British Medical Association
Um grupo de médicos britânicos quer proibir a venda de tabaco a quem quer nasça depois do ano 2000. A proposta será apresentada...

Amanhã a British Medical Association (associação de médicos britânica) irá votar uma moção que quer proibir a venda de tabaco a quem quer que tenha nascido depois do ano 2000.

Tim Crocker-Buque, um especialista em saúde pública, explicou que o objectivo é que “a geração do século XXI não tenha de sofrer os milhões de mortes” que a geração anterior sofreu.

Se a moção for aprovada, a associação de médicos irá depois defender a sua posição junto do governo da David Cameron, depois de em anos anteriores já ter conseguido proibições ao tabaco – a mais recente data de 2011 e proíbe fumar em carros que estejam a transportar crianças.

Na perspectiva dos médicos que propõem esta medida está a ideia de que a maior parte dos fumadores começa a fazê-lo ainda na adolescência, sendo depois particularmente difícil deixar de fumar já na idade adulta.

Em 2012, segundo números oficiais, 23% dos jovens britânicos entre os 11 e os 15 anos admitiam já ter tentado fumar pelo menos uma vez.

 

26 de Junho
A campanha deste ano do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas está centrada em passar uma “mensagem de...

Estabelecido em 1987 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, este dia pretende alertar para o perigo que as drogas ilícitas representam para a sociedade, e especialmente para os jovens. O objectivo global da campanha é o de reunir apoio e inspirar as pessoas para terem uma atitude pró-activa no combate ao consumo de drogas. Yury Fedotov, director executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) salienta, na sua mensagem sobre a campanha deste ano, que “cerca de 200.000 pessoas morrem anualmente devido às drogas ilícitas”, acrescentando que as drogas não afectam apenas os seus utilizadores: “o seu impacto é sentido nas comunidades, nos sistemas de justiça penal e por toda a sociedade”. Yury Fedotov termina a sua mensagem referindo que é importante “lembrar que os danos causados pelo consumo de drogas podem ser prevenidos e têm tratamento. Onde existe ajuda, existe também esperança”.

Investigadora alerta
O panorama mundial da malária é “ainda muito preocupante”, pois morrem anualmente 600 mil pessoas, mas a situação está “melhor...

A cientista portuguesa, que se encontra na capital de Cabo Verde para uma série de conferências sobre a temática da malária, em que é especialista, argumentou que os avanços registados nos últimos anos têm permitido diminuir para cerca de 500 milhões de novos casos de infecção.

“É um panorama muito preocupante ainda, porque temos 600 mil crianças que morrem todos os anos devido à malária, mas também posso dizer que o panorama é melhor do que alguma vez foi, porque nos últimos 10 anos, os fundos que foram proporcionados para estudar e investigar foram bastante aumentados”, afirmou.

“Há cada vez mais cabeças pensantes e, como consequência, a probabilidade de alcançarmos uma estratégia que seja racional para o combate à doença é maior. Estou optimista, mas também sei que não haverá uma solução para já, que não é um problema que se consiga resolver nos próximos cinco anos”, acrescentou Maria Mota.

A investigadora, 43 anos, vencedora do Prémio Pessoa, licenciada em Biologia, mestre em Imunologia pela Universidade do Porto, doutorada em Parasitologia Molecular pela University College, de Londres, afirmou que o caminho a seguir para debelar a doença passa pela criação de uma estratégia comum internacional.

“Já houve muitos insecticidas usados e muito está a ser feito. O problema é que sabemos que, depois, isso não é sustentável porque, ecologicamente, não são bons, ou, quando são usados, não têm eficácia a longo prazo, pois os mosquitos portadores do parasita acabam sempre por arranjar resistências, o que é preocupante”, explicou.

“Em termos de uma vacina, há uma prestes a sair, mas que é muito pouco eficaz, tem apenas 30% de eficácia, pelo que ninguém está convencido de que vai resolver o problema. O caminho a seguir é desenvolver novas estratégias, é tentar encontrar novas vacinas e fármacos, tentar várias vias até que algum funcione”, sublinhou.

A cientista portuguesa, natural de Gaia (Porto) e distinguida já com vários prémios internacionais, alertou para o facto de, em países em que a prevalência do parasita é residual, como o caso de Cabo Verde, há uma certa tendência para que as autoridades de “sentem à sombra da bananeira”, permitindo que a situação retroceda.

“O maior problema é que não há uma estratégia comum internacional para aplicar a todos estes casos, em que se defende que cada caso é um caso, que tem de ser pensado e que tem de ter uma estratégia. A mensagem principal para os países endémicos passa por apostar nas gerações futuras, dar-lhes uma educação científica que lhes vai permitir maior preparação para enfrentar os problemas de uma forma racional. É isso que vai ser a solução”, defendeu.

Para Maria Mota, o número de mortes é “assustador”, sobretudo na África Subsaariana, mas “proporcionalmente baixo”, embora tenha de se ter em conta que, qualquer criança que morre no século XXI com uma doença que, à partida seria prevenível e que se sabe qual é a causa, “é uma morte a mais”.

“A África subsaariana, com 80% dos novos casos de infecção, é a região mais preocupante e onde vai ser mais difícil arranjar-se uma solução”, indicou.

Segundo os dados de 2012 da Organização Mundial de Saúde (OMS), a malária é endémica em 99 países e, na África subsaariana, é a principal cauda de morte de crianças menores de cinco anos, matando uma criança a cada minuto (1.500 mortes do dia).

Em Cabo Verde, a taxa tem sido residual e, em Janeiro último, o arquipélago foi premiado pelos esforços no combate à doença pela Aliança de Líderes Africanos para a Malária, depois de obter uma cobertura de 95% de redes impregnadas com insecticida para prevenir a contaminação.

 

Sessão Comemorativa
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão assinala os seus 10 anos de existência na educação e promoção da saúde, numa Sessão...

No decorrer desta Sessão Comemorativa, os anteriores Presidentes da Sociedade vão receber o Diploma de Sócios Honorários, como forma de reconhecimento pelos contributos prestados à Sociedade. Após esse momento, terá lugar um discurso evocativo dos 10 anos da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), proferido pelo actual Presidente, Fernando Pinto.

Segundo Fernando Pinto, “foi atingido um marco importante na história da SPH. Ao longo de 10 anos, a Sociedade tem dado o seu contributo, tanto no desenvolvimento do conhecimento científico dos profissionais da área, como na educação e sensibilização da população portuguesa para a problemática da hipertensão. Continuaremos a trabalhar pelas nossas causas”.

 

Sobre a Sociedade Portuguesa de Hipertensão:

A Sociedade Portuguesa de Hipertensão foi fundada a 24 de Junho, por um grupo de médicos interessados por hipertensão arterial. A crescente prevalência da Hipertensão Arterial e a necessidade de alertar a população para os riscos e para a prevenção da hipertensão arterial motivou a fundação desta sociedade científica. O factor que mais contribuiu para a criação desta sociedade foi o facto da hipertensão arterial ser uma doença transversal a várias áreas médicas como a medicina interna, a medicina familiar, a cardiologia, a nefrologia, a endocrinologia, a epidemiologia, a genética, o nutricionismo, a farmacologia e a saúde pública. A criação desta entidade surge também da necessidade de representar Portugal nas reuniões das Sociedades de Hipertensão Europeia e Internacional.

 

Pela primeira vez
341 antigas lixeiras existentes em Portugal mantêm “montanhas” de resíduos em degradação. Investigadores vão estudar o seu...

A Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver uma investigação sobre o potencial de “contaminação química e toxidade nos solos e nos cursos de água” e efeitos na biodiversidade dos antigos aterros de resíduos urbanos.

A investigação, que constitui “o primeiro grande estudo” a nível europeu sobre a matéria, envolve dez especialistas da UC, em parceria com a LIPOR (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto), “entidade que tem vindo a desenvolver um trabalho pioneiro na área de recuperação dos passivos ambientais”.

As 341 antigas lixeiras existentes em Portugal, “apesar de encerradas e seladas”, acondicionam ‘montanhas’ de “resíduos em degradação”, num “processo que pode durar várias décadas”, sublinha a UC numa nota hoje divulgada.

“Continuam, assim, a ser produzidos lixiviados (contendo um verdadeiro cocktail de contaminantes) e libertado biogás, desconhecendo-se se existem perigos efectivos das antigas lixeiras para a saúde humana e para o ambiente”, adverte a mesma nota.

Na expectativa de “mudar esta realidade”, uma dezena de investigadores do Instituto do Mar (IMAR) da UC, de áreas tão diversas como ecotoxicologia de solo e aquática, microbiologia, ecologia animal, biodiversidade e conservação, estão a realizar “o primeiro grande estudo europeu na matéria”.

 

Legislação desajustada

A investigadora principal do projecto-piloto, Sónia Chelinho, considera que “a actual legislação relativa aos aterros sanitários está desajustada, porque a monitorização exigida” se baseia “apenas na recolha, caracterização físico-química e tratamento dos lixiviados, do biogás emitido e das águas subterrâneas, registando uma lacuna ao nível da componente biológica”.

A avaliação da qualidade ambiental baseada “apenas em análises químicas não indica qual a fracção da substância que poderá afectar negativamente os organismos, nem informa sobre as consequências para os ecossistemas da existência de misturas de potenciais poluentes”, salienta a investigadora.

A inclusão da componente biológica/ecológica nos programas de monitorização das antigas lixeiras e aterros encerrados é essencial para obter uma visão mais realista dos potenciais impactos ambientais, sustenta a especialista.

O estudo, que tem por objectivo “avaliar o impacto ambiental nestas áreas e produzir informação que leve à implementação de novas práticas de avaliação e monitorização das antigas lixeiras”, colmatará, assim, “uma lacuna ao nível nacional e europeu”, ao propor um quadro de monitorização a longo prazo.

Esse quadro de monitorização integrará “um conjunto de ferramentas teste com a melhor relação custo-benefício, assim como a proposta de um conjunto de medidas que promovam a recuperação dos ecossistemas”, adianta Sónia Chelinho.

A investigação contempla a avaliação da “potencial contaminação química e toxicidade nos solos e nos cursos de água das zonas circundantes”, assim como “a avaliação da biodiversidade de vertebrados, nomeadamente mamíferos, aves e répteis, e de invertebrados de solo”, sintetiza a UC.

 

Enfermeiros do Centro alertam para risco de retrocesso nos cuidados de saúde
A líder da Ordem dos Enfermeiros na Região Centro, Isabel Oliveira, enalteceu a evolução da saúde em Portugal dos últimos 30...

“De que nos serve termos os melhores cuidados de saúde que a ciência e tecnologia podem oferecer à população? De que nos serve termos dos melhores profissionais de saúde do mundo, se não existem em número suficiente e se a população não tem acesso a eles?”, questiona Isabel Oliveira, numa publicação gratuita que a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) distribui hoje aos cidadãos.

Numa nota para divulgar a revista “Enfermagem e o Cidadão”, a estrutura regional da OE afirma que “Portugal presta dos melhores cuidados de saúde da Europa – e porventura do mundo – mas corre o risco de regredir décadas, com as medidas em curso e pela ausência das adequadas”.

“Temos consciência de que efectivamente prestamos excelentes cuidados de saúde”, refere Isabel Oliveira no editorial da publicação, comparando a realidade portuguesa com a da Europa e do mundo em geral.

Ressalva, no entanto, que “resta saber o que fica por prestar”, já que os profissionais de saúde “existem nos serviços em número cada vez menor, com exigências técnicas, científicas e burocráticas cada vez maiores e pouco ou nenhum reconhecimento do valor que desempenham para a construção e crescimento de uma sociedade saudável e produtiva”, segundo a nota divulgada pelo conselho directivo regional da Ordem dos Enfermeiros.

“Temos qualidade… E acesso aos cuidados de saúde, temos?”, pergunta a presidente do conselho directivo.

A título de exemplo, Isabel Oliveira refere uma visita que realizou a um agrupamento de centros de saúde da região, onde verificou que “cerca de 38 mil utentes” não têm um enfermeiro de família.

“Profissionais que se reformam e não são substituídos, dificuldades (quase impossibilidades, diria) na contratação de novos profissionais, concursos que abrem para a admissão de novos profissionais, mas que não fecham, nem andam para lado nenhum”, acentua.

Com uma tiragem de 14 mil exemplares, o número 38 da revista “Enfermagem e o Cidadão” começou hoje a ser distribuído gratuitamente na Região Centro.

 

Experiências-piloto arrancam no segundo semestre de 2014
O decreto-lei que irá regular o modelo de Enfermeiro de Família, iniciativa promovida pela Ordem dos Enfermeiros foi aprovado...

O Conselho de Ministros aprovou ontem o decreto-lei que irá regular o modelo de Enfermeiro de Família, iniciativa promovida pela Ordem dos Enfermeiros (OE) junto do Ministério da Saúde no âmbito da reforma dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).

A Ordem dos Enfermeiros considera-o uma grande conquista para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como para a Enfermagem portuguesa.

Baseado numa nova filosofia de organização e prestação de cuidados, o Enfermeiro de Família passa a ser o profissional de referência para os utentes dos centros de saúde. Ao organizar e rentabilizar os recursos e adequá-los às necessidades de saúde do indivíduo inserido numa família, o Enfermeiro de Família contribuirá peremptoriamente na prevenção da doença e promoção da saúde individual, familiar e colectiva, acompanhando, também, a pessoa e a sua família no processo de gestão da doença crónica, da detecção precoce de doenças não transmissíveis e da visitação domiciliária, entre outras actividades.

A exemplo do que acontece em vários países, como a Escócia e o Canadá, a metodologia de Enfermeiro de Família leva a uma eficiência melhorada no atendimento dos utentes – o que resulta em ganhos para a saúde das populações assentes na promoção da saúde e prevenção da doença. Além disso, aposta no combate ao desperdício e na redundância de intervenções, contribuindo, assim, para a sustentabilidade do SNS.

Segundo o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf. Germano Couto, “estamos perante um momento histórico para a Saúde e para a Enfermagem portuguesas. Os utentes dos centros de saúde, quer estejam integrados em Unidades de Saúde Familiar (USF), quer em Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), vão poder beneficiar do seu Enfermeiro de Família, ou seja, de um profissional de saúde em posição privilegiada, pela sua competência, conhecimento e capacidade, de mobilizar os recursos disponíveis para prestar os melhores cuidados de saúde, respondendo às suas necessidades de forma atempada, personalizada e integrada. Em suma, o Enfermeiro de Família será o gestor de cuidados dos utentes ao nível dos Cuidados de Saúde Primários”.

A Ordem dos Enfermeiros aguarda agora a identificação dos locais onde vão decorrer as experiências-piloto, a arrancar no terreno no segundo semestre deste ano, conforme compromisso assumido pelo Ministério da Saúde.

Para a OE, cada Enfermeiro de Família deverá ter, em média, 350 famílias de uma determinada área geodemográfica – indo desta forma ao encontro de orientações emanadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de utentes por Enfermeiro de Família “pode ser variável dependendo da complexidade de cuidados e grau de dependência dos utentes ou famílias”, refere o Enf. Germano Couto. A Norma para o Cálculo de Dotações Seguras em Cuidados de Enfermagem da OE – recentemente aprovada em Assembleia Geral – indica como limite máximo o número de 1.550 utentes, pelo que a Ordem dos Enfermeiros irá pugnar para que esse limite se cumpra, garantindo, assim, segurança de cuidados para as famílias e dotações adequadas nos serviços.

“O limite de 1.550 utentes por enfermeiro implica, necessariamente, um aumento do número de enfermeiros para dar resposta às necessidades em saúde dos utentes e famílias. De acordo com dados de 2013 da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), estão em actividade 353 Unidades de Saúde Familiares (USF), que abrangem 4.345.230 utentes e comportam 2.428 enfermeiros. Isto significa que, só no que se refere às USF, serão necessários mais 375 enfermeiros para que se respeite a metodologia de trabalho agora aprovada por este Decreto-Lei”, continua Germano Couto. “Temos em Portugal, nos dias de hoje, enfermeiros suficientes para dar a cada família o seu enfermeiro, conforme assumiu o governo Português na subscrição da Declaração de Munique em 2000. Haja vontade política para os contratar!”

Além de rentabilizar recursos humanos e materiais, a metodologia aprovada em Conselho de Ministros, associada, também, à criação de mais Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) – aspecto fulcral da reforma em curso nos CSP – permitirá dar resposta às reais necessidades em cuidados de saúde da população portuguesa, promovendo a efectividade de outras medidas, como é o caso da anunciada redução no número de camas hospitalares, também defendida pela OE (http://www.ordemenfermeiros.pt/comunicacao/Documents/2013/15%20propostas_2015_VersaoFinal_01Out2013_proteg.pdf).

Após análise das propostas
As chefias demissionárias do Hospital de S. João, no Porto, “analisaram favoravelmente as propostas do Governo” e chegaram a...

As chefias do Hospital de S. João, no Porto, “analisaram favoravelmente as propostas do Governo”, anunciou, António Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João.

Os responsáveis demissionários aguardarão a concretização das medidas propostas pela tutela até ao próximo dia 15 de Julho, informou, ainda, o presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João, no final da reunião deste sábado de manhã com as chefias intermédias.

Em comunicado lido pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, António Ferreira, após uma reunião com os presidentes das Unidades Autónomas de Gestão e Directores de Serviço que, na quinta-feira, apresentaram em bloco a sua demissão, “as lideranças intermédias avaliaram favoravelmente” as soluções propostas pela tutela.

O presidente do Conselho de Administração convocou os responsáveis das unidades autónomas das oito unidades de gestão e os 58 directores de serviço do Centro Hospitalar de S. João que apresentaram a demissão em bloco por falta de condições para assegurar a gestão do hospital.

 

Infarmed admite
A autoridade reguladora dos ensaios clínicos admite que 265 doentes morreram ou foram gravemente afectados durante experiências...

O Infarmed esclareceu, a propósito da notícia que está a ser difundida pelo site de informação multimédia dedicado aos temas de saúde “Substância Activa”, segundo o qual “265 doentes morreram, correram risco de vida, foram hospitalizados ou tiveram sérios problemas de saúde enquanto participavam em experiências com novos medicamentos”, admitindo que 265 doentes morreram ou foram gravemente afectados durante experiências com novos medicamentos, mas garante que a segurança, dignidade e o bem-estar dos participantes estão protegidos, embora possam ocorrer reacções adversas.

No entanto, o Infarmed considera que não há necessidade de reforçar os níveis de protecção dos participantes em ensaios clínicos, pois estes emanam de uma legislação europeia que é “muito recente”.

OMS alerta
A Organização Mundial da Saúde alertou os decisores políticos, profissionais de saúde e o público para as “mortes silenciosas”...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que "as hepatites virais - um grupo de doenças infecciosas conhecidas como hepatite A, B, C, D, e E - afectam centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, causando doença hepática aguda e crónica e matando perto de 1,4 milhões de pessoas a cada ano".

A OMS pretende ver “ampliada a cobertura da vacina da Hepatite B e integrada esta vacina nos programas nacionais de imunização”, e que haja “uma resposta global contra as hepatites virais”, destaca a nota.

Para não fazerem medicina do trabalho
A Ordem dos Médicos vai dar instruções aos clínicos para se recusarem a realizar consultas de medicina do trabalho, conforme...

“A portaria não é cumprível e não vai ser aplicada. É mais uma das várias iniciativas legislativas do Ministério da Saúde que não vão ser aplicadas”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva. O responsável adiantou mesmo que “a Ordem dos Médicos vai dar indicações no sentido de não cumprirem e não se sentirem coagidos a fazê-lo”. José Manuel Silva justifica a decisão com o facto de esta não ser uma das competências dos médicos de medicina geral e familiar, considerando que ao cumprir o diploma, os profissionais estão a “extravasar o limite das suas competências”, violando o código deontológico, nos pontos 1 e 2 do artigo 36.

Por sua vez o governo diz que a Ordem dos Médicos fez “interpretação errada” de portaria sobre cuidados primários e contrapõe que a portaria em causa é a “regulamentação” de um artigo de uma lei de 10 Setembro de 2009 e que "os médicos de família apenas continuarão a fazer o que já fazem, seguindo os utentes da sua lista que não têm médico de trabalho, nem condições para o terem”. A Ordem dos Médicos (OM) considera que Medicina do Trabalho extravasa limite das competências de um clínico geral. O Ministério da Saúde diz que a portaria em causa dirige-se a “um universo limitado de utentes que já não frequentam serviços de Medicina do Trabalho e apenas são seguidos em Cuidados Primários”. “Nada mais do que isto. Não se altera o quadro funcional de nenhuma das especialidades reconhecidas pela OM”, diz uma nota do Ministério da Saúde., que alega ainda que a portaria dos Cuidados Primários de saúde foi elaborada de acordo com parecer e acompanhamento da Direcção-Geral de Saúde, pelo que se “estranha” as acusações de “desnorte” proferidas pelo bastonário sobre o diploma em causa.

Acentua também que a legislação em vigor segue recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), garantindo, agora também, que os médicos de cuidados primários, sem ultrapassarem as suas competências, possam emitir documentos que atestem o estado de saúde de trabalhadores.

A portaria publicada que entrou este domingo em vigor, regula a possibilidade de a promoção e vigilância da saúde a determinados grupos de trabalhadores – independentes, de serviço doméstico, agrícolas sazonais, aprendizes de artesãos, pescadores e funcionários de microempresas – pode ser assegurada através de unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 

Saiba como participar
Agora que o Verão oficialmente chegou, o Atlas da Saúde volta a fazer um passatempo em que tem para oferecer cinco fantásticos...

Tem tatuagens e não sabe como proteger a sua pele da melhor maneira? 
Pois bem, então este passatempo é para si!

O prémio é igual para os 5 vencedores, que irão levar para casa os seguintes produtos:
- Protector solar Ladival® Peles Tatuadas
- Toalha de praia Ladival®
- Óculos de sol Ladival® com protecção solar UV
- Íman para frigorifico Ladival® Peles Tatuadas

Para participar neste passatempo deverá ter uma conta no facebook e aceder à página de fãs do Atlas da Saúde em - www.facebook.com/atlasdasaude.pt

Condições válidas de participação:
- Gostar da página Atlas da Saúde no facebook - www.facebook.com/atlasdasaude.pt
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- Partilhar esta publicação - http://goo.gl/1Bh6J1 - em modo “Público” (seleccionar a opção "Público" em vez de "Amigos" quando partilhar este post);

- Identificar 3 amigos nos comentários da imagem

Regulamento do passatempo:
- Se não seguir estes 4 passos a participação NÃO SERÁ VALIDADA;
- O passatempo termina dia 6/7/2014 às 23.59h, e o vencedor será conhecido no dia seguinte através do site random.org;
- Qualquer dúvida deverá ser enviada apenas por mensagem privada;
- O prémio será enviado por correio.

Boa sorte a todos os participantes!

Todos os cuidados a ter
A extracção dentária não é nada mais do que a remoção de um dente.
Extracção dente

Caso o dente a ser removido se encontre amplamente lesionado ou com raízes enfraquecidas a extracção é feita de forma cirúrgica recorrendo assim à abertura com exposição do dente e de seguida à sua remoção. Já em casos normais os dentes são removidos somente com boticões ou instrumentos semelhantes.

 

Uma extração dentária pode ser executada quando existe:

- Cárie profunda com vários mm de profundidade subgengival;
- Dores fortes e contínuas após tratamento endodôntico e/ou apicectomia;
- Em caso de apinhamento dentário (falta de espaço) no âmbito de um tratamento ortodôntico;
- Perfurações acidentais das raízes no percurso de um tratamento endodôntico;
- Dentes inclusos ou semi-inclusos;
- Tumores e quistos;
- Dentes na linha de fractura em casos de traumatismos faciais com fracturas maxilares;
- Dentes supranumerários (Hiperdontia);
- Perda óssea muito avançada com elevada mobilidade dentária (periodontite).

Antes de cada extração o médico deve sempre tirar uma radiografia, para uma melhor avaliação da situação anatómica.

As extrações não devem ser executadas:

- Após um enfarte cardíaco;
- No percurso de uma quimioterapia ou radioterapia;
- Quando o paciente está sobre o efeito de anticoagulantes.

Cuidados Pós-Cirúrgicos:

- Muitas vezes após uma extracção bem-sucedida o dentista pede ao paciente para morder firmemente uma compressa (gaze), sendo que a compressão no local faz com que o sangramento pare. Porém quando feito em excesso causa o contrário, já que a compressa remove o coágulo formado no local.
- Alimentos com temperaturas quentes ou mornas são péssimos para estancar o sangue, quanto mais quente o alimento, maior a hipótese de ocorrer um novo sangramento. Opte por alimentos frios tais como gelados que para além de estancar o sangramento também atenua a dor. Convém também que os alimentos sejam tenros, mastigar alimentos duros aumenta o esforço na zona da ferida.
- Nas primeiras 24 horas é aconselhável que evite os bochechos. O médico deve aconselhar o paciente a colocar um pouco de água na boca e balançar a cabeça para a esquerda e direita, e não cuspir, apenas inclinar a cabeça para a frente e deixar a água verter naturalmente, evitando assim esforços.
- Algumas horas após a cirurgia é normal que o local da extracção inche um pouco, principalmente se o osso foi cortado durante a cirurgia. Para ajudar a diminuir o inchaço, deve colocar gelo enrolado num pano durante cerca de 20 minutos do lado que foi afectado.
- Se houver prescrição de receita médica, tente cumprir os horários indicados.
- Não deve colocar os dedos dentro da boca de modo a não contaminar o local da ferida.
- A cicatrização demora cerca de 30 a 60 dias até estar completa.
- Deve realizar a sua higiene dentária com algum cuidado durante a primeira semana.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba tudo
Os dispositivos médicos são importantes instrumentos de saúde, que se destinam a ser utilizados para
Dispositivos médicos

Quem garante a qualidade, segurança e desempenho dos dispositivos médicos?
Os diferentes intervenientes, tais como fabricantes, distribuidores, importadores, profissionais de saúde, organismos notificados (avaliadores de dispositivos médicos) e os utilizadores estão sujeitos a um conjunto de obrigações e procedimentos, competindo ao Infarmed acompanhar e garantir a sua aplicação em prol da protecção da saúde pública.

Exemplos de dispositivos médicos:

Ligaduras, fraldas e pensos para incontinência, algodão, meias de compressão, pensos para protecção e/ou tratamento de feridas, cadeiras de rodas, macas e camas hospitalares, estetoscópio, instrumentos cirúrgicos, termómetros, seringas e agulhas, compressas, lentes de contacto, equipamentos de ressonância magnética e de tomografia, incubadoras, preservativos, válvulas cardíacas, próteses dentárias e ortopédicas, óculos de correcção, luvas de exame, pacemakers.

 

Circuito dos dispositivos médicos

 

 

 

 

Avaliação clínica
A demonstração da conformidade de um dispositivo médico com os requisitos essenciais (exigências mínimas de qualidade, segurança e desempenho estabelecidas na lei) deve incluir uma avaliação baseada em dados clínicos.

O que são dados clínicos?

Informação relativa à segurança ou ao desempenho, obtida a partir da utilização de um dispositivo médico em seres humanos.

Esta informação poderá ser proveniente de investigação clínica, ou outros estudos constantes da literatura científica respeitante ao próprio dispositivo ou a um dispositivo similar, cuja equivalência está demonstrada.

Classificação
Os dispositivos são integrados nas classes I (baixo risco), IIa (médio risco), IIb (médio risco) e III (alto risco), tendo em conta a vulnerabilidade do corpo humano e atendendo aos potenciais riscos decorrentes da concepção técnica e do fabrico.

Esta classificação é atribuída pelo fabricante tendo em conta as regras de classificação estabelecidas na legislação.

Fronteiras legislativas
Alguns produtos, pela sua finalidade e pelo mecanismo de acção pelo qual é alcançado o principal efeito pretendido no corpo humano, podem ser qualificados como dispositivos médicos ou ter outras qualificações:

¬ Óculos de correção (dispositivo médico) Vs. Óculos de sol (equipamento de protecção individual);

¬ Luvas de exames médicos (dispositivo médico) Vs. Luvas usadas para colheita de amostras do corpo humano (equipamento de protecção individual);

¬ Desinfectante de instrumentos cirúrgicos (dispositivo médico) Vs. Desinfectante de superfícies (biocida).

Avaliação da conformidade
Um dispositivo deve ser apropriado à sua finalidade.

¬ Quando um fabricante produz determinado dispositivo tem que o fazer cumprindo os requisitos legais, que vão desde os materiais usados, à forma como são fabricados e rotulados.

¬ Um dispositivo médico tem que ser avaliado e se tudo estiver em conformidade, é-lhe atribuída a marcação CE e só com ela é que o produto pode ser disponibilizado no mercado europeu.

Registo de dispositivos médicos
Os fabricantes, seus representantes autorizados na União Europeia, e os distribuidores por grosso de dispositivos médicos, como responsáveis pela colocação no mercado de dispositivos médicos, deverão dar cumprimento ao registo dos produtos que comercializam, junto do Infarmed através de um sistema on-line.

Este registo é essencial para o conhecimento dos dispositivos colocados no mercado e dos agentes económicos envolvidos na sua cadeia de distribuição garantindo assim a sua rastreabilidade no mercado, sobretudo na resposta rápida à ocorrência de incidentes.

Aquisição e utilização de dispositivos médicos
Os utilizadores de dispositivos médicos devem preocupar-se em adquirir e utilizar dispositivos que apresentem aposta a marcação CE como prova da sua conformidade com os requisitos essenciais. Poderão, sempre que necessário solicitar junto do fabricante ou do distribuidor do dispositivo documentos que atestem essa conformidade. Deverão, também, verificar se a rotulagem e o folheto informativo se encontra redigido em língua portuguesa e se o dispositivo, a sua finalidade e o seu fabricante estão devidamente identificados na rotulagem.

O utilizador deverá utilizar o dispositivo para o fim previsto pelo fabricante e de acordo com as instruções de utilização, manutenção e/ou calibração.

O utilizador tem um papel essencial na supervisão do mercado informando a autoridade, Infarmed, dos problemas que verifiquem nos dispositivos médicos, de forma a serem adoptadas medidas que evitem a sua repetição. Neste caso, contacte Direção de Produtos de Saúde, Telefone: 21 798 7145 ou e-mail: [email protected].

Supervisão do mercado
O Infarmed, enquanto autoridade competente para os dispositivos médicos, tem como uma das suas principais missões a fiscalização do mercado assegurando que, independentemente da origem dos dispositivos, estes ofereçam iguais níveis de qualidade, segurança e desempenho, garantindo a protecção da saúde pública.

Neste contexto, são realizadas algumas acções de supervisão do mercado direcionadas a determinados grupos de dispositivos médicos, seleccionados com base em processos de amostragem, tendo em conta critérios identificados como relevantes para a protecção da saúde pública, contemplando assim, produtos de fabricantes nacionais e distribuidores por grosso que actuam no mercado nacional.

As actividades de fiscalização baseiam-se em análise documental e/ou laboratorial e/ou inspectiva.

Colocação no mercado
Só poderão ser colocados no mercado os dispositivos médicos que respeitem os requisitos previstos na legislação, quando correctamente disponibilizados, mantidos e utilizados de acordo com a finalidade prevista.

Desta forma o fabricante, antes de colocar o dispositivo médico no mercado europeu, deverá sujeitá-lo a um processo de avaliação da conformidade com tais requisitos, conforme procedimento previsto na legislação aplicável, com vista à aposição da marcação CE. Deve também elaborar a declaração CE de conformidade e notificar a autoridade competente.

À autoridade competente, no caso de Portugal, o Infarmed, cabe tomar todas as medidas necessárias para garantir que os dispositivos médicos existentes no seu mercado respeitam os requisitos de qualidade, segurança e desempenho funcional assegurando assim a protecção da saúde pública.

Onde posso obter mais informação sobre dispositivos médicos?
Para informações mais detalhadas e esclarecimentos adicionais sobre o ciclo de vida dos dispositivos médicos, consulte as áreas técnicas do site do Infarmed ou marque a Linha do Medicamento 800 222 444, que também esclarece sobre produtos de saúde (dispositivos médicos e produtos cosméticos).

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Malo Clinic
A Odontopediatria é a área da Medicina Dentária dedicada à saúde oral de bebés, crianças e adolescen

A cárie precoce da infância, antigamente designada por Cárie de Biberão, é uma doença infecciosa crónica, transmissível e tem origem em causas diversas, que afeta os dentes de leite logo após a erupção dentária. Resulta da adesão de bactérias à superfície dentária que metabolizam os açúcares ingeridos para produção de ácidos, os quais ao longo do tempo levam à desmineralização da superfície dentária. É uma cárie aguda, agressiva e de evolução rápida que provoca sensibilidade (dor), chegando a causar a destruição e a perda precoce dos dentes num curto espaço de tempo. Apresenta-se inicialmente como manchas brancas e opacas que passam despercebidas aos pais na maioria das vezes. Se não houver um acompanhamento da criança o problema pode evoluir para cavitações (lesões de cárie) que, com o tempo, irão adquirir uma coloração acastanhada. Os dentes de leite anteriores superiores são os primeiros a serem afetados seguindo-se o comprometimento dos dentes posteriores numa fase mais tardia.

Em estágios avançados, devido à falta de um diagnóstico precoce, poderão ocorrer graves disfunções a nível da mastigação, fonação, respiração e articulação, prejudicando assim o crescimento e desenvolvimento normal da criança.

O desenvolvimento da doença ocorre devido a hábitos alimentares pouco saudáveis quando não acompanhados de uma correta higiene oral, nomeadamente a ingestão de leite materno e de líquidos açucarados durante o sono como leite, sumos, chás, entre outros. Também pode ocorrer pelo uso de chupetas embebidas em substâncias doces.

Os métodos de prevenção passam por iniciar os hábitos de higiene oral o mais cedo possível, logo após a erupção do primeiro dente. A higiene deve ser realizada 2 a 3 vezes por dia, sendo uma delas obrigatoriamente antes de deitar ou depois do último biberão do dia, com recurso a uma escova com cerdas macias de tamanho proporcional ao tamanho da criança e com pasta dentífrica fluoretada apropriada (incremento não maior que uma ervilha). Nas crianças, o ato de higiene oral deve ser sempre supervisionado pelos pais.

Nos bebés lactentes ainda sem dentes, a higiene oral deve ser feita após a amamentação, com o objetivo de familiarizar a criança com a higiene oral, colocando uma dedeira de borracha ou simplesmente uma gaze embebida em água morna e limpar com movimentos circulares os lábios, a gengiva e a língua. Se a criança ou o bebé vomitarem com muita frequência, a higienização deve ser mais frequente visto que o risco de cárie aumenta com a acidez do vómito.

Outro método preventivo passa por reduzir os níveis de bactérias cariogénicas na saliva dos pais e irmãos da criança, evitando a transmissão bacteriana aquando da partilha de utensílios. Deve também evitar-se o uso do biberão à noite para adormecer a criança, pois os líquidos açucarados irão permanecer em contacto com os dentes durante muito tempo. Uma dieta equilibrada, em que os açucares não são proibidos mas sim controlados, deve ser implementada tão cedo quanto possível.

Quanto ao tratamento, a conduta clínica de cada caso dependerá da extensão das lesões, da idade e do comportamento da criança, assim como da cooperação dos pais. O objetivo é eliminar a dor e diminuir os focos de infeção dentária recorrendo ao tratamento clínico mais adequado. Restaurações a compósito bem como coroas de aço podem ser as alternativas de tratamento escolhidas pelo médico dentista. Uma vez que estamos a falar de crianças muito pequenas, poderá ser necessário recorrer a sedação consciente ou mesmo a anestesia geral de modo a proporcionar um tratamento dentário não doloroso.

É importante a criança perceber que uma visita ao médico dentista é uma experiência positiva. O médico irá controlar o crescimento e desenvolvimento dentário do bebé, dando conselhos sobre a importância do flúor, como manter uma boa higiene oral, como lidar com os hábitos orais da criança, nutrição e dieta. Os pais devem ter a preocupação de levar a criança a consultas de rotina de 6 em 6 meses.

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Investigadores portugueses criam
Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro desenvolveu um dosímetro para tornar mais eficientes os tratamentos de...

O novo dosímetro permite aos médicos aplicar o tratamento radioterapêutico de forma mais eficiente nas células malignas, poupando ao mesmo tempo os tecidos saudáveis, na medida em que fornece informação em tempo real sobre a dose de radiação que está realmente a ser aplicada.

O sistema, desenvolvido no Departamento de Física (FIS) da Universidade de Aveiro (UA), utiliza sondas radiossensíveis com um diâmetro inferior a um milímetro que, implantadas junto ao tumor, ou mesmo no respectivo interior, permitem quantificar a dose de radiação absorvida.

Através de um receptor electrónico externo, que lê os sinais emitidos pelas sondas, os técnicos radioterapêuticos poderão ter controlo absoluto sobre a distribuição e a quantidade da dose entregue nas regiões a tratar, de modo a garantir que estas sejam efectivamente aquelas que foram calculadas e prescritas pelo médico.

A radioterapia é normalmente usada no tratamento de alguns cancros como é o caso do da próstata, do colo do útero, de melanomas ou da degenerescência da mácula ocular.

Nestes casos oncológicos, explica João Veloso, coordenador da equipa de investigação, "o papel do dosímetro reveste-se de uma importância particular porque permite-nos obter uma medida directa da dose e controlar o modo como essa deverá ser distribuída".

"Na modalidade de braquiterapia (radioterapia), para a qual optimizámos o nosso dosímetro, os procedimentos clínicos actuais não incluem ainda dosimetria, uma vez que é necessário um aparelho com características particulares", aponta o responsável pela equipa do grupo Detecção da Radiação e Imagiologia Médica do FIS da UA, que concebeu o novo equipamento.

Para colmatar a lacuna, o dosímetro desenvolvido por João Veloso, Filipe Castro e Luís Moutinho, "preenche os requisitos necessários para essa função dosimétrica, apresentando grande flexibilidade e dimensões reduzidas, leitura em tempo real, equivalência aos tecidos (absorve radiação da mesma forma que os tecidos moles), independência da dose, da energia e da temperatura, bem como a elevada sensibilidade que é imprescindível nessa modalidade de tratamento".

O trabalho dos três investigadores da UA iniciou-se em 2010 e actualmente procuram financiamento para a realização de testes in-vitro, simulando o ambiente clínico, para depois poderem avançar para testes in-vivo.

Termas de Portugal exigem
A presidente da Associação das Termas de Portugal, Teresa Vieira, admitiu hoje que se a comparticipação do Serviço Nacional de...

"Olhando para exemplos estrangeiros, nomeadamente o caso francês, fica claro que se em Portugal tivéssemos comparticipações similares, o nosso número de termalistas duplicava", alegou.

À margem do seminário "Termas de S. Pedro do Sul, potencial para a geração de valor", que decorreu ao longo da manhã, Teresa Vieira sublinhou que o esforço individual de um francês é igual ao de um português.

"A diferença é que os tratamentos em França são comparticipados. Apesar de o nosso poder de compra ser inferior, os nossos termalistas continuam, ano após ano e sem comparticipações, a frequentar as termas porque se sentem melhor", apontou.

Na sua intervenção no seminário, a presidente da Associação das Termas de Portugal referiu que em 2013 foram contabilizados aproximadamente 100 mil aquistas.

Os clientes nacionais são os que mais visitam as 33 estâncias termais em funcionamento no país, representando 89,6 por cento do número de aquistas.

Os clientes estrangeiros representam apenas 10,4 por cento, chegando predominantemente de Espanha.

"82,2 por cento dos clientes estrangeiros são espanhóis, seguindo-se a França, com 8,9 por cento, e a Suíça, com 1,2 por cento", acrescentou.

Já em termos de mercado do turismo global, o turismo de saúde e bem-estar tem uma quota de 14 por cento.

Teresa Vieira aproveitou a ocasião para defender ainda que o termalismo, à semelhança da economia nacional, está a viver uma fase de recuperação.

"Houve uma fase em que se sentiu alguma estagnação e depois uma quebra. No entanto, já estamos a sentir alguma retoma, embora não com toda a força com que desejávamos, devido aos investimentos feitos", concluiu.

Pesquisadores norte-americanos descobrem
Uma equipa médica norte-americana da Universidade do Arizona anunciou ter descoberto um novo tratamento para o cancro do ovário...

Os resultados de uma pesquisa realizada por investigadores do Centro Médico de St. Joseph, na Universidade do Arizona, indicam que o novo tratamento pode melhorar as taxas de respostas (aumento da taxa de redução do tumor), e mostra uma tendência na melhoria da sobrevivência, mas os dados ainda não garantidos.

O responsável pela Divisão de Oncologia Ginecológica na Universidade do Arizona, Bradley J. Monk, considerou que o cancro de ovário é quase sempre fatal, pelo que os novos tratamentos “são desesperadamente necessários".

De acordo com Bradley J. Monk, a nova terapia não aumenta riscos de hipertensão arterial e a perfuração do intestino como acontece com outros medicamentos já existentes, além de ter um impacto semelhante na redução do tumor, ao ser capaz de atrasar a progressão do cancro.

Centro Hospitalar de São João
Os presidentes demissionários dos conselhos directivos de todas as Unidades Autónomas de Gestão do Centro Hospitalar de São...

Numa carta enviada ao presidente do Conselho de Administração, António Ferreira, os responsáveis pormenorizam as razões da sua decisão referindo, no que se refere à governação clínica, que se verifica "uma progressiva desarticulação inter-hospitalar e com os cuidados de saúde primários, situação que se tenderá a agravar com a aprovação da portaria 82/2014".

"A reforma hospitalar tem-se traduzido mais pela constituição de repetidos grupos de trabalho, cujos relatórios não chegam à implementação, faltando verdadeiras decisões que impeçam a deterioração do funcionamento hospitalar", afirma o grupo demissionário.

Em relação à gestão operacional. O grupo argumenta que "tem sido impossível a substituição de equipamentos médicos vitais, em função do seu normal desgaste" e que "os sistemas de informação, cujos problemas diários afectam de forma profunda a prestação dos profissionais de saúde, não permitem responder às necessidades dos serviços clínicos".

"O financiamento, com a nova redução proposta para o contrato-programa de 2014, não valoriza o esforço efectuado pelo CHSJ, desde 2006", sublinham os presidentes das UAG.

Os responsáveis referem que "a gestão de recursos humanos, dos vários grupos profissionais, em resultado de processos longos, burocráticos, erráticos e centralizados, impede decisões racionais e ajustadas à realidade, o que provoca o aumento da despesa, a desmotivação dos profissionais e a deterioração na prestação de cuidados de saúde" e "na área médica, em função da sua especificidade, estes problemas são ainda mais graves".

O grupo demissionário aponta a "carência de informação da tutela: desconhecimento do modo, tempo e objectivos da política de recursos humanos médicos praticada. Os procedimentos são alterados sucessivamente, os calendários dos concursos não são previamente conhecidos, as modalidades dos concursos têm variado constantemente, os critérios e a valorização das carências apontadas são desconhecidos, o proposto pelo CA à tutela acaba por não ter qualquer relação com as vagas atribuídas, as razões das alterações subsequentes são desconhecidas e não servem as carências reais".

Referem ainda a "desadequação progressiva dos sucessivos modelos de contratação de médicos à real organização, complexidade e diferenciação dos hospitais. Com o modelo de recrutamento aplicado pela tutela, não é possível valorizar a especialização, a diferenciação e motivação dos candidatos, para áreas muito específicas e que exigem planeamento e formação a médio/longo prazo".

Os subscritores do documento reconhecem que o CHSJ, desde que foi transformado em EPE, em Dezembro de 2005, tem efectuado "um trabalho sério e efectivo na racionalização dos seus recursos humanos, conseguindo aumentar a produção e os indicadores de qualidade, com uma redução do número de profissionais e das horas extraordinárias, demonstrando de forma clara a sua capacidade e responsabilidade nesta área (de acordo com a monitorização que a ACSS efectua e disponibiliza on-line no seu site, o CHSJ é o melhor hospital do seu grupo).

"Não podendo continuar a assegurar o cumprimento da missão para que foram nomeados", os presidentes dos Conselhos Directivos de todas as Unidades Autónomas de Gestão, das áreas clínicas, sublinham que não possuem condições para continuar a exercer as suas funções. 

Entidade Reguladora da Saúde
A maioria dos centros de saúde fiscalizados pela Entidade Reguladora da Saúde apresentava filas de espera de utentes, durante a...

No seguimento de uma reportagem na sobre o alegado desvio de doentes de centros de saúde para clínicas privadas, por médicos em duplo emprego, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) realizou, em 2013, 26 acções de fiscalização a centros de saúde nas cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS).

Destas 26 unidades fiscalizadas, 15 apresentavam utentes à porta, com o objectivo de garantirem o atendimento médico para o próprio dia.

De acordo com uma deliberação da ERS, "evidenciou-se, de modo particular", o número de utentes presentes à porta das unidades Centro de Saúde da Marinha Grande e Centro de Saúde de Alhandra: 30 e 26, respectivamente.

A ERS recorda que "os utentes devem ser atendidos de acordo com os critérios fixados na lei e de acordo com as suas necessidades efectivas de cuidados de saúde, não sendo permitidos quaisquer comportamentos de não aceitação de pedidos de consulta e/ou utilização de procedimentos alternativos ao sistema de marcação de consultas".

O Regulador remete para os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para o acesso a cuidados de saúde, os quais determinam que o utente com doença aguda deve ser atendido "no dia do pedido".

"Os utentes devem ser atendidos de acordo com os critérios fixados na lei e de acordo com as suas necessidades efetivas de cuidados de saúde, não sendo permitidos quaisquer comportamentos de não aceitação de pedidos de consulta ou utilização de procedimentos alternativos ao sistema de marcação de consultas", deliberou a ERS.

Neste sentido, a ERS decidiu proceder à emissão de uma instrução a todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e Unidades Locais de Saúde (ULS), em funcionamento em Portugal Continental, para que estes adotem, "de forma imediata, todos os comportamentos que garantam, efectivamente, o rigoroso cumprimento de todas as regras estabelecidas no quadro legal relativo aos TMRG".

Estas instituições também têm de adoptar imediatamente "um procedimento interno que garanta uma triagem assente em critérios clínicos e que permita a diferenciação, legalmente estabelecida, entre motivo de doença aguda e motivo não relacionado com doença aguda", para efeito de atendimento não programado no próprio dia do pedido".

As cinco ARS têm agora 30 dias para estabelecerem "procedimentos claros, precisos, concretos e completos, para aplicação de forma harmonizada nos ACES das suas áreas de atuação, que garantam o cumprimento escrupuloso de todas as regras estabelecidas no quadro legal relativo aos TMRG".

Este organismo sublinha que o desrespeito de norma ou de decisão da ERS é punido com coima entre os mil e os 44891 euros.

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