Na região norte
Os hospitais do Norte estão com problemas de abastecimento da vacina BCG -contra a tuberculose - e, por isso, tiveram de...

A vacina BCG, destinada à prevenção da tuberculose, está esgotada na Região Norte e muitos foram os pacientes que ficaram com os tratamentos suspensos desde Julho, revela o Jornal de Notícias citado pelo Notícias ao Minuto.

A Administração Regional de Saúde do Norte revelou que se trata de um problema de “ruptura” por parte do fornecedor (único laboratório que produz vacina na Dinamarca) e que os problemas de fornecimento se arrastam “desde Fevereiro”.

Segundo informações obtidas pelo Jornal de Notícias, na primeira semana de Agosto, havia apenas três unidades da vacina no armazém da ULS de Matosinhos, sendo que o stock estava a zero nos restantes quatro armazéns que abastecem os centros de saúde e hospitais.

Ontem, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo dispunha de vacinas “para cerca de 10 dias” e, ao que tudo indica, a empresa fornecedora já informou que está com uma “ruptura de stock” e que é “expectável” que retome o fornecimento “nunca depois de 15 de Novembro”.

 

Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição garantiu que a distribuição em Portugal opera apenas com entidades...

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) assegura o “cumprimento estrito” da legislação quanto ao tratamento e gestão de subprodutos de origem animal, restos ou materiais fora de prazo, “e os procedimentos de controlo, qualidade e segurança são uma das grandes preocupações do sector”.

Garantias de Ana Isabel Tito Morais, directora-geral da APED, na sequência de uma denúncia da associação ambientalista Quercus, que disse haver falta de controlo de subprodutos de origem animal, restos ou materiais fora de prazo, nas grandes superfícies comerciais.

Diz a Quercus que esses restos podem ser integrados em rações para animais e assim entrar na alimentação humana, com riscos para a saúde pública. “Foi assim que surgiu a chamada doença das vacas loucas”, dizem os ambientalistas.

Na sequência de denúncias e de um inquérito a Quercus diz ter obtido um retrato “preocupante”, e pede às autoridades para que investiguem os supermercados para saber onde são entregues os subprodutos, e se os operadores de subprodutos de origem animal estão em condições para os receber.

De acordo com a Quercus, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já recebeu as preocupações dos ambientalistas e confirmou ter instaurado 20 processos em relação a este tema.

Responde a APED que a lei é cumprida e que essa mesma lei estabelece que todos os produtos com derivados de animais devem de ser recolhidos selectivamente e conduzidos a um tratamento específico.

“A APED lamenta que se ponha em causa o bom nome do sector, causando alarmismo na opinião pública”, diz-se no comunicado.

Medicamento para disfunção eréctil
Uso do comprimido azul pode não ser seguro para quem sofre de retinite pigmentosa, revelam os resultados de um estudo australiano.

A doença afecta uma em cada 50 pessoas e pode piorar caso use o medicamento contra a disfunção eréctil, de acordo com um estudo australiano, citado pelo The Guardian.

Já se sabia que o princípio activo do viagra (citrato de sildenafil) pode causar problemas temporários na visão em pessoas saudáveis. O que o estudo da Universidade da Nova Gales do Sul vem demonstrar agora é que o tratamento pode não ser suficiente em casos de retinite, uma das doenças oftálmicas mais comuns. Uma em cada 50 pessoas é portadora do gene que pode desencadear a doença, escreve o Diário de Notícias.

“Os efeitos secundários incluem sensibilidade à luz, visão distorcida e alteração das cores”, disse Lisa Nivison-Smith, do departamento de Optometria e Visão da universidade australiana. "Estamos preocupados com o facto de pessoas com visão normal mas que possuem o gene da doença, possam ser mais susceptíveis a estas mudanças", acrescentou.

Os cientistas publicaram as conclusões dos seus estudos no Experimental Eye Research. Testaram o fármaco em ratos saudáveis e ratos com o gene mutante que pode desencadear a doença.

Os animais saudáveis tiveram problemas de visão durante dois dias, os portadores do gene ficaram afectados durante duas semanas.

Foram também encontrados sinais de morte celular nos olhos dos ratos portadores do gene.

 

Estudo na Science
A Sida surgiu nos anos 20 do século passado, em Kinshasa, actual República Democrática do Congo, conclui um estudo publicado...

Com o título “The early spread and epidemic ignition of HIV-1 in human populations” (“O início da disseminação e propagação epidémica do HIV-1 em populações humanas”), o extenso artigo vem provar que o primeiro vírus que provoca a Sida, o HIV-1, surgiu no antigo Congo Belga, uma novidade em relação a todos os estudos sobre a epidemia.

Nuno Faria, da Universidade de Oxford, Reino Unido, é o primeiro autor do estudo, que fez a análise genética de centenas de amostras de vírus (filogenética), conseguindo-se provar, perante outras hipóteses em África, que foi em Kinshasa que tudo começou, há quase um século.

João Sousa, o outro investigador português dos 14 que assinam o artigo da Science, investigador da Universidade Católica de Lovaina (Bélgica), também ligado ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Universidade Nova de Lisboa), explicou à Lusa que, no estudo, se conseguiu provar que o vírus de Kinshasa era o mais antigo.

Apesar de o vírus ter origem em chimpanzés dos Camarões (de um tipo que não há no Congo), terá passado para os humanos em algum episódio de caça e teria chegado a Kinshasa num ser humano, explicou João Sousa à Lusa.

O investigador, que para o artigo fez a pesquisa dos factores de risco, é de opinião de que as doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, que na altura grassava em Kinshasa, terão ajudado muito a propagar o HIV-1.

O antigo Congo Belga tornou-se independente em 1960 e logo a seguir imigrantes do Haiti, nomeadamente professores, foram destacados para o Congo, pela ONU, para ajudar no desenvolvimento do país. Esses profissionais estiveram sobretudo em Kinshasa, onde alguns terão sido infectados, conta João Sousa. E explica que no regresso a casa levaram com eles o vírus. “No Haiti o vírus propagou-se” e, em finais dos anos 60 e início dos anos 70, o Haiti tinha uma grande indústria de turismo sexual, especialmente procurada pela comunidade homossexual dos Estados Unidos, o que levou a que os primeiros casos da doença tenham sido reportados junto de homossexuais norte-americanos.

Explicações de João Sousa são suportadas em análises genéticas de vírus recolhidas no Haiti e na informação que está “escondida” no material genético, como diz à Lusa. E explica também que, desde que se começou a desenvolver em Kinshasa até ser descoberto nos Estados Unidos, o vírus não deixou de se propagar.

Nos anos 80 teria já infectado centenas de milhares de pessoas e, quando surgiu nos Estados Unidos, os meios de diagnóstico eram mais sofisticados, lembra o investigador, segundo o qual o trabalho de investigação vai continuar.

 

Sindicato
O Sindicato dos Enfermeiros de Setúbal referiu que a urgência do Hospital do Barreiro voltou esta semana a exceder a capacidade...

“No dia 29 de Setembro, o serviço de urgência do Hospital do Barreiro, integrado no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo [CHBM], excedeu mais uma vez a sua capacidade de resposta às necessidades de internamento da população e recusou internar doentes, assumindo a sua incapacidade de receber mais utentes devido a sobrelotação e, mais uma vez, fechou portas”, explicou o sindicato em comunicado.

Os representantes sindicais consideram que a situação se agrava com a “carência de enfermeiros” no serviço de urgência.

“Lamentável neste processo é a inoperância do conselho de administração do CHBM, que ameaça despedir os enfermeiros subcontratados, quando devia providenciar a sua imediata contratação com vínculo estável”, salienta o sindicato.

A administração do Centro Hospitalar referiu que no dia em causa se registaram 228 episódios de urgência e indicou que o número de doente por cada turno está na média dos outros dias. “Reconhecemos algumas dificuldades na urgência geral, mas informamos que estão a ser tomadas várias medidas para agilizar a transferências de doentes para o internamento”, refere a resposta enviada à Lusa.

A administração esclarece ainda que o serviço “não fechou as portas” e criticou a informação avançada pelo sindicato.

“O Centro Hospitalar Barreiro Montijo nunca ameaçou com despedimentos, nem vai despedir enfermeiros. Está, aliás, em curso um concurso para a contratação de 12 enfermeiros”, concluiu.

 

Beira Baixa defende majoração do fomento à natalidade na região
A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa defendeu que as medidas para fomentar a natalidade devem ser majoradas nos...

“Há dois tipos de redução da natalidade: uma que é conjuntural e que advém desta crise, e outra, estrutural, que já se verificava antes, nomeadamente em regiões como a que integra esta comunidade intermunicipal”, disse hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) à agência Lusa.

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa inclui os concelhos de Castelo Branco, Proença-a-Nova, Penamacor, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Oleiros.

João Paulo Catarino explicou que a CIMBB defende que “as medidas que venham a ser tomadas [pelo Governo] para fomentar a natalidade tenham em conta as duas realidades”.

E, onde a crise da natalidade é estrutural, os territórios “têm que ser substancialmente apoiados com uma majoração em relação aos restantes, senão continuar-se-á sempre pior e nunca mais se corrigem as assimetrias”, adiantou.

Segundo o presidente da CIMBB e da Câmara de Proença-a-Nova, “é fundamental haver essa majoração positiva para os territórios onde a redução da natalidade é estrutural”.

Neste sentido, a CIMBB decidiu “sensibilizar” o Governo para que "esta realidade seja atendida" em futuras medidas de fomento à natalidade. João Paulo Catarino sublinhou ainda que, com a crise e a actual conjuntura, a redução substancial da natalidade passou a ser um problema nacional.

 

Associação Portuguesa de SÍndrome de Asperger promove
A Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger promove no próximo sábado - 4 de Outubro - uma aula de Yoga como forma de...

É já no próximo sábado dia 4, pelas 15:30h, que se realizará o evento Yoga na Casa Grande da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger.

A iniciativa solidária tem como fim recolher fundos para ajudar a Associação a cumprir os seus principais objectivos:

  • Contribuir para a formação e a inserção na vida activa de portadores de Síndrome de Asperger (SA), promovendo a autonomia e tornando-os responsáveis pela construção do seu projecto de vida.
  • Assegurar respostas sociais de apoio aos portadores de SA e famílias, como forma de prevenir processos de exclusão e de favorecer a integração social e as condições para uma vida mais digna.

Uma vez que os lugares são limitados, a Associação pede a confirmação da participação respondendo através do e-mail [email protected]

Mais informações consulte http://www.apsa.org.pt

 

 

Registo Oncológico Regional do Sul
Os casos de cancro de pele deverão quase triplicar e os de tumor do cólon duplicar na região sul de Portugal em 2020,...

De acordo com a directora do Registo Oncológico Regional do Sul, Ana Miranda, em 2020 haverá mais de 600 novos casos por ano de melanoma, quando no princípio deste século se registavam cerca de 250 casos anuais. A projecção indica que em 2020 haverá 635 novos casos de melanoma, quando em 2008 se registaram 395 casos diagnósticos.

Estes são dados e projecções do Registo Oncológico do Sul, mas Ana Miranda lembrou que se trata de uma área geográfica que representa praticamente metade do país.

Também os novos casos de cancro do cólon vão registar um aumento significativo, passando em 2020 para mais de 1800 nos homens e cerca de 1200 nas mulheres, uma duplicação face ao que sucedia em 1998.

Ana Miranda, que hoje participou no Congresso Nacional de Saúde Pública, explicou que o aumento de cancros do cólon tem muito a ver com o desenvolvimento dos rastreios e defende que esta é a melhor forma de detectar precocemente a doença, reduzir a sua gravidade e a mortalidade.

Só entre 1998 e 2009 o tumor do cólon aumentou 34% em pessoas a partir dos 45 anos, “muito provavelmente devido a um melhor diagnóstico e a uma melhor sensibilização da população para o problema”. Já em relação ao cancro da pele, no mesmo período, o aumento foi de 50% nos homens e de 35% nas mulheres.

Segundo Ana Miranda, a exposição intensa ao sol em idades jovens, a par de um melhor diagnóstico, estarão na base deste aumento. A especialista considera que “campanhas bem organizadas” podem reverter esta situação, alertando que as campanhas de sensibilização devem ser “feitas nos locais e no momento certo”, juntando várias entidades.

Embora o aumento de casos revelado pelas projecções seja significativo, Ana Miranda considera que os serviços de saúde em Portugal precisam de estar preparados não apenas para os novos casos, mas para a prevalência total, ou seja, para o número de pessoas que vão conviver com a doença oncológica, à medida que aumenta a sobrevivência neste tipo de doença.

Os mais recentes dados do Registo Oncológico do Sul, de 2009, mostram que os tumores mais frequentes no homem são o da próstata, da traqueia, brônquios e pulmão, do cólon, da bexiga e do recto. Na mulher, o cancro mais frequente é o da mama (quase um terço dos casos), o do cólon e o do colo do útero e útero.

 

Prazo de candidaturas termina a 15 de Outubro
O prazo de candidaturas para a Bolsa de Investigação D. Manuel de Mello termina a 15 de Outubro. Esta Bolsa, atribuída...

Com o valor de 12.500 euros a Bolsa de Investigação D. Manuel de Mello destina-se a premiar jovens médicos, até aos 35 anos, que desenvolvam projectos de investigação clínica, individualmente ou integrados em equipas, no âmbito das Unidades de Investigação e Desenvolvimento das faculdades de medicina portuguesas.

As candidaturas devem ser entregues nos respectivos Conselhos Científicos, e conter nota curricular do candidato, objectivos e descrição do projecto a desenvolver e parecer do orientador do trabalho de investigação. A decisão do júri será anunciada até 30 de Novembro de 2014.

Hélder Novais e Bastos, investigador da Escola de Ciências de Saúde/ICVS da Universidade do Minho e médico do Hospital de São João foi o vencedor da Bolsa D. Manuel de Mello, o ano passado, pelo seu trabalho sobre a tuberculose.

A Bolsa é promovida pela José de Mello Saúde e pela Fundação Amélia de Mello.

 

Universidade da Beira Interior e o Centro Hospitalar da Cova da Beira
A Universidade da Beira Interior e o Centro Hospitalar da Cova da Beira são os promotores de um projecto que se destina a...

Cerca de 1000 jovens de escolas da Cova da Beira são os destinatários do Projecto Pró-Lúdico, que a Universidade da Beira Interior (UBI) promove com o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), agregando ainda 15 entidades parceiras. As actividades a desenvolver prevêem o incentivo à realização de exercício físico e a criação de bons hábitos alimentares, ao mesmo tempo que será feito o levantamento do estado físico dos mais novos. A colaboração prevê ainda realizar acções de formação, conferências e seminários no âmbito desta temática.

Já existem alguns dados relativos aos concelhos da Covilhã e Fundão e justificam a necessidade de um trabalho como aquele que o Pró-Lúdico se propõe desenvolver. “Não fugimos à realidade. Apesar de estarmos no mundo rural, pensamos nós que comemos melhor, fazemos mais exercício físico e temos outro tipo de qualidade de vida. Afinal, em termos de obesidade não é verdade. Estamos com padrões extremamente elevados de pré-obesidade e obesidade infantil”, alerta Júlio Martins, docente do Departamento de Ciências do Desporto da UBI e um dos coordenadores do Projecto. Partilha esta responsabilidade com Carlos Rodrigues, do Departamento da Mulher e da Criança – Serviço de Pediatria do CHCB.

A intervenção nas escolas está a procurar sensibilizar para o problema os alunos e os pais – grupo a que “é difícil chegar”, como reconhece Júlio Martins. Ao mesmo tempo, está a ser avaliado o nível do Índice de Massa Corporal (IMC) e aptidão física dos estudantes. “Temos alunos de mestrado das área de saúde e de desporto a trabalhar estes elementos. Penso que vamos ter dados científicos muito em breve que permitirão fazer uma radiografia da região”, acrescenta o docente da UBI.

 

Parceria entre várias entidades

 Os objectivos do Pró-Lúcido serão concretizados com a cooperação entre 10 organismos do sector da educação, três autarquias – Belmonte, Covilhã e Fundão – e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Cova da Beira.

A assinatura do protocolo juntou os responsáveis de todas as entidades na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Um número significativo de instituições que corresponde à necessidade de colocar o problema da obesidade na ordem do dia, mediante uma abordagem transversal.

Foi isso que transmitiu Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do CHCB, durante a cerimónia: “Na definição da política, entram autarquias, escolas, hospitais, centros de saúde e uma multiplicidade de parceiros. Este evento mostra que a nossa comunidade vai à frente em relação a outras, porque já tem estas preocupações, inclusivamente, criou parcerias e está a desenvolver actividades. Está a criar indicadores de acompanhamento e tem um conjunto de programas para fazer isto”.

António Fidalgo manteve a linha do que Miguel Castelo Branco afirmou, destacando a urgência de apostar na prevenção, no que diz respeito à saúde. O argumento aponta para a ideia de que numa população mais saudável há maior qualidade de vida e “consegue-se reduzir as despesas do Serviço Nacional de Saúde”, defendeu o reitor da UBI, que vê no protocolo a concretização da ideia de uma universidade de toda a Beira Interior, que colabora com a região.

A oficialização do Pró-Lúdico aconteceu no âmbito do 1.º Seminário de Actividade Física, Nutrição e Saúde, o qual teve como lema “bem comer, saltar, correr dá saúde e faz crescer”.

 

Prevenção do suicídio em meio escolar
Foram divulgados os resultados de programa de prevenção do suicídio em meio escolar, promovido pela Escola Superior de...

Um quarto dos adolescentes da região Centro (27,2%) que, no último ano lectivo, participaram no projecto de prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar “+ Contigo” apresentou sintomatologia depressiva (de leve a agrave), uma situação que diminuiu no decurso das intervenções do programa.

De acordo com o balanço dos resultados referentes a 2013-2014, que hoje foi apresentado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), as variáveis de saúde mental pioram do 7º para o 9º ano de escolaridade, sendo que é maior a vulnerabilidade entre as raparigas.

Apesar disso, o trabalho de prevenção desenvolvido em 12 agrupamentos de escolas e 17/escolas/colégios, num total de 1.218 alunos abrangidos, resultou em melhorias significativas ao nível do auto conceito e do coping (estratégia de resolução dos problemas), revela o professor da ESEnfC José Carlos Santos, que coordena o "+ Contigo".

Os dados foram apresentados durante o III Encontro “+ Contigo”, no âmbito do qual foi inaugurada a página do projecto na rede social Facebook (www.facebook.com/maiscontigo), assim como apresentada uma música “rap”, criada por alunos de Oliveira do Bairro e que poderá vir a ser o hino do programa.

Mais de 3500 jovens da região Centro, alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, já foram abrangidos pelo “+ Contigo” desde 2009, ano em que o programa começou a ser dinamizado pela ESEnfC e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

Durante o III Encontro “+ Contigo”, intervieram reconhecidos psiquiatras como Daniel Sampaio (Centro Hospitalar Lisboa Norte), Diogo Guerreiro (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) e Carlos Braz Saraiva (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Na sessão de boas-vindas, falaram a vice-presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, o presidente do Conselho Directivo da ARS do Centro, José Manuel Tereso, e o director do Programa Nacional de Saúde Mental e coordenador do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, Álvaro de Carvalho.

O “+ Contigo” trabalha aspectos como o estigma em saúde mental, o auto conceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência.

Dada a sua valia, mereceu o apoio da Direcção-Geral da Saúde, que o inseriu no conjunto de medidas do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, pelo que está já em curso o alargamento do programa ao todo nacional – neste momento, já se estendeu à Lourinhã, Algarve e Açores (Ilha do Pico), através da formação de colaboradores que vão intervir nas escolas.

Além da Direcção-Geral da Saúde, são parceiros “+ Contigo” a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares - Direção de Serviços da Região Centro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Centro Hospitalar Baixo Vouga, o Centro Hospitalar Lisboa Norte, o Núcleo de Estudos do Suicídio, o Centro Hospitalar Leiria-Pombal, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu e o Município da Lourinhã.

 

Em Coimbra
O fundador do Serviço Nacional de Saúde, Dr. António Arnaut, e o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf.º Germano Couto,...

A sessão insere-se na iniciativa Conversas na Ordem da Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) e é uma oportunidade de olhar em retrospectiva os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), completados a 15 de Setembro, e interrogar sobre as opções políticas actuais e os desafios à sua sustentabilidade financeira.

Subordinada ao tema “Enfermagem e Cidadania”, a sessão será moderada pelo jornalista Rui Avelar, antigo Director de Informação da Lusa – Agência de Notícias de Portugal e actual Director-Adjunto do jornal regional Campeão das Províncias.

Há 35 anos, a 15 de Setembro era publicada a Lei de Bases do Serviço Nacional de Saúde (Lei n.º56/79), conhecida por Lei Arnaut, que instituiu os princípios de universalidade, generalidade e gratuitidade no acesso aos cuidados de saúde.

O Dr. António Arnaut, advogado e fundador do Partido Socialista, enquanto Ministro dos Assuntos Sociais foi o responsável por esse ato político-legislativo, porventura o de maior impacto na sociedade do Portugal democrático.

A “Lei Arnaut” foi pioneira ao consagrar os princípios de universalidade na cobertura da população, de generalidade das prestações de saúde e de gratuitidade no acesso aos cuidados de saúde, imputando ao Estado as funções relevantes no planeamento, financiamento, organização, prestação, gestão e avaliação dos cuidados de saúde, garantindo a protecção à saúde como um direito de todos os cidadãos.

Ao longo destas três décadas e meia os enfermeiros foram um grupo profissional determinante no cumprimento dos objectivos do SNS, com um papel decisivo na melhoria acelerada dos indicadores de saúde, de modo a que Portugal integrasse o “Primeiro Mundo”.

A prevenção da doença e promoção da saúde, a saúde da mulher e da criança e vacinação foram contributos determinantes da Enfermagem. A mortalidade materna e infantil atingiu os melhores indicadores dos países mais desenvolvidos e foram erradicadas doenças que afectavam fortemente a sociedade portuguesa como a poliomielite.

Hoje o enfermeiro dispõe de competências científicas, técnicas e humanas para a prestação de cuidados gerais, e especializados, ao cidadão. A Enfermagem deve ser o pivô do SNS. Apostar cada vez mais nestes profissionais é a via para a sua sustentabilidade, para que o Estado continue a assegurar cuidados se saúde, de forma universal e gratuita, acessível a todo o cidadão.

O reconhecimento da elevada competência dos enfermeiros portugueses evidencia-se nas facilidades de emprego que encontram em países com sistemas de saúde avançados. E Portugal deixa-os ir, mantendo-se a carência de 25 mil para satisfazer as necessidades dos seus cidadãos.

A sessão “Enfermagem e Cidadania” decorre pelas 18:00 do dia 6 de Outubro, segunda-feira, no auditório da sede da SRC, em Coimbra. As intervenções e o momento de interpelação do público são abertos à comunicação social.

Em anteriores edições Conversas na Ordem teve como convidados o então Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. António Marinho e Pinto, e o Presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Prof. Doutor Jorge Simões.

 

Resultados apresentados no Congresso da European Respiratory Society
A análise dos ensaios de extensão a longo prazo CHEST-2 e PATENT-2 confirmaram a segurança do riociguat a longo prazo, durante...

Os resultados apresentados no congresso da European Respiratory Society (ERS) no passado dia 8 de Setembro, confirmam a eficácia sustentada e o perfil de segurança de Adempas® (Riociguat), o novo fármaco da Bayer para a hipertensão pulmonar, a dois anos, no tratamento da hipertensão pulmonar tromboembólica crónica (HPTEC) inoperável ou HPTEC persistente ou recorrente após tratamento cirúrgico, e em doentes com hipertensão arterial pulmonar (HAP).

Riociguat é um estimulador da guanilato ciclase solúvel (sGC), o primeiro membro de uma nova classe de compostos que actuam no mecanismo molecular subjacente à Hipertensão Pulmonar (HP). Os resultados a dois anos dos ensaios de extensão abertos CHEST-2 e PATENT-2 confirmam que as melhorias na capacidade de exercício e na classe funcional da OMS (FC), observadas nos ensaios de registo de fase III, CHEST-1 e PATENT-1, são sustentados. A capacidade de exercício medida pelo teste de seis minutos de marcha é um indicador da gravidade da doença e um predictor da sobrevida dos doentes que sofrem de HP.

O tempo de observação dos estudos CHEST-2 e PATENT-2 de, pelo menos, dois anos permitiu uma análise da correlação entre os parâmetros de eficácia e a sobrevivência e o agravamento clínico, através de um modelo de regressão Cox proportional-hazards. O modelo demonstrou uma correlação significativa entre os valores iniciais e a alteração relativamente a esse valor inicial no Teste de 6 minutos de marcha (T6MM), no nível de NT Pro BNP, na Classe Funcional da OMS e na sobrevivência livre de eventos (sem agravamento clínico).

“Os resultados de longo prazo destes estudos são muito animadores, na medida em que confirmam que as melhorias observadas na HAP e na HPTEC em doentes em tratamento com riociguat são sustentáveis no longo prazo”, disse Pisana Ferrari da Associação Europeia de Hipertensão Pulmonar. “Para os doentes, isso significa melhorias na capacidade de percorrer maiores distâncias, ajudando o coração e os pulmões a funcionarem melhor, tornando a respiração mais fácil quando realizam tarefas básicas do dia-a-dia e isso, em última análise sugere melhores resultados e prognósticos”.

A análise dos dados do estudo CHEST-2 mostra que, em dois anos, a capacidade de exercício dos doentes com HPTEC medida pelo T6MM aumentou em 50m comparativamente aos valores de baseline do CHEST-1. Além disso, a FC OMS melhorou ou permaneceu inalterada em 97% dos doentes com HPTEC (39% melhoraram e 58% estabilizaram). A taxa de sobrevivência dos doentes a dois anos de tratamento com riociguat foi de 93%.

No PATENT-2, os doentes com HAP tratados com riociguat durante mais de dois anos apresentaram uma melhoria média no T6MM de 47m comparativamente aos dados de baseline do PATENT-1. A FC OMS melhorou ou permaneceu inalterada em 91% dos doentes com HAP (33% melhoraram e 58% estabilizaram). À semelhança do CHEST-2, no PATENT-2 a taxa de sobrevivência dos doentes a dois anos de tratamento com riociguat foi de 93%.

Riociguat foi geralmente bem tolerado, com um bom perfil de segurança. O evento adverso mais vulgarmente reportado, com ocorrência em 10 por cento ou mais dos doentes sob tratamento com riociguat (até 2,5 mg três vezes por dia), foi tonturas. Outros eventos adversos incluiram dispepsia, cefaleias e hipotensão.

“Os resultados positivos do CHEST-2 e do PATENT-2 contribuiram para a crescente evidência em torno riociguat como um tratamento eficaz e bem tolerado a longo prazo para dois dos cinco tipos de hipertensão pulmonar, tendo demonstrado em ensaios clínicos, benefícios precoces significativos e sustentados para os doentes”, disse o investigador principal Professor Ardeschir Ghofrani, do University Hospital Giessen and Marburg, e Kerckhoff Heart e Lung Center, Bad Nauheim, na Alemanha. "A correlação entre os parâmetros relevantes para o doente, tais como T6MM, a CF OMS e a sobrevivência livre de eventos de agravamento clínico, reforça o quão importante é acompanhar de perto os sintomas do doente a sua capacidade de exercício, de forma a prever os resultados e a resposta ao tratamento."

 

Sobre a Hipertensão Pulmonar

A hipertensão pulmonar (HP) é uma doença grave, progressiva e fatal na qual a pressão nas artérias pulmonares se encontra significativamente aumentada devido à vasoconstrição e que pode levar a insuficiência cardíaca e morte. Os doentes com HP desenvolvem uma acentuada diminuição da tolerância ao exercício e ficam com uma qualidade de vida reduzida. Os sintomas mais comuns de HP incluem dispneia, fadiga, tonturas e lipotímias, e todos eles pioram com o esforço. Uma vez que os sintomas da HP não são específicos, o atraso no diagnóstico pode ser de até 2 anos. O diagnóstico precoce é essencial, uma vez que o atraso no início de tratamento pode ter um impacto negativo na sobrevivência. A monitorização contínua do tratamento é vital para assegurar que os doentes estão a receber cuidados optimizados para o tipo e estadio de HP em que se encontram.

De acordo com a classificação clínica da HP (classificação de Dana Point, 2008), e com base nas suas causas subjacentes, existem cinco tipos diferentes de HP: hipertensão arterial pulmonar (HAP), hipertensão pulmonar devida a doença cardíaca esquerda (ie. HP-DVE), hipertensão pulmonar devida a doença pulmonar e/ou hipoxémia (ie. HP-DPOC ou HP-DPI), hipertensão pulmonar tromboembólica crónica (HPTEC) e hipertensão pulmonar de causa incerta e/ou multifactorial. Cada uma destas formas da doença pode afectar o doente de forma diferente e cada doente pode ter HP de etiologia e manifestações diferentes. Para maior probabilidade de sucesso no controlo da doença, os doentes necessitam de ser tratados em centros de referência. As terapêuticas farmacológicas correntes só se encontram aprovadas para o tratamento de um dos cinco tipos de HP, a hipertensão arterial pulmonar (HAP). Como consequência, existe uma forte necessidade de desenvolver mais investigação para melhorar a compreensão de como todos os cinco tipos de HP podem ser eficazmente tratados.

 

Sobre o Riociguat

Riociguat é um estimulador guanilato ciclase solúvel (sGC), o primeiro membro de uma nova classe de fármacos, descoberto e desenvolvido pela Bayer como um tratamento oral para tratar um mecanismo molecular subjacente PH chave. O Riociguat está a ser investigado como uma abordagem nova e específica para tratar diferentes tipos de PH. A GCs é uma enzima que se encontra no sistema circulatório que é o receptor para o óxido nítrico (NO). Quando o NO se liga à GCs, a enzima aumenta a síntese de monofosfato de guanosina cíclico (cGMP). O cGMP desempenha um papel importante na regulação do tónus vascular, proliferação, fibrose, e inflamação

A hipertensão pulmonar (HP) está associada a disfunção endotelial, comprometimento da síntese de NO e consequente estimulação insuficiente da via do NO-sGC-cGMP. Pensa-se que o Riociguat tem um duplo modo de acção: sensibiliza a sGC à acção do NO endógeno e estimula também, de forma directa e independente do NO, a produção de cGMP.

Com um novo mecanismo de acção, o riociguat tem potencial para superar uma série de limitações das terapêuticas para HAP actualmente aprovadas, incluindo a dependência do NO, e é, além disso, o primeiro fármaco que demonstrou benefícios clínicos na Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica (HPTEC), doença para a qual, até a aprovação do riociguat, não havia tratamento farmacológico aprovado.

O programa de desenvolvimento do riociguat em diferentes formas de HP denota o compromisso contínuo da Bayer no sentido da compreensão desta condição grave e potencialmente fatal, dando resposta a uma lacuna terapêutica, com o objectivo de melhorar a vida dos doentes com HP.

Riociguat foi aprovado sob o nome Adempas® nos EUA para utilização em HPTEC e HAP em Outubro de 2013. No Canadá, as aprovações para HPTEC e HAP aconteceram em Setembro de 2013 e Março de 2014, respectivamente. Na Suíça e no Japão, o riociguat foi aprovado na indicação de HPTEC em Novembro de 2013, e em Janeiro de 2014, respectivamente.

Na UE, o riociguat recebeu a designação de medicamento órfão e é aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sob o nome Adempas® para utilização em HPTEC e HAP.

 

Circular Informativa N.º 212/CD/8.1.7
O Infarmed emitiu uma circular informativa a propósito da suspensão imediata da comercialização e recolha voluntária do...

Os distribuidores por grosso Artifofo - Equipamentos Hospitalares e Farmacêuticos, Lda. e Med Oportunity, SA estão a proceder à recolha voluntária do dispositivo médico Equipamento de monitorização de doente do fabricante Meditech Equipment Co. (China), com o mandatário Farag Ltd (Grécia).

Tal como divulgado na Circular Informativa n.º 156/CD/8.1.7, de 21 de julho, o dispositivo em causa não possui um certificado CE de conformidade válido.

Assim, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização e retirada do mercado do dispositivo médico equipamento de monitorização de doente.

O Infarmed recomenda novamente que:

- Caso seja detectada a existência de equipamentos de monitorização de doentes do fabricante Meditech Equipment Co. estes não sejam adquiridos ou utilizados, uma vez que não foram alvo de avaliação de conformidade e ostentam marcação CE 0123 falsa, o que põe em causa a sua segurança, qualidade e desempenho;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 7235; fax: +351 21 798 7281; e-mail: [email protected].

 

Bombeiros de Lagos
Os Bombeiros de Lagos vão ser a primeira corporação do país a disponibilizar um aparelho que proporciona compressões torácicas,...

Segundo Paulo Morgado, presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve, o novo dispositivo, que incluirá o equipamento das ambulâncias dos bombeiros de Lagos a partir de sábado, é para ser usado quando as vítimas estão em paragem cardio-respiratória, que pode ser originada por inúmeras situações, nomeadamente enfartes, afogamentos ou choques anafiláticos decorrentes de alergias fulminantes.

“A paragem cardíaca é uma situação dramática, que surge com alguma frequência e que precisa de tratamento imediato e adequado”, afirmou, observando que o aparelho consegue ser mais eficaz do que a massagem manual, porque mantém sempre o mesmo ritmo, com menos interrupções, permitindo ainda ao socorrista continuar a fazer a massagem durante o transporte.

De acordo com o também presidente dos Bombeiros de Lagos, é muito difícil fazer uma massagem cardíaca dentro de uma ambulância ou de um helicóptero em movimento.

Segundo o responsável, existe um dispositivo semelhante num hospital do Norte, mas que, por estar dentro de uma unidade hospitalar, está disponível apenas para os doentes que ali se dirijam.

Para comprar o aparelho, cujo valor ronda os 11 mil euros, os Bombeiros de Lagos desenvolveram um conjunto de acções para a angariação de fundos que envolveram a comunidade residente e estrangeira.

No sábado, a Federação dos Bombeiros do Algarve vai apresentar, na Câmara de Lagos, a campanha “MAIS Coração, MAIS Vida”, uma iniciativa para sensibilizar a população para a necessidade de dar uma resposta rápida e eficaz perante situações de paragem cardio-respiratória ou doença cardíaca súbita.

A ideia é, através da formação do maior número possível de cidadãos, aumentar o número de pessoas na comunidade que sabem o que têm que fazer quando se deparam com uma situação do género, explicou Paulo Morgado, acrescentando que o objectivo é envolver, gradualmente, as autarquias, empresas, escolas e outras entidades.

O responsável estima que no próximo ano já possam avançar no terreno as primeiras acções de formação, que ainda vão ser planificadas em conjunto com diversas entidades.

Outro dos objectivos da campanha é conseguir um melhor apetrechamento dos meios de socorro com equipamentos de desfibrilhação automática e de massagem cardíaca, acrescentou.

O número de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) e dispositivos de massagem cardíaca automática existentes nos meios de socorro pré-hospitalares da região algarvia e em espaços públicos é ainda muito escasso, concluiu.

 

Portugal tem desde hoje
Portugal tem a partir de hoje um sistema electrónico com os dados da mortalidade em tempo real, que pode ser consultado pelos...

O sistema eVM – Vigilância de Mortalidade – entrou hoje em funcionamento, através do site da Direcção-Geral da Saúde (DGS), e foi apresentado no Congresso Nacional de Saúde Pública, que decorre em Lisboa.

Segundo o director-geral da Saúde, Francisco George, este sistema é “inovador” mesmo a nível mundial, tendo dados desde 1 de Janeiro de 2014, quando entrou em funcionamento o novo registo de certificados de óbito - Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).

Através desta ferramenta é possível ter, em tempo real, o número de mortes que ocorrem em cada dia e algumas das respectivas causas, como acidentes de trânsito ou de trabalho, suicídios, homicídios ou causas naturais.

Cátia Sousa Pinto, da divisão de epidemiologia e vigilância da DGS, explicou à Lusa que este sistema real possibilita agir de forma quase imediata no caso de ser necessário um inquérito epidemiológico, por exemplo.

O sistema permite às autoridades “iniciar uma intervenção rápida” caso venha a ser necessário, como em situações como ondas de calar ou outros fenómenos climáticos extremos, na vigilância da gripe ou caso surjam mortes por doenças incomuns em Portugal.

“Permite-nos em tempo real ver o impacto das épocas gripais na mortalidade, por exemplo. E permite-nos perceber se está a morrer-se mais ou menos em Portugal”, indicou a especialista em saúde pública.

Através deste sistema electrónico é ainda possível acompanhar a mortalidade perinatal, que ocorre em crianças até aos 28 dias de vida, um dos principais indicadores de saúde de um país.

 

Necessária fiscalização
A bastonária da Ordem dos Veterinários considerou hoje que a criminalização dos maus tratos a animais é “uma grande vitória”,...

“Temos agora de perceber quem é que vai fiscalizar. Vai haver muito trabalho no terreno até que esta lei seja implementada (…). Vai ter de haver coragem para passar as coimas e para aplicar penas de prisão quando se justificar para que as pessoas percebam que a lei existe e que funciona”, disse em declarações à Lusa.

Um dia após a entrada em vigor da lei que criminaliza a violência sobre animais de companhia e das comemorações, no próximo sábado, dos dias do Animal e do Médico Veterinário, Laurentina Pedroso defendeu também a importância da educação nas escolas e o controlo na reprodução animal, a par da prevenção destas situações.

A lei, que entrou em vigor a 1 de Outubro, prevê que, “quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus-tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”.

“O facto de termos agora a criminalização é um marco histórico que pode ajudar a desmotivar, mas todos nós sabemos que não é por haver mais coimas e penas que as pessoas vão deixar de cometer os crimes. Tem de haver uma componente importante que é a parte da pedagogia”, disse. No entender de Laurentina Pedroso, o respeito pelos animais, o bem-estar e a protecção devem ser obrigatoriamente incutidos nas crianças desde muito cedo. “Outra componente importante é o controlo de reprodução dos animais. A Ordem é a favor da esterilização a animais errantes”, vincou.

Contudo, para Laurentina Pedroso, a entrada em vigor da nova lei é uma grande vitória, que veio ao encontro das pretensões da Ordem dos Veterinários.

“Há um ano, a Ordem entregou na Assembleia da República (AR) um trabalho exaustivo de Direito Comparado sobre a situação da protecção e bem-estar animal na Europa. Fizemos um trabalho técnico intensivo do ponto de vista legal comparando a legislação de vários países”, contou.

A responsável disse que, na altura, fez seguir dois pedidos para a AR: que os animais deixassem de ser considerados como objectos e fosse alterado no Código Civil o estatuto do animal e a criminalização de animais. “Agora conseguimos levar adiante a criminalização. Falta a alteração do estatuto do animal”, sublinhou. Laurentina Pedroso sublinhou também que “foi importante a entrada em vigor da nova lei, mas agora tem de ser posta em prática”. A responsável garantiu ainda que a Ordem dos Veterinários vai estar atenta à situação e intervir no que for preciso dentro das suas competências.

 

Médicos Veterinários defendem redução do IVA sobre cuidados aos animais

A bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Laurentina Pedroso, defendeu a descida do IVA e a possibilidade de deduzir no IRS despesas com consultas e tratamentos com animais, para ajudar a contornar a crise que afecta o sector.

Laurentina Pedroso adiantou que a descida do IVA (actualmente nos 23%) e a dedução de consultas e tratamentos no IRS vão estar em debate no próximo sábado no Funchal, ilha da Madeira.

Laurentina Pedroso adiantou que actualmente existem em Portugal cinco mil médicos veterinários que têm sido afectados pela crise em que o país vive.

“A crise do país reflecte-se em todas as profissões e ainda mais nas que são liberais. A crise veio afectar o trabalho médico veterinário a nível dos animais de companhia, clínicas, consultórios, mas também a que está relacionada com a produção animal, produção agrícola”, explicou.

A mesma responsável disse que os cinco mil médicos veterinários que existem no país, sendo liberais, sem apoio do Estado, podiam melhorar a sua situação se o IVA baixasse.

“Outra das situações que ajudava médicos e cidadãos seria a possibilidade de se poder deduzir no IRS o custo dos tratamentos e consultas com animais”, acrescentou.

Laurentina Pedroso alertou para o facto de as famílias levarem cada vez menos os seus animais ao veterinário, “por falta de dinheiro”.

“Lembro que, para ajudar as famílias em dificuldades, lançámos há quatro meses o projecto “Vet Solidário”, que tem como principais objectivos a solidariedade veterinária para com os mais desfavorecidos, através de apoio médico-veterinário para animais inseridos em famílias em situação de vulnerabilidade económica, incluindo idosos e animais de pessoas sem-abrigo”, explicou.

“Gostaria que as pessoas percebessem que os animais são realmente uma mais-valia na nossa vida, são a expressão própria do amor genuíno, parte da família e são nossos terapeutas. Quero viver numa sociedade evoluída e uma sociedade evoluída é a que respeita os animais”, concluiu.

 

Cientistas espanhóis desenvolvem
Um grupo de cientistas espanhóis desenvolveu as primeiras lentes de contacto desenhadas para prevenir a degeneração macular da...

Um grupo de cientistas espanhóis acaba de desenvolver as primeiras lentes de contacto desenhadas para prevenir a degeneração macular da retina e para proteger os olhos contra a radiação solar. Por enquanto só estão à venda no país vizinho, mas os criadores querem que venham a ser comercializadas em todo o mundo, revela o portal Boas Notícias.

Estas lentes de contacto pioneiras são da responsabilidade de uma equipa da Faculdade de Óptica e Optometria da Universidade Complutense de Madrid coordenada pela investigadora Celia Sánchez-Ramos que, recentemente, deu a conhecer o novo produto, que conta com um certificado de segurança retiniana, ou seja, é especialmente pensado e patenteado para resguardar a retina.

De acordo com Sánchez-Ramos, citada pelo jornal espanhol ABC, as lentes são o resultado "de 12 anos de investigação, que incluíram a colaboração de especialistas de todo o mundo com vista ao fabrico dos materiais e à realização de testes ao produto".

"O século XXI caracteriza-se pela grande quantidade de luz que nos rodeia e à qual juntámos doses elevadas de luz proveniente de dispositivos móveis como tablets, 'smartphones', etc., que é altamente prejudicial para a nossa retina", explica a cientista.

O objectivo das novas lentes, que podem ser utilizadas por pessoas com problemas de visão ou com olhos saudáveis, é fazer frente aos danos causados por estas luzes e pelos raios ultravioletas através de uma barreira protectora especial de pigmentação amarela.

Graças à presença desta barreira, a radiação luminosa é transformada em luz de melhor qualidade, reduzindo-se em até 10% os seus efeitos negativos para que, com o tempo, os olhos não percam a percepção da cor.

As lentes já estão à venda em todas as lojas de óptica espanholas a par de uma solução desenvolvida exclusivamente para as mesmas e o objectivo é agora levar o produto ao resto do mundo.

 

Estudo conclui
Uma molécula recém-descoberta retirada de uma bactéria marinha poderá ser eficaz no combate ao cancro, em particular o cancro...

Uma molécula recém-descoberta retirada de uma bactéria marinha poderá ser eficaz no combate ao cancro, em particular o cancro da pele (melanoma), concluiu um novo estudo desenvolvido por investigadores brasileiros e norte-americanos e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A molécula em causa, denominada "seriniquinona", foi obtida a partir de uma bactéria rara do género Serinicoccus que foi recolhida em sedimentos de praias da República do Palau, um pequeno país insular da Oceânia, por cientistas da Universidade da Califórnia - San Diego, nos EUA, coordenados por William Fenical, que trabalha com um banco de mais de 20 mil estirpes de bactérias marinhas com potencial contra o cancro.

A brasileira Leticia Veras Costa Lotufo, principal autora da investigação e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), a outra instituição universitária envolvida no estudo, explica que a molécula é capaz de reconhecer uma proteína presente, principalmente, nas células cancerígenas: a dermicidina, que está relacionada com a sobrevivência celular, escreve o portal Boas Notícias.

“Quando a molécula identifica essa proteína, acaba por activar uma série de processos de morte celular”, revela a investigadora, que destaca que a dermicidina - ainda pouco estudada - é “a primeira substância descrita que teria a capacidade de modular a proteína” encontrada com frequência nas células doentes.

Segundo a cientista da UFC, a dermicidina expressa-se com maior intensidade nas células da pele, pelo que a substância mostra ser particularmente eficaz contra o melanoma.

No entender de Leticia Veras Costa Lotufo, a investigação abre, agora, a possibilidade de desenvolver novos fármacos para tratar o cancro que tenham a dermicidina como alvo, além de sugerir a possível utilização desta proteína como marcador de diagnóstico da doença. Embora o artigo publicado descreva os resultados de testes feitos em células cancerígenas, a cientista adianta que já foram realizados testes com modelos animais utilizando a dermicidina, testes que obtiveram resultados positivos (ainda não apresentados publicamente).

 

Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos
Moçambique está a fazer “um caminho de progresso” na área da saúde, avaliou o bastonário dos farmacêuticos portugueses, que...

Moçambique tem feito, “indiscutivelmente”, um “caminho de progresso e desenvolvimento” na saúde, disse o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, em declarações à Lusa, a partir de Maputo.

Persistem problemas, por exemplo uma tendência para a automedicação – escapando assim às longas filas de acesso aos serviços de saúde – e uma utilização não racional dos medicamentos, reconheceu. “Se nós, em Portugal, temos problemas desse género, naturalmente em Moçambique temos problemas muito maiores. Até porque o sistema de saúde em Moçambique não está tão preenchido quanto deveria”, comparou, propondo “uma repovoação de técnicos de saúde, entre os quais farmacêuticos”.

Porém, “há um caminho a ser percorrido”, observou o bastonário, recordando que, em 1997, “havia apenas sete farmacêuticos” no país africano. Foi nesse ano que Carlos Maurício Barbosa ajudou a criar o primeiro curso de Farmácia em Moçambique e, na altura, o único em todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

“Apoiámos a constituição de uma profissão que era inexistente em 1997”, lembrou, adiantando que esse primeiro curso é hoje “auto-suficiente”.

Na sexta-feira, será inaugurada outra licenciatura em Farmácia, desta feita na Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula, no Norte do país, com a qual a Ordem dos Farmacêuticos portuguesa vai assinar um protocolo de cooperação.

O objectivo é “colaborar na coordenação desse curso, no apoio às questões técnicas, científicas e pedagógicas e também no apoio à docência, através de professores das faculdades de Farmácia portuguesas, que a Ordem motivará para colaborar neste novo projecto”, adiantou o bastonário.

Simultaneamente, no mesmo dia, será inaugurado um centro de informação sobre medicamentos, que “estará disponível para todo o país”, a partir de Nampula.

Os profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, farmacêuticos – passarão a poder aceder a “todas as informações sobre os diferentes medicamentos que usam”, o que se reveste “de capital importância”, destacou Carlos Maurício Barbosa. “É vital para o bom uso, para o uso racional, para o uso responsável do medicamento”, concretizou.

Em Moçambique desde terça-feira, o bastonário português visitou o Hospital Central de Maputo, o Departamento Farmacêutico (agência reguladora, congénere do Infarmed em Portugal), a fábrica de medicamentos, que produz soros e anti-retrovirais, e a central de medicamentos e artigos médicos (central de compras do Estado, responsável pela distribuição pelo país).

A Ordem - que tem, desde 2010, um protocolo com o Ministério da Saúde moçambicano para formação, treino e estágio em Portugal, que já recebeu “uns 30 quadros” - vai, em breve, começar a formar na área da logística. “Moçambique tem uma extensão territorial enorme, é muito importante que os medicamentos cheguem aos locais no tempo necessário e com a qualidade devida”, justificou o bastonário.

No domingo, Carlos Maurício Barbosa vai encontrar-se com o ministro da Saúde moçambicano em Pemba, província de Cabo Delgado, onde Alexandre Manguele se encontra em campanha eleitoral para as eleições de 15 de Outubro.

 

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