Médico e cientista Manuel Sobrinho Simões pede
O médico e investigador Manuel Sobrinho Simões voltou ontem a pedir políticas de investimento público na ciência que incentivem...

Em declarações, a propósito da sua participação, ontem, no parlamento, numa conferência sobre o futuro da ciência em Portugal, o director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) voltou a manifestar que o que mais o preocupa é "a destruição do tecido institucional", o não haver, por parte do Estado, "a preocupação de avaliar e ser preciso na recompensa e no reforço" financeiro dos centros de investigação de qualidade.

"Não há política científica que se aguente no futuro se não tivermos tido o cuidado de reforçar o tecido" institucional, sustentou Sobrinho Simões, que anteriormente já tinha acusado o Governo de destruir a ciência, criticando os cortes orçamentais impostos pela austeridade.

Sobrinho Simões apontou o caso do instituto que dirige que, disse, teve uma redução de 45 por cento no seu "financiamento de base", "sem nenhuma justificação e avaliação".

Falta de financiamento
O cientista adiantou que o Ipatimup se tem mantido à custa de contratos de investigação, incluindo internacionais, e da prestação de serviços, nomeadamente a hospitais como o São João do Porto, com o qual trabalha em parceria.

"Os pagamentos da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) são erráticos", assinalou.

Manuel Sobrinho Simões, Prémio Pessoa 2002, considera que os programas da Fundação para a Ciência e Tecnologia, entidade pública que subsidia a investigação científica, "são fragmentários".

"Não têm sido feitos com regularidade, não têm sido coerentes. Têm sido pouco transparentes, com alterações das classificações... tem havido sempre trapalhadas... têm feito com que as pessoas sintam uma progressiva desconfiança", defendeu, acrescentando que, a seu ver, a FCT "não consegue cumprir prazos, abrir os concursos, avaliar as instituições".

Para o médico, especialista em cancro da tiroide, "é assustador a incompetência e a displicência" da FCT, que "não respeita os cientistas".

As críticas - da comunidade científica - à Fundação para a Ciência e Tecnologia, que tem refutado qualquer irregularidade, subiram de tom este ano, após a diminuição das bolsas individuais de doutoramento e pós-doutoramento, que a instituição alega que foram compensadas por outros programas de apoio à investigação.

O director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto entende que o futuro da política científica em Portugal passa por políticas públicas que, além de reforçarem financeiramente as instituições de qualidade, apoiem a investigação fundamental, caso contrário "é matar a ciência", defendeu.

"A investigação tem que ter alguma utilidade, mas não pode ser medida apenas pela sua utilidade imediata", invocou, exemplificando que "há muitas coisas que estão a ser descobertas no domínio da investigação para o tratamento de cancro que podem não ter resultados imediatos, mas que vão ter resultados daqui a cinco ou dez anos".

A conferência "O Futuro da Ciência em Portugal", que se realizou ontem à tarde na Sala do Senado, foi uma iniciativa da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.

O programa incluiu intervenções do presidente da FCT, Miguel Seabra, do presidente do Fórum dos Conselhos Científicos dos Laboratórios do Estado, José Manuel Catarino, e de membros do Conselho dos Laboratórios Associados e do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

Os cientistas Manuel Sobrinho Simões, Maria Mota - Prémio Pessoa 2013 - e Carlos Fiolhais, assim como o presidente da empresa farmacêutica Bial, Luís Portela, também constaram da lista de oradores.

Investigação
Um consórcio europeu que estuda os venenos dos animais, para descobrir a cura de doenças, já recolheu e analisou 120 espécies e...

Estes são os primeiros dados divulgados pelo consórcio europeu responsável pelo Projecto Venomics, um projecto científico iniciado no final de 2011, com conclusão prevista até ao fim de 2015, que pretende criar uma base de dados com 20 mil moléculas presentes no veneno de mais de 500 animais.

O consórcio é composto por oito empresas de cinco países europeus, entre os quais Portugal, que acreditam “poder encontrar no veneno dos animais a chave para optimizar a saúde humana no futuro próximo”.

Assim, empresas da Bélgica, Dinamarca, França e Espanha e a portuguesa NZYTech envolveram-se nesta “iniciativa inovadora”, que é simultaneamente o “maior projecto mundial nesta área”, com o objectivo final de identificar e desenvolver novos fármacos a partir de venenos de animais.

Já foram recolhidas 120 espécies de animais venenosas, das quais 90 foram analisadas geneticamente (estudado o ARN responsável pela transmissão da informação do ADN até ao local de síntese de proteínas), enquanto das restantes 30, foram analisados os péptidos do veneno (moléculas venenosas, pertencem à classe das proteínas).

“Esperamos obter um banco de 20 mil sequências até ao fim do projecto, que representará a maior base de dados de toxinas construída até ao momento”, diz Nicolas Gilles, líder de uma das empresas (francesa) que integram o consórcio.

Um dos grandes potenciais desta investigação é a descoberta de centenas de péptidos e proteínas no veneno de cada uma das espécies venenosas, o que “abre múltiplas oportunidades para a investigação farmacológica”.

O facto é que os venenos constituem uma das mais promissoras fontes de criação de novos componentes farmacológicos para o tratamento de doenças humanas, graças às suas actividades funcionais, pequeno tamanho, baixa imunogenicidade e estabilidade, explicam os investigadores.

“Os venenos dos animais são 'cocktails' complexos que contêm várias centenas de componentes, a maioria dos quais são proteínas ou péptidos”, afirmou o responsável de uma empresa farmacológica do consórcio, acrescentando que os venenos são, no fundo, reservatórios naturais que contêm muitas moléculas bioactivas com capacidade de participar em interacções moleculares, o que "as torna tão interessantes para a indústria farmacêutica".

Estima-se que existam na natureza cerca de 170 mil espécies animais venenosas que produzem globalmente mais de 40 milhões de proteínas venenosas diferentes, das quais apenas cinco mil são conhecidas até hoje.

No fundo, o trabalho da Venomics está a montante da investigação farmacológica, indo dos venenos até aos candidatos a fármacos.

 

Organização Mundial de Saúde divulga
A Organização Mundial de Saúde divulgou que um dos vírus causadores da poliomielite foi encontrado no aeroporto de Viracopos,...

O poliovírus selvagem tipo 1 foi encontrado em amostras de esgoto recolhidas pela Companhia de Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), no mês de Março.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência das Nações Unidas para a Saúde, divulgou que a amostra é semelhante a outra encontrada na Guiné Equatorial, mas que tem um risco “muito baixo” de se espalhar internacionalmente.

O vírus encontrado na Guiné Equatorial tem potencial “alto” de transmissão, segundo um comunicado divulgado em Maio pela OMS, mas não foi registada nenhuma pessoa infectada com o vírus.

O Ministério da Saúde do Brasil, citado pelo jornal O Globo, informou que a detecção do vírus no aeroporto de Viracopos é “ocasional” e que uma amostra recolhida em Abril no mesmo local não registou a presença de vírus.

A poliomielite foi considerada erradicada no Brasil em 1994. Para monitorizar a presença de vírus, são recolhidas frequentemente amostras para análise.

Médicos alertam
A Ordem dos Médicos alertou hoje para a “espiral de medo” que os profissionais de saúde vivem actualmente nos hospitais, na...

“Além da lei da rolha há uma espiral de medo. O interno tem medo do especialista, o especialista tem medo do director de serviço e o director de serviço tem medo do conselho de administração. É uma espiral de medo que vamos tentar combater”, afirmou hoje numa conferência de imprensa em Lisboa o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, divulgada pelo site da RTP.

Para Jorge Teixeira Mendes, há casos que demonstram que “há perseguições políticas” no Serviço Nacional de Saúde, que a Ordem dos Médicos quer tentar combater, tornando-se o veículo da divulgação das denúncias e queixas dos profissionais de saúde.

Para isso, a Ordem distribuiu já aos médicos um formulário e um endereço de e-mail para os clínicos denunciarem situações nos seus serviços "de forma mais recatada".

Jorge Teixeira Mendes critica ainda a “insensibilidade” do ministro da Saúde face a estas questões de alegada perseguição a profissionais de saúde.

A Ordem dos Médicos tem criticado o Código de Ética que o Ministério da Saúde pretende implementar, considerando que se trata de uma lei da rolha, ao referir que, “salvo quando se encontrem mandatados para o efeito, os colaboradores (...) devem abster-se de emitir declarações públicas, por sua iniciativa ou mediante solicitação de terceiros, nomeadamente quando possam pôr em causa a imagem [do serviço ou organismo], em especial fazendo uso dos meios de comunicação social”.

Hoje, a Ordem denunciou algumas situações que considera serem pressões aos profissionais de saúde, nomeadamente o caso de uma médica do hospital do Barlavento Algarvio que foi submetida a um processo de averiguações por parte da administração hospitalar por ter informado um doente de que não tinha instrumentos necessários para realizar uma biópsia.

 

Circular Informativa N.º 139/CD/8.1.7. Data: 23/06/2014
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre a falsificação do medicamento Kaletra.

A Agência Alemã do Medicamento divulgou a existência de embalagens falsificadas dos seguintes lotes do medicamento Kaletra, comprimido revestido por película, 200 mg + 50 mg:

Lote

Validade

276268D

10/2015

336398D

07/2016

345118D

08/2016

 

Apesar de não ter sido detetada a existência de medicamentos destes lotes em Portugal, e atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que eventualmente tenham adquirido estes lotes do medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

 

Vendidos na Internet
Medicamentos falsificados podem ser “ineficazes, nocivos ou mesmo mortais”, alerta comissário europeu responsável pela Saúde.

A Comissão Europeia adoptou nesta segunda-feira um regulamento no quadro da legislação comunitária contra medicamentos falsificados que estabelece um logótipo comum para as farmácias em linha para atestar a autenticidade e segurança dos medicamentos vendidos na Internet.

O logótipo só estará plenamente disponível no segundo semestre de 2015, já que o regulamento entrará em vigor dentro de quatro a seis semanas e, a partir daí, os estados-membros dispõem de um prazo de uma ano para aplicá-lo, estando também previstas campanhas nacionais de sensibilização.

"Ao comprar medicamentos através da Internet, os consumidores devem estar conscientes de que, se não os comprarem a fornecedores de medicamentos legalmente autorizados, correm o risco de estar a adquirir medicamentos falsificados. Os medicamentos falsificados podem ser ineficazes, nocivos ou mesmo mortais. A Comissão criou um logótipo comum para as farmácias em linha a fim de garantir a segurança dos consumidores", explicou nesta segunda-feira o comissário europeu responsável pela Saúde, Tonio Borg.

 

Tumores benignos do fígado
Os hemangiomas são os tumores benignos do fígado mais comuns, geralmente encontrados em mulheres jov
Hemangioma hepático

Os hemangiomas são pequenos tumores benignos formados por vasos sanguíneos enovelados. Surgem durante a formação do embrião, antes do nascimento, podendo ocorrer em diversos órgãos, entre os quais a pele e o fígado. As manchas de nascimento vermelhas são normalmente causadas por hemangiomas na pele.

Habitualmente, o hemangioma permanece inalterado após o nascimento, podendo crescer mas raramente causa algum sintoma, principalmente quando está localizado no fígado.

Os hemangiomas são os tumores benignos do fígado mais comuns, geralmente encontrados em mulheres jovens (pelas ecografias ginecológicas de rotina). Acometem de 0,4 a 7% de toda a população e são múltiplos (mais de um) em 70% dos casos. As lesões são, normalmente, pequenas, mas em 10% dos casos podem ultrapassar 5 cm de diâmetro, sendo designados de gigantes.

Com frequência o diagnóstico é feito por acaso, aquando a realização de uma ecografia, tomografia ou ressonância, por outro motivo.

Sintomas

O habitual é que os hemangiomas não provoquem sintomas. No entanto, mesmo quando surgem - dor abdominal, enfartamento após as refeições, febre, náuseas e vómitos – o doente tem outra doença qualquer e o hemangioma é descoberto por acaso.

Porém se o hemangioma for muito grande (alguns chegam a ocupar quase todo o fígado), há o risco de que se rompa (após trauma, é raro que se rompa sozinho), provocando hemorragia interna ou formando coágulos no seu interior, provocando facilmente hemorragias em outros órgãos (síndrome de Kasabach-Merrit). Mas, mesmo nos hemangiomas gigantes, os sintomas são raros sendo o mais comum a pressão sobre outras estruturas como o estômago, causando saciedade precoce.

Tratamento

De uma maneira geral não é necessário nenhum tratamento, apenas observação clínica através de exames (geralmente uma ecografia anual ou a cada dois anos é suficiente).

Contudo, nos hemangiomas que necessitem de tratamento, as principais opções terapêuticas são: ressecção cirúrgica, transplante hepático, ligadura da artéria hepática, embolização, radioterapia e corticoterapia. A escolha do tratamento dependerá de particularidades de cada caso e da experiência e possibilidades do serviço.

As principais indicações de tratamento são: sintomas, dúvida diagnóstica (em relação a tumores malignos), lesões superficiais maiores que 6cm (pelo risco de rompimento), anemia hiperproliferativa e síndrome de Kasabach-Merrit (pelo consumo de hemácias, plaquetas e factores de coagulação no interior do hemangioma), ruptura e crescimento rápido. O tamanho do hemangioma, em si, não é indicação de tratamento.

O prognóstico do hemangioma é bom já que a maioria dos casos é descoberto ao acaso e a pessoa permanece assintomática durante toda a vida. Apenas uma minoria necessita de tratamento, que geralmente é cirúrgico e com mortalidade quase zero. Os hemangiomas muito grandes podem ser tratados com embolização (obstruindo-se a artéria que leva sangue para ele) com graus variados de sucesso, mas com raras complicações.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cancro colo rectal mata 11 portugueses por dia
A Merck Serono Oncologia sensibiliza para a importância do biomarcador RAS. No cancro colo rectal metastático, o teste RAS...

“O teste RAS é uma ferramenta fundamental que permite aos médicos saber quais os tratamentos mais adequados para os seus doentes com cancro colo rectal metastático. Todas as pessoas têm o gene RAS no seu organismo e esse gene pode ser mutado ou não mutado (tipo selvagem).

O teste do biomarcador RAS analisa genes envolvidos no cancro colo rectal. Nos doentes com cancro colo rectal metastático, o gene (mutado ou não mutado), pode responder a certos tipos de tratamento de formas completamente diferentes”, explica Leonor Sequeira, Directora Médica da Merck Serono Portugal.

O teste é feito em ADN extraído de células tumorais. O que é pesquisado é a existência, ou não, de alterações genéticas no gene RAS.

“Se o gene RAS for normal, sabemos que a utilização das terapias monoclonais vai aumentar a percentagem de sucesso no tratamento em cerca de 20%, quando comparado com as estratégias quimioterápicas mais convencionais.

O teste RAS permite aos doentes com CCRm receber uma terapêutica personalizada, como o Cetuximab, que está adaptada à sua doença específica e que lhes proporciona uma maior possibilidade de responder ao tratamento e viver mais tempo”, finaliza Leonor Sequeira.

Sobre o teste RAS:

O teste RAS consiste na detecção de mutações (alterações) genéticas no gene RAS. A proteína RAS desempenha um papel importante no controlo da proliferação das células e quando mutada transforma uma célula normal numa célula tumoral. Está disponível no em vários laboratórios em Portugal e a ser utilizado com sucesso em muitos doentes. O procedimento normal é o teste ser pedido ao laboratório pela instituição de saúde que acompanha o doente.

http://www.mcrcbiomarkers.com/

 

Hospital Nossa Senhora da Arrábida
O Hospital Nossa Senhora da Arrábida acaba de inaugurar uma nova Consulta da Dor que vai melhorar o acesso da população da...

De acordo com o médico Jorge Cortez, responsável pela Consulta da Dor no hospital, “Nestas consultas, para além do diagnóstico, é feita uma história clínica da dor, onde são identificadas as possíveis causas e tratamentos de acordo com a situação clínica de cada doente”.

Esta Consulta da Dor é composta por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde e conta com a estreita ligação à Unidade de Reabilitação do Hospital, disponibilizando o acompanhamento de tratamentos de fisioterapia, correcção postural ou técnicas de cinesiterapia, sempre que necessário para a melhoria do doente com DOR.

Durante o mês de Julho, a Fundação Grünenthal vai promover, no átrio do Hospital Nossa Senhora da Arrábida, uma exposição da autoria de Anna Westerlung denominada “Máscaras de Dor”, que compreende as 11 faces da dor. A exposição é gratuita e está aberta a todas as pessoas.

O Hospital Nossa Senhora da Arrábida é uma completa unidade de cuidados de saúde dirigida a toda a população. Dispõe de mais de 100 camas para internamento de curta e longa duração, consultas médicas em mais de 30 especialidades, um Centro de Fisioterapia e Reabilitação, uma Unidade Autónoma de Pediatria, e uma Unidade de Apoio Domiciliário. Esta unidade hospitalar pertence à Santa Casa da Misericórdia de Azeitão.

 

Candidaturas até 13 de Setembro
Encontra-se aberto o período de candidaturas para a 58ª edição dos Prémios Pfizer que resultam de uma parceria da Sociedade das...

Os trabalhos podem ser submetidos até ao dia 13 de Setembro, através do e-mail [email protected]. Na atribuição dos prémios, o júri apreciará o mérito dos trabalhos e projetos apresentados e a sua decisão será conhecida durante uma sessão solene a realizar no mês de Novembro.

Os interessados deverão consultar o regulamento no site oficial da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa www.scmed.pt ou visitar a página de Facebook da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCML).

Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios Pfizer visam estimular e desenvolver a investigação científica, cobrindo todos os ramos da medicina humana. Os Prémios Pfizer foram criados em 1955 e, ao longo de décadas de existência, já premiaram mais de 500 investigadores. Entre mais de 750 candidaturas, foram distinguidos cerca de 200 trabalhos pelos diferentes júris, compostos por investigadores, professores universitários e médicos de reconhecido mérito, norteando as suas decisões por rigorosos critérios científicos.

Os Prémios Pfizer distinguem os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20.000 euros para cada um dos projectos vencedores em cada área.

 

Quatro jovens cientistas portugueses reconhecidos em 2013

Na edição de 2013 foram distinguidos quatro jovens cientistas autores de três projectos de investigação – dois de investigação básica, exequo, e um de investigação clínica – seleccionados pelo júri entre os 65 trabalhos concorrentes. Os três projectos premiados prosseguem avanços científicos na otimização das terapêuticas biológicas em doenças inflamatórias crónicas e incapacitantes, como é o caso da Artrite Reumatóide; no tratamento da Sepsis; e no combate à fibrose quística.

 

“A Minha Gravidez” para Android e iOS
“A minha gravidez” é uma aplicação totalmente gratuita construída a partir de conteúdos certificados por especialistas...

A BIAL acaba de lançar “A minha gravidez”, uma aplicação móvel em português e desenvolvida a partir de conteúdos certificados por médicos especialistas e outros profissionais de saúde. Com o objectivo fazer um acompanhamento personalizado do período de gestação e permitindo que a futura mãe possa consultar, dia a dia, a evolução e o crescimento do seu bebé, esta “app” é gratuita e isenta de mensagens comerciais.

Informação sobre o desenvolvimento do bebé e conselhos de saúde e bem-estar são algumas das componentes que “A minha Gravidez” oferece. Esta aplicação tem ainda disponíveis inúmeros esclarecimentos sobre nutrição, saúde e bem-estar, desporto ou educação. O sistema de dicas diárias permite que a grávida acompanhe as alterações do seu corpo e desmistifique muitas dúvidas e ideias associadas à gestação. Para ajudar a futura mãe na gestão da sua saúde, esta “app” possui um sistema de lembretes diários para a toma de medicação prescrita pelo médico e avisos para consultas e exames.

A sua concepção reuniu ginecologistas, obstetras, pediatras, psicólogos e enfermeiros que trabalharam conjuntamente na criação deste projecto, que procura ser um incentivo à vigilância médica da gravidez.

“A aplicação “A minha gravidez” é a resposta tecnológica a muitas das preocupações das futuras mães, que poderão agora acompanhar o crescimento do seu bebé e ter acesso a informação credenciada sobre os mais diversos temas. O nosso objectivo é tornar a grávida uma mulher mais segura e informada, para que possa desfrutar em pleno desta etapa da sua vida.” refere José Redondo, Director Geral de BIAL Portugal.

A aplicação “A minha gravidez” já está disponível para dispositivos Android na Google Play e para iOS na Apple Store, enquanto a versão computador pode ser descarregada através do site http://www.novemeses.pt/.

 

Diz ministro
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, remeteu para depois do Outono a nova legislação sobre o tabaco, indicando que Portugal...

No final de um encontro com o comissário europeu da Saúde, Tonio Borg, durante o qual falaram sobre diversos temas, entre os quais a transposição da directiva sobre os produtos do tabaco, Paulo Macedo disse que só no Outono deverá haver novidades na Europa sobre a nova directiva.

“Estamos a analisar o calendário, face à anterior directiva e à nova directiva. Vai haver novidades em termos europeus - esperemos que durante este Outono - e, a partir daí, depois do Outono, depois de sair esta nova legislação, estaremos possibilitados de fazer publicar a legislação em termos internos”, disse o ministro.

O Conselho de Ministros da União Europeia (UE) aprovou em Março a nova directiva sobre o tabaco, que prevê o aumento de advertências de saúde nos maços, com inclusão de imagens, a proibição de aromas e a regulamentação dos cigarros electrónicos.

Depois de entrar em vigor, os Estados-membros dispõem de um período de transição de dois anos para fazer a transposição das novas regras para a legislação nacional.

Na reunião foram ainda abordados temas como a directiva de cuidados transfronteiriços e dos passos que estão a ser dados pela Comissão Europeia, “em termos das recomendações sobre preocupações quanto às resistências aos antibióticos”.

A visita de Tonio Borg tinha também como objectivo analisar que medidas podem ainda ser tomadas ao nível da saúde, mas também verificar os progressos alcançados com os cortes, que foram feitos com o objectivo de “salvar o sistema e não de cortar apenas arbitrariamente”, disse o comissário.

“Do que posso ver, a maioria dos objectivos foi alcançada. Algumas coisas ainda são necessárias, mas estou muito satisfeito com o progresso alcançado”, afirmou.

Questionado sobre a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, Tonio Borg considerou que “nenhum sistema de saúde na União Europeia é sustentável se não for reformado”.

“É verdade que a crise acelerou a reforma em Portugal, mas, se não tivéssemos introduzido estas medidas correctivas, o remédio aplicado para tratar a doença teria sido muito pior”, sublinhou.

A questão da manutenção de um fornecimento de medicamentos adequado, em tempos de crise, e a luta contra a especulação dos preços foram outros temas abordados.

 

Estima-se que na Europa e Estados Unidos haja 400 mil pessoas com retinose pigmentar
Deficientes visuais em várias partes do mundo estão a recuperar parcialmente a visão graças a olhos biónicos, sistemas...

De acordo com o médico francês José-Alain Sahel, estes sistemas têm permitido muitas pessoas cegas perceberem novas “formas e contrastes brilhantes de objectos de tamanho médio” e alguns já conseguem ler “letras e palavras grandes”.

“Esta não é uma visão natural, mas uma percepção visual útil”, disse o especialista, que dirige o Instituto da Visão, um centro de pesquisa do hospital oftalmológico Quinze-Vingts em Paris.

Actualmente, mais de uma centena de pessoas no mundo usa “retinas artificiais”, criadas por três empresas diferentes dos Estados Unidos, Alemanha e França.

“A minha vida mudou”, garante um paciente francês operado por Sahel, que tem implantado um sistema Argus II, da empresa americana Second Sight.

O sistema é formado por uns óculos de sol, equipados com uma micro câmara, um aparelho electrónico que trata os dados visuais captados pela câmara e um sistema que os transmite para o implante ocular.

Mediante impulsos eléctricos, o implante estimula artificialmente as retinas afectadas por retinose pigmentar, uma doença genética e degenerativa.

Na Europa e nos Estados Unidos, 86 pessoas usam o sistema Argus II, vendido por 115 mil euros, segundo Grégoire Cosendai, vice-presidente europeu da Second Sight.

Embora este sistema tenha aberto novos caminhos, o especialista francês José-Alain Sahel está a trabalhar noutro sistema similar chamado Iris, em colaboração com a start-up Pixium Vision.

Até agora, cinco pacientes receberam este olho electrónico fabricado em França.

Outra fabricante, a alemã Retina Implant, está a começar a comercializar na Europa o seu próprio sistema de implantes que funciona sem câmara externa. Neste caso, o implante, situado abaixo da retina, capta directamente a imagem e estimula o olho. Os 40 cegos que utilizam o sistema, vendido por 100.000 euros, conseguem ver "diferentes níveis de cinza", explica o presidente da empresa, Walter G. Wrobel.

Estima-se que na Europa e nos Estados Unidos haja entre 350 mil e 400 mil pessoas com retinose pigmentar.

 

Ministro da Saúde diz
Depois de conseguir conter a vaga de demissões no Centro Hospitalar de São João no Porto, mediante a cedência em algumas das...

Paulo Macedo disse, à margem da inauguração do novo pavilhão do Hospital distrital da Guarda, claramente que “a autonomia terá de ser seguida de maior responsabilidade pelo que será mais fácil de conceder aos hospitais com as suas contas equilibradas do que àqueles com défices grandes por reduzir.

Paulo Macedo respondeu assim à Ordem dos Médicos que na sequência do acordo a norte, instigou todos os hospitais a exigir ao Ministério da Saúde idêntico tratamento ao que foi dado ao Centro Hospitalar São João.

Aliás, o centro hospitalar do Porto foi o primeiro a dizer que o serviço de imagiologia está em ruptura e que aguarda há meses pela contratação indispensável de uma centena de profissionais.

A este caso em concreto respondeu de forma genérica. “Vamos atender a estes e outros casos de uma forma mais rápida porque é do interesse das populações, dos hospitais e do Ministério da Saúde”, disse o Ministro da Saúde.

 

Alto-Minho lança projecto
Uma parceria entre a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e a ARS do Norte leva a cabo, junto das escolas da região, uma...

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Minho quer lançar no próximo ano lectivo um projecto-piloto de prevenção do alcoolismo junto dos estudantes dos 10 municípios da região, disse o presidente da estrutura.

“Gostaríamos de ver o projecto implementado já no próximo ano lectivo. Vai depender da disponibilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, mas vimos muita abertura por parte do conselho de administração a quem já apresentámos a ideia”, adiantou José Maria Costa, presidente da CIM do Alto Minho.

Segundo o líder da estrutura que congrega os dez municípios do distrito de Viana do Castelo, a proposta foi apresentada em Maio passado numa reunião que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde.

“O que propusemos à ARS do Norte foi desenvolver um projecto-piloto que trabalhasse o problema do alcoolismo na região, em parceira com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM). A proposta foi bem aceite e estamos a iniciar trabalho nesse sentido”, sustentou o líder da CIM, que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo.

A parceria entre a CIM do Alto Minho e a ARS do Norte passará pela promoção, junto das escolas da região, de iniciativas conjuntas relacionadas com as áreas de dependência, em particular do alcoolismo.

“Estamos à espera da marcação de uma reunião para apresentarmos algumas ideias envolvendo também as redes sociais, a comunidade escolar e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Queremos que seja um tema a ser trabalhado nas escolas dos dez municípios com supervisão de técnicos especializados nesta área”.

Explicou ainda que ao abrigo do Fundo Social Europeu (FSE) 2014-2020, “as comunidades intermunicipais vão poder candidatar projectos na área das redes sociais e esta problemática será uma das prioridades. Estamos a preparar o nosso trabalho para o futuro quadro comunitário e era uma aposta que gostaríamos de ver incluído numa parceria forte com a ARS-N”, rematou.

 

Arranca em 2015
O objectivo do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde é dotar este centro de dimensão, conhecimento e...

O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), resultante da fusão de três unidades de investigação, vai arrancar em Janeiro de 2015, juntar mais de 100 doutorados e trabalhar em rede, sem espaço físico.

O CINTESIS, que nasceu por iniciativa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, vai juntar mais de 100 doutorados, metade dos quais médicos em actividade, em 16 grupos de investigação focados na investigação clínica e serviços de saúde, neurociências e envelhecimento activo, diagnóstico, doença e terapêutica e dados e métodos.

Segundo o coordenador do CINTESIS, Altamiro da Costa Pereira, a nova unidade trabalhará em rede, sem espaço físico, envolvendo cinco pólos de investigação, nomeadamente a Universidade de Aveiro e Algarve, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Instituto Superior de Engenharia e Escola Superior de Enfermagem do Porto.

O objectivo, disse, é desenvolver um modelo articulado em rede, unindo uma “série” de estruturas já existentes e usando diferentes unidades de ensino em Portugal para colmatar as faltas de cada uma delas.

“Tendo uma estrutura em rede, organizada e dinâmica, podemos aproveitar os recursos humanos e materiais de cada um dos pólos de investigação e unir sinergias, obtendo melhores resultados”, frisou Altamiro da Costa Pereira.

O objectivo é dotar este centro de dimensão, conhecimento e diversidade “suficiente” para promover uma abordagem multidisciplinar aos actuais problemas de saúde.

Identificar problemas e validar novas soluções na área da saúde, tal como reestruturar o sistema científico em Portugal e responder aos problemas da falta de recursos humanos são os objectivos do CINTESIS.

Segundo Altamiro da Costa Pereira, os investigadores tem como missão encontrar respostas e soluções, a curto prazo, para problemas de saúde concretos, assentes na relação custo/eficácia.

“O centro irá desenvolver investigação básica e aplicada no desenvolvimento e validação de tecnologias e conhecimento para a melhoria dos serviços de saúde”, explicou.

Formalmente, explicou Altamiro da Costa Pereira, o CINTESIS começará a trabalhar no início de 2015, mas “muitos dos grupos de investigação” já iniciaram funções.

A nova unidade de investigação terá “várias” fontes de financiamento, desde fundos comunitários, empresas, projectos comparticipados e Estado.

A ultrapassar dificuldades
Vinte voluntárias da Associação CrescerBem prestam apoio domiciliário a famílias carenciadas com crianças em tratamento...

A Associação foi fundada há três anos no Hospital D. Estefânia, mas já estendeu o seu trabalho aos hospitais Santa Maria e São Francisco Xavier. “Nos primeiros dois anos abrangemos mil famílias que circulam pelos hospitais”, disse a presidente da associação, Isabel Santos. Além da ajuda prestada nos hospitais, a associação acompanha estas famílias em casa. Semanalmente, dão-lhes alimentos, produtos de higiene, calçado e roupa, mas também prestam outro tipo apoio.

“São famílias sem uma estrutura familiar que as suporte, muitas vêm dos PALOP com uma criança doente pela mão, outras são mães solteiras ou adolescentes e muitas imigrantes sozinhas”, precisando de muito apoio, disse Isabel Santos.

Sobre o tipo de apoio prestado às famílias sinalizadas pelos serviços sociais dos hospitais, a responsável deu como exemplo: “Quando as mães são adolescentes, ajudamo-las a ser mães”.

A associação também “trata de todos os papéis necessários para a família poder receber as prestações sociais do Estado” e, no caso de serem imigrantes, trata da sua legalização no país e apoia a sua inserção no mercado de trabalho.

“Temos uma família oriunda dos PALOP com uma criança que tem um tumor no cérebro, invisual, e estamos a tratar da sua escolaridade num equipamento do Estado com ensino especial para invisuais”, exemplificou. Há também o caso de uma criança que faz diálise em casa, em que as voluntárias estão a ensinar a mãe a ler, a escrever e a organizar a casa, além de acompanharem o calendário de saúde do menor.

Em 2013, a associação ajudou 33 crianças em regime de visita domiciliária, fez cerca de 900 visitas a casa destas famílias, entregou alimentos a 300 famílias e distribuiu 50 lanches no serviço de prematuros do Hospital de Santa Maria.

“Dar comida aos utentes não fazia parte do projecto base da instituição, mas as crescentes carências das famílias, com grandes dificuldades na aquisição de leites e papas para os bebés, ditaram a necessidade da entrega mensal de cabazes”, explicou Isabel Santos.

Segundo a associação, 89% das famílias acompanhadas em regime de ambulatório não têm recursos financeiros suficientes.

Das famílias apoiadas no domicílio, 61% das mães estão desempregadas e apenas metade dos pais está empregado. As famílias apoiadas são, sobretudo, nucleares (46%) e monoparentais extensas (21%). A nacionalidade é maioritariamente portuguesa (46%), cabo-verdiana (17%) e angolana (17%). A grande parte dos bebés é sinalizada devido a dificuldades na prestação de cuidados (29%).

Em regime de visita domiciliária, a associação apoia famílias com crianças até aos seis anos, mas como há casos de crianças mais velhas a precisar de apoio, têm sido “abertas excepções que têm corrido muitíssimo bem”.

Devido a estas situações, “estamos a considerar alterar os estatutos e alargar o projecto a crianças aos 18 anos com risco biológico acrescido”, avançou Isabel Santos.

Inspecção-Geral das Actividades em Saúde investiga
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde detectou existirem médicos escalados para as urgências e que estariam, ao mesmo...

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) enviou para o Ministério Público (MP) os casos de médicos que estariam a trabalhar em mais do que um local à mesma hora. Estes procedimentos vão agora ser investigados. As informações são avançadas pelo jornal Público.

Segundo o jornal Público desta terça-feira, a IGAS detectou casos de médicos a operar doentes em hospitais privados à mesma hora em que estariam nas urgências de hospitais públicos, uma prática que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde. Num dos casos relatos pelo jornal há registos de um médico que estava realizar intervenções cirúrgicas no Hospital dos Lusíadas, na Clínica de Todos-os-Santos e no Hospital de St. Louis, à mesma hora em que estava escalado para as urgências do Hospital de Santa Maria.

Os casos, que terão sido vários ao longo dos anos 2011 e 2012, já foram enviados para o Ministério Público para investigação de eventuais ilícitos criminais

 

Iniciativa
A Comissão Europeia lançou uma consulta pública sobre a política da água potável na União Europeia para melhorar o acesso de...

Este processo visa proporcionar uma melhor compreensão dos cidadãos e das partes interessadas sobre a necessidade e possíveis acções que podem ser tomadas para melhorar o abastecimento de água potável de alta qualidade. Questões como o actual nível de qualidade da água potável, as suas principais ameaças e as necessidades de informação dos cidadãos estão contempladas no questionário, disponível aqui. A consulta decorre até dia 15 de Setembro.

O comissário responsável pelo Ambiente, Janez Potoènik, explicou que “o abastecimento seguro de água potável de boa qualidade em toda a UE é um resultado importante obtido pela legislação da UE. Mas temos de enfrentar os desafios futuros e responder às preocupações expressas no âmbito da presente iniciativa de cidadania europeia”.

“A conclusão desta primeira iniciativa bem-sucedida, em que a Comissão expôs a forma como tenciona responder, constituiu, na realidade, apenas o início do processo. Agora estamos a começar a cumprir as nossas promessas. Esta é uma nova prova do impacto real que uma iniciativa de cidadania europeia pode ter no processo de decisão europeu”, declarou o vice-presidente e comissário responsável pelas Relações Interinstitucionais e Administração, Maros Sefèoviè.

Dez recomendações
A aproximação do verão traz consigo um aumento da preocupação com o peso e com a imagem corporal.
Perder peso

Existem alguns princípios básicos a seguir para que a perda de peso seja saudável:

1. A perda de peso é um processo que tem implicações na saúde. As oscilações bruscas de peso associadas a dietas mal sucedidas podem ser perigosas. Só avance se tiver a motivação e a equipa certa para dar o primeiro passo.

2. Confira o seu grau de motivação. A perda de peso implica modificações sérias no dia-a-dia e a longo prazo. Reflicta primeiro se quer modificar a sua alimentação e a sua actividade física, se tem condições para o fazer, nas dificuldades que poderão surgir e como ultrapassá-las.

3. Avance com o apoio de um profissional. Faça essa discussão prévia com um profissional de saúde especializado devidamente credenciado, por exemplo, pela Ordem dos Nutricionistas ou dos Médicos. Perder peso com sucesso implica um plano individualizado e o seguimento atento e cuidadoso de um especialista durante vários meses.

4. Envolva a sua família e amigos. O apoio familiar neste processo de perda de peso é vital, uma vez que facilita a aquisição de hábitos de vida saudável e evita recaídas (por exemplo: disponibilizar em casa alimentos saudáveis para todos e organizar caminhadas em família).

5. Faça uma avaliação prévia e detalhada dos seus hábitos alimentares e de actividade física. Quanto mais se afastar da rotina diária e dos seus gostos e preferências mais difícil será prolongar com sucesso uma "dieta". Deve distribuir as várias refeições ao longo do dia, em horário regular, não se esquecendo do pequeno-almoço e prevendo de forma cuidada situações inesperadas como fins-de-semana ou festas.

6. Desconfie de planos alimentares monótonos ou de substâncias milagrosas. Dietas da sopa, de frutas ou outras que não integram ou restringem fortemente determinados alimentos, são perigosas a médio prazo pois reduzem a disponibilidade de nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Infelizmente, ainda não existe, uma substância ou medicamento capaz de, por si só, fazer perder peso de forma eficaz, duradoura e sem riscos para a saúde.

7. O aumento da actividade física é decisivo. Se tiver possibilidade de ter apoio ao nível da actividade física a possibilidade de sucesso aumenta. Por vezes, a companhia de outras pessoas com os mesmos objectivos é determinante. Recomenda-se para a perda de peso e a acompanhar a dieta, pelo menos 30 a 60 minutos de atividade física moderada, 5 dias por semana.

8. Defina prazos e objectivos realistas com o profissional de saúde. Rejeite metas impossíveis. Para quem tem peso excessivo, uma perda gradual de 5 a 10% do peso inicial (0,5 a 1Kg por semana), já traz benefícios de saúde e é um objectivo realista.

9. Ajude a modificar o espaço que o rodeia. O ambiente alimentar que nos rodeia é por vezes o maior obstáculo a uma alimentação saudável. Insista para que exista água disponível no seu local de trabalho. Peça pão de mistura no seu café. Se der uma festa para crianças disponibilize fruta de forma atractiva.

10. Prepare-se e não desanime. Lembre-se que em qualquer processo de mudança de hábitos alimentares o sucesso pode demorar. Vai ter, certamente, várias fases de desânimo e momentos de insucesso em que lhe vai apetecer desistir. Aprenda a lidar com estes momentos. No final deste processo pretende-se que tenha menos peso, mas acima de tudo, que tenha mais saúde e aprenda a gostar do seu corpo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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