O que é?
Esta é uma doença que impede a respiração normal durante o sono.

O que é?
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença que se caracteriza pela obstrução do fluxo aéreo a nível das vias áreas superiores (nariz, faringe, laringe), impedindo a respiração normal durante o sono. Afecta principalmente os homens, entre os 40 e os 60 anos.

Associa-se a risco de doenças cardiovasculares (hipertensão, arritmias, isquémia do miocárdio), cerebrovasculares (ex: Acidente Vascular Cerebral), diabetes, depressão, pior qualidade de vida e maior probabilidade de acidentes de viação/trabalho por privação de sono.

Quais os sintomas?
Os doentes apresentam roncopatia (ressonar) com pausas respiratórias (asfixia) e aumento da necessidade de urinar durante a noite. Durante o dia, apresentam sonolência, cefaleias (dores de cabeça) matinais, modificação da personalidade, diminuição da memória/concentração, impotência e diminuição do desejo sexual.

Como se diagnostica?
O diagnóstico assenta na realização de um exame, denominado estudo Polissonográfico Nocturno, em que se faz a monitorização da actividade cerebral e cardíaca, fluxo respiratório na via aérea, movimentos respiratórios e medição da Saturação de Oxigénio no sangue, durante o sono.

Como se trata?
O tratamento consiste na redução dos factores que favorecem esta obstrução (redução do consumo de bebidas alcoólicas, perda de peso, correcção de eventuais alterações da função tiroideia) e/ou através de ventilação durante a noite, com um aparelho denominado CPAP (Continuous Positive Airway Pressure). Este aparelho é aplicado na face durante o período nocturno e pressiona a entrada do ar nas vias aéreas, impedindo a sua obstrução.

Em casos particulares pode ser considerada a correção cirúrgica das alterações anatómicas ou o recurso a próteses bucais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Tratamento da calvície
São cada vez mais as pessoas que recorrem aos transplantes capilares.
Transplante capilar

Antes de recorrer a esta técnica não se deve dispensar toda a informação necessária e o historial relativo à calvície, que será sujeita ao tratamento. Estas informações são importantes pois vão determinar o sucesso ou insucesso do tratamento.

Os transplantes capilares são feitos com uma redistribuição de cabelo, geneticamente mais forte, existente em zonas específicas, como as zonas laterais e nuca, para as zonas sem cabelo. Esta é uma solução para a calvície, mas não resolve o problema da queda de cabelo. O que acontece é que estes cabelos transplantados continuarão a crescer fortes mas os que já existiam na parte superior da cabeça não deixarão de cair.

O método requer a aplicação de anestesia local, não sendo necessário o internamento, uma vez que se trata de uma cirurgia simples e pouco invasiva. Em cada sessão de tratamento podem ser transplantados até cerca de 4000 cabelos.

Devido a esta técnica utilizar os próprios cabelos de cada pessoa não existe a hipótese de rejeição e o crescimento capilar será natural.

Este tratamento é realizado em várias sessões, que podem ser em maior ou menor número, dependendo da área sem cabelo ou o aspecto final pretendido, por parte de cada pessoa. Os resultados começam a surgir logo ao final do primeiro mês, ou seja, assim que o cabelo começa a aparecer e a crescer.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O que são?
As hemorroides são veias ao redor do ânus ou do recto, que se inflamam ou dilatam.
Hemorroides

A presença destas veias não significa automaticamente a presença da doença hemorroidária. Para que tal aconteça é necessário que exista uma alteração destas veias e que a mesma se traduza em hemorragia, prolapso (exteriorização da/s parede/s do recto pelo anús) ou trombose.

As hemorroides podem ser internas ou externas. As primeiras, internas, têm origem no plexo hemorroidário superior, não têm inervação somática; em contraste com as externas são extremamente sensitivas. O bordo do canal anal tem capacidade para sentir a temperatura, a vibração, os estímulos nocivos, o movimento e, mais importante, diferenciar entre gás, líquido e matéria sólida, mas não sinalizam a dor.

As hemorroides internas são classificadas de acordo com o grau de hemorragia e prolapso, descritos pelos doentes ou observados pelo médico. As de 1.º grau não ultrapassam a linha dentada durante a defecação e manifestam-se, tipicamente, sob a forma de rectorragia. As de 2.º grau protrudem para além da linha dentada e podem ser observadas na margem anal, mas reduzem espontaneamente com a cessação da defecação. Isto geralmente ocasiona desconforto e hemorragia. As de 3.º grau sofrem protrusão, para além da margem anal e requerem redução manual para voltarem ao canal anal. Geralmente, manifestam-se sob a forma de hemorragia, descarga mucosa e, ocasionalmente, dor. Finalmente, as de 4.º grau permanecem  prolapsadas continuamente e, após tentativa de redução manual, voltam a exteriorizar-se. Dor, hemorragia, trombose e estrangulamento podem ocorrer nesta situação.

Pode afectar homens e mulheres embora sejam os homens que normalmente mais procuram tratamento.

Não está ainda perfeitamente definido qual o mecanismo de desenvolvimento das hemorroides. Há de facto factores de risco que podem predispor ou agravar uma condição já existente mas ainda não manifestada. A obstipação que normalmente exige um esforço extra na defecação, diarreias crónicas, ausência de válvulas nos plexos hemorroidários, excesso de peso que provoca o aumento da pressão nas veias abdominais, a vida sedentária que diminui o estimulo para a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do ânus. Existe também a componente genética que pode ditar o desenvolvimento da doença.

Dietas pobres em fibras ou pouca ingestão de líquidos pode levar ao endurecimento das fezes e provocar o aparecimento da doença.

A nível de factores predisponentes temos a gravidez ou a pratica de sexo anal que pode provocar o desenvolvimento de fissuras nesta região. Não existem no entanto evidências de que estar sentado de uma forma prolongada ou reiteradamente, ou a prática de halterofilismo possa causar hemorróides, mas na verdade podem agravar uma doença pré-existente.

Como sintomas, a comichão provocada pelo inchaço das veias, o sangramento resultante do rompimento das veias anais, a dor ou ardor durante ou após a evacuação ou a existência de uma saliência palpável no ânus, todos podem existir ou coexistir e são ou podem ser sinal da existência da doença hemorroidária.

A nível de tratamento, este pode ser feito através de pomadas tópicas ou supositórios, cirúrgico através de uma hemorroidectomia, isto é a retirada das veias “doentes” ou então a punção do coágulo que entope o vaso hemorroidário prescindindo da cirurgia.

É possível também usar uma técnica que consiste no uso de uma ligadura elástica para estrangular a veia afectada.

Recomenda-se que se evite a utilização de papel higiénico pois pode irritar e aumentar a inflamação. Assim sendo, caso esteja no meio de uma crise hemorroidária deve lavar a região anal e secá-la com uma toalha de algodão.

Procure adoptar uma dieta saudável á base de alimentos ricos em fibras e frutas, muitos líquidos e evite as bebidas alcoólicas. Respeite a necessidade de evacuar e não deixe “para a última”. Quando estiver na casa de banho, lembre-se que a casa de banho não é biblioteca nem sala de leitura por isso permaneça o tempo necessário para cumprir as suas necessidades. Se não conseguir naquele momento procure relaxar e tentar mais tarde. Se fizer muito esforço, isso pode afectar as suas veias que poderão já estar enfraquecidas.

Não leve uma vida sedentária e ande o mais que pode. Procure evitar alimentos muito condimentados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Na região da Grande Lisboa
O presidente da Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino disse que continuam a existir dificuldades na marcação de...

Na região da Grande Lisboa existem cinco clínicas que têm convenção com o Estado para fazerem colonoscopias, mas só uma está a aceitar inscrições. A denúncia é feita esta quarta-feira por Vítor Neves, presidente da Europacolon – Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino.

“Na semana passada, fomos rever o site da Direção Geral de Saúde (DGS) e das cinco empresas que estão lá que aceitam fazer colonoscopias através do Serviço nacional de Saúde (SNS), só uma é que aceita inscrições e tem um prazo mais ou menos aceitável de um mês. Todas as outras recusam aceitar inscrições porque os prazos e as listas de espera que têm são enormes”, disse Vítor Neves à TSF, citado pelo Notícias ao Minuto.

O presidente do colégio de Gastrenterologia da Ordem dos Médicos, José Cotter, confirma à mesma estação de rádio que “existem algumas lacunas na oferta desses exames em algumas regiões”.

Contudo, sublinha que actualmente “existe uma acessibilidade mais fácil da população às colonoscopias, tem-se verificado uma maior adesão, os exames são manifestamente mais fáceis”.

Das cinco clínicas na Grande Lisboa que fazem colonoscopias em regime de convenção com o Estado só uma está aceitar inscrições, sendo que o tempo de espera é de aproximadamente um mês.

“Todas as outras recusam aceitar inscrições porque os prazos e as listas de espera que têm são enormes”, conclui Vítor Neves.

 

Primeiro na região norte
O “Café Memória” de Viana do Castelo é o primeiro a abrir na região norte destinado a pessoas com problemas de memória ou...

“É com enorme satisfação que vemos abrir o primeiro “Café Memória” da zona norte do país, aqui em Viana do Castelo, sendo mais um serviço de apoio a pessoas com Alzheimer e seus cuidadores”, afirmou Ana Taborda, presidente da delegação norte da Associação Alzheimer Portugal.

A responsável falava, em conferência de imprensa, após a assinatura um protocolo com a Câmara de Viana do Castelo para a abertura de um "Café Memória", na capital do Alto Minho, o sexto em todo o país.

Trata-se de um conceito internacional que surgiu em Portugal em Abril 2013 e que “consiste num ponto de encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou demência, bem como, respectivos familiares e cuidadores para a partilha de experiências e suporte mútuo, com o acompanhamento de profissionais de saúde ou de acção social”.

O projecto consiste em “sessões estruturadas, não clínicas, realizadas num espaço informal” com o objectivo de “contribuir para a melhoria da qualidade de vida e redução do isolamento social em que estas pessoas muitas vezes se encontram”.

Para o autarca de Viana é um “privilégio” para a cidade acolher a primeira estrutura do género na região norte face à “importante proporção que as doenças degenerativas começam a tomar” em todo o país.

“O envelhecimento da população e o abandono destas pessoas criam novos problemas e as instituições têm que ter novas respostas”, sustentou o socialista José Maria Costa.

Em Viana do Castelo o projecto, lançado pelo grupo Soane Sierra e pela Alzheimer Portugal em parceira com a autarquia e a associação "HOPE!" vai decorrer num restaurante do centro comercial da cidade, nos quartos sábados de cada mês, entre as 9:00 e as 11:00. A primeira sessão está prevista para o dia 22 de Novembro.

Para Elsa Monteiro, directora de sustentabilidade daquele grupo, “a chegada do Café Memória a Viana do Castelo evidencia o sucesso da iniciativa mas também a relevância, para os doentes, familiares e cuidadores de pessoas com problemas de memória ou demência”. Luís Durães, da associação "HOPE!" afirmou tratar-se de um projecto que se destaca “pela capacidade de responder de forma simultânea a cuidadores e a pessoas com demência”.

Segundo números de 2012, divulgados por Cataria Alvarez, coordenadora deste projecto, existem em Portugal cerca de 182 mil pessoas com demência, das quais 70% com Alzheimer.

“Atrás de uma pessoa com demência está pelo menos um cuidador. Quando falamos em 182 mil pessoas no fundo estamos a falar pelo menos do dobro de pessoas em Portugal que são atingidas por esta problemática”, frisou.

O “Café Memória” pretende ainda “sensibilizar a comunidade para a relevância crescente do tema das demências e envolvê-la na prossecução da sua missão, nomeadamente, através da prática de voluntariado”.

Desde o lançamento do projecto em Portugal, foram realizadas um total de 50 sessões, com cerca de 850 participações, maioritariamente de cuidadores e familiares de pessoas com demência, envolvendo 96 voluntários que dedicaram mais de 1.400 horas ao projecto.

 

IKEA recomenda
O grupo sueco de mobiliário e decoração IKEA pediu hoje aos clientes que devolvam pacotes de massa biológicas PASTAÄLGAR e...

Em comunicado, o grupo IKEA pede aos clientes que compraram na loja sueca as massas biológicas PASTAÄLGAR e PASTAÄLGAR FULLKORN, normal e integral – massas em formato de alce –, por estas conterem soja, um ingrediente que não surge indicado na embalagem e que pode causar alergias.

A decisão, explica o IKEA, surge no “seguimento de análises que demonstram que as massas biológicas contêm soja, que é um alergénico e pode causar uma reacção alérgica a quem consuma este produto e tenha esta alergia específica”.

O grupo lamenta a situação e garantiu que os produtos em causa são totalmente seguros para qualquer pessoa que não seja alérgica à soja, adiantando que as massas já não se encontram à venda nas lojas IKEA.

“Todos os clientes podem devolver as massas que tenham em casa na loja IKEA mais próxima, independentemente da data de validade, onde serão reembolsados na totalidade”, informa o IKEA.

O grupo sueco pede ainda que as devoluções deste artigo devem ser feitas no Balcão de Apoio a Cliente das lojas IKEA, não sendo necessária a apresentação do talão (recibo) de compra.

 

Direcção-Geral da Saúde
Cerca de2 milhões de vacinas contra a gripe começam hoje a ser disponibilizadas em Portugal, sendo gratuitas nos centros de...

De acordo com um comunicado divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), os cerca de dois milhões de vacinas vão ser distribuídos pelas farmácias e pelas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na mesma nota, a DGS informa que, para as pessoas com mais de 65 anos, a vacina é gratuita e estará disponível nos centros de saúde (um milhão), sem necessidade de receita médica ou guia de tratamento para ser administrada nem de pagamento de taxa moderadora.

Os cidadãos que não são abrangidos pela vacinação gratuita podem, segundo a DGS, adquirir a vacina na farmácia, sendo necessária receita médica, beneficiando estes de uma comparticipação de 37%.

A DGS refere ainda que os grupos alvo prioritários são as pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos seis meses de idade, grávidas e profissionais de saúde ou prestadores de cuidados em lares de idosos.

A vacina é recomendada a pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos, apesar de este não ser considerado grupo prioritário.

Neste grupo etário, a DGS pretende obter uma taxa de vacinação de pelo menos 60%, quando na época gripal passada se registou uma cobertura de 57%.

A vacina é gratuita no SNS também para os residentes em lares da segurança social, das misericórdias e das instituições particulares de solidariedade, bem como para os doentes na rede de cuidados continuados integrados.

Nesta lista incluem-se ainda os doentes em diálise crónica, alguns profissionais de saúde com recomendação para a vacina e crianças institucionalizadas com doenças crónicas, entre outros grupos específicos.

Para as restantes pessoas, a vacina é disponibilizada nas farmácias, mediante receita médica, tal como nos anos anteriores. As receitas exclusivamente passadas para as vacinas têm validade até 31 de Dezembro deste ano. A DGS salienta que a vacina pode ser administrada durante todo o Outono/Inverno, mas de preferência até ao fim de 2014.

 

VII Congresso Europeu sobre Cerveja e Saúde
Cientistas europeus destacaram os efeitos benéficos do consumo moderado de cerveja e rejeitaram o mito da “barriga de cerveja”.

“O consumo moderado de cerveja em adição a uma dieta saudável, como a mediterrânica, ajuda a prevenir problemas cardiovasculares maiores, como o enfarte do miocárdio ou os acidentes vasculares cerebrais”, afirmou Ramón Estruch, do Hospital Clínic de Barcelona, durante o VII Congresso Europeu sobre Cerveja e Saúde, realizado em Bruxelas.

Vários centros de investigação, entre os quais o Centro de Investigação Cardiovascular (CSIC-ICCC) da Catalunha, a Universidade de Barcelona e o Hospital Clínic de Barcelona, realçaram os possíveis benefícios da cerveja, com ou sem álcool, na saúde cardiovascular, obesidade, nutrição e prevenção do envelhecimento celular.

Linda Badimón, directora do CSIC-ICCC, destacou que a ingestão moderada de cerveja pode “favorecer a função cardíaca global”. As quantidades consideradas moderadas seriam dois copos (40cl) para homens e um copo (20cl) para mulheres, diariamente.

A investigadora Rosa Lamuela, da Universidade de Barcelona, adiantou que os polifenóis, substâncias encontradas maioritariamente em alimentos de origem vegetal, podem reduzir os riscos de problemas cardiovasculares e cancro, devido às suas propriedades antioxidantes.

“Na cerveja encontrámos até 50 tipos de polifenóis que, ingeridos pelo organismo, possuem efeitos benéficos sobre a pressão arterial, os lípidos ou a resistência à insulina”, disse Rosa Lamuela no congresso, que reuniu cerca de 160 especialistas internacionais em medicina, nutrição e dietética, provenientes de 24 países.

A médica de saúde pública do Reino Unido Kathryn O'Sullivan desmentiu a crença da “barriga de cerveja”, por “não possuir nenhum fundamento científico” e acrescentou que o consumo excessivo de qualquer tipo de álcool pode levar ao aumento de peso, mas não o consumo moderado.

A re-hidratação que a cerveja proporciona a desportistas foi outro dos aspectos destacados durante o congresso, com participantes no congresso a defenderem que a cerveja, ao contrário de outras bebidas alcoólicas, possui pouco álcool, muita água (95%) e potássio, o que a torna apta para a re-hidratação após exercício físico.

Dado que o excesso de exercício físico aumenta o risco de doenças no trato respiratório superior, a cerveja pode ser utilizada para reduzir a sua inflamação e infecção, já que possui elementos polifenólicos, declarou Johannes Scherr, da Universidade de Munique.

O congresso contou ainda com a presença de médicos de centros de investigação da Irlanda, Roménia, Itália, e Holanda.

 

Nos Açores
O secretário regional da Saúde dos Açores revelou que foram detectadas situações de burla no Serviço Regional de Saúde que...

“Neste momento, está a ser feita uma investigação, que começou com uma pequena amostra, na qual foram identificadas situações efectivas de burla no Serviço Regional de Saúde, das quais foi notificado o Ministério Público”, declarou Luís Cabral, aos jornalistas, em Ponta Delgada.

O governante frisou que se decidiu alargar a investigação, em função da amostra realizada, tendo a Inspecção Regional de Saúde prescindido das suas inspecções ordinárias para se dedicar a esta matéria.

“De uma forma muito alargada, a Inspecção Regional de Saúde está a proceder à investigação em cada uma das ilhas. Tal como foi identificado na amostra inicial, existem indícios de burla no próprio sistema”, declarou.

Luís Cabral declarou que “assim que se tiver os valores apurados, que são potencialmente bastantes elevados”, serão tornados públicos, “dentro das condicionantes do segredo de justiça”, e apontou o final do ano como o prazo de conclusão do processo.

O titular da pasta da Saúde na região autónoma comentou também as críticas que hoje foram reiteradas pela oposição em relação ao novo sistema de reembolsos e convenções na saúde nos Açores, cujas portarias foram publicadas há cerca de um mês e que entram em vigor na quarta-feira.

Luís Cabral considerou que estas críticas transmitem “ideias falsas” sobre a realidade do impacto deste novo sistema. Assim, disse ser “falso” que o novo sistema venha a penalizar os utentes em benefício do Serviço Regional de Saúde, uma vez que os doentes não alteram "em nada" o seu "relacionamento com o serviço”.

“Mantemos o mesmo nível de atendimento e procuramos até, inclusive, melhorá-lo. Estas portarias vêm apenas regular o relacionamento dos utentes com os sistemas privados”, declarou, para acentuar, por outro lado, que os doentes crónicos não serão penalizados, uma vez que são seguidos de “forma regular” nas unidades de saúde públicas.

O secretário regional da Saúde declarou que as suas portarias pretendem “tornar o sistema mais transparente e rigoroso”, salvaguardando que aumentam de “forma significativa” os valores reembolsados a nível das consultas e alguns exames complementares de diagnóstico.

Confrontando com as declarações do líder do CDS-PP/Açores, que sustenta que este é um ataque aos direitos dos doentes, Luís Cabral referiu não perceber as declarações de Artur Lima, quando é próprio a referir que o Serviço Regional de Saúde deve ser “público, gratuito e universal”.

“Aquilo que estamos aqui a fazer em nada interfere com o Serviço Regional de Saúde, a não ser a capacidade de melhoria do próprio sistema, nomeadamente através da detecção de algumas insuficiências que este ainda possa ter e que nós, através do processo de convenções, quer através dos reembolsos, e da sua monitorização, possamos identificar e corrigir”, declarou. Luís Cabral declarou, por outro lado, que os hospitais da região vão passar a ficar habilitados a celebrar convenções naquelas áreas em que manifestem insuficiências.

 

Dia Internacional do Idoso:
Um especialista da Universidade Católica defendeu que pequenas alterações nos apartamentos, algumas com custos reduzidos,...

A partir do estudo que realizou para a sua tese de doutoramento em arquitectura, António Carvalho listou “intervenções pontuais e o mais pequenas possível, até por razões económicas”, atendendo à actual realidade de uma sociedade em progressivo envelhecimento, em que apenas o grupo etário dos idosos, pessoas com mais de 65 anos, continua a crescer, nas próximas décadas.

Algumas situações “já envolvem custos significativos” e, por isso, “justificar-se-á progressivamente e, cada vez mais, que as verbas que a Segurança Social tem para despender com os apoios à população idosa possam ser repensados e, mediante projectos bem estruturados, possa haver uma comparticipação para que, gradualmente, haja edifícios preparados” para a população mais velha.

“Se houver uma solução em que as pessoas consigam lá ficar [na sua casa], é melhor porque continuam a partilhar, participar e contribuir para a vida na cidade, dentro das suas limitações, o que é normal, e quando finalmente morrem a casa pode ser novamente habitada por gente mais nova”, disse o professor da Universidade Católica.

O especialista defendeu que, tendo também em conta mudanças no prédio, como a instalação de um elevador, ou alterações para facilitar a mobilidade no espaço urbano, “para o Estado, acaba por haver uma economia”. É que “estamos a falar da saúde das pessoas e manter a actividade é fundamental”, referiu.

“Se pensarmos no investimento que implica a criação, construção e manutenção de lares para idosos para uma população que está rapidamente a envelhecer, isso é um drama real, enquanto estas situações podem ser criadas e, porque não, participadas, mas de uma forma mais suave, mais distribuída”, realçou.

O trabalho distinguido com o Prémio André Jordan 2014, hoje entregue, focou o bairro de Alvalade, em Lisboa. O especialista seleccionou alguns edifícios, analisou os “obstáculos” encontrados, tendo em conta as limitações físicas e de mobilidade dos idosos, e listou propostas para solução, envolvendo igualmente o espaço público circundante, como os jardins.

António Carvalho explicou ter tido em conta vários inquéritos a idosos, nos quais a maior parte deles expressa o desejo de manter-se na sua casa, sempre que possível, mas também realçou que as mudanças realizadas nas habitações ou no espaço exterior, como as rampas, são, em muitos casos, úteis também para as crianças e não têm inconvenientes para os adultos mais novos.

Elementos como a largura das portas, que, com 70 centímetros, não permitem a passagem de uma cadeira de rodas, a organização das louças sanitárias ou a simples altura a que são colocados os interruptores são alguns dos exemplos referidos.

Permitir o encaixe dos joelhos debaixo de uma bancada, na casa de banho ou na cozinha, ou integrar módulos que podem ser retirados ou substituídos, sem grandes obras, é outra referência de António Carvalho que explicou ter pensado sempre nas soluções para uma cadeira de rodas, porque “se essa situação estiver resolvida todas as outras estão”.

 

Governo dos Açores disponibiliza
A campanha de vacinação contra a gripe sazonal começa hoje, sendo que o Serviço Regional de Saúde vai disponibilizar este ano...

A Direção Regional da Saúde, citada numa nota de imprensa do gabinete de apoio à comunicação social do Governo dos Açores, adianta que as vacinas vão estar disponíveis nas unidades de Saúde de ilha e serão gratuitas para o habitual grupo de cidadãos.

A vacina contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, que são as pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos seis meses de idade, grávidas e profissionais de saúde ou prestadores de cuidados em lares de idosos.

Para as pessoas com mais de 65 anos, a vacina será gratuita e estará disponível nos centros de saúde da região, sem necessidade de receita médica ou guia de tratamento.

As autoridades regionais de saúde estimam que a taxa de vacinação neste grupo etário seja, pelo menos, 60% superior à registada na época gripal 2013-2014, que atingiu os 39%.

A vacina contra a gripe será, também, gratuita para residentes em lares de idosos da Segurança Social e de Instituições Particulares de Solidariedade Social, bem como para os doentes na rede de cuidados continuados integrados, doentes em diálise crónica, alguns profissionais de saúde com recomendação para a vacina e crianças institucionalizadas com doenças crónicas.

O Governo Regional admite que outros grupos específicos possam vir a ser vacinados gratuitamente, revelando que estes serão devidamente elencados através da orientação para a época vacinal 2014/2015, que será divulgada nos próximos dias pela Direção Regional da Saúde.

Embora não sendo um grupo prioritário, a vacina é também recomendada para quem tem entre 60 e 64 anos.

Para os restantes cidadãos, a vacina estará disponível nas farmácias, mediante receita médica, tal como nos anos anteriores.

As receitas exclusivamente passadas para as vacinas contra a gripe têm validade até 31 de Dezembro do corrente ano.

A vacina contra a gripe pode ser administrada durante todo o Outono/Inverno, mas, de preferência, até ao fim de 2014.

 

Circular Informativa N.º 213/CD/8.1.7
O medicamento Meningitec está a ser recolhido voluntariamente devido à detecção de partículas cor de laranja avermelhadas,...

A empresa Nuron Biotech, B.V. está a proceder à recolha voluntária de todos os lotes que se encontrem dentro do prazo de validade do medicamento Meningitec, suspensão injectável em seringa pré-cheia, 10 µg/0,5 ml + 15 µg/0,5 ml.

Esta recolha surge na sequência de um alerta emitido pela Agência Alemã devido à detecção de partículas cor de laranja avermelhadas, identificadas como óxido de ferro. Em Portugal, foram distribuídos 3 lotes deste medicamento:

Lote

Validade

CAUL

G18898

30-09-2014

17013-CAUL

H23067

30-11-2014

39513-CAUL

J13283

30-09-2015

20614-CAUL

 

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Face ao exposto, pelo princípio da precaução, embora não tenha sido reportada qualquer reacção adversa com esta vacina:

§ As entidades que possuam este medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

§ Os utentes que tenham embalagens deste medicamento não as devem utilizar, entregando-os na farmácia.

§ Acresce que esta marca de vacina não está actualmente a ser utilizada no âmbito do Programa Nacional de Vacinação.

 

Em Lisboa
A Associação Portuguesa de Dietistas vai promover hoje, Dia Internacional do Idoso, um rastreio nutricional à população sénior...

No rastreio, que vai decorrer entre as 14:00 e as 17:00, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, são esperados 200 idosos, disse a presidente da Associação Portuguesa de Dietistas (APD) Zélia Santos

“Iremos aplicar algumas ferramentas que estão validadas para a identificação de risco nutricional” e, se for identificado risco, será feito um aconselhamento nutricional a todos os idosos por dietistas e estudantes de Dietética, explicou Zélia Santos.

Em simultâneo, irão decorrer sessões de actividade física para que estes idosos possam receber alguns treinos de ensinamento para terem “um melhor aporte de massa muscular, uma vez que nesta faixa etária têm um maior risco de quedas e fracturas”, sublinhou.

O objectivo da iniciativa é passar competências e conhecimentos na área nutricional e prestar alguns aconselhamentos aos idosos sobre “a manutenção do estado do físico para ganho e prevenção da sua massa muscular”, disse a nutricionista.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que cerca de 20% dos idosos em comunidade podem estar em risco de desnutrição e cerca de 80% em lares e instituições.

Em Portugal, o último trabalho realizado sobre a desnutrição dos idosos foi em 2009 e não é representativo a nível nacional da população idosa portuguesa, mas estima-se que a desnutrição afecta cerca de 30% da população sénior portuguesa.

“O que nos preocupa é que não sabemos como é que está o estado de nutrição dos idosos”, sublinha Zélia Santos, defendendo a realização de um estudo nacional.

A APD refere que “este é um dos mais recorrentes problemas de saúde da população sénior em Portugal”, sendo o cenário ainda “mais preocupante quando se considera a acentuada tendência de envelhecimento da população portuguesa”.

Zélia Santos alertou para a necessidade de “existirem profissionais da área da dietética e nutrição nas unidades de saúde primária” para detectar estes casos, defendendo também que a intervenção nutricional devia ser comparticipada.

A aposta na prevenção e na detecção de casos iria fazer diminuir os custos associados à saúde, porque “se o idoso estiver bem nutrido” irá ter menos tempo de hospitalização, por outra situação de doença, e vai ter uma recuperação mais rápida, defendeu.

A malnutrição aumenta o risco de infecções, atrasa a recuperação e prolonga a hospitalização do doente, piora a qualidade de vida, aumenta a mortalidade e leva a um maior consumo de fármacos.

A principal causa da desnutrição é a redução do apetite e pode ter a ver com factores vários como a mudança de vida, alterações fisiológicas, incapacidade motora, solidão, perda de cônjuge, depressão, isolamento social, pobreza, perda de independência e perda da função cognitiva.

 

Hoje é Dia do Idoso
As associações representativas dos reformados e pensionistas vão assinalar o Dia Internacional do Idoso com iniciativas de...

Esta data é “uma oportunidade para homenagear as pessoas idosas, prestando-lhe o justo reconhecimento pelo património de valores e realizações criadas ao longo das suas vidas”, disse o presidente da MURPI - Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos.

A MURPI foi pioneira no movimento associativo de reformados e conta actualmente com 170 associações filiadas que vão realizar iniciativas para sinalizar a efeméride, adiantou Casimiro Menezes.

“É um dia para firmar o dever de respeitar os seus direitos, todos os dias, pelo poder político e pela sociedade. Esta é a mensagem que queremos transmitir neste dia a todas as associações que lidam com os idosos e também aos idosos”, sublinhou.

A APRe! - Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados também vai assinalar a data com várias iniciativas, entre as quais a entrega de um Manifesto em 32 autarquias do país.

“A nossa actividade vai ser junto das autarquias, onde vamos entregar nesse dia um manifesto”, que alerta para a necessidade dos municípios dedicarem mais atenção ao idosos, uma população que está a aumentar, e manifesta a disponibilidade da associação em colaborar, disse a presidente da APRe!, Maria do Rosário Gama.

A intenção da associação “é fazer reivindicações de carácter político, comemorar o dia e chamar outras pessoas” para a luta em defesa da população mais velha.

Para as associações, é preciso contrariar a ideia de que o envelhecimento “é o causador de todos os males no país”.

“Reconhecemos que há um envelhecimento demográfico para o qual é preciso termos soluções para que as pessoas que estão a envelhecer mantenham os seus direitos e a sua intervenção cívica e política muito activa”, defendeu Casimiro Menezes.

Por outro lado, sublinhou, “constamos que há um desprezo da sociedade por aqueles que não adquirem conhecimentos mais actualizados” e “uma atitude de exclusão dessas pessoas porque deixaram de estar na cadeia de produção”.

Os próprios idosos devido às dificuldades que lhes são criadas, muitas delas devido às medidas de austeridade, sentem-se “auto-excluídos de uma sociedade em que deviam participar”.

Para combater esta situação, Casimiro Menezes defendeu a criação de medidas que garantam “a autonomia social e financeira dos idosos” e proporcionem cuidados de saúde e sociais de acordo com as suas necessidades e não do “tipo caritativo”.

Maria do Rosário Gama disse, por seu turno, que os idosos ”não podem baixar os braços” e devem lutar pelos seus direitos.

Na sua opinião, os idosos “estão mais reivindicativos e mais despertos” para a necessidade de terem voz na sociedade.

“O facto de a associação ter aparecido, faz dois anos em Outubro, fez com que os reformados estivessem na ordem do dia e temos conseguido trazer para a comunicação todas estas situações que vivemos e que levam que o poder tenha em conta o que se passa com este grupo social que é enorme”, sustentou.

Instituído em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional do Idoso visa sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar desta população.

 

Importante problema de saúde pública
Seleccionados cinco artigos científicos sobre o papel da nutrição na prevenção e tratamento das úlce

Introdução

As úlceras de pressão (UP) são um importante problema de saúde pública. Os dados epidemiológicos portugueses mais recentes são relativos aos cuidados hospitalares, onde a prevalência média de UP é de cerca de 11,5%.

A nutrição e o seu papel na prevenção e tratamento das UP têm sido postos em destaque pelas linhas de orientação do European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP) e da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) que estabeleceram em 2009, um conjunto de recomendações de Boas Práticas que permitem orientar e fundamentar as decisões tomadas pelos profissionais de saúde.

 

Objectivos

1) Apresentar estudos sobre o papel da nutrição na prevenção e tratamento de UP;

2) Sensibilizar para a necessidade de integrar na prática as recomendações da EPUAP-NPUAP.

Metodologia

Realizou-se de 20 a 26 de Abril de 2014, uma pesquisa nas bases de dados MEDLINE, SCIELO e PORBASE através das palavras-chave: nutrição, prevenção, tratamento e úlcera de pressão. A pesquisa foi limitada a artigos escritos em inglês e português, seleccionando-se produções científicas realizadas desde Janeiro de 1993. Foram seleccionados 5 artigos, que foram sujeitos a análise.

 

Resultados

Dealey (2006) refere que a relação exacta entre a cicatrização das feridas e nutrição ainda está pouco sustentada. Contudo, os estudos científicos comprovam que o défice nutricional prejudica a cicatrização.

As necessidades calóricas para a cicatrização de feridas variam de indivíduo para indivíduo. Sussman et al. (2001) referem que, em pacientes com baixo peso, pequenos ganhos de peso aumentam a velocidade de cicatrização.

Alguns estudos sugerem que um aumento da ingestão diária de proteínas pode melhorar a cicatrização em doentes mal nutridos (Breslow et al., 1993).

A importância da arginina na cicatrização de feridas tem sido posta em destaque por algumas investigações (Stechmiller, 2005).

A investigação recente tem evidenciado que dos micro nutrientes essenciais para a cicatrização de feridas salientam-se as Vitaminas A, E, K e complexo B.

Relativamente aos minerais e oligoelementos os estudos destacam o zinco.

Deficiências de ferro, cobre e manganésio também têm sido descritas em situações de atraso cicatricial, embora as evidências científicas sejam muito limitadas.

 

Conclusões

A importância de nutrientes específicos como a Vitamina A e C, e o zinco está bem documentada.

O conhecimento actual sobre as necessidades nutricionais precisas, essenciais para a reparação tecidular, carece de evidência científica.

Entre as estratégias de prevenção de UP estão a capacidade dos profissionais em reconhecer os pacientes de risco para o desenvolvimento de UP e a avaliação do estado nutricional.

 

Referências bibliográficas

Breslow, R. A. et al. (1993), “The importance of dietary protein in haling pressure ulcers”. In JAM Geriart Soc. 41(4): 357-362.

Dealey, C. (2006), Tratamento de Feridas. Guia para Enfermeiros, Lisboa: Climepsi Editores.

European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. (2009). Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel.

Stechmiller, J. K. et al. (2005), “Arginine supplementation and wound healing”. In Nutricional Clinical Practice. 20:1.

Sussman, C. et al. (2001), Wound Care, 2.ª Edição, Maryland: Aspen Publication.

 

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cientista portuguesa aponta
O trabalho de uma cientista portuguesa concluiu que a bactéria ´pneumococcus´, responsável por doenças como pneumonia ou...

“Analisando os genes desta bactéria, descobrimos um sistema que gera aleatoriamente seis formas diferentes da mesma bactéria e cada uma delas pode conferir-lhe diferentes vantagens em diferentes situações, o que é uma grande arma para a sua sobrevivência e uma maior dificuldade para o homem para travar as infecções por ela causadas”, disse a investigadora Ana Sousa Manso.

A cientista, que está a terminar o doutoramento em Biotecnologia Médica na Universidade de Siena, em Itália, em parceria com a Universidade de Leicester, no Reino Unido, explicou que se trata de “uma forma rápida de estas bactérias se adaptarem aos ambientes de stress em que se encontram”, e que podem ser o contacto com novas drogas, exposição a antibióticos ou a diferentes temperaturas.

Quando questionada acerca da utilização desta informação para obter novas formas de combater as doenças provocadas por estas bactérias, a cientista referiu que é necessário percorrer “um longo caminho ainda, porque isto é o início de uma investigação”, mas admitiu que “abre portas para um combate mais eficaz”, no futuro.

Para Ana Sousa Manso, é importante continuar a estudar as bactérias e olhar para estes micróbios de perspectivas diferentes para se encontrarem curas e vacinas alternativas àquelas que actualmente existem.

O trabalho, publicado na revista Nature Communications, foi desenvolvido por um grupo de investigadores da universidade britânica, em colaboração com especialistas internacionais, e estudou bactérias que se podem encontrar na zona interna do nariz, a nasofaringe, em 30% da população, na sua maioria crianças. Naquela zona, estas bactérias estão presentes de uma forma assintomática, não são prejudiciais para a saúde, “mas podem tornar-se invasivas, deslocar-se para outras partes do organismo e provocar doenças”, referiu Ana Sousa Manso.

A cientista explicou que “não se sabe o que provoca esta mudança”, que leva as bactérias a darem origem a “problemas simples”, como otites, sinusites ou conjuntivites, mas também a “doenças graves”, como a pneumonia e a meningite.

“Descobrimos na bactéria um sistema que casualmente muda e, em vez de estarmos a olhar para uma, é como se estivemos a olhar para seis bactérias diferentes, é um mesmo agente com seis máscaras diferentes, que podem mudar de uma para outra, a qualquer momento”, uma capacidade comum a outro tipo de bactérias, disse Ana Manso.

Até agora, os especialistas encaravam esta e outras bactérias como uma só, mas esta descoberta “muda a forma como, a partir de agora, a comunidade científica olha para estas e outras bactérias e, consequentemente, as estratégias para o desenvolvimento de novos fármacos que as combatam têm também de mudar”, referiu ainda a investigadora.

 

Incidência tem vindo a aumentar
O presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro defendeu a importância da realização de rastreios...

“É necessário diagnosticar os casos de cancro da mama numa fase muito precoce, quando nem sequer são palpáveis: quando a mulher e o médico não palpam qualquer nódulo. E isso só é possível detectar através da realização de uma mamografia e, eventualmente, uma ecografia”, explicou.

De acordo com Carlos Oliveira, se for detectado um tumor com 5 milímetros ou menos de 1 centímetro, na maior parte dos casos, conseguem-se “sobrevivências acima dos 80% aos cinco anos em mulheres atingidas por esta doença”. “Se este tumor for detectado porque a mulher palpou e tem três centímetros, provavelmente a sobrevivência decai para cerca de 50%”, acrescentou. Para o médico, o diagnóstico precoce tem “um impacto muito grande na mortalidade do cancro de mama”.

“Estamos a falar de diferenças muito significativas: quando se detecta o tumor da mama não palpável, em cada 100 mulheres há pelo menos 85 que sobrevivem. Se o tumor for detectado porque a mulher o palpou, a sobrevivência em cada 100 mulheres é de 50”, evidenciou.

O rastreio permite “não só detectar o tumor quando ainda tem dimensões muito reduzidas", como permite "sinalizar lesões que são precursoras de um cancro da mama”.

“Neste mês, dedicado à prevenção do cancro da mama, o nosso grande objectivo é divulgar o rastreio dirigido a mulheres entre os 45 e os 69 anos, com a realização da mamografia de dois em dois anos”, informou.

Para sábado, está agendada a iniciativa “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, que pretende "estimular as mulheres a participarem em rastreios".

“Vamos ter caminhadas em sete capitais de distrito da região centro. Como não há forma de fazer prevenção primária no cancro de mama, temos de apelar à prevenção secundária, com o rastreio, que, neste momento, tem evidência científica e comprovados benefícios para as mulheres”, defendeu.

Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu são as cidades por onde passa esta grande campanha de sensibilização para a prevenção e detecção precoce do cancro da mama.

O presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) avançou ainda que o cancro da mama tem vindo a aumentar progressivamente, provavelmente relacionado com o envelhecimento da população, mas também com os estilos de vida.

“Prevê-se que em Portugal, no ano de 2030, se verifique um aumento da incidência do cancro da mama na ordem dos 20 a 25% em relação aos dados actuais. Portanto, cada vez vamos ter mais cancros da mama”, realçou.

A incidência do cancro da mama em Portugal é de “cerca de 80 novos casos por cada 100 mil mulheres, por ano”. “Temos mais de 5 mil novos casos de cancro da mama por ano em Portugal, mas felizmente temos um número muito grande de sobreviventes. Hoje em dia, há mulheres vivas que estão bem e que tiveram cancro de mama há 5, 10, 15, 20 anos”, concluiu.

 

Marine Biology Laboratory
Pela primeira vez um investigador português foi distinguido com um prémio do Marine Biology Laboratory dos Estados Unidos.

O investigador português João Ramalho-Santos, director do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, foi distinguido pelo Marine Biology Laboratory, em Massachusetts, nos Estados Unidos, pela sua participação, enquanto aluno, no programa Frontiers in Reproduction (FIR).

Lê-se na nota divulgada no portal Notícias ao Minuto que “a distinção premeia os ex-alunos daquele programa e nunca tinha sido atribuída a um investigador não sediado nos Estados Unidos ou Reino Unido”.

O prémio, que só será entregue em Junho do próximo ano, é para João Ramalho-Santos algo que o deixa honrado.

“Trata-se de um prémio que muito me honra, dado o nível científico extremamente elevados dos alunos do FIR e as posições de liderança que ocupam mundialmente”, frisou o investigador.

 

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas integra
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas vai integrar o Conselho de Publicidade do Medicamento do INFARMED.

O convite do presidente do INFARMED tem por objectivo reforçar a vigilância numa área em que a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) tem denunciado publicamente, e junto das autoridades, uma série de graves atropelos à legislação em vigor, e um aproveitamento inaceitável de lacunas na lei que minam a confiança dos cidadãos nos profissionais de saúde e que podem colocar em causa a saúde pública.

Os casos detectados pela OMD são cada vez mais e mais graves, pelo que o bastonário da OMD tem multiplicado os alertas e os contactos para que rapidamente seja encontrada uma forma efectiva e eficaz de salvaguardar os interesses dos cidadãos e combater e penalizar fortemente os prevaricadores.

Por solicitação do INFARMED, cabe ao Conselho de Publicidade do Medicamento pronunciar-se, entre outros, sobre as medidas legislativas e regulamentares em matéria de actividade publicitária relativa aos medicamentos para uso humano e aos produtos de saúde, emitir pareceres sobre a aplicação e observação das regras e normas que disciplinam a publicidade dos medicamentos e dos produtos de saúde, sob todas as formas que a mesma reveste, designadamente a divulgada pelos meios de comunicação social, o marketing farmacêutico, a realização de acções promocionais e o patrocínio de eventos e apresentar propostas ou recomendações tendo em vista a melhoria dos padrões qualitativos de difusão da mensagem publicitária relativa aos medicamentos e produtos de saúde.

A decisão de reactivar o Conselho de Publicidade do Medicamento do INFARMED vem na sequência de outras iniciativas para responder às denúncias que têm sido feitas, com exemplos concretos na área tutelada pela OMD, de práticas abusivas de publicidade por parte de alguns prestadores de produtos e serviços na área da saúde.

A ERS – Entidade Reguladora da Saúde emitiu recentemente recomendações muito específicas para esta área e o Governo, através dos Ministérios da Saúde e da Economia, criou um grupo de trabalho, para o qual a OMD também foi convidada, que vai analisar o regime jurídico aplicável aos actos de publicidade praticados pelos prestadores de cuidados de saúde.

 

Ébola:
Pelo menos 3.700 crianças da Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa ficaram órfãs, tendo perdido pelo menos um dos progenitores,...

Estimativas da UNICEF indicam que pelo menos 3.700 crianças da Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa ficaram órfãs, tendo perdido pelo menos um dos progenitores, devido ao vírus do Ébola.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que, dado que a epidemia se intensificou nas últimas semanas, o número de órfãos devido ao vírus pode duplicar até meados de Outubro.

“Sabemos que os números que temos são apenas a ponta do iceberg”, assinalou Manuel Fontaine, director regional da UNICEF para a África Ocidental, numa vídeo-conferência a partir de Dacar.

Um dos principais problemas enfrentados por aqueles menores é o repúdio por parte da família por receio de que possam transmitir a doença.

“Vemos que alguns familiares ou vizinhos lhes dão de comer, mas poucos querem acolhê-los”, disse Fontaine, salientando ser “raríssimo em África que a família alargada não assuma o cuidado das crianças”, o que “mostra o medo que reina”.

Perante a situação, a UNICEF está a tentar criar centros infantis para acolher os órfãos, sendo uma das possibilidades os que sobreviveram ao vírus ficarem encarregados deles.

De acordo com os dados divulgados por esta agência da ONU, dos mais de 3.100 mortos com Ébola, 15% eram crianças menores de 15 anos.

As Nações Unidas informaram, por outro lado, que de um total de 987 milhões de dólares solicitados para a luta contra o Ébola apenas foram recebidos até agora 254 milhões, o que corresponde a 26%.

Em seis meses, o Ébola infectou 6.553 pessoas, na maior epidemia da doença registada desde que o vírus foi descoberto em 1976 no antigo Zaire, no que é actualmente a República Democrática do Congo.

 

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