Na UBI
A actividade física desempenha um papel fundamental na saúde e na qualidade de vida da população. Em 1989, a OMS reconheceu a...

"Ambiente e Actividade Física" foi o título da palestra organizada pelo Departamento de Ciências do Desporto da UBI na passada quarta-feira, dia 8 de Outubro. Coordenada por Rui Brás e Kelly O'Hara, a palestra procurou mostrar que existe uma forte ligação entre a prática de exercício físico e o meio ambiente.

“A nossa ideia para esta palestra é incentivar a prática de exercício físico, abordando a questão do ambiente e da actividade física fora do ginásio”, refere Rui Brás, um dos organizadores.

A primeira interveniente foi Jolanta Zuzda, professora da Faculdade de Turismo e Recreação da Universidade Técnica de Bialystock, na Polónia. A docente tem uma forte experiência na área da actividade física outdoor, dando a conhecer a reestruturação de circuitos de manutenção. A palestrante começou por referir a importância da prática de exercício físico em parques públicos. “O contacto com a natureza aliado ao exercício físico produz um efeito muito positivo na nossa saúde mental. As áreas naturais devem ser preservadas e tornadas acessíveis para uso recreativo de forma a atrair mais pessoas a estes espaços”, refere.

Através de um estudo realizado na Universidade Técnica de Bialystock, Jolanta conta que a maior parte das pessoas pratica exercício físico em casa ou em parques públicos. Mais de metade pratica-o essencialmente por causa da saúde e pelo aspecto físico. Os que não o fazem apontam falta de tempo e de motivação como razões fortes não praticarem desporto, mas indicam igualmente razões económicas por acharem a prática de exercício muito dispendiosa.

A oradora seguinte, Dulce Esteves, docente do Departamento de Ciências do Desporto da UBI, defende a dinamização de parques públicos com base no estudo do programa “Famílias a Mexer”. “Os parques públicos são uma importante fonte de actividade física, e, embora a presença de um parque não garanta que as pessoas se vão envolver na prática de actividade física, estes oferecem a prática de exercício a custo zero”, diz.

“Famílias a Mexer” foi o nome dado ao programa familiar organizado pelo Departamento de Ciências do Desporto da UBI. Nos domingos do mês de Maio, do passado ano, e sob a coordenação de Rui Brás, Dulce Esteves e Kelly O'Hara, foram realizadas actividades no parque da Boidobra.

“Utilizámos o parque da Boidobra e criámos este programa familiar com o objectivo de dinamizar o parque com actividades organizadas, promovendo a actividade física de modo a que a população se torne mais activa, contribuindo para a redução da obesidade e promovendo também a interacção entre famílias”, completa Dulce Esteves.

As actividades organizadas no “Famílias a mexer” potenciam o desenvolvimento de habilidades motoras como de dinâmica de grupos, mostrando as potencialidades de uso dos espaços existentes para a prática de outro tipo de jogos. “As pessoas iam ao parque para participarem nas actividades lá organizadas, sendo que o número de visitantes do espaço triplicou desde a nossa intervenção”, completa Rui Brás.

“Famílias a Mexer foi um programa que teve bastante sucesso, contando com cerca de 50 famílias na primeira sessão, não esquecendo a participação dos 25 alunos voluntários do segundo ano de Desporto”, conclui Dulce Esteves.

O Departamento pretende continuar a desenvolver um programa de intervenção com maior duração, encontrar suporte financeiro e logístico para continuar este tipo de programas e melhorar a oferta, de modo a ir ao encontro dos anseios da população.

 

Campanha vai decorrer em unidades CUF de norte a sul do país
Durante o mês de Outubro as Unidades Saúde CUF de todo o país vão disponibilizar consultas de despiste do cancro da mama...

Se é verdade que o Cancro da Mama é uma doença cada vez mais frequente, e em mulheres cada vez mais jovens, é também certo que, actualmente, os tratamentos e recursos existentes permitem uma elevada taxa de cura e de sobrevida quando diagnosticado precocemente. A realização de exames frequentes, a partir dos 45 anos, é um dos métodos mais eficazes de detecção atempada do Cancro da Mama.

Desta forma, durante o mês de Outubro, as Unidades Saúde CUF de todo o país, incluindo os Hospitais CUF Descobertas e CUF Infante Santo vão disponibilizar consultas de despiste à patologia da Mama gratuitas. A inscrição e marcação são obrigatórias e limitadas.

No Hospital CUF Descobertas, esta acção tem lugar no Sábado, dia 25 de Outubro, sendo que as marcações podem ser feitas através do telefone 210 025 478 ou do e-mail [email protected]. No Hospital CUF Infante Santo, a acção realiza-se a 30 de Outubro, quinta-feira, e as marcações devem ser efectuadas através do telefone 213934136 ou do e-mail [email protected]. A Norte, o Hospital CUF Porto e o Instituto CUF Porto recebem a iniciativa até dia 17 de Outubro com inscrições pelo telefone 220 039 271 ou através do e-mail: [email protected].

De acordo com Sofia Braga, médica oncologista dos Hospitais da rede Saúde CUF, responsável pela realização desta campanha, ”desde a década de 70 do século passado que se estabeleceu que o diagnóstico do cancro da mama numa fase precoce, em que a doença ainda não causa sintomas e os tumores têm reduzidas dimensões, baixou a mortalidade por cancro da mama. Esta é a base teórica para que as mulheres comecem a fazer mamografias periódicas a partir dos 45 ou 50 anos.” E acrescenta ainda que “na Oncologia CUF, estamos a convidar mulheres que possam estar interessadas em saber mais sobre o seu risco de cancro da mama e em fazer, se estiver indicado, uma mamografia que pode fazer um diagnóstico precoce desta doença ”.

Esta acção inclui uma consulta de enfermagem, uma consulta médica e mamografia e pode, em muitos casos, ajudar a salvar uma vida.

 

Inovação em farmácia
A Associação Nacional das Farmácias vai entregar o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia hoje em cerimónia a decorrer a...

A sessão conta, entre outros com o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Cleto Duarte; o presidente do júri responsável pela escolha dos vencedores, Diogo de Lucena e o líder histórico da ANF, que empresta o nome ao prémio, João Cordeiro.

Serão atribuídos dois galardões. A par do principal, o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia, a ANF irá entregar um prémio adicional na categoria “Instrumentos de Gestão”.

Promovido pela ANF, o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia será entregue pela primeira vez este ano e destina-se a apoiar projectos originais no âmbito da intervenção e do conhecimento em Saúde, que incentivem à inovação e desenvolvimento nas farmácias portuguesas.

Cerimónia de entrega do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia

Presença de Paulo Cleto Duarte, Diogo de Lucena e João Cordeiro

Dia 15 de Outubro, 17h00

Sede da Associação Nacional das Farmácias, Rua Marechal Saldanha 1, Lisboa

Fique a conhecer mais sobre o prémio, categorias, júri e regulamento em:

www.premiojoaocordeiro.pt

 

Estudos IVI indicam
Mulheres que estão acima do seu peso têm três vezes mais risco de ter complicações obstétricas, maior risco de aborto e morte...

O excesso de peso pode ser uma das dificuldades para engravidar. Por este motivo os ginecologistas recomendam um plano de redução de peso e hábitos de alimentação saudável, pelo menos entre três a seis meses, antes dos casais pensarem em engravidar. Quer seja de forma natural ou através de tratamento de procriação medicamente assistida (PMA).

“Entre 30 a 40% das mulheres obesas têm dificuldade em engravidar. Existem dados que mostram a relação entre o índice de massa corporal elevado e a fertilidade”, explica Sérgio Soares, director do IVI Lisboa.

O excesso de peso pode gerar alterações hormonais que fazem com que a mulher não ovule, e sem ovulação não pode engravidar. Por outro lado, estudos realizados pelo grupo IVI “Female obesity: short- and long-term consequences on the offspring” (Obesidade feminina: consequências a curto e longo prazo na descendência) mostram que as mulheres que estão acima do seu peso, que ovulam e ficam grávidas, têm três vezes mais risco de ter complicações obstétricas, maior risco de aborto e morte fetal.

As pacientes com obesidade, isto é, aquelas que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) acima dos 30, deveriam aumentar apenas sete a oito quilos durante a gravidez. Enquanto uma mulher com o peso adequado pode ganhar sete a 12 quilos. É importante que a grávida faça uma alimentação equilibrada e variada e nunca uma dieta com menos de 1.800 calorias.

 

Mães obesas: filhos obesos

O estudo mostra ainda que o excesso de peso não tem apenas consequência para as mães, mas também para os filhos. Isto acontece porque as condições no útero materno têm efeitos sobre a fisiologia fetal. Ou seja, o ambiente onde se desenvolve o feto condiciona o seu desenvolvimento durante a vida. A isto chama-se “memória metabólica” e influencia, por exemplo, que a obesidade seja um problema perpétuo e autogerido.

Neste sentido, os filhos de mães com excesso de peso têm 40% mais probabilidade de padecer de obesidade, e constitui um factor de risco para doenças crónicas, como as doenças cardíacas, síndrome metabólica e diabetes II. O que enfatiza a importância de ter hábitos de alimentação saudáveis e estar dentro do peso ideal antes de começar a tentar engravidar.

 

Peso ideal, gravidez ideal

No IVI Lisboa recordamos aos casais que durante os nove meses de gestação a mãe vai aumentar de peso. No caso de uma mulher com excesso de peso e que está a pensar engravidar, pode ser suficiente perder entre 5 a 7% do seu peso. Praticar exercício físico e fazer dieta pode ser a primeira medida para conseguir alcançar o peso ideal e ter um estilo de vida mais saudável.

 

Ingredientes da dieta da fertilidade

Aumentar a ingestão de ómega 3 e 6, vitamina D. Para isso coma salmão, sardinhas, truta e azeite.

O ácido fólico é importante para evitar a má formação do feto e pode encontrar em alimentos como as lentilhas, espinafres, laranjas e pêra abacate.

As proteínas também são importantes, e pode encontrar não apenas nas carnes (as melhores são as magras), mas também no grão, nas lentilhas, nas algas marinhas, nos frutos secos e no azeite.

Uma boa opção é optar pela dieta mediterrânica, que é rica em alimentos saudáveis, rica em proteína vegetal e fibra e baixa em hidratos de carbono. Nesta dieta privilegia-se o consumo de cereais, frutas, legumes, peixe e produtos lácteos. Evita-se o consumo de alimentos processados e gorduras saturadas (manteigas, óleos, carne vermelha, bolos, biscoitos, molhos, entre outros os principais responsáveis pela obesidade e problemas de fertilidade.

 

Sabia que…

Se a Mãe está dentro do IMC normal e o pai é obeso, o risco de obesidade afectaria só os filhos homens e não as filhas mulheres. No entanto, se a mãe é obesa afecta tanto os filhos rapazes como as raparigas.

 

Assinalado com diversas iniciativas
Data assinala-se a 17 de Outubro e é comemorada com diversas iniciativas dedicadas ao tema.

Integrado na Semana Europeia Contra a Dor, que decorre entre 13 e 17 de Outubro, o Dia Nacional da Luta Contra a Dor é celebrado anualmente a dia 17 de Outubro. A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em dois mil milhões de euros/ano, custo que atinge os 4,6 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, "baixas" e reformas antecipadas.

Para assinalar esta data, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e a Cátedra de Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o apoio da Fundação Grünenthal, organizam o 1.º Simpósio Internacional da Cátedra de Medicina da Dor, que se realiza na aula magna da FMUP, no dia 17, pelas 14h30.

O Simpósio é dedicado ao tema da dor na neuropatia diabética, tratando-se de uma iniciativa inédita, que pretende contribuir para aumentar o conhecimento, de médicos e outros profissionais de saúde, sobre o impacto da dor e as formas de o minorar. A neuropatia diabética é uma das causas mais comuns de dor neuropática e consiste na destruição progressiva dos nervos do corpo. É a principal complicação e a mais incapacitante da diabetes. Acontece quando há um aumento do açúcar no sangue nos diabéticos não controlados, o que provoca modificações e até obstrução nos vasos que alimentam os nervos.

As inscrições para participar no simpósio são gratuitas e podem ser realizadas pelo e-mail: [email protected].

A partir das 17 horas, decorre no mesmo local, a sessão comemorativa do Dia Nacional de Luta Contra a Dor, da APED, onde serão entregues os prémios:

  • Desenhar a minha Dor;
  • Revista Dor/Bene Farmacêutica;
  • Jornalismo Dor;
  • Grünenthal;
  • Bolsas APED de apoio à formação na área da dor.

 

Dia Mundial da Alimentação
Em Portugal existem cerca de 1 milhão de portugueses com obesidade e desses muitos sofrem de cárie dentária, doença oral mais...

O consumo regular de alimentos e bebidas com açúcar e a higiene oral pouco cuidada são exemplos de práticas diárias com grande influência no aparecimento de obesidade e doença oral. Por sua vez, os problemas dentários poderão impedir o consumo de alguns alimentos protectores da doença, como as frutas, os hortícolas ou os cereais integrais.

A prevenção destas situações pode ser feita em comum. Por esta razão, e de forma inédita em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde lança o livro “Saúde Oral e Alimentação”, com linguagem acessível e ilustrações de grande qualidade destinada a todos os públicos, incluindo os profissionais de saúde que trabalham na área.

A apresentação do livro irá decorrer no próximo dia 16 de Outubro, pelas 10.00h, na Escola das Laranjeiras, em Lisboa e será integrada numa iniciativa promovida pela biblioteca escolar.

 

Programa

Piquenique dos Livros

10h00 - Actividade lúdica relacionada com Alimentação Saudável

10h45 - Apresentação do livro “Saúde Oral e Alimentação”, desenvolvido no âmbito do PNPAS e do PNPSO, integrado no Projecto SOBE.

11h15 Lançamento do Concurso “Um Ovo por inventar”, no âmbito do Projecto SOBE

 

Esta iniciativa desenvolvida pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) e pelo Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) está integrada no projecto SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).

Este projecto, iniciado em 2012, é desenvolvido em parceria pela Direcção-Geral da Saúde, Plano Nacional de Leitura e Rede de Bibliotecas Escolares e tem como principais objectivos:

  • Direccionar as actividades de promoção da leitura, da escrita, e da saúde oral para as famílias e para a comunidade
  • Constituir os alunos como elementos catalisadores das mensagens de promoção da saúde para os membros da família
  • Trabalhar com os alunos a temática da saúde oral nos domínios das competências, atitudes e valores, de forma a integrar as valências específicas do projecto SOBE no quotidiano da escola
  • Suscitar a vontade de os estudantes explorarem o mundo da saúde oral, de forma autêntica, com meios divertidos e favorecendo o cruzamento de vários domínios do conhecimento.

O Kit SOBE, caixa com diversos materiais lúdico-pedagógicos facilita a realização de diversas actividades no âmbito da promoção da saúde e da literacia. A primeira caixa foi criada em 2012 e a segunda em 2014. Foram distribuídas, a nível nacional, por todas as bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares. O livro “Saúde Oral e Alimentação” irá integrar a segunda caixa SOBE, ficando assim disponível, em todas as bibliotecas escolares.

“O SOBE é uma filosofia e um desbloqueador de projectos e ideias, é um post-it gigante para que os jardins-de-infância, escolas, professores, educadores, alunos e famílias se lembrem de que a saúde oral é fundamental para a qualidade de vida”.

Para mais informações sobre o PNPAS e sobre o projecto SOBE, consultar os seguintes sites:

Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável

Projecto SOBE

 

Colégio da Especialidade de Saúde Pública da Ordem dos Médicos
Portugal “não está preparado para lidar com a possibilidade de importação de casos de Ébola” e as autoridades de saúde...

É desta forma contundente que a direcção do Colégio da Especialidade de Saúde Pública da Ordem dos Médicos analisa o modo como as autoridades de saúde portuguesas têm lidado com o problema da infecção pelo vírus de Ébola.

O parecer, ontem divulgado no site da Ordem dos Médicos (OM), e assinado por Pedro Serrano, que preside ao grupo de especialistas que analisou o assunto, sublinha que o país não está preparado para lidar com a possibilidade da chegada de casos de Ébola provenientes do estrangeiro, “um risco que é alto, dadas as relações de proximidade com países africanos de língua oficial portuguesa” , justifica.

Para o Colégio da Especialidade de Saúde Pública, "pôr a tónica na intervenção centrada nos serviços hospitalares (recorde-se que em Portugal estão referenciados para a função dois hospitais em Lisboa, Curry Cabral e Dona Estefânia, e um no Porto, o Hospital de S. João), é "uma estratégia errada".

Pedro Serrano vai mesmo mais a fundo na problemática e defende que se deve “montar ou reforçar uma apertada vigilância dos aeroportos e portos”.

Recorrendo à ironia, o especialista lembra que “o tal caso de Ébola não vai chegar com uma bandeirinha a assinalá-lo ao aeroporto da Portela, onde logo chegará uma ambulância do INEM, que o levará sem demora ao Curry Cabral, onde espera por ele um quarto isolado e apetrechado”, e lembra que o que a realidade tem vindo a demonstrar nos últimos tempos é bem diferente".

Por tudo isto, acrescenta o documento, “é fundamental um plano de contingência nacional, que já deveria estar feito e ter sido posto à disposição da opinião pública e, simultaneamente, a ser testado”.

O médico propõe mesmo que se crie uma base de dados com os portugueses que residem nos países considerados de risco para monitorizar as suas deslocações e para lhes fazer chegar informações sobre medidas a adoptar.

 

Nações Unidas alertam
O mundo está a ficar para trás na desesperada corrida para travar o surto de Ébola, advertiu um alto funcionário das Nações...

“O Ébola está em vantagem em relação a nós”, afirmou o chefe da missão da ONU para a resposta de emergência ao vírus Ébola. “Está bem longe de nós e a correr mais rápido do que nós e a ganhar a corrida”, advertiu Anthony Banbury, dirigindo-se ao Conselho de Segurança da ONU, em videoconferência a partir da sede da missão (UNMEER, em inglês), em Acra, no Gana.

“Se o Ébola vencer, nós, os povos das Nações Unidas vamos perder muito”, afirmou.

As declarações do chefe da missão da ONU para a resposta de emergência ao vírus Ébola chegam numa altura em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu para a possibilidade de o surto do vírus atingir um ‘pico’ de 10 mil infecções por semana e em que os líderes mundiais se preparam para abordar a crise na ONU.

“Ou travamos agora o Ébola ou enfrentamos toda uma situação sem precedentes para a qual não dispomos de um plano”, alertou.

Banbury sublinhou ainda que com as taxas de infecção a crescerem exponencialmente todos os dias, a UNMEER vai precisar de 7 mil camas para tratamento.

“Há muitas más notícias sobre o Ébola mas a boa notícia é que nós sabemos como pará-lo”, sublinhou o chefe da missão da ONU.

Contudo, para travar a propagação “temos de derrotar o Ébola e devemos fazê-lo rapidamente”.

O director-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward, disse que o vírus poderá atingir um pico de entre 5 mil e 10 mil casos por semana no início de Dezembro, embora ressalvando que se trata apenas de uma previsão para orientar os trabalhos no quadro da luta contra o Ébola.

Os mais recentes dados apontam para o registo de 8.917 casos, dos quais 4.447 se revelaram mortais, sendo a Libéria, Serra Leoa e a Guiné-Conacri os países mais afectados pelo pior surto de Ébola.

 

Estudo “Valor do sector do diagnóstico in vitro em Portugal”
A utilização atempada do Diagnóstico In Vitro no tratamento e detecção de doenças como a diabetes, as infecções nosocomiais e a...

O estudo “Valor do sector do diagnóstico in vitro em Portugal”, elaborado pela consultora Deloitte para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), avaliou o grau de utilização dos Diagnóstico In Vitro (DIV), de exames, como as análises clínicas, e o respectivo impacto na qualidade de vida do doente e na sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No caso das doenças avaliadas - diabetes mellitus tipo 2, infecções nosocomiais e artrite reumatóide –, o estudo concluiu que existe um “benefício económico e social” na introdução da utilização atempada do DIV” no tratamento e diagnóstico destas doenças.

Em relação à diabetes, a investigação apurou que a implementação de um programa de rastreio, numa amostra de cinco por cento da população portuguesa com mais de 40 anos e face à prática clínica actual, resultaria num “benefício financeiro aproximado de um milhão de euros”.

“Este benefício advém de uma redução nas taxas de progressão dos doentes com pré-diabetes para diabetes e dos doentes com diabetes para um estadio com complicações”, lê-se nas conclusões do estudo.

A investigação concluiu ainda que “a implementação de um programa de rastreio na admissão hospitalar, seguido de medidas de prevenção e controlo da infecção/descolonização, possibilita uma redução na transmissão cruzada dentro do hospital, conduzindo a uma poupança aproximada de 7 milhões de euros para o SNS”.

Outro benefício da medida seria a “redução de mais de 91 mil dias de internamento por ano”.

Outro objectivo da análise foi estimar, “na perspectiva da sociedade, o impacto económico de implementar, nos centros de saúde primários a nível nacional, um programa de sensibilização do diagnóstico precoce direccionado aos médicos de medicina geral e familiar”.

Segundo as conclusões do trabalho, “existe um benefício de 19,6 milhões de euros na implementação do programa de diagnóstico de doentes com artrite reumatóide nos cuidados de saúde primários”.

A 10 anos, prossegue o estudo, “o Estado poderia beneficiar de uma poupança de 186 milhões de euros advenientes principalmente de uma redução dos custos indirectos (ausência ao trabalho e perda de produtividade)”.

Este estudo será apresentado hoje, durante a conferência sobre “o valor do diagnóstico laboratorial e o seu impacto na qualidade e na sustentabilidade em saúde”, a terceira do ciclo “Saber Investir, Saber Inovar 2014” que a Apifarma tem vindo a realizar.

 

Hoje em Lisboa
O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência, que representa cerca de 85% dos funcionários do INEM, realiza hoje uma...

Em comunicado, os sindicalistas explicaram que se trata da primeira manifestação “contra o INEM” desde a criação do Sindicato, em 2007. “Esta acção é uma demonstração do desagrado que os técnicos do INEM sentem face à postura e tratamento dado por este Conselho Directivo”, refere a nota.

A concentração dos profissionais está prevista para as 11:30 de hoje junto à sede do INEM, em Lisboa, seguindo a manifestação para o Ministério da Saúde.

A “falta de diálogo” e a “postura arrogante” referidas pelo Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) estarão relacionadas com temas como a contratação de 160 profissionais e com a negociação da carreira.

Para o STAE, faltam 90 técnicos de ambulância de emergência e ainda 70 técnicos operadores de telecomunicações de emergência, uma carência de recursos humanos classificada como “grave”.

No âmbito da negociação da carreira de técnico de emergência pré-hospitalar, o sindicato pretende que a proposta do INEM, depois de negociada, seja enviada até ao final deste mês para os ministérios da Saúde e Finanças.

É ainda exigida a atribuição de um subsídio de risco a todos os técnicos, com o argumento de que estes profissionais são várias vezes vítimas de agressões, de acidentes de viação e actuam “sob enorme stress”.

A definição de novas competências dos técnicos de ambulância e a negociação do acordo colectivo de trabalho são outras das reivindicações destes profissionais.

 

5ª edição do Vetbizz - Encontro Anual de Gestão Veterinária
Luís Montenegro foi distinguido pelos Prémios Veterinária Actual como Veterinário do Ano para os animais de companhia, na...

No passado dia 8 de Outubro, no encerramento da 5ª edição do Vetbizz - Encontro Anual de Gestão Veterinária, Luís Montenegro, director clínico do Hospital Veterinário Montenegro (HVM), foi distinguido pelos Prémios Veterinária Actual como Veterinário do Ano para os animais de companhia, na categoria de Pequenos Animais.

Luís Montenegro, director clínico do HVM, refere que “esta nomeação é um incentivo à continuação do trabalho que temos desenvolvido no HVM. Proporcionar os melhores tratamentos e promover a formação dos clínicos que compõe a equipa do Hospital, de forma a garantir a saúde e o bem-estar dos animais, é o foco da nossa actuação e este prémio é um reconhecimento de que estamos no bom caminho”.

Foram várias as personalidades e as empresas de medicina veterinária em Portugal analisadas por um júri constituído por oito personalidades. No total foram entregues sete prémios nas seguintes categorias: Veterinário do Ano (Pequenos Animais e Animais de Produção), CAMV do Ano (Clínica e Hospital), Prémio Inovação, Prémio Investigação e Prémio Carreira.

 

Sobre o Hospital Veterinário de Montenegro

O Hospital Veterinário Montenegro, fundado em 1999, funciona como centro de excelência na área da Saúde Animal e presta um serviço completo 24 horas por dia, com equipamentos tecnológicos avançados e conceitos científicos actuais, intervindo em áreas que vão desde a oftalmologia aos cuidados intensivos. O Hospital Veterinário Montenegro tem como objectivo proporcionar o melhor tratamento aos seus pacientes, promovendo para tal a formação dos clínicos que compõe a equipa do Hospital. Esta equipa criou ainda o Congresso do Hospital Montenegro em 2003, evento de referência na área da saúde animal e que junta anualmente cerca de 2000 participantes.

 

V Simpósio do Núcleo de Estudos das Doenças Raras da SPMI
O Núcleo de Estudos das Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna promove nos próximos dias 17 e 18 de Outubro,...

Nos próximos dias 17 e 18 de Outubro, o Núcleo de Estudos das Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna promove, no Hotel Tiara, no Porto, o seu V Simpósio dedicado a um debate entre diferentes especialidades médicas sobre os desafios que as doenças raras continuam a apresentar, havendo lugar para a apresentação de projectos de investigação nacionais e estudos ibéricos sobre este tipo de doenças.

As doenças lisossomais de sobrecarga (Doenças de Gaucher, Pompe, Fabry e Mucopolissacaridose), as miocardiopatias, as porfirias, a progeria e os mecanismos de envelhecimento serão as patologias analisadas durante este simpósio, que será dedicado também à nanotecnologia aplicada nas doenças genéticas.

Haverá ainda espaço para o debate de políticas de saúde pública e de financiamento da investigação, com uma sessão dedicada ao projecto EUROPLAN, concebido para acompanhar as autoridades nacionais de toda a Europa a criar e implementar planos ou estratégias relativos às doenças raras, e outra dedicada à investigação, com a apresentação de projectos nacionais de pesquisa sobre este tipo de patologias e ao debate da importância do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, com um orçamento global superior a 77 mil milhões de euros para o período 2014-2020, o maior instrumento da Comunidade Europeia especificamente orientado para o apoio à investigação, através do co-financiamento de projectos de investigação, inovação e demonstração – que poderá contribuir para a descoberta e comercialização de novos tratamentos, muitos deles órfãos.

Luís Brito Avô, coordenador do Núcleo de Estudos das Doenças Raras (NEDR), considera que “é fundamental que a medicina interna, enquanto especialidade que tem uma perspectiva holística de cada doente, centralize o debate sobre as doenças raras e reúna à mesma mesa as várias especialidades envolvidas no tratamento deste tipo de patologias, na sua grande maioria graves, difíceis de diagnosticar e causadoras de muita incapacidade. Neste V simpósio vamos dedicar-nos não só a analisar formas de tratamento, mas também políticas de financiamento e incentivo à investigação, como é o caso do Horizonte 2020, bem como a forma como as doenças raras são encaradas dentro dos programas de saúde pública comunitários, numa sessão sobre o EUROPLAN”.

Na União Europeia, consideram-se doenças raras aquelas que têm uma prevalência inferior a 5 em 10 mil pessoas, considerando o total da população da União.

Estima-se que existam entre 5 mil e 8 mil doenças raras diferentes, afectando, no seu conjunto até 6% da população, o que extrapolando, significa que existirão até 600 mil pessoas com estas patologias em Portugal. Acresce que, a maior parte destas pessoas sofre de doenças cuja prevalência é inferior a 1 em 100 mil pessoas, ou seja, que afectam menos de 100 doentes no País. Porém, o peso social das doenças raras atinge, para além dos doentes, os seus familiares e outros conviventes, especialmente quando sofrem de doenças mais graves, incapacitantes ou difíceis de controlar.

 

Para reforçar o pipeline de Next Generation Sequencing
A Roche acaba de anunciar que adquiriu a tecnologia da AbVitro Inc, uma empresa focada na descoberta de alvos terapêuticos.

A Roche obteve direitos exclusivos sobre a tecnologia de enriquecimento de alvos, baseada na extensão de primers e aplicações patenteadas detidas pela AbVitro. Sob os termos acordados, os cientistas da AbVitro e da Roche irão colaborar no desenvolvimento e na aplicação da tecnologia.

A tecnologia de enriquecimento de alvos baseada na extensão de primers (primer extension based target enrichment – PETE) será utilizada para apoiar a Next Generation Sequencing directamente em amostras de sangue ou de outros produtos biológicos, uma vantagem chave para aplicações clínicas. A tecnologia PETE será incorporada no pipeline de I&D da Unidade de Sequenciação da Roche, para proporcionar uma solução completa de Next Generation Sequencing que optimize o fluxo de trabalho laboratorial.

“O potencial desta tecnologia irá permitir à Roche optimizar o seu portfólio de sequenciação para providenciar aos nossos clientes uma solução eficaz e integrada” refere Dan Zabrowski, Chefe da Unidade de Diagnósticos em Tecidos e de Sequenciação. “A sequenciação está a transformar a percepção que os investigadores e clínicos têm sobre o impacto da genómica na saúde. Estamos ansiosos para avançar com esta tecnologia de forma a simplificar os métodos de sequenciação para uma utilização mais fácil das aplicações clínicas.”

“Estamos entusiasmados com a aquisição pela Roche da nossa tecnologia de enriquecimento de alvos baseada na extensão de primers e pela perspectiva de uma colaboração contínua para o desenvolvimento da tecnologia. Esta tecnologia ultrapassa os padrões da indústria actual e acreditamos que a Roche se encontra incrivelmente bem posicionada para criar uma verdadeira disrupção no mercado de preparação de amostras para Next Generation Sequencing,” proferiu o Dr. Francois Vigneault, Presidente, CSO e Fundador da AbVitro. “É óptimo ver outra tecnologia de sequenciação potencialmente transformadora transitar para a Roche, onde poderá impactar a nossa vida diária,” afirmou o Dr. George Church, Professor de Genética na Escola de Harvard e Fundador da AbVitro. Os termos financeiros da colaboração não foram divulgados.

Para mais informação acerca da Sequenciação da Roche, por favor visite www.roche-sequencing.com.

 

Sobre a AbVitro

A AbVitro é uma empresa que visa a descoberta de alvos terapêuticos, com uma plataforma tecnológica impar que tira partido das respostas imunológicas naturais para abordar doenças com necessidades médicas não preenchidas. Baseada na tecnologia desenvolvida pelo visionário George Church na Escola Médica de Harvard, a tecnologia da AbVitro permite a identificação do emparelhamento completo de anticorpos de células B com os receptores das células T, entre milhões de células individuais, com uma resolução sem precedentes. Esta tecnologia de elevado rendimento de sequenciação de células individuais imunitárias, é então utilizada para identificar novos alvos terapêuticos e anticorpos para doenças oncológicas e auto-imunes.

 

Sobre a Roche

A Roche é uma empresa líder na área da saúde com um leque único de soluções inovadoras em várias áreas terapêuticas. Com uma tradição de mais de 100 anos na descoberta, desenvolvimento, produção e comercialização de medicamentos inovadores, continuamos, neste novo milénio, empenhados na investigação e descoberta de novas soluções terapêuticas integradas, desde a prevenção até ao diagnóstico e tratamento.

Fundada na cidade de Basileia (Suíça), em 1896, a Roche começou por ser um pequeno laboratório farmacêutico. Durante o século XX a empresa cresceu e tornou-se uma referência na investigação farmacêutica posicionando-se como uma companhia líder a nível mundial, com uma presença activa em mais de 150 países.

A Roche foi inaugurada em Portugal em 1973 e emprega, actualmente, cerca de 300 pessoas no nosso país. Acreditamos firmemente que podemos responder de forma cada vez mais satisfatória às expectativas da sociedade se continuarmos a disponibilizar soluções terapêuticas inovadoras e a fornecer serviços de excelência na área da saúde. Este é o desafio que colocamos diariamente a nós próprios.

 

Direcção-Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde vai lançar uma campanha de informação sobre o Ébola, para travar situações como a do Hospital de São...

O eixo de comunicação será apresentado numa reunião “em conselho nacional de saúde pública na quarta-feira”, confirmou Francisco George. Questionado sobre as formas de evitar a deslocação de doentes com sintomas suspeitos e que tenham estado nos países afectados para locais públicos, em que há maiores riscos de contágio, o Director-Geral da Saúde anunciou que ia “avançar uma campanha de informação para a população muito em breve”.

O objectivo será “explicar como devem as pessoas actuar nestes casos, nomeadamente não se dirigindo às urgências e a outros serviços de saúde”. Desde logo devem contactar a Linha Saúde 24, para ajudar a descartar e a encaminhar doentes para os locais certos. Se se estiver perante um caso suspeito de Ébola, é chamada uma das três ambulâncias do INEM, que são destinadas para o efeito. A Direcção-Geral da Saúde é contactada.

Desta forma é possível garantir o acompanhamento nas unidades mais adequadas e pelos profissionais treinados para a triagem e acompanhamento dos casos.

 

Sociedade Portuguesa de Pediatria
A Sociedade Portuguesa de Pediatria considera a vacina contra a meningite tipo B, infecção que pode ser letal, como a “única...

Comercializada há poucos meses em Portugal e com um custo unitário de 98,36 euros, esta vacina contra a meningite tipo B não está incluída no Programa Nacional de Vacinação nem tem qualquer comparticipação, sendo um medicamento sujeito a receita médica.

Em resposta à agência Lusa, a direcção da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) indicou que a vacina 4CMenB (cujo nome comercial é Bexsero) é “actualmente a única disponível para prevenção da doença invasiva” conhecida como meningite tipo B.

A Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia da SPP analisou esta vacina, considerando que “é imunogénica e segura em lactentes, crianças e adolescentes”.

“Mesmo desconhecendo-se com precisão qual será a percentagem das estirpes circulantes em Portugal cobertas pela vacina, ela é, actualmente, a única forma de protecção contra a doença invasiva meningocócica tipo B”, refere a recomendação.

A Direcção-geral da Saúde encontra-se ainda a analisar a vacina, nomeadamente para perceber a sua adequação à bactéria que geralmente circula em Portugal.

“Estamos a estudar a vacina propriamente dita e a tentar perceber se a que existe se adequa à nossa bactéria”, declarou à Lusa a subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas.

Na sua recomendação, a Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia da SPP refere que a vacina mostrou ser segura e induzir memória imunológica em todos os grupos etários.

Já os efeitos secundários esperados, como febre e reacções locais, “têm uma incidência semelhante às vacinas” do Programa Nacional de Vacinação.

Segundo o esquema vacinal aprovado pela Agência Europeia do Medicamento, a vacina contra a meningite B requer duas ou quatro doses, com intervalos mínimos de um a dois meses, dependendo da idade da criança a vacinar.

A taxa de letalidade da meningite situa-se entre os cinco e os 14%, sendo que 11 a 19% sobrevivem com alguma sequela a longo prazo.

Em Portugal, de acordo com os dados mais recentes analisados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em 2011 mais de 70% dos casos de meningite pertenciam ao tipo B.

 

Directora-geral da Organização Mundial de Saúde
O actual surto de Ébola é “a mais grave emergência dos tempos modernos” e mostra que o mundo está mal preparado para responder...

“O mundo está mal preparado para responder a qualquer emergência sanitária sustentada e severa”, disse Margaret Chan directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) num discurso lido por um representante da OMS numa reunião de responsáveis de saúde do Pacífico Ocidental em Manila e distribuído à imprensa em Genebra.

Margaret Chan frisou que esta constatação não se refere apenas ao surto de Ébola na África ocidental, mas a qualquer outra emergência da mesma magnitude. O actual surto considerou, é a maior emergência sanitária da nossa era.

“Na minha longa carreira na saúde pública, que incluiu lidar com os surtos de H5N1 e SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Hong Kong e com a pandemia de gripe na OMS, nunca vi um assunto que atraia tanto interesse mediático mundial. Nunca vi um problema de saúde que provoque tanto medo e terror fora dos países afectados. Nunca vi uma doença contagiosa que contribua tão fortemente para o potencial fracasso de um Estado”, afirmou a directora-geral da OMS.

A reunião de 18 de Setembro do Conselho de Segurança da ONU para avaliar a situação demonstra, considerou, tratar-se de “uma crise de saúde pública que se transformou numa crise que afecta a paz e a segurança internacional”.

Margaret Chan realçou que a evolução do surto foi parcialmente determinada pelo facto de ter surgido em países pobres com sistemas de saúde muito precários.

“O surto demonstra os perigos das crescentes desigualdades sociais e económicas no mundo. Os ricos obtêm o melhor tratamento. Os pobres são deixados morrer”, disse.

A inexistência de tratamentos ou vacinas para um vírus conhecido desde 1976 deve-se, afirmou, ao facto de “o Ébola ter sido histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres”.

Mais de 8 mil pessoas foram infectadas com o Ébola em África nos últimos meses, mais de 4 mil das quais morreram.

 

Do Porto
O Prémio Grünenthal Dor vai ser entregue, na próxima sexta-feira, a dois grupos de investigadores da Faculdade de Medicina da...

O prémio de Investigação Básica Grünenthal Dor, no valor de 7.500 euros, foi atribuído ao projecto “Administração intratecal de toxina botulínica do tipo A melhora o funcionamento da bexiga e reduz a dor em ratos com cistite”.

Trata-se de um trabalho da autoria de Ana Coelho, Raquel Oliveira, Ornella Rossetto, Francisco Cruz, Célia Duarte Cruz e António Avelino, do Instituto de Biologia Molecular e Celular e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

“Esta investigação teve como objectivo avaliar se a injecção de toxina botulínica do tipo A na medula espinhal era capaz de diminuir a dor a animais com cistite como modelo de dor visceral”, explica Ana Coelho, investigadora principal do estudo, citada no texto.

Quanto ao Prémio de Investigação Clínica, também de 7.500 euros, o comunicado conjunto indica que foi atribuído ao projecto “Dor crónica e utilização de serviços de saúde – Poderá existir sobre-utilização de exames complementares de diagnóstico e iniquidades na utilização de tratamentos não-farmacológicos”, da autoria de Luís Azevedo, Altamiro da Costa Pereira, Liliane Mendonça, Cláudia Camila Dias e José Manuel Castro Lopes, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Em declarações citadas no comunicado, Luís Azevedo considera que este estudo, que “serviu de base para uma avaliação do impacto económico da dor crónica” em Portugal, “poderá vir a constituir-se como uma ferramenta chave para o desenvolvimento de políticas de saúde nesta área”.

Os Prémios Grünenthal Dor, no valor global de 15 mil euros, distribuídos pelo Prémio de Investigação Básica e pelo Prémio de Investigação Clínica, constituem, segundo o comunicado, “o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal, no âmbito da investigação em dor”.

A cerimónia de entrega, a realizar no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Luta Contra a Dor, está marcada para sexta-feira, às 17:00, na Aula Magna da Faculdade de Medicina.

 

Beira Baixa
O presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, João Paulo Catarino, mostrou-se a favor da transferência dos centros...

“À partida, tudo o que for descentralizar parece-me bem, mas em primeiro lugar deverá haver sempre uma negociação entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses [ANMP] e o Governo”, disse João Paulo Catarino.

Para o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), esta é uma questão que deve ser salvaguardada pela ANMP, até porque, até agora, todas as transferências feitas pela administração central “têm sido altamente lesivas para os municípios”.

“As transferências [de competências] têm sido calculadas num ano, mas depois não são actualizadas. Acontece que as câmaras, ao fim de dois ou três anos, têm que suportar parte desses custos através do seu orçamento”, sustentou. João Paulo Catarino ressalvou ainda que "este não é o 'timing' certo" para avançar com esta proposta de descentralização.

“Estamos a menos de um ano das eleições legislativas. É estranho que o Governo venha agora propor esta transferência de competências, que deve ser negociada com serenidade, quando teve três anos para o fazer”, concluiu.

A CIMBB integra os concelhos de Castelo Branco, Proença-a-Nova, Penamacor, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Oleiros.

De acordo com uma versão preliminar do Orçamento do Estado para 2015, o Governo deve iniciar a transferência dos centros de saúde para a gestão dos municípios do continente já no próximo ano. O executivo prevê ainda a descentralização de competências para os municípios nas áreas da Acção Social e da Educação, como já acontece com as escolas básicas, por exemplo.

Ao nível da Saúde, indica o documento, as verbas concretas a transferir serão definidas posteriormente, “mediante portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Saúde e da Administração Local”.

 

Aflibercept solução para injecção intravítrea:
A Bayer HealthCare anunciou que o EYLEA® (aflibercept, solução para injecção no olho) foi aprovado pela Comissão Europeia para...

A dose recomendada é de 2 miligramas (mg) de solução de aflibercept para injecção no olho, equivalente a 50 microlitros. O tratamento com aflibercept solução injectável é iniciado com uma injecção por mês durante cinco doses consecutivas, seguido de uma injecção no olho a cada dois meses, sem qualquer requisito de monitorização entre as injecções. Após os primeiros 12 meses de tratamento, o intervalo de tratamento pode ser prolongado com base em resultados visuais e anatómicos.

“O diagnóstico precoce do edema macular diabético é fundamental”, referiu Joerg Moeller, membro do Comité Executivo da Bayer HealthCare e Responsável pelo Departamento de Desenvolvimento e Investigação Global. “Se o edema macular diabético não for tratado de forma rigorosa, existe um elevado risco de conduzir à cegueira. Sem tratamento, cerca de metade dos doentes perdem mais de duas linhas de visão nos dois anos após o diagnóstico, o que pode afectar a sua capacidade de realizar actividades diárias importantes, como trabalhar e conduzir”.

“Os resultados de dois estudos de fase III foram muito animadores com a maioria dos doentes a apresentarem ganhos significativos de duas linhas de visão com aflibercept”, disse o professor Jean-François Korobelnik, Investigador Principal do estudo VIVID-DME e Director do Departamento de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Bordéus, França.

 

Sobre o Programa de Investigação e Desenvolvimento de Fase III do aflibercept no EMD

O programa de desenvolvimento de fase III do aflibercept no EMD consiste em três ensaios clínicos em dupla ocultação: VIVID-DME, VISTA-DME e VIVID-EAST-DME, e um ensaio clínico de segurança aberto (sem ocultação) numa população japonesa (VIVID-Japão).

Os três estudos em dupla ocultação têm três braços de tratamento, em que os doentes são aleatorizados para receber aflibercept solução para injecção 2 mg mensal, aflibercept solução para injecção 2 mg a cada dois meses (após 5 injecções mensais iniciais) ou tratamento com o comparador, fotocoagulação laser. O endpoint primário destes três estudos é a variação média da melhor acuidade visual corrigida (MAVC) desde a avaliação inicial, à semana 52, avaliada pela escala visual standardizada Early Treatment Diabetic Retinopaty Scale (ETDRS). Os estudos VIVID-DME, VISTA-DME e VIVID-EAST-DME estão ainda a decorrer.

A submissão foi baseada nos resultados positivos dos estudos de fase III VIVID-DME e VISTA-DME que demonstraram que a administração intravítrea da solução de aflibercept 2 mg a cada dois meses (após 5 injecções mensais iniciais) permitiu atingir e manter ganhos de acuidade visual em relação ao tratamento com fotocoagulação laser.

No estudo VIVID-DME, após a semana 52, os doentes em tratamento com solução para injecção de aflibercept 2 mg a cada dois meses (após 5 injecções mensais iniciais) apresentaram um ganho médio da Melhor Acuidade Visual Corrigida (MAVC) de +10,7 letras (p <0,0001), equivalente a um ganho superior a 2 linhas de visão (ETDRS). Os doentes em tratamento com fotocoagulação laser apresentaram uma variação média da MAVC de +0,2 letras. Adicionalmente, trinta e um por cento (31,1%) dos doentes em tratamento com solução para injecção de aflibercept 2 mg a cada dois meses (após 5 injecções mensais iniciais) apresentaram ganhos iguais ou superiores a 15 letras desde a avaliação inicial, em comparação com cerca de oito por cento (7,8%) (p <0,0001) no grupo tratado com laser.

Outros endpoints secundários nos estudos VIVID-DME e VISTA-DME incluíram a variação na espessura central da retina desde a avaliação inicial, escala de gravidade de Retinopatia Diabética (Diabetic Retinopathy Severity Scale) e na qualidade de vida relacionada com a visão.

Nos dois estudos, a solução para injecção de aflibercept foi geralmente bem tolerada, com uma incidência global de eventos adversos (EAs), EAs graves oculares e EAs graves não oculares, semelhante entre os grupos de tratamento e grupo controlo (laser). Os eventos tromboembólicos arteriais definidos pela colaboração Anti-Platelet Trialists' Collaboration (AVC não-fatal, enfarte do miocárdio não-fatal e morte vascular) também ocorreram em taxas similares entre os grupos de tratamento e no grupo de controlo com laser. Os efeitos adversos oculares emergentes do tratamento (TEAEs) mais frequentes nos estudos VIVID-DME e VISTA-DME incluíram hemorragia conjuntival, dor ocular e flocos vítreos. Os TEAEs não oculares mais frequentes incluíram hipertensão arterial e nasofaringite, que ocorreram com frequência similar nos grupos de tratamento e no grupo controlo (laser).

Os resultados do segundo ano do estudo VISTA-DME mostram que a melhoria na acuidade visual foi mantida no intervalo de tratamento prolongado com injecções a cada dois meses.

Aflibercept, solução para injecção no olho, foi aprovado sob o nome comercial EYLEA® em muitos países para o tratamento de doentes com degenerescência macular da idade neovascular (DMI exsudativa) e para o tratamento da perda de visão devida ao edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR). Foram realizadas submissões às autoridades regulamentares do Japão, Ásia-Pacífico, América Latina e EUA para o tratamento do edema macular diabético. No Japão, o EYLEA foi também submetido à aprovação da autoridade regulamentar para o tratamento da neovascularização coroideia secundária à miopia patológica (mCNV). Adicionalmente foi também realizada uma submissão às autoridades reguladoras da Europa e EUA para o tratamento da perda de visão devido a edema macular secundário à oclusão de ramo da veia central da retina.

A Bayer HealthCare e a Regeneron estão a colaborar no desenvolvimento global do VEGF Trap-Eye. A Regeneron detém os direitos de comercialização exclusivos nos EUA e a Bayer HealthCare detém os direitos de comercialização exclusivos fora dos Estados Unidos.

 

Sobre o edema macular diabético (EMD)

O edema macular diabético é uma complicação comum da Retinopatia Diabética, uma doença que afecta os vasos sanguíneos da retina. O EMD ocorre quando se verifica extravasamento de fluido para o centro da mácula, a parte da retina fotossensível e responsável pela visão central e de detalhe. A presença de líquido na mácula pode causar perda significativa de visão ou cegueira.

Nos países desenvolvidos, o edema macular diabético é a causa mais frequente de cegueira em adultos jovens e de meia-idade. A população tratável para o EMD a nível global é estimada em cerca de 6,2 milhões de pessoas. A incidência de diabetes tem vindo a aumentar e prevê-se que até sete por cento de todos os doentes com diabetes venham a desenvolver EMD.

 

Sobre o Factor de Crescimento do Endotélio Vascular e Aflibercept

O Factor de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF) é uma proteína que existe naturalmente no corpo humano. O seu papel fisiológico num organismo saudável é, desencadear a formação de novos vasos sanguíneos (angiogénese) que suportam o crescimento dos tecidos e órgãos do corpo humano. Está também associado ao crescimento anormal de vasos sanguíneos no olho, os quais apresentam uma maior permeabilidade, que conduz ao edema.

O aflibercept, solução para injecção, é uma proteína de fusão recombinante, que consiste em fracções dos domínios extra celulares dos receptores 1 e 2 do VEGF humano combinadas com a fracção Fc da IgG1 humana e formulada como uma solução isosmótica para administração por via intravítrea. O aflibercept actua como um receptor decoy solúvel que se liga ao VEGF-A e ao Factor de Crescimento Placentário (Placental Growth Factor – PlGF), inibindo a activação e a ligação destes aos receptores endógenos do VEGF.

 

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra institui Prémio Marta Lima Basto
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra acaba de criar o Prémio Marta Lima Basto, que visa promover e reconhecer o mérito...

Esta distinção, a ser entregue anualmente no dia da abertura solene das aulas (assim haja cabimento orçamental de receita própria), destina-se não só aos alunos do 2º, 3º e 4º anos com melhores notas no ano lectivo anterior, como também ao estudante do 1º ano a ser admitido na instituição com a melhor média.

O Prémio Marta Lima Basto foi atribuído, pela primeira vez, na última quinta-feira (dia 9 de Outubro), justamente aquando da sessão solene de abertura das aulas na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), tendo distinguido 10 estudantes, com quantias que oscilam entre os 178 euros e os 534 euros.

A entregá-lo esteve a enfermeira e investigadora que lhe empresta o nome (nas fotos com estudantes), uma mulher que, pela trajectória académica e profissional, mereceu a medalha de ouro de serviços distintos do Ministério da Saúde, além de ter sido distinguida pelo Presidente da República como Grande Oficial da Ordem da Instrução Pública.

“Nada melhor que o nome de uma enfermeira portuguesa que pelo seu percurso académico, profissional e pessoal, pudesse ser inspiradora das trajectórias pessoais dos estudantes de Enfermagem, por durante o seu percurso de vida “ter sido agente e atora da sua própria formação, ao mesmo tempo que agia socialmente transformando a realidade, sendo capaz de mobilizar as condições reais da vida quotidiana e as dimensões sociais das relações com os outros”, explicou a Presidente da ESEnfC, Maria da Conceição Bento, ao justificar o nome escolhido.

Marta Hansen Lima Basto Correia de Frade foi a primeira enfermeira portuguesa a obter, em 1995, o grau de Doutor, defendendo a tese (escrita em inglês) “Implementing Change in Nurses Professional Behaviours”. Concluiu o doutoramento no Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa, formação que iniciou na Universidade de Lovaina (Bélgica), quando, à data, tal não era possível em Portugal.

Aposentada desde 2001, Marta Lima Basto passou a dedicar-se integralmente à investigação e a colaborar com os cursos de doutoramento em Enfermagem do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Universidade de Lisboa.

 

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