Falta de controlo
Numa altura em que mais de 422 milhões de adultos sofrem de diabetes, tem-se verificado melhorias no tratamento clínico da...

“A Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), consequência da Obesidade, atinge entre 13 a 14% da população portuguesa e prevê-se que venha a triplicar nos próximos 15 anos. Porém, o tratamento do DM2 modificou-se drasticamente, conduzindo a melhores resultados nos tratamentos cirúrgicos e minimamente invasivos (Vídeo-laparoscópicos, endoscópicos e de embolização) em centros especializados de doenças metabólicas e do aparelho digestivo”, afirma o Rodrigo Oliveira. 

Porém, estima-se que menos de 20% dos doentes tratados conseguem ter controlo da glicemia, pressão arterial e lípidos. Esta é uma condição “assustadora, já que a síndrome metabólica descompensada é a principal causa de morte por doença cardiovascular”.

“A mortalidade de origem cardiológica nos portadores de diabetes tipo 2 localiza-se entre os 9,5% e os 10,5% por ano. Sendo a obesidade a doença do século XXI, em Portugal, 60% destes doentes são obesos ou vivem no risco de desenvolver a doença e outras associadas. No que respeita à obesidade infantil, Brasil, EUA, Itália e Portugal são os piores países do mundo face ao índice de aumento progressivo”, reforça o Rodrigo Oliveira.

Em Portugal, ainda existem poucos centros especializados em cirurgia metabólica e bariátrica com acreditação em todas as áreas de intervenção. Contudo, a Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Cruz Vermelha, para além de ter sido reconhecido pela Direção Geral de Saúde como Centro de Tratamento Cirúrgico de Obesidade, conta com profissionais altamente qualificados e com uma tecnologia avançada para realizar procedimentos cirúrgicos e clínicos.

 

Evento
Para além da discussão sobre os desafios do financiamento da saúde, 11ª edição do Fórum do Medicamento conta com apresentação...

O progressivo envelhecimento populacional, a evolução tecnológica que, através da inovação, tem permitido a introdução de novos medicamentos e meios de diagnóstico mais eficazes, assim como as expectativas da população são variáveis que, juntas, pressionam os sistemas de saúde. A necessidade de investimento aumenta, assim como as restrições orçamentais, o que torna necessário e urgente repensar modelos e formas de financiamento da saúde. É sobre estas questões que se pretende refletir na 11ª edição do Fórum do Medicamento, uma iniciativa que tem lugar no dia 15 de novembro, na Sala Sophia de Mello Breyner do Centro Cultural de Belém.

Subordinado ao tema “Equidade, Efetividade e Sustentabilidade no acesso à inovação”, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a AstraZeneca, convidam a que se faça uma análise e discussão da equidade e efetividade no acesso aos medicamentos inovadores nos hospitais do Serviço Nacional (SNS). Uma reflexão que será alimentada pela apresentação pública dos resultados do “Índex nacional do acesso ao medicamento hospitalar”, um estudo promovido pela APAH em parceria com a Ordem dos Farmacêuticos e com o apoio científico Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Na edição deste ano serão ainda debatidos os desafios do financiamento de medicamentos inovadores e a necessidade de serem encontradas respostas inovadoras face aos novos desafios que se colocam aos sistemas de saúde.

 

 

 

Saiba como
A Pneumonia é uma doença comum associada a morbilidade e mortalidade significativa.

A pneumonia é uma doença infeciosa pulmonar ou seja que atinge os pulmões, e que pode afetar qualquer pessoa, desde que os mecanismos de defesa habituais do organismo estejam diminuídos ou comprometidos. A gravidade da doença está condicionada pelo facto de existirem ou não doenças crónicas associadas.

A maior parte das Pneumonia é adquirida na comunidade e pode ocorrer:

  • pela inalação de partículas  através da respiração,
  • por aspiração de bactérias que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam por ser aspiradas para o pulmão.
  • através da circulação sanguínea, sendo a forma menos comum, e que ocorre quando uma infeção num outro local do organismo, atinge os pulmões através da circulação.

Os sintomas principais são tosse com expectoração, podendo nalguns casos ocorrer tosse seca, calafrios, febre e dificuldade respiratória e dores no tórax. Pode surgir também mal-estar generalizado, naúseas, vómitos e prostração. Os sintomas vão depender da extensão da doença e do microrganismo que a cause.

Geralmente, a pneumonia produz uma alteração característica da transmissão dos sons que que pode ser detectada durante a observação clinica do doente, na auscultação pulmonar. O Diagnóstico é depois confirmado com uma radiografia ao tórax.

Em alguns casos podem ser realizadas análises de microbiologia, no sentido de tentar identificar o microrganismo. No entanto, em metade dos indivíduos com pneumonia não se chega a identificar o microrganismo responsável.

Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniaeStaphylococcus aureusLegionella e Hemophilus influenzae

Destes, o Streptococcus pneumoniae é o principal microrganismo, sendo o responsável pelo maior número de casos e de mortalidade. Daí a importância da vacinação antipneumocócica, de modo a prevenir as complicações graves.

A vacinação está indicada para os grupos de risco, que inclui pessoas com idade superior a 65 anos, doentes imunocomprometidos e com doenças crónicas (ex: doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes mellitus, cirrose, etc.) ou pessoas que residam ou trabalhem em locais com um risco aumentado de infecções pneumocócicas ou das suas complicações (ex: pessoas idosas hospitalizadas, pessoas em instituições de prestação de cuidados de saúde, etc.).

O tratamento da PAC é feito com terapêutica antibiótica. A escolha do antibiótico depende de vários aspectos que são considerados, nomeadamente:

  • da gravidade da doença,
  • idade do doente,
  • sintomas,
  • presença de comorbilidades, ou seja outras doenças
  • medicação concomitante,
  • contexto epidemiológico,
  • contactos com outros doentes ou com um tipo de ambiente específico e
  • intolerância a um determinado antibiótico

Na maior parte dos casos, o tratamento é realizado sem necessidade de internamento. Pode contudo ser necessário o internamento, sobretudo em casos de doentes idosos, com febre persistente, compromisso da função renal, ou dificuldade respiratória com diminuição da oxigenação do sangue. Neste último caso é necessário o suporte com oxigénio. Casos graves podem condicionar insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Seminário
O seminário “Saúde para todos? Combater as desigualdades” refletiu sobre as desigualdades na saúde numa perspetiva...

Com o objetivo de refletir sobre as desigualdades em saúde no mundo, na Europa e em Portugal, sob a perspetiva de diferentes visões e com o contributo de especialistas da sociologia à comunicação, da física à economia, sem esquecer os profissionais da área da saúde, reuniram-se IHMT NOVA mais de uma centena de pessoas para participar e assistir ao seminário “Saúde para todos? Combater as desigualdades”.

Na abertura da iniciativa, o diretor do IHMT, Filomeno Fortes, alertou para as grandes disparidades ao nível dos cuidados de saúde no mundo. “Quando começamos a comparar os vários continentes essas desigualdades acentuam-se de uma forma violenta, porque estamos a falar de saúde global. Estamos todos em risco de sofrer epidemias”, sublinhou.

Descobrir o porquê das desigualdades

A socióloga Alexandra Lopes, doutorada na London School of Economics, na especialidade de Social Policy, uma das oradoras do painel “Causas e consequências das desigualdades em saúde”, mostrou preocupação com o fosso acentuado que ainda existe entre países e pessoas, considerando que a explicação para as disparidades continua muito centrada no indivíduo, na base comportamental e nos estilos de vida. “A continuada ênfase na responsabilidade individual continua a ser o modelo dominante na intervenção em saúde, esta é uma abordagem que tende a ilibar a estrutura social de qualquer responsabilidade, mesmo que essa responsabilidade seja discursivamente reconhecida”, alertou a professora Universidade do Porto. Neste momento, existe o desafio de pensar as desigualdades sociais, com uma compreensão multidimensional, para lá desta dicotomia individuo/estrutura, procurando “a causa, das causas das causas”.

A médica interna e aluna do Curso de Especialização em Saúde Pública Vera Leal Pessoa, com base no Relatório da Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde – Portugal (OMS 2010, alertou que “em todos os níveis de rendimento, a saúde e a doença seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição económica, pior o estado de saúde. Corrigir as diferenças na saúde, entre e dentro de países, é uma questão de justiça social”.

Mais ricos vivem mais anos e com menos doenças

Julian Perelman, doutorado em Economia da Université Catholique de Louvain e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, alargou o debate para a perspetiva económica, lembrando que vários autores, como Michael Marmot, já alertaram que as pessoas mais ricas vivem mais anos e passam mais anos sem doenças. “Três quartos da população não chega à idade da reforma sem doenças, portanto se queremos aumentar a idade da reforma temos que combater as desigualdades para termos um impacto positivo na economia”, afirmou. O especialista refletiu sobre o contributo da economia na saúde e vice-versa, sublinhando que existe sempre uma implicação política. “Esta não é apenas uma questão teórica e filosófica, tem consequências muito concretas nas políticas públicas”, alertou.

O ex-Diretor Geral de Saúde Constantino Sakellarides, licenciado em medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa, mestre e doutor em Epidemiologia e Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas (EUA), um dos intervenientes na iniciativa, questionou precisamente a ausência da classe política no encontro, mas Paulo Ferrinho, coordenador do CESP e mentor da ideia do seminário, lançou um apelo aos jovens médicos na plateia para que sejam os primeiros a fazer a diferença no terreno. “Depois de 20 anos de convivência com as questões relacionadas com as desigualdades em saúde, fiquei muito satisfeito porque chegámos ao dia de hoje com reflexões que não devemos perder. Importa que estes médicos quando forem para o terreno não esqueçam o que ouviram e que sejam capazes de implementar mudanças” defendeu Paulo Ferrinho para quem ter capacidade de liderança é o verdadeiro mote da mudança.

A importância dos primeiros anos de vida e do ambiente

No fecho do seminário, Paulo Ferrinho sublinhou igualmente a importância de ter atenção aos primeiros anos de vida, o local em que as crianças vivem e crescem, defendendo abordagens integradas. “O peso à nascença tem um impacto nos resultados a matemática, mas o maior gap é explicado pela condição social das famílias onde essas crianças crescem”, lembrou na sua intervenção Julian Perelman. Numa visão complementar às ciências sociais, o físico Pedro Mota Soares fez uma intervenção sobre como as desigualdades ambientais influenciam a saúde e se projetam em Portugal. Nas conclusões do encontro, Paulo Ferrinho lembrou que a questão do ambiente não pode ser esquecida. “Não é só o que os Governos vão fazer, é o que fazemos em nossa casa, o que comemos, a forma como arrumamos o lixo, a forma como convivemos com o consumo e nos fazemos transportar. A nossa forma de estar na vida e conviver com o ambiente é muito importante”, afirmou.

 

Experiência com ratinhos
Recentemente, um grupo de investigadores conseguiu converter células estaminais mesenquimais, obtidas a partir de sangue do...

No estudo, foram comparados três grupos de animais: um de ratos diabéticos tratados com estas células, outro de ratos diabéticos não tratados e, ainda, outro composto por animais saudáveis. Verificou-se que no segundo grupo, os valores de glicose no sangue em jejum permaneceram elevados, a rondar os 400 mg/dL. Pelo contrário, os ratos diabéticos que receberam as células produtoras de insulina, que inicialmente apresentaram, em média, uma glicémia em jejum de 399 mg/dL, melhoraram semana após semana. Ao fim das 10 semanas de observação, o nível de glicémia tinha já descido para 122 mg/dL, valor relativamente próximo do valor apresentado pelos ratos controlo saudáveis (92 mg/dL).

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “este estudo vem dar ênfase à possibilidade de encontrar soluções inovadoras para o tratamento da diabetes tipo 1, nomeadamente através de terapia celular. A translação dos estudos animais para ensaios clínicos em doentes humanos é um passo essencial para incorporar este tipo de metodologias no tratamento futuro da diabetes.”

“As células estaminais mesenquimais são ótimas candidatas para este tipo de terapia, uma vez que são de fácil obtenção e conseguem diferenciar-se em vários tipos de células”, reforça.

A diabetes é uma das doenças crónicas mais prevalentes a nível mundial, afetando mais de 366 milhões de pessoas, estimando-se que possa chegar aos 552 milhões em 2030, segundo a Federação Internacional da Diabetes. O número de doentes diabéticos tem vindo a aumentar, devido a vários fatores, como o envelhecimento da população, o sedentarismo e a obesidade. Devido aos níveis aumentados de glicose (açúcar) no sangue, os diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, problemas renais, oculares, entre outros. Preocupante, também, é o rápido aumento do número de crianças diagnosticadas com diabetes tipo 1 e tipo 2. A diabetes é, neste momento, um grave problema de saúde à escala global, que obriga à mobilização de esforços para encontrar abordagens terapêuticas inovadoras, apesar dos grandes avanços alcançados nesta área nos últimos 10 anos.

Referência:
El-Sherbiny M, et al. Functional beta-cells derived from umbilical cord blood mesenchymal stem cells for curing rats with streptozotocin-induced diabetes mellitus. Singapore Med J. 2019 Sep 19. doi: 10.11622/smedj.2019120. [Epub ahead of print]

 

Metade dos casos são evitáveis
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em conjunto com a International Diabetes Federation (IDF), alerta...

“A diabetes é a principal causa de cegueira, amputação, doença cardiovascular, insuficiência renal e mortalidade precoce. Contudo, há hábitos simples que ajudam a reduzir o risco de desenvolver a doença. Sabemos que mais de 50% dos casos de diabetes tipo 2 são preveníveis, queremos promover o papel das famílias na gestão e educação terapêutica da diabetes”, alerta José Manuel Boavida, endocrinologista e presidente da APDP.

Entre as mudanças no estilo de vida que se podem adotar, a APDP e a IDF ressalvam que a redução do risco começa em casa, com uma alimentação saudável, a promoção da prática de exercício físico e um ambiente familiar saudável. Sempre que há um caso de diabetes na família todo o núcleo familiar deve conhecer os riscos e sinais a que se deve estar atento.

“A cada 8 segundos a diabetes mata uma pessoa no mundo. E Portugal é o país da União Europeia que tem mais pessoas com diabetes. Mais de um milhão de portugueses tem diabetes, um número que sobe para um milhão e 300 mil pessoas, quase 14% da população, quando se soma o número de pessoas por diagnosticar. É urgente mudar este paradigma”, acrescenta o endocrinologista.

Uma em cada duas pessoas com diabetes ainda não tem um diagnóstico, apesar de o diagnóstico precoce ser um dos principais fatores que permite prevenir ou adiar complicações que se podem revelar fatais.

“Esta campanha internacional é um alerta para recordar que as famílias têm um papel ativo a desempenhar na prevenção e gestão da diabetes e que os profissionais de saúde devem ter acesso a informação e ferramentas para ajudar os doentes e as suas famílias”, conclui José Manuel Boavida.

A propósito do Dia Mundial da Diabetes, a APDP organiza também uma sessão na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho, com o apoio do Departamento dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, a partir das 18h00. O foco deste encontro será “Diabetes e Família” e nesta sessão decorre também a peça “Quando o telefone toca”, protagonizada pelo Grupo de Teatro da APDP.

Em Portugal estima-se que a diabetes afete 13,3% da população com idades entre os 20-79 anos, das quais 44% desconhecem ter a doença. Diariamente são diagnosticados com diabetes em Portugal cerca de 200 novos doentes. Estima-se que a diabetes afete mais de 1 milhão de portugueses enquanto a «pré-diabetes» afetará cerca de 2 milhões.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre saúde indicou Portugal como o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da doença. O seu tratamento e o das suas complicações representam cerca de 10% da despesa em saúde o que corresponde a cerca de 1% do PIB nacional.

Opinião
A International Diabetes Federartion (IDF) comemora anualmente no dia 14 de novembro o Dia Mundial d

Este ano, de novo, esta efeméride é dedicada ao tema “família e Diabetes”. Portugal não foge aos alertas, sobretudo sabendo-se que existem cerca de um milhão de portugueses com Diabetes conhecida e provavelmente mais de 500 mil pessoas que têm a doença e não sabem.

Promover a sensibilização da comunidade e dos políticos para a Diabetes é uma “obrigação” de todos aqueles que têm Diabetes e de todos os que à Diabetes se dedicam. Organizações científicas, médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, cuidadores, mas sobretudo pessoas com Diabetes e as suas associações. O envolvimento das famílias para a consciencialização de hábitos e formas de vida pouco saudáveis é, sem dúvida, uma forma de diminuir ou tentar diminuir o impacto social dos excessos que as sociedades praticam, sobretudo, mas não só, no mundo “desenvolvido”, sabendo-se também que em países menos desenvolvidos a Diabetes aumenta de dia para dia.

Envolver a família é uma das formas mais eficazes para diminuir o impacto da Diabetes na sociedade e no dia a dia das pessoas com a doença. O apoio as pessoas com Diabetes passa obviamente, em primeiro lugar, pela sua própria família, as suas atitudes e forma de estar no dia a dia, os seus hábitos alimentares e prática de formas de vida saudáveis, como seja o exercício físico, por muito pouco que seja.

Promover e eventualmente mudar hábitos tem início “dentro de casa”, de toda a família, de todos no mesmo agregado. A Diabetes diz respeito a todos e promover uma boa educação alimentar começa na educação familiar, sobretudo na prevenção. Tentar alterar hábitos desadequados na alimentação diária no mundo moderno é obrigação de todos, de forma a reduzir não só o impacto da Diabetes, principalmente no combate aos fatores de risco, que são evitáveis, na sua maioria.

A mudança tem início na família, modificando muitas vezes o seu próprio dia a dia e o seu estilo de vida. Por isso, a International Diabetes Federation escolheu para os anos 2018 e 2019 o tema “família e Diabetes”. Aí é possível e bem dar início a um estilo de vida mais saudável.

Em todo o mundo, e Portugal não foge à regra, muito se tem feito com programas e múltiplos alertas, mas infelizmente o panorama não se vem alterando. A responsabilidade é de todos, não podemos responsabilizar governos e governantes, sem antes promovermos no seio da sociedade a mudança de atitude. Ter consciência que uma em cada duas pessoas no mundo têm Diabetes e o não sabem requer profunda reflexão, mas sobretudo atitudes diferentes perante o dia a dia pouco saudável. O diagnóstico e terapêutica da Diabetes compete sobretudo a profissionais de saúde, mas os alertas têm de estar ao alcance de todos e divulgados amplamente de forma a ser evitável a doença.

A prevalência da Diabetes, sobretudo a Diabetes tipo 2 é demasiado alta para ficarmos indiferentes, por isso o envolvimento coletivo é cada vez mais necessário. O preço para a sociedade é demasiado alto, quer no próprio diagnóstico, quer no tratamento, sendo o seu custo material muito elevado. Não há “orçamentos “que possam, nem devem suportar o que é evitável. A eficácia dos medicamentos para a Diabetes é cada vez maior, mas o seu preço também. Urge, portanto, colaborar em família e na sociedade para a prevenção e não só olhar para o tratamento.

Somos todos responsáveis, mas não podemos esquecer o envolvimento de responsáveis para um acesso mais equilibrado aos cuidados de saúde e aos meios mais modernos de tratamento da Diabetes e das pessoas com Diabetes. Em Portugal, múltiplas organizações científicas têm-se envolvido na promoção e mudança de atitude no dia a dia, assim como nos alertas para as terapêuticas mais avançadas. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e o Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) não podem deixar de mais uma vez alertar a sociedade em geral e os responsáveis políticos para a “pandemia Diabetes”.

Os especialistas de Medicina Interna e em especial aqueles que vivem o seu dia a dia com pessoas com Diabetes – diabetologistas, médicos hospitalares em especial, mas muito envolvidos na chamada “integração de cuidados”, são os primeiros a serem envolvidos no “drama Diabetes”. A hospitalização de pessoas com Diabetes é enorme em Portugal, sendo que cerca de 30 por cento dos doentes internados em Serviços de Medicina Interna em Portugal são diabéticos. Como tal, nós internistas sabemos bem o que temos e devemos fazer. A nossa responsabilidade é grande, mas também o é a nossa envolvência no apoio a diabéticos. Os Especialistas de Medicina Interna estão nos hospitais no dia a dia, mas também estão na sociedade, e estão altamente envolvidos nos cuidados a pessoas com Diabetes fora do âmbito hospitalar, em instituições públicas e privadas, e o seu envolvimento na problemática social é grande.

Não podemos também esquecer as organizações e associações de diabéticos, essenciais para a mudança, e que há muito têm contribuído para os alertas em Portugal. O associativismo e a participação coletiva são essenciais – todos seremos demasiado poucos para a mudança. Por isso a família deve ser o início. A nossa mensagem para o dia 14 de novembro de 2019 é; “Um dia sem açúcar em família”, ou pelo menos um esforço possível para a moderação nas atitudes de estilo de vida familiar, a “célula da sociedade”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Diabetes
O Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) quer incentivar as famílias...

“O desafio passa por convidar as famílias a realizar uma experiência de um dia em que não consumam alimentos açucarados, tais como bolos, doces, cereais, refrigerantes, bebidas alcoólicas, entre muitos outros”, explica Estevão Pape, coordenador do NEDM.

Com esta iniciativa, acrescenta o internista, “esperamos conseguir, de uma forma interativa, sensibilizar a população a adotar um estilo de alimentação mais saudável, de modo a reduzir o risco de desenvolver diabetes, uma doença que afeta, em média, um a três portugueses adultos”.

Para João Araújo Correia, presidente da SPMI, “através destas ações de consciencialização da população, conseguimos não só contribuir para uma melhoria da saúde de todos nós, como inclusive destacamos o papel do especialista de Medicina Interna no contexto hospitalar e na promoção da discussão pública e científica ligada às diversas temáticas da saúde”.

A diabetes é uma doença crónica que se carateriza pelo aumento dos níveis de glicemia (açúcar no sangue), que provoca a deterioração dos vasos sanguíneos. As suas consequências são diversas, nomeadamente o maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como o enfarte agudo do miocárdio ou a angina de peito, insuficiência renal ou cegueira.

Segundo o Observatório da Diabetes em Portugal, há 1 milhão de pessoas com diabetes no país e 500 mil pessoas que não sabem que têm a doença. Já no panorama mundial, cerca de 500 milhões de pessoas estão diagnosticadas com diabetes, um número que se prevê aumentar exponencialmente nos próximos anos.

 

Doença Crónica
Fátima Faustino, coordenadora do Centro Especializado em Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa, e Sandra Sousa, responsável...

A obra disponibiliza informação detalhada sobre os diferentes aspetos da endometriose e divide-se em duas partes distintas. A primeira parte tem como foco a revisão dos conhecimentos atuais pelos diferentes especialistas que estão envolvidos na fase de diagnóstico e decisão terapêutica e a segunda apresenta as várias formas de manifestação da endometriose com recurso a exemplos práticos. No livro encontra-se ainda um atlas radiológico, que tem como objetivo orientar o radiologista através da análise de vários casos, e a exposição de casos clínicos concretos.

“Esta obra multidisciplinar, orientada para os vários intervenientes na abordagem das doentes com endometriose, destina-se sobretudo a radiologistas e ginecologistas, em fase de formação ou que, apesar de já experientes, desejem explorar ou procurem auxílio para o esclarecimento e tomada de decisão em casos que, frequentemente, são um enorme desafio tanto do ponto de vista do diagnóstico como do tratamento”, explica Fátima Faustino, autora do livro.

“Infelizmente, ainda se verifica um considerável atraso no diagnóstico da endometriose, uma situação que provoca um grande sofrimento e uma diminuição na qualidade de vida destas doentes. A identificação e o tratamento precoces são essenciais para evitar os efeitos negativos da dor, prevenir a progressão da doença e preservar a fertilidade. Desta forma, este livro assume-se como uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde e que poderá fazer a diferença no acompanhamento destas doentes”, conclui.

A endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e cerca de 30 a 50% das mulheres com infertilidade e/ou dor pélvica. Caracteriza-se pela presença de glândulas endometriais e estroma fora da cavidade uterina e encontra-se, com maior frequência, na cavidade pélvica, induzindo uma reação inflamatória crónica que provoca a formação de aderências e alteração da anatomia pélvica.  Os sintomas mais frequentes da doença são a dismenorreia, a dispareunia, a dor crónica e a subfertilidade/infertilidade.

 

Conselhos
Há quem trabalhe muitas horas de pé, enquanto outros trabalham maioritariamente sentados, mas em amb

Dado que estes são o alicerce da nossa postura e a nossa plataforma de movimento, os cuidados a ter com os pés devem ser prioritários. Quer devido ao aumento da pressão, a alterações dos ossos, articulações ou ligamentos, ao stress físico e a possíveis traumatismos, como também à ação de bactérias, vírus ou fungos, entre outras causas, são muitas as patologias que podem afetar os pés.

Contudo, o uso de calçado inapropriado surge como uma das principais razões para o aparecimento de problemas podológicos, podendo levar ao desenvolvimento de lesões e deformidades nos pés. Assim, se pensarmos que, em Portugal, se trabalha em média 45 horas por semana, podemos facilmente perceber a importância de escolher um calçado adequado para levar para o trabalho.

Em primeiro lugar, o sapato deverá ser adaptado à morfologia e tamanho do pé, uma vez que o uso de sapatos demasiado apertados poderá causar, a curto prazo, o aparecimento de calosidades, bem como problemas mais graves a longo prazo. Enquanto os sapatos excessivamente largos são um fator de risco para alterações ao nível da musculatura do pé.

Que características deverá ter o calçado de trabalho?

O calçado tem como principal missão proteger os nossos pés, fornecendo-lhes estabilidade, com a capacidade de amortecer o impacto dos pés com o solo. Porém, quando o calçado é inadequado ao tipo de pé e apoio plantar, bem como à atividade do utilizador, poderá funcionar como um agente agressor, contribuindo, por exemplo, para o surgimento de dor, bolhas, calos e edema, ou para o desenvolvimento do joanete e de deformações nos dedos e unhas.

Desta forma, existem alguns tipos de calçado que deverá evitar, como os sapatos de saltos altos e finos. Além da sua utilização aumentar o risco de quedas e entorses no tornozelo, este tipo de calçado leva a um aumento da pressão na parte da frente do pé, que passa a suportar todo o peso do corpo, podendo causar inflamação dos ossos e nervos. A sua utilização regular é ainda um fator de risco para o desenvolvimento do joanete e poderá ser também causa de problemas nos joelhos e pernas. Ao alterar a postura do corpo, este sapato pode comprometer a saúde da sua coluna vertebral.

No entanto, os saltos completamente rasos, como chinelos e sabrinas, são também uma opção a evitar, dado que não são adaptados à anatomia do pé, podendo provocar alterações à nossa forma de caminhar. Como não oferecem um bom suporte ao arco do pé, obrigam a um maior esforço por parte da planta do pé e do calcanhar, pelo que a sua utilização regular está associada ao desenvolvimento de fasceíte plantar. A sola dos chinelos e sabrinas é também demasiado fraca para amortecer o impacto do pé nas superfícies duras.

Com o objetivo de proteger o pé de acidentes de trabalho e lesões em determinados setores, como na indústria metalomecânica, existem normas que definem as especificações para calçado de segurança (Equipamento de Proteção Individual), sendo o seu uso obrigatório.

É importante salientar que deverá procurar que o calçado se adapte ao pé e aos seus movimentos, tal como à sua atividade, e não o oposto. Ainda assim, regra geral, existem algumas indicações e recomendações na hora de escolher os sapatos para o trabalho:

  • O calçado deve ser comprado ao final da tarde, altura em que os pés estão inchados;
  • Tendo em conta que o volume do pé se altera ao longo do dia e que este não permanece imóvel, deverá ter uma margem de aproximadamente 1 cm entre o seu dedo grande e a ponta do sapato;
  • Para uma melhor estabilidade do pé, opte por calçado com atacadores e com um bom contraforte na zona do calcanhar;
  • A biqueira do sapato deverá adaptar-se aos dedos do pé, de modo a evitar dores nos nervos e o surgimento do joanete e de unhas encravadas, bem como o agravamento de deformações nos dedos, como os “dedos em garra”;
  • Escolha um calçado que permita a ventilação do pé, de preferência em pele, de forma a prevenir a concentração de humidade e, assim, o surgimento de micoses;
  • A pensar nas suas atividades do dia a dia, a sola dos sapatos deverá ser antiderrapante e com maior resistência ao desgaste;
  • O salto deverá ser largo e com uma altura até 4 cm;
  • Prefira um calçado leve e maleável, para evitar bolhas e calosidades.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alimentação
Neste dia Europeu da Alimentação e Cozinha Saudáveis, a nutricionista Débora Silva mostra-nos como é

 

Para comemorar este dia tão especial, há que planear um jantar saudável para logo à noite! Anote na sua lista de compras os vários ingredientes sugeridos e desfrute da vitalidade que os alimentos em natureza, ou cozinhados da forma mais simples, lhe podem proporcionar.

 

Tijela com vegetais 

Ingredientes (1 porção): 

  • 1 Batata-doce, tamanho médio
  • 1 Ramo de brócolos
  • 1/3 Abacate maduro
  • 3 Cogumelos Portobello frescos
  • 2 Colheres de sopa de feijão branco cozido
  • 3 Tomates cherry
  • 1 Ramo de folhas de manjericão
  • Azeite extra‐virgem q.b., Noz‐moscada q.b., Cebolinho q.b., Tomilho q.b., Flor de sal q.b., Pimenta preta q.b.
  • 1 Colher de sobremesa de sementes de sésamo para polvilhar

Preparação:

Corte a batata‐doce em tiras, previamente lavada. Disponha‐a num tabuleiro forrado com papel vegetal e tempere com flor de sal, pimenta preta, tomilho e um fio de azeite. Leve ao forno previamente aquecido, durante aproximadamente 20 minutos.

Corte o abacate ao meio, retire o caroço e a casca. Esmague, tempere com limão e uma pitada de pimenta preta e reserve.

Coza os brócolos ao vapor, até ficarem al dente. Reserve.

Corte os cogumelos frescos em tiras, previamente bem lavados. Numa frigideira antiaderente coloque um fio de azeite virgem extra e salteie os cogumelos. Tempere com flor de sal, pimenta preta e uma pitada de noz‐moscada.

Lave os tomates cherry e corte em metades ou em quartos. Adicione o manjericão e tempere com flor de sal, um fio de azeite e cebolinho.

Disponha numa tigela a batata‐doce, os brócolos, os cogumelos, o feijão branco cozido e os tomates cherry com manjericão. No centro, adicione o abacate e coloque as sementes de sésamo por cima.

Nota: em vez de feijão branco cozido pode utilizar feijão edamame fresco, previamente escaldado em água fervente, por 5 a 7 minutos.

 

Tijela com Quinoa e Laranja 

Ingredientes (1 porção)

  • 1 Laranja
  • 6 Colheres de sopa de quinoa
  • ½ Cenoura
  • 2‐3 Colheres de sopa de grão‐de‐bico cozido
  • 50 g de Abóbora
  • 2‐3 Raminhos de couve‐flor
  • Gengibre q.b.
  • 1 Colher de sopa de uvas passas
  • Salsa q.b.
  • 1 Ovo fresco biológico
  • 50 g Agrião
  • 50 g Espinafres
  • 50 g Nabiças
  • Azeite virgem extra q.b.
  • 1 Dente de alho
  • 1 Cebola pequena
  • Paprica q.b., Tomilho q.b., Flor de sal q.b., Pimenta preta q.b.

Preparação:

Corte a cenoura às tiras e a couve‐flor aos pedaços, previamente lavados. Disponha num tabuleiro forrado com papel vegetal e tempere com um fio de azeite virgem extra, flor de sal e pimenta preta. Leve ao forno durante cerca de 20 minutos a 180ºC.

Lave a quinoa, coloque com água ao lume e, depois de ferver, deixe cozinhar durante 15 minutos. Quando estiver cozida, escorra o restante de água. Adicione as uvas passas e a salsa previamente cortada e lavada. Reserve.

Coza ao vapor o agrião, as nabiças e os espinafres, até ficarem a seu gosto.

Coloque água a ferver com uma colher de chá de vinagre de sidra. Reduza a temperatura e adicione o ovo, para escalfar. Retire ao fim de 3 minutos.

Numa tigela adicione a quinoa com salsa e uvas passas, a cenoura, a couve‐flor, os vegetais verdes (nabiças, espinafres e agrião) e o húmus de abóbora com grão*. No centro adicione o ovo escalfado.

*Húmus de Abóbora com Grão:

Lave a abóbora e retire a casca e as sementes. Corte aos pedaços e ferva em água.

Adicione o alho e a cebola e deixe cozer. Adicione o grão‐de‐bico e deixe cozinhar durante cerca de 5 minutos. Tempere com flor de sal, paprica e gengibre. Desligue o lume e, com a varinha mágica, processe tudo. Adicione um fio de azeite e reserve.

Dica: Adicione amêndoa ralada. É rica em potássio, fósforo, cálcio, magnésio e folatos!

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Doença neurodegenerativa
Embora os sintomas se assemelhem aos da doença de Alzheimer, a Demência de Corpos de Levy apresenta
Idoso de perfil

Apesar de pouco compreendida e frequentemente subdiagnosticada, a Demência de Corpos de Levy é uma das principais causas de demência. E embora as suas manifestações clínicas se assemelhem às da doença de Alzheimer e, tal como esta, resultar da degeneração e morte das células nervosas do cérebro, ela distingue-se, no entanto, pela presença de pequenas estruturas esféricas anormais, denominadas por corpos de Levy, dentro das células nervosas. Por outro lado, embora os corpos de Levy também estejam presentes na demência da doença de Parkinson, motivo pelo qual estas duas entidades também partilham alguns traços comuns, eles formam-se em áreas do cérebro distintas. Enquanto na demência de Corpos de Levy estes se formam ao longo da camada mais externa do cérebro – córtex cerebral – responsável pelo pensamento, percepção, uso e compreensão da linguagem, na doença de Parkinson, os corpos de Levy formam-se no fundo do tronco cerebral afetando as funções motoras e sensitivas.

Ainda não existe uma causa conhecida para este tipo de demência e também não foram identificados quaisquer fatores de risco. Embora se lancem inúmeras hipóteses, entre elas a possibilidade de ser provocada por uma mutação genética, não existe qualquer evidência de que esta doença possa ser hereditária.

Dadas as semelhanças entre a Demência de Corpos de Levy e a Doença de Alzheimer, só recentemente foi aceite como sendo uma doença distinta. E embora possa ocorrer sozinha, pode desenvolver-se simultaneamente na doença de Alzheimer ou na demência Vascular. Há casos, ainda, em que pode ser difícil distingui-la da Doença de Parkinson, sendo que alguns destes doentes desenvolvem uma demência semelhante à de Corpos de Levy.

Por se tratar de uma doença complexa, ela é, muitas vezes, mal compreendida e nem sempre o seu diagnóstico é fácil.

Para ser identificada, é necessário realizar-se uma história detalhada do padrão de sintomas e ir excluindo outros tipos demência. Por outro lado, embora o exame imagiológico possa revelar uma degeneração cerebral, os corpos de Levy só podem ser identificados pela análise do tecido cerebral, após a morte.

Quais os principais sintomas?

Os sintomas da Demência de Corpos de Levy são muito semelhantes aos da doença de Alzheimer e incluem:

  • Perda de memória
  • Desorientação ou confusão extrema
  • Dificuldades de atenção e concentração

No entanto, acrescem outros sintomas cardinais necessários para o seu diagnóstico (pelo menos dois dos seguintes têm de estar presentes):

  • Alucinações visuais
  • Tremores e rigidez muscular (similar à observada na doença de Parkinson)
  • Flutuação do estado mental (a pessoa apresenta-se lúcida e orientada em alguns momentos e confusa e desorientada noutros. Esta flutuação ocorre tipicamente em períodos de horas ou de minutos).

Estima-se ainda que mais de metade das pessoas com este tipo de demência apresenta delírios complexos e bizarros. E ao contrário do que seria de esperar, nestes casos, a medicação antipsicótica em vez de aliviar os sintomas, agrava-os e apresenta graves efeitos colaterais.

No que diz respeito ao seu tratamento, e tratando-se esta de uma doença complexa sem cura, este deverá ser bem ponderado e supervisionado por especialistas, avaliando se os seus benefícios superam os riscos.

Sabe-se, no entanto, que alguns medicamentos utilizados para tratar a doença de Alzheimer, como a rivastigmina (um inibidor da colinesterase), podem trazer alguns benefícios para alguns destes doentes.

Mais comum nos homens, esta doença apresenta uma progressão muito rápida, estimando-se que, após o aparecimento dos sintomas, as pessoas vivam entre 6 a 12 anos.

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Cuidados
Sabia que uma má alimentação, para além de ter um grave impacto na nossa saúde, coloca em risco a sa

Os pés são a base do nosso corpo. São eles que suportam tudo aquilo que nos compõe enquanto seres humanos, são o nosso meio de transporte por natureza e servimo-nos deles, quase inconscientemente, para desempenhar grande parte das tarefas da nossa rotina diária. No entanto, os pés raramente são a base das nossas preocupações, quando pensamos num estilo de vida saudável e, menos ainda, quando pensamos especificamente em hábitos alimentares. O que é certo é que uma má alimentação, para além de ter um grave impacto na nossa saúde, coloca em risco a saúde dos nossos pés.

Assim, há decisões que devemos tomar, por nós e pelo nosso bem-estar. No caso específico da saúde do pé, uma delas é reduzir o consumo de carnes vermelhas, ricas em gorduras saturadas, e de produtos com grandes quantidades de açúcar e de gorduras ómega 6, como os óleos vegetais, uma vez que podem influenciar o aparecimento de diversas patologias. Entre elas, destacam-se a fasceíte plantar, que se caracteriza por uma inflamação dolorosa dos tecidos da planta do pé, do calcanhar ou do ante pé, ou a “gota”, extremamente incapacitante e dolorosa, que se deve ao alojamento excessivo de ácido úrico no dedo grande do pé.

O cuidado deve ser redobrado, para quem sofre de diabetes. Ao longo do tempo, esta doença danifica as artérias e dificulta a circulação do sangue até às extremidades inferiores do corpo, o que, em conjunto com hábitos alimentares pouco equilibrados e desadequados à sua condição de saúde, faz com que o paciente fique sujeito a desenvolver pé diabético. Contrariamente, uma alimentação equilibrada, ao contribuir para manter as artérias saudáveis e para o seu bom funcionamento, favorece a boa saúde dos pés e pode até evitar uma amputação.

Para além disto, não devemos esquecer que o excesso de açúcar e de gorduras pode levar à obesidade, responsável pelo aumento das dores e da sensação de dormência nos pés. Em casos mais graves, a obesidade pode mesmo originar alterações ao nível do pé, como o pé plano, uma vez que devido ao excesso de peso do corpo, a planta do pé fica em constante sobrecarga e, por essa razão, vai-se deformando, perdendo o seu arco e tornando-se achatada.

Não é obrigatório cortar totalmente este tipo de alimentos da sua dieta (caso não haja indicação em contrário por parte do seu médico ou especialista), mas é imperativo que os consuma de forma controlada: em pequena quantidade e ocasionalmente.

Em contrapartida, recomenda-se uma alimentação saudável, rica em vitaminas, antioxidantes, “gorduras boas” (como, por exemplo, as gorduras ómega 3), fibras e minerais, sobretudo à base de:

  • Fruta da época, como citrinos, maçã e romã;
  • Vegetais, sobretudo os verdes;
  • Frutos secos;
  • Peixe gordo e de águas frias, como o salmão, o atum e a sardinha;
  • Carnes magras (ou brancas), como o peru e o frango;
  • Cereais integrais;
  • Leguminosas, como o feijão;
  • Muita água.

Tenha, no entanto, em atenção que seguir uma dieta saudável contribui, de facto, para a saúde dos seus pés, mas não elimina a hipótese de ter, ao longo da sua vida, problemas podológicos. Assim, não deve deixar de consultar o seu podologista, pelo menos uma vez por ano e/ou sempre que detetar alguma alteração, para um diagnóstico atempado e um tratamento adequado.

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Conselhos
Dia 8 de novembro foi o dia escolhido pela Comissão Europeia para assinalar o Dia Europeu da Aliment

A designação escolhida para este dia é, na nossa opinião, muito feliz, porque a nossa alimentação é diretamente influenciada pela forma como cozinhamos os alimentos. Não se pode falar de alimentação saudável, sem uma arte de cozinhar assente em princípios também eles saudáveis.

Num país como Portugal, onde o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é ainda a primeira causa de mortalidade, relembramos uma vez mais os seus fatores de risco: a hipertensão arterial, a fibrilhação auricular, a diabetes, a obesidade, a dislipidemia, o sedentarismo, o tabagismo, entre outros. A grande maioria destes fatores de risco é modificável pelos hábitos e estilos de vida dos portugueses, sendo elevado o impacto positivo da alimentação e da atividade física na saúde.

A Dieta Mediterrânica que integra a lista do património imaterial da UNESCO salvaguarda um conjunto de princípios orientadores em matéria de alimentação, que mais do que promotor de saúde, é património cultural e identitário do nosso país. Em jeito de TOP + e TOP -, deixamos um conjunto de orientações simples para uma alimentação e cozinha mais saudáveis, para um Portugal com mais saúde e menos AVC.

Top +

  • Mais água
  • Mais fruta
  • Mais hortícolas (mais sopa)
  • Mais cereais integrais (arroz, massa, pão, entre outros)
  • Mais produtos vegetais da época (respeitar a sazonalidade)
  • Mais produtos frescos de produção local
  • Mais produtos lácteos com menos gordura
  • Mais peixe
  • Mais carnes brancas
  • Mais azeite
  • Mais cozidos e grelhados
  • Mais ervas aromáticas e especiarias para tempero e confeção
  • Mais refeições por dia, mas pequenas
  • Mais pequenos-almoços ricos e completos
  • Mais atividade física em “mais” ar livre

Top -

  • Menos sal e produtos salgados
  • Menos açúcar e alimentos açucarados
  • Menos bebidas alcoólicas
  • Menos alimentos processados e pré-confecionados
  • Menos fritos, assados e refogados com muita gordura
  • Menos carne e gordura animal
  • Menos quantidade de alimentos no prato (escolha um prato mais pequeno)
  • Menos desperdício alimentar
  • Menos atividades sedentárias


Dra. Sandra Alves
Médica e Nutricionista
Membro da Sociedade Portuguesa do AVC

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Prémio
A Bolsa de Investigação da Sociedade Portuguesa de Cardiologia com o apoio do Banco de Portugal foi entregue no passado dia 31...

O projeto vencedor estava subordinado ao tema “Magnetical – MAGNetic resonance Evaluation of Tafamidis Impact in Cardiac AmyLoidosis” e para o receber subiu ao palco o Professor Doutor Nuno Bettencourt em representação da restante equipa de trabalho composta por Sara Borges, Catarina Ferreira, Catarina Vieira e Vítor Hugo Pereira.

A decisão final ficou a cargo do júri composto pelos Professores João Morais, Nuno Cardim, Ricardo Fontes de Carvalho e pelos Drs. José Rodrigues Loureiro e Isabel Monteiro.

Este prémio foi lançado para assinalar o 70º aniversário da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e assumiu como objetivos principais a promoção da investigação na área da saúde cardiovascular e o apoio aos seus profissionais. As candidaturas à Bolsa de Investigação terminaram no passado mês de julho de 2019 e contabilizaram um total de dez projetos inscritos.

 

Campanha
A Neuropatia é uma das complicações da Diabetes. O aumento da glicose no sangue (hiperglicemia) é uma das causas mais...

A Neuropatia diabética manifesta-se através de sintomas como dormência ou sensação de queimadura nos membros inferiores, formigueiro, picadas, choques, agulhadas nas pernas e pés, desconforto ou dor e perda da sensibilidade táctil, entre outras. No entanto, os sintomas da Neuropatia são ainda muitas vezes ignorados, subvalorizados ou não detetados por médicos e doentes.

«É fundamental que as pessoas, em especial os grupos de risco, reconheçam os sintomas e procurem identificá-los junto do seu médico, de modo a travar ou controlar a doença», alerta Jorge Brandão, médico de medicina geral e familiar e Vice-presidente da APMGF.

As campanhas de Sensibilização e Rastreio permitem alertar a população e os médicos assistentes para a importância do diagnóstico precoce

No mês em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes (14 de novembro), o Núcleo Saúde Mais Próxima, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), com o apoio científico da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), promove ações de sensibilização e rastreio gratuitas, em dez bairros municipais e históricos da cidade de Lisboa.

De 11 a 22 de novembro, os enfermeiros do Núcleo Saúde Mais Próxima estarão, das 9h15 às 17h45, numa ação que tem como objetivo o despiste precoce de sinais e sintomas sugestivos da Neuropatia. Será realizada a avaliação do pé e de outros parâmetros, tais como glicemia, pressão arterial e índice de massa corporal (IMC).

Nesta ação de sensibilização, e atendendo às especificidades da neuropatia, Guida Amorim, Diretora do Núcleo Saúde Mais Próxima, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, esclarece que «sempre que se verifique a necessidade de observação e avaliação médica, a pessoa rastreada é encaminhada para o seu médico assistente, com um parecer realizado pelos profissionais de saúde.» Acrescenta, ainda, que «esta será a segunda fase da iniciativa. A primeira decorreu durante o passado mês de julho, com 226 consultas/rastreios registados, verificando-se que 23% das pessoas rastreadas tinham Diabetes e que existia ainda um elevado desconhecimento em relação à neuropatia.»

 

 

Doença silenciosa
A fibrilhação auricular é a perturbação do ritmo cardíaco mais frequente e é responsável por 20 a 30
Grande plano a preto e branco da cara de homem de meia idade

Em Portugal, a prevalência desta arritmia cardíaca na população com idade igual ou superior a 40 anos é de cerca de 2,5 por cento. A partir dos 65 anos a prevalência aumenta para 9 por cento, ou seja, cerca de um em cada dez portugueses com mais de 65 anos desenvolve esta doença.

A fibrilhação auricular é habitualmente uma doença silenciosa. No entanto, algumas pessoas podem manifestar sintomas como por exemplo, a sensação de batimentos descoordenados do coração, pulsação rápida e irregular (com períodos de aceleração e desaceleração do seu ritmo), tonturas, sensação de desmaio ou mesmo perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

Infelizmente, por vezes, as pessoas só descobrem que têm esta arritmia cardíaca depois de sofrer um AVC. É fundamental apostar num diagnóstico mais atempado. A partir dos 65 anos, para além de controlar o peso, a tensão arterial, o colesterol, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e não fumar, é importante que as pessoas avaliem o seu ritmo cardíaco e as pulsações através da palpação / auto-avaliação do pulso. Esta medida simples pode auxiliar um diagnóstico mais célebre e assim evitar as possíveis complicações da fibrilhação auricular, como o AVC.

Uma vez diagnosticada a fibrilhação auricular, na maioria das vezes, é necessário fazer uma terapêutica anticoagulante para evitar o risco de AVC. Atualmente, a terapêutica-padrão para prevenção do AVC em pessoas com esta arritmia é a anticoagulação. Segundo as normas de orientação europeias e nacionais, para a maioria dos doentes deve ser considerado um dos Novos Anticoagulantes Orais. É importante que, uma vez prescritos pelo médico, a pessoa perceba o motivo de fazer esta terapêutica e porque é que não deve interrompê-la.

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Fibrilhação auricular: uma arritmia frequente associada a risco de AVC

Fibrilhação Auricular e o risco de AVC

Falando de Fibrilhação Auricular e de AVC

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Vírus mudam
Em plena época de vacinação contra a gripe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende os benefícios da vacina relembrando...

A gripe é uma doença contagiosa que infeta todos os anos cerca de 10% dos adultos e um terço das crianças e, geralmente, apresenta uma evolução benigna.

O aumento de pessoas internadas na época da gripe faz também disparar os gastos com antibióticos devido ao aumento do número de infeções hospitalares, o que também provoca o problema da resistência aos antibióticos.

Em Portugal, a vacinação contra a gripe é recomendada pela Direção-Geral da Saúde a pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde ou outros prestadores de cuidados.

Os vírus da gripe estão em constante alteração e a imunidade provocada pela vacina não é duradoura, sendo por isso necessária a vacinação anual.

 

 

Evento
A Associação Portuguesa de Podologia (APP) vai promover, no dia 16 de novembro, as IV Jornadas do Pé Diabético, na Biblioteca...

“Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto à custa do pé diabético sendo que 85 por cento destas são precedidas por úlceras”, revela Manuel Portela, presidente da APP.

Como forma de reverter estes dados preocupantes, o podologista refere “a importância de reforçar a consciencialização para a prevenção, diagnóstico atempado e tratamento do pé diabético, por profissionais qualificados”, e alerta ainda “é urgente a presença do podologista na consulta multidisciplinar do pé diabético, nos cuidados de saúde primários, por forma a tratar e controlar as doenças associadas ao pé diabético e assim reduzir inequivocamente as taxas de amputação”.

O Pé Diabético é visto como a principal causa de amputação da extremidade inferior, sendo também a principal causa de internamento do portador de diabetes. Mais do que uma complicação da diabetes, deve ser considerado como uma condição clínica complexa. É caracterizado pelo desenvolvimento da perda de sensibilidade nos pés, presença de feridas complexas, deformidades, limitação de movimento articular, infeções, amputações, entre outras.

 

Reconhecimento
A Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental (ASPESM) acaba de reconhecer o percurso profissional e académico do...

O diploma de reconhecimento ASPESM foi entregue ao docente e investigador da ESEnfC durante o X Congresso Internacional ASPESM 2019 “Novos Desafios em Saúde Mental” realizado, de 29 a 31 de outubro, no Instituto Politécnico de Portalegre.

«Este gesto simbólico da ASPESM tem um significado especial por ser levado a cabo por colegas e amigos da saúde mental. Reconheço que muitos outros colegas poderiam ser distinguidos e confesso que sabe muito bem ser reconhecido e acarinhado por quem, diariamente, independentemente das funções ou dos contextos, procura promover a saúde mental», afirma José Carlos Pereira dos Santos, que insiste em partilhar este reconhecimento com os seus «mestres, professores, colegas, estudantes, mas sobretudo com todos os outros que, sem cátedra», lhe «ensinaram e ensinam tanto nas suas alegrias e tristezas».

Doutorado em Saúde Mental e investigador da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), da ESEnfC, José Carlos Pereira dos Santos foi presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia (2011-2013) e relator do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (2013-2020).

É, desde 2009, coordenador do + Contigo, programa de prevenção do suicídio em ambiente escolar, iniciado pela ESEnfC e pela Administração Regional de Saúde do Centro, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, tendo por população-alvo alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

Entre outras publicações, o professor coordenador da ESEnfC é coeditor da obra “European Psychiatric/Mental Health Nursing in the 21st Century - A Person-Centred Evidence-Based Approach” (2018), livro editado pela Springer International Publishing Switzerland e que tem o também docente e terapeuta americano John R. Cutcliffe como coorganizador.

"Prevenção de comportamentos suicidários: contributos da investigação" (2018), editado pela ESEnfC, é outro livro de José Carlos Pereira dos Santos, que é, ainda, coautor de “Suicide and Self-Harm: an evidence-informed approach” (2012), obre editada pela Quay Books e escrita também em colaboração com John R. Cutcliffe.

José Carlos Pereira dos Santos é membro de várias associações e sociedade científicas, de entre elas o Painel Internacional de Peritos da "Horatio" (European Association for Psychiatric Nurses) para a área da Suicidologia, o Conselho de Administração da Fundação para a Saúde, a International Association for Suicide Prevention e a International Association for Suicide Research.

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