Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca
Iniciativa inédita a nível mundial, o curso SAVIC (Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíac

Este modelo formativo foi desenvolvido por um grupo de médicos brasileiros do estado de São Paulo e rapidamente granjeou enorme sucesso, tendo sido apadrinhado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e mais tarde pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) decidiu integrar o SAVIC na Academia Cardiovascular da SPC, que assumiu a responsabilidade da organização do projeto SAVIC em Portugal.

Com o explícito objetivo de promover a internacionalização do modelo SAVIC para a Europa e tirando partido das excelentes relações entre a SBC e a SPC, foi proposta à SPC uma parceria para o desenvolvimento do projeto SAVIC luso-brasileiro. Assim, depois de uma delegação da SPC ter tido oportunidade de frequentar um curso de SAVIC no Rio de Janeiro, em Setembro de 2013, foram definidas as etapas seguintes conducentes à implementação do projeto SAVIC luso-brasileiro.

Em Abril de 2014, no decurso dos trabalhos do XXXIV Congresso Português de Cardiologia, realizou-se o primeiro curso SAVIC em Portugal, que contou com a participação como formadores dos cardiologistas brasileiros mentores do projeto SAVIC original e editores do manual SAVIC.

A partir dessa data, o curso SAVIC, em mais de 50 edições, já treinou mais de 700 médicos portugueses, com a particularidade de levar a formação a vários pontos do país, realizando cursos localmente nos hospitais e faculdades portuguesas.

A expansão do projeto para os Estados Unidos da América está em curso pela mão dos especialistas brasileiros, tendo sido realizada recentemente uma formação SAVIC no estado da Carolina do Norte (Wake Forest Baptist Medical Center), bem como para Angola, onde foram formados mais de 80 médicos em Luanda no passado mês de Novembro. Em Portugal, o desenvolvimento do programa tem passado por desdobramentos do curso SAVIC, como é disso exemplo o curso “SAVIC Consultório”, em que é abordado o seguimento do doente em ambiente de ambulatório (consulta externa e hospital de dia) dirigidos a todos aqueles que seguem estes doentes.

Organização do curso SAVIC

Sistematizar procedimentos é uma das formas mais eficazes de melhorar o manuseio de uma doença e este é o objetivo do SAVIC, idealizado para rever conceitos e treinar uma abordagem padronizada de atendimento útil na imensa maioria dos casos.

Num ambiente confortável e informal, durante 5 horas, realiza-se uma palestra conceitual, seguida de estações de treino prático e de discussões de casos, focando o diagnóstico e o tratamento desde os casos mais simples aos mais complexos.

O curso é composto por aulas práticas e teóricas, que têm como base um material didático com metodologia própria, para que o acesso às informações dadas durante o curso seja de fácil entendimento.

O curso SAVIC é divido em três etapas:

  1. Fase Inicial – compreende as 24 horas iniciais do atendimento, nas quais o doente ainda está no Serviço de Urgência.
  2. Fase Intermediária – compreende um período de tempo longo variável que vai das 24 horas iniciais às 24 horas antes da alta do doente.
  3. Fase Tardia – compreende as 24 horas finais do internamento e a preparação para a alta, e o que deve ser feito no ambulatório para minimizar os re-internamento

Organização do curso SAVIC – Consultório

Desenvolvido posteriormente e já implementado no Brasil há alguns anos, o projeto SAVIC Consultório complementa o bem-sucedido SAVIC na abordagem ao doente com insuficiência cardíaca crónica. O SAVIC Consultório tem como objetivo principal abordar os quadros de insuficiência cardíaca crónica, indicando a melhor conduta e como implementá-la para que se obtenham os resultados desejados. Essa forma é focada no médico em ambulatório e dirige-se a profissionais de diversas áreas, como a cardiologia, a medicina interna e a medicina geral e familiar.

Divide-se em dois momentos:

  • Diagnóstico e Intervenção
  • Intervenção e Seguimento
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SNS
A medicina de precisão vai estar em destaque no próximo dia 11 de dezembro, no Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa, com a...

À semelhança do que se verifica em vários países dentro e fora da Europa, Portugal deve definir uma estratégia de implementação da medicina de precisão, um conceito que olha para as especificidades de cada doente, permitindo melhorar a rapidez e eficácia dos diagnósticos, evitando a prescrição de terapêuticas desnecessárias, ineficazes e dispendiosas. O que se traduz, a nível económico, numa utilização racional e eficiente dos recursos disponíveis, diminuindo o desperdício e custos associados a tratamentos ineficazes e respetivos efeitos secundários. As vantagens a nível social são também evidentes, aumentando-se o bem-estar dos doentes.

Os desafios que se colocam ao sistema de saúde nacional, assim como a melhor forma de implementar esta estratégia vão ser apresentados, em forma de uma agenda estratégica que, mais do que a definição de objetivos aponta um caminho para tornar a medicina de precisão uma realidade em Portugal.

Para aceder à agenda siga o link: https://apah.pt/pec-events/agenda-estrategica-para-o-futuro-da-medicina-de-precisao-em-portugal/

 

Grupo de Reflexão
A Ordem dos Nutricionistas acaba de criar uma Comissão de Jovens que vai funcionar, já a partir deste mês, como grupo de...

“Foi uma das medidas apresentadas no nosso programa eleitoral e, até ao momento, temos verificado que há muita expetativa sobre esta Comissão de Jovens Nutricionistas. É muito importante envolvermos os mais novos, que são o futuro da nossa profissão”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
 
Durante os próximos anos, Alexandra Bento pretende centrar-se na proximidade com os membros e na empregabilidade, tendo destacado o “emprego jovem” como principal bandeira deste mandato.
 
Para além da Comissão de Jovens, a Ordem vai proceder a uma reavaliação das características do estágio profissional de acesso, com o objetivo de certificar que, com o mesmo, os candidatos adquirem a formação profissional, ética e deontológica exigida para o adequado exercício da profissão de nutricionista, equacionando a implementação de medidas que permitam uma otimização do processo com concomitante diminuição dos custos associados ao acesso à profissão.
 
Recorde-se que, segundo o Observatório da Profissão, 42% dos nutricionistas tem menos de 30 anos, 90% são do sexo feminino e 47% dos nutricionistas tem formação pós-graduada (mestrado, doutoramento ou formação não conferente de grau). No que respeita ao setor de atividade, apenas 30% dos nutricionistas trabalham no setor público e 8% no setor social, sendo que os restantes 62% trabalham no setor privado.
 

Inovação
A OrCam MyEye foi selecionada pela revista TIME como uma das 100 melhores de invenções de 2019. Este dispositivo tecnológico de...

A OrCam MyEye foi selecionada pela revista TIME como uma das 100 melhores de invenções de 2019. A coletânea anual da conceituada revista norte-americana pretende destacar as invenções que de alguma maneira “estão a tornar o mundo melhor, mais inteligente e, por vezes, até mais divertido”.

De modo a materializar a lista de melhores invenções da TIME, a revista pediu nomeações a editores, correspondentes e através de uma candidatura online, em vinte categorias distintas. Cada concorrente foi, após candidatura, avaliado em alguns fatores-chave tais como originalidade, eficácia, ambição e influência. Desta forma, na categoria “Acessibilidade” a OrCam foi uma das quatro invenções distinguidas.

“Estamos verdadeiramente honrados que a nossa solução OrCam MyEye tenha sido distinguida como uma das melhores invenções de 2019, na categoria de Acessibilidade”, disse o Professor Amnon Shashua, co-fundador e co-CEO da OrCam Technologies. “Apreciamos profundamente o reconhecimento da TIME relativamente à capacidade de mudar vidas da OrCam. Fomos pioneiros nesta inovação com o objetivo de a tornar uma ‘inteligência artificial de companhia’ para ajudar diretamente as pessoas invisuais, com dificuldades visuais, de leitura ou mesmo disléxicas.”

Sem fios, leve e do tamanho de um dedo, o dispositivo de tecnologia pioneira OrCam MyEye lê texto impresso e digital de qualquer superfície em voz alta – em tempo real. Esta capacidade, possibilitada graças a avançada inteligência artificial, torna acessível a leitura de texto em jornais, livros, computadores, smartphones e etiquetas de produtos de supermercado. Algumas características adicionais da solução de assistência passam pelo reconhecimento facial e identificação de cores, notas (dinheiro) e códigos de barras.

Fabio Rodriguez, country manager da OrCam em Portugal e Espanha, dá conta que esta “é uma distinção extremamente importante que não podia vir em melhor altura, já que no dia 3 de dezembro se celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Temos sempre o cuidado de trabalhamos em proximidade com os parceiros locais para nos certificarmos que trazemos esta tecnologia aos cidadãos com dificuldades de visão, e neste caso, estamos entusiasmados porque a população portuguesa já pode adquirir este aparelho, que tem a capacidade de mudar vidas.”

O OrCam MyEye adere magneticamente às hastes dos óculos do utilizador e foi concebido pelas mentes mais experientes nas áreas de Machine Learning e Computer Vision para ser intuitivo e fácil de utilizar para pessoas com dificuldades de visão. O aparelho é o único dispositivo de visão artificial wearable ativado apenas por um gesto de apontar ou apenas por seguir o olhar do utilizador – o que permite uma utilização mãos-livres.

Uma das mais importantes características da solução passa por não necessitar de ligação à internet para funcionar, preservando totalmente a privacidade de dados dos seus utilizadores.

Sessão "Pergunte ao especialista"
A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) organiza a 6 de dezembro, no Palácio Baldaya, o convívio de Natal ...

“Atualmente existe uma tendência crescente para procurar informação sobre certas patologias na internet e muitas vezes não são utilizados sites fidedignos. Através da renovação do nosso site queremos ajudar quem procura informação e disponibilizar conteúdos corretos e validados por especialistas. O site está pensado para cuidadores e doentes e permite que se aceda a informação clara, de uma forma rápida e funcional”, explica Ana Botas, presidente da APDPk.

O mote do convívio espelha o lema da associação “Diz não ao isolamento” e conta com vários momentos de partilha de experiências de doentes e cuidadores. O Natal é, para a maior parte da população, um momento de partilha e de convívio mas, para muitos doentes de Parkinson, esta é uma época que leva ao isolamento, devido aos vários efeitos da doença.

“Cada vez mais a partilha de informação sobre a Doença de Parkinson a doentes, familiares e cuidadores assume maior relevância na abordagem desta doença. A doença afeta não apenas o doente, mas também todos os que o rodeiam. Sendo uma doença que se manifesta de formas diferentes e que apresenta sintomas nem sempre facilmente compreendidos pelos familiares, tudo o que possa ser feito para informar a comunidade e esclarecer dúvidas é muito bem-vindo. Convido assim todos os envolvidos nesta Doença a virem colocar as suas dúvidas neste convívio de Natal da APDPk, para desta forma podermos entreajudar-nos nesta causa que nos motiva”, refere o neurologista Joaquim Ferreira, Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, Diretor do CNS – Campus Neurológico e membro do Conselho Científico da APDPk. 

A sessão “Pergunte ao Especialista” conta com a presença de vários especialistas da área da neurologia, psicologia, fisioterapia e terapia da fala. A participação no convívio é gratuita, mas de inscrição obrigatória, pelo contacto 939 053 378.

Comunidades locais
O projeto “Perto de si, pela Sua Saúde!” desenvolvido pela Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) acaba de...

O valor da bolsa permitirá que a APLL chegue, através de  palestras, workshops, materiais informativos e atividades, aos doentes hemato-oncológicos durante o próximo ano, em especial à população mais idosa e com menos acesso à informação. A Bolsa Celgene 2019 está integrada no projeto “Prémios Celgene de Incentivo às Iniciativas Centradas na Pessoa Doente”, criado em 2017, parte do Change Makers&Patient Partners, o programa internacional de responsabilidade social da companhia.

“Perto de si, pela Sua Saúde!” é um projeto que visa o bem-estar físico e psicológico dos doentes hemato-oncológicos através de ações de promoção de literacia em saúde junto da população. A APLL quer aproximar-se da população através da presença em 15 feiras de saúde organizadas por vários municípios em todo o país no decorrer de 2020. “O objetivo é informar a população sobre as doenças hemato-oncológicas, porque informar significa capacitar estas pessoas para uma melhor gestão da sua doença. Além das necessidades clínicas, existem outras questões que, quando devidamente abordadas, contribuem para um tratamento integrado e uma reabilitação mais eficaz destes doentes”, afirma Isabel Barbosa, presidente da APLL.

É através de palestras, workshops e atividades que o projeto pretende manter os doentes oncológicos, em especial os hemato-oncológicos, informados acerca dos seus direitos, deveres e novos tratamentos, bem como sobre formas de lidar com a doença através da partilha dos testemunhos de outros doentes. A juntar à componente informativa e formativa, serão dinamizadas atividades ao ar livre para alertar os doentes e os seus familiares sobre a importância da prática de exercício na melhoria da qualidade de vida.

“Este projeto surgiu quando a APLL percebeu como a sua presença em feiras de saúde era importante para as comunidades locais, algumas distantes dos centros urbanos, que muitas vezes não tinham um acesso facilitado à informação ou não se sentiam à vontade para esclarecer as suas dúvidas junto dos médicos” explica a presidente da associação. “Perto de si, pela Sua Saúde!” vem reforçar a concretização dos objetivos da APLL, uma vez que permite apoiar e esclarecer as pessoas que têm uma doença oncológica do sangue, de uma forma mais próxima e, por isso, mais eficaz”, acrescenta.

Katherine Stultz, VP Country Manager em Espanha e Portugal, relembra que “felizmente, os avanços e a pesquisa científica permitem melhorar cada vez mais a qualidade de vida dos doentes e aumentar a sua esperança de vida. Mas quando procuramos por esses benefícios para os doentes, não pensamos apenas nos avanços clínicos: existem outros aspetos importantes que precisam de ser abordados para que se alcance uma melhoria mais profunda na qualidade de vida dos doentes. Neste sentido, o projeto vencedor destacou-se pela sua abordagem integrada e próxima, em resposta às necessidades não clínicas dos doentes. A APLL vai desenvolver atividades de apoio físico e psicológico e promover a troca de informação, em várias feiras de saúde organizadas em diferentes cidades, para melhorar a qualidade de vida dos doentes. Estas ações vão ajudar a esclarecer dúvidas e incentivar a participação social, reduzindo o isolamento dos doentes e das suas famílias.”

“A Celgene está empenhada em melhorar a vida das pessoas com doença e a atribuição da bolsa é uma das formas pelas quais a Celgene consegue incentivar a investigação e a implementação de iniciativas centradas no doente que visem a satisfação das suas necessidades não clinicas”, sublinha. Katherine Stultz agradece ainda “a participação dos candidatos dos 19 projetos submetidos, pelas suas excelentes iniciativas e pelo mérito e importância que os seus projetos têm para o bem-estar e qualidade de vida dos portugueses que vivem com doença”.

 

Adesão à terapêutica
Arrancou este domingo, 1 de dezembro, o programa que permite que as pessoas portadoras do vírus VIH/Sida do Centro Hospitalar...

O Dia Mundial de Luta Contra a Sida foi a data escolhida para o arranque do Farma2Care, que numa primeira fase irá abranger os portadores de VIH/Sida e, durante o primeiro trimestre de 2020, doentes com esclerose múltipla. Posteriormente, será estendido a doenças oncológicas, medicamentos para transplante renal e hemofilia.

«Este projeto tem uma dimensão pedagógica sobre o VIH/Sida. Ajuda a normalizar a doença, desmistificando-a e quebrando o estigma, além de permitir o tratamento num ambiente mais informal», afirma Armando Guimarães, do Grupo de Activistas em Tratamento (GAT).

A medida abrange os distritos de Viana do Castelo e Braga e os concelhos de Maia, Valongo e Porto. Neste momento, 101 farmácias do distrito de Braga aderiram à iniciativa. Mas a ideia é ir mais longe.

«É uma visão integrada de toda a medicação que os utentes têm de cumprir. O objetivo é que daqui a um ano esteja presente em todas as zonas do país», declarou o presidente da ANF, Paulo Cleto Duarte, durante a cerimónia de lançamento.

Uma visão partilhada pelo responsável do Farma2Care do CHUSJ, Carlos Lima Alves, que sublinhou a existência de projetos similares em Lisboa e em Coimbra: «a nossa missão é melhorar a qualidade de vida dos utentes».

De facto, dar maior liberdade de escolha e promover a adesão à terapêutica são os principais objetivos do Farma2Care, resultado de uma parceria com o CHUSJ, a Ordem dos Farmacêuticos (OF), a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) e Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Diogo Gouveia da ADIFA, Ana Paula Martins, da OF, e Fernando Araújo, do CHUSJ, disponibilizaram todo o «conhecimento, vontade e tecnologia» de cada uma das suas áreas para garantir o sucesso da iniciativa, que contará com o olhar atento do INFARMED.

«Vamos avaliar os resultados e apresentar as nossas conclusões ao Governo, logo no início do próximo ano», disse o presidente do organismo, Rui Santos Ivo, explicando que pretende «criar um modelo standard para alargar o projeto a todos os distritos».

 

Prevenir a Diabetes
Programa mundial de parcerias presente em 26 cidades (Lisboa é a 26ª) pretende reduzir a curva de crescimento da prevalência da...

Lisboa é a 9.ª cidade europeia a juntar-se ao programa internacional Cities Changing Diabetes, cujo objetivo é travar o aumento da diabetes em todo o mundo, contribuir para reduzir os novos casos de diabetes e evitar mais de 100 milhões de novos casos de diabetes até 2045. A diabetes é um problema de saúde pública que continua a aumentar em todo o mundo e coloca em risco a vida de milhões de pessoas e pode implicar custos de 1 mil milhões de euros por ano até 2045.

O projeto Cities Changing Diabetes, que tem como pressuposto que o crescimento da prevalência da doença não é inevitável, chega agora a Lisboa, com a assinatura de um Memorando de Entendimento de Cooperação subscrito pela Câmara Municipal de Lisboa, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, a Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas e a Novo Nordisk Portugal.

O acordo prevê que as partes envolvidas desenvolvam expandam, em conjunto, atividades que abordem o desafio da diabetes na cidade de Lisboa. Para o município, o projeto representa uma oportunidade para alcançar o seu objetivo de melhorar a vida das pessoas com diabetes e de quem está em risco de desenvolver esta doença que se estima que atinja mais de 10,5% da população da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Com dois terços das pessoas com diabetes a viver em meios urbanos, as cidades têm um papel fulcral no combate à doença. Se nada for feito espera-se que, em todo o mundo, 736 milhões de adultos sofram de diabetes e 1,4 mil milhões de adultos tenham obesidade até 2045. A obesidade é um dos principais fatores de risco modificáveis no que respeita à diabetes e o objetivo é reduzi-la em 26% até 2045. O projeto Cities Changing Diabetes permitirá que as entidades envolvidas trabalhem em colaboração com parceiros no sentido de mapear, partilhar e agir perante o desafio da diabetes em meios urbanos.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, refere que “é com enorme satisfação que vemos Lisboa integrar esta iniciativa internacional que apela ao papel ativo das cidades no combate à diabetes. Hoje em dia sabe-se que o estilo de vida urbano, com uma alimentação hipercalórica, o sedentarismo, o stress, as escolhas alimentares pouco saudáveis, entre outros, está muito associado a uma maior incidência da diabetes, obesidade e outras doenças associadas pelo que urge combater esta tendência”. “É com muito prazer que agradecemos a todos os nossos parceiros nesta iniciativa e aplaudimos a decisão da Câmara Municipal de Lisboa, enquanto principal autoridade da cidade, de conduzir o Cities Changing Diabetes Lisboa e juntarem-se à rede internacional desta iniciativa”, conclui.

Já Manuel Grilo, Vereador do Pelouro da Educação e dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa defende que “a Câmara Municipal acolhe de braços abertos o projeto Cities Changing Diabetes, porque nos revemos nos princípios que norteiam esta iniciativa: para nós é fundamental promover a saúde da população da nossa cidade e diminuir a incidência de uma doença que se estima que atinja 10,5% da população lisboeta.”

“O aumento da diabetes não é sustentável – seja para  a sociedade, os sistemas de saúde, as empresas ou mesmo a economia. A medicina desempenha um papel crucial no tratamento da diabetes, mas se queremos travar o aumento catastrófico desta doença, tem de haver um foco na prevenção e no estilo de vida. Devemos trabalhar juntos em projetos sociais para controlar a epidemia da diabetes, caso contrário, a doença colocará em risco a viabilidade dos próprios sistemas de saúde”, afirma Anja Salehar, diretora-geral da Novo Nordisk Portugal.

No futuro, todos os parceiros que queiram contribuir para este mesmo objetivo – reduzir a prevalência da diabetes em Lisboa através da sua prevenção e melhoria dos cuidados associados - podem associar-se a esta iniciativa contribuindo da forma que lhes seja mais adequada. Todos são bem-vindos!

A Novo Nordisk deu início ao programa Cities Changing Diabetes em 2014, em parceria com a University College London e o Steno Diabetes Center Copenhagen. A Cidade do México foi a primeira a juntar-se em 2014 e atualmente 26 cidades de todo o mundo integram esta iniciativa, adotando novas ações na área da promoção da saúde e do planeamento urbano para compreender o desafio da diabetes em cada cidade.

Inquérito
Um inquérito promovido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), junto de unidades de saúde e hospitalares, vem demonstrar...

A SPO inquiriu as unidades de saúde e hospitalares em Portugal para avaliar os recursos disponíveis na área do Cancro Hereditário. Os resultados mostram que os Hospitais do SNS, na sua maioria, têm as condições técnicas para a abordagem e seguimento das principais síndromes hereditárias de cancro. Contudo, apenas 45,2% das unidades têm uma estrutura multidisciplinar organizada para o seguimento das famílias com Cancro Hereditário.

«Nas unidades em que não é possível dar seguimento às famílias com Cancro Hereditário, é necessário recorrer à referenciação/complementaridade de cuidados, sobretudo ao nível da genética médica. É uma área que requer melhor organização nacional e circuitos de referenciação bem definidos. Os resultados que obtivemos neste inquérito permitem-nos conhecer melhor a realidade portuguesa e definir uma melhor estratégia de atuação para melhorar a qualidade da Oncologia em Portugal», afirma Gabriela Sousa, médica oncologista e membro da SPO, uma das responsáveis pela promoção deste trabalho.

A EVITA (Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes Relacionados com Cancro Hereditário) também irá divulgar no Congresso Nacional de Oncologia os resultados do inquérito complementar que promoveu recentemente junto de doentes oncológicos e portadores de mutação saudáveis. Uma iniciativa única em Portugal, desenvolvida em colaboração com a consultora IQVIA, que tem como objetivo apurar as principais dificuldades sentidas antes e após a realização do teste genético* (preditivo e/ou diagnóstico).

Na análise das conclusões deste inquérito, percebe-se que 78% dos inquiridos com história familiar de cancro não chegaram a realizar teste genético. Este número pode ser explicado por não haver indicação formal para este estudo médico, ou pela dificuldade na acessibilidade à consulta de genética médica e ainda a falta de informação ou desconhecimento acerca dos testes genéticos.

Entre os inquiridos submetidos a teste genético, 76% referiram que foram aconselhados por um médico especialista ou por um familiar, no contexto do estudo da família, e 60% destes já tinham diagnóstico de cancro quando o fizeram – dos três em cada quatro inquiridos, que receberam um resultado positivo, 92% viram a sua família ser referenciada para consulta genética.

Entre os inquiridos pela EVITA, dos que responderam que fizeram teste genético e tiveram resultado positivo, 67% efetuaram ações preventivas, como cirurgia preventiva ou vigilância mais intensiva.

Este inquérito procura identificar as principais áreas de melhorar, como a celeridade do processo e a informação sobre os riscos, consequências, tratamento e follow-up.

«Pela primeira vez temos uma perspetiva global sobre o Cancro Hereditário no nosso país, o que nos permite identificar mais facilmente as lacunas no encaminhamento e acompanhamento dos portadores de mutação genética, ainda saudáveis ou já doentes. Na promoção da prevenção e do diagnóstico precoce, dois pilares fundamentais da sustentabilidade, urge aumentar o número de portadores identificados antes da manifestação da doença e acompanha-los da melhor forma possível», comenta Tamara Milagre, presidente da Associação EVITA.

O inquérito “O Panorama do Cancro Hereditário em Portugal” foi preparado pela IQVIA para a EVITA e envolveu 611 inquiridos. Já o inquérito promovido pela SPO teve a participação de 31 unidades de saúde / hospitais.

Estudo
A conciliação da vida profissional, familiar e pessoal é tema dominante quando se fala de ter filhos

O último estudo divulgado pela Base de Dados de Portugal Contemporâneo revela que a maioria da população portuguesa trabalha a tempo inteiro, 89,5% dos homens e mulheres. Entretanto, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que Portugal tem uma das maiores desigualdades salariais entre géneros. A fim de aprofundar esta situação, o Yoopies realiza um estudo com mais de 1.000 trabalhadores a tempo inteiro a explicar por qual razão o equilíbrio entre a vida profissional e familiar continua a ser um desafio e por que a diferença salarial entre homens e mulheres permanece tão grande.

Diferença de remuneração entre géneros, diferença de remuneração entre pais e mães, ou ambos?

A conciliação da vida profissional, familiar e pessoal é tema dominante quando se fala de ter filhos ou fazer crescer a família, além de ser fator determinante para a organização social e económica das sociedades atuais. Sendo assim, uma das prioridades estabelecidas pela Comissão Europeia no âmbito da igualdade entre homens e mulheres. No entanto, Portugal ainda apresenta uma das maiores desigualdades salariais entre géneros. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os homens portugueses ganham em média mais 22,1% do que as mulheres. Só o Chile (23,7%) e a Estónia (25,7%) têm fosso salarial pior que o de Portugal, sendo a média mundial de 18,8%1.

A disparidade salarial entre homens e mulheres tem sido tema constante nas últimas décadas, e muito tem sido feito para reduzir esta diferença. Das principais iniciativas legislativas em relação a igualdade salarial destaca-se a Lei n.º 60/20182,que estabelece novas dimensões no contexto da política de transparência salarial, sendo um dos mecanismos para a igualdade de remuneração o direito a qualquer trabalhador de solicitar à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego um parecer sobre a existência de discriminação salarial em razão do sexo.

No que diz respeito às iniciativas não legislativas, há o projeto Plataforma e Norma da Igualdade, para implementar um processo conducente à igualdade de remuneração entre homens e mulheres; o Dia Nacional da Igualdade Salarial, celebrado todos os anos a fim de sensibilizar a opinião pública e inverter a diferença persistente entre a remuneração dos homens e mulheres; e a Campanha Nacional pela Igualdade Salarial - Eu mereço igual, apresentada em junho de 2019, mas que está de regresso neste mês de novembro para sensibilizar, esclarecer e motivar a sociedade para uma mudança de paradigma.

Mas embora tudo isto contribua para a redução da disparidade salarial, ainda existem fatores sociais que impedem as mulheres, e em particular as mães, de alcançarem uma verdadeira igualdade no local de trabalho e melhor progressão em suas carreiras. O estudo do Yoopies, em colaboração com a LabRH, que envolveu 1.322 trabalhadores de ambos os sexos e pertencentes a diferentes sectores profissionais e grupos etários, destaca algumas das dificuldades que podem prejudicar a progressão das mulheres no mercado de trabalho e ajuda a explicar melhor por que as carreiras das mulheres muitas vezes estagnam ou até mesmo declinam.

A desigualdade em casa traduz-se em desigualdade no local de trabalho: cerca de 74% das tarefas domésticas são realizadas por mulheres

Os papéis de género na família são um dos maiores factores que contribuem para a desigualdade que as mulheres sofrem na progressão das suas carreiras. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, desde 2011 que Portugal é um dos países onde há maior diferença de género em relação a divisão das tarefas domésticas6. Um estudo realizado este ano pela Fundação Francisco Manuel dos Santos mostra que as mulheres continuam a fazer 74% das tarefas domésticas. O estudo apresenta um retrato composto por mulheres que acumulam várias tarefas e esforçam-se para conciliar numerosas funções. Esta situação alerta para a exaustão diária como um dos efeitos do absentismo laboral, além de contribuir negativamente para a taxa de natalidade, para os sistemas de proteção social, para a educação das crianças e dos jovens e nos índices de divórcio.

De modo complementar, estes factores podem fazer com que muitas mulheres tenham de enfrentar constantemente a carga de trabalho mental, termo usado para descrever uma situação de pressão psicológica dada pela sobrecarga de responsabilidades domésticas, familiares e pessoais. Esta condição mental, muitas vezes difícil de reconhecer, mas extremamente comum, representa não só uma fonte de stress e desconforto para muitos trabalhadores, mas é muitas vezes um verdadeiro obstáculo para o avanço e evolução das carreiras.

Em outras palavras, a carga mental consiste em ter sempre, num canto da cabeça, obrigações e responsabilidades domésticas, familiares e pessoais, como por exemplo: encontrar uma babysitter para sábado à noite, selecionar uma pessoa para limpar a casa, procurar um pet sitter para deixar o cão durante as férias e ao mesmo tempo pensar na compra ou na factura que tem de pagar. Estas preocupações, como infelizmente ainda acontece, são um pouco maiores para as mulheres, que têm de cuidar de aproximadamente 74% das tarefas diárias, como referido anteriormente.

Carga mental: o equilíbrio entre a vida profissional e familiar não é suficientemente apoiado

A investigação exclusiva do Yoopies revela que 94% dos trabalhadores estão a gerir alguns aspetos da sua vida privada no trabalho e 78% do tempo está relacionado com os filhos. Estes colaboradores observam que isto contribui para maior stress, aumento da fadiga e menor motivação, além de afetar negativamente o desempenho no trabalho: 67% dos trabalhadores consideram que estas situações prejudicam a eficiência no trabalho, 87% afirmam que são consideravelmente afetados por esta situação e 44% acreditam que a carga mental é a causa do atraso nas tarefas e projetos de trabalho a realizar.

Por último, 1 em cada 5 colaboradores já teve algum problema com superiores na gestão dos problemas pessoais e cerca de metade dos colaboradores entrevistados disseram-nos que a sua empresa não tem uma solução formal para os ajudar a lidar com questões pessoais. Entretanto, existem muitas soluções para ajudar os trabalhadores a gerir mais facilmente aspetos da vida doméstica e os empregadores têm de estar mais abertos a considerar o equilíbrio entre a vida profissional dos funcionários. Não só para melhorar a felicidade, a produtividade e a qualidade de vida dos seus trabalhadores, mas também para contribuir para uma verdadeira mudança social que reduza algumas das causas das disparidades salariais entre homens e mulheres.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) volta a promover o Mês da Medicina Interna, em dezembro, com o objetivo de...

“A Medicina Interna é a maior Especialidade Hospitalar em Portugal, com 2.600 internistas inscritos na Ordem dos Médicos, o que corresponde a 12,6 por cento de todos os especialistas do Hospital. Tem do seu lado profissionais competentes, que desenvolvem as suas funções assistenciais em diversos setores, mas que nunca deixam de ver o doente como um todo. É por isso que são os que melhor podem aconselhar os hábitos de vida, que promovem a saúde e evitam a doença”, afirma João Araújo Correia, Presidente da SPMI e Internista há 26 anos.

“Nós, os internistas, distinguimo-nos dos especialistas médicos de órgão pelas nossas funções, que nos tornam especialmente capazes no tratamento do doente complexo, polimedicado e pluripatológico, em qualquer cenário hospitalar, e é a isso que devemos a nossa importância”, acrescenta.

Atualmente os serviços de Medicina Interna têm uma lotação de 5.000 camas, cerca de 30 por cento do total hospitalar, com uma taxa de ocupação que ultrapassa os 100 por cento. Estes serviços são responsáveis por 42 por cento das altas médicas hospitalares, 23 por cento do total do SNS. Os serviços de Medicina Interna recebem anualmente 70 por cento dos internamentos por AVC, 80 por cento dos internamentos por insuficiência cardíaca, pneumonias, DPOC e Lúpus.

Dezembro é um dos meses de maior movimento nos hospitais, pelo aumento das doenças. O Serviço de Urgência, onde os pacientes contam com os especialistas em Medicina Interna, assiste anualmente a uma subida dos números relativos à sua lotação.

A par de ser o Mês da Medicina Interna, o último mês do ano ficará também marcado pelo 68º aniversário da SPMI, comemorado a dia 14. Sessenta e oito anos após a sua fundação, a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna é filiada na Sociedade Internacional de Medicina Interna e membro da Federação Europeia de Medicina Interna, contando já com cerca de 3000 sócios, que lhe valeram o estatuto de maior Sociedade Científica Médica Portuguesa.

Impacto no quotidiano
Dos 700 mil asmáticos em Portugal, estima-se que cerca de 35 mil sofram com asma grave, uma patologia limitante. Mas, até que...

A asma grave tem um forte impacto no quotidiano de quem vive com esta patologia. Tarefas simples podem revelar-se verdadeiros desafios e o medo de complicações, como constipações ou infeções respiratórias graves, é uma constante. É por isso importante não só conhecer a realidade destes doentes e o seu dia-a-dia, mas também discutir formas de aumentar a sua qualidade de vida, que pode passar por um acompanhamento e tratamento mais personalizados.

Neste seguimento, e após a apresentação do contexto nacional a cargo de João Fonseca, especialista em Imunoalergologia e investigador do CINTESIS, o evento contará com a discussão sobre os “desafios e oportunidades para o sistema de saúde”, num painel que contará com a presença de membros da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Asmáticos.

O evento é dirigido ao público em geral e a profissionais de saúde, com entrada gratuita, mediante inscrição em viversemfolego.eventbrite.pt

Assita ao trailer do documentário: 

Evento
Em Portugal, mais de 70 mil pessoas vivem com artrite reumatóide. A biópsia sinoval, exame que permite diagnosticar mais cedo a...

O evento, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, contará ainda com a participação de Manuel Sobrinho Simões e Maria Carmo-Fonseca, cientistas e investigadores mundialmente reconhecidos e com vários prémios nacionais e internacionais, e que farão as suas intervenções sobre “Da inflamação à neoplasia: primado da medicina narrativa” e “Medicina de precisão”, respetivamente. 

Recorde-se que a artrite reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica, que pode ocorrer em todas as idades, afetando sobretudo as estruturas articulares e periarticulares. Quando não tratada precoce e corretamente, a artrite reumatóide acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho.

 

Opinião
Passados mais de 30 anos do início da epidemia da infeção VIH/SIDA, talvez tenhamos a tentação de pe

Ainda que o número de infeções tenha reduzido significativamente, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) referentes a 2018, percebermos que há 37,9 milhões de pessoas que vivem com o VIH, sendo que 1,7 milhões são infeções de novo (em 1997 atingimos o pico de 2,9 milhões). Ainda há caminho a percorrer para atingirmos as metas definidas pela OMS dos 90-90-90 para 2020, isto é, 90 por cento das pessoas que vivem com o vírus estarem diagnosticadas, 90 por cento dessas em tratamento e dos que estão em tratamento 90 por cento com carga viral indetetável.

Em Portugal, o panorama é mais animador e parece-nos estarmos a atingir as metas. Assim, nos dados nacionais referentes a 2017, 91,7 por cento das pessoas que vivem com o vírus estão diagnosticadas, 86,8 por cento dessas estão em tratamento e 90,3 por cento têm carga viral indetetável. Mas não podemos parar por aqui, até porque novas metas estão lançadas: os 95-95-95 até 2030!

Temos de continuar a apostar na prevenção, de modo a que as pessoas infetadas se possam proteger a si mesmas e proteger os outros. É importante o diagnóstico precoce, disponibilizando testes de rastreio, sem que haja lugar a qualquer tipo de discriminação ou de estigma. Hoje, felizmente, há a possibilidade de fazer esses testes nos serviços de saúde, nos CAD (Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce), em muitas organizações da comunidade e, mais recentemente, de os adquirir nas farmácias de ambulatório.

Não é demais salientar a importância dos diagnósticos precoces, até porque apesar do número de infeções em Portugal ter diminuído significativamente, a taxa de diagnóstico tardio da doença é no nosso país uma das mais altas da União Europeia. De referir ainda a necessidade do rastreio de outras infeções que muitas vezes acompanham esta, como as hepatites B e C, para além de outras de transmissão sexual. É importante a educação para a saúde, estimulando práticas de sexo seguro e novas modalidades de prevenção (como a Profilaxia pré-exposição - PrEP; Profilaxia pós Exposição – PEP; o uso de material esterilizado no consumo de drogas endovenosas; etc.).

Não podemos parar de divulgar informação correta, dirigida a toda a população e, sobretudo, aos jovens e às populações mais vulneráveis. É importante que os profissionais de saúde vão atualizando os seus conhecimentos nesta área, apostando na sua formação contínua, ficando assim habilitados para o aconselhamento pré e pós testes de rastreio, tendo sempre em vista o maior respeito pela dignidade e direitos da pessoa.

O lema deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, que terá lugar a 1 de dezembro, é: “As comunidades marcam a diferença”. Este lema parece-me muito oportuno pelo reconhecimento do papel que as comunidades desempenham na resposta à infeção pelo VIH, fazendo-nos cair na conta de que este problema e a sua solução não passa só pelos serviços médicos especializados.

O desafio do controlo da infeção está lançado a todos. Vamos trabalhar juntos e tornar realidade o sonho de pôr “stop” à infeção! Vamos, profissionais de saúde e comunidade, marcar a diferença!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hospital da Cruz Vermelha
Estima-se que cerca de 70% da população portuguesa vai sofrer de dor de costas em algum momento da sua vida. Se uma dor de...

“As causas estruturais de dores da coluna mais comuns são: discopatia, onde encontramos a hérnia discal; síndrome facetário, associado a artroses; disfunção sacro-ilíaca e fraturas. Estas patologias podem ser controladas com técnicas muito seguras e eficazes atualmente” continua a alertar o especialista.

Portugal está posicionado no 12º lugar dos melhores cuidados de saúde no mundo. “Na área da coluna o panorama é igualmente motivador. O tratamento das dores da coluna é, normalmente, realizado com fármacos ou com fisioterapia mas caso este falhe, é aconselhado o recurso a técnicas minimamente invasivas, como por exemplo: nucleoplastia com laser para a hérnia discal; rizotomias com radiofrequência para a nevralgia do trigémio, artroses da coluna e sacroilíacas; e cimentoplastia para as fraturas vertebrais. Técnicas inovadoras que permitem uma melhor qualidade de vida. E é sobre estas técnicas mais inovadoras que nos vamos focar na reunião do HCV,” termina Miguel Cordeiro. 

Luigi Manfrè (Itália), Kieran Murphy (Toronto), Majid Khan (EUA), e David Noriega (Espanha), são alguns dos oradores presentes. A reunião gratuita é destinada a todos os profissionais das áreas de anestesiologia, neurorradiologia, neurocirurgia, cirurgia ortopédica, fisiatria e clínica geral. 

Mais informações no programa em: https://minispine.pt/

 

 

Candidaturas até 31 de dezembro
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) e a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) estão a promover o maior...

“Este Prémio pretende incentivar à realização de trabalhos científicos que permitam estudar e diminuir a elevada incidência de doentes com insuficiência renal crónica em Portugal, sobretudo nos estádios mais avançados, e por outro lado, colmatar a ausência de investigações clínicas e estudos epidemiológicos nesta área”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

“Esperamos que este Prémio, o maior na área da nefrologia, consiga estimular a investigação científica e distinguir os investigadores portugueses que estão dedicados a encontrar resposta para os problemas que enfrentamos atualmente, com o aumento de doentes diagnosticados com insuficiência renal crónica”, refere Aníbal Ferreira, presidente da SPN.

O Prémio “ANADIAL-SPN” de atribuição anual, visa promover a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da Investigação em Insuficiência Renal Cronica, com particular relevância para a identificação de fatores de risco e intervenções preventivas da evolução da doença renal crónica.

A insuficiência renal crónica é uma doença provocada pela diminuição progressiva da função dos rins e, Portugal tem uma das mais elevadas incidências de doença renal crónica terminal com indicação para iniciar diálise, sem que exista uma explicação de carácter epidemiológico plausível. Por definição esta doença uma vez presente tende a progredir até esse estado terminal, 

Para mais informações e consulta do regulamento: www.anadial.pt

 

 

Sintomas e tratamento
Associada a uma alimentação inadequada, a anemia por deficiência de ferro corresponde a mais de meta

A anemia é uma condição clínica que se caracteriza por uma baixa concentração de hemoglobina ou por um número reduzido de glóbulos vermelhos no sangue. Embora existam diferentes tipos de anemia, cada um com diferentes causas, a anemia por carência de ferro – também conhecida como anemia ferropénica - é o mais frequente.

Como surge a anemia?

O sangue contém três tipos de células: os glóbulos brancos (que são parte do sistema imunitário do corpo), os glóbulos vermelhos (que transportam o oxigénio pelo corpo numa substância denominada hemoglobina) e as plaquetas sanguíneas (que ajudam na coagulação do sangue).

Os glóbulos vermelhos dependem do ferro para os ajudar a armazenar e a transportar o oxigénio a todas as partes do corpo. Sem ferro em quantidades suficientes, os glóbulos vermelhos transportam menos oxigénio aos órgãos e tecidos do corpo.

A anemia ocorre quando existe um número reduzido de glóbulos vermelhos ou uma baixa concentração de hemoglobina.

Quais os sintomas?

Cansaço ou exaustão, falta de ar (dispneia) e palpitações (batimento irregular do coração) estão entre os sintomas mais frequentes de anemia ferropénica. No entanto, esta condição pode causar ainda sintomas menos comuns como dores de cabeça, zumbido nos ouvidos e um paladar alterado. Com menos frequência podem surgir sintomas invulgares como o desejo de comer objetos não comestíveis como gelo, papel ou barro (malacia).

Por outro lado, este tipo de anemia pode causar palidez, provocar feridas nos cantos da boca (a chamada queilose angular), tornar a língua excepcionalmente macia e tornar a unhas quebradiça e escamosas. Também pode levar à queda de cabelo.

No entanto, cada caso é singular e os sintomas podem passar despercebidos ou serem confundidos com outra patologias.

Quais as causas?

O défice de ferro pode ter como causa perdas de sangue ou hemorragias e a má absorção de ferro.

As hemorragias do trato gastrointestinal podem ser provocadas por vários fatores como a utilização de alguns tipos de medicamentos ou por úlceras gástricas. Em casos raros, a hemorragia gastrointestinal pode ser causada por cancro, normalmente no estômago ou no cólon.

Por outro lado, sabe-se que os fluxos menstruais excessivos (menorragias) podem levar ao desenvolvimento de uma anemia por carência de ferro, daí que esta seja bastante frequente nas mulheres em idade fértil.

Este tipo de anemia ocorre ainda com bastante frequência durante a gravidez, uma vez que o corpo necessita de mais ferro para fornecer sangue suficiente ao bebé.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da anemia por falta de ferro é feito através de uma análise simples ao sangue que irá medir a quantidade de hemoglobina e o número de glóbulos vermelhos no sangue. Se tiver anemia por carência de ferro, o número de glóbulos vermelhos será menor do que o normal.

Como se trata?

A anemia por carência de ferro é normalmente tratada através da reposição do ferro que falta no seu corpo. No entanto, suplementação, que pode ser tomada via oral ou injetável, deve ser realizada única e exclusivamente por indicação do seu médico.

Por outro lado, esta condição pode ser revertida e prevenida através de uma dieta equilibrada, rica em ferro.

Quais as complicações?

Como este tipo de anemia pode provocar cansaço e exaustão, o doente pode sentir-se menos produtivo e ativo no trabalho, sendo que a sua capacidade de concentração pode ficar também ela reduzida. Habitualmente perde a motivação e sente-se sem forças para realizar algumas atividades, nomeadamente, desporto.
Pode ainda andar mais irritado ou apresentar sintomas semelhantes ao da depressão.

De acordo com algumas pesquisas, anemia por carência de ferro também pode afetar o sistema imunitário, aumentando o risco de doenças e infeções.

No que diz respeito às mulheres grávidas, a anemia aumenta o risco de desenvolver complicações durante e depois do parto. Vários estudos sugerem que os bebés de mães anémicas têm uma maior probabilidade de nascer prematuramente ou de pesar menos. Os bebés afetados pela anemia por carência de ferro podem também desenvolver eles próprios problemas com os valores de ferro no sangue.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
'Responsabilidade é o melhor Remédio'
Todos os anos morrem 700 mil pessoas devido à resistência aos antibióticos, um número que deverá atingir os 50 milhões em 2050....

“Responsabilidade é o Melhor Remédio” é o nome da campanha que tem como principal objetivo sensibilizar médicos, farmacêuticos e população em geral para a importância da utilização responsável do antibiótico. No âmbito desta campanha, foram já distribuídos milhares de materiais informativos, a alertar para a problemática, nas farmácias e centros de saúde portugueses.

“O panorama atual relativamente ao consumo de antibióticos é muito preocupante, tanto em Portugal como no resto do mundo, e a verdade é que estamos a caminhar rapidamente para uma situação insustentável. A utilização excessiva destes medicamentos compromete o tratamento dos doentes, que fica limitado quando estes necessitam verdadeiramente de tomar antibióticos” explica Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

“Sabemos, por exemplo, que 80% das dores de garganta são causadas por vírus, situações em que os antibióticos não são eficazes. Uma inflamação na garganta inclui sintomas como a dor, a vermelhidão, o inchaço e o calor, que podem durar entre 3 a 7 dias, devendo a pessoa melhorar após esse período. Este é um dos exemplos em que a utilização do antibiótico não é eficaz, um facto que grande parte da população desconhece. A mudança deve começar nos profissionais de saúde, mas uma população informada é, também, uma população mais responsável”, conclui.

 

 

 

O papel do profissional de saúde
A forma como se transmite uma má notícia a um paciente ou aos seus familiares pode condicionar a sua

De acordo com o manual “Comunicação Clínica e Relação de Ajuda” da editora Lidel, dirigido a profissionais de saúde, uma má notícia “consiste em qualquer informação que envolva uma mudança drástica no indivíduo que a recebe, tendo um impacto negativo na sua perspectiva de futuro, afetanto, assim, os domínios cognitivo, emocional, espiritual e comportamental, com eventuais repercussões na dinâmica pessoal, familiar e social”.

A morte de um familiar, a confirmação de uma doença grave ou de um prognóstico reservado são algumas das notícias que nenhum médico gosta de dar.

No entanto, a comunicação destas informações, quer ao doente quer à sua família, tem uma grande importância. Não só fortalece a relação entre o profissional de saúde e o paciente/família, como reduz a incerteza da situação vivida, minimiza sentimentos de isolamento, solidão e medo, e oferece uma orientação para o futuro.

Tratando-se de uma tarefa extremamente difícil também para o profissional de saúde, sobretudo por envolver uma forte carga emocional, foram desenvolvidos alguns protocolos com o objetivo de facilitar a comunicação da notícia, minimizando o seu impacto.

O protocolo SPIKES e TRACES são descritos, neste manual de aprendizagem, como sendo os mais utilizados neste âmbito, e preconizam as seguintes etapas:

Protocolo SPIKES

S (setting) – planear a entrevista. Preparação (preparar-se e preparar o ambiente): nesta etapa o profissional de saúde deve reunir toda a informação disponível sobre o paciente e sua situação. Deve ainda avaliar o nível de conhecimento que possui acerca do seu estado, doença ou contexto e expectativas, bem como proprocionar um ambiente acolhedor,  reservado e sem ruídos.

P (perception) – avaliar a perceção do indivíduo: na maior parte dos casos, o doente já detém algumas informações sobre a sua situação, sendo por isso importante que o profissional de saúde avalie a informação lhe foi veículada e a sua veracidade, bem como o seu nível de compreensão sobre o assunto, as suas expectativas ou o seu estado emocional.

I (invitation) – convidar o interlocotor a falar e identificar o que pretende saber: na sua maioria, os pacientes querem receber a informação real sobre a sua situação (contexto, doença, prognóstico, consequências, etc). No entanto, “cada um pretende um nível de especifidade diferente de informação”, pelo que a esta deve ser veículada em função das suas necessidades. Por exemplo, o doente pode não querer saber as implicações futuras da sua doença.

K (knowledge) – transmitir a informação gradualmente: a informação deve ser clara e a linguagem simples para que o interlocutor a compreenda. “A informação deve também ser organizada em função da sua gravidade e da ansiedade que pode provocar, sendo fundamental transmiti-la de forma gradual, fazendo pausas com frequência, prestando atenção à reacção do interlocutor”.

E (explore Emotions) – permitir a expressão de emoções e apoiar: deve permite que o indivíduo expresse as suas emoções, fornecendo o suporte possível e adequado, com o objetivo de o tranquilizar.

S (Strategy and Sumary) – apresentar uma estratégia de intervenção e planear o futuro: uma má notícia não tem apenas impacto no presente sendo, por isso, fundamental elaborar um plano de intervenção que ajude o doente a ter o acompanhamento necessário no futuro. Deve promover uma esperança realista sobre o seu estado de saúde, por exemplo, e desenvolver um plano de ação, principalmente a curto prazo, que o ajude a superar esta fase.

Protocolo TRACES

T (Terrain) – escolher o local adequeado, sentar-se com o indivíduo, estar disponível garantindo que não será interrompido.

R (Représentations du Patient) – avaliar o conhecimento do indivíduo, explorar as suas crenças e refletir sobre os objetivos da interação.

A (Avertir) – Informar o interlocutors de que lhe vai ser comunicada uma má notícia.

C (Connaissances) – informar sobre o diagnóstico, opções de tratamnento e prognóstico. Responder às questões colocadas e verificar sempre se o interlocutor compreendeu a informação. Deve utlitiza-se uma linguagem simples e de fácil compreensão.

E (Empathie-Émotions) – permitir que expresse as suas emoções, respeitando o seu ritmo e fornecendo suporte emocional.

S (Stratégie et Synthèse) – discutir sobre qual a melhor estratégia  a adoptar, ajudando o interlocutor a lidar com a situação, garantindo que este compreendou os procedimentos a seguir.

Em síntese, ambos os protocolos defendem que se deve atender ao estado emocional e psicológico do interlocutor (seja ele o doente ou seu familiar), transmitindo a informação de forma gradual e utilizando uma linguagem simples, de modo a que a informação seja clara e objetiva. Por outro lado, o profissional de saúde deve ainda ajudar a manter a esperança, planear e assegurar o acompanhamento do indivíduo.  

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Evento
Mais de 70 mil pessoas vivem, em Portugal, com artrite reumatóide. Biópsia sinovial, exame que permite diagnóstico mais cedo, é...

Abrir uma porta, pegar numa caneta, calçar uns sapatos. Para as 70 mil pessoas que vivem, em Portugal, com artrite reumatóide, estes gestos simples tornam-se tarefas complicadas, dolorosas, difíceis. É sobre técnicas destinadas a melhorar o diagnóstico e o tratamento destes doentes que se vai falar no Colóquio A.N.D.A.R. 2019, uma iniciativa da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide, que se realiza no dia 29 deste mês, na Fundação Calouste Gulbenkian. Este ano, a biópsia sinovial é o tema em destaque, um exame que “é a base para o conhecimento que se está a juntar sobre a medicina personalizada nestes doentes: diagnosticar mais cedo e tratar da forma mais correta”, explica João Fonseca, especialista do Serviço de Reumatologia e Doenças Ósseas Metabólicas do Hospital de Santa Maria.

Trata-se, refere o especialista, de um exame que implica a colocação de “uma agulha guiada por ecografia, que retira tecido sinovial do interior da articulação para análise”. Um exame que continua por generalizar, apesar de “ajudar a caracterizar melhor o tipo de doença”.

No evento, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, a biópsia sinovial na artrite reumatóide vai ser a grande protagonista, procurando-se aqui encontrar a resposta à questão: será agora que a promessa se concretiza? Uma discussão que, segundo o especialista, teve início há 20 anos.

Recorde-se que a artrite reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica, que pode ocorrer em todas as idades, afetando sobretudo as estruturas articulares e periarticulares. Quando não tratada precoce e corretamente, a artrite reumatóide acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho.

O evento contará ainda com a participação de Manuel Sobrinho Simões e Maria Carmo-Fonseca, cientistas e investigadores mundialmente reconhecidos e com vários prémios nacionais e internacionais, e que farão as suas intervenções sobre “Da inflamação à neoplasia: primado da medicina narrativa” e “Medicina de precisão”, respetivamente.

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