moreno admitiu que a ideia, no futuro, é procurar novos tratamentos para a gripe. O estudo foi publicado na revista científica Plos One.

 

Investigação recusa
As vacinas infantis para o sarampo, papeira ou rubéola não causam autismo, revela um novo estudo, que conclui ainda que são...

O estudo analisou 20 mil relatórios publicados entre 2010 e 2013 e concluiu também não existirem quaisquer ligações entre a vacinação e doenças como leucemia, cancro ou alergias alimentares.

Os investigadores esperam que estas conclusões ajudem a dissipar receios propagados pelos activistas anti-vacinas, entre os quais se contam várias estrelas de Hollywood, como Jenny McCarthy ou Jim Carrey.

O estudo, publicado na revista científica norte-americana Pediatrics, pretende abordar uma tendência crescente de recusa das vacinas entre os pais nos Estados Unidos e na Europa, o que levou já ao ressurgimento do sarampo e tosse convulsa em algumas partes do mundo.

“Concluímos que os efeitos secundários adversos ligados às vacinas são muito raros e, quando ocorrem, não são necessariamente graves”, disse Courtney Gidengil, pediatra do Boston Children's Hospital, professora na Harvard Medical School e co-autora do estudo. “Consideramos que isto reforça as provas de que os benefícios ultrapassam largamente o baixo risco de efeitos secundários graves das vacinas”, acrescentou.

A investigação reforça as conclusões de um estudo de 2011 do Institute of Medicine, que apontavam alguns efeitos secundários relacionados com as vacinas, mas encontrava “raros problemas de saúde causados ou claramente associados à vacinação”.

O relatório agora publicado inclui o estudo de várias vacinas que não foram analisadas no estudo de 2011, nomeadamente as da hepatite A, meningites [Haemophilus influenzae type b (Hib)], poliomielite, rotavírus e vacina pneumocócica conjugada.

Os efeitos secundários das vacinas do sarampo, papeira e rubéola (VASPR) e da vacina pneumocócica conjugada incluem febre e convulsões, enquanto as vacinas VASPR e a da hepatite A surgem ligadas ao surgimento de purpura (ruptura de pequenos vasos sanguíneos debaixo da pele.

Foram recolhidas também algumas evidências de que as crianças vacinadas contra a varicela podem desenvolver infecções ou reacções alérgicas.

As vacinas do rotavírus surgem associadas ao risco de intussuscepção, uma condição em que uma parte do intestino desliza para dentro de outra.

Contudo, ressalvam os investigadores, o risco de surgimento desta condição é de entre 1 a 5 casos em cada 100 mil pessoas.

Não foram registadas mortes na investigação, que não encontrou provas suficientes de ligação entre a vacina da poliomielite e alergias alimentares nem qualquer ligação entre as vacinas e o surgimento de leucemias.

 

Cabo Verde
Cabo Verde é considerado um dos países com melhor desempenho na execução dos programas de luta contra o VIH/Sida e malária.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez questão de saudar efusivamente o desempenho da Instância Nacional de Coordenação (INC) e dos programas de Cabo Verde. Considera que, apesar de um ou outro problema que possa existir, formalmente, o arquipélago é considerado um dos países com melhor desempenho e pedem-nos mesmo para compartilhar a nossa experiência a nível regional e em toda a África”, avançou Cristina Fontes Lima, ministra da Saúde cabo-verdiana.

Cristina Lima adiantou que Cabo verde tem de assumir o compromisso de fazer bom uso dos cinco milhões de dólares (cerca de 3,6 milhões de euros) disponibilizados na segunda fase do Fundo Global, que permitem comprar anti-retrovirais e reforçar a alimentação dos portadores de VIH/Sida.

De acordo com a ministra, o plano estratégico cabo-verdiano de luta contra o VIH/Sida 2011-2015 está em processo de revisão a meio percurso e brevemente será realizado o terceiro Inquérito Demográfico de Saúde Reprodutiva.

Segundo dados do Comité de Coordenação do Combate à Sida, a taxa de prevalência do VIH/Sida em Cabo Verde permanece “estável”, mantendo-se em menos de 1%.

Quanto à malária, Cabo Verde está a implementar um plano de luta contra a doença, que registou uma taxa de um caso por cada mil habitantes desde 2012. As autoridades cabo-verdianas pretendem alcançar a erradicação da doença no arquipélago até 2020.

 

Escolha o protector mais indicado para a sua pele
Este Verão, desfrute do sol e da praia mas antes, escolha o protector solar que mais se adequa à sua
Protecção solar

A exposição ao sol é um factor de bem-estar, mas torna-se prejudicial se ignorar determinadas regras. A radiação solar é necessária à produção de vitamina D no nosso organismo, mas essa radiação pode também provocar queimaduras dolorosas, o envelhecimento precoce da pele e lesões cutâneas potencialmente graves.

As precauções relativamente ao sol aplicam-se a toda a gente, mas são especialmente importantes no caso das crianças e das pessoas com tipos de pele mais sensíveis.

E não se pense que a protecção solar é apenas importante no Verão e durante os meses mais quentes, pois durante todo o ano existem raios ultravioletas (UV). Mas mesmo durante o Verão, ainda há muitas pessoas que não usam protector solar, seja porque acham que ficam gordurosas, porque não querem ter o trabalho ou porque não querem gastar dinheiro. A verdade é que os raios UV estão cada vez mais perigosos e a nossa camada de ozono cada vez mais frágil, o que nos deixa menos protegidos. Mesmo quando temos roupa, os raios UV continuam a passar os tecidos e podem queimar-nos. Os riscos de não usar protector solar são o envelhecimento precoce, manchas escuras na pele, aparecimento de sinais, desidratação e cancro da pele. Hoje em dia existem inúmeros protectores solares no mercado, para todos os gostos e necessidades e para todas as carteiras, pelo que não há desculpa para não usar um. Ter alguns cuidados e aplicar correctamente o protector solar mais adequado à sua pele é, pois, de suma importância. A melhor forma de ter a certeza que está a optar por um protector solar adequado é saber se as substâncias e a textura de cada produto são indicadas para o seu tipo de pele.

Há protectores físicos e químicos. Os primeiros contêm substâncias como o dióxido de titânio que reflectem os raios ultravioletas. Os segundos absorvem a radiação filtrando-a (como os filtros químicos PABA ou cinamatos). A maior parte dos protectores solares existentes actualmente no mercado é mista. Ou seja, filtram e absorvem ou reflectem os raios ultravioletas.

A escolha certa
A escolha do protector solar deve estar de acordo com cada tipo de pele (oleosa, mista ou sensível) e adequado ao fototipo. Quanto mais claro for (fototipo 1 e 2) mais alto deve ser o factor de protecção solar. Idealmente, deve proteger diariamente, no Inverno, as zonas expostas ao sol com um protector solar com um índice de protecção mínimo 20 e, a partir da Primavera, com um índice de protecção 40 ou 50+.

Em férias passadas ao sol e na praia, é recomendado o uso de um protector com índice de protecção alto. As fórmulas em gel são mais indicadas para as peles oleosas e mistas, já as fórmulas de creme são indicadas para peles secas pelo poder hidratante que têm. Geralmente, os homens preferem o spray porque é mais fácil de espalhar.

Ainda há quem aplique o protector solar apenas ao chegar à praia, ou seja, quando já está exposto às radiações solares. Contudo, o correcto, é aplicar o protector em casa, sem roupa, bem espalhado e numa dose que faça cumprir o índice indicado. Uma vez na praia, repete-se a aplicação várias vezes.

Escolher o Factor de Protecção Solar (FPS)
O FPS (ou Factor de Protecção Solar), SPF em inglês (Sun Protection Factor) define o tempo que a pele pode estar ao sol sem se queimar. Assim, se habitualmente a sua pele consegue ficar 10 minutos ao sol sem se queimar, significa que usando um protector solar de factor 20, a sua pele estará 200 minutos ao sol sem se queimar, usando um factor 50, estará 500 minutos ao sol sem se queimar, sempre dependendo um pouco do fototipo da pessoa. Isto, claro, se o protector solar for bem aplicado.

Segundo a The Skin Cancer Foundation International devemos usar o equivalente a uma colher de sopa em cada zona do corpo (uma colher de sopa para cada braço, cada perna, cada coxa, etc.) e reaplicar a mesma quantidade de 2 em 2 horas ou sempre que saímos da água e nos expomos ao sol, sendo que a primeira aplicação deve ser sempre 15/30 minutos antes de sair de casa. Nunca se deve usar um factor de protecção solar inferior a 15, a não ser que seja o final da tarde e a pele já esteja bronzeada, sendo que nessa altura se poderá usar 6/10, mais uma vez dependo do fototipo de cada um.

Cuidados a ter antes e durante a exposição ao sol

1. Evite expor-se ao sol entre as 11 e as 16 horas;

2. Aplique um bom protector solar com meia hora de antecedência;

3. Atenção às zonas particularmente sensíveis: lábios, rosto, ombros, face anterior dos braços e pernas;

4. Atenção a áreas habitualmente esquecidas: costas das mãos e dos pés, orelhas, nuca e nariz;

5. A protecção solar é também necessária à sombra (porque a radiação é reflectida) e nos dias nublados (porque os raios ultravioletas atravessam as nuvens);

6. Em caso de exposição prolongada ao sol, proteja-se com óculos escuros, um chapéu e uma t-shirt e hidrate-se bebendo água.

Como escolher um protector solar

1. A escolha do protector solar deve ser orientada pelo seu médico ou farmacêutico;

2. Os protectores solares devem ter na sua composição filtros (físicos ou químicos) destinados a bloquear a radiação UVA e UVB;

3. Os índices de protecção devem ser adequados ao seu tipo de pele;

4. As condições de conservação afectam a eficácia do protector solar: não compre um protector solar que esteja exposto ao sol e depois de o comprar, proteja-o do calor;

5. Evite o uso de protectores solares de um ano para o outro: em regra, o prazo de validade de um protector solar é de 12 meses após a abertura, desde que se tenha mantido em boas condições de conservação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cuidados a ter
O termo “assadura” é muito frequente, referindo-se à irritação da pele do rabinho dos bebés que usam
Dermatite das fraldas

Quando os pais falam de “assaduras” nos bebés, estão quase sempre a referir uma situação que é conhecida em dermatologia como a dermatite das fraldas, que ocorre frequentemente na área onde a fralda é colocada.

É uma situação causada pela humidade, pela fricção e pelo contacto com irritantes químicos e biológicos, contidos na urina e nas fezes. No seu conjunto estes agentes comprometem a barreira cutânea e tornam a pele vulnerável a agentes infecciosos oportunistas.

Saiba o que fazer para evitar esta condição dermatológica que tanto incomoda os bebés e preocupa os pais.

1. Mude as fraldas com grande regularidade
Pelo menos cinco a seis vezes ao dia, de modo a garantir que a pele do bebé não contacte com uma superfície suja e húmida durante muito tempo.

2. Não seja portadora de bactérias
Assegure-se que as suas mãos se encontram lavadas ao trocar a fralda, de modo a não serem portadoras de bactérias e a passá-las ao seu bebé.

3. Use produtos indicados para a pele dos bebés
Recorra a sabonetes, óleos de limpeza e cremes indicados para a pele dos mais novos. Não usar produtos que contenham detergentes, álcool e fragrâncias. Deve preferir a água e sabonete em vez dos toalhetes e proteja o rabinho sempre com uma pasta de água que contenha óxido de zinco.

4. Limpe bem a zona afectada
Proceda a uma limpeza adequada de toda a zona, eliminando (com suavidade) o mais pequeno vestígio de urina ou de fezes que se encontre na pele, com particular atenção às rugas e sulcos. A pele deve ficar perfeitamente seca.

5. Ar livre
Deixe o rabinho do bebé exposto ao ar livre durante o maior período de tempo possível.

6. Prefira roupa de tecidos suaves
Não utilize tecidos como flanela ou toalhas de textura grossa, que fragilizam a epiderme, nem recorra a calças de plástico.

7. Escolha das fraldas
Os estudos comprovam que a dermatite pode ocorrer, quer se recorra a fraldas descartáveis quer às de pano, porém, em ambos os casos, determinados aspectos têm de ser ponderados. Ou seja, deve escolher modelos adequados à idade do bebé e que sejam o mais absorvente possível. É essencial que estas se adaptem na perfeição à região das pernas e da cintura, de modo a evitar que as fezes ou a urina se espalhem.

Se utilizar fraldas de pano, tenha atenção ao processo de lavagem e utilize sabão neutro e lave as fraldas separadamente. Evite o uso de sabão em pó bem como os amaciadores  no processo de lavagem.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Observatório Português dos Sistemas de Saúde
Portugal foi o país europeu que mais medidas tomou para conter a despesa com medicamentos entre 2008 e 2011.

A estas medidas é preciso juntar três anos de programa de ajustamento, em que uma parte da contracção na despesa com saúde foi feita à custa dos cortes na despesa com medicamentos, avança o Diário Económico, citado pelo RCM pharma.

Até aqui, parecem boas notícias. Mas o Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), no relatório de Primavera ontem apresentado - e que este ano tem como título “Saúde: síndroma da negação” - alerta para as consequências negativas das sucessivas medidas aplicadas à cadeia do medicamento: aumento da exportação paralela de remédios, atrasos na inovação, falhas no abastecimento de medicamentos e dificuldades no acesso à terapêutica.

“Tanto o facto do sector da distribuição dos medicamentos se encontrar em graves dificuldades financeiras, como o aumento significativo da exportação paralela em Portugal, provocaram um fenómeno preocupante, que afecta directamente a saúde dos portugueses - a dificuldade de acesso a medicamentos”, conclui o grupo de peritos do OPSS.

De acordo com dados do Observatório dos Medicamentos, citados no relatório do OPSS, desde Agosto de 2013 que o número médio de embalagens em falta por mês se situa próximo dos cinco milhões. Em 2013, cerca de 46% dos doentes inquiridos num estudo da consultora Deloitte reportou indisponibilidade de encontrar medicamentos na farmácia e destes, 24% não conseguiu obter os remédios em menos de 24 horas. Entre Agosto e Dezembro de 2013 registaram-se 23.853.179 faltas de medicamentos, reportadas por 60% das farmácias nacionais.

Olhando para as falhas de abastecimento, estas concentram-se em cinco grupos farmacoterapêuticos “relevantes em termos de saúde” e a “grande maioria destinada a doentes crónicos”, como são as doenças cardiovasculares e respiratórias.

“À falta de medicamentos disponíveis para aquisição nas farmácias, acresce ainda a diminuição do poder de compra da população, que obviamente afecta a sua capacidade de aceder aos medicamentos”, sublinha o OPSS, alertando mais à frente para “o potencial aumento de problemas de adesão à terapêutica” e para a “degradação dos resultados em saúde que certamente daí advirão”.

 

Dos EUA
A saúde das mulheres fica em risco com a decisão da justiça que dispensa algumas empresas norte-americanas de financiarem...

“Esta decisão coloca em risco a saúde das mulheres que trabalham nestas empresas”, declarou o porta-voz Josh Earnest, em conferência de imprensa. A Casa Branca vai agora trabalhar com o Congresso norte-americano para garantir que estas funcionárias “tenham a mesma cobertura de serviços de saúde vitais como todas as outras”.

Josh Earnest apela aos congressistas que legislem no sentido de garantir a todas as mulheres o acesso a métodos contraceptivos e admitiu a possibilidade de o Presidente Barack Obama actuar nesse sentido, noticia a Renascença citada pelo RCM pharma.

“Os donos de organizações sem fins lucrativos não devem ser autorizados a fazer valer os seus pontos de vista religiosos para negar benefícios aos seus empregados”, afirma o porta-voz da Casa Branca.

O Supremo Tribunal dos EUA saiu esta segunda-feira em defesa da liberdade religiosa, dando razão a duas empresas que processaram o Governo, que queria obrigá-las a financiar contraceptivos, esterilizações e pílulas abortivas para os seus funcionários como parte dos seus seguros de saúde.

As empresas, Hobby Lobby e Conestoga Wood, obtiveram assim uma importante vitória, que pode ser vista como crucial na actual disputa entre vários grupos religiosos, incluindo a Igreja Católica, e a administração Obama.

 

Programa de computador reconhece
Um grupo de investigadores do Reino Unido e da Escócia criou um programa de computador capaz de detectar problemas genéticos...

Cientistas das Universidades de Edimburgo, na Escócia, e Oxford, no Reino Unido, inventaram um programa de computador que além de reconhecer expressões faciais em fotografias, consegue detectar problemas genéticos através dessas mesmas expressões e traços.

Segundo a BBC, este programa recorre a uma tecnologia de reconhecimento facial idêntica à existente no Facebook, mas consegue também verificar variações de luz, qualidade de imagem, cenários de fundo e a própria postura da pessoa fotografada.

E é através destas características que a magia acontece. Tendo todas estas percepções como base, o programa faz uma descrição da estrutura do rosto da pessoa, delineando os olhos, o nariz a boca e outros traços da cara. Cada expressão facial é comparada com as restantes já existentes no programa.

É com esta comparação que o algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores consegue, automaticamente, relacionar as imagens de doentes portadores da mesma doença ou síndrome.

Estas doenças genéticas são raras, mas acredita-se que entre 30% a 40% destes problemas de saúde têm em comum alguma mudança no rosto e no crânio do doente.

 

Relatório de Primavera 2014
O Relatório de Primavera 2014, divulgado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde, diz que prevalece o silêncio e/ou a...

Há vários dados que indiciam o impacto da crise sobre a saúde das pessoas, mas continua a haver, quer da União Europeia, quer do Governo “um manifesto esforço” em negar esta evidência, conclui o Relatório de Primavera 2014, divulgado esta segunda-feira pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).

O documento, intitulado “Saúde - Síndrome de Negação”, sublinha que, à semelhança do “silêncio das autoridades europeias”, em que as evidências parecem ser “intencionalmente ignoradas, votadas ao esquecimento”, “também por cá prevalece o silêncio e/ou a tentativa de demonstração de que não há impacto negativo da crise de forma significativa para a saúde das pessoas”.

O controlo da diabetes, a evolução da infecção por VIH/Sida e Tuberculose, a evolução das doenças respiratórias, os estilos de vida, a saúde mental, o acesso ao medicamento, os cuidados de saúde primários são algumas das áreas críticas analisadas pelo OPSS, num relatório que coincide com o fim da intervenção formal da “troika” em Portugal.

Os Cuidados de Saúde Primários, “sistematicamente referidos no discurso político como a área a privilegiar”, “não se têm constituído como prioridade”, prevalecendo dificuldades no dia-a-dia dos profissionais que “dificultam muito a prestação de cuidados”, critica o OPSS.

O estudo é feito com base nos dados disponibilizados, o que leva os relatores a realçar que é um exercício “cada vez mais difícil na medida em que o acesso e a transparência da informação estão, cada vez mais, condicionados”.

“Podemos dizer que há actualmente mecanismos que impedem ou limitam os investigadores em saúde de aceder a dados do SNS, o que, entendemos, torna a governação menos transparente e consequentemente menos participada”.

Numa análise às políticas de saúde, o OPSS critica as diversas medidas de centralização adoptadas pelo Ministério de Paulo Macedo - lei dos compromissos, burocratização dos processos de aquisição e contratação, controlo central dos investimentos e da informação - considerando que “desmotivam e desresponsabilizam as lideranças das organizações de saúde”. Manuel Lopes, Felismina Mendes e Ana Escoval, coordenadores do Relatório de Primavera 2014, entendem que “através do centralismo silencia-se um conjunto diversificado de players e por essa via esta opção representa hoje um elevado factor de risco no desempenho futuro do SNS”.

“Ao transformarem-se as estruturas regionais e locais, e as suas organizações, em simples correias de transmissão de decisões centralmente tomadas, retira-se eficácia, massa crítica, experiência e capacidade de inovação, para encontrar soluções que só a proximidade e o conhecimento dos problemas permitem resolver”, sublinha o documento.

 

Governo nega acusação de estar a esconder efeitos da crise na saúde

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, recusou, estar a esconder os efeitos da crise na saúde, lembrando que “as situações existem” e reiterando que pediu à Organização Mundial de Saúde estudos sobre esse impacto.

“As situações existem, não são minimamente escondidas”, afirmou aos jornalistas, em Lisboa, assinalando que “a crise tem consequências negativas na saúde”, nomeadamente na saúde mental.

O ministro reiterou, a este propósito, o pedido feito à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para avaliarem o impacto da crise na saúde em Portugal.

Numa breve declaração à imprensa, à margem do I Conselho Interministerial para os Problemas da Droga, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool, o ministro da Saúde enalteceu, não obstante a contenção orçamental, que o sector da saúde teve “um conjunto de fundos, sem paralelo, nos últimos três anos”.

Reconheceu, no entanto, que “é preciso investir mais em recursos humanos, em infra-estruturas” e na prevenção de comportamentos nocivos para a saúde.

 

Arte ou um risco para a saúde?
As tatuagens e piercings são uma opção pessoal e podem ser vistos de várias formas.
Tatuagens e piercings

Da aplicação de uma tatuagem ou de um piercing pode advir uma alergia ao material, infeções cutâneas localizadas e risco de contração de hepatite B e C ou HIV (se o material não for esterilizado). Nos piercings, em particular, existem riscos de traumatismos e atingimento de nervos relevantes (se o profissional não tiver conhecimentos mínimos de anatomia), hemorragias (principalmente nos piercings orais e genitais), dentes e gengivas danificadas e alterações nas funções normais da boca (nos piercings orais), alterações do fluxo urinário (nos genitais) e endocardites. Devido à alta vascularização da língua, este é um local muito suscetível a hemorragias na aplicação de um piercing.

Os cidadãos com contraindicação para fazer tatuagens são todos aqueles que tenham o sistema imunitário debilitado, que tenham alterações nos seus valores hematológicos, que tenham doenças de pele (em especial psoríase), que tenham alergia a pigmentos de tinta e metal, cidadãos com epilepsia ou hemofílicos e cidadãos que não tenham a vacina contra o tétano atualizada. Todo o cidadão deve ter a noção de que se fizer uma tatuagem ou se aplicar um piercing não pode doar sangue durante um ano, devido ao risco de incubação de qualquer tipo de infeção sanguínea.

Cuidados?…muitos antes de fazer
Antes de se fazer um piercing ou uma tatuagem o cidadão comum deve ter em conta vários aspetos preventivos, tais como:

- verificar a credibilidade profissional da loja e dos seus profissionais;

- pedir para visitar a loja e verificar se o local é arejado, limpo, iluminado e se possui sala de esterilização;

- ser questionado pelo profissional sobre situação de infeções atuais, problemas de saúde e atualização de vacina do tétano;

- ser informado pelo profissional sobre riscos e cuidados pós-técnica;

- observar se o profissional usa luvas diferentes para cada procedimento e se abre as agulhas, tubos de tinta e todo o material envolvido (bandejas e recipientes) de pacotes fechados e esterilizados, e se as agulhas são destruídas em frente ao cliente.

Após fazer uma tatuagem ou colocar um piercing há que ter em conta determinados cuidados para evitar infeções indesejadas.

Depois de fazer?...muitos cuidados para evitar infeções
Como tal, após colocar um piercing o cidadão deve evitar coçar o local de aplicação, limpar diariamente com soro fisiológico (higienizando sempre as suas mãos), evitar, durante a cicatrização, banhos de mar ou de piscina e exposição ao sol. No caso dos piercings orais deve lavar os dentes com antissético sem álcool após beber, comer ou fumar, e evitar beber bebidas alcoólicas e comer comidas picantes. Relativamente aos piercings genitais deve evitar-se a relação sexual até á cicatrização (entre 4 a 12 semanas, dependendo do local da aplicação), e no que diz respeito aos piercings faciais, deve evitar-se a colocação de maquilhagem.

Após a execução de uma tatuagem o cidadão deverá manter o curativo durante 24 horas. Após remover o curativo deve lavar a pele 2 a 3 vezes por dia com água e sabão neutro e secar sem esfregar (se formar crosta esta não deve ser removida), deve aplicar creme hidratante e cicatrizante (sem perfumes), vestir roupa larga e sem fibras sintéticas para evitar o traumatismo e a irritação da pele.

Em ambas as situações, no caso de verificar sinais de infeção evidentes no local (dor, rubor, calor ou drenagem de qualquer tipo de líquido) deve dirigir-se de imediato ao seu médico assistente.

Tendo em conta as palavras de Pitágoras “antes de fazer alguma coisa, pense, quando achar que já pode fazê-la, pense novamente”! Ponderação e noção dos risco acima de tudo!

Ângela Quinteiro - Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria, a exercer na USF Viriato, em Viseu

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
6 a 12 de Julho
A Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas organiza de 6 de Julho a 12 de Julho, em Óbidos, a 6ª...

O FUNFILIA foi criado a pensar nas crianças que sofrem de hemofilia ou de outro distúrbio hemorrágico hereditário, como nos seus irmãos e também nas crianças filhas de pais com as mesmas patologias.

Este projecto tem como missão proporcionar momentos agradáveis às crianças, através da participação em actividades orientadas que têm como objectivo melhorar a sua autoconfiança, autoestima e independência, assim como fomentar o seu espírito de grupo, a pertença e identificação e desenvolver o seu sentido de responsabilidade, cooperação e civismo.

De acordo com Cristina Cunha, Psicóloga da Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (APH), “há que explicar às crianças quais os seus limites, riscos a evitar e, principalmente, fazer com que não se sintam inferiorizadas relativamente aos outros meninos".

No FUNFILIA as crianças podem desfrutar das actividades, adaptadas à realidade e limites destas crianças, como: escalada, tiro com laser, high ropes, karting, insufláveis, easy up, paintball, espeleologia, slide e jogos tradicionais.

A APH realiza também, durante esta semana acções formativas com as crianças com o objectivo de incentivá-las a realizar ao auto tratamento e a aderirem á profilaxia.

De forma a garantir o bom funcionamento e a segurança das crianças, a APH terá uma equipa técnica própria, constituída por um monitor e uma enfermeira. A enfermeira assegurará a administração da medicação específica de cada criança, estejam estas em regime profilático ou on demand, bem como de qualquer outro medicamento que necessitem.

Deu entrada no Tribunal Constitucional
O pedido de fiscalização da constitucionalidade do diploma que aumenta os descontos para a ADSE, apresentado por PCP, BE e PEV,...

"Informa-se que esta manhã deu entrada no Tribunal Constitucional (TC) o pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma que aumenta os descontos dos funcionários públicos para a Segurança Social (ADSE, ADM e SAD), subscrito pelo Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista ‘Os Verdes’", refere o partido, em nota à imprensa.

Na sexta-feira, PCP, BE e PEV tentaram entregar este pedido no TC, mas a falta de um documento obrigou a adiar o processo para hoje.

O diploma, que entrou em vigor em Maio e cujos efeitos se aplicaram aos salários pagos em Junho, aumenta as contribuições dos funcionários públicos e dos pensionistas, incluindo militares e forças se segurança, para os respectivos subsistemas de saúde, de 2,5 para 3,5 por cento.

No requerimento, disponibilizado à comunicação social, os deputados alegam que não há conexão entre o novo aumento e a necessidade, invocada pelo Governo PSD/CDS-PP, de cumprir o Programa de Assistência Económica e Financeira porque o programa terminou no dia 17 de Maio.

Os deputados requerem a declaração de inconstitucionalidade do diploma invocando a violação dos artigos que estipulam as "tarefas fundamentais do Estado", que preveem a "obrigação de assegurar a defesa nacional", e as funções da polícia, e dos princípios da igualdade e da "estrita necessidade e proporcionalidade".

Os requerentes sublinham que através do diploma, "50 por cento da contribuição da entidade empregadora, que corresponde a 1,25 por cento da remuneração dos trabalhadores, passa a ter como destino os cofres do Estado", não se destinando ao financiamento dos subsistemas de saúde.

"Estamos, portanto, diante de um verdadeiro imposto, calculado sobre o rendimento pessoal, diverso do IRS, atingindo uma determinada e circunscrita categoria de pessoas, os beneficiários deste subsistema de protecção social, trabalhadores em funções públicas e aposentados", sustentam.

O aumento dos descontos para os subsistemas de saúde ADSE, ADM (militares) e SAD (forças de segurança) foi aprovado no parlamento a 17 de Abril, promulgado pelo Presidente da República a 9 de Maio e publicado em Diário da República no dia 19 do mesmo mês, e começou a ser aplicado em Junho.

O Presidente da República acabou por promulgar esta medida, depois de, em Março, ter chumbado a primeira versão do diploma.

Na altura, Cavaco Silva considerou que o aumento dos descontos visava "sobretudo consolidar as contas públicas", manifestando "sérias dúvidas" sobre a necessidade de aumentar em um ponto percentual as contribuições dos trabalhadores e aposentados para garantir a autossustentabilidade dos subsistemas de saúde da função pública.

Para responder a estas objecções, os partidos da maioria parlamentar introduziram alterações à proposta inicial, mantendo o aumento mas precisando que os descontos dos trabalhadores para a ADSE seriam exclusivamente destinados a pagar os benefícios concedidos.

Os descontos para a ADSE aumentaram em Agosto do ano passado de 1,5% para 2,25%, tendo em Janeiro sofrido nova subida de 0,25 pontos percentuais.

O aumento aprovado em Janeiro está incluído no conjunto de medidas do Orçamento Retificativo que está em análise no Tribunal Constitucional.

Três em cada quatro
Três em cada quatro portugueses não pensam ter filhos nos próximos três anos, revela o Inquérito à Fertilidade, que concluiu...

Três quartos (75,1%) das pessoas em idade fértil inquiridas no estudo não tencionam ter filhos nos próximos três anos, sendo que a maioria (53,2%) não pensa ter filhos ou ter mais filhos, enquanto 21,9% não pensa ter filhos nos próximos três anos.

A percentagem atinge nas mulheres 73,6% e nos homens 76,4%.

O Inquérito à Fecundidade (IFEC) 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), decorreu entre 16 de Janeiro e 15 de Abril e foi dirigido a uma amostra de mulheres com idades entre os 18 e 49 anos e de homens com idades entre os 18 e 54 anos.

O inquérito, realizado em cerca de 10 mil alojamentos de todo o país e do qual resultaram 7.624 entrevistas, permitiu analisar a fecundidade, para quem tem filhos, para quem (ainda) não tem, em função do número de filhos tidos, do número de filhos que as pessoas (ainda) pensam vir a ter e do número de filhos que desejariam ter.

O estudo estima que as mulheres e os homens residentes em Portugal, têm em média 1,03 filhos, mas pensam chegar aos 1,78 filhos.

Este valor é superior ao que se verifica actualmente, o que, segundo o INE, permite "equacionar um cenário otimista quanto a uma possível recuperação dos níveis de fecundidade no futuro".

O inquérito revela ainda que entre os mais jovens o número de filhos já tidos e os que ainda tencionam ter é maior do que entre os mais velhos.

O número médio de filhos desejados e o número médio de filhos esperados é de 2,20 e 1,94, respectivamente para as mulheres dos 18-29 anos, e 2,11 e 1,80, respectivamente para os homens, do mesmo escalão etário.

Para as mulheres e homens mais velhos, situa-se nos 2,32 e 1,67, respectivamente para as mulheres dos 40-49 anos, e 2,39 e 1,65, respectivamente para os homens das mesmas idades.

O inquérito regista ainda um decréscimo no número ideal de filhos numa família (2,38 filhos), no número de filhos que as pessoas desejam ter ao longo da vida (2,31 filhos) e aqueles que efectivamente esperam ter (1,78 filhos), uma tendência que se verifica em todas as regiões do país e que é mais acentuada nos homens que nas mulheres.

Os homens e mulheres mais qualificados são os que querem ter mais filhos, mas são os menos qualificados que os têm efectivamente, adianta o estudo, que conclui que são os homens mais qualificados e as mulheres como menos habilitações escolares que esperam ter um maior número de filhos.

A escolaridade tem igualmente impacto no adiamento da maternidade e da paternidade: tanto mulheres como homens mais qualificados têm o primeiro filho mais tarde - 29,9 anos para mulheres com ensino superior (23,9 anos para mulheres com escolaridade até ao ensino básico) e 31,5 anos para homens com ensino superior (27,3 anos para homens com escolaridade até ao ensino básico).

As mulheres mais qualificadas admitem ter o primeiro filho com 33,1 anos (29,4 anos para as mulheres menos qualificadas).

Os homens com ensino superior admitem ter o primeiro filho, no máximo, com 35,4 anos, que contrasta com os 32,4 anos para os homens menos qualificados.

O estudo incluiu também um conjunto de questões para perceber a opinião dos inquiridos sobre os incentivos à natalidade e concluiu que cerca de 94% das mulheres e 92% dos homens consideram que devem existir incentivos à natalidade. 

"Aumentar os rendimentos das famílias com filhos" foi a medida de incentivo mais frequentemente referida como "a mais importante".

Esta medida inclui, por exemplo, reduzir impostos sobre famílias com filhos, aumentar as deduções fiscais e aumentar os apoios à educação, saúde, habitação e alimentação.

Facilitar as condições de trabalho "para quem tem filhos, sem perder regalias", o que inclui a oportunidade de trabalho a tempo parcial, períodos de licenças de maternidade e paternidade mais alargados e flexibilidade de horários para quem tem crianças pequenas, foi apontada como a segunda medida mais importante.

"Alargar o acesso a serviços para ocupação dos filhos durante o tempo de trabalho dos pais" foi considerada a opção "menos importante".

No Porto
A Ordem dos Médicos exigiu hoje conhecer todas as questões que podem pôr "em risco" os cuidados de saúde no Centro...

Em conferência de imprensa, o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, elogiou a decisão dos profissionais do S. João como “um exemplo a seguir em defesa do Serviço Nacional de Saúde”, mas pretende que lhe sejam “comunicadas todas as situações que possam pôr em risco a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população”.

“Esta é uma obrigação ética, deontológica, moral e cívica de todos os médicos”, frisou o responsável, acrescentando já ter “recebido algumas denúncias sobre situações de deficiência, insuficiência ou irregularidade que podem colocar em risco a saúde dos doentes ou dos médicos”.

Municípios de Aveiro
O Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro acusa o Governo de "inércia perante a falta de qualidade da gestão do Centro...

"Mantendo-se a falta de qualidade da gestão e do funcionamento do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) a vários níveis, mantendo-se a inércia do ministro da Saúde e do Governo em dar respostas que resolvam os referidos problemas de que são vítimas os cidadãos que residem, trabalham e desfrutam tempos de lazer na região de Aveiro, este é o tempo de fazer outro tipo de trabalho, mantendo, no entanto, o nosso protesto público vivo e o alerta intenso aos responsáveis do Ministério da Saúde, exigindo a implementação de qualidade total e de qualificação do CHBV", refere o texto.

A nota de imprensa reporta-se à última reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, realizada no dia 23, em que aquele órgão deliberou, por unanimidade, encomendar à Universidade de Aveiro um estudo técnico-científico sobre o futuro do CHBV.

O estudo, que deverá ficar pronto até ao final do ano, irá incidir sobre a gestão e as funções do centro hospitalar.

Na mesma reunião, o Conselho Intermunicipal aprovou a versão final do Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Aveiro, que será apresentado numa sessão pública a realizar no dia 16.

Foi ainda deliberado, no âmbito da "Estratégia de Desenvolvimento Territorial/Quadro Comum de Investimentos da Região de Aveiro 2014/2020", realizar um conjunto de iniciativas no período de Setembro 2014 a Março de 2015, para recolher contributos para a elaboração de uma Iniciativa Territorial Integrada e de um projecto de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, nas áreas da pesca, agricultura e floresta.

Esclarecer os doentes
A RESPIRA desenvolve manual de apoio às pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e outras Doenças Respiratórias Crónicas....

A pensar nas dificuldades que os doentes sentem na utilização dos diversos dispositivos, a Respira elaborou a brochura “Inaladores: Utilize correctamente”, que explica o que são os inaladores, para que servem, como se utilizam e os diferentes dispositivos existentes. 

“Os inaladores são dispositivos utilizados no tratamento de doenças respiratórias, sobretudo na DPOC, normalmente conhecidos por ‘bombas’. Existem várias modelos, divididos em três grandes grupos, nomeadamente de spray, nuvem e pó seco”, explica a Direcção da Respira.

Em cada um destes grupos existe uma enorme diversidade de modelos, embora todos com a mesma finalidade: conduzir ao interior dos brônquios medicamentos capazes de produzir um efeito dilatador (que facilita a respiração).

“Desenvolvemos esta brochura, pois a técnica inalatória é fundamental para a eficácia do tratamento. Percebemos que muitos dos doentes inalam directamente sem fazer uma expiração prévia, o que condiciona a inspiração do medicamento e, por conseguinte, a sua eficácia, diz Luísa Soares Branco.

 

Pelos próprios enfermeiros
Devido à carência de profissionais denunciada pelos próprios profissionais a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros...

A Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) realiza esta manhã uma visita institucional ao Hospital de Viseu, em resposta a uma denúncia de carência de profissionais que poderá pôr em risco a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos cidadãos.

Trata-se de uma denúncia à OE pelos próprios enfermeiros que prestam a sua actividade no Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Dada a natureza da denúncia, o próprio Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf.º Germano Couto, acompanhará a visita para estabelecer contactos com os intervenientes da instituição hospitalar e se inteirar da situação.

A actividade estruturante da Ordem dos Enfermeiros, razão primeira da sua existência, é a defesa intransigente da segurança e dos cuidados de enfermagem prestados aos cidadãos.

 

Alerta precoce
Um simples exame de sangue pode oferecer a muitas mulheres um alerta precoce sobre o cancro da mama, mesmo que elas não tenham...

Cientistas identificaram uma característica molecular em amostras de sangue que aumenta os riscos de cancro da mama. O diferencial encontrado é associado ao gene do cancro da mama BRCA1, cuja alteração é responsável por 10% dos casos da doença, junto com mutações no BRCA2, deixando 90% do restante da incidência sem explicações. Uma mulher com o gene BRCA1 tem risco de 85% de desenvolver cancro da mama, o que leva algumas portadoras a tomarem a medida drástica de remoção da mama.

A característica molecular descoberta, de acordo com o chefe da pesquisa Martin Widschwendter, da University College London, é presente em mulheres com a mutação do gene BRCA1 e foi observada em grandes grupos de mulheres sem essa alteração genética. A descoberta foi capaz de prever o risco do cancro em doentes sem a predisposição genética, explicou o especialista.

O investigador sobre a doença Matthew Lam afirmou que os resultados podem significar que no futuro uma mulher seja capaz de fazer um simples exame de sangue para procurar essa alteração molecular e descobrir a sua predisposição para a doença.

 

Estudo atribui
Cientistas médicos indianos anunciaram ter testado com sucesso uma mistura de temperos conhecida como caril que reduziu a...

S. Thanikachalam, especialista em cardiologia que liderou a pesquisa, disse que a sua equipa testou em roedores uma mistura de gengibre, cardamomo, cominho e pimenta, ingredientes comuns na cozinha indiana, juntamente com pétalas de lótus branca e outros.

“Vimos, então, mudanças positivas em ratos com pressão arterial elevada induzida nas nossas experiências em laboratório”, disse Thanikachalam, que chefia o departamento de cardiologia na Universidade Sri Ramachandra da cidade de Madrassa (sul).

“A droga foi muito eficaz em reduzir a pressão arterial e diminuir o stress oxidativo em ratos”, disse.

O estudo destaca que as especiarias contribuíram para reduzir a hipertensão arterial, uma forma secundária da pressão arterial alta, causada por um estreitamento das artérias nos rins.

Os indianos são geneticamente predispostos à hipertensão. Uma em cada quatro pessoas sofre desta doença nas cidades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não é a primeira vez que o caril foi associado a benefícios para a saúde.

Os resultados do estudo foram publicados na edição de Junho da publicação médica Experimental Biology and Medicine.

 

2013
O Instituto Nacional de Emergência Médica anunciou que, em 2013, os desfibrilhadores automáticos externos disponíveis em...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) refere que, das 4.558 utilizações de DAE, “em 532 casos o aparelho recomendou a administração de choque eléctrico, sendo que 447 vítimas foram transportadas para uma unidade hospitalar com sinais de circulação espontânea”.

“A utilização dos desfibrilhadores traduziu-se assim num número significativo de vidas salvas no próprio local da ocorrência, com recurso ao Suporte Básico de Vida (SBV) e à utilização dos desfibrilhadores por equipas de tripulantes de ambulância”, sustenta o INEM.

A utilização precoce dos desfibrilhadores automáticos externos (DAE), disponíveis nas ambulâncias do INEM, dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, “é um factor crítico de sucesso na cadeia de sobrevivência das vítimas com paragem cardio-respiratória”.

O INEM salienta que, além das ambulâncias, colaboraram no socorro às vítimas outros meios de socorro, nomeadamente viaturas médicas, ambulâncias de Suporte Imediato de Vida e motociclos de emergência médica.

Em 2013, o INEM formou cerca de 600 elementos de corporações de bombeiros em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa, sendo que, actualmente, há já cerca de 2.900 operacionais formados.

De acordo com o INEM, circulam a nível nacional 558 veículos equipados com DAE, entre ambulâncias do instituto (148) e ambulâncias operadas pelos bombeiros e Cruz Vermelha (410).

O alargamento da instalação dos DAE a espaços públicos “permitiu igualmente um importante alargamento do acesso do cidadão à desfibrilhação precoce”, frisa o INEM.

O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de eléctrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardio-respiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não a administração de um choque eléctrico.

 

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