Covid-19
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Portugal regista uma taxa de ocupação nos cuidados intensivos de 54%. Segundo o...

Na conferência de imprensa diária para divulgação do boletim epidemiológico da Covid-19, António Lacerda Sales afirmou que chegaram no domingo a Portugal 66 ventiladores vindos da China e que vão ser “distribuídos de imediato por todo o país”.

Segundo o Secretário de Estado, 40 ventiladores vão ficar na região Norte e Centro e os restantes 23 vão ser distribuídos por unidades de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

O governante disse ainda que 63 dos ventiladores foram adquiridos pela Administração Central dos Sistemas de Saúde e os outros três pelas autarquias.

A repartição regional, explicou, é feita tendo em conta “os critérios de distribuição definidos pela comissão de acompanhamento da resposta nacional em medicina intensiva”, que é sempre feita com equidade.

“Portugal regista uma taxa de ocupação em unidade de cuidados intensivos de 54%”, sublinhou António Lacerda Sales.

Estes 66 ventiladores fazem parte dos 508 que Portugal comprou à China para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde em cuidados intensivos.

 

Publireportagem
A microbiota está presente na pele, boca, tratos genital e trato intestinal.

Existem mais de 50 espécies de lactobacilos e mais de 30 espécies de bifidobactérias. “E que evidências existem para a sua utilização em crianças e adolescentes?”, questionou.

Segundo os critérios de Wessel, as cólicas infantis duram pelo menos 3 horas, ocorrem pelo menos 3 dias por semana e, no mínimo, 3 semanas seguidas, e desaparecem aos 3 meses de vida. “O estudo mais importante sobre a importância do probiótico L. reuteri nas cólicas infantis foi efetuado em recém-nascidos de termo que iniciaram o probiótico ou placebo até há 1 semana de vida. Ao fim de 1 mês, verificou- -se uma diminuição significativa das cólicas (média de 96 minutos com placebo para 45 minutos com L. reuteri). Aos 3 meses de vida, os benefícios no controlo das cólicas e das evacuações mantiveram-se, tendo sido observado também um benefício no número de episódios de regurgitação, que diminuíram com o uso do probiótico (média de 4.6 para 2.9/dia)”, detalhou o Prof. Paulo Oom.

Noutro estudo aleatorizado controlado com placebo, “L. reuteri melhorou os sintomas de cólicas infantis em crianças amamentadas precocemente versus placebo e foi bem tolerado e seguro”. Houve significativamente mais respondedores (redução de 50% no tempo de choro desde a baseline) no grupo de L. reuteri do que no grupo controlo aos dias 7 (20 vs 8; p=0.006), 14 (24 vs 13; p=0.007) e 21 (24 vs 15; p=0.036), observando-se ainda um aumento significativo de lactobacilos fecais e uma redução de Escherichia coli fecal e amónia apenas no grupo de L. reuteri.

Ainda noutro estudo aleatorizado, “a taxa de respondedores ao tratamento com L. reuteri foi significativamente superior no grupo do probiótico do que no grupo controlo aos dias 7, 14, 21 e 28. Para além disso, a mediana de tempo de choro durante o período de estudo foi significativamente menor no grupo do probiótico”.

Na dor abdominal funcional, a evidência também é robusta. Num estudo aleatorizado e controlado envolvendo crianças entre os 6 e os 16 anos, as que foram suplementadas com L. reuteri registaram significativamente menor intensidade de dor do que as do grupo controlo, sendo evidente que a suplementação com L. reuteri reduziu a intensidade de dor abdominal percecionada vs placebo.

Noutro estudo aleatorizado e controlado: L. reuteri foi significativamente superior a placebo no alívio da frequência (1.9 ± 0.8 vs 3.6 ± 1.7 episódios/semana, p < 0.02) e intensidade (score de Hicks 4.3 ± 2.2 vs 7.2 ± 3.1/semana, p < 0.01) da dor abdominal após 4 semanas de suplementação

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Plataforma gratuita
Numa altura em que as autoridades impõem o distanciamento social para fazer face à pandemia provocada pelo COVID-19, a Abbott...

Como as pessoas com diabetes estão mais expostas ao desenvolvimento de complicações decorrentes de infeções virais, estão também mais vulneráveis aos perigos do coronavírus, tal como afirmaram recentemente a Federação Internacional da Diabetes e a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos, em documentos recentemente publicados.

O sistema FreeStyle Libre permite que os utilizadores controlem os indicadores de glicemia a qualquer momento e em qualquer lugar, com uma simples scan, não precisando da tradicional picada no dedo. Os indicadores de glicose podem depois ser carregados no LibreView, um software de report seguro, que permite aos profissionais de saúde terem acesso permanente às leituras de glicose dos seus pacientes, sem que seja precisa uma consulta pessoal. Uma solução que permite aos clínicos adequar melhor a terapêutica e as suas recomendações médicas.

Para João Filipe Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetes, “A informação que é sistematizada nos relatórios do LibreView ajuda a incorporar na prática clínica diária as recomendações científicas mais relevantes e facilita o apoio não presencial às pessoas com diabetes”. 

Trata-se de uma solução segura e gratuita, tanto para as pessoas com diabetes, como para os profissionais de saúde. Para usufruir do serviço basta que os utilizadores disponham de um computador ou dispositivo móvel com ligação à internet - para aceder à plataforma LibreView - e se inscrevam na mesma.

Por sua vez, Pedro Melo, responsável pelo grupo de novas tecnologias da Sociedade Portuguesa de Diabetes e Metabolismo (SPDEM), afirma que, “Os dados de glicose, claros e precisos, são uma ferramenta inestimável no tratamento dos doentes. Assim, a existência de sistemas de monitorização como o FreeStyle Libre, complementados por ferramentas como o LibreView permitem-nos conhecer, com pormenor e rapidez, o perfil dos doentes, e fazer prescrições e ajustes mais adequados.” 

O LibreView está disponível para os utilizadores dos sistemas Freestyle em Portugal e em países de todo o mundo.

Sintomas e tratamento
Uma das características que define o ser humano é a sua capacidade para comunicar através da voz.

Sabemos que, qualquer tipo de comunicação, durante os primeiros meses de vida do bebé requer observação, estimulação, cuidados e repetição, já que o bebé, desde que nasce, tentará imitar a voz da mãe, por exemplo.

Normalmente, até aos seis meses de gestação, o bebé é capaz de diferenciar a voz da mãe, pai, irmãos e de outros sons do ambiente, percebendo, ainda, os estados de ânimo do interlocutor; mais tarde começa a tentar imitá-lo, enriquecendo assim as suas vocalizações. Sabe-se, ainda, que desde que nasce, o bebé é capaz de comunicar através do olhar e de vocalizações, como o choro e o balbucio, que provocam uma resposta na outra pessoa. 

O primeiro som do bebé recém-nascido é logo no nascimento com pouca ressonância, com média de um segundo de duração, descrito como um som surdo, tenso ou estridente, que serve para a expulsão do líquido amniótico. O segundo é o som de dor, de longa duração e é estridente. Em seguida, vem o som de fome, normalmente com frequência variável, pelo que passa de grave para agudo rapidamente. Finalmente, temos o som do prazer, sendo que os Terapeutas da Fala, o caracterizam como sendo um som marcado pela “hipernasalidade”.

Em suma, a nossa voz informa o bebé de quem somos e como somos, expressa os nossos sentimentos e emoções, estabelece contactos e relações, e transmite o que queremos dizer.  Através dos pais, o bebé descobre a voz e brinca com ela. Usa a sua voz para dizer que tem fome, sono, ou que está chateado por alguma coisa.

Ao longo do crescimento, as relações e comunicação com os pares vai-se complexificando, pelo que a voz das crianças também sofre alterações sendo diretamente proporcional ao desenvolvimento das estruturas anátomo-fisiológicas. À distância conseguimos identificar uma voz como sendo de uma criança, do nosso filho ou sobrinho e por isso mesmo, quando há alterações, notamos imediatamente.

Chegam-nos à consulta pais com várias queixas como: “não consegue projetar a voz”, “chega ao final do dia sem voz”; “não consegue cantar como antes” ou as próprias crianças referem que “tenho dor e faço esforço na zona do pescoço enquanto falo” ou “a minha voz está mais grossa”. Estas queixas são muito comuns e significam que estamos perante uma disfonia ou rouquidão.

As disfonias afetam tanto crianças como adultos, sendo que nas crianças afetam entre 6 a 23% das mesmas, com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos. Sabe-se, ainda, que é mais frequente em rapazes do que em raparigas, numa proporção de 5 rapazes para 3 raparigas.

O nódulo vocal (lesão benigna) é a lesão responsável por 38 a 78% das disfonias crónicas infantis com origem multifatorial. Uma disfonia que dure mais de 15 dias consecutivos, ou quando há variações da qualidade vocal ao longo do dia, não é normal e deve ser avaliado por um Terapeuta da Fala e médico Otorrinolaringologista.

Sabemos que a etiologia mais frequente da disfonia em crianças é o abuso vocal - muitas crianças que nos chegam apresentam uma personalidade de líder ou são emocionalmente instáveis, pelo que no seu dia-a-dia gritam e falam muito alto ou choram por longos períodos -; temos, ainda, a falta de hidratação ao longo do dia; a imitação de vozes de desenhos animados; o pigarreio constante (arranhar a garganta) e sinais de refluxo (azia).

De ressalvar que o comportamento vocal dos pais, dos professores e das pessoas que convivem com a criança, influenciam o comportamento vocal da mesma, pois os adultos servem de modelo, sendo comum numa família em que os abusos vocais são frequentes, as crianças desenvolverem patologia laríngea.

A intervenção do Terapeuta da Fala passa por consciencializar para o problema e mudar os comportamentos de abuso vocal junto da criança, dos cuidadores e com o apoio da escola. Não é possível generalizar um plano de exercícios, pois, tal como supracitado, a causa da disfonia é variável de criança para criança.

Há, contudo, cuidados a ter e comportamentos a evitar ao máximo. Manter hábitos de hidratação é fundamental, pelo que as bebidas devem ser ingeridas à temperatura ambiente. Não gritar, falar e cantar muito alto e imitar vozes são comportamento a evitar para manter uma boa saúde vocal.

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Máximo 15%
O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e a Ministra da Saúde, Marta Temido, assinaram na...

O Decreto-Lei n.º 14-F/2020, de 13 de abril, confere ao titular da área da Economia, conjuntamente com o governante da área sectorial, o poder de determinar as medidas de exceção necessárias à contenção e limitação de mercado, incluindo a possibilidade de limitação máxima de margens de lucro na comercialização de certos produtos.

Assim, fica fixada a percentagem máxima de 15% quanto ao lucro na comercialização por grosso e a retalho dos dispositivos médicos e dos equipamentos de proteção individual identificados no anexo ao citado decreto-lei, bem como do álcool etílico e do gel desinfetante cutâneo de base alcoólica.

Este limite máximo vigorará no dia seguinte à publicação do despacho, ao longo do estado de emergência.

Recorde-se ainda que as empresas nacionais dispõem, desde a passada segunda-feira, de um regime excecional e temporário para a conceção, o fabrico, a importação e a comercialização nacional de dispositivos médicos e equipamentos de proteção individual, com a publicação do Decreto-Lei n.º 14-E/2020, de 13 de abril.

Para fiscalizar o cumprimento da Lei e, assim, assegurar a saúde pública, a segurança alimentar, a defesa dos consumidores e as regras da leal concorrência, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) irá manter a sua ação no terreno, tendo disponibilizado um formulário próprio para simplificar a apresentação de queixas e de denúncias que estejam relacionadas com factos ilícitos relacionados com a Covid-19, o qual está acessível através da hiperligação: https://www.asae.gov.pt/denuncias-covid-19-.aspx.

 

Covid-19
De acordo com a Diretora-Geral da Saúde a população portuguesa “tem de ser muito disciplinada, coesa e organizada” para “fazer...

Graça Freitas sublinhou ainda, durante a conferência de imprensa de dia 17 de abril, que o regresso à atividade normal será feito “de forma equilibrada”, reforçando que a população portuguesa “vai ter de aprender a viver com três dinâmicas diferentes: a dos serviços de saúde, a da sociedade e a do próprio vírus”.

“Se conseguirmos fazer isto não abolimos os efeitos negativos da pandemia, mas pelo menos mitigamos e reduzimos, conciliando com o que desejamos que é voltar a ter uma atividade social e económica como tínhamos antes da era covid”, afirmou.

Cada país adapta as medidas à sua realidade

Graça Freitas adiantou ainda que “as medidas de contenção permitiram achatar a curva” portuguesa, frisando que “cumpriram a sua função”, ou seja, o achatamento da curva para permitir que o sistema de saúde “gerisse a resposta”.

“E temos agora de ir levantando as medidas de contenção e ao mesmo tempo contrariar a atividade do vírus”, referiu, apontando que Portugal vai “regressar à normalidade possível, mas essa normalidade vai ter de ser balançada com outras práticas no dia-a-dia”.

Questionada sobre o ritmo de abertura de serviços em outros países, bem como com as medidas implementadas fora de Portugal, nomeadamente no que se refere à obrigatoriedade de uso de máscaras em alguns territórios, Graça Freitas afirmou que “cada país adapta as medidas à sua realidade”.

“Obviamente temos uma serie de pessoas da academia e da DGS a analisar os dados e os dados comparativos com vários países e comparamos não só a data de início das epidemias – nem todos os países iniciaram da mesma forma – e como é que tem sido essa evolução. Há países com curvas completamente diferentes”, justificou.

Sobre o uso de máscaras, a Diretora-Geral da Saúde apontou que essa é “mais uma medida barreira”, mas sem especificar se o uso poderá ou não vir a ser obrigatório em Portugal e recordando outras medidas de prevenção como a higiene das mãos, o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a limpeza das superfícies porque, acrescentou, “o vírus permanece durante horas ou dias”.

“Isto é para nos permitir retomar a atividade, mas ainda com muitos cuidados e muitas alterações à nossa rotina antes deste novo vírus e da doença”, reafirmou Graça Freitas.

Já antes, no período de intervenção inicial o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, foi igualmente cauteloso quanto ao levantamento de medidas restritivas, um dia depois de ter sido renovado o estado de emergência em Portugal.

“Estamos a começar a terceira quinzena de estado de emergência e precisamos de renovar também a confiança de que este é o caminho que todos temos de continuar a percorrer e de que infelizmente não há atalhos”, referiu o governante.

O Secretário de Estado da Saúde apontou que “interessa neste momento decisivo e de grande responsabilidade” que “não se deite a perder os resultados do enorme sacrifício das últimas semanas”.

Opinião
A Carta Europeia dos Direitos dos Doentes estabelece os 14 direitos que, juntos, têm como objetivo g

Dos valores fundamentais reconhecidos pela Carta, encontram-se o direito a medidas preventivas, ao acesso a cuidados de saúde, à informação, ao consentimento informado, à livre escolha de tratamento, à privacidade e confidencialidade, ao respeito pelo tempo de tratamento, ao cumprimento de padrões de qualidade, à segurança, a métodos inovadores de tratamento e diagnóstico, a evitar dor e sofrimento desnecessários e o direito a tratamento personalizado.

O direito à escolha será, portanto, o direito por excelência, a partir do qual germinam todos os outros. A autodeterminação nasce com o indivíduo e transforma, assim, o doente num consumidor de cuidados de saúde. Por essa razão, o doente, devidamente informado, deve ter na mão a liberdade de escolher e decidir sobre a terapêutica e os cuidados de saúde que considera mais adequados às suas necessidades.

Para a Homeopatia, o respeito e a valorização do indivíduo estão acima de todas as prioridades. O indivíduo não é um mero espetador da sua saúde, pelo que, uma vez informado, com rigor e em consciência, deve ser-lhe permitido decidir sobre os aspetos que à sua saúde dizem respeito. Desta forma, será um agente ativo da sua saúde, informado e participativo, com uma visão alargada que lhe permitirá contribuir para uma Medicina mais humana e, por consequência, para o equilíbrio dos sistemas de saúde.

No passado dia 18 de abril assinalou-se o Dia Europeu dos Direitos dos Doentes e urge realçar a importância da disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade dos cuidados de saúde e a forma como a Homeopatia – assim como outras Terapêuticas Não Convencionais (TNC) – assume um nítido respeito pelo equilíbrio e a complementaridade, numa abordagem totalmente multidisciplinar e de respeito pela Saúde. O reconhecimento e a confiança que as TNC têm despertado nas populações ao longo das décadas advém precisamente da forma eficaz como respondem e respeitam as necessidades individuais.

É com base neste respeito, equilíbrio e complementaridade, criando um sistema integrado onde todos os agentes da saúde têm voz, que alcançamos a tão desejada abordagem multidisciplinar que abre portas à melhoria da qualidade dos cuidados de saúde em todo o mundo.

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Semana Europeia da Vacinação
Nunca como agora se falou tanto de proteção e prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem,...

No âmbito da Semana Europeia da Vacinação, que este ano se comemora entre os dias 20 e 26 de abril, Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, Presidente da Respira e Presidente da Fundação Europeia do Pulmão relembra que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura. No caso da Pneumonia, corremos riscos de mortes, morbilidades e sequelas graves”.

Dados acabados de lançar pelo INE mostram que a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia. Em 2018, foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.

A vacinação deve ser uma prioridade ao longo da vida, em especial para os doentes crónicos e para quem tem mais de 65 anos. Correm maior risco de contrair doenças graves como a Pneumonia Pneumocócica e por isso devem ser protegidos. A pandemia Covid-19 que vivemos atualmente veio mostrar a fragilidade destes grupos e reforçar a necessidade de os protegermos contra esta e outras doenças. Para o Covid-19 ainda não há vacina mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças.

A proteção dos grupos de risco através de imunização tem vindo a ser defendida pelo Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA), especialistas e associações de doentes que apelam à gratuitidade da vacina contra a Pneumonia para as pessoas com mais de 65 anos, à semelhança do que já acontece com a vacina da Gripe.

Para o MOVA é fundamental olhar para a realidade portuguesa de modo a não ignorar que 21% dos portugueses têm 65 ou mais anos. São cerca de dois milhões de pessoas que, ao beneficiarem desta medida, acabam por contribuir para uma redução significativa de custos que rondam em média 80 milhões de euros anuais, só em internamentos.

Como refere Isabel Saraiva, este ato tem “ganhos quantitativos e qualitativos”, permitindo “investir na saúde, a prevenir eventuais internamentos e, no limite, a reduzir significativamente o número de mortes”. Estudos revelam que por semana, a pneumonia provoca, em média, 161 mortes e um gasto de 1,5 milhões de euros, só em tratamentos e internamentos – não contabilizando outros custos indiretos e intangíveis.

Atualmente existe uma recomendação de vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco – idosos, diabéticos, doentes respiratórios crónicos, asmáticos, entre outros – está explanada numa Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS). A vacina é gratuita para as crianças, embora a eficácia esteja comprovada em todas as faixas etárias, incluindo em prevenir formas mais graves da doença.

A vacinação ao longo da vida é um dos objetivos do MOVA. Fundado há três anos pela Respira, durante a Semana Europeia da Vacinação, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento das entradas da Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA compreende ainda a FPAD – Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a AADIC – Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, a APER - Enfermeiros de Reabilitação, a ANTDR - Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, a Pulmonale, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão e a Europacolon Portugal - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo. Por se tratarem todos de grupos de risco, o MOVA reforça ainda a importância de, agora mais do que nunca, ficarem em casa, se protegerem e cumprirem a medicação.

Carta Aberta
O SITEU – Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos enviou uma carta aberta ao Presidente da República para chamar...

A carta assinada pela presidente da direção do SITEU, Gorete Pimentel, aproveita “o clamor gerado pelo nosso colega em Londres, o enfermeiro Luís que tão bem cuidou do primeiro-ministro britânico e conseguiu chamar a atenção para o trabalho dos enfermeiros no serviço nacional de saúde britânico, mas bem que podia ser o português”.

Gorete Pimentel salienta na missiva que “temos muito orgulho nos nossos colegas enfermeiros que nos últimos anos imigraram em massa para outros países. Temos também muito orgulho nos nossos colegas enfermeiros que ficaram em Portugal e que hoje dão o seu melhor, e em muitos casos muito mais do que o seu melhor, para cuidar de todos os portugueses. Sem olhar à falta de meios de proteção, sem olhar aos turnos que se prolongam sem fim à vista, sem refeições porque não há tempo e os doentes são muitos e nós, enfermeiros, somos poucos para tantos cuidados”.

Sublinhando que “é para estes enfermeiros, para os que aqui trabalham, que chamamos a sua especial atenção”, a carta do SITEU lembra a Marcelo Rebelo de Sousa que “há décadas, que os Enfermeiros de Portugal são alvo de desconsideração consecutiva e constante por parte do poder político deste país. Os Enfermeiros têm sido sistematicamente sacrificados, vistos como uma profissão menor e um custo para o Estado”.

Neste sentido, o SITEU lembra ao Presidente da República que “Portugal é dos países da OCDE um dos que tem, o rácio mais baixo. Nos dados divulgados pela OCDE relativos a 2016, em Portugal havia 6.1 Enfermeiros por mil habitantes enquanto a média da União Europeia era de 9.1 Enfermeiros por mil habitantes. Nos últimos anos, se alguma coisa se alterou foi para pior.”

O último estudo internacional (2015) feito em 30 Países, que incluiu Portugal, sobre número mínimo de enfermeiros nos serviços, mostra que por cada doente a mais a cargo de um enfermeiro (não cumprimento da chamada dotação segura) a mortalidade aumenta 7% dentro dos hospitais. A taxa de reinternamento aumenta 11% e gastam-se mais 58 milhões de euros/ano com o aumento da taxa de infeções. 

Tendo em conta que “a atual pandemia está a provocar um agravamento sem precedentes nas condições de trabalho dos Enfermeiros, os efeitos físicos e psicológicos são enormes e, se como se prevê a situação perdurar por mais um ano ou dois, as consequências serão nefastas”. Entre as situações mais urgentes, que o SITEU considera que devem merecer a intervenção do Presidente da República, destacam-se:

Contratação efetiva de enfermeiros para os quadros do Serviço Nacional de Saúde, garantindo as dotações seguras recomendadas pela Ordem dos Enfermeiros, seguindo as melhores diretrizes internacionais. "O que está a acontecer neste momento é o recurso a bolsas de emprego, com contratos de quatro meses apenas para propaganda política e respetivo proveito junto da opinião pública", afirma o Sindicato.

Defende-se ainda a implementação de um sistema de gestão eficaz que evite a escassez de recursos materiais, "como se tem verificado nestas últimas semanas" e igualdade de carreiras em todos os aspetos e direitos estejam os enfermeiros em Contratos de Trabalho em Funções Públicas ou em Contratos Individuais de Trabalho. "Não há justificação para diferenças quando o trabalho é igual e a entidade patronal também", escreve o sindicato. 

Transferência de Enfermeiros com mais de 60 anos para funções que os impeçam de estar ao serviço dos doentes, equiparação da carreira dos Enfermeiros na área social à carreira dos contratos da função pública, reconhecimento da enfermagem como uma profissão de risco e a atribuição de excelente a todos os Enfermeiros no sistema de avaliação da função Pública, "como forma de reconhecimento do excelente trabalho dos enfermeiros de Portugal", acrescenta.

O SITEU recorda ao Presidente da República que “os enfermeiros têm um papel vital no cuidado ao doente e na manutenção do seu tratamento. Os parâmetros dos ventiladores não se introduzem sozinhos, nem ficam em autogestão. Os cuidados técnico-científicos, inerentes ao exercício das funções de enfermagem, têm que ser realizados por profissionais competentes”. Chamando a atenção de Marcelo Rebelo de Sousa, “o nosso SNS está suspenso por arames, numa situação estruturalmente periclitante que só a dedicação dos seus profissionais permite não desmoronar”.

Covid-19
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) apoia a fixação pelo Estado de uma margem máxima de comercialização das máscaras e...

“A maioria das farmácias, na prática, já está a adotar margens inferiores ao limite fixado pelo Governo. Muitas estão mesmo a revender esses produtos ao preço de aquisição, juntando apenas o IVA, sem qualquer lucro próprio, infelizmente nem todas o podem fazer”, relata o presidente da ANF. Neste momento, 24% das farmácias enfrentam processos de penhora e de insolvência. “Esta epidemia apanhou a nossa rede numa situação de crise económica, mas não de valores. Primeiro temos de resolver a crise sanitária que ameaça a população, só depois a crise das farmácias”, defende Paulo Cleto Duarte.

Máscaras, álcool, luvas e outros equipamentos de proteção individual contra a Covid-19 são vendidos em múltiplos estabelecimentos. Eram produtos de preço livre, mas as farmácias anteciparam a sua regulação. No dia 24 de março, a ANF recomendou às suas associadas uma margem máxima de 17,5%, igual à margem legal dos medicamentos sujeitos a receita médica, que é a mais baixa da Europa. A ANF escreveu então ao Primeiro-Ministro pedindo medidas para “restabelecer o fornecimento de matérias de proteção aos utentes e às equipas das farmácias a preços normais de mercado”. A ANF fez chegar à ASAE centenas de denúncias relativas a propostas de comercialização apresentadas às farmácias com preços 100% a 1.000% superiores aos praticados antes da pandemia.

 

 

Sistema de registo para enfermeiros
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros reformulou a plataforma EuAlerto para integrar um sistema de...

A evolução e readaptação da plataforma EuAlertopara o contexto atual de pandemia tornou-se essencial para aproximar ainda mais a Ordem dos Enfermeiros dos seus membros. Permite agora que os Enfermeiros registem o seu estado de saúde, indicando a sua situação, possíveis sintomas e outros dados relevantes que possam influenciar o seu desempenho e atentar contra o seu exercício profissional.

Respeitando os critérios máximos exigidos de privacidade e sigilo, estas informações vão servir para avaliar o desenvolvimento geográfico do Covid-19 entre os enfermeiros e para uma ação dirigida na área de abrangência da SRCentro.

Paralelamente, a plataforma EuAlerto continua a ter disponível a opção de denúncia e/ou exposição de situações que comprometam a dignidade profissional e a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos cidadãos, e que necessitem da intervenção da Ordem dos Enfermeiros.

Desde abril de 2017, data do seu lançamento, esta página online já registou mais de 400 queixas por parte de enfermeiros, e que foram devidamente acompanhadas pela SRCentro.

Ricardo Correia de Matos, Presidente do Conselho Diretivo Regional da SRCentro, destaca a importância desta ferramenta, afirmando que “a plataforma EuAlerto é sinónimo de cooperação e compromisso. Acreditamos que só através de uma proximidade efetiva entre a SRCentro e os Enfermeiros, conseguiremos construir a confiança necessária para empoderar a profissão. Este é o caminho. Conto convosco!”.

O acesso dos enfermeiros à plataforma EuAlerto é realizado com as credenciais do Balcão Único da Ordem dos Enfermeiros.

 

Ciclo de conversas virtuais
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), com o apoio da Daiichi Sankyo, realiza hoje, pelas 21h00, a e-Conference “A...

Durante a conferência virtual, diferentes Núcleos de Estudo da SPMI vão partilhar as suas perspetivas no que diz respeito à gestão hospitalar/ambulatória e do doente com COVID-19, numa discussão reservada a profissionais de saúde.

O primeiro tema intitulado "A holística da ação: gestão hospitalar e ambulatória" ficará à responsabilidade do Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias (NEDResp), do Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI), do Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária (NEHospDom) e do Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI), contando com a moderação da Prof.ª Doutora Lélita Santos.

A segunda parte da e-Conference, moderada pelo Dr. Estevão Pape, será centrada na temática "A holística do doente: risco Vascular e DM", que ficará a cargo do Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV), do Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO), do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) e do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM).

«Em tempos de pandemia, a Medicina Interna tem reafirmado de forma inequívoca o seu papel coordenador no centro de decisão hospitalar. A experiência multifacetada, abrangência de conhecimento fisiopatológico multiorgânico e a capacidade de adaptação têm sido importantes aliados. Em meu nome pessoal, enquanto internista, e em nome da Daiichi Sankyo, agradecemos aos clínicos desta Especialidade a sua superação e o seu sentido de responsabilidade. “A Medicina Interna na linha da frente”, segmento do título da E-conference que orgulhosamente apoiamos, nunca fez tanto sentido.» São as declarações do Prof. Doutor Jorge Ruivo, Medical Manager Cardiovascular da Daiichi Sankyo Portugal.

Faça a sua inscrição em: https://www.spmi.pt/e-conference-a-medicina-interna-na-linha-da-frente-da-covid-19/

 

Diversidade genética
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) acaba de disponibilizar um site, de acesso livre, com resultados...

Neste momento, estão disponíveis dados referentes à análise de 150 genomas de SARS-CoV-2 obtidos de amostras positivas colhidas em vários pontos do país, mas estes resultados serão revistos e atualizados à medida que forem obtidos mais dados.

Dos 150 genomas de SARS-CoV-2 analisados até agora, observa-se alguma diversidade genética, sendo que a maioria dos vírus pertence ao clade (A2) mais representado em toda a Europa. Os resultados analisados permitem também verificar a existência de múltiplos perfis genéticos, apesar do número de mutações médio por genoma se enquadrar dentro do previsto para este vírus, ou seja, cerca de duas mutações por genoma por mês.

Os resultados analisados pelos investigadores do INSA indicam ainda uma grande dispersão do posicionamento das mutações no genoma do SARS-CoV-2, assim como perfis genéticos congruentes com dados epidemiológicos (por exemplo, geografia, contactos confirmados, etc.) e outros sugestivos de potencial link epidemiológico.

A sequência completa do genoma do novo coronavirus é identificada com recurso a tecnologias de sequenciação de nova geração e análise bioinformática através da plataforma online INSaFLU. O painel interativo apresentado neste novo site reflete uma análise integrativa da diversidade genética (filogenia) e a dispersão geotemporal do vírus SARS-CoV-2 em Portugal, realizada com o recurso às ferramentas do projeto Nextstrain.

O site foi desenvolvido no âmbito do “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19) em Portugal”, que o Instituto Ricardo Jorge se encontra a realizar, em colaboração com uma rede de cerca de 20 hospitais de Portugal Continental e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Este trabalho de investigação pretende, numa primeira fase, sequenciar o genoma de cerca de 1000 coronavírus SARS-CoV-2.

Consulta à distância
A nova plataforma de telessaúde, que será disponibilizada em várias unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS),...

Segundo os SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, que desenvolveram a plataforma, o “processo de consulta é simples e seguro”.

Através desta plataforma o médico pode aceder ao seu processo clínico do paciente, analisar resultados e, se necessário, emitir prescrições e solicitar exames laboratoriais e radiológicos.

O utente precisa apenas de computador com câmara e som e estar registado na Área do Cidadão, do Portal SNS.

As teleconsultas já arrancaram no Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar

“Em breve, avançam no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde e, gradualmente, às restantes unidades de cuidados de saúde hospitalares e primários”, avança a SPMS.

A telessaúde é uma aposta do SNS, com benefícios para todos os cidadãos, sobretudo "no momento crítico de saúde pública que o país atravessa", observa ainda a SPMS.

 

Sintomas e tratamento
O mieloma múltiplo (MM) é um cancro que tem origem nas células chamadas plasmócitos, este desenvolve

Apesar de afectar os ossos, não é um cancro ósseo. Origina-se nas células do sangue, isto é, na medula óssea. A medula é um tecido que preenche o centro da maioria dos ossos. A causa do mieloma múltiplo ainda não é completamente conhecida.

Na medula óssea dos doentes com MM observamos mais de 10% de plasmócitos. Inicialmente o MM pode não causar sintomas, mas conforme progride, poderá causar estes sintomas:

  • Dores ósseas e fracturas causados pelas lesões líticas ósseas, frequentemente da coluna
  • Cansaço, fadiga, tonturas devido a anemia
  • Perda de peso
  • Problemas renais – os rins perdem a capacidade de eliminar líquidos
  • Confusão, sede excessiva, obstipação secundários ao aumento de cálcio
  • Infecções frequentes devidos a incapacidade de produzir anticorpos que combatem as infecções
  • Hiperviscosidade – grande quantidade de proteínas do mieloma pode fazer com que o sangue se torne mais espesso, levando a sintomas de confusão, tonturas, ou sintomas semelhantes ao AVC.

Para o diagnóstico são realizadas análises ao sangue e a urina, radiografias e/ou outros estudos imagiológicos e posteriormente biópsia da medula óssea.

Esta última consiste numa punção do osso ilíaco mediante anestesia local. Infelizmente o MM, ainda é uma doença incurável.

Entretanto nos últimos anos, o tratamento do mieloma possibilitou a introdução de novos fármacos; inclusivamente tratamentos por via oral, o que levou a uma franca melhoria da sobrevida e da qualidade de vida, tornando cada vez mais o mieloma como uma doença crónica.

São utilizadas diferentes combinações de medicamentos, dependendo das características da doença e do doente (elegível ou não para autotransplante de medula óssea).

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Portugal e no mundo
Uma equipa de investigadores do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra ...

Este questionário online, disponível em: https://surveys.uc.pt/index.php/992535?lang=pt, tem «tradução em 13 línguas esperando, desta forma, conseguir chegar a indivíduos de diferentes territórios do mundo, com idade igual ou superior a 18 anos», refere a responsável pela equipa de investigação, apelando à participação dos cidadãos.

«Para além das características do indivíduo, da habitação e da área envolvente, queremos avaliar de que forma os contextos de vida, trabalho/estudo e lazer e o acesso e utilização de cuidados de saúde estão a ser afetados pela pandemia de COVID-19. Outro aspeto relevante, que sairá das respostas a este questionário, é relativo à perceção dos cidadãos sobre o papel das autarquias na minimização dos impactos sociais e económicos», destaca Paula Santana.

A equipa garante a confidencialidade dos dados e o anonimato dos inquiridos. «Não haverá qualquer divulgação ou comunicação de resultados individuais. Os dados recolhidos serão exclusivamente utilizados para fins de investigação científica fundamental e aplicada», esclarece a coordenadora do estudo.

 

Opinião
O Dia Europeu dos Direitos dos Doentes é uma iniciativa criada em 2007 por um movimento de cidadania

Desde as últimas décadas do século passado, temos assistido a grandes mudanças de paradigma na prestação de cuidados de saúde, com progressivo reconhecimento da importância do envolvimento dos doentes no seu próprio processo de diagnóstico e tratamento. A Organização Mundial de Saúde, assim como a maioria dos países, produziram documentos que reflectem esta filosofia.

Resumidamente, estes documentos consagram os seguintes aspectos fundamentais:

  1. Acesso a cuidados médicos de qualidade, incluindo os cuidados preventivos e a continuidade de cuidados (para que não haja quebras entre o nível hospitalar e o dos cuidados primários) e incluindo o acesso a métodos inovadores de tratamento e diagnóstico;
  2. Direito à livre escolha no que respeita a meios de diagnóstico e tratamento, mediante informação adequada e consentimento (o doente pode decidir, após esclarecido, se aceita ou não uma intervenção, com excepções bem definidas, como situações de emergência);
  3. Acesso à informação – à sua própria informação clínica e à informação sobre a organização do sistema de saúde;
  4. Privacidade e confidencialidade em todos os momentos da prestação de cuidados, além do respeito inegociável pela dignidade humana e pelas convicções pessoais;
  5. Promoção de um ambiente de segurança clínica, com minimização dos erros e do dano provocado por intervenções médicas.

Porque não há direitos sem deveres, a nossa Ordem dos Médicos define também um conjunto de “Deveres dos Doentes”, que inclui o dever de zelar pelo seu estado de saúde, de respeitar os direitos dos outros doentes, de colaborar com os profissionais de saúde, de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde e de utilizá-los de forma apropriada, colaborando activamente na redução de gastos desnecessários.

Da revisão de todos estes textos, chamou-me a atenção o direito ao tratamento personalizado. O que significa isto? O tratamento personalizado não é mais do que a prestação de cuidados de saúde adaptados às particularidades de cada pessoa. O seu alcance pode chegar a aspectos tão específicos como tratamentos dirigidos a anomalias genéticas. Mas a dimensão que todos reconhecemos é a do respeito pelas crenças, pela personalidade, pelo contexto familiar e profissional, pelas preferências de cada um – nem que seja, como ouvi numa extraordinária conferência, em tom caricatural, a preferência pela cor dos comprimidos.

Nós, médicos, devemos tratar cada doente como único. É essa a maior beleza da Medicina e é também o mais importante direito que cada doente tem.

Fonte: 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Balanço
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fez cerca de mil transportes no âmbito da Covid-19, desde março, e mais de 3...

Segundo o secretario de Estado da Saúde, “estas colheitas foram feitas ao domicílio, em lares, junto das forças de segurança, entre outras, e o dispositivo está preparado para testagem nos estabelecimentos prisionais e centros educativos, em caso de haver suspeita de Covid-19”.

António Lacerda Sales referiu que coube ao INEM, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade e o Ministério da Administração Interna, a criação de um circuito para garantir “a testagem e transporte de vítimas de violência doméstica” antes da entrada nos abrigos de emergência.

Antes da pandemia, acrescentou, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebia, em média, 3.800 chamadas: “hoje recebe menos 500 por dia, o que resulta naturalmente do confinamento, mas não pode resultar do receio dos cidadãos recorrerem ao Serviço Nacional de Saúde, em caso de urgência”.

Portugueses «podem ter confiança no sistema»

O Presidente do INEM, Luís Meira, por seu lado, indicou que alguns operacionais e familiares foram infetados com o novo coronavírus, embora sem registo de casos preocupantes no instituto.

“Todos os que testaram positivo ou já recuperaram ou têm sintomatologia que não é preocupante”, referiu.

O responsável frisou também que os cidadãos “podem ter confiança no sistema” e a ele recorrer sempre que tiverem necessidade de uma intervenção e de transporte para uma unidade hospitalar. 

“Devem ter confiança, sem receio de virem a ser infetados com Covid. Os circuitos estão bem definidos, os operacionais têm a formação e os conhecimentos necessários para reduzirem ao máximo o risco de problemas de contaminação”, sublinhou.

Serviço Nacional de Saúde
O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, afirmou que “Portugal realizou, desde o dia 1 de março, mais de 200 mil testes...

“E foram distribuídos esta semana mais 265.000 testes pelas cinco administrações regionais de saúde e as duas regiões autónomas”, disse o Secretário de Estado na conferência de imprensa diária de balanço sobre a epidemia, que decorreu no Ministério da Saúde, em Lisboa.

António Sales afirmou também que “o Norte recebeu 45% dos kits, a região de Lisboa e Vale do Tejo recebeu cerca de 30%, sendo a restante quantidade distribuída pelas outras administrações regionais”.

“Continuamos por isso empenhados em garantir que os testes chegam onde são mais necessários e a melhorar o tempo de resposta entre a colheita e a entrega do resultado”, acrescentou o governante.

O Secretário de Estado da Saúde destacou o papel dos profissionais envolvidos no combate à pandemia, nas várias frentes.

“Todos, sem exceção, merecem o nosso reconhecimento, consideração e agradecimento”, sublinhou o governante, referindo-se a bombeiros, forças e serviços de segurança, proteção civil e pessoal do INEM, que tem tido “um papel preponderante nesta pandemia”.

"O SNS continua a garantir resposta a quem dele precisa. Os cidadãos devem continuar a ligar para o 112 em caso de urgência ou do agravamento do seu estado de saúde”, concluiu o Secretário de Estado da Saúde. 

 

 

Pandemia
Manuel Heitor, Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho vão visitar os laboratórios onde a Universidade de Aveiro (UA) está a...

Desde o início de abril que a UA está a realizar testes de rastreio à covid-19 em amostras biológicas recolhidas nos hospitais da região de Aveiro. Com capacidade para realizar até 200 rastreios por dia ao material biológico recolhido nos estabelecimentos de saúde e enviado para a Academia de Aveiro, a UA quer ajudar a região e o país na luta contra a pandemia.

Nos últimos 6 anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.

Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, assegura Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”.

Os testes estão a ser realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV. “Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, refere o responsável.

Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios, lembra Artur Silva, são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”.

Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, que os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, que foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores, a biossegurança está garantida pela UA.

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