Segue o exemplo da União Europeia
O Governo indiano anunciou que irá proibir a importação de todos os cosméticos testados em animais.

A proibição arranca a 13 de Novembro e segue o exemplo da União Europeia, que tomou a mesma decisão há cinco meses. Também Israel já proibiu os cosméticos testados em animais. Esta decisão, que terá um impacto muito grande na indústria da cosmética e até na sociedade indiana, foi impulsionada por várias campanhas em defesa dos direitos dos animais, lideradas por organizações como a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) e a Humane Society International Índia(HSI). “A Índia vai tornar-se na primeira área do sul da Ásia a proibir cosméticos que fazem testes em animais. É um exemplo para outros países”, explicou a HSI ao Times of India.

“Esta é uma mensagem para todo o mundo: a Índia não vai tolerar que ceguem coelhos para [produzir] champô, máscaras ou outros produtos de beleza”, explicou Chaitanya Koduri, conselheiro de ciência da PETA.

Segundo o Inhabitat, a PETA espera que os próximos países a banir a importação de cosméticos testados em animais sejam o Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Taiwan e Estados Unidos.

 

No Dia Mundial da Alimentação
A Associação Portuguesa dos Nutricionistas e o Chefe Jorge Sousa deram forma ao Livro de Receitas inspiradas na Dieta...

Hoje nas estações do Metropolitano em Lisboa (Baixa-Chiado e Entrecampos) e no Porto (Trindade) decorrerá uma acção de sensibilização onde os interessados poderão receber gratuitamente um exemplar do Livro de Receitas, bem como informação mais detalhada sobre o iogurte.

O Programa “Um Iogurte por Dia” promovido pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas, em conjunto com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, não quis deixar de assinalar o Dia Mundial da Alimentação e promove hoje um conjunto de iniciativas que visam sensibilizar a população para a importância de uma alimentação saudável e equilibrada em que o iogurte pode ser uma alternativa nutricionalmente interessante.

Assim, hoje o Programa “Um Iogurte por Dia” lança um Livro de Receitas inspiradas na Dieta Mediterrânica e desenvolvidas pelo Chefe Jorge Sousa, do Hotel Crowne Plaza Porto, em conjunto com a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN). “Neste livro é possível ficar a conhecer um pouco mais sobre a Dieta Mediterrânica, mundialmente reconhecida como um dos padrões alimentares mais equilibrados e saudáveis, com reconhecidos benefícios para a saúde” destaca Célia Craveiro, Presidente da Direção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, acrescentando que “procuramos também demonstrar neste livro a vantagem de incluir o iogurte nas confecções culinárias, tendo em conta que este pode funcionar como um substituto de ingredientes mais calóricos como as natas ou a maionese, aumentando por outro lado a cremosidade e consistência de molhos, preparações e recheios.”

A partir de hoje o programa “Um Iogurte por Dia” conta também com um website www.1iogurtepordia.pt, um espaço virtual próprio que pretende constituir-se numa plataforma onde toda a informação relevante do Programa “Um Iogurte Por Dia” pode ser descoberta, permitindo que a informação esteja acessível para todos. A versão digital do Livro de Receitas, bem como outras publicações sobre o iogurte, estará disponível para download ou consulta a qualquer momento.

Com o objectivo de alertar os portugueses de forma mais impactante para a importância da alteração de alguns hábitos e comportamentos alimentares e apresentar o iogurte como uma alternativa saudável, o Programa “Um Iogurte por Dia” vai descer a algumas estações do Metropolitano em Lisboa e no Porto e ao longo de todo o dia vai distribuir gratuitamente exemplares de uma edição limitada do Livro de Receitas, bem como informação sobre o iogurte. Em paralelo, está, em curso uma campanha de sensibilização do Programa em televisão, rádio e algumas plataformas digitais que decorrerá durante toda a semana.

 

Informação adicional sobre o iogurte

As vantagens nutricionais do consumo de iogurte, segundo o Consenso Científico da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, são:

Tem proteínas de elevado valor biológico - Com um papel essencialmente construtor, estes nutrientes são fundamentais para o crescimento, manutenção e regeneração do nosso organismo.

Com vitaminas, principalmente do complexo B - Regulam funções vitais no nosso organismo, sendo essenciais para o crescimento normal e para a manutenção da saúde.

Contém minerais, em especial o cálcio e o fósforo – O cálcio é essencial para a formação, manutenção e reparação do esqueleto. E o fósforo é seu aliado nesta função.

Saudável e equilibrado – É um alimento com muitos nutrientes essenciais, tendo uma elevada densidade nutricional.

Saboroso – Existem iogurtes para todos os gostos: do natural, com pedaços ou polpa de frutos, aromatizado, líquido, cremoso ou sólido… o difícil é escolher!

Por tudo isto, o iogurte é o snack ideal – O seu equilíbrio nutricional, sabor e variedade tornam o iogurte um alimento perfeito para os lanches.

 

Sobre o Programa “Um Iogurte Por Dia”

Promovido pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, o Programa “Um Iogurte por Dia” é um projecto que visa sensibilizar, através da implementação de iniciativas e divulgação de informação, a população portuguesa para a importância das pequenas refeições numa alimentação saudável, e que apresenta hipóteses de lanches saudáveis com iogurte, um alimento nutricionalmente relevante e ao alcance de todos.

 

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16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação

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Quase 43% das crianças aumentaram consumo de fruta

30 a 40% das mulheres obesas têm dificuldade em engravidar

Organização Mundial de Saúde divulga
A Organização Mundial de Saúde divulga manual com 12 recomendações que podem ajudar a diminuir para metade o número de novos...

O novo Código Europeu contra o Cancro resulta de uma investigação liderada por Joachim Schuez, da Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS), e resume em 12 passos simples as medidas que cada indivíduo pode adoptar e integrar no seu comportamento diário, de forma a reduzir o risco de contrair a doença.

Segundo o especialista, levar em conta estas recomendações pode ajudar a reduzir para metade o número de novos casos de cancro na Europa. Actualmente, são diagnosticados por ano 2,5 milhões de casos de cancro no continente europeu.

Sendo o tabaco a principal causa de cancro na Europa, as primeiras recomendações relacionam-se precisamente com a necessidade de evitar os cigarros.

 

Código Europeu contra o Cancro:

1. Não fume nem use qualquer forma de tabaco.

2. Garanta que a sua casa é um ambiente livre de fumo do tabaco. Apoie políticas anti-tabaco no seu local de trabalho.

3. Mantenha um peso saudável.

4. Seja fisicamente activo. Coloque limites ao tempo que passa sentado.

5. Faça uma alimentação saudável: coma cereais integrais, leguminosas, vegetais e fruta, corte nos alimentos calóricos (ricos em gorduras e açúcar) e bebidas açucaradas, evite carne processada, carnes vermelhas e alimentos com alto teor de sal.

6. Se consome álcool, corte na quantidade. Não beber álcool é aconselhável para prevenir o cancro.

7. Evite o sol, especialmente as crianças. Use protecção solar e não use solários.

8. No seu local de trabalho, proteja-se das substâncias cancerígenas seguindo as instruções de segurança e saúde.

9. Descubra se está exposto a altos níveis de radiação em casa e tome medidas para os reduzir.

10. Amamentar reduz o risco de cancro da mãe. Se puder, amamente o seu filho. Terapias de substituição hormonal aumentam o risco de determinados cancros, evite-as.

11. Garanta que os seus filhos participam em programas de vacinação para a hepatite B, no caso dos recém-nascidos, e para o HPV (para as raparigas).

12. Participe em rastreios do cancro do intestino (homens e mulheres), cancro da mama e cancro do colo do útero.

 

No próximo dia 24 de Outubro
Os administrativos e auxiliares dos hospitais e centros de saúde vão estar em greve no dia 24 deste mês para exigir a reposição...

Segundo adiantou hoje a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que convocou a greve, os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sentem-se exaustos com “a completa desregulação de horários de trabalho”.

Luís Pesca, dirigente sindical, afirmou à agência Lusa que a “enorme falta de pessoal” nos serviços de saúde faz com que funcionários auxiliares, técnicos e administrativos trabalhem diariamente 10, 12 ou 16 horas. “No fim de uma semana temos claramente horários acima das 40 horas sem que haja pagamento de horas extraordinárias”, declarou.

De acordo com o sindicalista, as horas de trabalho a mais não são pagas, sendo transformadas “ilegalmente” numa bolsa de horas que são depois de difícil utilização pelos profissionais. “Temos casos de pessoas que têm 50 a 60 dias para gozar de compensação. Este trabalho não pago é desumano e há trabalhadores exaustos”, referiu Luís Pesca.

Segundo o sindicato, a greve, a realizar entre as 00.00 e as 24.00 horas do dia 24 de Outubro terá “impactos enormes” nos hospitais e centros de saúde e pode causar “muitas perturbações em vários actos ou procedimentos”, incluindo até cirurgias.

“Iremos respeitar os serviços mínimos e ninguém ficará sem auxílio no serviço de urgência. Mas a greve tem graves implicações na maior parte dos serviços de saúde”, declarou Luís Pesca.

Quanto à contratação de mais trabalhadores, a Federação refere que seriam necessários “milhares de trabalhadores”, estimando que a carência em todos os serviços de saúde públicos seja acima dos 20 mil funcionários.

A Federação lamenta ainda a forma “diferenciada” com que o ministro da Saúde tem tratado estes sindicalistas ao nunca ter recebido elementos desta organização que representa os auxiliares, administrativos e outros técnicos da saúde.

 

Especialistas defendem criação de associação de inscrição obrigatória
O presidente da Associação Portuguesa dos Técnicos de Prótese Dentária denunciou hoje a “desregulamentação total” da actividade...

“Uma associação de inscrição obrigatória é a única maneira de fazer um controlo. O Estado não tem capacidade para fazer fiscalização. Se criarem uma organização de inscrição obrigatória – como as ordens dos Médicos, dos Médicos Dentistas ou dos Engenheiros - a profissão passa a ser regulada”, disse Luís Costa, presidente da Associação Portuguesa dos Técnicos de Prótese Dentária (APTPD),

Na sexta-feira e no sábado tem lugar uma reunião, no Porto, que vai reunir cerca de 300 profissionais, e a regulamentação será um dos assuntos em análise. A profissão encontra-se regulamentada ao nível da actividade geral das Tecnologias da Saúde, anteriormente conhecidas por Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica. No entanto, a regulamentação da actividade específica do Técnico de Prótese Dentária (TPD) ainda está por se definir em regulamento próprio.

Outra questão que irá ser abordada no encontro relaciona-se com o licenciamento dos laboratórios. “Os laboratórios só podem funcionar com o devido licenciamento industrial, porém não existe uma igualdade na aplicação do regulamento. Quer dizer que existe regulação que é da responsabilidade das autarquias, mas a mesma não é aplicada de igual forma em todo o país. Grande parte dos laboratórios não consegue regular as suas instalações”, disse o responsável.

Luís Costa frisou que “mais de 90% dos laboratórios não tem sequer autorização de funcionamento e quando vão às câmaras para tratar do processo de legalização deparam com problemas complicados. Se vou à Câmara do Porto, pedem uma coisa, se vou à da Maia pedem outra e em Lisboa outra diferente. Não há enquadramento e esse é um problema grave”.

Luís Costa referiu ainda que “não existe fiscalização” o que, em seu entender, põe em causa a saúde dos utentes. “Ao nível de saúde pública, a situação é completamente anárquica, é à portuguesa, enquanto não der muitos problemas vão sendo encobertos e as coisas continuam assim”, lamentou.

Segundo disse, “as entidades com que a associação tem contactado não têm meios de fiscalização” referindo a Administração Central do Sistemas do Saúde, as câmaras municipais e a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

“Na realidade, um dos objectivos é estimular o aparecimento não só de TPD, mas também o desejo de ter o maior número possível de médicos dentistas com o objectivo de se sentirem motivados à partilha de experiencias e conhecimentos entre duas profissões que estão ligadas umbilicalmente”, sublinhou o presidente da APTPD.

A APTPD é uma associação de cariz profissional e científico de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que se dedica à salvaguarda dos interesses profissionais e deontológicos dos seus associados.

A associação tem como objectivo o estudo e o progresso científico da prótese dentária, incentivar a pesquisa, investigação, formação. Defender e promover os interesses sociais, técnico-científicos e profissionais dos seus associados, incluindo a formação, educação e profissionalização técnico-científico dos jovens que optem por fazer formação de nível superior nesta área.

 

Serviço de Anestesiologia
O Serviço de Anestesiologia do Hospital de São João criou um registo informático para os doentes difíceis de ventilar ou...

A cerimónia de entrega dos cartões a doentes de “Via Aérea Difícil” realizou-se no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Anestesiologia, data indicada para reflectir sobre a dificuldade de um anestesiologista em ventilar ou intubar um doente.

Em comunicado, o serviço de Anestesiologia do Hospital de São João, no Porto, explica que “com a criação do registo informático de Via Aérea Difícil, nos últimos dois anos, foi possível sinalizar doentes de risco e ajustar a abordagem dos mesmos em procedimentos anestésicos subsequentes”.

Apesar das complicações associadas ao manuseio da Via Aérea serem raras, “estão associadas a uma alta morbilidade e mortalidade”, sendo que a situação mais dramática surge numa incidência inferior a um por cada 50 mil anestesias gerais, mas está associada “a 25% das mortes intra-operatórias associadas à anestesia”, esclarece o comunicado.

Em declarações à Lusa, a anestesista do Hospital de São João Patrícia Santos explicou que estes cartões servem como identificação para um “cadastro electrónico que permite registar os antecedentes médicos, anestésicos e cirúrgicos através de relatórios em PDF. Nestes relatórios constam a abordagem da via aérea realizada pelo anestesiologista responsável”.

“Sempre que o doente der entrada neste hospital, ou em qualquer outro hospital nacional, deve apresentar o cartão que o identifica como portador de Via Aérea Difícil – o que vai permitir o acesso aos seus dados clínicos e facilitar a informação sobre a sua dificuldade em intubar ou ventilar o doente e, portanto, permitir um tratamento melhor e mais eficaz”, concluiu a anestesista.

O Serviço de Anestesiologia do Centro Hospital do São João iniciou em 2012 um registo electrónico de todos os episódios de Via Aérea Difícil e o objectivo futuro é “continuar a investir na identificação de situações de risco, associado à aquisição de novas competências e formação dos futuros profissionais”, conclui o comunicado.

 

Prémio João Cordeiro
O projecto DigitalPharma conquistou o I Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia. O galardão foi entregue hoje na sede da...

O júri presidido por Diogo de Lucena atribuiu o prémio principal à DigitalPharma, uma solução móvel que permite ao utente interagir com a farmácia facilitando – pela mobilidade e portabilidade – o acesso ao medicamento, a adesão à terapêutica e a farmacovigilância. Trata-se de uma aplicação móvel na qual o utente pode informar previamente a sua farmácia sobre o medicamento ou produto de saúde de que necessita e receber avisos para proceder às tomas do seu medicamento, de acordo com a prescrição médica e as indicações do farmacêutico ou comunicar reacções adversas. Com este projecto, a farmácia e o serviço do farmacêutico vão para além do momento da dispensa, contribuindo com isso para uma maior qualidade do serviço à comunidade e mais saúde para os utentes.

Na génese deste projecto estão professores da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o que mais uma vez demonstra o dinamismo, potencial interdisciplinar e de ligação às empresas e à comunidade do meio universitário português.

Na cerimónia foi também atribuído um prémio na categoria de Instrumentos de Gestão. Distinguiu-se um projecto que nasceu da mente quatro jovens empreendedores espanhóis e que já conquistou a adesão das primeiras 40 Farmácias em Espanha.

O Evolufarma é uma solução de comunicação multicanal desenhada para, mais uma vez, aproximar as farmácias das comunidades que servem.

Trata-se de uma solução de comunicação multicanal, que permite às farmácias aproximarem-se mais da comunidade que servem. Neste caso, possibilita manter a comunidade a par de novos programas de saúde pública, bem-estar e promocionais criados pela sua farmácia, permitindo a cada farmácia diferenciar a sua identidade, construir a sua marca junto da comunidade e comunicar de forma direccionada aos interesses de cada utente.

Promovido pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), o prémio destina-se a apoiar projectos originais no âmbito da intervenção e do conhecimento em Saúde, que incentivem à inovação e desenvolvimento nas farmácias portuguesas. Conta com um conjunto de características que o tornam único em Portugal: pelo impacto prático e valor real acrescentado no universo das farmácias, por ser dirigido a entidades de qualquer sector profissional e não só a farmacêuticos e por não premiar realizações passadas mas projectos a concretizar.

Foram apresentados 22 trabalhos a concurso, avaliados por um júri independente presidido por Diogo de Lucena e composto por um conjunto de personalidades de relevo em várias áreas, sobretudo atentas às questões do empreendedorismo e inovação.

Ao atribuir ao Prémio o nome de João Cordeiro, a ANF presta também homenagem à visão empreendedora do líder histórico das farmácias, para que o seu exemplo seja um estímulo ao desenvolvimento do sector.

Saiba mais sobre os projectos vencedores:

DigitalPharma (vencedor do Prémio Principal)

O projecto DigitalPharma consiste numa aplicação móvel, capaz de revolucionar a relação dos utentes com a sua farmácia.

A solução proposta facilita o acesso ao medicamento, a adesão à terapêutica e a farmacovigilância.

Na génese deste projecto estão professores da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o que mais uma vez demonstra o dinamismo, potencial interdisciplinar e de ligação às empresas e à comunidade do meio universitário português.

A aplicação DigitalPharma permite a cada utente informar previamente a sua farmácia sobre o medicamento ou produto de saúde de que necessita.

O utente saberá sempre o caminho mais rápido para as farmácias da sua zona. O utente beneficiará, com grande facilidade, de toda a informação técnica e científica relevante sobre o seu medicamento. Poderá, ainda, solicitar entregas domiciliárias.

A qualidade do serviço farmacêutico é potenciada para além do momento da dispensa.

O utente poderá calendarizar e receber, no seu telemóvel, avisos relativos aos momentos adequados para proceder às tomas do seu medicamento, de acordo com a prescrição médica e as indicações do farmacêutico.

Esta ferramenta permite ainda comunicar reacções adversas ao Infarmed, tornando assim mais robusto o sistema de farmacovigilância em Portugal.

Pelas suas características, o DigitalPharma pode ser adoptado noutros sectores de actividade, podendo vir a constituir-se como mais uma oferta de inovação e desenvolvimento das farmácias à sociedade portuguesa.

 

Evolufarma (vencedor na categoria: Instrumentos de Gestão)

O projecto Evolufarma foi uma das candidaturas internacionais apresentadas ao Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia 2004.

O Evolufarma é uma ideia de quatro jovens empreendedores e já conquistou a adesão das primeiras 40 Farmácias em Espanha.

Trata-se de uma solução de comunicação multicanal, que permite às farmácias aproximarem-se mais da comunidade que servem.

Este projecto permite aos utentes estarem permanentemente a par de novos programas de saúde pública, bem-estar e promocionais criados pela sua farmácia, através dos canais da sua preferência: e-mail, SMS, aplicações móveis, ou qualquer outra plataforma Web. O projecto permite ao cliente escolher o tipo de informação em que está interessado. Por outro lado, permite a cada farmácia diferenciar a sua identidade, construir a sua marca junto da comunidade e comunicar de forma direccionada aos interesses de cada utente.

O projecto foi já distinguido por entidades de reconhecido prestígio, como a Telefónica espanhola e a IE Competition.

Os seus promotores apresentam-no como meio de promoção, no Século XXI, do modelo da farmácia mediterrânica, focado na diferenciação dos seus recursos humanos e na qualidade do serviço farmacêutico.

Num momento em que as farmácias portuguesas, filiadas na ANF, assinaram com o Estado um acordo com vista ao desenvolvimento de serviços de prevenção e promoção da saúde, este projecto tem grande potencial como ferramenta de suporte aos dois grandes objectivos desse acordo: ganhos em saúde para a população e ganhos de eficiência na despesa pública em Saúde.

 

Profissionais que trabalham com idosos juntam-se
Iniciativa da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra agendada para o...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo dia 27 de Outubro, o 5º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, a decorrer entre as 9h00 e as 18h00 nas instalações do Pólo A, e para o qual aguarda a presença de profissionais que trabalham com a pessoa idosa, investigadores, profissionais e estudantes de áreas como a Enfermagem, a Medicina, a Farmácia, a Psiquiatria, a Gerontologia, o Serviço Social ou as Ciências da Educação.

As competências gerontogeriátricas dos enfermeiros, a adesão e gestão de terapêutica na pessoa idosa, a intergeracionalidade e os rumos da investigação nesta área do conhecimento são assuntos em destaque neste 5º Colóquio, cujo programa pode ser consultado na página Web do evento, em http://www.esenfc.pt/event/5cesc.

A sessão de abertura, às 9h00, será feita pela Presidente da ESEnfC, Maria da Conceição Bento.

Para este 5º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, a organização conta com a participação de vários docentes da ESEnfC e de especialistas de serviços de saúde e de instituições de ensino superior como o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a Casa de Saúde Rainha Santa, a Escola Superior de Enfermagem de Vila Real e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

Organizado, anualmente, pela Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso da ESEnfC, o Colóquio pretende ser um espaço de reflexão académica, com uma participação aberta, procurando testemunhos de conhecimento e competência.

 

Um em cada cinco homens sofre com a doença
Apesar de a osteoporose ser frequentemente considerada uma doença de mulheres, já que uma a cada três sofrem da doença, tem...

De acordo com uma pesquisa recente, levada a cabo pela IOF (Fundação Internacional da Osteoporose), o principal motivo está relacionado com o facto de se considerar esta uma doença maioritariamente feminina e de, consequentemente, o sexo oposto ignorar a importância do rastreio.

Neste sentido, e no âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, que se comemora na próxima segunda-feira, dia 20 de Outubro, o Spine Center alerta para os perigos associados a este desconhecimento e para o facto de esta doença ser muitas vezes silenciosa e mascarada. Luís Teixeira, médico-fundador deste centro, um dos que realiza mais intervenções na área da coluna a nível nacional, sediado em Coimbra, considera que estes dados não podem ser ignorados: “Embora a prevenção da osteoporose deva ter início desde cedo, há vários procedimentos que precisam de ser tidos em conta; nomeadamente a prática de desporto já que é extremamente importante para o aumento da densidade óssea. A corrida, por exemplo, estimula as células que ajudam na manutenção de ossos fortes. Mas cada caso é um caso.” Explica o médico que reitera, também, a importância de um rastreio masculino e feminino a partir dos 65 anos, independentemente dos factores de risco.

Os dados deste estudo demonstram, que um em cada cinco homens, acima dos 50 anos sofre com a descalcificação óssea, que se manifesta em fracturas, nomeadamente osteoporóticas da coluna. Estimando-se que o número de pessoas do sexo masculino afectadas pela osteoporose seja de 900 milhões em 2050.

“A ingestão da dose diária recomendada de cálcio e de vitamina D, assumem uma importância grande para a saúde dos nossos ossos.” Acrescenta ainda o cirurgião ortopedista que relembra que a fractura dos ossos da bacia e do quadril é uma das lesões ortopédicas que mais resultam em morte na terceira idade.

 

Sociedade pouco preparada para aceitar
Procedimento tem gerado interesse mas ainda é de acesso restrito em Portugal: só em situação de infertilidade ou doença.

Há cada vez mais mulheres portuguesas interessadas em congelar óvulos para adiar a maternidade, embora na maior parte das vezes não concretizem esse desejo, escreve o Diário de Notícias Online. O assunto envolve polémica e voltou a estar na ordem do dia com a notícia de que a Apple e o Facebook pagam o procedimento às colaboradoras que queiram congelar os ovócitos. Por cá, não há empresas a fazê-lo, mas há mulheres que anseiam congelar o projecto da maternidade à espera do “príncipe encantado”.

“A prática não é corrente em Portugal. O Serviço Nacional de Saúde não custeia [excepto para doentes sujeitos a quimio ou radioterapia] e há clínicas privadas que o fazem, mas são situações muito restritas”, assegura Ana Teresa Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR). A sociedade portuguesa “ainda não está preparada para aceitar” este procedimento. As empresas que o fazem não o publicitam, explica a responsável, “porque é um assunto tabu”, mas a médica adianta já ter recebido solicitações de mulheres portuguesas “que não tinham parceiro quando se estava a aproximar o fim da idade reprodutiva”.

A iniciativa das duas empresas tecnológicas “é tão generosa que se questiona qual o interesse”, diz a presidente da SPMR, acrescentando que pode ser eticamente reprovável se “a ideia for prender as mulheres na idade reprodutiva”.

 

Orçamento do Estado para 2015
As taxas moderadoras nos hospitais vão baixar a valores de 2013, enquanto nos centros de saúde só reduzem, caso a taxa de...

Nas consultas nos cuidados de saúde primários só se aplica a regra de actualização das taxas moderadoras no caso de a taxa de inflação de 2014 a divulgar pelo Instituto Nacional de Estatística for negativa. No caso de a taxa de inflação ser positiva, as taxas moderadoras nos centros de saúde mantêm-se sem alteração. Todas as outras taxas moderadoras, incluindo urgências, consultas e exames em hospitais, voltam a valores de 2013 a menos que haja uma deflação e que daí resultem valores inferiores.

Em Setembro, o ministro da Saúde tinha afirmado que em 2015 as taxas moderadoras não deverão aumentar e que o Governo estava até a equacionar uma redução dos seus valores.

A ministra de Estado e das Finanças entregou, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o último da presente legislatura. A proposta estima que o défice orçamental para o próximo ano seja de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, 0,2 pontos percentuais acima do acordado com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). O documento prevê um crescimento económico de 1,5% e uma taxa de desemprego de 13,4%.

 

Ministério da Saúde com acréscimo de 0,6%

O orçamento da saúde no próximo ano vai ter um aumento de 0,6% face a 2014, o que corresponde a mais 51,6 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2015.

“A despesa total consolidada do Programa da Saúde em 2015 é de 9.054,4 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0,6% (51,6 milhões de euros) face à estimativa de despesa para 2014”, refere o documento.

Para o Serviço Nacional de Saúde está previsto um montante de 7.874 milhões de euros, representando um aumento de 2% relativamente a 2014.

Mais de metade da despesa será consumida na aquisição de bens e serviços, num montante superior a 5 mil milhões de euros, nos quais se incluem medicamentos e meios complementares de diagnóstico, bem como os encargos com as parcerias público-privadas.

Os 840 milhões inscritos para as parcerias público-privadas são destinados aos hospitais de Braga, Cascais, Loures e Vila Franca de Xira.

A despesa financiada por receitas consignadas regista um aumento de 10,7%, mais 49,4 milhões de euros, devido essencialmente ao “aumento previsto com encargos” com a ADSE, que a par de outros subsistemas passam para a tutela do Ministério da Saúde.

Das medidas com impacto directo na estratégia de consolidação orçamental, o documento destaca na área da saúde a alteração do mecanismo que fixa um máximo de despesa com medicamentos nos acordos com a indústria farmacêutica.

A devolução dos hospitais às Misericórdias e a implementação do já anunciado sistema de avaliação de tecnologias e de reavaliação de medicamentos são outras das medidas sectoriais indicadas no orçamento para o próximo ano.

 

Ébola:
Portugal tem a partir de hoje uma plataforma de resposta à doença por vírus Ébola, uma espécie de gabinete de crise com uma...

Após a reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, foi informado através de comunicado a aprovação da plataforma de resposta a doença por vírus Ébola, que é “uma linha de comando e hierarquia claramente definida”, mas que pode ir sendo adaptada à evolução da situação da doença.

“Dada a probabilidade de importação de casos e a probabilidade de ocorrência de casos secundários, importa estabelecer uma estrutura que coordene a resposta à doença por vírus do Ébola, a fim de serem desenvolvidas as medidas necessárias para contenção do vírus e para a resposta a uma eventual situação de contágio em território nacional”, refere o documento a que a agência Lusa teve acesso.

No documento que estabelece a plataforma define-se um dispositivo de coordenação, uma estrutura executiva e núcleos transversais.

A coordenação cabe ao director-geral da Saúde e aos presidentes do INEM, da Autoridade do Medicamento, do Instituto Nacional de Saúde (INSA) e das administrações regionais de saúde. Integra ainda, como observadores, representantes das regiões autónomas, das Forças Armadas e da Direcção-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas. A estrutura executiva da plataforma tem também responsáveis atribuídos, bem como os vários eixos que a compõem e que estão definidos como: de avaliação de risco, de prevenção e controlo, de comunicação e de avaliação.

O eixo de avaliação do risco pesquisa informação, actuando como ponto focal das redes de alerta internacionais. Na plataforma ficam ainda definidos os responsáveis pela gestão de doentes, pela formação e treino de profissionais e pela gestão de contactos.

Criou-se também um comité de biossegurança, coordenado por uma profissional do INSA, que deve elaborar informações e orientações em áreas como transporte de casos suspeitos validados, gestão do doente internado (do ponto de vista da biossegurança), procedimentos perante um óbito, vigilância de contactos e equipamentos de protecção individual.

Na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, o director-geral da Saúde, Francisco George, focou a situação “preocupante da epidemia na África Ocidental”, sublinhando que o risco para Portugal se eleva “à medida que a incidência de novos casos nos países africanos aumenta”.

No encontro, o ministro da Saúde deu indicações para realizar simulacros a nível nacional de preparação para combater o vírus do Ébola e para reforçar a formação dos profissionais, a par da promoção de uma campanha aos cidadãos.

Paulo Macedo anunciou ainda a decisão de “promover uma campanha de informação e sensibilização aos cidadãos sobre riscos do Ébola”.

 

Portugal vai realizar simulacros e campanha de informação aos cidadãos

O ministro da Saúde deu indicações para realizar simulacros a nível nacional de preparação para combater o vírus do Ébola e para reforçar a formação dos profissionais, a par da promoção de uma campanha aos cidadãos.

O ministro Paulo Macedo anunciou a decisão de “promover uma campanha de informação e sensibilização aos cidadãos sobre riscos do Ébola”. “Deu orientações igualmente para serem organizados simulacros de âmbito nacional a par do reforço do processo de formação” aos profissionais de saúde e também a outros trabalhadores, como os aeroportuários.

Sobre a realização de simulacros, fonte oficial do Ministério da Saúde adiantou à agência Lusa que essas acções devem ser seguidas de uma respectiva avaliação.

Em relação ao controlo dos passageiros, o Conselho de Saúde Pública concluiu que as informações destinadas a viajantes devem ser distribuídas, para já, em mão apenas às pessoas provenientes de zonas com actividade epidémica.

Além disso, o Conselho considera que se devem privilegiar os rastreios antes do início da viagem dos passageiros que saem do país afectado, sendo esta a orientação que a delegação portuguesa deve seguir na reunião de quinta-feira no Conselho da União Europeia. Segundo fonte oficial, o Governo português admite avançar com iniciativas de medição da temperatura a viajantes que cheguem aos aeroportos portugueses quando o cenário se justificar.

 

Especialistas reclamam
A Sociedade Portuguesa de Pediatria quer que a criança seja colocada “de forma central” na agenda política em Portugal e que a...

Mais de mil especialistas das áreas da saúde infantil estarão reunidos a partir de sexta-feira em Albufeira no 15.º Congresso Nacional organizado pela Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) e que tem entre os temas centrais a promoção da natalidade, os 50 anos do Programa Nacional de Vacinação e a prevenção de doenças cardiovasculares, segundo disse à agência Lusa a presidente da Sociedade, Teresa Bandeira.

Aliás, de acordo com a responsável, uma das principais preocupações da Sociedade de Pediatria é actualmente “colocar a criança de forma central na agenda política, da saúde, da educação e científica”.

“A criança é o pai do Homem”, refere Teresa Bandeira, adiantando que a construção de um compromisso social e político para a natalidade é um dos temas fundamentais do Congresso. A prevenção, em idade pediátrica, das doenças cardiovasculares típicas do adulto são outro dos assuntos a debater pelos especialistas de saúde infantil.

“As medidas de prevenção nesta fase da vida serão mais eficazes e muito menos dispendiosas do que a prevenção na idade adulta”, defende Teresa Bandeira, indicando que está cientificamente demonstrado que a maioria das doenças cardiovasculares começa em fases da vida muito precoces.

A pediatra vinca que “a maioria destas doenças começa potencialmente de forma antenatal”, ou seja, que há factores que promovem a saúde desde o útero materno.

Sobre o Programa Nacional de Vacinação, quase a completar 50 anos, a Sociedade Portuguesa de Pediatria sublinha a necessidade de “manter a estrutura que o suporta”, lembrando que tem das mais elevadas taxas de adesão a nível europeu e mundial e que permitiu eliminar ou “reduzir drasticamente” doenças graves e/ou muito frequentes.

Há um ano em funções, a actual direcção da SPP pretende uma aproximação às crianças e famílias, tendo lançado este mês uma página na Internet com informação simples dirigida a pais e educadores.

Direitos da criança, gravidez e primeiro ano de vida, comportamentos ou doenças comuns são alguns dos assuntos abordados no site dedicado à criança e à família, onde se podem encontrar artigos que vão desde a prevenção da morte súbita à vacinação.

 

Ordem dos Nutricionistas assinala Dia Mundial da Alimentação
A Ordem dos Nutricionistas assinala o Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje, demonstrando aos cidadãos como um estilo...

“As implicações de uma alimentação desequilibrada são dos problemas com maior impacto na saúde pública em Portugal e é importante para os cidadãos estarem cada vez mais alerta para o benefício de terem uma alimentação saudável”, explica a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, justificando a iniciativa.

O vídeo salienta cinco passos distintos que promovem um estilo de vida saudável. Em primeiro lugar, começa por relembrar da importância de se uma alimentação variada, equilibrada, completa e sustentável. “A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar que todos conhecem e que devemos utilizar como orientador das nossas escolhas alimentares”, salienta a Bastonária, explicando ainda que podem ser efetuadas muitas combinações saudáveis a partir dos sete grupos que a compõem, desde que se respeitem as porções adequadas de cada um.

Reforça-se a importância do cumprimento da máxima “5 porções de hortícolas e fruta por dia”, facilmente colocada em prática através de pequenos gestos como a inclusão da sopa e da fruta nas refeições. O mesmo se passa com as leguminosas, como o feijão, as ervilhas ou o grão-de-bico, que devem ser consumidas diariamente.

As carnes brancas e o pescado devem ser preferidos às carnes vermelhas, que são ricas em gordura saturada e estão associadas ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares e de tumores, por exemplo. Quanto ao sal o seu consumo diário nunca deve exceder os 5g, o equivalente a uma colher de chá.

Sustentabilidade é também uma das palavras de ordem do primeiro passo a que o vídeo remete, procurando consciencializar para o seu impacto na qualidade da alimentação e no ambiente envolvente e que estará à disposição das gerações vindouras.

O segundo passo remete para a importância da hidratação, salientando a água como a bebida de eleição. O consumo recomendado é de 1,5l por dia, o equivalente a cerca de 8 copos, e a atenção deve ser redobrada em dias de calor, após a prática de exercício física ou no caso das crianças, dos idosos e das grávidas.

No momento de abordar o terceiro passo, a Ordem dos Nutricionistas procura consciencializar da importância de evitar o desperdício alimentar e da reutilização dos alimentos, através, por exemplo, de novas receitas. Pequenos gestos como aproveitar a parte comestível dos alimentos, cozinhar as quantidades certas ou reutilizar as sobras das receitas podem constituir um contributo significativo para a saúde da população e para a redução da pegada ecológica. O intuito é levar as pessoas a pensar com responsabilidade e consciência na necessidade de zelar pelo futuro das gerações.

Em quarto lugar, a Ordem dos Nutricionistas relembra da importância do controlo do peso, sendo importante que seja pouco variável ao longo dos anos. Em caso de dúvida, o nutricionista ou o dietista representam a melhor fonte de informação que o cidadão pode procurar para se esclarecer.

Finalmente, o quinto passo remete para a importância de combater o sedentarismo, procurando um estilo de vida ativo. Pequenos gestos como passear o cão, ir para o trabalho a pé ou optar pelas escadas ao elevador, poderão fazer a diferença.

A promoção da alimentação saudável em Portugal é uma dos propósitos da Ordem dos Nutricionistas, sendo esta apontada como uma das estratégias que mais poderá contribuir para o crescimento e competitividade económica do país, não só através da melhoria da saúde dos cidadãos mas também pela promoção do desenvolvimento de outros setores como a agricultura, a produção alimentar, o ambiente, a cultura e qualificação profissional.

A alimentação em muito contribui para a prevenção de patologias que, consequentemente, designa uma forma de diminuir a carga de doenças para que o sistema de saúde possa ser comportável, daí que seja necessário que todos sejam sensibilizados para a importância associada ao cumprimento de bons hábitos quotidianos.

A Ordem dos Nutricionistas refere que a ingestão alimentar que resulta de uma interação entre o indivíduo e o ambiente que o rodeia só se melhora modificando as causas que a condicionam e situando o cidadão como parte ativa da sua resolução.

“Temos vindo a percorrer um bom caminho e temos de estar orgulhosos daquilo que tem sido feito em Portugal desde os últimos anos através de programas como o Programa Nacional para a Promoção de uma Alimentação Saudável. O balanço é positivo, sem dúvida, mas também é certo que ainda há um longo caminho a percorrer e que uma boa parte dele envolve a responsabilidade dos cidadãos”, reflete Alexandra Bento.

Clique na imagem para visualizar o video:

Ordem dos Nutricionistas

 

16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação
Uma alimentação desadequada traduz-se em doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade,

“Vários estudos têm revelado que os hábitos alimentares dos portugueses estão a sofrer alterações devido aos novos ritmos de vida. Assiste-se a uma deterioração dos hábitos alimentares dos portugueses pela falta de recursos económicos, pelo pouco tempo que têm para se preocupar com as questões da saúde, por falta de informação ou até de motivação”, refere Nuno Borges, Nutricionista da Direcção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas ao Atlas da Saúde, a propósito do Dia Mundial da Alimentação que se assinala hoje - 16 de Outubro.

Para a mesma responsável a existência de um dia dedicado à alimentação permite que sejam desenvolvidas diversas acções de sensibilização de extrema importância para a população. Por isso, neste dia “a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) é parceira de diversas entidades/instituições, em acções de sensibilização, disponibilizando materiais educativos que fornecem informações credíveis sobre alimentação saudável e possibilitando a participação de nutricionistas nos locais das acções”, esclarece, acrescentando que, “também hoje, a Associação promove ainda a entrega dos prémios Food and Nutrition Awards, uma iniciativa pioneira na área da Nutrição em Portugal”. O objectivo destes prémios é a “promoção da inovação no sector agro-alimentar, agregado às áreas da Educação e da Saúde, sendo um motor para o empreendedorismo, valorização da produção nacional e promoção de estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis”.

Diz a sabedoria popular que ‘há quem coma para sobreviver e há os que vivem para comer’. Seja qual for o caso, é importante perceber que é através dos alimentos, que o organismo humano consegue obter a energia necessária para se manter vivo e todos os nutrientes essenciais à manutenção de um estado saudável. Por isso, importa perceber que, conforme explica Nuno Borges, “os alimentos assumem um papel preponderante na manutenção da vida”, sublinhando que “se assiste actualmente a uma crescente valorização da alimentação, com o pressuposto de optimizar a saúde e prevenir o aparecimento de doenças”. Ou seja, as principais causas de morte e de perda de qualidade de vida estão relacionadas com o estilo de vida e, particularmente, com os hábitos alimentares. Isto é uma realidade tanto para Portugal como para o resto do mundo.

Quer isto dizer que os principais perigos de uma alimentação inadequada se traduzem em “doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade, as doenças cardiovasculares, o cancro, a diabetes mellitus ou as doenças respiratórias crónicas”. Todas estas doenças, conforme nos conta Nuno Borges “estão a aumentar drasticamente a nível mundial e de uma forma transversal a todos os países”. Estas patologias, destaca o especialista, “são responsáveis por mais de 60% das mortes a nível mundial. Além do mais, estima-se que cerca de 80% das doenças cardiovasculares e diabetes mellitus e 40% dos cancros, poderão ser prevenidos através de hábitos saudáveis, realçando-se que muitos destes podem resultar de intervenções baratas e rentáveis”.

 

 

Os erros dos portugueses

“Actualmente, a elevada taxa de desemprego, o nível de pobreza, a diminuição da capacidade financeira e do poder de compra, fazem com que parte da população não apresente condições económicas para a aquisição de alimentos considerados essenciais (ex: leite, fruta, hortícolas, peixe, carne, arroz, batatas, massa) ”, explica Nuno Borges. Por tudo isto, é natural que as pessoas optem por alimentos mais baratos e menos ricos nutricionalmente. Porém, o especialista alerta que além das questões económicas a baixa literacia pode estar na origem dessas escolhas.

Os últimos dados apresentados pela Direcção-Geral da Saúde acerca da obesidade revelam a elevada prevalência na sociedade portuguesa (cerca de 1 milhão de adultos obesos e 3,5 milhões de pré-obesos). No que concerne à diabetes, segundo o Observatório Nacional de Diabetes, a prevalência em Portugal é de 12,4% em indivíduos entre os 20 e os 79 anos. “Os dados são, de facto, preocupantes”, nota o responsável da APN.

Para além disso, os últimos dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, referentes ao período de 2008 a 2012, mostram uma acentuação dos desequilíbrios da dieta portuguesa, que se reflecte, conforme explica Nuno Borges “num excesso do consumo calórico e de gorduras saturadas, numa ingestão baixa de frutos, hortícolas e leguminosas secas e num recurso excessivo aos grupos alimentares de ‘carne, peixe e ovos’ e de ‘óleos e gorduras’. Não é difícil perceber que estas (más) escolhas resultam num aumento de peso, apesar de todos dizermos que Portugal tem uma dieta mediterrânica. A verdade é que nos temos vindo gradualmente a afastar da dieta tradicional tipo mediterrânico, habitualmente associada a saúde e qualidade de vida. Na opinião de Nuno Borges “este afastamento está relacionado com uma deterioração do estilo de vida e, particularmente, dos hábitos alimentares que desempenham um papel preponderante no aumento destas doenças crónicas”.

 

O que fazer?

A crise económica e social veio agravar as más escolhas alimentares, havendo uma relação directa entre a “falta de recurso dos portugueses, o pouco tempo de que dispõem e uma economia alimentar deficiente”. No entanto, para o responsável, “o maior erro poderá estar na falta de informação ou de motivação para melhorarem hábitos de consumo e de confecção dos alimentos”. É por isso que o especialista considera necessário informar e incentivar as famílias a retomar hábitos alimentares tradicionais, muitas vezes mais saudáveis e a custos mais baixos.

“Em casas de famílias portuguesas, cuja gestão alimentar não é eficiente, nem sempre os comportamentos alimentares transmitidos aos filhos são efectuados da melhor maneira”, lamenta, acrescentando que “os pais apesar de se preocuparem em oferecer aos seus filhos alimentos seguros e saudáveis, nem sempre estão suficientemente informados e motivados”.

Nessa medida é importante definir estratégias para contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas, já que a alimentação saudável promove a saúde e previne a doença. O melhor guia para uma alimentação saudável é, na opinião da especialista, a Roda dos Alimentos e os que princípios a ela associados. “É uma forma racional de comer que assegura variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos, que devem ser escolhidos pela sua qualidade nutricional e higiénica e que são submetidos a benéficas manipulações culinárias”, diz.

O Nutricionista reconhece que quer a Direcção-Geral de Educação, quer pela Direcção-Geral da Saúde se preocupam cada vez mais em difundir diversos programas para promoção de hábitos alimentares saudáveis.

 

Alimentação vs publicidade

A par da preocupação social e médica sobre o aumento da obesidade e hábitos alimentares menos correctos estão as campanhas publicitárias da indústria alimentar cuja (única) preocupação parece ser o volume de vendas. Esta realidade tem sido “largamente estudada e verificada”, uma vez que, “as empresas do sector agro-alimentar podem assumir um papel preponderante na adopção de hábitos alimentares saudáveis pelos consumidores, já que são responsáveis quer pela produção e distribuição, quer pela publicidade e campanhas de marketing dos produtos”, explica Nuno Borges que acredita que as empresas do ramo agro-alimentar têm assumido uma posição mais controlada no que respeita à publicidade.

Se assim é ou não, importa que este sector desenvolva campanhas de marketing assertivas e responsáveis, de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores.

Segundo a responsável esse objectivo pode ser conseguido através dos rótulos dos produtos alimentares. “São uma excelente fonte de informação, pelo que caberá às empresas comunicarem aos consumidores não só as vantagens nutricionais dos seus produtos, como também aproveitar para veicular informação relativa às vantagens da aquisição de um estilo de vida saudável”, refere rematando: ”De forma a responder às novas exigências da população, as empresas do ramo agro-alimentar têm apostado na inovação e no desenvolvimento de novos produtos, procurando conciliar o sabor “tradicional” com a melhoria da qualidade nutricional dos alimentos, ambicionada pelas pessoas”.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
204 milhões de euros em custos de produtividade
As doenças reumáticas são o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários e constituem a principal causa de...

Segundo um estudo publicado em 2004 pela Direcção-Geral da Saúde, as doenças reumáticas são o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários e constituem a principal causa de incapacidade temporária e de reformas antecipadas por doença/invalidez, representando um custo de 204 milhões de euros em perdas de produtividade por absentismo laboral.

No âmbito do Dia Mundial da Coluna, Luís Teixeira, cirurgião ortopedista e mentor do projecto Spine Center, um dos centros com mais intervenções na área da coluna a nível nacional, chama a atenção para o impacto negativo em termos de saúde pública e da propagação destas doenças em consequência do estilo de vida e do aumento da longevidade da população.

Segundo o médico-fundador do 1º centro em Portugal com cirurgia por neuro-navegação e controlo imagiológico 3D no intra-operatório: “As pessoas são mal orientadas em relação à coluna e aos seus problemas. Os medos da cirurgia geram, muitas vezes, diagnósticos tardios e afectam a capacidade de resolução dos problemas. É importante que seja feito uma consulta atempadamente para evitar problemas mais complicados, sendo que menos de 5% das patologias da coluna são resolvidas com recurso a cirurgia.”

As doenças do aparelho locomotor limitam o estilo de vida dos portugueses e o seu estado de saúde e estão sub-diagnosticadas em Portugal sobretudo nalgumas regiões como o Alto Alentejo ou Beira Baixa, é também outra das conclusões do mesmo estudo.

 

Sobre o Spine Center:

Instalado em Coimbra desde 2013, o Spine Center trouxe consigo um conceito inovador que representa a vanguarda no diagnóstico e tratamento médico-cirurgico da coluna vertebral sendo o 1º centro em Portugal com cirurgia por neuro-navegação e controlo imagiológico 3D no intra-operatório. Luís Teixeira é o cirurgião fundador do projecto que conta com um longo percurso de investigação na área tendo começado a sua actividade profissional no serviço de ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Posteriormente, em Inglaterra especializou-se na área da coluna no Royal College of England (Londres) e no Center for Spinal Studies and Surgery – Queens Medical Center (Nottingham). Mais tarde, realizou uma formação em cirurgia minimamente invasiva no Goodman Campbell Brain and Spine – St. Vincent Hospital (Indianapolis, EUA).

 

De Londres
A Comissão de Saúde de Londres recomendou ao presidente da câmara, Boris Johnson, que proíba o fumo nos jardins e praças mais...

Num relatório da comissão, afirma-se que 1,2 milhões dos londrinos são fumadores, cerca de 15% da população da capital, e que todos os dias 67 crianças em idade escolar começam a fumar.

“Como cirurgião oncológico do NHS (serviço nacional de saúde britânico) vejo as consequências terríveis nos fumadores e nas suas famílias. Temos de fazer mais para ajudar as pessoas a deixar de fumar e para desencorajar as crianças de começar”, escreveu o autor do relatório, Ara Warkes Darzi.

Segundo o documento, as autoridades de saúde londrinas estimam que o consumo de tabaco é responsável pela morte prematura de 8.400 pessoas todos os anos e pela hospitalização de 51 mil. O Reino Unido proibiu o fumo nos locais de trabalho, incluindo bares e restaurantes, em 2007. Se esta recomendação der origem a nova legislação, Londres tornar-se-á a segunda cidade do mundo a proibir o fumo em espaços ao ar livre, depois de Nova Iorque, em 2011.

A possibilidade de proibir o fumo nos parques e jardins de Londres foi saudada pela organização antitabagista ASH, mas considerada escandalosa pelo grupo de defesa dos fumadores Forest.

No relatório, intitulado “Better Health for London” (uma saúde melhor para Londres), também se recomenda a proibição de publicidade a ‘fast food’ num raio de 400 metros em volta das escolas, descontos nos transportes públicos para as pessoas que fazem a pé parte do percurso para o trabalho e medidas para reduzir a poluição do ar.

 

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
Quatro em cada 10 crianças que participaram no programa “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” aumentaram o consumo diário...

O estudo, realizado por investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), contou com uma amostra de 18.374 crianças, de um total de 70.357 que participaram na 3ª edição do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável”, que incentiva as crianças do 1º ciclo e jardins-de-infância a adoptar e manter hábitos saudáveis na sua alimentação diária, através de um programa motivacional.

“Poucos estudos em Portugal têm uma amostra tão grande, o que nos permite obter um maior conhecimento da realidade dos estilos de vida e da caracterização do estado nutricional das crianças portuguesas”, disse a dietista e investigadora da APCOI, Rita Loureiro.

Os resultados preliminares do estudo, divulgados pela APCOI, no âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a 16 de Outubro, indicam que 42,6% das crianças que integraram este programa no ano lectivo 2013-2014 passaram a ingerir mais fruta diariamente.

A região da Madeira foi a que registou “o maior impacto” em relação ao consumo reportado antes da intervenção, refere o estudo, adiantando que, no início do programa, 14,3% das crianças não comiam qualquer porção de fruta diariamente, uma percentagem que reduziu para os 4,3% no final do programa.

Os investigadores concluíram ainda que 73,5% das crianças não ingeriam diariamente a quantidade de fruta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (pelo menos, três porções por dia), antes de participarem no projecto da APCOI.

“Como a fruta tem nutrientes insubstituíveis, o seu baixo consumo tem efeitos negativos para a saúde das crianças: dificulta o bom funcionamento dos intestinos, diminui as defesas do organismo, tornando-as mais sujeitas às doenças, nas quais se inclui a obesidade logo desde a infância, além de provocar alterações nos níveis de energia, de concentração e aprendizagem”, explicou Rita Loureiro.

A investigação analisou também o estado nutricional dos participantes e as conclusões indicam que 33,3% das crianças entre os dois e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas.

A Madeira foi a região que apresentou a maior percentagem de crianças obesas (22,1%), enquanto a região do Algarve foi a que revelou a menor taxa de obesidade infantil (14,7%).

Por outro lado, a região dos Açores foi a que registou o maior índice de crianças na categoria de baixo peso (8,1%).

A associação anunciou que depois do sucesso obtido no último ano lectivo, vai arrancar esta semana nas escolas portuguesas a quarta edição do projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” para continuar a prevenir a obesidade infantil.

Fundada em 2010, a APCOI é uma organização não-governamental, cuja missão é “ajudar a criar um mundo melhor para as futuras gerações, através de iniciativas que valorizem a saúde das crianças, promovam o combate ao sedentarismo ou à má nutrição e previnam a obesidade infantil e todas as doenças associadas”.

Em quatro anos, a associação já beneficiou 154.925 crianças, no âmbito das três edições do projecto “Heróis da Fruta”.

 

 

Analisado numa investigação
Uma investigação de mestrado realizada na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra faz, provavelmente pela primeira vez, a...

A investigação, da enfermeira Daniela Vidal Correia Pereira dos Santos, foi desenvolvida nos últimos três anos, num hospital central da região Centro e teve por base o estudo de 1080 procedimentos de cateterização venosa periférica (a um total de 411 utentes), dos quais foram analisados microbiologicamente 335 cateteres e respectivas zaragatoas (objecto usado para aplicar medicamentos ou recolher amostras para análise) do local de inserção.

Constatou-se que 62,7% dos 335 cateteres estudados apresentavam pelo menos uma unidade formadora de colónia.

Todavia, só em 91 cateteres se realizou a identificação dos microrganismos, por neles se observar a presença de 15 unidades formadoras de colónia (portanto, com maior risco de infecção), algumas das quais “comensais da pele, outras características do ambiente hospitalar, algumas comensais da flora intestinal e trato urinário, bem como de esgotos”, conclui-se da leitura do estudo de mestrado.

Para a enfermeira Daniela Santos, importa “haver um maior rigor na adopção de medidas simples”, além da “necessidade de reconhecer o cateterismo venoso periférico como um procedimento complexo e que é considerado um factor de risco extrínseco”, que confere maior probabilidade de se poder vir a desenvolver uma infecção associada aos cuidados da saúde prestados.

Surge, pois, a necessidade de reforçar o interesse dos enfermeiros no controlo da infecção, o que poderá passar pela adopção de práticas baseadas na evidência e pela criação de momentos regulares e formais para apresentação e discussão de recomendações e resultados de investigação.

Na óptica da enfermeira Daniela Santos, “o enfermeiro supervisor clínico apresenta um papel preponderante nesta temática, uma vez que está presente, tanto na prática clínica, como no ensino de futuros profissionais, devendo despertar consciências nesta área”.

 

Direcção-Geral da Saúde esclarece:
O director-geral da Saúde, Francisco George, revelou que o parecer do colégio da especialidade de saúde pública da Ordem dos...

De acordo com Francisco George, que falava durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, houve elementos do colégio da especialidade de saúde pública que já solicitaram uma reunião daquele órgão para avaliar o documento, que foi publicado no site da Ordem dos Médicos.

Nesse documento, assinado por Pedro Serrano, da direcção do colégio da especialidade de saúde pública, e noticiado, os especialistas consideram que “o risco teórico de virmos a ter casos de Ébola em Portugal é alto” e que isso está “fortemente associado ao posicionamento de Portugal como país integrante daquilo que se convencionou chamar Países de Língua Oficial Portuguesa”.

Os especialistas fazem ainda uma contextualização das relações, geográficas e humanas de vizinhança dos três países onde grassa a epidemia (Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria) e os países lusófonos com permanente ligação a Portugal: Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e, mais remotamente (em termos de risco de exportação), Moçambique.

“Dadas as antigas e fortíssimas relações de proximidade e de actual plataforma giratória entre este grupo de países, nenhum outro país europeu está tão em risco de ser contaminado do exterior, a partir dos grandes centros de foco da doença em África, como Portugal”, refere o parecer publicado no site da Ordem dos Médicos.

O documento sublinha os sistemas da saúde frágeis destes países, considerando “praticamente inexistente” a “vigilância epidemiológica” (particularmente a de nível local).

Os especialistas defendem ainda que é “evidente e urgente que seja montada, implementada ou reforçada em Portugal uma apertada vigilância dos aeroportos e portos, o que incluiria uma presença permanente de estruturas de Saúde Pública e a formação em medidas de Saúde Pública do pessoal aeroportuário que controla a entrada de passageiros”.

“Seria também importante criar uma base de dados com os portugueses que residem nestes e noutros países de África considerados de risco, de molde a conseguir monitorizar as deslocações entre zonas de risco e a fazer-lhes chegar informação sobre as medidas a adoptar para a sua segurança”, acrescentam.

No parecer, os especialistas do colégio de saúde pública consideram ainda que Portugal não está preparado para lidar com o vírus do Ébola e que as autoridades têm emitido “mensagens de enganosa tranquilidade”.

Os mais recentes dados apontam para o registo de 8.917 casos, dos quais 4.447 se revelaram mortais, sendo a Libéria, Serra Leoa e a Guiné-Conacri os países mais afectados pelo pior surto de Ébola.

 

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