Associação das Unidades de Saúde Familiar
A associação das unidades de saúde familiar avisou que a limpeza das listas de utentes dos centros de saúde está a ser feita à...

“Todos os três meses estão a ser expurgados utentes das listas sem o conhecimento dos próprios médicos”, afirmou o presidente da associação Unidades de Saúde Familiar – Associação Nacional durante uma audiência na comissão parlamentar de saúde.

Segundo Bernardo Vilas Boas, o acordo que o Ministério da Saúde tinha feito com os sindicatos indicava que nenhuma alteração das listas de utentes poderia ser feita, sem o conhecimento do cidadão e do médico. “Os profissionais só se apercebem da saída de utentes já depois de ela estar consumada”, indicou um representante das Unidades de Saúde Familiar (USF), contestando esta forma de actuação “apenas burocrática”. Para Bernardo Vilas Boas, a equipa de saúde deveria ter uma palavra a dizer para que não ocorram situações como uma criança surgir na lista de um médico de família, estando os pais ausentes dessa listagem.

Sobre este processo, a deputada do PCP sublinhou que “não está claro” que, quando o doente quiser regressar ao sistema, tenha o seu médico de família disponível.

O actual Governo definiu que os utentes que estão três anos sem consultar o médico de família devem ser retirados das listas, sendo primeiro contactados pelos centros de saúde para dizerem se pretendem ou não manter o lugar na lista do médico.

 

Associação critica desinvestimento do Governo nestas unidades

A associação das USF alertou ainda para a diminuição do ritmo de abertura de novas unidades, lamentando o desinvestimento nos cuidados de saúde primários.

Segundo dados apresentados na comissão parlamentar de saúde, a média de unidades de saúde familiar a iniciar actividade por mês baixou este ano para três, quando em 2008 tinha sido de 9,17.

O presidente da associação considerou que o despacho que limita a 50 a abertura de novas unidades é desajustado e fica aquém das necessidades. Contudo, frisou que actualmente nem um terço das USF autorizadas foi efectivamente aberto, ou por atrasos na aprovação de candidaturas ou por redução das próprias candidaturas face “à incerteza do rumo” destas unidades e à escassez de pessoal.

“Ao fim de sete anos, as USF abrangem quase metade da população portuguesa quando deveriam abranger praticamente toda a população”, considerou. A outra metade da população ainda é servida pelos tradicionais centros de saúde.

Bernardo Vilas Boas lamentou a “subestimação” a que o Governo votou os cuidados de saúde primários, vincando que para se apresentar uma candidatura para uma nova unidade é necessário “confiança e clareza política”.

“As Grandes Opções do Plano não falam uma única vez nas USF. O Orçamento do Estado para 2015 não aponta qualquer perspectiva para as USF”, exemplificou o responsável. Para a associação, este cenário de incerteza e de sentimento de desinvestimento nos cuidados de saúde está a desmotivar a apresentação de candidaturas. Além disso, nas USF que já existem, os profissionais “estão à beira da exaustão”, com falta de enfermeiros e médicos de família e com secretários clínicos que saem sem serem substituídos.

 

Resultados de estudo revelam:
Em determinados tipos de cancro da mama, a combinação entre quimioterapia e o medicamento Herceptin aumenta a sobrevivência e...

O estudo descobriu que ao adicionar-se Herceptin - que advém do composto Tratuzumab - à quimioterapia a taxa de sobrevivência entre as pacientes aumentava 37%, aumentando também as taxas de sobrevivência globais em 10 anos de 75 para 84%, escreve o portal Boas Notícias.

“As mulheres que receberam Herceptin tinham um tipo de cancro de mama conhecido como HER2-Positivo”, afirmou Edith Perez, autora do estudo, citada pelo site científico Medical Xpress.

Os cancros da mama HER2-Positivo, que representam 20% dos cancros invasivos, estão relacionados com o crescimento epidérmico do factor 2 que ajuda as células cancerígenas a crescer.

A investigação sobre a utilização deste fármaco está a ser realizada desde 2005, tendo havido várias actualizações das informações obtidas. Edith Perez seguiu o estudo ao acompanhar 4.000 mulheres com cancro da mama, sendo que metade recebeu apenas quimioterapia. À outra metade foi também administrado o Herceptin.

A equipa de investigação descobriu que a adição deste fármaco melhorou a taxa de sobrevivência em 37% e a taxa de sobreviventes livres de cancro em 40%. “Esta estratégia teve benefício a longo prazo na redução da recorrência do cancro e melhorou a sobrevivência”, salienta Edith Perez.

Os autores do estudo ressalvam que, em alguns pacientes, o uso de Herceptin está associado a problemas cardíacos. De facto, a equipa de Edith Perez verificou que a ocorrência de problemas cardíacos foi menor nas pacientes que não consumiram o medicamento. O Herceptin tem um custo de consumo anual de 50 mil euros e é produzido pela Genetech.

 

Em 2015
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou que o Governo está a estudar a possibilidade de aumentar em 2015 o capital dos...

“Estamos a estudar a possibilidade de haver reforços nos capitais dos hospitais que se encontram em falência técnica”, afirmou Paulo Macedo, no Porto, à margem da cerimónia oficial de abertura do ano lectivo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

Paulo Macedo especificou que este aumento de capital ocorrerá “no horizonte de 2015”.

Questionado se este é o Orçamento do Estado (OE) para 2015 que desejava, o ministro referiu que não, mas que “é um orçamento que tem uma diferenciação positiva para a saúde”. “Aumentam as transferências para a saúde, [o OE2015] tem um congelamento ou diminuição das taxas moderadoras, invertendo um ciclo que vinha a acontecer, tem novas fontes de financiamento formalizadas de outras áreas, quer através de seguradoras quer através da indústria farmacêutica”, disse.

Sobre a diminuição em cinco cêntimos nas taxas moderadoras, Paulo Macedo considerou ser “um excelente exemplo quando se fala na inversão de um ciclo” que “é tão minimizada quando desce e tão valorizada, como aconteceu todos estes anos, quando aumentaram, e exactamente os mesmos cinco cêntimos”.

“Os portugueses ficam satisfeitos em haver uma inversão nesta tendência e em não haver, sobretudo, um aumento”, disse, acrescentando que “não é através das taxas moderadoras que se fará o financiamento da saúde”.

O ministro referiu ainda não ter queixas do Ministério das Finanças, considerando que “tem tido uma postura relativamente ao financiamento dos hospitais que os próprios hospitais reconhecem”. Paulo Macedo afirmou que, com o OE2015, “os portugueses podem esperar um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que vai continuar a dar resposta”.

 

Ministro afirma:
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que “há uma autorização legislativa” no sentido de taxar a indústria farmacêutica em...

“Há uma autorização legislativa nesse sentido, há a possibilidade de fazer um acordo com a indústria, como se tem vindo a fazer, ou, em alternativa, haver esse tipo de incidência”, afirmou Paulo Macedo aos jornalistas, no Porto, à margem da inauguração do novo Centro Biomédico de Simulação do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto e do Centro Hospitalar do Porto.

De acordo com o Negócios, na proposta para o Orçamento do Estado para 2015 (OE2015) o Governo avança com um pedido para legislar sobre a implementação da taxa sobre as farmacêuticas, estimando obter 160 milhões adicionais.

Esta contribuição sobre a indústria farmacêutica tem por “objectivo a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na vertente com os gastos com medicamentos”.

A criação desta taxa não é um assunto novo, sendo que a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) e a tutela mantiveram este ano um acordo que passa por os laboratórios contribuírem com um valor preestabelecido para o equilíbrio das contas do SNS.

 

Inglaterra
Os técnicos de três hospitais públicos ingleses foram proibidos de beber café e chá em público, para evitar má imagem junto dos...

Médicos e enfermeiros de três hospitais de Leicester, em Inglaterra, foram proibidos de beber café ou chá em público, para não passar uma imagem de que estão a tentar fugir ao trabalho, revela o Independent.

O aviso surgiu pela enfermeira-chefe, num e-mail, de que a medida tinha sido adoptada na sequência de queixas de alguns funcionários e utentes.

"Claramente esta actividade deu a impressão errada ao pessoal e ao público de que o pessoal médico não está a trabalhar tanto como devia", indica a enfermeira-chefe.

Com os “longos tempos de espera” os utentes ficam irritados quando vêem o pessoal “a tomar uma bebida quente na recepção”, justifica.

A proibição aconteceu no final de Setembro e não inclui bebidas frias, pois segundo o porta-voz do hospital, é importante que se mantenham hidratados.

 

Estudos indicam
Estar solteiro pode ser um problema para muitas pessoas. No entanto, se ainda não se casou tem cinco boas razões,...

O Business Insider  (http://www.businessinsider.com/) elenca esta um conjunto de cinco razões para que se mantenha solteiro. Agremiando um conjunto de cinco estudos, o site norte-americano consegue provar que existem razões para sorrir, mesmo que não tenha uma aliança no dedo, tudo porque há benefícios para a saúde, mas também sociais, em não ‘dar o nó’, escreve o Notícias ao Minuto.

Porque estará certamente ansioso, dizemos-lhe que, depois de ter acompanhado mais de 9 mil adultos de meia-idade durante nove anos, um estudo científico permitiu concluir que as taxas de doenças do foro cardíaco eram mais baixas nos grupos que nunca se tinham casado.

A investigação foi publicada no Jornal do Casamento e da Família, em 2006, e concluiu ainda que havia maior predisposição para doenças do coração entre aqueles que tinham voltado a casar, estavam divorciados ou viúvos. A diferença entre os que nunca tinham casado ou os que estavam casados foi irrisória.

Mente sã, corpo são. Já diz o ditado. Um grupo de investigadores, que analisou as respostas de mais de 13 mil homens e mulheres, com idades entre os 18 e os 64 anos, concluiu que os indivíduos que nunca tinham casado praticavam mais exercício todas as semanas do que aqueles que eram casados ou divorciados.

Aqui dir-se-á que as pessoas que estão solteiras têm mais tempo livre, uma maior preocupação com a sua aparência e, na teoria, não terão filhos, o que justifica que façam mais exercício físico. Mas isto não deveria chegar para sustentar o facto de os casados fazerem exercício menos vezes. A investigação, segundo as fontes do Business Insider, foi publicada em diversas publicações científicas.

Há outro aspecto que é reconhecível em quase todas as relações recentes. Quando um casal se forma deixa de passar tanto tempo com os seus amigos. “Vários estudos demonstraram que as pessoas casadas têm menos propensão do que as solteiras para ajudar, visitar e manter contacto com amigos, família ou vizinhos”, defende-se num estudo, comprovando-se ainda os mesmos factos em casais que estão juntos, mas não estão casados. Estas conclusões foram publicadas por Bella DePaulo, no site psychologytoday.com.

O próximo estudo comprova uma outra questão, talvez, de senso comum. Quem está numa longa parceria tem tendência a acomodar-se, sentir-se menos realizado ou incompleto. A razão? Prioridades. Pessoas que desenvolvem relacionamentos amorosos tendem a privilegiar a estabilidade do casal em detrimento da sua evolução pessoal. Mais do que temer terminar a vida sozinho, diz a publicação norte-americana, deve temer-se acabar com um mau casamento.

“Estar só, em contraste com a solidão, é muitas vezes um estado positivo – que deve ser procurado mais do que evitado”, escreveu um psicólogo, investigador da Universidade de Massachusetts, que acrescentou que estar sozinho está muito vezes ligado à “liberdade, criatividade, intimidade e espiritualidade”.

Estudos preliminares referem também que a maioria das pessoas que está solteira é mais capaz de se sentir bem por passar tempo sozinha do que as que vivem com outra pessoa, algo que ajudará à formação de memórias, o que normalmente acontece neste período ‘solitário’. Resumindo e concluindo, se está solteiro sorria, afinal a saúde sai a ganhar.

 

Doença de pele incurável
A psoríase é uma doença crónica e recorrente que se reconhece pelas suas formações escamosas pratead
Pele afetada por psoríase

A psoríase é uma doença incurável da pele, não contagiosa, que atinge 1 a 3% da população mundial. Surge com placas vermelhas e descamativas em qualquer área da superfície cutânea e atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, embora possa surgir em qualquer fase da vida.

O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis, caracterizando-se, geralmente, pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam preferencialmente os cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo. A escamação resulta de um crescimento e de uma produção anormalmente elevada das células cutâneas.

Nos casos mais graves, estas lesões podem cobrir extensas áreas do corpo. As unhas são também frequentemente afectadas, com alterações que podem variar entre o quase imperceptível e a sua destruição.

Cerca de 10% dos doentes desenvolvem artrite psoriática, que se traduz por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, das pequenas (mãos e pés) ou grandes (membros e coluna) articulações. A artrite psoriática apresenta sintomas muito semelhantes aos da artrite reumatóide.

A origem da psoríase não está totalmente esclarecida, embora se saiba que é geneticamente determinada e envolva alterações no funcionamento do sistema imunitário, que provocam inflamação e aumento da velocidade de renovação das células da epiderme (camada mais superficial da pele).

O facto de ser geneticamente determinada não implica que a hereditariedade de pais para filhos seja obrigatória. Contudo, verifica-se uma maior probabilidade do aparecimento da doença em pessoas que tenham familiares portadores da mesma e calcula-se que cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos pela doença.

Diagnóstico

No princípio esta afecção pode ser de diagnóstico incerto, porque muitas outras doenças podem apresentar placas e escamações similares. À medida que a psoríase avança, os especialistas podem reconhecer facilmente o seu padrão de escamação característico, pelo que, em geral, não são necessárias provas de diagnóstico.

De qualquer forma, para confirmar o diagnóstico, o médico pode fazer uma biópsia da pele (extrai uma amostra da pele para examinar ao microscópio).

Sintomas

A psoríase costuma começar como uma ou mais pequenas placas que se tornam muito escamosas. É possível que se formem pequenas protuberâncias em redor da área afectada. Apesar de as primeiras placas poderem desaparecer por si só, a seguir podem formar-se outras. Algumas placas podem ter sempre o tamanho da unha do dedo "mindinho”, mas outras podem estender-se até cobrir grandes superfícies do corpo, adoptando uma forma de anel ou espiral.

Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem tornar-se grossas e esbranquiçadas e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco. Geralmente, a maioria dos doentes com psoríase só refere queixas de escamação, sem comichão. No entanto, como o aspecto das lesões não é agradável, é muitas vezes motivo de preconceitos e discriminação.

É comum ocorrerem fases de melhoria e nessa altura a pele adopta uma aparência completamente normal e o crescimento do pêlo restabelece-se.

Tratamento

Actualmente, não existe uma cura definitiva para a psoríase, mas sim um conjunto variado de tratamentos, cujo uso isolado ou em associações permite controlar os sintomas na maioria dos casos.

Assim, o tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas, nos casos mais brandos, até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

Por outro lado, a resposta aos vários tratamentos também varia muito de pessoa para pessoa, uma vez que cada doente tem a sua especificidade, pelo que estas terapêuticas devem ser usadas criteriosamente, de acordo com as indicações adequadas para cada caso e respectiva fase de evolução.

Assim, ao nível da terapêutica medicamentosa existem os medicamentos tópicos, tais como loções, cremes ou pomadas para aplicar sobre a pele. Os fármacos para aplicação sistèmica (via oral ou injectáveis) ou os agentes biológicos que actuam selectivamente sobre determinados componentes do sistema imunitário, representam a área em que se verificaram os mais recentes progressos.

Por outro lado, os doentes com psoríase beneficiam da helioterapia (sol), sem dúvida o tratamento mais barato e acessível, uma vez que a exposição ao sol (espectro ultravioleta) com moderação, induz uma melhoria na maioria dos casos. A exposição pode ainda ser feita através de fontes artificiais de luz ultravioleta (UV) em sessões regulares, com doses de UV adequadas a cada doente e durante períodos predeterminados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
“Avaliação das práticas contraceptivas das mulheres em Portugal”
Iniciou-se a recolha de dados junto das mulheres sobre “Avaliação das práticas contraceptivas das mulheres em Portugal”. Trata...

A investigação é da iniciativa das duas entidades científicas que se interessam pela área da contracepção, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e a Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC).

O resultado da avaliação das práticas contraceptivas das mulheres em Portugal, que será conhecido em meados de 2015, pretende fazer uma actualização do último inquérito, realizado em 2005, e perceber as alterações das mulheres em relação aos métodos de contracepção utilizados, passados 10 anos.

Fernanda Águas, presidente da SPG, avança que “este é um dos documentos mais importantes e mais citados na área da ginecologia. Os dados de um estudo tão representativo da população feminina são essenciais para perceber o desenvolvimento da relação das mulheres com os métodos contraceptivos, para que seja possível a desconstrução de mitos ou alterações de hábitos.”

“Esta actualização de dados é extremamente importante para os profissionais de saúde poderem acompanhar da melhor forma as mulheres portuguesas, tendo em conta a evolução registada na área da contracepção e assim, encontrar formas cada vez mais adaptadas a este novo contexto”, diz Teresa Bombas, presidente da SPDC.

O estudo vai contar com uma amostra representativa de 4 mil mulheres de todas as regiões de Portugal continental e Ilhas. As conclusões serão apresentadas no XIII Congresso Português de Ginecologia, que comemora o 40º aniversário da SPG e se realiza de 4 a 6 de Junho, em Espinho.

O estudo é apoiado pela multinacional farmacêutica húngara Gedeon Richter.

 

Sobre a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG)

A Sociedade Portuguesa de Ginecologia é uma associação científica, sem fins lucrativos fundada em 1975, que tem como finalidade o estudo e a investigação de todos os assuntos relacionados com a Ginecologia.

A Sociedade criou quatro secções que correspondem a áreas de desenvolvimento: Ginecologia Oncológica, Colposcopia e Patologia de Tracto Genital Inferior, Endoscopia Ginecológica e Uroginecologia.

 

Sobre a Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC)

A Sociedade Portuguesa da Contracepção é uma associação criada em Fevereiro de 2009, com fins científicos, que tem por fim a formação, difusão de informação, promoção e estudo científico no âmbito da saúde sexual e reprodutiva.

 

Sobre a Gedeon Richter

A Gedeon Richter Plc, fundada em 1901 na Hungria, é uma empresa multinacional farmacêutica presente em mais de 100 países, que se dedica à investigação, desenvolvimento, produção e comercialização de soluções terapêuticas inovadoras e acessíveis nas áreas da saúde da mulher, sistema nervoso central e biológicos. Está em Portugal desde 2011, centrando a actividade na oferta de diversas soluções terapêuticas na área da Saúde da Mulher.

 

Em debate no Supremo
“O Controlo do Consumo de Álcool e Estupefacientes no Contexto Laboral” vai estar em discussão num colóquio do Supremo Tribunal...

Segundo uma nota do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no colóquio do Supremo Tribunal de Justiça e que visa debater a relação entre os Códigos do Processo Civil e do Processo de Trabalho, serão discutidos “as incidências do novo código de processo civil no processo de trabalho, a audiência de partes, o suprimento oficioso de pressupostos processuais, aperfeiçoamento dos articulados e condensação processual, a discussão e julgamento da causa: poderes do juiz, e as particularidades do regime de recursos”.

O equilíbrio entre os direitos de personalidade dos trabalhadores (como o direito à imagem ou o direito à privacidade) e as exigências das entidades empregadoras, a segurança no trabalho e o interesse público constituem o núcleo temático em análise, adianta o Supremo, que organiza o colóquio, em parceria com a Associação Portuguesa de Direito do Trabalho.

A utilização dos meios de vigilância à distância é outro dos assuntos em debate, inserido no tema relativo aos “Direitos de Personalidade na relação de Trabalho”.

O presidente do STJ, António Henriques Gaspar, fará a intervenção de abertura do colóquio, cabendo o seu encerramento, à tarde, ao presidente da Secção Social do STJ, juiz conselheiro Manuel Pinto Hespanhol.

 

Estudo da Universidade de Queensland
Comer umas 10 porções de fruta e legumes todos os dias ajuda a melhorar a saúde física e mental e aumenta o sentimento de...

O cientista Redzo Mujcic da Universidade de Queensland disse que o seu estudo comparou as escolhas feitas por cerca de 12 mil pessoas no consumo de frutas e verduras com os níveis de satisfação, stress, vitalidade e outros indicadores da saúde mental.

“Comer umas cinco frutas e legumes (por dia) faz-te mais feliz”, comentou Mujdical ao referir-se aos pontos analisados.

Além disso indicou que os efeitos positivos de uma maior quantidade de frutas e legumes são mais fortes nas mulheres, embora se desconheçam as razões para essa maior influência.

Mujdic considerou que se a saúde mental está realmente ligada à ingestão e frutas e legumes, os responsáveis pelo desenvolvimento das políticas governamentais deveriam promover um maior consumo destes alimentos.

 

Realizada desde 2001
Britânicos revelaram recuperação de um paraplégico graças a um auto transplante de células da mucosa olfactiva. Estas células...

Darek Fidyka, um búlgaro que ficou paralisado há quatro anos, voltou a andar depois de submetido a um auto transplante de células das mucosas olfactivas. A sua recuperação foi divulgada ontem [21 de Outubro]. António Pereira, de Peniche, também ficou paralisado em 2004 e desde 2008 que consegue pôr-se de pé e dar alguns passos, graças a um auto transplante das células das mucosas olfactivas, realizado no Hospital de Egas Moniz (HEM), em Lisboa.

O êxito da técnica britânica que ontem foi notícia um pouco por toda a Europa foi publicado na revista Cell Transplatantion e o seu autor considerou, em declarações à BBC, que este avanço é “mais impressionante do que o homem andar na Lua”. No estudo, a equipa coordenada por Geoffrey Raisman explicita: “do nosso conhecimento, esta é a primeira indicação clínica de efeitos benéficos de transplantes autólogos de células bulbares [na mucosa olfactiva]”.

No entanto, a recuperação de movimentos de pessoas paralisadas usando as células das mucosas olfactivas começou a ser feita em Portugal, em 2001, por uma equipa liderada pelo neurologista Carlos Lima (falecido em 2012). A técnica portuguesa foi aplicada a dezenas de doentes nacionais e norte-americanos, alcançando também resultados positivos. Alguns conseguiram voltar a andar, com apoio de andarilho, ou mantêm-se em pé. Este programa passou a contar, em 2003, com a parceria da Wayne State University, em Detroit.

“Conseguimos melhorias muito importantes. Um deles não conseguia mexer-se e agora anda com a ajuda de um andarilho”, explica ao Diário de Notícias Jean Peduzzi-Nelson, investigadora daquela universidade e conselheira da técnica desenvolvida em Portugal. Outros recuperaram movimentos e sensibilidade, como é o caso de António Pereira.

 

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Tratamento inovador devolve andar a paraplégico

União Europeia
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, quer que a União Europeia dê um sinal de liderança na luta contra as...

Na carta-convite da próxima cimeira europeia, enviada aos líderes dos 28 Estados-membros, Van Rompuy sublinha ser “importante mostrarem liderança antes das negociações internacionais sobre o clima, no próximo ano”.

O presidente do Conselho Europeu apela, assim, aos 28 que adoptem o quadro da União Europeia (EU) em matéria de clima e energia para 2030, que prevê - entre outras medidas - objectivos vinculativos de redução das emissões de gases com efeito de estufa de 40% em relação ao nível de 1990, e de pelo menos 27% para as energias renováveis.

A cimeira europeia arranca na quinta-feira, com as questões climáticas bem como o combate à epidemia causada pelo vírus Ébola em agenda.

Na sexta-feira, segundo e último dia do encontro, os líderes europeus discutirão “a difícil situação económica e de emprego na Europa”, segundo a carta-convite.

Esta é a última cimeira em que participa José Manuel Durão Barroso, que termina o seu segundo mandato como presidente da Comissão Europeia no dia 31 de Outubro.

Portugal estará representado, no Conselho Europeu, pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

 

Moradores de Lisboa receosos
Moradores da freguesia da Penha de França, em Lisboa, manifestaram-se preocupados com os impactos na saúde devido à futura...

Durante a apresentação pública do estudo ambiental e projecto da subestação do Alto de São João, na freguesia da Penha de França, em Lisboa, os técnicos da REN (Redes Energéticas Nacionais) e da EDP, as duas empresas responsáveis pela implementação da infra-estrutura, esclareceram as dúvidas da população, reforçando não haver riscos para a saúde. Vários foram os moradores que se queixaram das implicações da construção da subestação para a saúde, assim como a desvalorização do território e do preço das habitações.

“Parece um paradoxo, porque se esta zona precisa de ser reabilitada, esta subestação vai afastar as pessoas”, disse Marta, residente na Penha de França. Segundo o técnico da REN, o projecto da subestação do Alto de São João “não é nenhum tipo de experiencialismo” e é uma “tecnologia madurada, utilizada há mais de 20 anos nos principais centros urbanos do mundo”.

Em Lisboa, já existem duas subestações, em Sete Rios e Carriche, mas “passam despercebidas”, pois estão inseridas no enquadramento paisagístico e urbano, o mesmo irá acontecer no Alto de São João.

Em relação às implicações para a saúde da população, o responsável da REN explicou que “a Direcção-Geral da Saúde fez vários estudos sobre o impacto dos campos electromagnéticos e não chegou a nenhuma conclusão que façam mal à saúde”.

“Não há riscos nenhuns para a saúde, nem para os trabalhadores, que são os que estão mais próximos das instalações de campos electromagnéticos”, disse.

De acordo com o técnico da EDP, trata-se de “uma tecnologia testada e validada, que irá reforçar a qualidade de serviço em relação à energia eléctrica”. A EDP tem por todo o país 414 subestações e a REN tem 80, mas a futura subestação do Alto de São João será uma infra-estrutura conjunta das duas empresas.

A participar na apresentação do estudo ambiental e projecto da subestação, o vereador do urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, reforçou que “o objectivo não é fazer-se infra-estruturas contra as populações, antes pelo contrário”. Para o vereador, existem “crenças e receios das populações, mas quando se comprovam que não são verdade deixam de ser um problema, assim aconteceu há uns anos com campanhas contra as antenas de telemóveis”.

O estudo ambiental sobre a futura subestação eléctrica no Alto de São João, Lisboa, admite impactos negativos para os moradores da zona, como a necessidade de reinstalação de infra-estruturas e uma menor qualidade ambiental, mas indica que não são significativos. A subestação em estudo na freguesia da Penha de França visa a alimentação da rede de 60 quilovolts (kV), a partir da rede de 220 kV.

 

Sindicato dos Enfermeiros acusa
O Sindicato dos Enfermeiros de Setúbal acusou o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo de colocar os doentes nos corredores dos...

O sindicato adianta, em comunicado, que a administração decidiu internar doentes nos corredores dos serviços, salientando que não está garantida “a privacidade, dignidade e segurança dos utentes”.

“Perante o ambiente desumano e caótico que tem vivido o Serviço de Urgência, em particular do Hospital do Barreiro, o Conselho de Administração decidiu dissimular a situação e passou os doentes dos corredores do Serviço de Urgência para os corredores dos serviços de internamento”, refere-se no documento.

O sindicato sublinha que a decisão merece “o repúdio dos profissionais”, quando consultados sobre esta decisão. “Ainda assim, a administração procedeu à abertura de camas extra-lotação em detrimento do reforço das equipas e do aumento da capacidade de internamento. Os enfermeiros estão a proceder à denúncia destas situações nos vários serviços onde têm ocorrido, no estrito cumprimento do seu código deontológico e na defesa dos doentes”, acrescenta.

O conselho de administração disse que o sindicato está a “gerar alarmismos despropositados e desnecessários” e explicou que procura definir e implementar as medidas adequadas à máxima rentabilização dos recursos existentes em todo o Centro Hospitalar.

“Confirmamos a implementação de um plano de reorganização do Serviço de Urgência e gestão de camas do Centro Hospitalar exactamente pela preocupação com a melhoria da resposta de forma integrada e articulada, para o doente em situação urgente ou emergente ou para o doente que necessita de internamento ou outras respostas de âmbito hospitalar”, explica a administração, em comunicado. A administração refere que procedeu a um alargado processo de consulta, com envolvimento dos vários profissionais, cujos contributos estiveram na base do seu plano. “Este plano passa várias medidas organizativas internas com o objectivo de garantir a melhoria do atendimento dos doentes nomeadamente no que diz respeito à sua privacidade, considerando-se a indicação para em situações extraordinárias e para evitar a prologada estadias de doentes em macas nos corredores da urgência, a possibilidade de internamento em camas extras nos serviços”, concluiu.

 

Sabia que…
Conheça pequenas curiosidades sobre o acidente vascular cerebral, que lhe podem ser muito úteis.
Acidente Vascular Cerebral

1. Um Acidente Vascular Cerebral (AVC), também por vezes chamado de "trombose” é a consequência do entupimento ou rompimento súbito de uma artéria cerebral. As células da parte do cérebro que essa artéria alimenta começam rapidamente a morrer e a parte do corpo que essa região cerebral controla deixa de funcionar.

2. O Acidente Isquémico Transitório (AIT), popularmente chamado de "princípio de AVC”, acontece quando o entupimento da artéria cerebral é transitório e os sintomas desaparecem espontaneamente em menos de 24 horas. Mesmo que os sintomas desapareçam rapidamente, não deixe de ir ao Hospital. Um AIT pode ser o prenúncio de um AVC com consequências devastadoras.

3. O AVC é a principal causa de morte em Portugal, 1 em cada 6 pessoas no mundo terão um AVC.

4. A cada segundo alguém no mundo tem um AVC.

5. A cada 6 segundos o AVC é responsável pela morte de alguém no mundo.

6. A cada ano 15 milhões de pessoas no mundo têm um AVC. Dessas, 6 milhões não sobrevivem.

7. Pode evitar um AVC se verificar regularmente a sua pressão arterial e colesterol, não fumar, tiver uma dieta saudável, evitar o excesso de sal, praticar exercício físico, controlar o seu peso, moderar o consumo de álcool.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Sinais de alarme
Saiba quais são os sinais de alarme e como pode reconhecer um acidente vascular cerebral.
Sinal com o número de emergência médica 112

Os 5 Fs do Acidente Vascular Cerebral (AVC)

 

1. Face

A face do doente parece ter ficado assimétrica subitamente? - Um "canto da boca” ou uma das pálpebras parecem "descaídos”?

Para se certificar, peça à pessoa para sorrir.

 

 

2. Força

Pode reconhecer um AVC quando um braço ou uma perna parecem ter perdido subitamente a força e há uma súbita falta de equilíbrio.

Nestes casos certifique-se, peça à pessoa para esticar ambos os braços e levantá-los à altura dos ombros, para lhe apertar a mão ou para tentar caminhar em linha recta.

3. Fala

A fala da pessoa parece estranha ou incompreensível? A pessoa parece não compreender o que se lhe diz?

Peça à pessoa para repetir uma frase.

4. Falta súbita de visão

A pessoa deixou subitamente de ver de um ou de ambos os olhos? Ficou subitamente a ver a dobrar?

5. Forte dor de cabeça

Dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do habitual e sem causa aparente.

O que fazer se os "F” estiverem presentes e suspeitar de um AVC?

Ligue imediatamente 112 e explique o que se está a passar consigo ou com o seu familiar ou amigo. Se a suspeita tiver fundamento, será activada a " Via Verde AVC”, que permite um transporte rápido e atendimento prioritário no Serviço de Urgência.

Não vá pelos seus próprios meios para o Hospital, a não ser que não tenha outra opção.

É muito importante que ligue imediatamente 112. Quanto mais cedo se diagnosticar e tratar um AVC, maiores são as hipóteses de recuperar. Tempo perdido é cérebro perdido!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Associação Portuguesa de Gagos
A gaguez continua a ser vista em Portugal como piada e, em muitos casos, chega mesmo a ser “bullying inconsciente” contra...

O diagnóstico foi feito pela Associação Portuguesa de Gagos (APG) na véspera do Dia Internacional de Consciencialização para a Gaguez, que se assinala amanhã – 22 de Outubro.

“Em Portugal ainda há muito a utilização da gaguez para a piada, para o riso fácil, às vezes sem consciência do impacto que isso tem na pessoa que gagueja”, disse o sociólogo Daniel Neves da Costa, da APG.

Estigma social nos adultos e uma espécie de “bullying inconsciente” sobre as crianças e jovens em idade escolar contam-se entre os principais impactos da gaguez, que se estima atinja cerca de 100 mil portugueses. Existem “formas de bullying e opressão das crianças e jovens que gaguejam de uma forma muito inconsciente”, sublinhou, adiantando que o número de terapeutas da fala nas escolas é insuficiente.

“Nestes últimos anos com todos os cortes e restrições no ensino especial têm surgido dificuldades acrescidas”, no acesso aos terapeutas da fala, disse o sociólogo.

A cobertura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não existe em todo o país, o que leva muitos pais a recorreram à associação, criada em 2005, para aconselhamento sobre terapeutas e terapias.

A gaguez pode ser tratada de várias formas e, segundo Daniel Neves da Costa, quanto mais precoce for o diagnóstico e a intervenção, melhores são as perspectivas do tratamento. O problema é que quando os pais recorrem aos médicos de família existe uma tendência de os aconselhar a deixarem passar algum tempo na expectativa que a gaguez desapareça. “Isso é um dos problemas que a APG está a tentar resolver junto da comunidade médica”, disse.

Terapia da fala, instrumentos electrónicos e medicação podem ajudar a um discurso mais fluente, mas a APG lembra que não existem “curas milagrosas” para a gaguez.

Debater todas estas terapêuticas para disponibilizar melhor informação às famílias é o que se pretende com mais uma edição das jornadas sobre a gaguez, a promover no sábado.

A gaguez, que atinge cerca 1% da população mundial, é uma perturbação da fluência da fala caracterizada por repetições, prolongamento de letras ou sílabas, pausas inesperadas e bloqueios. As causas da gaguez podem ser genéticas (60% das pessoas com gaguez têm um familiar gago), neurológicas (os gagos usam áreas neuronais distintas) e psicossociais (condições do desenvolvimento linguístico na infância).

Em cada cinco pessoas que sofrem de gaguez, 4 são homens e apenas 1 é mulher e na maioria das crianças, a gaguez surge entre os 2 os 5 anos.

Marilyn Monroe, Bruce Willis ou Anthony Quinn (atores), Winston Churchil ou Joe Biden (políticos), Charles Darwin ou Isaac Newton (cientistas) são algumas celebridades com gaguez.

Também em Portugal existem vários exemplos, sendo os mais conhecidos os da escritora Maria João Seixas, do músico Mário Laginha ou do radialista da TSF Mário Dias, que quando se senta ao microfone vê a gaguez desaparecer como por milagre.

Para Daniel Neves da Costa, a explicação é simples e encontra-se na neurologia: “Os circuitos neuronais que o ser humano usa para produzir fala espontânea são diferentes daqueles que usa quando está a cantar, a ler ou a dizer um texto memorizado e a gaguez ocorre principalmente nos momentos de fala espontânea”.

 

Estudo revela:
A ideia de que a vacina contra a gripe está associada a efeitos secundários ou que induz a doença é um dos motivos que leva os...

O trabalho ainda preliminar foi conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde (INSA) através de inquéritos feitos a cerca de mil famílias portuguesas, tendo como alvo as pessoas com mais de 65 anos e os doentes crónicos, os grupos a quem é altamente recomendada a vacinação e para quem a vacina é gratuita nos centros de saúde.

Segundo Baltazar Nunes, do INSA, muitas pessoas alegam que quando tomaram a vacina tiveram gripe ou desenvolveram uma gripe mais forte. Contudo, o especialista explicou que não há qualquer descrição de uma relação causa-efeito entre a toma da vacina e o desenvolvimento da gripe. “Durante o período da vacinação há mais incidência de outros vírus respiratórios. O que pode acontecer é que as pessoas desenvolvam uma constipação ou uma infecção respiratória provocada por outro agente e que pode ter uma sintomatologia próxima da gripe. Mas isso não tem relação com a vacina”, referiu. As conclusões do trabalho desenvolvido por Baltazar Nunes e por Ana João Santos indicam ainda que a não toma da vacina está também associada a uma noção de que se é pouco susceptível à gripe. “Acham que são saudáveis e não desenvolvem a doença ou que se a desenvolvem não é grave”, sintetizou Baltazar Nunes. Outro dos três factores principais apontados para não se vacinarem é a dificuldade em aceder ao médico de família.

Perante estes resultados preliminares, Baltazar Nunes considera que é importante “realizar mais campanhas de informação e sensibilização para a importância da vacinação contra a gripe”.

O especialista lembrou que os grupos alvos definidos pela Direcção-Geral da Saúde estão em risco de desenvolver mais complicações associadas à doença, podendo mesmo registar “consequências graves”.

O INSA realizou uma reunião sobre “Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal”, em que se analisaram os resultados da vigilância da época gripal passada. Segundo Raquel Guiomar, especialista do Instituto, a época passada foi considerada “moderada”, com o período epidémico a centrar-se nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2014, o que é considerado “mais tardio do que o habitual”.

Não foram verificados excessos de mortes relacionados com a gripe e a maior percentagem de casos da infecção registaram-se em jovens e adultos entre os 15 e os 44 anos.

Quanto aos internamentos e admissões nos cuidados intensivos por gripe, 72% dos doentes tinham doença crónica, mas apenas 3,8% se tinha vacinado.

Segundo Raquel Guiomar, relativamente à época gripal deste ano, Portugal mantém-se ao dia de hoje sem qualquer caso de gripe sazonal, enquanto na Europa já se registaram alguns casos mas “muito reduzidos e esporádicos”.

Raquel Guiomar acrescentou à Lusa que a actividade gripal na Europa está ainda em níveis “muito baixos” e que em Portugal não foram ainda detectados casos de gripe.

Apesar de o tempo seco e frio proporcionar condições para a transmissão do vírus entre as pessoas, a especialista lembra que não é o único factor.

Adiantou também que é “imprevisível” se a época gripal deste ano vai ser forte ou moderada, mas aconselhou os portugueses que se enquadram nos grupos indicados pelas autoridades a levarem a vacina.

 

Primeiro-ministro diz
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que a transferência da gestão dos hospitais das Misericórdias para aquelas...

Pedro Passos Coelho, que falava na inauguração da Unidade de Cuidados Continuados (UCC) da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez adiantou que o protocolo para o biénio 2015/2016, em preparação, deverá incluir “a primeira grande fase de transferência dos chamados hospitais das Misericórdias para as Misericórdias”.

“Devolvê-los à sua proveniência, mantendo a sua vocação e ainda assim conseguindo ganhos de eficiência na ordem dos 25%”, sustentou.

O primeiro-ministro adiantou que o novo protocolo tem vindo a ser preparado com a União das Misericórdias, a União das Mutualidades e com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

“Eu tive ocasião de receber já os representantes destas instituições que tiveram com os respectivos ministros do Governo uma reunião de trabalho para conseguimos programar os nossos protocolos e apoios para os próximos dois anos”.

Adiantou que o novo acordo, além da área social, será estendido à saúde e educação.

“O que estas instituições desenvolvem é um trabalho de natureza e relevância públicas que toda a gente reconhece e a verdade que fazendo desta maneira nós conseguimos resultados muito melhores do que simplesmente se o Estado utilizasse os seus serviços, e os impostos dos cidadãos, para ir ao encontro das necessidades das pessoas”, afirmou.

O equipamento inaugurado pelo primeiro-ministro em Arcos de Valdevez, onde foi distinguido com o título de “irmão de honra” da Santa Casa, representou um investimento de 1,9 milhões de euros.

A UCC dispõe de 24 camas garantidas através de protocolos celebrados entre a Santa Local, a Segurança Social e o Ministério da Saúde. Está ainda dotada de centro de fisioterapia e recuperação. Além da prestação de cuidados continuados a estrutura dispõe de várias respostas como lar de idosos e crianças em risco, creche, jardim-de-infância, apoio domiciliário e serve ainda 800 refeições diárias no âmbito das cantinas sociais.

 

Na Assembleia da República
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos entrega na quarta-feira na Assembleia da República uma petição contra a eventual...

“Esperamos que os deputados não se esqueçam dos objectivos que estiveram na criação do SNS, das populações desfavorecidos e que estão longe dos hospitais, que precisam de serviços de proximidade”, disse Fátima Pinhão, da direcção nacional do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).

A petição, exigindo que o Hospital Arcebispo João Crisóstomo se mantenha “como hospital público e contra a sua privatização”, reúne mais de 5 mil assinaturas de utentes de Cantanhede, mas também dos municípios vizinhos de Mira e Montemor-o-Velho, nomeadamente da freguesia de Arazede, que está no raio de acção daquela unidade.

O texto do abaixo-assinado refere que a portaria 82 de 10 de Abril de 2014 exclui esta unidade de saúde da lista de hospitais públicos, “o que significa que o Ministério da Saúde já tomou a decisão de privatizá-lo”, segundo o MUSP.

“Os abaixo-assinados pronunciam-se pela sua manutenção na esfera pública, integrado no Serviço Nacional de Saúde, no respeito do preceito constitucional de que a saúde é um direito universal, geral e tendencialmente gratuito, garantido pelo Estado”, lê-se no documento.

“Estamos contra a privatização do hospital, que desapareceu da lista de hospitais públicos publicada este ano pelo Ministério da Saúde, porque defendemos a saúde pública e acessível a todos”, sublinhou Fátima Pinhão, esperançada de que uma mudança no Governo em 2015 possa reverter a situação.

Uma delegação do MUSP vai entregar a petição na quarta-feira, às 11:00, numa audiência com o vice-presidente da Assembleia da República António Filipe.

 

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