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Riscos associados à viagem

Atualizado: 
16/09/2014 - 12:05
Aproxima-se o tempo de planeamento e marcação de férias. Os planos devem também incluir os riscos e os cuidados que deve ter em relação à sua saúde e dos que consigo viajam.
Riscos viagem

Quando planeia uma viagem deve ter em conta determinados pontos-chave fundamentais para determinar os riscos a que está exposto. Deve começar por analisar o destino, a duração da estadia, o objectivo da viagem, os padrões de alojamento e de higiene alimentar, bem como o comportamento de quem viaja

Os destinos com padrões elevados de alojamento, de condições de higiene e de qualidade da água, de cuidados sanitários e de assistência médica, apresentam riscos mínimos para a saúde do viajante, excepto se este for portador prévio de uma doença.

É o que acontece com os viajantes de negócios e com os turistas que visitam cidades e os principais centros turísticos, que ficam geralmente alojados em instalações de boa qualidade.

Pelo contrário, os destinos com alojamentos de baixa qualidade, inadequadas condições de higiene ou sanitárias, sem assistência médica ou água potável indisponível, podem apresentar sérios riscos para a saúde dos viajantes. É o que acontece com algum pessoal das agências humanitárias que trabalha em projectos de emergência ou de desenvolvimento, assim como com os turistas que se aventuram em zonas remotas.

Nestes casos devem ser tomadas precauções estritas para evitar infecções e doenças. A duração da estadia, o comportamento e o estilo de vida do viajante (também) são importantes na determinação da probabilidade de exposição a muitos agentes infecciosos.

Estes factores, por sua vez, influenciam a decisão relativa à necessidade de certas vacinações ou medicação antimalárica, por exemplo. A duração da estadia pode igualmente determinar se o viajante vai estar sujeito a alterações expressivas de temperatura e de humidade ou a uma exposição prolongada, por exemplo, a poluição atmosférica.

O objectivo da viagem é um aspecto crítico relativamente aos riscos para a saúde. Uma viagem de negócios a uma cidade, em que o viajante permanece no hotel ou num centro de conferências de elevada qualidade, ou uma viagem de turismo para uma estância bem organizada, envolvem riscos mínimos ou inexistentes.

Pelo contrário, uma viagem que tenha por objectivo visitar uma área rural remota, independentemente de esta se efectuar por prazer ou em trabalho, comporta riscos potencialmente acrescidos para a saúde.

Nestes casos, o comportamento do viajante é outro aspecto importante. Por exemplo, sair para a rua no momento em que os mosquitos transmissores da malária estão mais activos (ao entardecer), numa área endémica de malária, sem tomar as devidas precauções, pode resultar numa infecção por malária.

A exposição a certos insectos, roedores ou outros animais, assim como a ingestão de alimentos ou água contaminados, associados à ausência de assistência médica apropriada nalgumas regiões, torna as viagens para este tipo de zonas remotas particularmente perigosas.

O estojo médico e os artigos de higiene pessoal

Definidas as condições anteriormente referidas, deve levar consigo os suplementos médicos de acordo com as possíveis necessidades e duração da viagem.

Assim, viajar com um estojo médico para todos os destinos onde possam existir elevados riscos para a saúde, nomeadamente a maioria dos países em vias de desenvolvimento e/ou locais onde seja difícil adquirir medicamentos de qualidade garantida, é fundamental.

Este estojo deve incluir medicamentos básicos para o tratamento de afecções comuns – febre, dores de cabeça, diarreia, etc. - artigos de primeiros socorros e alguns medicamentos mais específicos, que possam ser necessários ao viajante.

Determinadas categorias de medicamentos, obrigatoriamente prescritos pelo médico, devem ser acompanhados de um certificado médico, assinado pelo clínico, que ateste a necessidade de o viajante precisar da medicação em causa para uso pessoal. Alguns países exigem não só uma assinatura do médico, mas também a assinatura da administração nacional de saúde do país de origem.

Todos os medicamentos devem ser transportados na bagagem de mão para minimizar o risco de perda dos mesmos durante a viagem. Um fornecimento de reserva na bagagem é uma precaução de segurança em caso de perda ou roubo.

Os artigos de higiene pessoal também devem ser transportados em quantidade suficiente para toda a estadia a não ser que a sua disponibilidade esteja assegurada no destino (não esquecer os artigos necessários para os cuidados dentários, da pele, da higiene pessoal e para os olhos, nomeadamente lentes de contacto ou óculos).

Fonte: 
Instituto Superior Técnico
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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