Na União Europeia
A Comissão Europeia (CE) concedeu a autorização de introdução no mercado ao givosiran, uma injeção para utilização subcutânea...

A PHA é uma condição rara na qual os doentes podem ter crises debilitantes de dor abdominal severa, vómitos e convulsões, que poderão ser potencialmente fatais devido à possibilidade de paralisia e paragem respiratória durante as crises. Muitos doentes podem também experienciar sintomas crónicos, incluindo dor, que continua a estar presente entre as crises.

“A aprovação de hoje do givosiran assinala um momento histórico para os doentes e as suas famílias que vivem com esta doença genética devastadora, uma vez que não existem atualmente medicamentos aprovados na Europa que diminuam comprovadamente a frequência das crises e reduzam a dor crónica que muitos doentes sofrem”, declarou John Maraganore, Ph.D., Diretor-geral Executivo da Alnylam. “Temos o orgulho de apresentar o givosiran, o nosso segundo medicamento de ARNi a ser aprovado nos últimos 18 meses, aos doentes na Europa e queremos agradecer aos doentes, famílias, investigadores e equipa do estudo, cujo apoio e participação tornaram este resultado possível.”

 “O medo de não saber quando uma crise irá ocorrer, aliado a sintomas permanentes entre crises, afeta todos os aspetos das vidas dos doentes, limitando a capacidade de trabalhar e de manter uma vida social”, disse Eliane Sardh, Responsável pelo Porphyria Centre Sweden, Hospital Universitário de Karolinska, Suécia. “Pela nossa experiência, a vida é muito diferente para os doentes desde que estão a ser tratados com givosiran. Além da redução do número de crises de porfiria que exigem hospitalização e consultas médicas urgentes, vimos uma melhoria na forma como os doentes classificam o estado de saúde geral e a qualidade de vida, pelo que esta aprovação é verdadeiramente representativa para os doentes, famílias e profissionais de saúde que os tratam. Alguns dos nossos doentes conseguiram atingir marcos pessoais e profissionais que não teriam sido possíveis antes.”

 O givosiran recebeu a designação de Medicamento Prioritário (PRIME) por parte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA)4, bem como a designação de Medicamento Órfão na União Europeia. O givosiran recebeu também uma avaliação acelerada, a qual é atribuída a medicamentos considerados prioritários para o interesse de saúde pública e inovação terapêutica, e a atribuição é concebida para que novos tratamentos cheguem mais rapidamente aos doentes.

Este parecer positivo da CE segue a recente aprovação do givosiran pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) em novembro de 20196. O givosiran está também a aguardar aprovação no Brasil, onde está em avaliação prioritária.

A autorização de introdução no mercado foi baseada nos dados favoráveis do ensaio de Fase 3 ENVISION, um estudo multicêntrico global, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e segurança de givosiran em doentes com diagnóstico documentado de porfiria hepática aguda (PHA). O parâmetro de avaliação primário foi a redução em relação ao placebo no índice anual de crises de porfiria composto, definidas como as que exigem hospitalização, consulta médica de urgência ou administração intravenosa de hemina em casa, em doentes com porfiria intermitente aguda (PIA, o subtipo mais frequente de PHA) ao longo de seis meses. O ensaio incluiu 94 doentes com PHA, em 36 centros do estudo em 18 países em todo o mundo e é o maior estudo intervencional alguma vez realizado na PHA. Os doentes foram aleatorizados na proporção de 1:1 para receber givosiran ou placebo, sendo o givosiran administrado por via subcutânea na dose de 2,5 mg/kg mensalmente. Após conclusão da administração da dose no período em dupla ocultação, todos os doentes elegíveis (99%) incluídos no período de extensão em regime aberto (OLE) do ENVISION irão receber givosiran numa base continuada.

No estudo, o givosiran demonstrou uma redução de 74% no índice anual de crises de porfiria composto em doentes com PIA comparativamente ao placebo.

50% dos doentes a receber givosiran não tiveram crises durante o período de tratamento de seis meses comparativamente a 16,3% dos doentes tratados com placebo. A pior dor diária comunicada pelos doentes foi significativamente melhorada com o givosiran comparativamente ao placebo em doentes com PIA (p < 0,05).

Para além disso,  reduziu a utilização de hemina, assim como o ácido aminolevulínico na urina (ALA) e o porfobilinogénio na urina (PBG) e uma maior proporção de doentes a tomar givosiran reportou melhorias na saúde em geral, dor, função diária, comparativamente ao placebo.

As reações adversas que ocorreram com mais frequência notificadas em doentes tratados com givosiran são reações no local da injeção (36%), náuseas (32,4%) e fadiga (22,5%). As outras reações adversas observadas em doentes tratados com givosiran (ocorrendo ≥10% mais frequentemente do que com o placebo) incluem elevações da transaminase, erupção cutânea e diminuição da taxa de filtração glomerular.

Impacto da Covid-19
De acordo com um inquérito nacional de perceções aplicado a profissionais dedicados à área da doença vascular cerebral, a...

Assim “a SPAVC mostra-se preocupada com o impacto potencialmente dramático que este facto terá nas taxas de mortalidade global do nosso país, bem como no estado funcional dos doentes com AVC”, refere Vítor Tedim Cruz, da Direção da SPAVC.

Para combater esta tendência, “os doentes com AVC não devem recear recorrer aos Serviços de Urgência durante o período de pandemia Covid-19”, sublinha Miguel Rodrigues, em representação SPN, “porque os hospitais têm circuitos diferentes para os doentes com e sem sintomas da Covid-19”, justifica.

Se é  verdade que, neste momento, deve ser reforçada junto da população a importância do confinamento, é igualmente premente lembrar que o 112 deve ser ativado “sempre que for identificado um dos sinais de alerta de AVC (face descaída, perda de força no braço/perna ou alteração da fala), de modo a permitir que os doentes sejam orientados para a unidade hospitalar que permite realizar tratamento de fase aguda adequado”, detalha Luísa Fonseca, coordenadora do NEDVC da SPMI.

Isto porque “a rapidez de atuação é fundamental para que se possa evitar sequelas”, explica o Ângelo Carneiro, da SPNI. O neurorradiologista de intervenção lembra que “os hospitais já se prepararam para atender os doentes com AVC de forma adequada, fazendo testes de rastreio sempre que necessário, criando circuitos independentes de doentes, tentando minimizar os tempos de permanência em unidades de cuidados intensivos e em internamento, por forma a reduzir ao máximo a possibilidade de um doente com AVC ser contagiado”.

Assim, é necessário continuar a sensibilizar a população para que seja capaz de “diferenciar uma situação emergente, como é um AVC, de uma situação potencialmente urgente, como é a infeção por SARS-CoV-2”, frisa Vítor Tedim Cruz. O neurologista esclarece que “no primeiro caso, a escala continua a ser aferida em minutos, enquanto no segundo falamos certamente de dias ou semanas”.

Ângelo Carneiro assegura ainda que “as equipas de Neurorradiologia de Intervenção continuam operacionais nos vários centros, a desempenhar o seu papel na realização de tratamentos endovasculares no AVC agudo, da mesma forma como o faziam anteriormente, salvaguardando sempre a segurança destes doentes”.

Os especialistas deixam também um alerta relativamente ao controlo dos fatores de risco, para prevenir a ocorrência ou recorrência de um AVC. “Os doentes devem manter a terapêutica para controlo de fatores de risco vascular (anti-hipertensores, estatinas, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e terapêutica para diabetes). Não existe, atualmente, qualquer indicação para suspender nenhuma das terapêuticas previamente prescritas, sem indicação de médico assistente”, aponta Luísa Fonseca.

Aos sobreviventes de AVC, que se veem particularmente afetados, com limitações sérias no acesso às estratégias de reabilitação, fundamentais para recuperar as capacidades perdidas devido ao episódio vascular cerebral deixam uma mensagem: “os sobreviventes de AVC têm várias sequelas neurológicas, como epilepsia, dor, perda de capacidade cognitiva, depressão, espasticidade e disfunção sexual ou urinária. Em caso de agravamento desses sintomas, os seus médicos hospitalares e dos centros de saúde estão disponíveis para serem contactados e adaptarem a medicação ou dar outros conselhos através de contacto telefónico ou ainda, se necessário, observação urgente”, descreve Miguel Rodrigues. É, no entanto, imperioso que sejam feitas todas as diligências de modo a manter a terapêutica adequada após fase aguda, retomando o funcionamento de unidades de reabilitação, apontam os especialistas.

Lesão cutânea
Já todos ouvimos falar em urticária - uma doença de pele relativamente comum e que resulta num quadr

Caracterizada pelo aparecimento súbito de lesões avermelhadas na pele, levemente inchadas e que provocam prurido (comichão) ou sensação de queimadura e ardor, a urticária surge pela libertação de histamina ou outras substâncias vasoativas pelas células da pele (mastócitos) que conduzem à inflamação dos tecidos. De acordo com a médica alergologista, Mariana Couto, esta libertação de histamina “pode acontecer devido a múltiplas causas, entre elas uma reação alérgica”. No entanto, em muitos outros casos esta ativação dá-se por meio de estímulos não-alérgicos o que leva a que nem sempre seja possível identificar a causa desta doença.  

O que é a urticária de pressão?

A urticária de pressão é um tipo raro de urticária induzida por estímulo físico, neste caso, por pressão na pele. Esta pode surgir imediatamente após o estímulo, causando edema pequeno e eritema local, ou ao fim de algumas horas. Segundo a especialista, “nestes casos as lesões podem surgir entre 3-12 horas após o estímulo mecânico”, designando-se de urticária de pressão tardia.

Esta pode atingir:

  • os pés, pelo uso de sapatos fechados e apertados ou por passar muito tempo em pé;
  • a cintura, ao usar roupas com cintura apertada;
  • as nádegas, pelo estímulo de ficar sentado durante muito tempo;
  • ou nas palmas das mãos, pela pressão exercida em determinados trabalhos.

Quais os sintomas?

Embora se caracterize igualmente pelo aparecimento de placas avermelhadas, estas costumam apresentar maior relevo (ou seja, são mais elevadas), têm um aspeto mais endurecido e, em vez de comichão, causam mais dor ou sensação de queimadura, acometendo apenas a área submetida a pressão.

Sabe-se ainda que é muito comum este tipo de urticária estar associado a outros, como a urticária crónica espontânea.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da urticária é clínico, sendo feito pela observação de lesões características e história típica de aparecimento rápido. No caso das urticárias físicas (induzidas pelo estímulo físico), “além da observação das lesões, o médico também pode decidir fazer alguns exames com estímulos mecânicos”, esclarece a alergologista.

Qual o tratamento?

O tratamento da urticária tem como objetivo aliviar ou eliminar os sintomas, no entanto, “não resolve o mecanismo que produz a urticária”, o que significa que, nestes casos, o doente poderá levar mais tempo a responder ao tratamento realizado com anti-histamínicos ou antialérgicos. O seu uso poderá ser mais prolongado.

Em matéria de prevenção, depois de identificados, deve evitar, tanto quanto possível, os fatores desencadeantes.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ergonomia visual
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) criou um conjunto de recomendações so

O objetivo é minimizar o surgimento de sintomas como a vista cansada, as dores de cabeça ou as dores musculares associadas a más posturas que este tipo de tarefas pode trazer. Estas orientações podem ainda ter um caráter preventivo no surgimento de outras condições oculares.

Tanto para o uso do computador como da televisão para estudar, deve-se preparar o local de trabalho com antecedência, devidamente organizado, arejado e com todo o material que será necessário:

  • Escolher uma mesa e uma cadeira adaptadas à altura;
  • A cadeira deve ter um apoio para as costas, onde se deve ficar bem encostado;
  • Assegure-se que há boa iluminação natural e artificial superior sempre paralela às janelas e paredes;
  • Procure eliminar ou evitar ter reflexos no monitor do computador ou no ecrã da televisão;
  • Manter sempre limpas as superfícies do monitor do computador e do ecrã da televisão;
  • Recorda-se de pestanejar, quando estamos em frente a monitores tendemos a esquecer-nos de o fazer;
  • Muito importante: fazer pequenos intervalos. A cada 10-15 minutos fixar um objeto longínquo por uns segundos; ao fim de 30 minutos fazer uma pausa de 2-3 minutos e ao fim de 2 horas fazer um intervalo de aproximadamente 15 minutos;

No Computador

  • O monitor deve ficar em cima de uma superfície plana sem brilho (uma mesa);
  • Para evitar o encandeamento e os reflexos desconfortáveis, o monitor não deve nunca ficar de frente para locais com muita luminosidade, como uma janela, mas sim colocados perpendicularmente;
  • Deve-se colocar o monitor em frente à pessoa de modo a permitir uma postura correta do pescoço;
  • topo do monitor deve ficar à altura dos olhos e com inclinação de cerca de 10 ou 20 graus para a frente, ou seja, com o topo mais afastado da pessoa do que a parte inferior.
  • Regular o brilho e o contraste do monitor de forma a torná-lo menos "agressivo" para os olhos; colocar o máximo de contraste;
  • Deve-se colocar a uma distância do monitor de aproximadamente 50 a 70cm;
  • altura da cadeira deve ser ajustada de forma a que quando se usa o teclado ou o rato os antebraços e mãos estejam na horizontal, os ombros relaxados e os pulsos em posição neutra.

 Na Televisão

  • Deve procurar colocar-se a uma distância adequada da televisão em função da sua dimensão, que é aproximadamente igual a 3 vezes a diagonal do monitor;
  • Quando está sentado, a televisão deve estar a uma altura em que os olhos estejam aproximadamente a meio do ecrã, de forma a evitar posturas incorretas;
  • O ecrã da televisão deve estar colocado em frente à pessoa para que não seja necessário rodar o pescoço.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doença oncológica
A medida visa aliviar de alguma forma as deficiências que muitos doentes oncológicos estão a sofrer nos processos de...

OncoDNA, companhia especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, oferece a possibilidade de usar de forma gratuita a solução de apoio à decisão OncoKDM Lite durante o tempo em que se mantenham as medidas especiais de confinamento vinculadas à pandemia de COVID-19.

Esta plataforma online permite interpretar as análises genómicas de qualquer doente de forma rápida, simples e sem sair da consulta. Com esta plataforma, também é possível ligar em rede especialistas de todo o mundo e partilhar cada caso anonimamente entre eles, com apenas alguns cliques e em qualquer ponto geográfico, desde que esteja ligado à internet.

“OncoKDM Lite é muito útil para ligar laboratórios, biólogos, patologistas e oncologistas entre si. De facto, a plataforma possui o que chamamos de ‘laboratório virtual', no qual membros da mesma equipa podem entrar e discutir casos específicos, com todas as informações associadas, por meio de um sistema interno de mensagens”, afirma Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA em Espanha e Portugal.

Apresentada internacionalmente pouco antes do início da crise do coronavírus, esta nova plataforma é capaz de reunir todas as informações recolhidas sobre um doente (resultados de qualquer tecnologia genómica, informações clínicas, etc.), analisando-as e interpretando-as de uma forma clínica e biologicamente eficaz, facilitando a tomada de decisão pelo oncologista ao escolher a terapia certa para o doente, procurando ensaios clínicos disponíveis no país de origem ... oferecendo uma resposta mais rápida, concisa e operacional na prática clínica diária.

 

 

Prolongamento de prazos
Encontra-se em curso o processo de candidaturas à 2ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção que tem como...

Considerando a situação epidemiológica atual e o impacto gerado concretamente na comunidade médica, a MSD Portugal decidiu prolongar o prazo de candidaturas à edição de 2020. Desta forma, todas as equipas de trabalho com atividade num estabelecimento de prestação de cuidados de saúde, de natureza pública ou privada, ou em instituições científicas sem fins lucrativos podem agora submeter os seus projetos, até dia 28 de maio de 2020, através do site do Prémio: https://premiomsdinvestigacaoemsaude.pt/

Nesta 2ª edição, será atribuído um valor de 10 000€ ao Grande Vencedor e um valor de 1 500€ a cada uma das Menções Honrosas. Todos os projetos submetidos serão avaliados pela sua criatividade, relevância para a população-alvo, estrutura, objetivo, metodologia e exequibilidade.

A Comissão de Avaliação é constituída pelos seguintes elementos: Prof.ª Doutora Catarina Resende de Oliveira, Prof.ª Doutora Emília Monteiro, Prof. Doutor Henrique Luz Rodrigues, Prof. Doutor Jorge Torgal Garcia, Prof. Doutor Manuel Abecasis, Prof.ª Doutora Mariana Monteiro e Prof. Doutor Nuno Sousa.

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site.

 

 

 

 

Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) vai promover uma sessão online gratuita, no próximo dia 28 de abril,...

“Nos últimos 15 anos, registou-se um aumento do número de cirurgias de ambulatório. Com este Webinar pretende-se que sejam discutidas as melhores estratégias e que sejam elaborados consensos para o reinício da atividade cirúrgica em contexto de cirurgia ambulatória, que poderão depois ser também aplicadas na cirurgia programada em regime de internamento”, explica Carlos Magalhães, presidente da APCA.

O Webinar que tem como tema “A Retoma da Cirurgia Ambulatória na Era COVID – Uma Nova Realidade?” conta com várias Sociedades Científicas e Representantes de Profissionais de Saúde, nomeadamente Carlos Magalhães, Presidente da APCA, Silva Pinto, Vogal da APCA de Lisboa, Célia Castanheira, Secretária da APCA do Porto, Paulo Lemos, Presidente do Colégio Especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos, Alberto Midões e José Augusto Martins, do Colégio Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos, Vicente Vieira, em representação da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Gil Gonçalves, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Hélder Ferreira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva (SPCMIN), Raquel Martins, Presidente do CF da Ordem dos Enfermeiros, e Mercedes Bilbao, Presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP).

No final da sessão online, que tem o apoio da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, será elaborado um documento de consenso que será disponibilizado às entidades oficiais.

Para mais informações e inscrições, consultar: http://bit.ly/webinarapca

 

 

Risco para a saúde
O TIC Council, a Associação internacional que reúne todas as entidades de “Teste, Inspeção e Certificação”, e na qual o...

Este organismo internacional foi notificado quanto à existência de um número elevado de certificados de Avaliação de Conformidade falsificados que estão a ser utilizados, sem confirmação da validade e da segurança de equipamentos de proteção individual (EPI) bem como de dispositivos médicos (DM).

No atual contexto de pandemia, a utilização de equipamentos ou dispositivos (fraudulentos) não certificados pode aumentar o risco de propagação do vírus COVID-19 e colocar a saúde e a segurança das pessoas em perigo.

VanBenschoten, Presidente do Comité de Combate à Contrafação do TIC Council, recomenda que, caso as autoridades policiais, organizações de consumidores, governos ou cidadãos tenham dúvidas sobre a validade do certificado de conformidade de um equipamento, entrem em contacto com o Organismo de Avaliação da Conformidade que validou o equipamento.

A Diretora-Geral do TIC Council, Hanane Taidi, declarou que “enquanto combatemos o vírus COVID-19, é vital que os equipamentos de saúde e segurança garantam a proteção adequada àqueles que os utilizam e cumpram os padrões exigidos. Equipamentos de proteção genuínos são fundamentais para proteger vidas e impedir a propagação do vírus. Solicitamos às pessoas que compram EPIs que garantam a autenticidade e validade dos certificados de segurança e qualidade dos mesmos”.

Neste contexto de pandemia, a última coisa que os consumidores querem que aconteça são falsificações e equipamentos não-conformes com as normas internacionais, por isso é da maior importância que tanto os compradores como os Governos e as autoridades existentes nesta matéria estejam muito atentos a isto. Sempre que houver dúvida é validar o certificado entrando em contacto com o Organismo de Avaliação da Conformidade identificado no certificado.  É a saúde de todos nós que poderá estar em causa”, refere Pedro Matias, Presidente do ISQ.

Recomendações
O Núcleo de Estudos de Doenças Raras (NEDR), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), em colaboração com a...

A associação europeia EURORDIS identifica as Pessoas com Doença Rara, nomeadamente doenças metabólicas raras e as com doenças que afetam o sistema imunológico, como pessoas de risco elevado.

O guia tem recomendações para pessoas sob terapêutica imunossupressora, pessoas com imunodeficiências primárias, com cardiopatia, com doenças hereditárias metabolismo, com perturbações do desenvolvimento ou do espectro autista, com hemofilia, pessoas traqueostomizadas em ventilação no domicílio ou com sonda nasogástrica e pessoas com epilepsia.

Tem como principal objetivo ser um instrumento simples e esclarecedor, de apoio às Pessoas com Doença rara e seus Cuidadores, que pretendam informar-se sobre o SARS-Cov-2 e a COVID 19, no sentido de prevenir, combater e eliminar comportamentos suscetíveis de propagar esta pandemia.

O guia pode ser consultado ou descarregado aqui: https://www.spmi.pt/covid-19-guia-informativo-para-pessoas-com-doenca-rara-e-seus-cuidadores/

 

Especialistas esclarecem controvérsia
Perante as notícias recentemente divulgadas que apontam um efeito protetor da nicotina contra a COVID-19 a Sociedade Portuguesa...

Em comunicado, a SPP esclarece que o “tabagismo está associado a várias patologias crónicas, nomeadamente, doença respiratória, cardiovascular, diabetes e cancro, entre outras”, acrescentando que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde e a Direção Geral de Saúde, os doentes com estas patologias têm maior risco de doença grave por COVID-19. “Além disso, o tabagismo tem um efeito nocivo para o sistema imunitário, tornando os fumadores mais vulneráveis às infeções, incluindo possivelmente o novo coronavírus”, sublinha a sociedade científica.

Os especialistas chamam ainda a atenção para o “contacto mão-boca realizado frequentemente e repetidamente pelos fumadores” que constitui uma forma de infeção reconhecida”. Adicionalmente, esclarecem, “também a partilha de tabaco e seus produtos está associado a risco de contágio”.

Na nota enviada à comunicação social, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, faz saber que “apesar dos estudos serem escassos até à data, já há evidência científica que mostra que os fumadores têm maior risco de progressão para doença grave, maior risco de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos com necessidade de ventilação mecânica e maior risco de morte, em comparação com os não fumadores”.

Perante todos estes dados, e alinhada com a Organização Mundial de Saúde, alerta para o perigo da controvérsia causada pela indústria tabaqueira com a “divulgação de informação imprecisa e não fundamentada sobre o efeito protetor da nicotina”, e reafirma que os fumadores podem sofrer condições mais graves da doença COVID-19. “A nicotina é uma substância altamente aditiva que causa dependência nos seus utilizadores não existindo qualquer evidência sobre o seu efeito protetor”, sublinha.

De acordo com esta sociedade científica, “os estudos em causa aguardam ainda revisão científica e (…) há evidência clara de ligação à indústria tabaqueira, no passado, por um dos autores do estudo que coloca a hipótese do efeito protetor da nicotina, Jean-Pierre Changeux”.

O artigo de Jean-Pierre Changeux, que coloca esta hipótese do efeito protetor da nicotina, é baseado num outro estudo, realizado com 343 doentes, e que segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia apresenta  limitações que comprometem as conclusões retiradas: “o facto da taxa de prevalência de tabagismo nesta amostra hospitalar ser menor que a da população em geral não significa que tem um efeito protetor, na medida em que apenas grandes estudos de coorte bem fundamentados são apropriados para responder a questões sobre associação de fatores de risco a determinada doença ao longo do tempo, o que não acontece neste estudo. Da mesma forma, os dados dos doentes colhidos são imprecisos, por exemplo, no grupo dos ex-fumadores não é discriminado o tempo de abstinência (o que poderá incluir doentes que fumaram o último cigarro pouco tempo antes da avaliação). Além disto, a prevalência de ex-fumadores parece ser elevada, não são mostrados dados ajustados ao sexo e idade e não é fornecida verificação bioquímica da abstinência tabágica. Isso mesmo tem sido referido pela comunidade científica9, aliás, estas mesmas limitações são afirmadas pelos autores do estudo original.  Por outro lado, deve ser tido em conta que ser fumador e efeito protetor da nicotina são conceitos diferentes, que não devem ser confundidos”.

Deste modo, a SPP vem reforçar a posição defendida pelo pneumologista Filipe Froes que considera que “nesta altura a necessidade de divulgar conhecimento científico faz com a revisão e o rigor sejam mais frágeis existindo estudos que não seguem metodologias corretas e que tiram conclusões precipitadas. Existe demasiada especulação para os curtos meses que a doença tem e acaba por se valorizar o que se quer ouvir para se fazer o que se quer fazer”.

Extremamente preocupados com esta matéria, os especialistas em pneumologia recomendam a cessação tabágica imediata, “sendo que esta recomendação abrange igualmente os utilizadores de cigarro eletrónico e tabaco aquecido”. 

Ministra
“Um trabalhador deve ter o cuidado de medir duas vezes ao dia a sua temperatura” e deve alertar a entidade patronal caso...

A governante reforçou ainda que, “se as pessoas sentirem que têm temperatura, devem abster-se de ir trabalhar”.

Além da responsabilidade individual de cada trabalhador, a Ministra da Saúde apontou para vários aspetos legais sobre a medição da temperatura corporal por parte da entidade patronal, salientando que tem de haver consentimento expresso do trabalhador e que o controlo tem de estar sujeito a dever de confidencialidade.

Na conferência de imprensa, a Ministra da Saúde remeteu ainda para a explicação dada no sábado pelo Trabalho Solidariedade e Segurança Social, que afirmou que a medição da temperatura corporal aos trabalhadores “não se afigura inviável”, desde que não seja guardado qualquer registo da mesma.

Nessa mesma nota, o Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social referiu que o Governo vai clarificar a matéria por via legislativa.

 

 

Pandemia
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional, participou na elaboração do Guia CASA+ ...

Enquadrado no contexto da pandemia da Covid-19, o guia tem como objetivo “fornecer recursos para apoiar as pessoas que vivenciavam momentos de maior fragilidade e que necessitam de manter um nível de equilíbrio psicológico e emocional compatível com uma vivência autónoma e o normal exercício profissional”.

O manual CASA+, realizado no âmbito do Projeto 2.1. do Plano de Trabalho Colaborativo na Administração Pública, fornece um conjunto alargado de recursos que podem ajudar as pessoas em regime de teletrabalho nos desafios da organização da sua vida diária e na conciliação dos momentos de trabalho com aqueles outros momentos, tão importantes, para estarem com a família e consigo próprios.

O Grupo de Trabalho que desenvolveu o manual foi coordenado pela Secretária-geral da Presidência do Conselho de Ministros e integrou, além da DGS, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P., a Autoridade para as Condições de Trabalho, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, a Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, o Instituto Nacional para a Reabilitação, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), a Ordem dos Psicólogos Portugueses e a Polícia Judiciária (PJ). O projeto teve ainda o apoio da Agência para a Modernização Administrativa.

 

 

Covid-19
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a Sociedad Española de Directivos de la Salud (SEDISA), com o...

Ao todo são quatro sessões, que vão contar com especialista de ambos os países para discutir a organização da resposta do Sistema de Saúde à procura gerada pela pandemia, com especial enfoque na gestão dos recursos - humanos, logística e equipamentos - e na gestão clínica, do risco, dos circuitos e processos nas áreas de maior pressão assistencial.

O primeiro webinar acontece já no próximo dia 30 de abril, com o tema “Medicina intensiva: organização e desafios da gestão da procura”. Seguem-se depois a 5, 7 e 12 de maio, as discussões sobre a “Resposta da urgência: acesso, despistagem e encaminhamento”; a Resposta farmacêutica e a proximidade a doentes de ambulatório” e a “Resposta através dos hospitais de campanha”, respetivamente. Todas as sessões têm hora marcada para as 15h de Portugal, 16h em Espanha, com acesso através do link www.yal.pt/conferenciascovid19apahsedisa.

Esta iniciativa, dirigida aos profissionais de saúde, pretende assim dar uma visão intra-hospitalar e extra-hospitalar no combate à Covid-19, em ambos os países, pela discussão do impacto da Covid-19 nos diversos níveis e domínios assistenciais. Paralelamente, pretende-se discutir de que forma devem ser asseguradas soluções de continuidade da resposta dos cuidados de saúde.

 

 

Universidade de Coimbra
Coordenado por Marcela Matos, do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da...

Considerando que a crise associada à COVID-19 tem efeitos nefastos tanto na saúde física quanto na saúde mental das pessoas em todo o mundo, o objetivo, explica Marcela Matos, "é examinar o impacto psicológico desta pandemia e compreender que fatores podem ser protetores contra as suas consequências negativas ao nível da saúde mental".

"Pretende explorar, ao longo do tempo e em diferentes países/culturas, os efeitos da pandemia COVID-19 na nossa sensação de segurança e ligação aos outros, sintomas psicopatológicos (como a ansiedade, depressão e trauma), procurando determinar de que modo as pessoas lidam com esta situação e se a mesma pode ser fonte de crescimento pessoal pós-traumático. Um dos aspetos mais inovadores consiste na investigação do possível efeito protetor da compaixão e da autocompaixão", explicita a coordenadora do consórcio.

A compaixão "tem sido definida como a sensibilidade ao sofrimento no próprio e nos outros, capaz de gerar esforços concretos para aliviar ou prevenir esse mesmo sofrimento. Este projeto investigará, de modo transcultural, se a compaixão desempenha um papel protetor relevante na atenuação dos efeitos nocivos da pandemia na saúde mental dos indivíduos", acentua.

Este estudo tem como população-alvo indivíduos da população geral (com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos), profissionais de saúde e pessoas em cargos de chefia em empresas e instituições. A participação envolve o preenchimento anónimo e confidencial de um questionário online.

 

 

 

Plano de contingência
Desde o dia 1 de abril que cada Psiquiatra do Hospital do Espírito Santo – Évora, EPE (HESE) realiza consultas através do...

O Hospital de Évora, no âmbito do plano de contingência no combate ao Covid-19, suspendeu todas as consultas presenciais, com exceção das inadiáveis, por motivos clínicos, por questões de segurança dos Utentes e dos Profissionais. Face a esta necessidade, o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do HESE implementou a realização de consultas telefónicas e presenciais e/ou domicílio, para situações mais agudas.

O Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental de Adultos reorganizou-se em duas equipas multidisciplinares de trabalho distintas. Uma equipa que garante a atividade de consulta externa, o serviço de urgência e a psiquiatria de ligação, trabalhando em sistema de rotatividade, e uma equipa que garante a assistência no internamento. A Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência mantém também a atividade clínica de consulta externa em regime de teletrabalho.

Esta organização específica pretende garantir o acompanhamento de todos os utentes em seguimento prévio pelo Serviço e também de novos utentes referenciados pelos Médicos de Família.

Madalena Serra, Diretora do Departamento, realça a importância desta estratégia do Serviço e refere que “estando limitados no atendimento presencial, a nossa atenção é redobrada aos utentes que padecem de patologia mental grave. Mantemos, por isso, os agendamentos da medicação injetável e garantimos, de igual forma, as visitas domiciliárias para situações concretas, como sejam os doentes graves com acrescidos fatores de vulnerabilidade social.”

 

 

Covid-19
Programa de testes de diagnóstico ao vírus SARS-CoV-2 em lares de idosos, promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade...

Este programa, que começou com uma parceria com o Instituto de Medicina Molecular (IMM), a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e o Algarve Biomedical Center (ABC), da Universidade do Algarve, conta atualmente com mais de uma dezena de parceiros, entre Administrações Regionais de Saúde (ARS), Universidades, Politécnicos, e unidades de investigação, o que se traduz numa mobilização nacional da comunidade científica portuguesa.

Lançado com o objetivo de conter a propagação da doença em lares de idosos, através da realização de testes a todos os trabalhadores e utentes com sintomas, este programa de caráter preventivo é complementar a outras medidas já decretadas pelo Governo e adotadas pelas várias entidades, como a adequada separação de utentes e a correta utilização de equipamentos de proteção individual.

Foram, até ao momento, testadas cerca de duas centenas de instituições em todo o país.

O programa é operacionalizado com as Comunidades Intermunicipais (CIM), em articulação com as autoridades de saúde locais e os Centros Distritais da Segurança Social, e coordenado pelos Secretários de Estado responsáveis pela coordenação regional.

 

Cuidados em casa
A aTTitude IPSS lança uma campanha informativa através da divulgação de um tutorial e de um folheto informativo de orientação...

De acordo com a literatura científica, estima-se que vivam em Portugal pelo menos 8.000 crianças e adolescentes com necessidades paliativas. Destas, cerca de 200 morrem anualmente, na sua maioria em unidades hospitalares, sendo o apoio domiciliário claramente insuficiente para as necessidades a nível nacional.

Não conseguindo ficar indiferente às actuais circunstâncias evidenciadas pela COVID-19, a aTTitude IPSS, com o objectivo de apoiar os cuidadores e famílias, lançou uma campanha informativa através do desenvolvimento de um tutorial e de um folheto informativo específico de orientação no contexto dos CPP. Os materiais de comunicação da campanha estão disponíveis para consulta e download no site da aTTitude em www.attitude.org.pt.

“Com a actual pandemia da Covid-19 muitas dúvidas se instalaram e é fundamental esclarecer e fazer recomendações para os cuidadores informais de crianças com doença crónica ou limitante, em situação de cuidados paliativos pediátricos”, realça Bibi Sattar Marques, Presidente da aTTitude IPSS.

Segundo a pediatra Cândida Cancelinha, Coordenadora do Conselho técnico-científico da aTTitude IPSS, “é essencial que consigamos chegar ao maior número de famílias, através dos diferentes meios e estratégias de comunicação, por forma a que não se sintam sozinhas numa fase tão delicada, e em que a assistência pelas suas equipas pode estar comprometida. Com a escassez de apoio domiciliário em CPP em Portugal, agravada nesta fase, importa desmistificar receios e assegurar que a qualidade dos cuidados prestados se mantém para todas as crianças com doença crónica complexa.”.

 

 

Em Portugal
Portugal realizou aproximadamente 302.000 testes de diagnóstico à COVID-19 desde o dia 1 de março, tendo atualmente uma taxa de...

“Estamos a falar de uma testagem de 27.925 pessoas por milhão de habitantes, superior mesmo a países como a Noruega, a Suíça, a Itália e a Alemanha”, sublinhou o António Sales.

Do total de amostras processadas até ao momento, 49% dizem respeito a laboratórios públicos, 45% a laboratórios privados e 6% a outras instituições, nomeadamente académicas e militares.

Por outro lado, destacou o Secretário de Estado, “há também cada vez mais utentes inseridos na plataforma Trace COVID”. Neste momento, revelou, “são mais de 135.000 nesta ferramenta, que permite o seguimento através de cuidados de saúde primários de pessoas doentes ou suspeitas de ter COVID-19. Destes, mais de 30 mil estão em vigilância clínica”.

António Sales deixou uma palavra de reconhecimento às pessoas que “estão doentes, em convalescença nas suas casas, respeitando o isolamento obrigatório e garantindo, assim, não só a sua recuperação individual, mas protegendo a nossa saúde coletiva”.

Na ocasião, o Secretário de Estado acrescentou ainda que, desde 9 de março, foram transferidos cerca de 2.300 doentes de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e, no mesmo período, foram encontradas 230 respostas sociais, que permitiram libertar camas nos hospitais.

“Continuamos empenhados em garantir que o SNS continua a responder positivamente às diferentes fases da epidemia e o esforço de todos continua a ser tão determinante hoje, como foi ontem”, concluiu.

 

Balanço
A rede de farmácias começou a registar uma diminuição significativa de vendas devido à pandemia de Covid-19. A dispensa de...

Na semana de 13 a 19 de abril, foram dispensados menos 151 mil unidades do que em igual período do ano passado, de acordo com dados da HMR, multinacional portuguesa de informação e estudos de mercado de produtos farmacêuticos.

A epidemia e as necessidades de confinamento da população poderão causar prejuízos significativos às farmácias no segmento de produtos para a Primavera e o Verão. A dispensa de produtos solares caiu (-77%), com menos 18 mil unidades vendidas na última semana do que em igual período do ano passado. As quebras são de (-17%) nos produtos de higiene e para cuidado dermo corporal, tendência que se acentua nos produtos dermatológicos para o rosto (-32%).

O consumo global de medicamentos caiu (-4%) na primeira semana de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, tendência que se agudizou na segunda semana (-22%). Na semana de 13 a 19 de abril, o consumo está alinhado pelos padrões do ano passado. "Parece existir uma tendência de normalização depois do pico de consumo de medicamentos registado em março, provavelmente porque muitas pessoas abasteceram as suas casas com fármacos para várias semanas de tratamento", refere João Norte, CEO da HMR. "Devemos ser muito cautelosos na interpretação dos dados de mercado, porque vivemos uma situação atípica, mas na área de saúde e bem-estar é previsível uma redução substancial da atividade económica, com especial risco económico para as farmácias que já tinham feito as suas encomendas e poderão ficar com grandes quantidades de produtos em stock", refere o responsável desta empresa de estudos de mercado.

 

 

 

Caso Islandês
Cientistas da deCODE genetics e colegas da Direção Geral de Saúde da Islândia e do Hospital Universitário Nacional, publicaram...

O objetivo do estudo foi de facultar uma visão abrangente acerca da forma como o vírus de dissemina na população – no caso, uma população de 360.000 habitantes e a implementação de uma política de testes e rastreio precoce e agressiva, seguimento e medidas de isolamento para conter a epidemia. Os resultados demonstraram que aproximadamente 0,8% da população estava infetada e suportam a preocupação relativamente à transmissão pelos portadores assintomáticos. Isto sugere que, embora os esforços do sistema de saúde pública tenham sido eficazes na mitigação da disseminação até à data, um rastreio maciço à população será crucial para informar os esforços de contenção do vírus na Islândia no longo prazo.

O estudo baseia-se nos resultados de mais de 60.000 testes/milhão até 4 de abril (período de término de recolha de dados no estudo), de rastreio direcionado quer a doentes quer à população. As autoridades de saúde da Islândia começaram a testar os indivíduos que regressavam de zonas de elevado risco (principalmente estâncias de esqui nos Alpes) e com sintomas sugestivos de doença no início de fevereiro, um mês antes da primeira infeção registada no país por SARS-CoV-2 a 28 de fevereiro. A 4 de abril, estes testes direcionados permitiram a identificação de 1212 casos nos cerca de 9199 indivíduos sintomáticos e/ou contactos próximos. Todos os casos confirmados foram colocados em isolamento e os seus contactos rastreados e colocados em quarentena domiciliária durante 14 dias. Em 13 de março, de modo a complementar estes resultados e facultar uma visão acerca da disseminação do vírus na população geral, a deCODE começou a testar gratuitamente voluntários. A 1 de abril, cerca de 10797 indivíduos foram testados, com 87 (0,8%) indivíduos a testar positivo. Entre 1 e 4 de abril, foram selecionados aleatoriamente e testados mais 2283 indivíduos, dos quais 13 (0,6%) eram positivos.

“Na tentativa de mapear a epidemiologia molecular do COVID-19 na Islândia, esperamos facultar a todo o mundo dados ajudar no esforço global para conter a propagação da doença", afirmou Kari Stefansson, CEO da deCODE genetics e o autor principal do estudo.

A deCODE sequenciou o vírus de 643 indivíduos o que permitiu a construção de uma árvore genealógica das diferentes variantes do vírus. As análises de sequenciação permitiram identificar que a maioria dos casos iniciais identificados por testes direcionados provinham de indivíduos que tinham estado em Itália ou na Áustria, ao passo que os casos mais recentes são compatíveis com variantes do vírus mais prevalentes no Reino Unido, o que sugere que o vírus entrou na Islândia a partir de vários países. Atualmente foram encontradas cerca de 291 mutações, algumas das quais ainda não identificadas em mais nenhum país.

“Para achatar a curva desta pandemia o mais rapidamente possível, as informações cientificamente precisas sobre como o COVID-19 e o modo como se espalha nas comunidades são fundamentais,” disse Robert A. Bradway, presidente e CEO da Amgen.  "Acredito que a resposta rápida da deCODE nesta emergência e o conhecimento gerado irão facultar ao mundo uma base científica mais sólida para as decisões em saúde pública.”

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