Science DiabetICC Footwear
Um inovador calçado terapêutico mais ajustado à condição do pé diabético, que terá na sua constituição materiais inteligentes...

Inserida no projeto Science DiabetICC Footwear, que foi cofinanciado pelo programa Portugal 2020/Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, a nova tipologia de calçado vai ser produzida pela ICC - Indústrias e Comércio de Calçado S.A., em colaboração com a ESEnfC - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, que identificou esta necessidade terapêutica, e a Universidade do Minho (através do IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos, do 2C2T - Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e do CF-UM-UP - Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto).

Com este novo calçado, pretende o consórcio chegar a uma solução que, simultaneamente, minimize o risco de lesão e promova o máximo conforto ergonómico (com capacidade de adaptação da forma) e termofisiológico, associando-lhe, ainda, um design mais moderno e apelativo. Pedro Parreira, investigador que coordena a parceria da ESEnfC e da UICISA: E - Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (centro de pesquisa acolhido no estabelecimento de ensino superior de Coimbra) neste projeto, explica que o Science DiabetICC Footwear "pretende ultrapassar as dificuldades associadas às limitações dos produtos já existentes", constituindo-se como "um calçado inovador". "Será um calçado ecológico, impermeável e arejado, que evitará odores e facilitará a circulação sanguínea. A palmilha terá caraterísticas especiais, será removível e de limpeza fácil, integrará agentes terapêuticos e permitirá absorver impactos em andamento. Incluirá materiais inteligentes (self-sensing composites) para a monitorização de parâmetros clínicos do pé, contribuindo para reduzir o risco de aparecimento de infeções associadas a úlceras. O peso do sapato será reduzido, com design apelativo em várias cores, e a sola será antiderrapante", descreve o docente da ESEnfC. Pedro Parreira sublinha, ainda, que se pretende "que [este sapato terapêutico] seja um dispositivo médico, sustentado em investigação clínica, a ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde". 

O projeto Science DiabetICC Footwear: Desenvolvimento de calçado terapêutico inovador para pé diabético é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo aprovado de 700.047,24 euros, para um investimento de despesas elegíveis totais de 1 milhão de euros (€ 1.003.152,74).

Pela ESEnfC, participam neste projeto os investigadores Pedro Parreira, Anabela Salgueiro-Oliveira, João Apóstolo e Rui Baptista.

Cuidados
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reconhece a importância da decisão de um conjunto de medidas do...

“Tendo chamado a atenção, muitas vezes, da falta de cuidados estruturados de proximidade em relação aos lares, congratulamo-nos, agora, com as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde de reforçar o apoio às equipas e utentes dos lares, através da intervenção dos profissionais dos Centros de Saúde” avança José Manual Boavida, presidente da APDP.

José Manuel Boavida adianta ainda que “a APDP tem uma longa história de cooperação com os lares, nomeadamente através da formação dos seus profissionais nos cuidados às pessoas com diabetes, em áreas tão diversificadas como o tratamento com insulina ou a prevenção e controlo do pé diabético. O modelo de intervenção comunitária da associação é um exemplo a seguir no combate à pandemia da covid-19 nos lares. Também aqui queremos afirmar que o SNS pode contar com a associação e recorrer à nossa linha de atendimento telefónico sempre que necessário”.

É importante relembrar que a APDP é responsável pela formação na área da diabetes para profissionais de saúde em todos os níveis de cuidados desde há décadas e também desde há mais de 15 anos aos profissionais de Centros de Dia e Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas.

Com o objetivo de reforçar a corrente de solidariedade tão necessária para ultrapassar este período de crise, a APDP enviou na semana passada cartas à Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, à União das Misericórdias e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, disponibilizando o recurso à sua linha Diabetes de apoio por parte dos técnicos de instituições que continuam a cuidar de pessoas em que a prevalência da diabetes atinge muitas vezes os 30% e a necessidade de cuidados é enorme.

José Manuel Boavida relembra que as pessoas com diabetes são um dos grupos mais vulneráveis a desenvolver complicações graves após a infeção com o Covid-19 “é crucial reforçar as medidas e cuidados a ter para controlar a diabetes. O doente deverá continuar a tomar a medicação para a diabetes, sem nunca interromper o tratamento com insulina, fazer a recolha dos dados de glicemia de quatro em quatro horas, beber mais líquidos para evitar a desidratação e verificar a temperatura diariamente, de manhã e à noite”.

A linha Diabetes de apoio da APDP (21 381 61 61) está disponível para todos os portugueses com diabetes e seus familiares e funciona das 8h00 às 20h00, incluindo fins de semana. Desde que foi criada, a 25 de março de 2020, já atendeu e ajudou mais de 1.000 pessoas com diabetes.

Covid-19
Perante notícias divulgadas nos meios de comunicação sobre casos de síndroma inflamatório em crianças, a Sociedade Portuguesa...

As Sociedades científicas do Reino Unido e Espanha emitiram recentemente alertas que dão nota do aparecimento de alguns casos raros de crianças que são internadas por um quadro clínico grave e invulgar.

Tratam-se de doentes que têm um contexto epidemiológico de contacto com a doença COVID-19, por vezes com teste de PCR ou anticorpos positivos para SARS-CoV-2. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia “a apresentação clínica destes doentes em idade pediátrica consiste num síndroma inflamatório sistémico grave que envolve vários órgãos e sistemas, incluindo sintomas gastrointestinais como dor abdominal e lesões cutâneas, e eventual sobreposição de miocardite e alguns sinais de síndroma de Kawasaki”.

Segundo os especialistas desta sociedade científica “este quadro clínico sugere uma síndroma de choque tóxico habitualmente requer internamento em cuidados intensivos” e, de acordo com os dados disponíveis, trata-se de um quadro que, com contexto da pandemia, “em idade pediátrica é apenas muito raramente grave.”

“Não temos, à data em que escrevemos este texto, conhecimento de nenhuma fatalidade no contexto desta eventual nova apresentação da COVID-19”, esclarece em comunicado a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

Quanto à doença de Kawasaki, explica que se trata de “uma vasculite inflamatória sistémica rara, de causa ainda não esclarecida - provavelmente secundária a agentes infeciosos - que causa um síndrome clínico em crianças geneticamente suscetíveis, podendo condicionar envolvimento coronário em 5-10% dos casos tratados”, sendo muito raro estes doentes necessitarem de cuidados intensivos em fase aguda.

“Não existe, neste momento, nenhuma evidência científica que sugira que doentes que tenham tido doença de Kawasaki no passado estejam agora mais suscetíveis de contrair a COVID-19”, acrescenta no documento enviado aos órgãos de comunicação social.

No entanto a deixa um alerta:  todas as crianças com sintomas sugestivos da COVID-19 (febre, tosse, dificuldade respiratória) que surjam com dor abdominal, exantema ou palidez cutânea e cansaço importante ou prostração, devem contactar o médico assistente e as autoridades de saúde (serviço telefónico SNS 24) para orientação clínica. “Persiste atualmente um grande desconhecimento quanto a estas recentes formas de apresentação da COVID-19 e a SPC sugere que estas situações agora descritas são extremamente raras e devem ser valorizadas com um juízo prudencial, de modo a evitar alarmismos da população”, conclui.

Investigação
Um consórcio internacional, que reúne cientistas de 40 países, incluindo Portugal, está a estudar o impacto da COVID-19 na...

As implicações da pandemia que enfrentamos, "especificamente o confinamento a casa, o isolamento social, o encerramento das creches, jardins-de-infância e escolas, o teletrabalho, o lay off e os despedimentos, vieram colocar novos desafios ao exercício da parentalidade e da coparentalidade", afirma Maria Filomena Gaspar, investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) e professora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), que coordena o estudo em Portugal, em conjunto com Anne Maria Fontaine, professora emérita da Universidade do Porto (UP).

Estes desafios, acrescenta a especialista em Psicologia da Educação da UC, "resultam das múltiplas tarefas que têm de conciliar (funções parentais habituais, apoio ao ensino escolar em casa, trabalho em casa, aumento das horas despendidas em tarefas domésticas) numa situação de confinamento que é nova e, para muitos pais, acompanhada de grandes desafios financeiros e da antecipação de dificuldades no futuro".

A equipa solicita a participação de pais e mães neste estudo através do preenchimento de um questionário, disponível em: https://inqueritos.ces.uc.pt/index.php/293452. É feito um apelo especial aos pais para responderem, "pois habitualmente são as mães que mais participam neste tipo de investigação, o que gera uma lacuna na compreensão da satisfação e exaustão parental dos homens". A única condição é ter pelo menos 1 filho(a) a viver em casa, qualquer que seja a idade.

Maria Filomena Gaspar explica que "há fatores que podem ajudar os pais e mães a lidar com o stresse resultante da necessidade de conciliarem múltiplas tarefas em situação de confinamento, enquanto outros podem dificultar. No primeiro grupo inclui-se a existência de um/a companheiro/a que partilha as tarefas e de momentos em que os pais/mães se autocuidam, por exemplo, enquanto no segundo grupo podemos considerar a existência de uma criança com problemas de comportamento ou hiperatividade ou uma mãe/pai muito autoexigente consigo mesmos".

Este é o segundo grande estudo conduzido pelo consórcio internacional que investiga o burnout parental (IIBP: Internacional Investigation of Parental Burnout) e que é liderado por Isabelle Roskam e Moïra Mikolajczak, da Universidade de Louvain, na Bélgica.

O objetivo deste grupo de cientistas é estudar a validade conceptual, prevalência e variação intercultural do burnout parental em todo o mundo (cf. https://www.burnoutparental.com/international-consortium).

 

Recomendações
Face à situação epidemiológica em Portugal, provocada pelo novo coronavírus, muitos portugueses estã

Quem está em casa, em teletrabalho, não deve descurar os cuidados com a sua coluna, tendo especial atenção à postura que adota quando está sentado à secretária, assim como aos comportamentos sedentários, muito prejudiciais para as costas.

Por ser uma das principais causas associadas ao surgimento de dores nas costas e por acarretar problemas dos pés à cabeça, o sedentarismo é o primeiro aspeto a combater. Estar em isolamento social pode significar uma redução mais ou menos significativa em termos de atividade física, no entanto, mesmo em casa, é fundamental não esquecer os exercícios de fortalecimento muscular, ao nível dos músculos das costas, mas também da região abdominal e dos membros inferiores, de forma a prevenir e a reduzir a dor.

Permanecer na mesma posição por longos períodos representa também um dos perigos para a coluna vertebral, dado que durante as várias horas em que estamos sentados a trabalhar, se verifica uma sobrecarga dos músculos e discos intervertebrais. Sendo, por isso, fundamental fazer intervalos regulares, de maneira a mudar de posição.

Já a adoção de posturas incorretas está na origem de grande parte dos problemas de saúde. Além da típica dor nas costas, a postura extremamente prejudicial que a maioria das pessoas assume pode provocar também dores nos pés, dificuldades na recuperação pós-treino, fadiga, tensão arterial alta, obstipação, bem como consequências a nível psicológico, gerando desmotivação, mau humor ou problemas de sono. O que pode pôr em causa a sua produtividade no trabalho.

Que cuidados devo ter em teletrabalho?

Em casa, pode sentir-se mais descontraído, contudo, é importante que trabalhe nas mesmas condições em que trabalharia se estivesse no escritório e que redobre os trabalhos com a sua postura.

Primeiramente, é fundamental que organize o seu espaço de trabalho e que opte por uma superfície estável, como uma secretária ou uma mesa. Além disso, é indispensável uma boa cadeira, de forma a prevenir a fadiga e desconforto, proporcionando uma postura corporal saudável. Neste sentido, lembre-se que uma cadeira demasiado alta vai levar a que adote uma má postura, por isso, escolha uma com assento regulável, de modo a que a sua altura seja facilmente ajustável. O assento deve ser macio e almofadado, já a base da cadeira deve também ter rodas, para que se consiga deslocar com as costas direitas, e ser grande o suficiente para promover estabilidade, enquanto que a parte traseira da cadeira deve servir de apoio tanto à parte inferior como à parte superior das costas.

Faça pequenos ajustes à sua posição, que podem fazer a diferença na sua saúde. Siga as seguintes recomendações:

  • Mantenha o monitor do computador ao nível dos seus olhos, utilizando um suporte, livros ou até resmas de papel;
  • Use uma almofada se a cadeira não tiver curvatura lombar;
  • Ajuste a altura da cadeira de modo a que, quando sentado, fique com os seus pés totalmente apoiados no chão e os joelhos ao mesmo nível da bacia;
  • Não se incline para a frente nem para trás enquanto sentado, mantenha o alinhamento correto do tronco e as costas apoiadas no encosto da cadeira;
  • Não trabalhe no sofá, visto que, pouco tempo depois, vai dar consigo completamente “mergulhado” ou quase deitado;
  • Não cruze as pernas e mantenha os pés apoiados no chão;
  • Mantenha o teclado do computador perto de si, a uma distância entre 10 a 15 cm;
  • Opte por uma almofada de rato com o apoio para o pulso;
  • Levante-se regularmente e caminhe um pouco pela casa, de modo a alongar os músculos e as articulações.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
webinar Diabetes e COVID-19: Voltar à rotina mais fortes
Organizado pela Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, o webinar "Diabetes e COVID-19: Voltar à...

De acordo com a FPAD “esta sessão será aberta a todas as pessoas com diabetes e seus familiares”, e vai contar com a presença de representantes da Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes e profissionais de várias especialidades médicas para dar resposta às questões que envolvem a reorganização do quotidiano destes doentes

Emiliana Querido, Presidente da FPAD, explica que “sentimos necessidade de desenvolver esta sessão de esclarecimento online para dar resposta efetiva às questões reais que as pessoas com Diabetes e os seus familiares e cuidadores sentem nesta fase que estamos a ultrapassar devido à pandemia por COVID-19, seja no enquadramento clínico, como laboral, legal, social e psicológico. Queremos ajudar as pessoas com Diabetes a lidar e reorganizar a sua vida, neste momento e no “novo normal” que ainda está por vir, da melhor forma possível”.

O painel de oradores é composto por Helena Cardoso, médica Endocrinologista, com uma intervenção sobre o que ainda é necessário saber sobre o COVID-19 e a Diabetes para que os doentes se mantenham seguros e saibam gerir e controlar a doença nesta fase, a especialista abordará ainda as aprendizagens desta fase que podem ser aplicadas num futuro breve. A Médica de Família, Zita Lopes, fará uma abordagem ao papel da Medicina Geral e Familiar na Diabetes durante a pandemia, na avaliação e orientação da situação clínica, social e psicológica.

A sessão é, ainda, enriquecida com um olhar sobre a diabetes no contexto atual na perspetiva laboral, legal e social pela Advogada Maria Pinhal e com a intervenção da Psicóloga Soraia Monteiro, que fará uma abordagem sobre o impacto psicológico da pandemia e dará dicas sobre a melhor forma de cuidar da saúde mental e emocional e gerir a frustração do isolamento social.

O webinar “Diabetes e COVID-19: voltar à rotina mais fortes” decorrerá em simultâneo na   página de Facebook da FPAD ou através do link https://diabetesecovid19webinar.com/

Serviço Nacional de Saúde
De acordo com o relatório sobre o segundo período do estado de emergência, divulgado hoje, foram contratados 1.864...

O documento, elaborado pelo Governo e entregue à Assembleia da República, revela que foram contratados 76 médicos, 618 enfermeiros, 896 assistentes operacionais, 124 assistentes técnicos, 10 farmacêuticos, 113 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e 27 técnicos superiores.

De acordo com o relatório, na fase de mitigação da pandemia exige-se a máxima mobilização de meios e recursos do SNS na abordagem de pessoas com suspeita de Covid-19 e na prestação de cuidados aos doentes infetados pelo novo coronavírus.

Assim, e para garantir que os serviços e estabelecimentos que integram o SNS se mantêm em pleno funcionamento, dispondo de todos os profissionais de saúde que se revelem necessários e indispensáveis, foi consagrado um regime excecional em matéria de recursos humanos, que possibilita a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo certo, por um período de 4 meses, podendo ser renovados por iguais períodos.

 

 

Covid-19
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e a Agência Europeia do Medicamento alerta os doentes com...

De acordo com o comunicado do Infarmed, esta notificação deve ser feita quer para os medicamentos para tratar a Covid-19, bem como para os medicamentos que toma habitualmente para tratar doenças crónicas pré-existentes.

O Infarmed lembra que o conhecimento sobre o novo vírus ainda é incompleto, desconhecendo-se possíveis interações medicamentosas que possam estar a ocorrer com a terapêutica destes doentes.

As informações fornecidas pelos doentes e profissionais de saúde, através das notificações de RAM, contribuirão para aumentar o conhecimento gerado pelos ensaios clínicos e por outros estudos, pelo que se reforça a importância de ser notificada diretamente ao Sistema Nacional de Farmacovigilância qualquer suspeita.

Os doentes devem falar com o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico, se tiverem dúvidas sobre a suspeita de ocorrência de alguma reação adversa.

 

Reunião virtual
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de amanhã, um Webinar dirigido a todos...

A reunião virtual tem como ponto de partida a apresentação de resultados de um inquérito nacional aplicado aos centros de tratamento do AVC agudo e centros de reabilitação, debatendo os vários níveis de cuidados, desde a fase aguda/internamento, Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI), passando ainda pelos centros de reabilitação, sem esquecer o ambulatório.

“Existem recomendações que nos alertam da necessidade de equipas de reabilitação coordenadas e multidisciplinares em todos os níveis de cuidados ou fases dos AVC, sabendo que um sobrevivente de AVC que não tenha acesso a essa mesma reabilitação organizada terá menor probabilidade de atingir o seu potencial máximo funcional e integração sociofamiliar e profissional”,  começa por referir a Dr.ª Ana Alves, fisiatra e moderadora do webinar.

No entanto, se a Reabilitação já tinha, em Portugal, “um longo caminho a percorrer”, com manifestas limitações no acesso e nos recursos humanos dedicados, a Covid-19 veio potenciar essas lacunas ao sobrecarregar o sistema de saúde, levando à suspensão, em alguns casos, dos programas de reabilitação em curso, ou à menor disponibilidade/multidisciplinaridade dos mesmos.

“Já sentíamos que, a nível hospitalar, a pressão para libertar camas pelas equipas de gestão de altas hospitalares, associada à ausência de disponibilidade da rede de cuidados de reabilitação extra-hospitalar, conduzia ao atropelo constante das Normas de Orientação Clínica da Direção-Geral da Saúde, existentes desde 2011, o que levava a uma gritante disparidade de critérios de referenciação entre as administrações regionais de saúde e mesmo entre os hospitais”, frisa a médica fisiatra. Com a pandemia, todo este processo apresentou ainda maior declínio. Assim, é objetivo desta sessão de debate fazer um ponto de situação deste panorama, avaliando as “sequelas” do cenário que atravessamos.

A especialista esclarece que “as equipas de reabilitação são essenciais e não podemos cair em tentação de regredir nos cuidados ao sobrevivente de AVC, mas sim aumentar a interligação entre os diferentes níveis de cuidados, inovando com a telerreabilitação e com maior proximidade entre hospitais/centros de saúde/RNCCI/internamentos de MFR e Centros de Reabilitação”.

Assim, serão abordados os diferentes níveis de cuidados por profissionais especializados de várias regiões do país, contando ainda com participação da Direção Geral da Saúde (DGS), representada por Diogo Cruz (Subdiretor da DGS) e com as boas-vindas do presidente da Direção da SPAVC, Prof. Castro Lopes.

Os profissionais incluídos no grupo de destinatários deste webinar, organizado com o apoio da Angels, deverão entrar em contacto com a SPAVC, através dos vários canais de comunicação disponíveis, para mais detalhes sobre o acesso e formas de participação.

SNS
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, reiterou o apelo aos pais para que “não descurem a vacinação” das...

O tema da vacinação voltou a ser abordado na última conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da Covid-19 em Portugal. Segundo António Lacerda Sales “inicia-se agora um processo de recuperação de confiança das pessoas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e temos apelado aos pais que não descurem a vacinação dos filhos e às pessoas com doenças crónicas que não deixem de procurar os cuidados médicos de que necessitam para manter as suas patologias controladas”.

O Secretário de Estado lembrou que desde a identificação dos primeiros casos Covid-19 em Portugal, em 2 de março, “o SNS já se vinha a preparar para a pandemia”, tendo “adaptado a sua resposta às diferentes fases epidemiológicas num processo flexível, dinâmico, proporcional e transversal”.

O governante salientou, ainda, que a “criação de circuitos Covid e não-Covid dentro das unidades de saúde foi determinante”, mas “não podemos ignorar que toda a atividade assistencial foi afetada por esta pandemia”.

“Sem ter a situação estabilizada no âmbito da propagação do novo coronavírus, não se consegue dar uma resposta adequada às outras patologias”, referiu o António Lacerda Sales.

 

 

Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) e o Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da...

Resultante desta parceria, o Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e o CHUCB criaram nas instalações do Hospital Pêro da Covilhã, que integra o CHUCB, uma sala laboratorial, dedicada exclusivamente à análise das amostras provenientes do centro móvel de colheitas da Cova da Beira (drive-through), e de estruturas residenciais para idosos e serviços de apoio domiciliário da região, o que irá permitir o aumento considerável da capacidade de testagem da população e de mitigação da pandemia.

Após análise das amostras por parte dos técnicos do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, o processo é finalizado com a validação dos testes pelos médicos patologistas do CHUCB, sendo também por estes efetuado o registo dos resultados, no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE).

Ministros visitam Laboratório de Patologia Clínica

No âmbito da assinatura do protocolo, iniciativa apoiada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, uma comitiva governamental visitou, no passado dia 24 de abril, as instalações do Laboratório de Patologia Clínica do CHUCB.

Composta por Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, e ainda os secretários de Estado João Paulo Rebelo (Juventude e Desporto) e Isabel Ferreira (Valorização do Interior) a comitiva foi recebida no hospital pelo Presidente do CHUCB, João Casteleiro, acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, pelo Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, pelo Reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, pela Vice-Presidente da FCS, Ana Paula Duarte e pela responsável do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior , Sílvia Socorro.


Comitiva Governamental durante a visita às instalações do Laboratório de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira 

 

Estratégias e recomendações
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) promoveu, no dia 28 de abril, uma sessão online gratuita, intitulada ...

“Cada hospital tem as suas especificidades, tanto no que respeita às próprias unidades de cirurgia ambulatória (UCA), como à realidade epidemiológica da covid-19, que é diferente nas várias zonas do país. Porém, pretendemos fazer uma recomendação nacional, com a maior abrangência possível, definindo regras e protocolos. Queremos garantir a elevada qualidade das técnicas cirúrgicas ambulatórias, assim como a segurança dos profissionais e dos doentes, pelo que as UCA deverão usar estratégias e normas para se manterem áreas covid-free.”, afirmou Carlos Magalhães, presidente da APCA e moderador do Webinar, no final da sessão.

E acrescentou: “Brevemente, em data a definir, vamos repetir este Webinar, com a participação de outras sociedades científicas e profissionais de saúde das várias áreas, de forma a reunir o máximo de contributos.”

A sessão contou com cerca de 270 participantes e com uma discussão muito participada, onde foram abordados assuntos controversos e possíveis estratégias para as várias etapas do processo da Cirurgia Ambulatória: pré-operatório, admissão de doentes nas unidades de cirurgia ambulatória, peri-operatório, recobro/alta e pós-operatório.

O circuito dos doentes e dos profissionais dentro das unidades; o rastreamento de doentes, dos acompanhantes (apenas permitidos no caso da Pediatria) e dos profissionais de saúde; o tempo de permanência dentro das unidades; tipos de máscaras e outros equipamentos; técnicas cirúrgicas e anestésicas mais adequadas em tempo de pandemia; medidas de dispersão de aerossóis; tempo de renovação do ar dentro das salas de cirurgia; distância entre camas e cadeirões; e disponibilização de medicação pós-cirurgia, evitando idas à farmácia, foram, entre muitas, algumas das temáticas abordadas durante a sessão.

 O Webinar contou com a participação de Silva Pinto, vogal da APCA de Lisboa, Célia Castanheira, secretária da APCA do Porto, Paulo Lemos, presidente do Colégio da Especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos, Alberto Midões, do Colégio da Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos, Vicente Vieira, em representação da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Gil Gonçalves, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Jaime Vilaça e Nuno Ramos, membros da Direção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Hélder Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, Raquel Martins, presidente do CF da Ordem dos Enfermeiros, e Mercedes Bilbao, presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses.

Doença psiquiátrica
A esquizofrenia é uma das doenças mentais graves mais frequentes, estimando-se que afete 21 milhões

A esquizofrenia é uma doença mental complexa que reflete alterações no funcionamento cerebral. Embora as suas causas não sejam conhecidas, sabe-se que, além da genética, outros fatores, nomeadamente ambientais, podem estar na origem da doença.

As alterações do pensamento, da perceção, do comportamento e do afeto estão entres as principais características deste transtorno, no entanto, as suas manifestações clínicas podem variar de doente para doente. Estas podem incluir: delírios, alucinações, discurso desorganizado ou comportamento amplamente desorganizado ou catatónico.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-IV), publicado pela Associação Psiquiátrica Americana, existem cinco tipos principais de Esquizofrenia:

Paranoide 

A característica essencial deste tipo é a existência de ideias delirantes dominantes ou alucinações auditivas. O início tende a ser mais tardio do que o dos outros tipos. É o tipo mais frequente e o que apresente melhor prognóstico no que diz respeito ao tratamento. O doente tratado pode ser independente.

Catatónico 

As principais manifestações clínicas deste tipo são: atividade motora excessiva, negativismo extremo, cataplexia (paralisia corporal momentânea), ecolália (repetição patológica e aparentemente sem sentido de uma frase ou palavra que outra pessoa acabou de dizer). O doente pode causa danos físicos a si própria ou descurar a sua alimentação e higiene. O seu tratamento é considerado difícil.

Indiferenciado

este tipo encaixa-se nos sintomas de esquizofrenia, mas não satisfaz nenhum dos tipos classificados anteriormente.

Residual

este tipo caracteriza-se pela ausência de delírios, alucinações, comportamento desorganizado ou catatónico. Há, no entanto, a presença de sintomas negativos ou dois ou mais sintomas positivos comportamento excêntrico, discurso levemente desorganizado ou crenças incomuns.

Desorganizado

Caracteriza-se pela existência de discurso desorganizado (que pode ser acompanhado de comportamento infantilizado com risos que não estão relacionados com o contexto do discurso), comportamento desorganizado e afeto desorganizado. Este é o tipo mais complicado de tratar. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proteção
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a apoiar, em parceria com a 3D CardioSolutions, uma empresa...

“Estamos a desenvolver todos os esforços possíveis para apoiar e proteger as equipas dos laboratórios de hemodinâmica do nosso país, por forma a assegurar a assistência necessária na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças como o enfarte agudo do miocárdio, que não deixam de ocorrer, mesmo em tempo de pandemia”, refere João Brum Silveira, presidente da APIC, agradecendo “o empenho de todos os parceiros, em especial da empresa 3D CardioSolutions, na disponibilização, sem custos, de material de proteção individual, nomeadamente viseiras.

João Silva Marques, cardiologista e co-fundador da 3D CardioSolutions afirma: “Pretendemos fazer face à escassez destes recursos de proteção individual para os profissionais de saúde, no mercado nacional e internacional, e possibilitar o tratamento seguro da doença cardiovascular neste tempo de pandemia, ao mesmo tempo que se reduz a probabilidade dos profissionais dos Laboratórios de Cardiologia de Intervenção serem contaminados com gotículas, em caso de procedimentos em doentes com covid-19”, afirma.

E acrescenta: “Uma vez que temos impressoras 3D, que são úteis na luta contra a pandemia de covid-19, decidimos disponibilizar a nossa capacidade ao serviço da Cardiologia de Intervenção nacional através da APIC. Ainda esta semana serão entregues cerca de 100 viseiras”.

 

Doença ocular
Não é frequente, mas a conjuntivite pode ser uma das formas de apresentação da Covid-19.

Estamos numa altura do ano em que não só é possível, mas é sobretudo muito comum a ocorrência de conjuntivites alérgicas. Como distingui-las então de outros problemas? O especialista da SPO esclarece que este tipo de conjuntivite, a alérgica, “surge normalmente em doentes já com história conhecida de doença alérgica, tendo normalmente um padrão sintomático habitual e bilateral”. 

Os sintomas, esses são fáceis de identificar: “prurido, lacrimejo persistente e vermelhidão ocular, com pouca ou nenhuma secreção, e pouca afetação da visão”. São, refere o médico, “muitas vezes episódios que se repetem, ano após ano, de forma crónica, e que são tratados com anti-histamínicos tópicos, lágrima artificial e, mais raramente, com colírios de corticoides, nos casos mais graves, sendo a evolução muito favorável em poucos dias”.

Já as conjuntivites virais costumam surgir de forma mais súbita, “inicialmente unilateralmente, podendo, numa fase mais avançada, envolver ambos os olhos, com vermelhidão mais marcada, maior compromisso da visão, incómodo já com alguma sensação de dor, secreção mais abundante, embora não purulenta”.

Cabe ao oftalmologista, através da observação em consulta, fazer o diagnóstico e decidir qual o melhor tratamento que, “no caso da conjuntivite viral, é essencialmente sintomática e de suporte, já que não há tratamento específico”, esclarece o médico.

Por cá, as conjuntivites alérgicas são relativamente comuns, “sem gravidade significativa e não são transmissíveis, sendo a conduta defensiva o evitar os alergénios conhecidos, aos quais se seja sensível”, enquanto as virais, essas “são bastante contagiosas, sendo comum variados elementos da mesma família serem afetados, e de uma forma muito rápida”.

Em caso de dúvida, o especialista reforça ser “totalmente seguro consultar, mesmo na fase de contingência que vivemos, o seu médico oftalmologista, que está disponível para observar casos prioritários, ou procurar uma urgência de Oftalmologia, estando todas a funcionar normalmente e de forma completamente segura”. E, acrescenta, é já conhecida a posição pública da SPO e do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos, que aconselha o uso de máscara em contexto social e em locais fechados, “melhorando assim a segurança do próprio e daqueles que o rodeiam, reduzindo igualmente a normal tendência para tocar na face com as mãos, que pode constituir um importante vetor de infeção”.

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Primeiro estudo português
Foi publicado recentemente, na prestigiada revista científica “Archives of Osteoporosis”, o primeiro estudo que analisa a...

O estudo permite identificar quais os fatores que se relacionam com os níveis desta vitamina na população adulta portuguesa, podendo assim suportar a definição de estratégias para prevenir e corrigir esta situação, tanto do ponto de vista clínico e de informação à população, como da criação de políticas nacionais nesta área.

De acordo com a publicação, os fatores mais associados com níveis baixos de vitamina D da População portuguesa são os meses de Inverno (baseado na data de recolha da amostra: janeiro a março) e viver no arquipélago dos Açores.

No Inverno, apenas 2 em cada 10 portugueses apresenta níveis normais de vitamina D.
Durante o Verão, os valores sobem para 56,8% da população, concluindo que pouco mais de metade da população consegue atingir valores normais de vitamina D.  As mulheres têm maior prevalência de carência de Vitamina D do que os homens.

Quanto ao impacto da localização geográfica, os Açores são a região Portuguesa que registou níveis mais elevados de insuficiência e deficiência de vitamina atingindo 82% da população. Estes valores poderão estar associados à intensa nebulosidade que se verifica no arquipélago dos Açores. Como seria expectável, é no Algarve que se verificam valores mais baixos de insuficiência e deficiência de vitamina D, correspondendo apenas a 45% da população ao longo de todo o ano, comparativamente aos valores entre 58,7% e 69,7% no restante território continental e na Madeira.

Para além da estação do ano e da localização geográfica, o avançar da idade e a obesidade, são outros fatores responsáveis pelo aumento de risco de deficiência e insuficiência de vitamina D.

A alimentação tem um contributo muito escasso para suprir as necessidades fisiológicas desta vitamina, especialmente através de peixes gordos selvagens, gema de ovo e alguns cogumelos.

Para combater a carência de Vitamina D só temos dois recursos: aumentar a exposição da pele ao sol ou fazer uso de suplementos alimentares e medicamentos com Vitamina D.

“É conclusivo que este estudo revela valores inadequados de Vitamina D numa grande proporção da população Portuguesa. A análise destes dados deve servir de base para um debate nacional profundo sobre o tema e sobre o seu impacto na saúde dos portugueses”, constata o médico José Pereira da Silva, que promoveu e supervisionou este estudo.

As consequências mais evidentes provocadas pela carência de Vitamina D são problemas ósseos e musculares e têm maior propensão a sofrer fraturas com pequeno traumatismo e, nos casos graves, podem surgir dores ósseas e musculares espontâneas, falta de forças e cãibras. Todas estas manifestações podem ser, erradamente, atribuídas a um envelhecimento normal, mas podem ser corrigidas com a reposição de vitamina D. Nas crianças, a consequência direta da desta situação é o raquitismo, com atraso de crescimento e deformação óssea. Ao longo últimos tem-se acumulado evidência de que a vitamina D tem um efeito muito mais amplo pois afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas do corpo humano, do sistema nervoso ao imunológico, das doenças cardiovasculares às infeciosas.  Isto justifica a possibilidade de que a carência de Vitamina D possa ser um fator de risco para a ocorrência e para a gravidade de uma enorme variedade de doenças com impacto de saúde pública. Ainda que as provas sejam frágeis nesse sentido, o facto de que a vitamina D é muito segura e barata justifica que o combate à sua carência mereça a atenção dos médicos e autoridades de saúde pública do mundo desenvolvido.

Iniciativa
A pensar em quem não pode ficar em casa e em todas as famílias que, obrigadas ao confinamento, se vêm em situação de...

Muitas foram as dezenas de entidades do sector privado que já se associaram ao movimento e centenas de pessoas, a título pessoal, fizeram os seus donativos, contribuindo para uma causa que, afinal, é de todos nós.

A CVP mantém-se no terreno a trabalhar diariamente em prol da melhoria da qualidade de vida de todos aqueles que, direta ou indiretamente, se viram afetados pela pandemia. Trata-se de um apoio prestado através de equipas de emergência que se deslocam nas ambulâncias de socorro, das equipas Psicossociais que garantem o apoio no âmbito da Saúde Mental e minimizam o impacto emocional, dos operadores da Teleassistência que combatem o isolamento dos mais idosos garantindo-lhes tranquilidade em momentos de maior aflição, dos Voluntários e Técnicos de Saúde, que se encontram nas Unidades fixas e móveis de triagem COVID, dos Assistentes Sociais e Educadores Sociais que garantem o cuidado, apoio e dignidade dos utentes das Estruturas Seniores, nomeadamente, Lares, Unidades de Cuidados Continuados e Cantinas Sociais.

Por forma a levar a mensagem mais além, a Cruz Vermelha Portuguesa lançou o segundo mote deste movimento, através de um hino produzido para o efeito. A música foi criada pela artista RÁAE, produzida pela produtora SONIDO e o vídeo foi desenvolvido pela agência Lola Normajean.

Um hino criado especificamente para esta causa que nos une e que pretende sensibilizar as pessoas para a responsabilidade de cada um na prevenção e controlo da Pandemia.

O hino vai estar presente em várias plataformas (TV, Spotify - onde será doado um valor por cada clique na música, Youtube, Redes sociais, Streamings e Rádio, com o intuito de fazer chegar ao maior número de pessoas uma importante mensagem de Esperança, Resiliência e União.

Publireportagem
A colonização do trato gastrintestinal por microbiota começa imediatamente após o nascimento e é afe

Um probiótico não é igual a outro e “muitos dos probióticos disponíveis no mercado não foram corretamente testados em termos de resistência à digestão enzimática e viabilidade das bactérias disponíveis, nem foram submetidos a estudos clínicos. E os resultados dos estudos com um probiótico específico não podem ser extrapolados para a generalidade”, sublinhou o Prof. Miguel Mascarenhas Saraiva. Em Gastrenterologia, os probióticos são aplicados nas situações seguintes: diarreia associada aos antibióticos, diarreia do viajante, diarreia infeciosa, doença associada a Clostridium difficile, síndrome do intestino irritável, Helicobacter pylori, doença inflamatória intestinal, bursite, enterocolite necrosante, síndrome de intestino curto e prevenção de cancro colorretal. A evidência sugere que a utilização de probióticos reduz o risco de diarreia associada aos antibióticos (L. rhamnosus, L. reuteri protectis, S. boulardii; RR=0,58). No entanto, “é necessária mais evidência para determinar que probióticos se associam a maior eficácia e em que doentes a receber que antibióticos específicos”.

A diarreia do viajante está associada a vários tipos de agentes (E. coli e outras bactérias, vírus, parasitas), sendo que a maior parte dos estudos mostra reduzido efeito dos probióticos na prevenção. Apenas dois estudos sugerem efeitos benéficos: o LGG (Lactobacillus rhamnosus GG) pode diminuir o risco de desenvolver diarreia em 3,9%/dia e o L. reuteri poderá ter um efeito benéfico. Na diarreia infeciosa, embora esteja demonstrado benefício, “a maioria dos estudos foi efetuada em idade pediátrica”.

Na erradicação de Helicobacter pylori, os probióticos são úteis na prevenção da diarreia associada ao tratamento de erradicação. Alguns estudos sugerem um papel no aumento da taxa de erradicação, outros mostram ausência deste efeito. “Para já, sabe-se que há melhor tolerância ao tratamento de erradicação, com um associado aumento da compliance e aumento da taxa de erradicação”, concluiu o Prof. Miguel Mascarenhas Saraiva.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover uma campanha de consciencialização para a...

“Com esta campanha pretendemos desafiar os portugueses a terem mais atenção aos erros posturais que cometem, muitas vezes involuntariamente, ao longo do dia. Durante a quarentena, o teletrabalho e a telescola exigem que as pessoas passem muitas horas sentadas a escrever ou a trabalhar no computador. Neste espaço de tempo têm tendência a adotar posturas que podem levar ao aparecimento de dores nas costas ou agravar lesões prévias”, explica Miguel Casimiro, Presidente da SPPCV.

Acrescenta ainda que “vamos também incentivar os portugueses que estão em casa a praticar pequenos exercícios físicos, de curta duração, explicando as diferenças entre uma postura correta e incorreta, na realização dessas atividades”.

As dores nas costas atingem mais de 70 por cento da população portuguesa, sendo um dos problemas de saúde mais prevalentes no país. As más posturas, muitas vezes associadas a um estilo de vida sedentário, contribuem para este número e estão na origem de diversos problemas de coluna.

Caso de sucesso
Um artigo recentemente publicado na revista médica Transplantation Proceedings descreve um caso de sucesso do tratamento de uma...

O menino, de 3 anos, sem historial clínico relevante, apresentou-se no hospital com febre e otite. Após uma semana de tratamento com antibiótico, observou-se o aparecimento de erupções cutâneas e petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele). Os exames efetuados revelaram níveis baixos de todas as células do sangue – glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Posteriormente, uma biópsia revelou que a medula óssea, onde estas células são produzidas, se encontrava com um número de células estaminais anormalmente baixo, tendo sido estabelecido o diagnóstico de anemia aplástica grave, com necessidade de transplante hematopoiético.

Tendo em conta que os membros da família não foram considerados elegíveis como dadores para o transplante e após ter conhecimento de que a criança tinha a sua amostra de sangue do cordão umbilical armazenada, a equipa médica decidiu avançar com o transplante autólogo de sangue do cordão umbilical. Nas semanas de recuperação que se seguiram, observou-se o aumento gradual das contagens celulares sanguíneas. Cerca de 18 semanas depois do transplante, a biopsia revelou uma medula óssea normal, indicando a recuperação total do doente e, mais de um ano e meio após os exames realizados revelaram que a criança se mantinha livre da doença.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “a história desta criança não é única. Em Portugal, verificou-se recentemente um caso semelhante. Uma criança com anemia aplástica grave foi tratada, no IPO de Lisboa, recorrendo ao seu sangue do cordão umbilical, previamente armazenado na Crioestaminal. O transplante correu bem e, hoje, o menino encontra-se saudável e livre da doença”.

Artigos anteriores tinham já reportado o tratamento bem-sucedido de crianças com anemia aplástica grave utilizando sangue do cordão umbilical autólogo. Os autores destes artigos são unânimes: tendo em conta os resultados obtidos, o recurso a sangue do cordão umbilical autólogo, quando disponível, deve ser considerado para o tratamento de anemia aplástica adquirida grave.

A anemia aplástica é uma doença hematológica rara que pode ser fatal se não for tratada atempadamente. O sistema imunitário ataca e destrói as células estaminais da medula óssea, responsáveis pela produção das células do sangue e do sistema imunitária, deixando o doente anémico e vulnerável a infeções e hemorragias. Nos casos mais graves, em que não é possível controlar a doença com agentes imunossupressores, o tratamento passa pela realização de um transplante hematopoiético (transplante de células estaminais hematopoiéticas, formadoras das células do sangue e sistema imunitário), preferencialmente tendo um irmão compatível como dador.

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