Instituições e profissionais
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) acaba de publicar um documento com orientações para a atividade...

“Este documento reúne um conjunto de recomendações dirigidas aos hospitais, centros de tratamento de AVC (primários e compreensivos) e profissionais de saúde da área, no sentido de promover a manutenção de cuidados adequados aos doentes com AVC nesta situação pandémica”, adianta a Direção da SPAVC.

O esforço de resposta à pandemia no Serviço Nacional de Saúde está a ter, na ótica da SPAVC, um impacto negativo no funcionamento da Via Verde para o AVC e na capacidade da população em diferenciar uma situação emergente, como é um AVC, de uma situação potencialmente urgente, como é a infeção por SARS-CoV-2. Assim, “a SPAVC mostra-se preocupada com o impacto potencialmente dramático que este facto terá nas taxas de mortalidade global do nosso país, bem como no estado funcional dos doentes com AVC”.

No âmbito deste panorama considerado alarmante, e após reunião virtual (através da organização de um webinar fechado) com os profissionais intervenientes nas diferentes etapas de cuidados aos doentes, foram alcançados alguns consensos e conclusões gerais, a partir das quais a SPAVC emite o referido documento.

Foram definidos 11 eixos de atuação prioritários para manter os cuidados prestados aos doentes, procurando, por um lado, “uniformizar o tratamento atual do AVC por todo o país naqueles que são os pontos essenciais a avaliar, mas com a flexibilidade necessária para que cada equipa possa adaptar os procedimentos à sua realidade local”, apontam os elementos da Direção. As linhas orientadoras delineadas por esta sociedade médica foram as seguintes:

  • Manter o acesso e tratamento aos doentes com AVC, “protegendo” a Via Verde AVC;
  • Aumentar o esforço de registo e análise de dados sobre a atividade de cada centro;
  • Avaliar procedimentos: tratamento agudo do AVC e teste para SARS-CoV-2;
  • Reorganizar os centros para assegurar o tratamento endovascular;
  • Garantir a adequada proteção dos médicos;
  • Reforçar a sensibilização da população;
  • Desenvolver esforços para receitas renováveis para anticoagulantes orais;
  • Permitir o retorno aos cuidados pós-agudos do AVC (acesso à reabilitação)
  • Manter o controlo dos Fatores de Risco Vasculares pré e pós AVC;
  • Recuperar as consultas de doenças cerebrovasculares após internamento;
  • Promover a comunicação constante entre pares.

A SPAVC aproveita para lembrar os profissionais de saúde, comunicação social e população em geral que o AVC continua a ser a principal causa de mortalidade e incapacidade permanente em Portugal, ocorrendo com a mesma prevalência e gravidade, mesmo perante a propagação da Covid-19. Aqui, o tempo é um fator determinante: “no caso do AVC, a escala continua a ser aferida em minutos, enquanto na Covid-19, falamos certamente de dias ou semanas”, referem os especialistas, frisando a necessidade de agir de imediato perante um dos sinais de alerta de AVC, ativando a linha de emergência (112).

Covid-19
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) defende o uso generalizado de máscaras pela população como forma de proteger os...

Para a SPC, o uso generalizado das máscaras constitui uma medida cívica que protege todos, sobretudo os doentes de risco, além de que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária.

“É verdade que a máscara protege pouco quem a usa e, sobretudo se for mal utilizada, pode dar uma falsa sensação de segurança. Mas também é verdade que se pode ser portador e disseminar o vírus sem se sentir doente e que, por conseguinte, o uso de máscara protege os outros. A nossa principal proteção é a máscara do outro”, reforça o presidente da SPC, Victor Gil.

Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Cardiolgia faz saber que não existem estudos de grande escala para fundamentar o uso universal de máscaras em contexto de epidemias por vírus de transmissão por gotícula, como é o caso do Influenza, o vírus responsável pela gripe. "No entanto, algumas experiências populacionais reforçam a justificação empírica para o seu uso. Por um lado, diminuem a exposição de grupos mais vulneráveis e de maior risco, para os quais a sua utilização deve ser recomendada. Por outro, diminuem o risco de aerossolização de gotículas infetadas por indivíduos doentes ou portadores assintomáticos, mitigando o risco de transmissão. Neste último grupo incluem-se muitos dos doentes mais jovens e saudáveis, ativos e com maior mobilidade, para os quais não se justificaria o uso generalizado de máscaras para sua proteção individual, mas que poderá contribuir para o reforço de proteção dos grupos de risco, nos quais os doentes com patologia cardiovascular se inserem".

É "por esta lógica de proteção individual e, de forma mais pertinente, de prevenção de transmissão aos grupos mais vulneráveis", que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia justifica o uso universal de máscaras em locais públicos fechados ou em que não se possa garantir o isolamento social desejável, de acordo com o risco da atividade praticada. "Trata-se de uma medida cívica que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária", afirma.  A recomendação do uso de máscara pode não ser sustentada por robusta evidência produzida por ensaios clínicos, mas é justificada pelo “princípio da precaução”. 

Os Centers for Disease Control dos Estados Unidos, inicialmente reticentes, passaram a recomendar, a partir de 4 de Abril, o uso de máscaras comunitárias pela população geral. 

Após pandemia
O atual momento de pandemia que vivemos obriga a várias adaptações no nosso modo de atuar e o regresso à nova normalidade terá...

À medida que a pandemia parece já ter atingido o pico, ou planalto, começam a ser delineados planos para o levantamento das restrições. O país não pode parar e a economia tem de retomar a sua normalidade (possível) rapidamente. Por isso, é fundamental “garantir que os espaços estão aptos a receber pessoas. Importa realizar uma avaliação rigorosa dos espaços que apresentam condições para abrir”, acrescenta João Safara.

“Este serviço, a par de outros que estão a ser ultimados, é uma forma do ISQ reforçar o seu compromisso com a sociedade e com a economia, dando desta forma um empenhado contributo num domínio tão relevante como é o reforço da confiança das pessoas e da salvaguarda da sua segurança e comunidades, indo ao propósito mais profundo da existência do ISQ”, acrescenta João Safara.

Todo o tipo de superfícies estão abrangidos pelo COVID OUT, desde “interruptores, máquinas, mesas, volantes de carros, bancadas, maçanetas das portas, puxadores de armários, corrimão de escadas, torneiras de lavatórios, botões de elevador, monitores, teclados de computador, tablets, telemóveis,” lembra Maria Manuel Farinha, Responsável de Ambiente e Segurança do ISQ, “já que existe evidência de que as infeções por SARS-Cov-2 também ocorrem através das superfícies e objetos contaminados”.

Os técnicos do ISQ procedem à identificação de fatores de risco e pontos críticos, definem um plano de amostragem para recolha e análise de amostras, com resultados em 48 horas. Definem ainda um plano integrado de ações bem como a monitorização da eficácia das medidas de controlo implementadas.

A segurança dos locais será atestada pela emissão de um “Selo de Confiança”, que garante que foi efetuada a avaliação da eficácia das medidas implementadas que permitem controlar a transmissão do Coronavírus e assegurar que os locais estão seguros.

Covid-19
A Cloroquina e a hidroxicloroquina são conhecidas por potencialmente causarem problemas do ritmo cardíaco, e estes podem ser...

De acordo com a EMA, alguns estudos recentes[1],[2] relataram problemas graves, e em alguns casos fatais, que afetam o ritmo cardíaco após a utilização de cloroquina ou hidroxicloroquina, particularmente quando tomadas em altas doses ou em combinação com o antibiótico azitromicina.

A cloroquina e a hidroxicloroquina estão atualmente autorizadas para o tratamento da malária e certas doenças autoimunes. Além dos efeitos secundários que afetam o coração, estes fármacos são conhecidos por potencialmente causar problemas hepáticos e renais, danos nas células nervosas que podem levar a convulsões e hipoglicemia.

Estes medicamentos estão a ser utilizados no contexto da pandemia COVID-19 para o tratamento de pacientes infetados e a ser objeto de investigação em ensaios clínicos. No entanto, segundo aponta a Agência Europeia de Medicamentos, os dados clínicos ainda são muito limitados e inconclusivos, e os efeitos benéficos destes medicamentos na infeção COVID-19 ainda não foram demonstrados.

Alguns dos ensaios clínicos, que atualmente estão a investigar a eficácia da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19, utilizam doses mais altas do que as recomendadas para as indicações autorizadas. Embora danos graves possam ocorrer com as doses recomendadas, segundo a EMA, em doses mais altas podem aumentar o risco desses efeitos, incluindo atividade elétrica anormal que afeta o ritmo cardíaco (QT-prolongamento).

Recomenda-se, assim, aos profissionais de saúde que monitorizem de perto doentes com COVID-19 que recebem este tratamento e que tenham em conta problemas cardíacos pré-existentes que podem tornar estes pacientes mais propensos a problemas de ritmo cardíaco. Estes devem considerar cuidadosamente a possibilidade de efeitos secundários, particularmente com doses mais altas, e ter cuidado extra ao combinar o tratamento com outros medicamentos, como a azitromicina, que podem causar efeitos semelhantes no coração.

Os doentes e profissionais de saúde são lembrados a relatar quaisquer efeitos colaterais suspeitos às autoridades reguladoras nacionais.

Uma série de grandes ensaios clínicos randomizados estão a analisar os benefícios e riscos da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19. No contexto do COVID-19, esses medicamentos só devem ser utilizados como parte de ensaios clínicos ou em consonância com os protocolos nacionalmente acordados. Eles não devem ser usados sem prescrição médica e sem supervisão de um médico.

[1] Mayla Gabriela Silva Borba, Fernando Fonseca Almeida Val, Vanderson Sousa Sampaio et al. Chloroquine difosfato em duas doses diferentes como terapia aditiva de pacientes hospitalizados com síndrome respiratória grave no contexto da infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2): Resultados preliminares de segurança de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, fase IIb (CloroCovid-19 Study). medRxiv doi: 10.1101/2020.04.07.20056424

[2]  Lane J.C.E., Weaver J., Kosta K. et al. Segurança da hidroxicloroquina, sozinha e em combinação com a zitromicina, à luz do rápido uso generalizado para o COVID-19: um estudo multinacional, coorte de rede e série de casos auto-controlado. medRxiv doi: 10.1101/2020.04.08.20054551

 

Sintomas e tratamento
Pode acometer ambos os sexos e apresenta um forte impacto negativo na qualidade de vida do doente.

Dor pélvica crónica na mulher

Embora nem sempre seja possível encontrar uma causa para este tipo de dor, na mulher a dor pélvica crónica pode estar associada problemas gastrointestinais, urológicos, neurológicos, ginecológicos, musculoesqueléticos ou psicológicos/emocionais.

Por definição inclui-se na dor pélvica qualquer tipo de dor ou desconforto localizado não só na região pélvica como no abdómen e que pode atingir não só a estrutura musculoesquelética como órgãos (intestinos, útero, ovários, bexiga, entre outros) ou terminações nervosas.

Entre as causas ginecológicas mais frequentes estão doenças como a endometriose ou a doença inflamatória pélvica. As mulheres em idade fértil podem ainda sofrer de dor pélvica crónica na sequência de dismenorreia, pelo que devem estar atentas e não considerar este tipo de dor “normal”.

Alguns distúrbios urinários podem também condicionar o desenvolvimento deste quadro crónico. Infeção urinária crónica, cálculos renais ou inflamação da bexiga de não causa não infeciosa (por exemplo, cistite intersticial), são algumas das patologias que podem estar associadas à dor pélvica crónica.

Entre as causas gastrointestinais destacam-se a síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, tumores, hérnias e obstipação. De acordo com a literatura, estima-se que 37% dos casos de dor pélvica crónica estejam associados a problemas do sistema gastrointestinal

Uma menor percentagem de casos (cerca de 12%) está associada a causas musculoesqueléticas: síndromes miofasciais, fibromialgia e síndrome do piriforme.

Sabe-se ainda que as neuropatias ou perturbações psicológicas como a depressão ou a ansiedade podem estar na origem deste quadro.

Dor pélvica crónica no homem

Entre os homens, as infeções relacionadas com as doenças sexualmente transmissíveis (DST), cancro ou inflamação da próstata estão entre as principais causas da dor pélvica crónica.

No entanto, existe uma outra condição, designada por Síndrome de Dor Pélvica Crónica Masculina cujas causas não estão totalmente esclarecidas. Os sintomas mais frequentes incluem dor ou desconforto no períneo, região suprapúbica, pénis e testículos, bem como disúria (dor ou ardor ao urinar) ou dor ejaculatória. Os doentes podem ainda apresentar alguns sintomas urinários obstrutivos (fluxo lento e intermitente) ou irritativos que se traduzem num aumento da frequência ou urgência miccional. A disfunção sexual é comum.

Mialgia, artralgia e fadiga inexplicável estão entre os sintomas sistémicos mais frequentes.

De acordo com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, alguns doentes podem “ter uma variante da cistite intersticial / síndrome de dor vesical com dor predominante relacionada com a bexiga, associada a problemas urinários”.

Esta síndrome é diagnosticada em jovens e homens de meia idade, embora seja prevalente em qualquer idade.  

Os surtos são frequentes, com a intensificação de sintomas durante horas, dias ou semanas. Depressão, stresse ou ansiedade então entre as principais comorbilidades.

Tratamento

O tratamento depende da causa subjacente e consiste principalmente em controlar os sintomas. As equipas devem ser multidisciplinares, sendo que nos casos de dor crónica devem incluir o acompanhamento de um fisioterapeuta e/ou psicólogo.

Por exemplo, quando as causas da dor pélvica crónica estão ligadas à gastroenterologia (síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias intestinais ou obstipação) o tratamento geralmente combina mudanças nos hábitos alimentares, prática de atividade física, remédios e apoio psicológico. Em casos muito graves, pode ser aconselhada cirurgia.

Quer isto dizer que, quando é possível identificar a causa o tratamento incidirá sobre a mesma. Podendo ser coadjuvado com medicamentos anti-inflamatórios ou antidepressivos, por exemplo.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Solidariedade
Em apenas um mês, a plataforma PORTAS ABERTAS já angariou mais de 13 mil bens para entregar aos profissionais de saúde que...

Desde 23 de Março, data do seu lançamento, a plataforma Portas Abertas já conseguiu angariar mais de 12450 bens alimentares, 224 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e 333 produtos de higiene, que irão ser doados a vários profissionais de saúde que estão a lutar contra a pandemia de Covid-19 em diversas instituições de saúde, de Norte a Sul do país.

Em apenas um mês, o projeto conseguiu dar resposta aos mais de 30 pedidos de ajuda registados (até à data): 25 por parte de unidades hospitalares e 8 de organizações não hospitalares, graças aos donativos recebidos de 19 entidades.

Através do Portas Abertas, qualquer empresário, em nome individual ou com micro, pequena, média ou grande empresa, pode registar-se e dar o seu contributo, colmatando as necessidades mais básicas de hospitais, centros de saúde e outras unidades hospitalares. Do mesmo modo, qualquer profissional de saúde ou unidade hospitalar pode registar a sua carência para que seja, rapidamente, solucionada. 

A plataforma conta com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Delegação da Cruz Vermelha de Águeda, da H2H Portugal, da empresa de transportes e logística Santos e Vale, do empreendedor Tim Vieira e da Ordem dos Biólogos (Delegação Norte).

 

SINAVE
Os médicos e os laboratórios devem notificar todos os casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 no Sistema Nacional de...

Na última a conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a Covid-19 em Portugal, Graça Freitas reconheceu que o sistema que os médicos e laboratórios utilizam para identificar os casos confirmados ou suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, não é ideal, justificando que quando a plataforma foi criada não se previa este fluxo.  

“Estamos sempre a tentar melhorar estas plataformas, que foram construídas para situações de carga completamente diferente da que temos agora”, explicou, reiterando que, ainda assim todos os médicos e laboratórios são obrigados a notificar o sistema.

Informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia

A Diretora-Geral da Saúde aproveitou a conferência de imprensa para justificar o aumento do número de casos suspeitos no boletim epidemiológico do dia 18 de abril, sobre o qual tinha sido questionada na terça-feira, explicando que esse aumento traduziu um apelo da Direção-Geral da Saúde aos laboratórios.

Segundo Graça Freitas, alguns laboratórios não estavam a notificar o sistema de vigilância dos resultados negativos aos testes de diagnóstico e a DGS enviou a todos um pedido para que essa informação fosse atualizada.

“No dia 18 de abril, 80% das notificações que entraram no sistema SINAVE eram laboratoriais e destas 40% tinham uma validação de exame prévia à data que em que foram incluídas. A mais antiga era mesmo de 20 de março”, explicou, reforçando que toda esta informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia.  

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais».

SINAVE

O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é um sistema que permite monitorizar a ocorrência de doenças transmissíveis suscetíveis de constituir um risco para a saúde pública, implementar com rapidez e segurança medidas de prevenção e controlo destas doenças e cortar a cadeia de transmissão na comunidade e ocorrência de novos casos de doença e surtos.

Este sistema reforça o compromisso do Estado na proteção da saúde da população, respondendo aos novos desafios que se colocam na vigilância das doenças infeciosas.

Balanço PNV
No dia em que foram conhecidos os resultados do Plano Nacional de Vacinação de 2019, a Administração Regional de Saúde do...

Em comunicado, a ARSC realça que, no ano passado, as coberturas vacinais foram elevadas nos grupos avaliados, tendo sido administradas 270.322 vacinas nas unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde e nas unidades locais de saúde de Castelo Branco e Guarda.

“De uma maneira geral, as coberturas vacinais na infância são elevadas. No âmbito da estratégia de vacinação do BCG, dirigida a grupos de risco, foram vacinadas 1.996 crianças com idade inferior a seis anos (idade recomendada), tendo o processo decorrido em 24 pontos de vacinação”, destaca a nota.

Segundo a ARSC, as atividades desenvolvidas pelas unidades de saúde da região Centro em 2019 permitiram alcançar resultados que “só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área”.

Os resultados “revelam terem sido atingidos os níveis necessários para conferir imunidade de grupo e para cumprir os objetivos dos programas prioritários de erradicação da poliomielite e de eliminação do sarampo e da rubéola, na componente da vacinação”.

“A vacinação, que constitui o maior avanço da medicina moderna, permite o bem-estar da população, previne doenças, contribui para um envelhecimento saudável, previne vários tipos de cancro e reduz a ameaça da resistência aos antibióticos”, sublinha o comunicado.

 

Mesmo que esteja em casa e em tempo de quarentena, deve praticar exercício físico.

A sua fórmula completa com dupla ação, graças à presença de taurina, vitaminas do complexo B, cafeína, vitamina C e glucoronoloactona, faz de GURONENERGY®, o suplemento alimentar que ajuda a combater o cansaço físico do dia-a-dia, mas também aconselhado para praticantes regulares de desporto ou com atividade diária física exigente e que mesmo em quarentena não deixa de treinar.

A fórmula do novo GURONENERGY® é rica em:

  • Cafeína, estudos mostram que é eficaz no aumento rápido de energia e no aumento dos níveis de concentração. Estimula o sistema nervoso, melhora a capacidade física e mental e retarda a sensação de fadiga, ideal para dias agitados;1
  • Glucoronolactona é um derivado do ácido glucorónico, que existe no fígado. Estudos mostram que a glucoronolactona liga-se às toxinas, tornando-as mais solúveis permitindo expulsá-las facilmente pela urina, conduzindo ao seu bem-estar.2
  • Vitamina C, tem um papel importante no sistema imunitário e é fundamental para a redução de cansaço e da fadiga, contribui para um normal funcionamento do sistema imunitário e contribui para o normal funcionamento do metabolismo produtor de energia.3
  • Taurina, que trabalha o metabolismo energético, as células musculares e aumenta função dos batimentos cardíacos. Estudos mostram que tem ainda uma ação antioxidante que combate as impurezas do organismo.4
  • Vitaminas Complexo B, contribuem para a redução do cansaço e da fadiga para o normal metabolismo produtor de energia.5
  • GURONENERGY®, é assim o reforço vitamínico dos dias de cansaço físico e psicológico que nos permitirá estar noutro nível, enfrentando este período com outra disposição. Para além disso, mantendo o seu treino e esforço físico habitual, mesmo que em casa, Guronenergy é o reforço vitamínico ideal para lhe proporcionar energia extra e motivação adicional.

Ref. Bibliográficas:

1. EUFIC – European Food Information Council. Cafeina e Saúde. URL: https://www.eufic.org/en/whats-in-food/article/caffeine-and-health; 2. Guillemette C, Pharmacogenomics of human UDP-glucoronosyltransferase enzymes. The Pharmacogenomics Journal 2003, 3, 136-158.; 3. Vitamin C Deficiency. https://patient.info/healthy-living/vitamin-c-deficiency-leaflet; 4. Wen C et al. Taurine is involved in energy metabolism in muscles, adipose tissue and the liver. Molecular Nutrition & Food Research 20018, 62.; 5. REGULAMENTO (UE) Nº 432/2012 DA COMISSÃO de 16 de maio de 2012

Aviso Legal: GURONENERGY® - Suplemento alimentar. Ref. N.º 078.2020 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O que deve saber
A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é um cancro do sangue e da medula óssea, muito raro e, também, muito

As células sanguíneas são produzidas a partir de células-tronco (células imaturas) na medula óssea. Uma célula-tronco do sangue pode se tornar numa célula-tronco mielóide ou numa célula-tronco linfóide. Uma célula-tronco mielóide na medula óssea saudável pode dar origem a três tipos maduros diferentes de células que juntos formam o sangue. Esses incluem:

Glóbulos vermelhos - eles dão ao sangue sua cor vermelha e são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo;

Glóbulos brancos - combatem infeções e doenças;

Plaquetas - ajudam a coagular o sangue e previnem sangramentos.

Num doente com LMA, devido a algumas alterações no material genético (ADN) verifica-se uma produção anormal de uma ou mais destas células sanguíneas na medula óssea, criando células de leucemia. Estas podem espalhar-se por diferentes partes do corpo e afetam a capacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas saudáveis.

Os sintomas dos cancros do sangue são, em muitos casos, pouco específicos e podem ser facilmente confundidos com os de uma gripe ou até mesmo com a COVID-19.

No caso da LMA os principais sintomas a ter em atenção são cansaço, febre, falta de ar, perda de peso, hematomas, fraqueza, suores noturnos e infeções.

Numa altura em que vivemos uma grande pandemia é necessário estar atento a estes sinais e no caso de serem persistentes consultar o médico e fazer os exames de diagnóstico.

No caso da LMA, esta desenvolve-se rapidamente e piora se não for tratada de forma precoce. O diagnóstico é feito através de análises ao sangue, biópsia da medula óssea, estudo de cromossomas, imunifenotipagem ou estudo moleculares e os tratamentos mais comuns passam por quimioterapia, terapias alvo focadas em defeitos genéticos, transplante de células leucémicas, transplante de células estaminais ou imunoterapia. Existem ainda alguns tratamentos em fase de estudo.

Nesta altura de isolamento devido à pandemia da COVID-19 é muito importante que os doentes com LMA e outros tipos de cancros do sangue, mantenham os tratamentos e sigam as recomendações dadas pelos profissionais de saúde.

No caso de detetarem algum destes sintomas é muito importante que contactem as autoridades de saúde para poderem fazer os exames de diagnóstico. Acelerar o diagnóstico da Leucemia Mielóide Aguda pode ajudar a melhorar o prognóstico da doença e permitir diminuir a taxa de mortalidade desta doença do sangue.

 

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Evitar surtos
António Sales apelou para que os pais não adiem a vacinação das crianças, caso contrário “Portugal pode enfrentar surtos de...

“Continuamos em estado de emergência e nunca é demais referir e elogiar a atitude responsável da maioria dos portugueses. Mas não podemos deixar o medo vencer. A vacinação das crianças é crucial. Portugal conseguiu atingir ao longo dos anos elevadas taxas de cobertura vacinal”, disse António Sales, na conferência de imprensa diária de balanço sobre a epidemia, que decorreu ontem no Ministério da Saúde, em Lisboa.

No dia em que, pela primeira vez, o número de casos recuperados é superior ao número de óbitos, António Sales apelou à “responsabilidade dos pais”.

“Ainda que atravessemos um período e um momento difícil”, os pais não devem adiar a vacinação dos seus filhos sob pena de Portugal enfrentar um surto de outras doenças infeciosas evitáveis e com consequências potencialmente graves mais tarde”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde.

António Sales acrescentou ainda que “o SNS está preparado para responder”, salientando que “este é um momento de responsabilidade e não de retrocesso nas conquistas coletivas”.

 

Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária
Manter o quarto bem ventilado, manter a porta fechada e ter uma casa de banho para uso exclusivo do doente são algumas das...

O Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária (NEHospDom) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de lançar algumas recomendações de medidas de isolamento domiciliário em casos de COVID-19.

Recomendações para o doente:

  • Se o doente necessitar sair do quarto deve levar máscara cirúrgica (sem filtros) e manter a distância de segurança.
  • O quarto deve estar bem ventilado, com janela para o exterior e a porta fechada.
  • Telefone para comunicar com profissional de saúde.
  • Correta lavagem das mãos, 40 a 60 segundos com água e sabão (ocasionalmente com solução alcoólica).
  • Roupa e lençóis devem ser introduzidos num saco fechado, lavá-los depois na máquina a 60º – 90º.
  • Casa de banho de uso exclusivo para o doente. Se não for possível, deve ser lavada com lixívia.
  • Caixote do lixo com abertura de pedal e saco de encerramento fácil.
  • Lavar pratos e talheres a altas temperaturas (se possível na máquina).
  • A limpeza deverá ser feita com lixivia (1 colher de sopa de lixívia para 1 litro de água).

Recomendações para o resto dos habitantes da casa:

  • Evitar o contacto com a pessoa com sintomas, sobretudo os vulneráveis: idosos, doentes crónicos, imunodeprimidos ou grávidas.
  • Procurar que seja uma única pessoa a proporcionar cuidados ao doente.
  • Lavar as mãos com água e sabão ou solução alcoólica depois de qualquer contacto com o doente ou a sua envolvência.
  • Desinfectar, com frequência, torneiras, interruptores e maçanetas de portas, sobretudo se o doente utiliza essas zonas comuns.
Modelo de intervenção
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma norma, dia 18 de abril, sobre a abordagem aos utentes dos Serviços de Saúde Mental,...

Esta situação gera “medo, angústia, ansiedade, com implicações diretas e indiretas na saúde mental individual e social”. Estas implicações, lê-se no documento, “atingem não apenas os indivíduos de forma indiscriminada, mas têm um peso significativo em pessoas doentes, em profissionais de saúde, em cuidadores informais, em crianças e em grupos vulneráveis, entre os quais se encontram os grupos de risco para infeção pelo SARS-CoV-2”.

Perante estas novas circunstâncias, as respostas em saúde mental têm que se adaptar, seja em relação às “dimensões da informação geral/literacia, passando pela prevenção, até à intervenção dos serviços de saúde”.

No modelo de intervenção, a norma recomenda a diminuição de consultas presenciais, o recurso a teleconsultas, a organização dos profissionais em turnos/subequipas para minimizar risco de contágio e a ênfase no seguimento das pessoas com perturbações psiquiátricas mais graves.

Os Cuidados de Saúde Primários são o elemento nuclear de respostas às necessidades surgidas no âmbito das perturbações psicológicas ligeiras a moderadas (as mais frequentes), sendo que as situações mais graves ou complexas são referenciadas para os Serviços Locais de Saúde Mental.

Estes serviços devem “reforçar a atividade de ambulatório em relação aos doentes mais graves, de forma a evitar a vinda ao Serviço de Urgência e a necessidade de internamento”.

A norma refere também os critérios de avaliação de doentes com perturbação mental no Serviço de Urgência Hospitalar, que implicam, por exemplo, um teste de diagnóstico quando existir necessidade de internamento.

Já para o internamento dos casos agudos, “devem ser adotados critérios mais estritos de internamento (focado nas situações mais graves, de acordo com julgamento clínico) e planeamento atempado das altas”.

O documento, que contou com a colaboração do Programa Prioritário de Saúde Mental da DGS, estabelece ainda uma série de procedimentos a adotar no internamento de doentes com COVID-19.

 

Balanço
O Serviço de Saúde Escolar da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) registou, no último mês, um aumento de 38% no...

De 16 de março a 12 de abril de 2020, foram realizadas 375 consultas de enfermagem, quando, no mesmo intervalo de tempo em 2019, se registaram 233 consultas. Destas quase quatro centenas de consultas, 75 foram consultas de enfermagem de apoio em crise, intervenção focada nos sentimentos e emoções que a crise traz ao indivíduo e na sua resolução através de mecanismos de coping (estratégias para lidar com situações de dano, ameaça ou dor) para restabelecer o funcionamento anterior, e 25 foram consultas de psicologia.

Apesar deste acréscimo na procura, a atividade do Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC continua a decorrer como preconizado, mantendo-se as consultas de enfermagem de vigilância de saúde, de planeamento familiar, de gestão de stresse e ansiedade, de gestão da saúde e controle de peso e de situações agudas, assim como o apoio a estudantes internacionais e o apoio em situação de crise(à data relacionadas com a pandemia de COVID-19).

As consultas passaram a ser não presenciais, conforme orientação da Direção-Geral da Saúde, utilizando-se os meios digitais (Skype, telefone, WhatsApp ou e-mail) mais adequados, em função da acessibilidade de cada estudante. Paralelamente, e em parceria com os delegados de saúde das zonas de residência, foram acompanhados 48 estudantes da ESEnfC em vigilância passiva (cumprindo as orientações da DGS), sendo que nenhum destes foi infetado pelo novo coronavírus.

Foi, ainda, dado aconselhamento aos estudantes regressados dos países onde estavam em mobilidade no âmbito do programa Erasmus+.

Embora a maioria das consultas seja à distância, sempre que necessário (após avaliação por teleconsulta) são agendadas consultas presenciais de enfermagem, que têm lugar nas instalações da ESEnfC no Polo C.

 

Ciberataques
Check Point alerta para o crescimento desta ameaça em que os ciber-criminosos, antes de cifrar o equipamento infectado, extraem...

Os investigadores da Check Point® Software Technologies Ltd., fornecedor líder global de soluções de ciber segurança, têm vindo a observar de utilização de uma nova tática de ransomware, conhecida por “dupla extorsão”, através do qual os ciber criminosos juntam uma etapa extra ao seu ataque. Antes de cifrarem a base de dados das vítimas, conseguem extrair uma grande quantidade de informação confidencial para de seguida ameaçar as vítimas com a sua publicação (a menos que seja pago um resgate). Para demonstrar que a ameaça é séria, os ciber atacantes filtram uma pequena parte da informação sensível na dark web para aumentar o nível de intimidação se não for pago o resgate.

O primeiro caso que foi publicado deste tipo de “dupla extorsão” teve lugar em novembro de 2019 e envolveu a Alliad Universal, uma grande empresa americana dedicada a pessoal de segurança. Quando as vítimas se negaram a pagar o resgate que pediam no valor de 300 Bitcoins (aproximadamente 2,3 milhões de dólares), os ciber criminosos, valendo-se do vírus “Maze”, ameaçaram utilizar a informação confidencial, os certificados de correio eletrónico e os nomes de domínio roubados para elaborar uma campanha de spam com a identidade da empresa. Ao mesmo tempo, publicaram uma amostra dos ficheiros roubados que incluía contratos, registos médicos, certificados de encriptação, etc. Desde então, o Maze tem publicado os detalhes de dezenas de empresas, sociedades de advogados, fornecedores de serviços médicos e empresas seguradoras que não têm cedido aos seus pedidos de resgate, pelo que se estima que muitas empresas evitaram a publicação dos seus dados sensíveis pagando o resgate exigido.

“A dupla extorsão é uma tendência em voga entre os ataques de ransomware. Ao filtrar a informação sensível na dark web como uma amostra de que a ameaça é séria, exercem muito mais pressão sobre as suas vítimas”, afirma Lotem Finkelsteen, Threat Intelligence Director da Check Point. “Esta variante de ciber ameaça é especialmente preocupante para os hospitais, já que, ao estar totalmente focados no atenidmento de pacientes de coronavirus, seria muito complicado conseguir fazer frente a um ataque com estas características. Por este motivo, aconselhamos aos hospitais que, agora mias do que nunca, extremem as suas medidas de proteção”, acrescenta Finkelsteen.

Os hospitais, na mira dos ciber criminosos e do ransomware de dupla extorsão

A atual situação do setor de saúde é de saturação devido à concentração de todos os seus esforços em combater a propagação do Covid-19, o que faz ter poucos recursos técnicos e pessoais disponíveis para otimizar os seus níveis de cibersegurança. Por este motivo, os especialistas da Check Point aconselham à adoção de uma estratégia de proteção assente na prevenção para evitar que os hospitais se convertam numa nova vítima de ransomwares como o NetWalker, que recentemente afetou vários hospitais espanhóis e americanos. Para tal, destacam como ações chave para estarem protegidos:

  • Fazer uma cópia de segurança: é vital fazer backup dos ficheiros importantes, procurando usar sistemas de armazenamento externo. Também é importante utilizar ferramentas para realizar cópias de segurança de forma automática para todos os empregados (se possível), já que desta forma se minimiza o risco de erro humano por não levar a cabo esta ação com regularidade.
  • Formar os empregados a reconhecer potenciais ameaças: os ataques mais comuns utilizados nas campanhas de ransomware continuam a ser os correios eletrónicos de spam e phishing. Em muitas ocasiões, o utilizador pode prevenir um ataque antes que este ocorra. Para isso, é fundamental educar os empregados e consciencializá-los sobre os protocolos de actuação em caso de indícios de ciber ataque.
  • Limitar o acesso à informação: para minimizar os riscos e o impacto de um possível ataque com ransomware, é fundamental controlar e limitar o acesso à informação e recursos, para que os empregados só utilizem aqueles que são imprescindíveis para realizar o seu trabalho. Desta forma, reduz-se significativamente a possibilidade que um destes ataques afete toda a rede.
  • Ter sempre o software e o sistema operativo atualizado: contar sempre com a última versão do sistema operativo no nosso equipamento, bem como dos programas instalados (entre eles o anti-vírus) e aplicar regularmente todos pacotes de segurança evita que os cibercriminosos se possam aproveitar de vulnerabilidades já existentes. É fundamental recordar que esta é a estratégia de mínimo esforço para os cibercriminosos, pois nem sequer têm de descobrir novas formas de atacar, senão utilizar as já conhecidas e aproveitar a janela de oportunidade que lhes é oferecida pelo utilizador até que atualize o sistema.
  • Implementar medidas de segurança avançadas: para além das proteções tradicionais baseadas na assinatura, como o anti-vírus e o IPS, as organizações necessitam incorporar camadas adicionais de segurança para se protegerem contra os malwares novos e desconhecidos. Dois componentes chave a considerar são a extração de ameaças (“limpeza” de ficheiros) e a simulação de ameaças (sandboxing avançado). Cada elemento proporciona um nível de segurança distinto que, quando utilizado conjuntamente, oferecem uma solução integral para a proteção contra o malware desconhecido tanto para a rede como para os dispositivos.
Iniciativa Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Para assinalar o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia relembra que esta terapêutica...

Este ano, e perante o cenário atual, em que grande parte destes doentes se encontra numa situação de isolamento social e sem possibilidade de deslocação aos centros de reabilitação, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) disponibilizou o guia “Reabilitação Respiratória no domicílio em tempos de pandemia COVID-19”.  O objetivo deste guia, esclarecem Inês Sanches e Luís Vaz Rodrigues, da SPP, é “incentivar os doentes respiratórios crónicos para que se mantenham ativos nesta fase em que a tendência é um estilo de vida mais sedentário”.

“A intervenção farmacológica atua sobretudo no controlo dos sintomas respiratórios, mas, para alguns doentes, pode ser insuficiente para recuperar a sua capacidade funcional (desempenho físico-motor e realização de esforços físicos)”, reforçam os especialistas, pelo que é fundamental, para todos os doentes para os quais não existe contraindicação para a prática de exercício, que deem continuidade à sua realização.

Reconhecendo a importância de manter o corpo ativo apesar do isolamento social, Rosa Mota associou-se a esta sensibilização da Sociedade Portuguesa de Pneumologia deixando uma mensagem a todos os doentes respiratórios crónicos. 

A reabilitação respiratória em doentes com COVID-19 é precisamente o tema de mais um webinar desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Hoje, às 22h00, na página de Facebook da sociedade ou na plataforma https://pneumologia-elearnings.pt/.

O que o doente precisa saber
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) organizam, com o...

Com abertura pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Victor Gil, e pelo presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, Luís Filipe Pereira, a sessão conta com a participação da vice-presidente da SPC, Cristina Gavina, e com a enfermeira Joana Sousa, que abordarão o que é que um doente com insuficiência cardíaca em plena pandemia precisa de saber. Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC falará, ainda, sobre o papel da associação na visão do doente.

Carlos Aguiar e Victor Gil irão, também, esclarecer as dúvidas dos doentes com insuficiência cardíaca, pelo que ao longo da sessão podem ser colocadas questões pela assistência.

Testemunho
Fadiga, dor articular, queda de cabelo, febre, fotossensibilidade e confusão mental são alguns dos s

Tratando-se de uma doença autoimune e de etiologia multifatorial, em que fatores genéticos, hormonais, imunológicos e ambientais estão envolvidos, o Lúpus Eritematoso Sistémico apresenta características clínicas muito variáveis pelo que o seu diagnóstico nem sempre é fácil.

Isabel tinha 34 anos quando foi diagnosticada com a uma doença “completamente desconhecida”, com comprometimento do Sistema Nervoso Central.

Sem saber como lidar com os primeiros sintomas onde se incluíam ainda cansaço extremo e dores articulares, decidiu procurar ajuda médica, sempre atribuindo a sua condição ao stress.

“O meu médico não pensou que fosse esta doença pelo que tivemos de descartar várias hipóteses”, recorda revelando que o seu estado era de tal forma preocupante que se chegou a pensar que pudesse sofre de um tumor cerebral ou de um aneurisma “pela intensidade da dor que não cedia com medicação nenhuma”.

De entre os exames de diagnóstico conta que fez seis ressonâncias magnéticas no espaço de um mês. Descobriu que, por conta da doença, tinha tido um acidente vascular cerebral e que sofria de vasculite.

O diagnóstico chegou 6 meses depois dos primeiros exames, e, segundo própria, até foi uma sorte não ter demorado mais tal era a fragilidade do seu estado de saúde.

Admite, no entanto, que foi difícil saber que sofria de uma doença crónica, sem cura, e para a qual ainda faltam muitas respostas. “O meu maior medo era deixar de ver o meu filho crescer. Ele tinha 4 anos e a precisar tanto dos meus cuidados…”, recorda acrescentando, porém, que, embora se sentisse sem chão, decidiu que não havia tempo a perder. “Saí completamente da minha zona de conforto, mas na altura não tivemos muito tempo de perguntas e respostas, tínhamos de agir perante a gravidade da minha condição”, conta.

Devido à doença, Isabel teve de reestruturar toda a sua vida. “Foi como se a nossa casa tivesse ruído… era muito difícil efetuar as minhas tarefas diárias”, recorda. Na altura teve de abandonar o trabalho e reaprender a viver. “Vivo com dor 24 horas por dia, deixei de ter vida social”, lamenta admitindo, no entanto, que tenta manter-se ativa o mais que pode. “Hoje trabalho ainda muito com o contacto das escolas na divulgação de atividades educativas, mas tive de pedir condições melhoradas, como redução de horário de trabalho, já que graças à doença me foi atribuído um grau de incapacidade de 60%”, conta.

Ao longo dos 16 anos deste diagnóstico diz ter já feito inúmeros tratamentos e passado por vários internamentos. Destaca “as doses cavalares de medicamentos (…) as doses elevadas de cortisona, muitos anti-inflamatórios, imunossupressores, antimaláricos” e até quimioterapia em ciclos de 3 em 3 semanas, “4 a 6 horas por sessão”, para controlar os surtos. Segundo explica, este método terapêutico é essencial à sua condição uma vez que existe comprometimento do sistema nervoso central.

“No meio disto tudo existem os efeitos colaterais da medicação… muitas vezes deixamos de ser nós próprios”, lamenta. Falta de concentração, dificuldades motoras ou cognitivas e ansiedade são alguns dos efeitos que o tratamento provoca no seu organismo. Apesar disso, como guerreira que é, acredita que um dia ainda vai olhar para trás e ver que os seus problemas não são mais que pequenos degraus que a vão a ajudar a sair desta batalha vitoriosa.  “São as dificuldades e obstáculos que me tornam mais forte todos os dias”, diz convicta.

Mais informação e a palavra esperança

Isabel lamenta que o Lúpus ainda seja uma doença “invisível” aos olhos da sociedade. Parla além da falta de informação, garante que a comunidade não está devidamente sensibilizada para uma patologia como esta. “Deveriam haver mais ações de sensibilização sobre esta patologia. Por incrível que pareça, não existem sequer folhetos informativos nos hospitais ou centros de saúde sobre a doença”, revela.

Por outro lado, diz que o acesso às consultas de especialidade deveria ser mais rápido, mais acessível. “Eu tenho a sorte de ter os meus médicos sempre disponíveis e isso é algo que me tranquiliza bastante e também por isso achei a necessidade de criar um grupo sobre a doença no Facebook que se chama «Lupus- as guerreiras sem espadas» para que possa haver uma troca de partilha de experiências, apoio, informação”, esclarece.

“Ajudar é fundamental e faço a referência nesta entrevista do papel extremamente interventivo da associação de doentes com Lúpus que tanto me ajudou a compreender a doença”, acrescenta.

Revela ainda que as palavras de esperança são essenciais no trajeto destes doentes. “Uma das coisas que me poderia ter ajudado no decurso da doença era terem-me dado uma palavra de esperança… de que tanto precisei ao longo de todo este processo”, refere.  

No entanto, tal como aconteceu no seu caso, garante que é essencial aceitar a condição e não cruzar os braços. Os outros são importantes, mas só o doente determina o modo como vive a doença. “A dor fez-me crescer e aprendi que o que importa não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho na vida. Aprendi que não importa até onde eu chegue, mas para onde eu estou indo”, diz

A todos os doentes deixa uma mensagem: “nunca perder a esperança e a resiliência. As regras do jogo da nossa vida somos nós que as fazemos”. “Abracem a vida sem receio, a vida é de quem se atreve a viver”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde mental
O distanciamento social, a incerteza social, familiar e económica eleva os níveis de stress e ansied

Em primeiro lugar, gerir os nossos níveis de stress tem um impacto significativo e positivo no nosso sistema imunológico, e a Organização Mundial da Saúde enfatizou que impulsionar o nosso sistema imunológico e tomar cuidados preventivos adequados desempenha um papel crucial no combate ao coronavírus. Melhorar a nossa capacidade de lidar com a situação também melhorará o nosso bem-estar geral e a probabilidade de combater o vírus. Também é provável que esta situação continue e possivelmente piore nas próximas semanas; é importante que implementemos estratégias para lidar com o stress agora, para que não nos sobrecarregue, e podemos continuar presentes e fortes para as nossas famílias, amigos e colegas. Aqui estão seis dicas científicas para ajudá-lo a manter o bem-estar mental durante a pandemia de COVID-19.

Saiba como se sente: O primeiro passo para lidar com o stress e a ansiedade aumentados é, em primeiro lugar, reconhecer que está a lidar com isso. O stress pode manifestar-se de várias maneiras, incluindo tristeza, confusão, irritabilidade, procrastinação, tensão física e dor no corpo, falta de energia e até problemas para dormir. Todos temos uma resposta diferente ao stress, e é importante conhecer-se a si mesmo física e mentalmente, diariamente, para saber como estamos a sentir-nos e reconhecer os sintomas do stress. Ignorar esta etapa e ignorar como estamos a sentir-nos impede a nossa capacidade de gerir o nosso stress.

O sentido das coisas: É tentador descartar os nossos sentimentos, especialmente num momento como este, quando todos tentamos lidar e permanecer fortes para aqueles que nos rodeiam. Mas a realidade é que as respostas ao stress são a maneira do nosso corpo nos proteger, e sinais precoces de alerta, como sentir raiva ou cansaço, podem ser indicadores cruciais de que precisamos de intervir antes que o stress se torne esmagador. O corpo humano adaptou-se ao longo de muitos séculos para poder reagir e proteger-se de ameaças externas, como uma pandemia global de saúde, por isso é perfeitamente normal experimentar uma resposta ao stress no momento. Crie o hábito de reservar um tempo para si todos os dias para perceber isso em si mesmo e entender a situação, a fim de evitar o stress.

Pequenas mudanças, grandes impactos: A boa notícia de como lidar com os primeiros sinais de stress é que muitas vezes pequenas mudanças na nossa rotina diária costumam fazer uma grande diferença. Esses rituais e rotinas diárias diferem para todos e dependem da sua resposta típica ao stress. Por exemplo, se normalmente experimenta stress físico, como cansaço ou tensão no corpo, pode decidir ir para a cama 30 minutos mais cedo do que o normal ou tirar um tempo para um banho relaxante.

Evite as armadilhas do pensamento comum: Um elemento importante para a construção dessas estratégias é reconhecer o que pode controlar e liberar a necessidade de controlar o que não pode. Há coisas práticas que todos podemos fazer na situação atual para nos protegermos e aos nossos entes queridos. Isso inclui boa higiene pessoal e prática de distanciamento social, mas também há muito sobre o qual não temos controlo. Parece simples, mas refletir sobre essas coisas não ajuda. Portanto, reserve um momento para reconhecer essas coisas e depois solte-as. Tente ficar atento aos muitos mitos que existem por aí que podem ser enganadores e impedir-nos de focar no que está sob o nosso controlo. Evite tornar as situações maiores do que são; ou a outra armadilha do pensamento comum, que é onde previmos um estado futuro que se baseia nos nossos maiores medos versus os fatos da situação.

Um pequeno passo: Aumentar o nosso nível de exercício pode ser uma das maneiras mais fáceis e eficazes de aumentar o nosso bem-estar mental e fortalecer o nosso sistema imunitário. Embora possa não ser possível sair e dar uma caminhada rápida, há muitas rotinas que podemos fazer nas nossas casas para nos ajudar a mover. E melhor ainda, é se puder ter um membro da família ou um amigo para acompanhá-lo pessoalmente ou virtualmente.

A conexão humana

Enquanto todos praticamos o distanciamento social, é importante não esquecer a necessidade de conexão humana no momento. Uma maneira mais útil de pensar sobre isso pode ser o distanciamento físico, para não negligenciarmos a necessidade de conexão social com os nossos amigos e familiares - pois esse é outro elemento importante no combate ao stress. O check-in com outras pessoas por meio de uma ligação telefónica ou de uma conversa por vídeo também pode servir a dois propósitos, pois pode ser que a outra pessoa também precise de uma conexão humana amigável.

Agora, mais do que nunca, devemos priorizar a nossa saúde individual - e isso inclui o nosso bem-estar mental. Aproveite estas seis dicas para reconhecer os seus sentimentos e manter a sua saúde mental geral enquanto atravessamos juntos pelo COVID-19.

Se perceber que os seus sinais são difíceis de gerir, considere procurar ajuda profissional.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Linha de Apoio
O Serviço de Intervenção nos Comportamento Aditivos e nas Dependências (SICAD) reforçou o funcionamento da Linha VIDA 1414,...

De acordo com a informação avançada por esta entidade, a equipa de atendimento foi reforçada com mais três profissionais experientes, “para uma maior eficácia nas respostas de aconselhamento e encaminhamento que incluem, agora, as dúvidas sobre a COVID-19 e os comportamentos aditivos e dependências”.

Para além da linha, o SICAD dispõe de outra forma de contacto. Podendo este ser realizado através de formulário disponível em www.sicad.pt/PT/Cidadao/LinhaVida/Duvidas/Paginas/default.aspx.

A Linha VIDA 1414 funciona de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 20h00, é gratuita e tem como propósito responder a questões relacionadas com os comportamentos aditivos e dependências, com e sem substâncias, que sejam colocadas por cidadãos com problemas, familiares e/ou amigos e também para técnicos da área.

 

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