MAR Shopping
Realiza-se nos dias 5 e 6 de Julho a iniciativa lúdica “Olá Bebé” garantindo diversas actividades para os pais e seus rebentos.

Pensado para elucidar os recém-papás acerca da estimulação sensorial dos bebés, através de música para bebés, massagem, leitura e até linguagem gestual, o evento “Olá Bebé”, surge em parceria com a Mamãs e Bebés e vai realizar-se no fim-de-semana de 5 e 6 de Julho, no Atrium do MAR Shopping, garantindo diversas actividades para os pais e seus rebentos.

A iniciativa lúdica, destinada às famílias, promete fazer emergir o maravilhoso potencial do bebé, através de aulas demonstrativas de Baby Yoga, Baby Sense, Baby Gym e Massagem Shantala, orientadas por profissionais especializados na área de obstetrícia e pediatria. “Olá Bebé” conta também com a presença de algumas lojas do sector infantil do MAR Shopping e de sessões fotográficas gratuitas para grávidas.

Nas sessões fotográficas dedicadas às futuras mães vai ser oferecida uma fotografia de recordação da gravidez. E, atenção, porque a grávida com o set mais original habilita-se a ser capa da revista Mamãs e Bebés!

As inscrições, que também funcionam por ordem de chegada, podem ser feitas através do e-mail [email protected].

 

Programação:

5 de Julho

10h00 às 21h00 | Sessão fotográfica durante todo o evento

 

10h30 | Babyoga I

11h00 | Workshop no Fórum FNAC sobre cuidados básicos ao bebé

11h30 | Babyoga II

12h30 | Babyoga III

15h00 | Música para Bebés

16h00 | Baby Sense

17h00 | Massagem Shantala

 

6 de Julho

10h00 às 19h00 | Sessão fotográfica durante todo o evento

 

10h30 | Baby Gym

11h30 | Nariz Limpinho para um Bom Soninho!

12h30 | Música para Bebés

15h00 | Babyoga I

16h00 | Babyoga II

17h00 | Babyoga III

 

Sobre o Inter IKEA Centre Group

O Inter IKEA Centre Group (IICG) é líder na indústria de centros comerciais na Europa e na China. A empresa desenvolve e gere projectos que integram sempre uma loja IKEA, tal como acontece em Matosinhos com o MAR Shopping. Com sede em Copenhaga, o IICG tem actualmente 30 centros comerciais em operação e 16 em desenvolvimento na Alemanha, China, Eslováquia, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, República Checa e Suíça. Anualmente, os centros comerciais do IICG são visitados por 100 milhões de pessoas.

 

19 a 24 de Julho, Parque de Campismo de Montargil
Capacitar os jovens a gerir a diabetes é o principal objectivo da Colónia de Férias que a Associação de Jovens Diabéticos de...

Com o objectivo de capacitar os jovens a gerir a diabetes, a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) organiza de 19 a 24 de Julho, no Parque de Campismo de Montargil, no distrito de Portalegre, uma colónia de férias de Verão para jovens dos 10 aos 18 anos.

São inúmeras as actividades planeadas pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), no regresso a Montargil, para dinamizar o verão dos jovens com diabetes: desportos radicais, caminhadas, orientações, jogos e tempos de lazer. Durante seis dias, os jovens adquirem conhecimentos práticos e expandem o seu à-vontade com a diabetes através da partilha de experiências que permitem uma aprendizagem constante, enquanto se divertem nas actividades programadas pela associação em colaboração com a Mil Aventuras e os seus monitores.

“Independentemente da modalidade escolhida, a prática desportiva traz muitos benefícios aos jovens com diabetes - coloca desafios que trazem auto-confiança ao serem conquistados, estimula o trabalho em equipa, desenvolve as capacidades sociais e contribui para um estilo de vida saudável” refere Carlos Neves, presidente da AJDP.

As inscrições devem ser realizadas até ao dia 7 de Julho, através do preenchimento da ficha de inscrição e respectivo envio para o -email [email protected], com o título "Colónia AJDP".

Ficha de inscrição: https://dl.dropboxusercontent.com/u/21595444/Inscricao_ColoniaAJDP_2014.pdf

 

Prémio João Cordeiro
O período de apresentação das candidaturas para a primeira edição do “Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia” termina no...

Promovido pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), o prémio destina-se a apoiar projectos originais no âmbito da intervenção e do conhecimento em Saúde, que incentivem à inovação e desenvolvimento nas farmácias portuguesas.

Mais do que um reconhecimento, o “Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia” conta com um conjunto de características que o tornam único em Portugal. Pelo impacto prático e valor real acrescentado no universo das farmácias, por ser dirigido a entidades de qualquer sector profissional e não só a farmacêuticos e por não premiar realizações passadas mas projectos a concretizar.

A ser atribuído pela primeira vez em 2014 e com uma periodicidade anual, configura a aposta da ANF na concretização dos projectos vencedores para os quais está destinado o valor de 20 mil euros.

Os trabalhos seleccionados serão avaliados por um júri independente presidido por Diogo de Lucena e composto por um conjunto de personalidades de relevo em várias áreas, sobretudo atentas às questões do empreendedorismo e inovação.

Ao atribuir ao Prémio o nome de João Cordeiro, a ANF presta também homenagem à visão empreendedora do líder histórico das farmácias, para que o seu exemplo seja um estímulo ao desenvolvimento do sector. A sessão pública de entrega do Prémio da edição de 2014 terá lugar em Outubro.

Fique a conhecer mais sobre o prémio, categorias, júri e regulamento em:

www.premiojoaocordeiro.pt

 

Se viajar para fora da Europa
Se vai viajar para fora da Europa, deve tomar algumas precauções de forma a não colocar a saúde em risco. A consulta do...

De acordo com Ivo Barata, responsável pela Consulta do Viajante do Hospital Nossa Senhora da Arrábida, “o contacto com novos ambientes, faz com que muitas vezes o viajante fique exposto a agentes transmissores de doenças, bem como a climas e altitudes diferentes do habitual e, por esse motivo, recomenda-se que procure uma destas consultas para prevenir situações de risco”.

“A consulta deve ser marcada entre 4 a 6 semanas antes da data prevista de partida, principalmente em casos em que é necessária a vacinação. O viajante deverá trazer consigo o boletim de vacinas e da lista dos medicamentos que toma regularmente”, acrescenta.

Ao planear uma viagem, torna-se necessário ter em conta outras precauções, nomeadamente ao nível da alimentação. Os alimentos devem ser maioritariamente cozinhados, com excepção da fruta que, nesse caso, pode ser descascada e seguidamente ingerida. Os restantes alimentos devem ser consumidos imediatamente após o processo de confecção e a compra dos mesmos, na rua, deve ser evitada.

Em muitos países, a água é imprópria para consumo, pelo que um dos conselhos dos especialistas para colmatar este problema, passa por ferver a água. Caso não seja possível realizar a fervura da água, poderá usar-se um desinfectante. Depois deste processo, a água pode beber-se e ser utilizada para cozinhar ou lavar os dentes.

Quando se viaja de avião, os pais dos bebés, com menos de sete dias de idade, devem estar especialmente atentos aos riscos a que estes estão sujeitos, pois os bebés são considerados viajantes com necessidades especiais. As alterações da pressão do ar e a desidratação são alguns dos factores a ter em conta para este grupo etário.

A consulta do viajante permite aos viajantes obter informações específicas sobre as várias medidas a adoptar, sendo realizada por médicos especialistas em doenças infecciosas, que disponibilizam todas as informações sobre vacinação e cuidados necessários, tendo em conta o destino da viagem.

O Hospital Nossa Senhora da Arrábida é uma completa unidade de cuidados de saúde dirigida a toda a população. Dispõe de mais de 100 camas para internamento de curta e longa duração, consultas médicas em mais de 30 especialidades, um Centro de Fisioterapia e Reabilitação, uma Unidade Autónoma de Pediatria, e uma Unidade de Apoio Domiciliário. Esta unidade hospitalar pertence à Santa Casa da Misericórdia de Azeitão.

 

Estudo americano aponta
...

A pesquisa analisa a associação entre viver perto de um lugar onde são usados pesticidas e os nascimentos de crianças autistas, apesar de não deduzir uma relação de causa e efeito.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que atinge uma em cada 68 crianças nos EUA. Um número crescente em relação a 2000, quando a desordem afectava uma em cada 150 crianças americanas.

Os cientistas compararam dados sobre a utilização de pesticidas na Califórnia na residência de 1.000 pessoas que participaram de um estudo de famílias com crianças autistas. “Observamos onde viviam os participantes do estudo durante a gravidez e no momento do nascimento”, explicou um dos autores do estudo, Irva Hertz-Picciotto, vice-presidente do departamento de Ciências e Saúde Pública da Universidade Davis da Califórnia.

“Constatamos que foram utilizados vários tipos de pesticidas, na sua maioria perto das casas onde as crianças desenvolveram autismo ou distúrbios cognitivos”.

Cerca de um terço dos participantes do estudo vivia entre 1,25 e 1,75 quilómetros de onde foram usados pesticidas.

Os investigadores também descobriram que os riscos foram maiores quando o contacto com o pesticida deu-se entre o segundo e o terceiro mês de gravidez. O desenvolvimento do cérebro do feto poderia ser particularmente sensível a pesticidas, de acordo com os autores do estudo.

“Este estudo confirma os resultados de pesquisas anteriores que constataram ligações na Califórnia entre o facto de uma criança ter autismo e estar exposto a produtos químicos agrícolas durante a gravidez”, indicou Janie Shelton, co-autora do estudo.

“Apesar de ainda termos que ver se alguns subgrupos são mais sensíveis do que outros a exposição a pesticidas, a mensagem é clara: as mulheres grávidas devem prestar atenção e evitar qualquer contacto com produtos químicos agrícolas”.

Os resultados do estudo foram publicados na revista Environmental Health Perspectives.

 

Estudo revela:
Já se sabe que dormir sem retirar a maquilhagem é um hábito que pode danificar a pele, mas poucos sabem que deixar a limpeza na...

O Demodex folliculorum é uma espécie de ácaro parasita que vive nos folículos capilares e glândulas sebáceas dos seres humanos. A criatura é encontrada mais vulgarmente em adultos, que produzem maior quantidade de sebo do qual o Demodex se alimenta.

Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida, chefe do Sector de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, a presença desses ácaros é mais comum em mulheres por causa do uso de maquilhagem. O especialista alerta que é preciso retirar os produtos utilizando sabonetes e produtos desmaquilhantes. “Não há problema em usar maquilhagem e cremes, contanto que se faça a higiene correcta ao redor dos olhos”, diz Richard Yudi Hida.

Embora o ser humano consiga conviver com estes organismos no corpo, esta espécie em particular pode causar algumas inflamações na pele, como a blefarite, cujos sintomas são comichão ao redor das pálpebras, sensação de areia nos olhos e incomodo à luz. A doença não é contagiosa e pode estar associada à repetição de terçóis, calázios, conjuntivites e a sensação de olho seco.

O diagnóstico só pode ser feito por um especialista, através de um exame detalhado das pálpebras. O tratamento é feito com uma limpeza cuidadosa da região afectada, com produtos específicos. Em alguns casos, o tratamento pode incluir medicação por via oral.

Por outro lado, o oftalmologista Flávio Rangel, presidente do Instituto de Oftalmologia IOFRAN, alerta para o facto de que o “excesso de higienização” também pode ser prejudicial e pode favorecer a proliferação do ácaro de outros organismos. “O ideal seria evitar o uso de maquilhagem diariamente, não pela maquilhagem, mas porque o uso contínuo do desmaquilhante pode retirar as protecções naturais da pele”, afirma o médico.

Os especialistas alertam que o uso de itens de maquilhagem não são os únicos a aumentar a oleosidade na região dos olhos. Cremes hidratantes e protectores solares, quando não são retirados correctamente, também deixam resquícios dos quais os ácaros podem se alimentar.

“Cumprimentar pessoas, passar as mãos em animais e receber notas, também transmitem os ácaros”, diz Rangel. O especialista afirma que é impossível não estar em contacto com esses organismos, mas que o importante é que eles estejam em equilíbrio com os outros que estão em contacto com a pele.

 

Infarmed
Infarmed emite nota de imprensa sobre acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica.

Os Ministérios das Finanças, representado pela Ministra de Estado e das Finanças, da Saúde, representado pelo Ministro da Saúde, e a Indústria Farmacêutica, por intermédio da APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, representada pelo seu Presidente e Vice-Presidente da Direção, adiante conjuntamente designados por Partes, acordam em implementar as medidas previstas no presente Acordo com vista a contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e garantir o acesso ao medicamento.

Considerando:

A estabilidade legislativa e regulamentar assumida no Acordo celebrado em 14 de Maio de 2012 e a manutenção da necessidade de garantir a sustentabilidade orçamental e financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente por ajustamento da despesa pública com medicamentos aos padrões médios dos países da União Europeia, mantendo a estabilidade alcançada pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro acordado entre o Estado português, a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE);

A importância de continuar a garantir uma convergência de esforços entre as instituições públicas e os agentes económicos, de modo a que o esforço nacional de redução da despesa pública permita a manutenção de elevados padrões de acessibilidade dos doentes às melhores terapêuticas, bem como a prestação, tendencialmente gratuita, de cuidados de saúde aos cidadãos;

Que a Indústria Farmacêutica, representada pela APIFARMA, se encontra disponível para manter a colaboração com o Estado português através de um contributo financeiro com vista a garantir a sustentabilidade do SNS e o acesso dos doentes a novas terapêuticas;

A importância em continuar a garantir, num contexto de redução sustentada da despesa pública com medicamentos, a manutenção do acesso dos doentes a produtos inovadores, a preços resultantes dos mecanismos legais existentes e em prazos de entrada no mercado que respeitem a legislação em vigor.

 

Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Segundo um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a mortalidade por doença cardiovascular aumentou 500% nos...

Um estudo liderado por Paula Freitas, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), revela que a mortalidade por doença cardiovascular aumentou 500% nos doentes portugueses com VIH/sida nos últimos 24 anos. A mesma investigação revela também que a prevalência de mortalidade por doença cerebral duplicou neste grupo de doentes.

O trabalho em causa – galardoado com o 3.º lugar do Prémio Janssen Virologia ‘14 – avaliou a prevalência das hospitalizações por doença cerebral e doença cardiovascular e respectiva mortalidade em pacientes com VIH /sida, desde 1989.

Os dados foram comparados com os registados em pacientes não-infectados. Paralelamente, a equipa de investigação tentou perceber o impacto da introdução do cART (terapêutica anti-retrovírica combinada), em 1987, nas hospitalizações por patologia cerebral e cardiovascular deste grupo de doentes.

Segundo a coordenadora do estudo, “a mortalidade associada ao VIH diminuiu drasticamente nos últimos anos. Contudo, estes doentes têm uma prevalência aumentada de alterações metabólicas, nomeadamente, insulino-resistência, diabetes, dislipidemia e também hipertensão arterial, que aumentam o risco de doença cardiovascular”.

Por outro, esclarece a investigadora, “a existência do próprio vírus e o inerente estado de inflamação podem potenciar o risco de doença cerebral e cardiovascular. E factores como o envelhecimento e o facto de a infecção pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) se tornar uma doença crónica, faz com que estes doentes fiquem sujeitos às influências do ambiente mais tempo: sedentarismo, má prática alimentar, tabagismo e envelhecimento, que também estão associados a estas patologias”.

Os autores deste trabalho consideram que o conhecimento destes novos dados pode servir para promover uma intervenção mais precoce, de modo a reduzir o risco de desenvolvimento de doença cerebral e cardiovascular nos doentes infectados pelo VIH/sida.

A endocrinologista Paula Freitas salienta que houve uma mudança de paradigma. “Há alguns anos, o objectivo era manter o doente vivo, e, hoje, o objectivo é reduzir o risco de complicações associadas. Assim, o tratamento da dislipidemia, da hipertensão, da diabetes, a promoção da cessação tabágica e de estilos de vida saudáveis, provavelmente, poderá acrescentar anos de vida com qualidade a estes doentes”.

 

Estudo da Entidade Reguladora da Saúde
Maioria dos médicos dentistas não considera adequado o número e o valor dos cheques-dentista atribuídos, refere estudo da...

O Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNPSO), que consiste na atribuição de cheques-dentista a grupos mais vulneráveis da população, deveria ser alargado também às crianças e jovens que frequentam escolas privadas, aos idosos não beneficiários do complemento solidário e ainda às grávidas que não são seguidas no Serviço Nacional de Saúde. Esta é uma das falhas apontadas pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) num estudo sobre "acesso, concorrência e qualidade" do plano e que esta quarta-feira foi divulgado.

“Embora a escolha dos grupos de beneficiários do PNPSO se encontre justificada com base na vulnerabilidade em termos de saúde oral, a universalidade e a equidade no acesso podem ser questionadas”, defende a ERS nas conclusões do estudo, sublinhando que não são abrangidos “determinados indivíduos que pertenceriam aos grupos de beneficiários se estes fossem definidos em sentido lato (crianças e jovens, grávidas, idosos e utentes com VIH/sida)”. As crianças de 7, 10 e os jovens de 13 e de 16 anos que frequentam as escolas públicas têm direito a receber estes cheques no valor de 35 euros cada.

No estudo são ainda destacados outros limites deste plano, como os que se prendem com a definição de um número máximo de cheques-dentista a atribuir a cada grupo. A ERS acrescenta, aliás, que a maioria dos médicos dentistas considera que o número de cheques e o valor destes “não são compatíveis com as necessidades dos beneficiários”.

Defende ainda que o número de higienistas orais, que podem por exemplo aplicar selantes e flúor, “é residual” nos centros de saúde e que também não é suficiente o número destes profissionais para, "em ambiente escolar, sinalizarem" as crianças que necessitam de tratamentos.

 

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação lança hoje nos centros de saúde de todo o país uma campanha de informação...

“Esta campanha insere-se num programa do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), que está a fazer tudo para aumentar o número de dadores de transplantes em Portugal. O instituto quer também dar a liberdade aos portugueses que não querem doar os seus órgãos depois de morrer”, salientou Ana França, coordenadora do projecto.

Ana França, coordenadora da área da transplantação do IPST, explicou que o Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA) foi criado em 1994 com o objectivo de viabilizar um eficaz direito de oposição à dádiva.

“Todos os cidadãos nacionais residentes que não estejam inscritos no RENNDA são considerados possíveis dadores de órgãos e tecidos”, lembrou.

A mesma responsável explicou que a campanha é lançada hoje nos centros de saúde de todo o país com a colaboração das Administrações Regionais de Saúde (ARS).

“Vão ser distribuídos cartazes informativos sobre como as pessoas se podem registar. Destina-se ao público em geral, mas também aos profissionais dos centros de saúde, uma vez que é nesses serviços que é feita a inscrição”, esclareceu.

De acordo com Ana França, a campanha visa informar os cidadãos sobre a possibilidade de não ser dador e assegurar que, caso opte por ser dador, “alguém ficará grato”.

“As pessoas podem registar-se nos centros de saúde. O IPST não tem acesso à base dados, só quando existe um possível dador se vai confirmar junto da mesma”, explicou.

Ana França adiantou ainda que, desde a sua criação em 1994, o número de inscritos tem-se mantido estável, com 37.580, correspondendo a 0,36% da população portuguesa.

 

No Parlamento
Mais médicos de família e enfermeiros para o Algarve, o bom trabalho que está a ser feito pela Inspecção Geral das Actividades...

O ministro da Saúde anunciou hoje no Parlamento a contratação de 45 enfermeiros, bem como de médicos e medicina geral e familiar e de outras especialidades, para a região do Algarve, para onde serão ainda deslocados profissionais de saúde estrangeiros.

Paulo Macedo respondia na Comissão Parlamentar de Saúde a questões da oposição relacionadas com a falta de recursos humanos nas unidades de saúde do Algarve, denunciada recentemente pela ordem dos Médicos.

"Mais uma vez abrimos um número significativo de vagas. Tem havido um esforço como nunca houve no passado: médicos de outras nacionalidades que serão destinados ao Algarve, mais 45 enfermeiros, mais médicos de Medicina Geral e Familiar e médicos de outras especialidades, para o Algarve", disse o ministro.

 

85 inquéritos de fraude em investigação

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, voltou a destacar o bom trabalho que está a ser feito pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS), Polícia Judiciária e Ministério Público. É que as suspeitas de fraudes com medicamentos já levaram a IGAS e as autoridades a abrir 21 inquéritos este ano.

"Já este ano foram instaurados 21 inquéritos, 40 arguidos e há 85 inquéritos em investigação", afirmou Paulo Macedo aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde. Em causa estão suspeitas de fraudes com medicamentos.

 

Código de ética para a saúde avança em Julho

Paulo Macedo anunciou ainda que o novo Código de Ética para a Saúde vai estar “mais uns dias” em consulta pública, mas espera que o diploma seja publicado nos primeiros dias de Julho.

Depois da polémica gerada em torno do novo código de ética, o ministro da Saúde estendeu o prazo de consulta pública do documento. Na comissão parlamentar de Saúde, Paulo Macedo justificou a decisão com a vontade da tutela de que “não restem dúvidas sobre o facto de o ministério não pretender nem directa nem indirectamente cortar a liberdade de expressão”.

Recorde-se que o código de ética, apelidado de lei da rolha, tem sido muito contestado pelos profissionais da saúde pelas limitações que impõe na sua primeira versão. Os médicos ficam proibidos de denunciar situações que se passem nas unidades de saúde, segundo o documento para salvaguardar o bom nome das instituições.

Questionado por toda a oposição, o ministro, afastou a questão de haver limitações impostas aos profissionais e acrescenta que “tem de haver mecanismos para a denúncia de casos e isso continuará a ser feito”.

 

III Inquérito Nacional Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral 2012
O estudo, feito no âmbito do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2012, introduz...

O presidente do organismo de combate à droga em Portugal, João Goulão, defendeu que os comportamentos aditivos na população idosa exigem “cada vez maior atenção” e uma reflexão acerca das “respostas possíveis” para combater este problema.

O estudo, feito no âmbito do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2012, introduz pela primeira vez à análise dos dados a questão dos consumos na população laboral e conclui que o consumo destas substâncias é maior entre esta população laboral quando comparada com a população geral.

A investigação, promovida pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e das Dependências (SICAD), analisou o consumo diário de tabaco, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de medicamentos no último mês e o uso de substâncias ilícitas no último ano.

Os desempregados e os trabalhadores precários e insatisfeitos profissionalmente registam maiores consumos excessivos de álcool, tabaco, medicamentos e drogas, revela um estudo divulgado, esta quarta-feira, e que, pela primeira vez, analisa o consumo de substâncias psicoactivas na população laboral.

O consumo de bebidas alcoólicas atingia os 53,2% da população laboral (50,3% na população geral) e o de tabaco situava-se nos 30 por cento (26,3% na população geral).

O estudo, que tem uma amostra de 6.817 entrevistas validadas no continente, Açores e Madeira, e inclui na população laboral os desempregados, revela consumos superiores de álcool (22,9% entre os homens contra 20,7 nos empregados), tabaco (53,3% entre os homens contra 33,8% nos empregados).

Também entre os trabalhadores a tempo parcial, a prevalência destes dois consumos é superior à dos trabalhadores a tempo inteiro.

O consumo diário de tabaco atinge os 56,2% entre os trabalhadores homens (22,4% nas mulheres) a tempo parcial e o consumo excessivo de álcool os 20,3% (4,9% nas mulheres), contra os 35,9 (20,8 nas mulheres) e os 19,6 por cento (4,9% das mulheres) dos trabalhadores a tempo inteiro.

Entre os 1 e 3 anos de idade
Habitualmente o vómito em si não é causa de alarme, tratando-se de uma situação transitória.
Vómitos na criança

Nas crianças o vómito pode ser frequente e, habitualmente, trata-se de uma situação transitória. No entanto, em alguns casos pode indicar um problema mais sério, principalmente quando vomita muito e perde líquidos podendo ficar desidratada. Nesta altura é muito importante repor os líquidos perdidos e evitar a desidratação. Deve por isso estar atenta a qualquer sinal de desidratação: letargia, boca seca, diminuição do xixi, ausência de lágrimas, etc..

Existem à venda nas farmácias soluções especiais para hidratar, ou pode simplesmente optar por dar pequenas quantidades de água a cada meia hora. As bebidas frias ou geladas "ficam" mais facilmente no estômago do que bebidas mornas ou quentes. Mesmo que a criança queira mais, vá dando aos pouquinhos, para não precipitar um novo vómito e assim perder tudo o que já tomou.

Quando a criança tiver conseguido tomar duas ou três dessas doses sem vomitar, passe a dar leite materno ou fórmula de leite em pó mais diluída, e aumente a quantidade a cada três ou quatro horas.

No caso das crianças maiores, pode dar-lhe algum alimento sólido leve se ela quiser (bolacha simples, arroz de frango, canja).

No caso de o vómito não parar com estas medidas então deve procurar o pediatra.

Quando o vómito é perigoso

Há situações muito específicas em que o vómito pode indicar algo de grave, porém não são a regra. Quando o vómito é acompanhado de muita dor ou inchaço abdominal e embora a criança possa não conseguir descrever onde exactamente o incomoda, deve conseguir perceber que algo não está certo.

Dores fortes podem indicar um bloqueio intestinal e nesse caso deve consultar o pediatra com urgência. Também não é bom sinal quando a cor do vómito for verde (bílis) de cor escura ou mesmo com sangue.

Vomitar mais de uma vez após sofrer algum ferimento na cabeça ou queda pode indicar a existência de traumatismo e nestes casos deve procurar os serviços de urgência. Igualmente os vómitos, acompanhados ou não por letargia e irritação, dor ou falta de mobilidade no pescoço são sintomas graves e clássicos de meningite.

A ingestão de produtos tóxicos (como, por exemplo, produtos de limpeza ou remédios de adultos) também pode provocar vómitos e requer cuidados urgentes.

Voltar a comer normalmente

Se a criança não vomitar durante 12 horas, pode retomar a alimentação normal, mas deve ter a preocupação de continuar a ingestão frequente de líquidos. Pode preferir por dar alimentos mais fáceis de digerir, como frutas, torradas ou papas leves, mas a recomendação é que assim que a criança estiver melhor, volte a comer os alimentos do dia-a-dia, para apressar a recuperação devido à reabsorção dos nutrientes de que o corpo precisa.

Dormir também pode ajudar a acalmar e a diminuir os vómitos. O conteúdo do estômago muitas vezes é transferido para o intestino durante o sono, o que reduz a vontade de vomitar.

Por fim, lembre-se que a administração de medicamentos só deve ser feita sob orientação médica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
A doença esquecida
O cancro da mama é, por natureza, uma doença normalmente associada apenas ao sexo feminino.
Cancro mama homem

Associado maioritariamente ao sexo feminino, o cancro da mama também afecta os homens. De acordo com as estatísticas, cerca de 300 indivíduos do sexo masculino são anualmente diagnosticados com esta doença, que é mais comum em homens com mais de 60 anos.

O cancro de mama masculino é significativamente mais raro do que a forma feminina da doença, mas ainda assim em cada 4500 novos casos de cancro da mama 1% são de homens. Os sintomas da doença são praticamente os mesmos que nas mulheres tal como o tratamento. O que difere muito, no entanto, é a consciência entre os homens que a doença existe e que podem ser afectados por ela. Isto deve-se ao facto de que a grande maioria da informação sobre a consciencialização do cancro da mama é dirigido a mulheres, por isso é frequentemente muito difícil para os homens enfrentar e aceitar o diagnóstico da doença.

A maioria dos homens ou desconhece de todo que pode ser afectado pela doença ou sabendo-o evita falar dela como um tema tabu e isso pode levar a um diagnóstico tardio, algo que muitas vezes pode ser fatal. Entre os homens, afectados pelo cancro de mama, normalmente entre si não dizem que têm cancro de mama, referindo-se à doença como “cancro do peito”.

Apesar do cancro de mama feminino ser o foco principal das campanhas de sensibilização sobre esta doença, são também feitos estudos na forma masculina, cujas causas são ainda desconhecidas. Estão a ser desenvolvidos estudos sobre o cancro da mama no sexo masculino, uma situação que não se apresenta fácil devido ao número relativamente pequeno de casos por ano. Contudo, estes estudos são importantes pois não existem dados suficientes quando comparado com o número de estudos sobre o tratamento da doença em mulheres.

Embora exista a consciência mesmo que limitada que o cancro de mama pode afectar os homens, é importante notar que a grande maioria dos nódulos da mama nos homens não são malignos e que os resultados globais para o tratamento de cancro de mama estão a melhorar. Porém, existe ainda um vasto trabalho para desenvolver, quer na prevenção e informação ao público em geral sobre esta doença nos homens quer no apoio prestado aos que estão a enfrentar a doença.

Mantenha-se informado das mais recentes notícias sobre investigação do cancro de mama masculino, medicamentos e tratamentos direccionados ao homem, conselhos de nutrição e muito mais.

Previna-se, fazendo exercício regularmente, mudando o seu estilo de vida e alimentação, evitando o consumo excessivo de álcool e olhando o seu corpo como o seu melhor amigo.

Em caso de aparecimento de um nódulo na mama, alteração no formato do mamilo, secreção ou feridas no mamilo, deve procurar de imediato o seu médico de família para que este o encaminhe a consulta de especialidade. Não descure estes sinais de alerta, pois informação, formação e atenção podem salvar-lhe a vida e evitar sofrimento desnecessário.

Identifique os principais factores de risco

  • Exposição a radiações
  • Obesidade
  • Herança genética
  • Elevados níveis de estrogénio
  • Síndrome de Kleinfelter
  • Idade superior a 60 anos
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba mais sobre
O Sistema Nacional de Vigilância de Dispositivos Médicos visa monitorizar o comportamento de um disp
Dispositivos Médicos

Um dispositivo médico é um produto destinado a uma finalidade médica ou de diagnóstico, desde que a mesma não seja alcançada por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos.

São exemplos de dispositivos médicos os materiais de pensos, os instrumentos médico-cirúrgicos e a grande maioria dos equipamentos hospitalares e de diagnóstico.

Normalmente, apenas quando é utilizado em larga escala pelos profissionais de saúde ou directamente pelos doentes é possível detectar possíveis problemas que através da notificação podem ser prontamente analisados e resolvidos.

Em Portugal cabe ao Infarmed garantir o correcto processo de supervisão do mercado dos dispositivos médicos e a manutenção do Sistema Nacional de Vigilância de Dispositivos Médicos.

Vigilância de dispositivos médicos

Porquê monitorizar?
A utilização em larga escala de um dispositivo médico permite identificar (ou confirmar) potenciais falhas de qualidade, desempenho e segurança, determinar se há quaisquer riscos inerentes à sua utilização ou se existem erros associados que importa corrigir.

Quem são os intervenientes?
No sistema de vigilância de dispositivos médicos devem estar envolvidos as autoridades competentes (em Portugal, o Infarmed), os utilizadores (profissionais de saúde ou não) e os fabricantes e distribuidores deste tipo de produtos.

Objectivos da vigilância de dispositivos médicos?
Este sistema de vigilância tem como finalidade minimizar os riscos da utilização de dispositivos médicos e assegurar a implementação de medidas preventivas e correctivas. Por outro lado, são objectivos desta vigilância incentivar a notificação de incidentes com dispositivos médicos e reunir, tratar e partilhar a informação daí resultante.

Qual a importância do Sistema Nacional de Vigilância?
A estimativa do risco pode ser aperfeiçoada ao longo do processo de concepção de um qualquer dispositivo médico e tornada mais exacta aquando da construção do protótipo funcional.

No entanto, nenhum modelo pode substituir os dispositivos médicos reais nas mãos dos utilizadores e na persecução dos objectivos a que estes se destinam. É neste manuseamento que todos os perigos potenciais se tornam reais.

Assim, o Sistema Nacional de Vigilância de Dispositivos Médicos revela-se uma importante fonte de detecção, recolha e partilha de informação relacionada com potenciais problemas.

Esta acção de vigilância e monitorização, não tem inerente uma perspectiva culpabilizadora de qualquer um dos intervenientes neste processo.

Esta actividade assenta sobretudo numa atitude assertiva na análise dos potenciais problemas e visa a obtenção de vantagens para o paciente e utilizador ao nível da segurança do uso de dispositivos médicos.

Como notificar?
O Infarmed encoraja a notificação de incidentes com dispositivos médicos, mesmo em situações de incerteza quanto à relação causal entre o evento observado e o produto associado.

Normalmente os responsáveis pela notificação ao Infarmed de incidentes com dispositivos médicos são os fabricantes, devendo também os distribuidores colaborar neste processo, disponibilizando toda a informação que possuam.

No entanto, o Infarmed recomenda a notificação de qualquer tipo de incidente a todos os utilizadores, em particular os profissionais de saúde.

A notificação poderá ser feita junto da Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed nos seguintes contactos: 

Parque da Saúde de Lisboa
Av. do Brasil, nº 53 Pavilhão 17A
1749-004 Lisboa
Telefone: 217 987 145
Fax: 217 987 367
E-mail: [email protected]

Notificação
Todo o processo de vigilância referido anteriormente é alimentado pelas informações decorrentes das diferentes notificações de suspeitas de incidentes. 

O que Notificar?
Devem ser notificadas ao Infarmed todas as suspeitas de que um dispositivo médico possa estar relacionado com um acontecimento grave que:

  • Seja fatal;
  • Ponha a vida em risco;
  • Provoque incapacidade de uma função orgânica;
  • Provoque lesão duradoura de uma estrutura corporal;
  • Hospitalização ou prolongamento de internamento;
  • Incapacidade permanente ou significativa;
  • Requeira intervenção médica para prevenir lesão;
  • Provoque sofrimento ou morte fetal, anomalia congénita ou má-formação à nascença;
  • Provoque dano indirecto, na sequência de um diagnóstico incorrecto, relacionado com um dispositivo médico.

Estas situações podem surgir na sequência de uma falha técnica, disfunção de um dispositivo médico ou imprecisão, insuficiência de informação contida na sua rotulagem ou instruções de utilização.

Outras situações referentes a não conformidades e que não sejam abrangidas pelo sistema de vigilância deverão ser também notificadas ao Infarmed para que possam ser acompanhadas e reposta a conformidade.

Exemplos de Notificações

  • Sistema de glicemia que utilizado de acordo com as instruções fornecem valores de glicemia incorrectos, podendo originar uma situação de hipoglicémia.
  • Solução para portador de lentes de contacto, utilizada de acordo com as instruções de utilização, provoca queimadura ocular.
  • Situações alérgicas graves decorrentes da utilização de dispositivos médicos.
  • Encontram-se partículas de vidro no frasco de uma lente de contacto.

Consequências das Notificações
Da análise a uma notificação de um incidente com um dispositivo médico podem resultar diferentes medidas, entre elas:

  • Recolha ou modificação, incluindo alterações à rotulagem e/ou folheto informativo;
  • Troca ou destruição;
  • Informação do fabricante ao utilizador sobre possíveis alterações das condições de uso e manuseamento.
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
APED promove
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor vai promover no próximo dia 27 de Junho, entre as 9h e as 17h30, o workshop ...

Este workshop tem como principal objectivo a promoção dos conhecimentos técnicos básicos na ecografia de intervenção no tratamento da dor. É destinado aos médicos que desempenham funções nas Unidades de Dor e que têm interesse nos tratamentos invasivos, no âmbito da medicina da dor.

De acordo com Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “este curso contará com uma componente teórica e fundamentalmente prática sobre a aplicação da ecografia no tratamento da dor aguda e crónica. Os formandos têm a oportunidade de efetuar o treino de scanning em “modelos ”.

Os médicos Tomas Domingo, do Hospital Universitário de Bellvitge, Margarida Silva, do Instituto Português de Reumatologia, Pedro Alves, do Centro Hospitalar de Lisboa Central e Miguel Ghira, do Hospital Beatriz Ângelo, constituem a equipa de formadores convidados para este workshop.

O curso é restrito a um número limitado de participantes, sócios da APED. As inscrições são efectuadas no Secretariado Executivo da APED ou através do e-mail [email protected].

A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem por objectivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e tratamento da dor de acordo com os parâmetros estabelecidos pela International Association for the Study of Pain (IASP). Para mais informações consulte www.aped-dor.com.

Na Holanda
Uma empresa da Holanda diz ter desenvolvido o primeiro charro electrónico do mundo, afirmando tratar-se de "um produto...

Chama-se e-njoint e a empresa que o vende, com o mesmo nome, diz que o produto não tem THC( Tetrahidrocanabinol, a principal susbtância activa da marijuana), embora na ponta do dispositivo se acenda uma luz verde que destaca uma folha de marijuana, de cada vez que o fumador inala. Também não tem nicotina ou toxinas, garante o fabricante, com sede em Delft, na Holanda, e muitos pontos de venda nesse país.

Fora da Holanda, o produto é vendido apenas numa loja em França, mas é possível comprar online, no site da empresa. A N-joint, com sede na Holanda, diz que fabrica dez mil charros electrónicos por dia, numa fábrica em Shenzhen, na China. O e-njoint tem duas versões descartáveis (uma delas é uma edição especial para o Mundial), uma edição recarregável e apresenta um modelo customizável como a próxima novidade. O objectivo "não "é vender produtos ilegais nem estimular o consumo de cigarros ou outros maus hábitos", diz a empresa, na sua página de internet.

Acordo europeu
Há um novo acordo na União Europeia para melhorar o acesso a medicamentos e vacinas a países que por vezes têm dificuldades,...

É um entendimento no âmbito da diretiva dos cuidados de saúde transfronteiriços, que em Setembro começa a passar à prática com o primeiro encontro do comité de implementação. A explicação foi feita pelo comissário Europeu da Saúde, Tonio Borg, que também destaca um primeiro esforço de cooperação que já está a acontecer entre os Estados-membros, preocupados com os custos elevados do novo medicamento para a hepatite C. O comissário Europeu da Saúde está de visita a Portugal. Esta manhã vai participar na Conferência “Saúde no contexto Europeu” na Universidade Católica, em Lisboa.

António Vaz Carneiro
Médico à frente do recém inaugurado ramo português da Cochrane diz que foi uma surpresa a forma como o SNS resistiu à troika.

Portugal integra há 20 anos a Cochrane Colaboration, organização mundial de referência na selecção e síntese de estudos científicos em medicina e parceira da Organização Mundial de Saúde. Esta semana ganhou um novo lugar de destaque: o país passa a ser um braço da organização e tem como objectivo promover uma viragem do uso de informação sobre saúde nos países de expressão portuguesa. António Vaz Carneiro, médico e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa, à frente do Centro de Estudos de Medicina Baseada em Evidência, coordena o projecto. Em entrevista ao jornal i, conta como a crise tornou a discussão da eficácia mais premente. E ajuda a explicar temas que saltaram para opinião pública, como o braço de ferro por preços razoáveis para a nova medicação da hepatite C.

Em 20 anos, persiste um desfasamento entre o que a ciência sabe e os cuidados de saúde prestados à população?
Há uma explosão da informação e é muito difícil geri-la. Isto sempre foi verdade e mais ou menos desfasamento implica uma boa capacidade de selecção e análise dos resultados, que foi o que a Cochrane trouxe de novo. Organizações como esta procuram olhar para os resultados publicados e sintetizar o que se sabe, sobretudo sobre medicamentos. Analisam os diferentes estudos, vêem o que é robusto e comparável e traçam uma fotografia da intervenção: quando deve ser usada, em que doentes, com que efeitos adversos.

Os médicos guiam-se por essas revisões?
Cada vez mais. O objectivo é que sejam usadas em normas de orientação clínica ou em avaliações como as que são feitas no Infarmed. Estamos a falar de análises em que seleccionamos os trabalhos com resultados confiáveis para oferecer informação rigorosa que possa ser aproveitada pelos decisores, sejam médicos, gestores ou doentes.

Há muitos resultados deitados fora? Existe a ideia de que as farmacêuticas só publicam os resultados que lhes interessam...
Até há pouco tempo pode dizer-se que era verdade. A indústria farmacêutica é responsável por 95% dos ensaios clínicos e sendo os principais patrocinadores por vezes os resultados que não conviessem não eram publicados. Isso hoje não é possível porque todos os ensaios a nível mundial têm de ser registados e ter resultados públicos com critérios bem definidos, para evitar a publicação selectiva.

Mas ainda existe uma disputa legal sobre o que tem de ser público.
Há sempre uma tensão entre a divulgação e os direitos de propriedade. Quando um laboratório está a desenvolver uma molécula para o cancro do cólon há outros cinco ou seis a fazer o mesmo e se divulgam toda a informação perdem competitividade. É uma tensão legítima mas acredito que vai esbater-se porque é possível divulgar informação agregada que não comprometa direitos de propriedade. E é crucial para a população, para que possa confirmar se os benefícios clínicos o são de facto ou se são mais modestos.

Notam um empolamento dos resultados?
Pode haver essa tentação mas quem gastou 500 milhões de euros num ensaio clínico, que é quanto custam, tem um risco financeiro colossal. O pesadelo absoluto da indústria é quando desenvolvem um medicamento durante 15 anos, passam todos as fases de ensaios e escrutínios de reguladores e passados três meses de venda o produto é retirado do mercado porque surge algum problema de segurança e todo o investimento vai por água abaixo. Esse receio obriga a rigor na informação.

Esse tipo de situações são raras, não?
Até há pouco tempo, em cada dez medicamentos introduzidos no mercado só se pagavam quatro. A indústria farmacêutica é muito lucrativa mas é fabulosa nos riscos que corre. Não conheço mais nenhuma que reserve 20% dos seus proveitos para investir em desenvolvimento. Se isso implica algum marketing, há progressos notórios e temos cada vez medicamentos mais potentes, seguros e para mais doenças. Um exemplo claro são os novos medicamentos para a hepatite C. É a primeira vez na história que curamos uma infecção viral. É extraordinário. Não conseguimos curar a sida, o herpes ou a hepatite b mas hoje finalmente temos uma cura para 90% dos casos de hepatite C.

Os 50 mil euros pedidos por um tratamento de três meses não são excessivos?
Qualquer medicamento passa por uma fase de ensaios clínicos, em que se verificam os seus benefícios e riscos. Depois há uma avaliação económica, em que se compara com alternativas e se estuda a vantagem e o contexto societal. Vai ver- -se o que se gasta com medicação e outros custos indirectos, como transplantes que não se fazem, ambulâncias ou mesmo absentismo. Aí conclui-se que o medicamento é custo-eficaz. Ser ou não muito dinheiro depende doutro problema. Pode-se concluir que um medicamento é custo eficaz, mas se eu sou o hospital e não tenho dinheiro para pagar 80 milhões de euros e dar o remédio a todos os doentes, como é que eu vou comprar?

É nesse ponto que se encontra a comparticipação destes remédios no SNS?
É claro para todos que é custo-eficaz e está-se a tentar baixar o preço. O problema aqui é mais complexo. Portugal é referência para os preços no Brasil e na Turquia. Sabe qual é o preço num dos países que tem mais hepatite C, o Egipto? 700 euros. De 50 mil passa para 700. Chato. Alguma vez vamos ter o medicamento a 700 euros? Nunca. Porque o nosso preço é referência para um mercado que vale 200 milhões e outro que vale 120 milhões. Nunca vamos ter preços baratos porque isso dá cabo do negócio.

Como se muda isto?
É lei europeia. Se saíssemos do circuito íamos ter problemas maiores como a entrada desenfreada de contrafacção. É uma realidade com que temos de lidar representando 0,1% do mercado mundial de medicamentos e estando no espaço europeu. Resolve-se com negociação, com transparência e um cuidado extremo naquilo que se aprova, garantindo que de facto se investe em tratamentos que são custo-eficazes e que a população deseja.

Qual é a validade das revisões sistemáticas da Cochrane que podem ser usadas nessas análises?
Num campo em que a investigação é muito activa, pode ser dois ou três anos. Noutros pode manter-se cinco anos. Mas permanecemos atentos e se surge algum resultado que possa alterar o panorama geral avança-se para uma nova revisão em que se começa tudo do zero.

Os médicos acompanham esse ritmo de renovação da evidência clínica?
Sim, sobretudo os mais novos. Há dez anos concluímos que abaixo dos 45 anos, a maioria socorria-se tecnologias de informação na prática clínica.

Perde-se alguma coisa no instinto do médico quando passa a socorrer-se de mais informação?
Não. A informação serve sempre de apoio à decisão. A prática médica é um tripé: os médicos pesam a evidência de que dispõe, a sua experiência e os desejos dos doentes. Quando uma pessoa diz que está cansada pode haver 85 causas. Pode estar deprimida, ter uma doença reumatológica, estar anémica, ter corrido 10 km no dia anterior. O primeiro diagnóstico é cognitivo e exclui uma série de situações com base na conversa. Depois, pede-se um teste e prescreve-se uma terapêutica. E aí é que a informação ajuda a seleccionar o exame ou terapia mais indicada. O desafio é sempre integrar a informação no acto clínico. Ainda não se descobriu uma maneira de tratar um doente que não comece por ouvi-lo. Além disso disso, os nossos doentes na maior parte das vezes são tão complicados que não são estudados.

Tendência a agravar com o envelhecimento?
Sim. Ninguém estuda um doente com cinco patologias. O exercício clínico é sempre um exercício de especulação e tende a sê-lo mais no futuro. Quando eu era jovem um homem velho tinha 75 anos. A idade média dos doentes internados hoje em Santa Maria é de 86 anos. É brutal.

A ciência e a indústria não o estuda porque não é lucrativo?
É mais porque é muito difícil analisar e interpretar os resultados de uma intervenção quando há diferentes patologias em simultâneo. Mesmo numa única doença, a incerteza é grande. Podemos ter sintomas frequentes em doenças frequentes mas também em doenças raras. E sintomas raros em doenças frequentes. Uma dor de cabeça pode ser muita coisa, um aspecto muscular ou um cancro. O que é certo é que toda a incerteza só tem a ganhar com mais informação.

Além de incerteza, estas revisões ajudam a reduzir gastos nos sistemas de saúde?
Ajuda a racionalizar-se. Alguma evidência não vai poupar dinheiro pois pode concluir-se que a melhor opção de tratamento é a mais cara. Ajuda certamente a gastar melhor. Agora nesta discussão em torno da racionalização a ciência é apenas uma das variáveis. É preciso pesar os recursos disponíveis e a vontade das pessoas. O que defendemos é que dados científicos sólidos devem ser um auxiliar da decisão.

Este foi um debate iniciado nos últimos anos no sector da saúde. Tem havido seriedade da discussão?
Na maior parte das vezes creio que sim agora estamos a falar de algo muito difícil de resolver. A minha posição enquanto é médico é simples: eu quero tratar toda a gente com tudo. Não há recursos? Então temos de arranjar o um sistema que leve a decisões assentes em evidência e participadas por todos. Primeiro a ciência e os especialistas têm de definir o que é um tratamento eficaz.

O que é?
Teríamos de definir critérios claros. Por exemplo no cancro do cólon, se a mortalidade é de 16%, poder-se-ia definir como eficaz um tratamento que a reduz para 14%. Se falamos de uma doença incurável como diabetes, seria eficaz algo que aumentasse em dez pontos a qualidade de vida. Faríamos isto para as 100 doenças que representam mais gastos e com esta base poder-se-ia definir o que é aprovado e não é. O passo seguinte seria falar com os políticos e cidadãos para que tomassem decisões. É difícil mas na Alemanha, uma inquérito revelou que a maioria considera que só se deve pagar tratamentos do cancro que prolonguem a vida um ano. Isto quando os novos medicamentos aumentam seis semanas a três meses com custos de 40 mil euros por doente. Se isto é verdade, estamos aprovar medicamentos que as pessoas acham que não se justifica. Temos de envolver os cidadãos nas tomadas de decisão e criar um sistema que possam dar o seu feedback sabendo que são temas difíceis de comunicar.

Se fizer a pergunta como na Alemanha é claro.
Sim, mas há outras subtilezas como aceitar-se que, na fase final, um não é um não. Quer se queira quer não estamos a falar de racionamento. Vamos ter terapias que funcionam mas que não vamos dar porque a sociedade opta por aplicar o dinheiro em terapias que funcionam muito. Tem de haver um trabalho claro feito por especialistas e depois de a sociedade aceitar decidir que, se é não, é não. Depois não se pode dizer que tem uma tia ou filho que precisava. Agora isto é um debate incontornável. Os custos da medicina são exponenciais, para mais quando a tendência é os laboratórios focarem-se mais em doenças raras e problemas como Alzheimer. Isto ao mesmo tempo que algumas áreas negligenciadas como vacinas e antibióticos, menos lucrativos, deviam passar a ter um maior investimento do Estado sob pena de ficarmos sem respostas.

Sendo um negócio lucrativo, não devia exigir-se mais à indústria nesses campos?
Pode dar-se vantagens do ponto de vista fiscal mas é preciso ter a noção de que a indústria vive numa posição insustentável. Estes são produtos com um enorme risco, ou porque a maioria dos estudos falham ou porque o risco de um pedido de indemnização por efeito adverso é maior. Os laboratórios demoram 15 anos a produzir um medicamento mas a cada três meses têm de dar informação a Wall Street se não os accionistas piram-se. É esquizofrénico.

Contribuiu para a demonização do sector?
Pressionados até por este contexto, os laboratórios têm uma enorme culpa nisso. Durante anos serviram-se de truques para influenciar os prescritores, o que nem sempre é fraude mas dar uma luz positiva a algo que não é assim tão positivo. Isto além de casos de corrupção directa dos médicos. Julgo que se a indústria teve culpa na sua demonização, hoje está a passar-se para o extremo oposto em que todas as relações com a indústria são conflito de interesse.

Vê o debate do racionamento a reemergir a curto prazo?
Na minha perspectiva não há alternativa. Todos os dias temos de racionar coisas que não são discutidas e deviam ser. Não damos o medicamento A mas damos o B. Como é que decidimos quem é que internamos nos cuidados intensivos? Claro que tentamos ter uma abordagem rigorosa de avaliar quem vai beneficiar mais e até hoje não houve decisões que de facto pusessem em causa os cuidados. Mas precisamos de baias e limites societais. Tudo isto é difícil de compreender quando a maioria das pessoas não percebe a importância da ciência na saúde ou não tem formação científica.

Perceber que é preciso racionar na saúde quando se tapam buracos em bancos como o BPN pode ser outra dificuldade...
Não resolveria: o dinheiro do BPN gastava-se num ano. Os médicos adoram a sua liberdade e são os principais defensores dos doentes. Desesperamos quando acontecem coisas que nos ultrapassam. Dito isto, para já o sistema aguentou-se. Qualquer sistema que tivesse levado a pancada que levámos nos nos últimos três anos ter-se-ia desagregado muto mais. Quase não temos deterioração de indicadores, não aumentou a mortalidade e as taxas de internamento.

Mas houve degradação dos tempos de resposta, nomeadamente cirurgias do cancro.
Tivemos uma alteração ligeira mas está a recuperar. Para quem cortou 500 milhões de euros no financiamento durante três anos isto pode ter duas interpretações: afinal havia 500 milhões de desperdício? A segunda, positiva, é que apesar de tudo se mantiveram os cuidados e houve uma resiliência enorme dos profissionais. Claro que houve impactos, implicaria sempre sangue, suor e lágrimas. Agora o que digo é que esperava coisas gravíssimas e foi um sucesso estrondoso. Houve problemas mas poucos quando esperava que a tuberculose disparasse, houvesse mais problemas infecciosos entre as crianças.

Esperava isso porquê?
Quando desnatamos e tiramos recursos aos tratamentos as pessoas morrem. Há consequências.

Se o lado positivo é não ter acontecido em grande escala, tem outro que é que podia ter acontecido.

Sou a primeira pessoa a dizer que o dinheiro, sendo pouco, deve ir para as coisas que funcionam. É o caso do sistemas de saúde. Temos um sistema bem montado e que funciona bastante bem. Se tem uma doença com o nível de gravidade 1 vai para um sítio, gravidade 2 vai para outro. Um juiz olha de manhã para assuntos fiscais e à tarde para pedofilia. É como eu ser oftalmologista de manhã e reumatologista à tarde. Temos de conseguir definir prioridades e perguntar as pessoas: faltam recursos, privatizam-se os tribunais? Querem saber ler melhor ou morrer menos? É um exemplo provocador mas a questão é que tendo um bolo limitado para distribuir, parece-me claro que a saúde tinha de ter muito mais do que os outro lados. Felizmente o sistema aguentou-se com um muito bom nível.

Houve sempre uma aura em torno de Paulo Macedo. Esbateu-se nos últimos tempos?
Quem está nisto há muitos anos sabe que é uma questão de tempo. É o ministério mais difícil.

Faltou capacidade reformista?
Isso foi um problema transversal e há o sentimento de oportunidade perdida. Mas a verdade é que também ninguém nos explicou o que é que a reforma do Estado implicaria em termos sociais. Posso fechar centros de saúde e hospitais, mas o que significaria ter mais 50 mil pessoas no desemprego?

Mas o SNS precisa de uma reforma?
Penso que sim. Há hospitais que podem ser repensados mas creio que a ideia de base é que hoje as coisas funcionam bem, por isso qualquer alteração requer cuidado. Precisamos de estudar mais as intervenções. Perceber qual o impacto de ter farmacêuticos a visitar idosos na adesão terapêutica, o impacto de ter equipas diferenciadas nos cuidados intensivos, de ter normas clínicas bem implementadas. A maior parte daquilo que fazemos não tem evidência mas quando a temos ou podemos ter porque é que não a usamos?

Porquê?
Porque não existe essa cultura. Começa nos decisores que não têm muitas vezes uma noção clara da importância da ciência na medicina e chega aos doentes, que por vezes não querem debater o que se passa com eles.

O que adia por exemplo mais estratégias de prevenção?
Sim, se bem que muito da medicina preventiva tem efeitos mais modestos do que se pensa. Dito isto é melhor não fumar e fazer exercício, mas nunca eliminará a doença. A par da informação, uma maior cultura de comunicação de risco é muito importante. Num único dia de Verão em que uma adolescente vai para a praia das 8h às 20h apanha mais radiação do que uma vida a usar telemóvel, ainda que a OMS pelo princípio de precaução o classifique como pesticida. A informação tem de ser mais clara.

Têm planos para isso nesta nova fase de colaboração com a Cochrane?
Sim. Além de resumos em português sobre as revisões sistemáticas talvez fosse importante um comentário semanal de algumas notícias que envolvam saúde.

Por exemplo a reacção vagal de Cavaco Silva no 10 de Junho?
É um exemplo mas sou de opinião que em situações dessas deveria haver boletins clínicos com informação clara à população.

A questão da transparência e da eficácia tornaram-se mais prementes na crise?
Julgo que fez acima de tudo que se compreendesse que as decisões mais difíceis num contexto de recursos limitados necessitam de uma base importante de informação para serem fundamentadas e aceites. Esperamos na saúde contribuir para que haja cada vez mais informação de boa qualidade para apontar as melhores decisões. 

Farmacêuticas apoiam
O Governo e a indústria farmacêutica assinaram um acordo mediante o qual as empresas farmacêuticas vão colaborar na redução da...

O acordo foi assinado ontem em Lisboa pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, e pelo presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), João Almeida Lopes, tendo o ministro salientado a importância da contribuição da indústria, "num valor muito significativo para o Serviço Nacional de Saúde e para os Hospitais".

A adesão ao acordo por parte das empresas de medicamentos é feita a partir de agora, no prazo de um mês.

Este é o terceiro acordo que a Apifarma faz com a actual equipa do Ministério da Saúde, estando o presidente da associação convicto de que a maior parte das empresas associadas vão aderir, como disse aos jornalistas após a assinatura.

Segundo o documento, as empresas aderentes aceitam colaborar com o objectivo de reduzir a despesa pública com medicamentos "com uma contribuição cujo valor será proporcional à quota de mercado por si individualmente detida em 2014, calculada por referência aos encargos totais do Serviço Nacional de Saúde (ambulatório e hospitalar)".

Quanto às empresas que não aderirem, o Ministério irá depois "estudar" outro "tipo de medidas" que, "como no passado", podem ser "reduções administrativas de preços", disse o ministro.

"A contribuição da indústria (farmacêutica), no ano passado, foi directamente para as contas dos hospitais e foi muito importante, em termos do equilíbrio que os hospitais apresentaram" em 2013, frisou Paulo Macedo, afirmando-se satisfeito porque, "potencialmente, os hospitais têm uma contribuição de 160 milhões".

Segundo o acordo ontem assinado, o Ministério também se compromete a "desenvolver esforços" para continuar a proceder ao pagamento das dívidas do Estado à indústria farmacêutica, com o presidente da Apifarma a estimar que não esteja muito longe dos 1,3 milhões de euros.

João Almeida Lopes disse aos jornalistas que os acordos entre o Ministério da Saúde e a Apifarma representaram "uma poupança para a factura do medicamento no Serviço Nacional de Saúde de praticamente um terço".

"O acordo deste ano é ligeiramente mais gravoso do que o do ano passado, mas há uma preocupação dos agentes económicos não só em colaborar com o ajustamento, mas também em garantir condições de acesso de alguma medicação inovadora, que possa ser posta à disposição dos doentes portugueses, mais cedo e com oportunidade", disse João Almeida Lopes.

Para este ano a despesa pública com medicamentos, no Serviço Nacional de Saúde, está fixada nos dois mil milhões de euros.

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