Relatório 2012

Vigilância Laboratorial da Tuberculose Em Portugal

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge disponibiliza o relatório anual da Rede de Laboratórios VigLab Tuberculose, elaborado pelo Laboratório Nacional de Referência de Micobactérias do Departamento de Doenças Infecciosas deste Instituto.

Em 2012 foram diagnosticados em Portugal 2480 casos de tuberculose (dados do Programa Nacional de luta contra a Tuberculose da Direcção-Geral da Saúde), dos quais 2286 correspondem a casos novos (taxa de incidência de 21,6/100.000 habitantes). A incidência de tuberculose multirresistente (TB-MR) tem vindo a diminuir representando 0,56% (14 casos) do total dos casos de TB registados em 2012. Esta é uma proporção inferior à média na UE e encontra-se praticamente circunscrita às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Do relatório de vigilância laboratorial relativo ao ano 2012, destacam-se os seguintes resultados:

  • Embora se continue a verificar a tendência decrescente do número de casos incidentes de TB em Portugal, o problema da TB-MR continua a ser uma realidade preocupante.
  • O número de casos de TB confirmados dos quais se conhece o perfil de susceptibilidade aos antibacilares tem vindo a diminuir, sendo que é cada vez mais frequente os doentes iniciarem tratamento empiricamente com base apenas em critérios clínicos e radiológicos.
  • De acordo com o último relatório do PNT, em 2012 foram notificados 1358 casos com resultados de TSA de 1ª linha. Do total de 2480 casos notificados, 45% foram tratados com base nos critérios clínicos e radiológicos.
  • A confirmação de casos de TB e estudo de TSA de 1ª linha tem vindo a diminuir no INSA e a aumentar nos laboratórios hospitalares.
  • Em 2012, houve menos casos de TB-MR notificados ao SVIG, relativamente aos casos confirmados no INSA, podendo indiciar atrasos na notificação clínica.
  • O relançamento do sistema de vigilância de base laboratorial da tuberculose contribuirá para reforçar o PNT e optimizar as políticas de saúde. Com a genotipagem das estirpes, o VigLab TB permitirá conhecer os clusters endémicos e não endémicos presentes na população e, consequentemente, o entendimento das cadeias de transmissão da doença.
Fonte: 
INSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.