Proteção contra as doenças
Num mundo onde 820 milhões de pessoas não têm o suficiente para comer, o Dia Mundial da Alimentação, que se assinala no próximo...

É a FAO que garante que 149 milhões de crianças sofrem de problemas de crescimento devido à desnutrição. Um problema que pode ser minimizado com o consumo de carne, uma vez que os produtos pecuários fornecem micronutrientes essenciais, como vitamina B12, ferro e cálcio. “Investir em nutrição faz sentido economicamente, pois melhora a produtividade e o crescimento económico e promove a saúde da nação”, refere a organização.

Tendo em conta que um em cada cinco animais destinados a consumo morrem devido a doenças evitáveis, o que representa uma perda de 20% da produção, e tendo em conta também que cerca de 50% da população mais pobre do mundo depende da agricultura e pecuária não só para a alimentação, mas também para a sua sobrevivência financeira, proteger os animais contra doenças é uma das melhores formas de fazer esse investimento. É, afirma Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET, “garantia de qualidade e segurança alimentar”, sendo por isso essencial “esclarecer a população sobre a importância da vacinação e do tratamento de doenças e infeções nos animais para consumo”.

 “Ao reduzir a incidência de doenças nos animais de produção para consumo, que é aliás uma das formas de sustento de muitas famílias nos chamados países subdesenvolvidos, estamos a contribuir para o combate à fome e, por isso, várias entidades mundiais têm aproveitado esta efeméride para alertar para esta realidade e desmistificar a ideia de que o uso de medicamentos veterinários em animais para consumo é prejudicial para a saúde humana”, acrescenta.

Jorge Moreira da Silva explica que, “por exemplo, em Portugal o uso de vacinas nos animais permitiu erradicar doenças como a raiva e a febre aftosa”. Já os suplementos alimentares em animais são também importantes, na medida em que, “tal como nós humanos, a sua correta utilização em animais é muitas vezes necessária para garantir a saúde”. Embora existam atualmente métodos eficazes de controlo no combate a doenças, a APIFVET alinha na mensagem destas entidades, que enaltece a importância de se “continuar a investir no desenvolvimento de novas vacinas, medicamentos, testes de diagnóstico e biocidas, para reduzir as perdas por várias doenças em animais de produção para consumo”.

 

Medicamentos
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Infarmed, aprovou o financiamento do Riociguat na Hipertensão...

O riociguat é o único tratamento aprovado até ao momento para utilização em dois tipos de Hipertensão Pulmonar (doença progressiva e potencialmente fatal): na Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica (HPTEC) inoperável (Grupo 4 OMS) e HPTEC persistente/recorrente, após cirurgia, para melhorar a capacidade de exercício, e na Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) (Grupo 1 OMS) para melhorar a capacidade de exercício.

Esta aprovação tem por base dois ensaios clínicos: CHEST-1 e PATENT-1 que atingiram os endpoints primários ao demonstrarem uma melhoria estatisticamente significativa na capacidade de exercício medida pelo teste de marcha de 6 minutos (TM6M).

O riociguat é o primeiro da classe dos estimuladores da guanilato ciclase solúvel (GCs) possuindo um mecanismo de ação único com potencial para superar limitações de outras terapêuticas aprovadas na HAP, incluindo a dependência de óxido nítrico (NO).

Para além disso, é o primeiro fármaco a demonstrar benefício clínico na HPTEC, onde até à aprovação do Riociguat não existia nenhuma terapêutica com esta indicação.

 

 

Doença prolongada, incurável e progressiva
Numa era onde o desenvolvimento e o progresso na área da saúde estão em alta, onde grande parte das

Infelizmente está ainda presente, de forma intrínseca, na maioria dos profissionais de saúde, que devemos “curar” todos os doentes e para nós o fato de não o conseguirmos é uma “falha” difícil de admitir.

Os cuidados paliativos são a “resposta ativa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e suas famílias” (Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos).

Não poderia deixar de reforçar que enquanto profissionais, temos Cuidar do doente de forma holística (ver o doente como um todo). Esta  forma de cuidar está diretamente ligada à forma de tratar do doente com humanização.

Seja ela a condição física ou psicológica pela qual esteja  a passar. O doente tem os seus direitos, deveres e vontades que devem ser avaliados por uma equipa verdadeiramente multidisciplinar que se coloca no lugar do doente.

Ainda existem muitos mitos e falsas definições de cuidados paliativos, cuidados paliativos não são cuidados terminais, não servem apenas para reduzir a dor e muito menos são locais onde se espera a morte.

Cuidados Paliativos, são provavelmente o melhor exemplo de humanização de cuidados. São prestados por profissionais devidamente treinados e atentos que atuam de forma preventiva nos diversos sintomas que o doente apresenta. Realizam estes cuidados sem nunca esquecer os cuidadores e familiares, envolvendo-os na equipa de prestação de cuidados.

Humanizar é tornar humano e esse deve ser sempre o mote para a prestação de cuidados, devendo estar a nossa atenção direcionada para o Doente e não apenas a Doença.

Em cuidados paliativos se não existir humanização, provavelmente não o são na sua definição.

Para se prestarem cuidados paliativos de qualidade devem ser tidos em conta diversos  focos:

  • Tornar mais humanos os cuidados prestados, respeitando a privacidade do doente, adequando o tratamento as necessidades do doente,  explicando os benefícios / efeitos secundários do tratamento a realizar, respeitando a decisão informada do doente quando rejeita um tratamento;
  • Informar e comunicar,  avaliando a vontade do doente, realizando ensinos com linguagem adequada ao perfil do doente…;
  • Envolver a participação do cuidador e sociedade que poderá resultar num acréscimo da qualidade de cuidados  e conforto para o doente e familiar;
  • Envolver uma equipa multidisciplinar onde todos podem acrescentar uma melhoria do cuidado para o doente.
  • Devem também ser criados espaços nas instituições, com acessibilidade e espaços funcionais nunca esquecendo o conforto e privacidade do doente.

É importante ter profissionais motivados para que os resultados sejam os melhores.

Obviamente existe muito para refletir no que concerne ao acréscimo de humanização em cuidados paliativos.

Neste momento onde a nossa sociedade progressivamente irá necessitar cada vez mais deste tipo de cuidados, o importante é começar o caminho da humanização.

Temos, por isso, que apostar mais no contacto com o doente, em realizar escuta ativa do doente e proporcionar o melhor conforto para o mesmo. Não poderemos esquecer obviamente todas as técnicas que a evolução da ciência nos trouxe, para que cuidar seja obviamente melhor a nível humano e científico. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudos revelam
O sumo de laranja é muitas vezes ponto de discórdia entre os profissionais de saúde, gerando diferentes opiniões, pouco...

De seguida são identificados cinco mitos e factos sobre esta bebida com 100% teor de fruta.

Mito 1: O sumo de laranja 100% contém corantes ou conservantes.

Facto 1: É proibido pela legislação europeia adicionar açúcares aos sumos de fruta 100% - nada é acrescentado, nada é retirado. Isto inclui açúcar, conservantes, corantes, estabilizadores e aromatizantes1.

Mito 2: O sumo de laranja 100% não contém polifenóis.

Facto 2: O sumo de laranja 100% é amplamente conhecido pelo seu teor em vitamina C e é uma das fontes mais ricas em hesperidina, polifenol que possui características anti-inflamatórias2 e pode contribuir para a elasticidade e tonicidade dos vasos sanguíneos3.

Mito 3: O sumo de laranja 100% contém muito açúcar

Facto 3: Estudos científicos têm demonstrado que os sumos de fruta 100% não têm um impacto negativo no perfil de açúcar no sangue e não aumentam o risco de diabetes tipo 24. Isto resulta do facto dos sumos de fruta 100%, nomeadamente o sumo de laranja, terem um baixo índice glicémico (IG) e uma carga glicémica baixa a moderada (CG). O açúcar que se encontra na fruta é o mesmo que se verifica no sumo de fruta 100%.

Mito 4: A inclusão do sumo de laranja 100% numa dieta equilibrada e saudável não é benéfica.

Facto 4: Os nutrientes do sumo de laranja 100% possuem três alegações de saúde autorizadas pela EFSA, pertencente à União Europeia5. A vitamina C contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico; o folato para um bom funcionamento cognitivo; e o potássio que contribui para a estabilização da pressão arterial e para o normal funcionamento dos músculos.

Mito 5: O processo de pasteurização e o armazenamento destroem os nutrientes presentes no sumo de laranja 100%.

Facto 5: Estudos6 revelam que os teores de vitamina C nos sumos de laranja 100% permanecem acima do nível legal para a alegação "rico em", mesmo após 56 dias de refrigeração.

Disclaimer: A compilação destes estudos foi efetuada no âmbito do Programa Fruit Juice Matters da AIJN – Associação Europeia das Indústrias de Sumos de Fruta. Todos os esforços foram feitos para garantir a verificação da informação. A documentação produzida pelo Programa destina-se apenas a profissionais de saúde.

Referências:

  1. https://aijn.eu/en/publications/key-eu-legislation/the-eu-fruit-juice-directive
  2. Rocha DMUP et al. (2017) Orange juice modulates proinflammatory cytokines after high-fat saturated meal consumption. Food Funct 8: 4396-4403.
  3. Morand C et al. (2011) Hesperidin contributes to the vascular protective effects of orange juice: a randomized crossover study in healthy volunteers. Am J Clin Nutr 93: 73–80.
  4. Xi B. et al. (2014) Intake of fruit juice and incidence of type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. PLoS ONE 9: e93471.
  5. http://ec.europa.eu/food/safety/labelling_nutrition/claims/register/public/?event=register.home
  6. Kindly provided by Dr Mari Cruz Arcas, AMC, Murcia, Spain.

 

No Porto
Especialistas partilham informação sobre cancro do pulmão em sessão de esclarecimento no Porto. Cancro do pulmão continua a ser...

Como se vive com cancro do pulmão, quais as terapêuticas disponíveis para o tratamento da doença, de que forma se pode melhorar a qualidade de vida dos doentes são algumas das questões em debate na Sessão de Esclarecimento sobre Cancro do Pulmão, uma iniciativa da Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão. No dia 17 de outubro, entre as 17h30 e as 19h00, o auditório do Centro Hospitalar Universitário do Porto transforma-se no palco de uma partilha de informações, com entrada livre.

A iniciativa, que se antecipa as comemorações do Mês do Cancro do Pulmão, assinalado em novembro, insere-se nas celebrações dos 10 anos de atividade da Pulmonale ao serviço da informação e esclarecimento sobre o cancro do pulmão.

De acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde, o cancro do pulmão continua a ser, em Portugal, o tumor maligno que mais vidas rouba. Uma tendência que é, de resto, global: segundo a Agência Internacional para a Investigação do Cancro, os cancros do pulmão e mama são os líderes em termos de número de novos casos. “Estes números justificam que se fale sobre o tema, que se reforce a informação sobre a doença, que continua a ser das que mais mata em Portugal”, refere Isabel Magalhães, presidente da direção da Pulmonale.

“Apesar da evolução no conhecimento sobre o cancro do pulmão, assim como nos seus tratamentos, há ainda muito trabalho a fazer na consciencialização da população em geral”, acrescenta a responsável.

16 de outubro | Dia Mundial da Coluna
Campanha Olhe pelas suas costas sensibiliza a população portuguesa para a prevenção e interpretação do tipo de dor que sente.

No âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se assinala a 16 de outubro, a Campanha Olhe pelas suas costas lança o alerta “Prevenir a dor de costas é sempre o melhor remédio”. Este tema tem como objetivo alertar para a importância duma atitude pró-ativa de cada um na prevenção das dores nas costas, que são um problema extremamente prevalente na população.

“Estima-se que as dores nas costas afetem 7 milhões de portugueses em algum momento da sua vida e isto é preocupante. As doenças da coluna vertebral são já a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o mundo. Se uma dor que é persistente e incapacitante for ignorada, pode resultar num problema potencialmente mais grave, ou até limitar o acesso a opções de tratamento mais simples”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da Campanha Olhe pelas suas costas.

A Campanha pretende destacar os diferentes tipos de dor nas costas, um mais frequente, de dor transitória que alivia em 3-4 semanas e outro mais persistente ou recorrente, com impacto na vida social e profissional e que se pode tornar crónica e incapacitante.

“Saber interpretar o tipo de dor nas costas é fundamental e sempre que esta se acompanha de dor ou falta de força num dos membros, se agrava durante a noite, se acompanha de febre ou perda de peso devemos procurar ajuda médica”, explica Bruno Santiago.

“Também os doentes com osteoporose, os que sofreram quedas recentemente ou que têm história anterior de um tumor também têm maior risco de ter uma lesão mais séria na coluna quando têm dores. O não ignorar destes sintomas  é o primeiro passo para proteger a nossa coluna”, refere o especialista.

Pretende-se sobretudo promover a educação para a saúde destacando a importância de pequenas mudanças no estilo de vida, através de conselhos, em primeiro lugar,  sobre a prática de exercício físico. “Os exercícios que contribuem para o fortalecimento dos músculos que dão suporte à coluna, feitos com regularidade, são a principal forma de mantermos uma coluna saudável, evitando dores, e melhorando muito a qualidade de vida. A natação, o pilates, as caminhadas ou exercícios específicos em ginásio são alguns exemplos. ”, conclui Bruno Santiago.

Outras recomendações úteis são as posturas corretas a adotar no dia-a-dia, o controlo do peso,  evitar o tabagismo, o cuidado com o transporte de sacos ou mochilas e a posição do pescoço na  utilização de smartphones e tablets.

Estes são apenas alguns exemplos das mensagens que esta campanha pretende passar aos portugueses.

A Campanha Olhe pelas suas costas este ano comemora 10 anos de existência o que ficará marcado pelo lançamento do novo site da campanha, onde é possível encontrar informação sobre diagnóstico, prevenção e tratamento das patologias da coluna vertebral, bem como informações sobre a incidência destas doenças em Portugal.

Esta campanha tem vários suportes com mensagens diferentes que podem ser vistos, durante várias semanas, nos transportes públicos – Carris, STPC e SMTUC, Metro do Porto e  Metropolitano de Lisboa, em mupis publicitários espalhados por Lisboa e Porto, em vários centros comerciais e também nas redes sociais da Campanha Olhe pelas suas costas.

A Campanha Olhe pelas suas costas vai promover ainda, no final do mês de outubro, uma iniciativa de esclarecimento e rastreio na zona norte do país, para o público em geral, através da qual os portugueses podem avaliar a saúde da sua coluna, numa altura em que os profissionais de saúde da especialidade se juntam também no VIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), que acontece na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, entre 31 de outubro e 2 de novembro.

Os rastreios acontecem de 29 de outubro a 1 de novembro em centros comerciais da zona norte do país e através do site e da página de Facebook da Campanha. “Todas estas ações de sensibilização e alertas são de extrema importância, mas é fundamental ter sempre em conta a necessidade de procurar o médico em caso de dor persistente, para que seja possível atuar numa janela temporal favorável ao tratamento mais adequado”, explica o neurocirurgião. 

Opinião
Hoje comemora-se o dia nacional do fisioterapeuta, mas o que é ser fisioterapeuta?

Em resposta a esta pergunta eu diria que se trata de um desafio da sociedade atual onde ser fisioterapeuta significa ter a capacidade e as competências para prestar um serviço a indivíduos e populações de forma a desenvolver, manter e restaurar o máximo movimento e capacidade funcional ao longo de todo o ciclo de vida. Por isso, a fisioterapia, é prestada em circunstâncias em que o movimento e a capacidade funcional são ameaçados pelo envelhecimento, por lesões, por doenças ou distúrbios, por condições ou fatores ambientais e com a compreensão de que o movimento funcional é fulcral para aquilo que significa ser saudável.

É missão do fisioterapeuta interagir e trabalhar num contexto de equipa com outros profissionais, por razões óbvias, com os doentes, familiares, cuidadores e comunidades onde o potencial de movimento é avaliado e os objetivos são acordados, utilizando conhecimentos próprios e técnicas exclusivas e particulares, nunca perdendo o foco na importância de identificar e maximizar a qualidade de vida e o potencial de movimento em contextos de promoção, prevenção, tratamento, habilitação e reabilitação tendo em conta e de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o individuo como um todo, numa abordagem holística e não biomédica, abrangendo o bem estar físico, psicológico, emocional e social.

A fisioterapia ou ser fisioterapeuta não se trata de uma moda trata-se sim de uma resposta social óbvia e responsável ás exigências cada vez maiores das nossas vidas que muitas das vezes nos conduzem ao limite, que nos transportam para um desequilíbrio interno desajustado com o ambiente que nos rodeia.

O fisioterapeuta e a fisioterapia foram ganhando espaço entre as profissões de saúde sendo hoje a terceira maior só ficando atrás da medicina e da enfermagem. Trata-se de uma profissão de saúde que se estrutura a partir de muitas outras, como as ciências da saúde, ciências sociais, humanas, da comunicação, da educação e do comportamento.

Na minha opinião a utilização do movimento e do exercício terapêutico ou clínico é a principal ferramenta do fisioterapeuta coadjuvado ainda no conhecimento, domínio e utilização dos agentes físicos, da hidroterapia, termoterapia, eletroterapia entre outros recursos que potenciam a recuperação do movimento e a redução da dor.

O fisioterapeuta, para além dos conhecimentos e competências que a licenciatura que lhe confere, pode e deve realizar formação avançada e pós-graduada adquirindo competências próprias e mais específicas para prestar cuidados junto de populações específicas entre as quais se destacam as áreas de: Cardio-respiratória, Cuidados Continuados e paliativos, cuidados de saúde primários, dermatofuncional, desporto, envelhecimento, hidroterapia, músculo-esquelética, neurologia, pediatria, pessoas com amputações, saúde da mulher e saúde mental.

Resumindo o fisioterapeuta forma-se e desenvolve competências para ser um profissional de primeiro contato, mas talvez mais importante do que isso seja o fato de se enquadrar em equipas interdisciplinares tornando-se num recurso de referência na área da reabilitação, por isso fisioterapia só com fisioterapeutas!

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Opinião
Enquanto profissional de saúde, o internista é um especialista que assume um papel fundamental não a
Perna de mulher com varizes

O tromboembolismo venoso é uma doença cardiovascular, que engloba a trombose venosa profunda, a qual ocorre quando se forma um trombo ou um coágulo nas veias, provocando uma obstrução e impedindo a correta circulação de sangue; e a embolia pulmonar, em que um coágulo se desprende ou fragmenta, deslocando-se até aos vasos dos pulmões. Esta última, quando não diagnosticada e tratada a tempo, pode ser fatal.

Para evitar este cenário, é importante conhecer os sintomas associados a esta complicação. No caso da trombose venosa profunda, a sintomatologia mais comum consiste no inchaço, dor, calor e rubor da perna. Já a embolia pulmonar pode não apresentar quaisquer sintomas, como pode, em contrapartida, manifestar-se através da falta de ar, dor no peito, palpitações ou perda de consciência.

Atualmente estima-se que uma em cada quatro pessoas morre de causas relacionadas com o tromboembolismo venoso. São fatores de risco para esta doença: internamento ou cirurgia recentes; mobilidade reduzida; idade avançada (mais de 60 anos); antecedentes pessoais ou familiares de tromboembolismo venoso; neoplasia (tumor) ativa; trombofilia (doença que promove a formação de coágulos sanguíneos); uso de medicação com estrogénios, como a pílula e a terapêutica hormonal de substituição na menopausa; obesidade; gravidez e período pós-parto e o consumo de tabaco e álcool.

Perante todos os fatores de risco, importa ter uma especial atenção para aqueles que podem ser preveníveis, nomeadamente os internamentos ou cirurgias, uma vez que até cerca de 60 por cento de todos os casos de tromboembolismo venoso ocorrem durante ou após um internamento hospitalar.

Desta forma, se for internado ou tiver uma consulta marcada com o seu médico, aproveite para questioná-lo a respeito do seu risco de desenvolver tromboembolismo venoso, bem como para discutir os riscos, sinais e sintomas e, se for o caso, as opções de prevenção adequadas.

O tratamento tanto da trombose venosa profunda como da embolia pulmonar consiste na anticoagulação e, dependendo da gravidade do caso, podem ser necessários mais tratamentos invasivos. No que respeita à sua duração, esta deve ser individualizada, sendo em regra de pelo menos três meses, podendo prolongar-se, se se justificar.

A prevenção é método mais eficaz e é neste processo que o Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar pretende intervir junto da população, sobretudo junto de quem tem um ou mais dos factores de risco citados. Desta forma, tome atenção as seguintes recomendações:

  • Avise sempre o seu médico que teve um tromboembolismo venoso no passado;
  • Mantenha-se ativo, praticando exercício físico regularmente e evitando a imobilização prolongada;
  • Mantenha um estilo de vida saudável, nomeadamente uma alimentação pobre em gorduras, açúcares e sal, e reduzir ou cessar o consumo de tabaco e álcool;
  • Se for internado ou efetuar uma cirurgia, questione o médico relativamente à prevenção desta doença;
  • Se efetuar uma viagem longa de avião (superior a 4 horas) consulte o seu médico;
  • Cumpra rigorosamente o tratamento indicado;

Para mais informações, consulte o site da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, na informação ao cidadão.

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Tratamento de varizes: mitos e realidades

Doença Venosa Crónica

Acupunctura para tratar varizes

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Doenças reumáticas
Trata-se de uma doença reumática inflamatória, relativamente comum, e que atinge as pessoas com mais
Dores nas costas

Uma palavra para descrever uma doença reumática menos frequente que a osteoartrose e a osteoporose, mas que é frequente nos idosos.

Falemos da Polimialgia reumática (PMR) que se manifesta com dor e limitação nos ombros e nas ancas, afetando seriamente a autonomia destes doentes e que se acompanha de manifestações gerais e sistémicas com febre habitualmente baixa, perda de peso e do apetite, acompanhadas de alteração do humor e depressão. O envolvimento da coluna cervical acompanha muitas vezes o quadro inicial.

Na observação clínica, estes doentes apresentam grande dificuldade dos movimentos ativos, particularmente na elevação dos ombros e dificuldade em se levantarem repetidamente de uma cadeira sem apoio.

Rapidamente perdem autonomia, não conseguindo levantar os braços, pentearem-se ou calçar os sapatos. Esta limitação contrasta com a facilidade com que o médico mobiliza passivamente as mesmas articulações diferenciando-se assim do quadro clínico da Artrite Reumatoide e de outros reumatismos inflamatórios.

A prostração com fadiga intensa e a perda de peso podem fazer pensar em doenças malignas mas é a dor e a incapacidade que dominam o quadro.

Do ponto de vista laboratorial a velocidade sedimentação (VS) e a proteína C reativa (PCR) estão habitualmente muito elevadas, como acontece em quadros inflamatórios agudos ou infecciosos com anemia presente.

Uma prova terapêutica com corticoesteroides em dose média ou média alta provoca uma rápida resposta clínica em apenas alguns dias. 20% destes doentes podem ter associado um quadro de arterite temporal com dor, tumefação e edema da artéria temporal superficial e/ou claudicação da fala, por arterite de células gigantes. Esta apresentação pode acompanhar-se de uma inflamação do nervo ótico com evolução rápida para a cegueira irreversível.

O diagnóstico clinico é feito pela história que o doente nos conta que sugere doença muito ativa e agressiva, contrastando com a facilidade e ausência de dor nos movimentos feitos pelo médico sem a colaboração do doente (movimentos passivos). A ocorrência de anemia com VS e PCR elevadas em doente idoso admitem o diagnóstico que se confirma com a prova terapêutica com corticoides que numa semana recuperam surpreendentemente o doente.

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«As doenças reumáticas são mais comuns do que se julgava», afirma especialista

Doenças reumáticas são o principal motivo de consulta nos cuidados de saúde primários

Dor em reumatologia

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Patologias atingem mais de metade dos portugueses
As doenças reumáticas (DRM) incluem mais de 150 doenças ou síndromes e cada vez mais portugueses são afetados por uma delas. Os...

A Organização Mundial da Saúde estima que as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas representam cerca de metade da prevalência de doenças crónicas em pessoas com idade acima dos 50 anos e são a categoria mais destacada no grupo das doenças não transmissíveis. Portugal não escapa a esta tendência já que os números associados a algumas das mais de 150 doenças ou síndromes de natureza reumática são significativos, quer ao nível do número de pessoas afetadas, quer no impacto provocado na economia da saúde pública, representando custos para o Estado acima dos mil milhões de euros.

De acordo com os dados da Rede Referenciação Hospitalar de Reumatologia relativos a 2015, em Portugal, mais de metade (51,8%) da população não tem acesso à especialidade de reumatologia, pelo que os especialistas apelam à necessidade de “reforçar o número de unidades hospitalares com serviço de Reumatologia e de quadros técnicos e recursos humanos especializados. Sem esquecer a importância que atribui ao diagnóstico precoce das DRM, como é o caso da Artrite Reumatoide cujo diagnóstico precoce pode representar uma poupança média anual por cada novo caso de, aproximadamente, 30%”.

Segundo Luís Cunha Miranda, Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia “a falta de planeamento e vontade política tem sacrificado a vida plena de milhares de doentes reumáticos que não têm acesso à especialidade”.

Apenas cinco hospitais no país têm o quadro completo de especialistas: são eles o Hospital de Santa Maria, o Centro Hospitalar Lisboa Oeste, o Hospital Garcia da Orta, o Ponte de Lima e o Hospital S. João. 16 hospitais não têm sequer a especialidade.

Os custos para o Estado com doentes que sofrem de DRM ultrapassam os mil milhões de euros, só na vertente laboral e de segurança social. Mas os números são mais abrangentes uma vez que também envolvem, aproximadamente, 204 milhões de euros, anuais devido ao absentismo e 910 milhões de euros devido a reformas antecipadas. Estima-se que os doentes afetados com DRM tenham uma despesa individual com a doença na ordem dos 500 euros, por oposição aos 250 euros gastos com saúde pelos indivíduos que não sofrem de DRM.

A SPR defende que “a solução para o problema será a criação de um novo plano nacional de saúde para estas doenças, que decorreu de 2004 a 2016 e que deixou inexplicavelmente de existir e a implementação da Rede de Referenciação Hospitalar de reumatologia, atualizada em 2015, que carece de execução e que o deveria ser conforme propostas concretas que a Sociedade Científica fez ao Ministério da Saúde, ACSS e ARSs”.

 

Conselho de Enfermeiro
As pessoas mais velhas, principalmente depois dos 75 anos, têm maior risco de cair e de ter fraturas

Para sua proteção siga os seguintes conselhos:

  • Use calçado seguro, isto é, bem preso ao pé e com sola antiderrapante.
  • Cuidado com os chinelos
  • Utilize uma luz de presença à noite em sua casa
  • Conheça os efeitos dos medicamentos que toma, por exemplo se está a tomar algum medicamento à noite que o faça urinar; veja com a sua equipa de saúde se é possível alterar a hora
  • Mantenha os tapetes e fios fixos em sua casa e o chão seco e livre de obstáculos
  • Faça um rastreio à sua visão e audição
  • Muito importante é também a prática de ATIVIDADE FÍSICA REGULAR de intensidade moderada, durante pelo menos 30 minutos, vários dias por semana, como por exemplo uma caminhada.

Seja saudável! Proteja-se, e evite quedas.


*Um Conselho de Enfermeiro é um espaço da responsabilidade da Secção Regional Centro da Ordem dos Enfermeiros.

Saiba mais na página: https://www.facebook.com/OrdemEnfermeirosSRCentro/

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Opinão
A obesidade é um problema que atinge todos os países no mundo.

A obesidade calcula-se através da medida do Índice de Massa Corporal que se encontra através da divisão do peso em quilos pela altura ao quadrado, dando-nos assim um score, cujo valor médio varia entre 18,5 e 24,9 e 30 kg´s/m2. São considerados obesos grau I entre 30,1 e 34,9 e entre 35 e 39,9 obesidade grau II. Acima dos 40 é obesidade de grau III ou mórbida.

O número da população obesa total no Mundo é de aproximadamente 2 biliões de pessoas e, cerca de 3 milhões morrem anualmente com esta doença. Em relação à diminuição da esperança de vida neste grupo de pessoas, existe também a diminuição da qualidade de vida pois esta encontra-se bastante afectada pela existência de várias doenças associadas. Algumas que podem afetar estas pessoas como a doença cardiaca, a diabetes, apneia de sono, osteoartrite, doença renal, hipertensão arterial e mesmo determinados cancros onde impera a discriminação e onde a auto-estima se encontra num patamar muito baixo, levando à falta de realização social.

O tratamento da obesidade, depois de descartadas todas as suas causas, passa sempre por alterações comportamentais. É por isso um tratamento multidisciplinar que engloba uma alteração dietética, psicológica, e por vezes cirúrgica, com intervenções de Gastrenterologia a intervenções de Cirurgia Geral quando as duas primeiras falham em fazer perder peso, que é essencial para melhorar a qualidade e aumento da esperança de vida das pessoas.

 

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Saúde Mental
Apesar da sua gravidade, raramente um doente com uma perturbação de personalidade procura ajuda tera
Homem depressivo com as mãos na cara

Personalidade é a forma como cada um de nós pensa, sente e age, trata-se de um conjunto de caraterísticas que nos distingue dos outros e nos torna únicos. Assim sendo, podemos dizer que a nossa Personalidade é o resultado de várias influências sejam elas do meio em que nascemos, da genética que carregamos ou das experiências que vamos acumulando ao longo dos anos.

Porém, quando  determinados traços de Personalidade se tornam inflexíveis podemos falar em perturbações da Personalidade. O efeito principal destas perturbações faz-se sentir na forma de pensar, no estado de humor, nos relacionamentos interpessoais e ainda no controlo de impulsos.

A perturbação da Personalidade é estabelecida quando se cumprem determinados critérios, sendo eles, o desvio marcado de traços personalísticos causando sofrimento no próprio e naqueles com quem interage, a transversalidade a várias situações e dimensões da vida da pessoa e ainda o facto das características serem globais, estáveis e reconhecíveis desde o final da adolescência.

Estas Perturbações são comumente dividas em três grupos: ao grupo A pertencem as perturbações cujos pacientes têm comportamentos estranhos ou excêntricos; do grupo B fazem parte os pacientes com comportamentos dramáticos, emocionais ou erráticos; já  o grupo C é caracterizado por pacientes com comportamentos ansiosos ou apreensivos.

Não obstante a gravidade deste tipo de perturbações, é raro estas serem o principal motivo e queixa clínica para a procura de ajuda terapêutica e consequente marcação de uma consulta de avaliação e diagnóstico. Na sua grande maioria são os sintomas ansiosos ou depressivos que levam uma pessoa a procurar tratamento psicoterapêutico. E neste sentido é preciso abordar a importância de uma avaliação profunda que pode mesmo chegar à conclusão que o problema reside, não de uma perturbação de personalidade cujo diagnóstico assenta numa rigidez de pensamento e num padrão inadequado de comportamentos, mas sim em comportamentos e pensamentos negativos do domínio ansioso e/ou depressivo.

Nestes casos em particular, é muito importante que se estabeleça um plano psicoterapêutico que permita ao paciente obter alterações duradouras e significativas não só dos seus comportamentos e emoções como também dos  pensamentos que lhe estão a provocar sofrimento.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doentes crónicos e terminias
Em vésperas do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que se assinala este sábado, dia 12 de outubro, o presidente da Associação...

Estima-se que em Portugal existam cerca de 800 mil cuidadores informais, isto é, indivíduos que cuidam em sua casa de pessoas dependentes sem qualquer tipo de apoio ou sequer proteção social. “A regulamentação deste Estatuto é fundamental para que estas pessoas possam começar a usufruir dos apoios e da proteção definidas pela Lei n.º 100/2019”, refere o também médico e docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

“O cuidador informal assume-se como uma peça-chave na prestação de cuidados, sendo o elo de ligação ao pessoal clínico para que todo o processo de cuidado funcione da melhor forma”, sublinha Rui Nunes. Para o presidente da APB, “estas pessoas acabam por, também elas, carecer de apoio e cuidados, pois, não raras vezes, têm uma ligação afetiva e emocional muito forte ao doente”.

Recorde-se que no passado mês de julho o Parlamento aprovou a criação do Estatuto do Cuidador Informal, o qual institui várias medidas de apoio ao cuidador, desde subsídios por assistência à 3.ª pessoa até apoios sociais para a compra de equipamentos ou apoio domiciliário. O diploma foi publicado no início de setembro em Diário da República e o Governo dispõe, a partir dessa data, de quatro meses para regulamentar o estatuto.

“Julgo ser importante alertar para esta regulamentação para que possamos prestar melhores cuidados aos doentes crónicos e terminais”, alerta Rui Nunes. Para o professor da FMUP, “é sobretudo uma questão de dignidade humana e de justiça social que está em jogo”. “Estamos a falar de pessoas que na maioria dos casos abdica da sua vida pessoal e profissional para cuidar do bem-estar de doentes de cuidados paliativos”, acrescenta.

Recorde-se que a atividade das pessoas que cuidam em casa de idosos, de indivíduos com demência ou com doenças crónicas e de crianças com patologias graves valerá em Portugal quase 333 milhões de euros por mês, cerca de 4 mil milhões de euros por ano. Este é o valor económico das horas de trabalho dos cuidadores informais estimado num estudo recente pedido pelo anterior Governo.

 

Visão
A presbiopia é uma consequência natural do envelhecimento.
Homem com dificuldade visual para ler livro

"Quando leio, os braços ficam cada vez mais esticados".

É assim que, frequentemente, as pessoas afetadas descrevem o fenómeno da presbiopia, também designada de presbitismo. Para, por exemplo, conseguir ler claramente as letras num livro, é necessário mantê-lo bem afastado dos olhos e, muitas vezes, os braços não são suficientemente compridos.
A presbiopia é uma mudança fisiológica que ocorre com a idade em que a flexibilidade do cristalino diminui, e é um fenómeno inevitável. Com o avançar da idade, o cristalino perde elasticidade, e o poder de acomodação dos olhos reduz-se. Para além disso, o músculo ciliar perde a capacidade de se contrair para movimentar as cartilagens do cristalino.

O valor de refracção dos olhos é medido em dioptrias. Aos 40 anos de idade, este valor é, em média, de 6 dioptrias. Até aos 48 anos, este valor diminui para cerca de 3 dioptrias e, aos 64 anos, é de apenas 1 dioptria. Os sintomas da presbiopia podem, portanto, começar a fazer-se sentir a partir dos 40 anos. Contudo, o momento exato do seu aparecimento depende de diversos outros factores, tais como os erros de refracção. Assim, uma pessoa míope, por exemplo, só necessita de correção mais tarde, uma vez que no seu caso o cristalino não precisa de se arquear tanto para se adaptar à proximidade como no caso de uma pessoa com hipermetropia.

Quais as causas da presbiopia?

Um olho saudável acomoda-se perfeitamente à refracção da luz, tanto ao perto como ao longe. À medida que envelhece, o cristalino torna-se menos elástico e, ao mesmo tempo, os músculos oculares perdem flexibilidade. O olho perde a capacidade de focar nitidamente as imagens dos objetos próximos, porque estas se formam atrás da retina e não sobre ela.

Embora o resultado desta anomalia seja semelhante ao da hipermetropia, as causas são diferentes.

Quais os sinais de alerta?

  • Dores nos olhos durante a leitura;
  • Impossibilidade de focar os objetos que se encontram mais próximos durante períodos prolongados;
  • As letras impressas só são claramente reconhecidas quando mantidas suficientemente afastadas dos olhos;
  • Dores de cabeça;
  • Os olhos ficam rapidamente cansados;
  • Vista desfocada

Como pode ser corrigida?

Lentes bifocais

Para a correção da presbiopia utilizavam-se, até há pouco, as lentes bifocais. Estas lentes dispõem, na parte inferior, de uma porção de potência apropriada para leitura e visão de perto, separada por uma linha. Aliás, foi Benjamin Franklin que descobriu as lentes bifocais, quando tentava encontrar uma solução prática para o seu problema de visão. Entretanto, existem já as lentes progressivas, que não corrigem apenas a visão de perto e a de longe, mas também todas as áreas intermédias. Nestas lentes já não se vê a linha de separação.

Óculos de leitura

Aqueles que não são míopes nem presbitas, podem corrigir a presbiopia com óculos de leitura. Estes são compostos de lentes de foco único e possibilitam uma boa visão de perto. As pessoas com miopia podem também usá-los em conjunto com lentes de contacto. Os óculos de leitura não devem ser comprados em qualquer lado, mas antes indicados pelo seu oftalmologista à sua situação individual, de forma a evitar a ocorrência de "efeitos secundários" indesejáveis (como dores de cabeça) decorrentes de uma correção inadequada.

Lentes de contacto

A presbiopia também pode ser corrigida através de lentes de contacto bifocais especiais, que possibilitam uma visão clara em todas as direções.

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Visão
No Dia Mundial da Visão, Fernando Falcão Reis, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), relembra que a...

“A assistência oftalmológica em Portugal tem sido desde sempre assegurada por oftalmologistas e as longas listas de espera para uma consulta da especialidade hospitalar resultam de uma opção política e não na falta de oftalmologistas. Em Portugal existem mais de 1.000 oftalmologistas, o que dá um ratio aproximado de 1 médico por 10.000 habitantes o que coloca Portugal entre os países da Europa com mais oftalmologistas, bem acima do ratio recomendado pela Organização Mundial de Saúde de 1 por 15.000 habitantes. Ao contrário do divulgado, formar mais oftalmologistas não resolverá o problema das listas de espera se os novos médicos optarem, como tem acontecido até à data, por abandonar SNS. Parece evidente que a solução passa por envolver os médicos que estão fora do SNS na prestação de cuidados de saúde primários,” começa por explicar o presidente da SPO.

“Nos últimos anos tem havido uma indisfarçável pressão em várias frentes, também na frente política, para incluir a classe dos técnicos optometristas na área da prestação dos cuidados da saúde. Os auto designados ‘especialistas da visão’, apesar da usurpação do termo especialista, habitualmente percebido em contexto de saúde como sinônimo de médico, e da ambiguidade da palavra visão, na confusão que gera com ‘aparelho visual’ não conseguiram conquistar a confiança da população. Falta de confiança que se explica na base das várias insuficiências que os técnicos exibem pela ausência de formação médica adequada. Falta de confiança que radica, também e sobretudo, na ligação entre os técnicos optometristas e a atividade comercial nas lojas de óculos,” acrescenta.

A SPO considera que a presença constante de entrevistas e de artigos sobre patologias oculares assinados por estes ‘especialistas da visão’ nos meios de comunicação social constitui uma ameaça à saúde pública. E, segundo explica o representante da SPO: “não só pelas imprecisões, quando não erros científicos, que propalam. Mas sobretudo porque tem sido preocupante verificar que a presença mediática tem tido como objetivo, não o esclarecimento das pessoas, mas tão somente promover a atividade dos inúmeros consultórios de ‘especialistas’ espalhados por todo o país”

“Zelar para que não seja posta em risco a saúde das pessoas é um dever a que SPO está obrigada por estatuto. Assim, é neste contexto, de defesa da saúde ocular dos portugueses, que a SPO decidiu avançar com a associação COESO – Consultórios de Especialistas de Oftalmologia.”

Fernando Falcão Reis explica que a COESO persegue 3 objetivos principais:

  • Incentivar a abertura e instalação de consultórios privados autónomos e independentes através da facilitação do início da actividade de jovens especialistas fornecendo apoio para a abertura de consultórios em todo o território nacional.
  • Criar uma rede de consultórios, agregando o maior número de oftalmologistas de modo a garantir uma efetiva cobertura nacional. Está já desenvolvida, e pronta a funcionar a partir de janeiro de 2020, uma aplicação de marcação de consultas para os médicos aderentes. Qualquer pessoa em qualquer parte do país pode encontrar um especialista por geo-localização ou por nome do médico especialista.  Deste modo as pessoas terão a certeza de ser atendidas por um médico especialista e não por um ‘especialista da visão’.
  • Estabelecer um protocolo com o SNS de modo a garantir uma consulta de proximidade a toda a população portuguesa. Argumentos a favor do estabelecimento de um tal protocolo não faltam. Regiões com menos de 15.000 pessoas, afastadas dos principais centros urbanos, sem oferta de serviços de oftalmologia no SNS ou nos hospitais privados estão condenadas a ver perpetuada esta situação por incapacidade do Estado e desinteresse dos privados. Os custos com deslocações constituem um fardo para os doentes e um encargo assinalável para o Estado. Custos que ultrapassam em muito o custo previsível de uma consulta. A triagem pré-hospitalar passaria a ser feita efetiva e eficazmente. O seguimento após intervenções hospitalares passaria a ser feito em proximidade. Os optometristas que dão “consultas” que podem colocar em perigo a visão, ou mesmo a saúde dos doentes, seriam menos procurados.

A SPO está certa que “O ministério da Saúde não deixará de se pronunciar sobre o potencial de um projeto como este que a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, por intermediação da COESO, consubstancia. A COESO aspira a ser o interlocutor que o Ministério da Saúde deseja para a implementação da, sempre adiada, rede nacional de cuidados primários em oftalmologia a que todos portugueses tenham acesso.”

 

Tratamento pós-transplante
No âmbito do Dia Europeu da Doação de Órgãos e Transplante, que se assinala no próximo dia 12 de outubro, a Associação de...

Existe ainda uma resposta insuficiente da parte dos organismos públicos, com listas de espera longas que acarretam custos avultados a quem opta por realizar o tratamento no privado

Em 2017 foram feitos 34 transplantes pulmonares, mais do dobro de 2015. Este aumento do número de transplantes, apesar de positivo, torna difícil a resposta após a alta hospitalar. O Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) é o único onde são efetuados os transplantes pulmonares em Portugal. “Apesar do número de transplantados pulmonares em 2018 não superou o número do ano anterior, 2019 está a superar as expectativas”, afirma Manuel Francisco presidente da ATPP.

“A Reabilitação Respiratória é um tratamento recomendado no pré e no pós-transplante, mas nem todos os transplantados pulmonares têm acesso a esta terapia, principalmente após a alta hospitalar. As listas de espera são demasiado elevadas para quem precisa de cuidados diários a este nível e o SNS não consegue dar uma resposta eficaz”, acrescenta o presidente da ATPP.

“Um maior envolvimento e sensibilização da comunidade médica e dos prestadores de saúde na comunidade para esta problemática torna-se imprescindível, de forma a aumentar a qualidade de vida dos transplantados pulmonares, através de uma referenciação mais eficaz para centros de Reabilitação Respiratória”, conclui o presidente da associação. 

O transplante pulmonar está indicado em doentes com doença pulmonar crónica terminal sob terapêutica médica otimizada e que não apresentem contraindicações. Devem ser considerados os doentes que tenham uma elevada morbilidade por doença pulmonar mas também com grande probabilidade de sobrevida após o transplante.

De acordo com dados apresentados pelo último relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, o Programa de Transplante Pulmonar tem crescido de forma consistente nos últimos dez anos. Num total de 208 transplantes pulmonares, 192 foram realizados desde 2008. Tem-se verificado um aumento gradual de transplantes e em 2017 foram efetuados 34 (3,4/milhão de habitantes) colocando o CHLC ao nível daqueles que mais transplantam a nível internacional.

O último Relatório de análise da capacidade instalada de reabilitação respiratória nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, elaborado pela Direção Geral de Saúde, conclui que os programas de Reabilitação Respiratória atualmente existentes são insuficientes para dar resposta à população de doentes elegíveis para beneficiar deste tratamento. Entre as causas apontadas para esta insuficiência destacam-se o número reduzido de centros, a sua centralização nas instituições hospitalares e, em muitos casos na sua fraca capacidade instalada, no que se refere à captação de doentes. No mesmo relatório considera-se necessária uma maior capacidade de resposta ao nível da oferta de Reabilitação Respiratória em Portugal, embora o reforço dos serviços existentes e/ou sua ampliação possa representar uma dificuldade de natureza orçamental, face aos recursos necessários (humanos, financeiros e de infraestruturas).

Para fazer face às necessidades previsíveis seria necessário uma mudança de paradigma neste tipo de reabilitação em Portugal, com evolução para a prestação de Reabilitação Respiratória na comunidade, com outros parceiros, possibilitando a prestação deste serviço em contextos alternativos mais próximos do doente, tais como os Cuidados de Saúde Primários, a comunidade ou mesmo o próprio domicílio, com uma interação continuada entre o doente, o seu médico e as equipas de reabilitação.

Opinião
As doenças oftalmológicas são frequentes em pessoas de qualquer idade, desde as crianças até aos ido

Na criança, a detecção precoce de condições que possam dificultar o normal desenvolvimento da visão pode levar a ambliopia, em que há uma perda de visão que poderia ser prevenida caso tivesse havido uma detecção e tratamento precoces. A ambliopia pode ser uma consequência do estrabismo, de opacidades do olho (como a catarata congénita) ou de erros refractivos não corrigidos (habitualmente com óculos). Todas estas condições podem ser identificadas precocemente e o seu impacto na visão radicalmente diminuído. Nos primeiros meses e até ao primeiro ano de vida, esta avaliação é muitas vezes realizada pelos pediatras e médicos de família. No entanto, aos 3 anos e antes da entrada no 1º ano da escolaridade obrigatória deve haver uma avaliação por Oftalmologia para poder identificar (e tratar) alterações que prejudiquem o desenvolvimento da visão da criança. 

Também no adulto, há várias doenças oculares que é importante serem identificadas precocemente. As três principais doenças no nosso país que podem levar a perda de visão são a diabetes ocular, o glaucoma e a degenerescência macular da idade. A catarata é também frequente, mas, na grande maioria dos casos, a perda de visão é reversível com cirurgia.

Infelizmente, nem todas estas doenças levam a sintomas numa fase precoce da doença. O glaucoma, por exemplo, que leva a perda irreversível da visão, normalmente não dá sintomas até fases avançadas da doença. Por isso mesmo, é de extrema importância uma detecção precoce para que se possa prevenir essa perda visual.

A melhor forma de cuidar da sua Saúde Visual é através de avaliações regulares por Oftalmologia. Estas devem ser regulares nas crianças jovens, e no adulto deve haver uma avaliação oftalmológica completa aos 40 anos de idade, quando sinais precoces das doenças podem já existir. Caso haja história familiar de doenças oculares ou doenças como diabetes esta avaliação deve ser realizada mais cedo. Após essa idade, se tudo estiver bem, convém ter avaliações anuais ou bianuais após os 60-65 anos de idade, quando aumenta o risco de desenvolver doenças oculares. 

No próximo dia 10 de Outubro, Dia Mundial da Visão, vão decorrer por todo o país várias ações de rastreio oftalmológico onde pode conhecer melhor o estado da sua Saúde Visual.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Obesidade
A dias de se assinalar o Dia Mundial da Obesidade e num momento em que a percentagem de obesidade, em conjunto com excesso de...

Para assinalar este momento, nos próximos dias 10 e 11, o HCV promove, nas suas instalações em Benfica, uma ação de sensibilização com rastreios gratuitos ao controlo de peso em que todos são convidados a saber seu risco de doença metabólica.

Segundo Rodrigo Oliveira, coordenador do departamento de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do HCV, “obtivemos este reconhecimento de centro multidisciplinar de tratamento da obesidade porque dispomos de infraestruturas físicas, recursos técnicos e humanos capazes de proporcionar uma resposta eficaz ao nível de avaliação, tratamento e acompanhamento completo de casos graves de obesidade. A nível de recursos humanos, o centro é composto por cirurgião geral e do aparelho digestivo, anestesistas, enfermeiros, endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, e outras tantas especialidades como pneumologia, cardiologia, psiquiatria ou cirurgia plástica quando o caso se justifica.”

O coordenador acrescenta ainda que “decidimos também promover estes rastreios pois uma das primeiras formas de inverter os elevados números de obesidade em Portugal é dar importância do correto diagnóstico e tratamento da doença. Não tenho dúvidas que esse é o primeiro passo para o tratamento adequado e que esse passo pode ser dado aqui no HCV.”

 

Diagnóstico e tratamento
É considerado um tumor raro antes dos 40, estimando-se que atinja duas vezes mais os homens, sobretu
Médico a realizar ecografia renal

O cancro dos rins é uma neoplasia maligna que afeta as células dos túbulos renais, com compromisso da função renal e que, em casos avançados, pode atingir órgãos distantes.

Embora a sua incidência seja variável, têm-se assistido, nos últimos anos, a um aumento do número de casos, estimando-se que o tumor renal represente cerca de “2 a 3% de todos os tumores sólidos possíveis no corpo humano”.

De acordo com Tiago Bilhim, Radiologista de Intervenção, “a incidência tem aumentado à custa do maior uso de técnicas de imagem radiológicas como a ecografia e a tomografia computorizada”. É que, embora as causas ainda sejam desconhecidas, existem alguns fatores de risco que parecem contribuir para o desenvolvimento da doença, como a exposição a agentes de contraste radiográfico.

Tabagismo, obesidade, diabetes ou a hipertensão arterial, assim como o uso crónico de analgésicos e história familiar da doença são outros dos fatores a ter em consideração.

Existem ainda algumas condições genéticas que predispõem a estes tumores. “Como a doença de Von Hippel-Lindau (VHL) e quando o gene da proteína plybromo-1 (PBRM-1) está afetado”, revela o especialista. Estes casos representam “uma minoria de todos os tumores renais” e são mais frequentes entre os 35 e os 40 anos de idade.

Entre os subtipos mais frequentes de cancro renal, estão os carcinomas com origem em células epiteliais - carcinoma de células renais ou células claras, papilares e cromofóbo – e que representam cerca de 85% de todos os tumores.

“Os restantes 15% dos tumores renais são: de células de transição (8%), nefroblastoma (5 a 6%), tumores dos ductos coletores (<1%), sarcomas (<1%) e carcinomas medulares renais (<1%)”, acrescenta o radiologista.

Maioria dos tumores do rim é diagnosticada de forma “acidental”

Atualmente, com a maior facilidade de realização de exames de imagem como a ecografia e a tomografia computorizada (TC), a maioria dos tumores do rim é diagnosticada de forma acidental, quando, por meio destes métodos de diagnóstico, se investigam queixas não relacionadas com o tumor do rim. Isto acontece porque, habitualmente, estes tumores não apresentam sintomas nas suas fases mais iniciais. Em estádios mais avançados podem cursar com dor lombar, presença de sangue na urina e massa abdominal palpável ou visível.

Febre, anemia e perda acentuada de peso podem estar presentes em alguns casos, pelo que devem servir de alerta de modo a permitir o diagnóstico atempado da doença.

“Apesar da maioria dos tumores renais levar anos a crescer, quanto mais cedo for identificado, maior a probabilidade de cura completa e menor o risco de o tumor voltar a aparecer ou e de se desenvolver doença à distância, com metástases noutros órgãos como o pulmão, cérebro ou ossos”, alerta Tiago Bilhim.

O seu diagnóstico é feito com recurso a técnicas de imagiologia como a ecografia, a tomografia computorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). “Para avaliar a extensão do tumor e excluir metástases deve ser realizada um TC e/ou RM para melhor avaliação antes do tratamento”, acrescenta o especialista em radiologia de intervenção.

Quanto ao seu tratamento, existem várias técnicas que podem ser utilizadas. É o caso da cirurgia com remoção total do rim ou do tumor indicada sobretudo para tumores com mais de 3 centímetros.

“Para tumores renais até 3 centímetros, a ablação percutânea pode ser a melhor opção de tratamento”, admite Tiago Bilhim referindo que “as técnicas minimamente invasivas guiadas por imagem, como a ablação por tomografia computorizada, são uma alternativa emergente que demonstrou ser segura e eficaz”, em tumores de pequenas dimensões. A vantagem é que esta técnica apresenta menos complicações e possibilita uma recuperação mais rápida, com menos dor e com menor risco de hemorragia do que a cirurgia. Pode ainda ser realizada em regime de ambulatório.

“Quando realizada por médicos radiologistas de intervenção com experiência em ablação de tumores é bastante segura e eficaz”, afiança o especialista.

Já a embolização arterial, feita para impedir a continuidade da irrigação sanguínea do tumor, “poderá estar indicada antes da cirurgia para reduzir a perda de sangue e facilitar o ato cirúrgico”. Pode ser utilizada ainda em situações em que o tumor cresceu demasiado e não é possível ser removido cirurgicamente para controlar a perda de sangue na urina.

No entanto, casos há em que basta manter o tumor sob vigilância. “Os tumores renais crescem muito lentamente na vasta maioria dos doentes, pelo que, em situações específicas, poderá optar-se por vigiar antes de tratar”, explica acrescentando que cabe aos especialistas em urologia e radiologia de intervenção “avaliar qual será a melhor opção de tratamento em cada caso”.

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