Prolongamento de prazos
Encontra-se em curso o processo de candidaturas à 2ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção que tem como...

Considerando a situação epidemiológica atual e o impacto gerado concretamente na comunidade médica, a MSD Portugal decidiu prolongar o prazo de candidaturas à edição de 2020. Desta forma, todas as equipas de trabalho com atividade num estabelecimento de prestação de cuidados de saúde, de natureza pública ou privada, ou em instituições científicas sem fins lucrativos podem agora submeter os seus projetos, até dia 28 de maio de 2020, através do site do Prémio: https://premiomsdinvestigacaoemsaude.pt/

Nesta 2ª edição, será atribuído um valor de 10 000€ ao Grande Vencedor e um valor de 1 500€ a cada uma das Menções Honrosas. Todos os projetos submetidos serão avaliados pela sua criatividade, relevância para a população-alvo, estrutura, objetivo, metodologia e exequibilidade.

A Comissão de Avaliação é constituída pelos seguintes elementos: Prof.ª Doutora Catarina Resende de Oliveira, Prof.ª Doutora Emília Monteiro, Prof. Doutor Henrique Luz Rodrigues, Prof. Doutor Jorge Torgal Garcia, Prof. Doutor Manuel Abecasis, Prof.ª Doutora Mariana Monteiro e Prof. Doutor Nuno Sousa.

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site.

 

 

 

 

Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) vai promover uma sessão online gratuita, no próximo dia 28 de abril,...

“Nos últimos 15 anos, registou-se um aumento do número de cirurgias de ambulatório. Com este Webinar pretende-se que sejam discutidas as melhores estratégias e que sejam elaborados consensos para o reinício da atividade cirúrgica em contexto de cirurgia ambulatória, que poderão depois ser também aplicadas na cirurgia programada em regime de internamento”, explica Carlos Magalhães, presidente da APCA.

O Webinar que tem como tema “A Retoma da Cirurgia Ambulatória na Era COVID – Uma Nova Realidade?” conta com várias Sociedades Científicas e Representantes de Profissionais de Saúde, nomeadamente Carlos Magalhães, Presidente da APCA, Silva Pinto, Vogal da APCA de Lisboa, Célia Castanheira, Secretária da APCA do Porto, Paulo Lemos, Presidente do Colégio Especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos, Alberto Midões e José Augusto Martins, do Colégio Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos, Vicente Vieira, em representação da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Gil Gonçalves, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Hélder Ferreira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva (SPCMIN), Raquel Martins, Presidente do CF da Ordem dos Enfermeiros, e Mercedes Bilbao, Presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP).

No final da sessão online, que tem o apoio da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, será elaborado um documento de consenso que será disponibilizado às entidades oficiais.

Para mais informações e inscrições, consultar: http://bit.ly/webinarapca

 

 

Risco para a saúde
O TIC Council, a Associação internacional que reúne todas as entidades de “Teste, Inspeção e Certificação”, e na qual o...

Este organismo internacional foi notificado quanto à existência de um número elevado de certificados de Avaliação de Conformidade falsificados que estão a ser utilizados, sem confirmação da validade e da segurança de equipamentos de proteção individual (EPI) bem como de dispositivos médicos (DM).

No atual contexto de pandemia, a utilização de equipamentos ou dispositivos (fraudulentos) não certificados pode aumentar o risco de propagação do vírus COVID-19 e colocar a saúde e a segurança das pessoas em perigo.

VanBenschoten, Presidente do Comité de Combate à Contrafação do TIC Council, recomenda que, caso as autoridades policiais, organizações de consumidores, governos ou cidadãos tenham dúvidas sobre a validade do certificado de conformidade de um equipamento, entrem em contacto com o Organismo de Avaliação da Conformidade que validou o equipamento.

A Diretora-Geral do TIC Council, Hanane Taidi, declarou que “enquanto combatemos o vírus COVID-19, é vital que os equipamentos de saúde e segurança garantam a proteção adequada àqueles que os utilizam e cumpram os padrões exigidos. Equipamentos de proteção genuínos são fundamentais para proteger vidas e impedir a propagação do vírus. Solicitamos às pessoas que compram EPIs que garantam a autenticidade e validade dos certificados de segurança e qualidade dos mesmos”.

Neste contexto de pandemia, a última coisa que os consumidores querem que aconteça são falsificações e equipamentos não-conformes com as normas internacionais, por isso é da maior importância que tanto os compradores como os Governos e as autoridades existentes nesta matéria estejam muito atentos a isto. Sempre que houver dúvida é validar o certificado entrando em contacto com o Organismo de Avaliação da Conformidade identificado no certificado.  É a saúde de todos nós que poderá estar em causa”, refere Pedro Matias, Presidente do ISQ.

Recomendações
O Núcleo de Estudos de Doenças Raras (NEDR), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), em colaboração com a...

A associação europeia EURORDIS identifica as Pessoas com Doença Rara, nomeadamente doenças metabólicas raras e as com doenças que afetam o sistema imunológico, como pessoas de risco elevado.

O guia tem recomendações para pessoas sob terapêutica imunossupressora, pessoas com imunodeficiências primárias, com cardiopatia, com doenças hereditárias metabolismo, com perturbações do desenvolvimento ou do espectro autista, com hemofilia, pessoas traqueostomizadas em ventilação no domicílio ou com sonda nasogástrica e pessoas com epilepsia.

Tem como principal objetivo ser um instrumento simples e esclarecedor, de apoio às Pessoas com Doença rara e seus Cuidadores, que pretendam informar-se sobre o SARS-Cov-2 e a COVID 19, no sentido de prevenir, combater e eliminar comportamentos suscetíveis de propagar esta pandemia.

O guia pode ser consultado ou descarregado aqui: https://www.spmi.pt/covid-19-guia-informativo-para-pessoas-com-doenca-rara-e-seus-cuidadores/

 

Especialistas esclarecem controvérsia
Perante as notícias recentemente divulgadas que apontam um efeito protetor da nicotina contra a COVID-19 a Sociedade Portuguesa...

Em comunicado, a SPP esclarece que o “tabagismo está associado a várias patologias crónicas, nomeadamente, doença respiratória, cardiovascular, diabetes e cancro, entre outras”, acrescentando que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde e a Direção Geral de Saúde, os doentes com estas patologias têm maior risco de doença grave por COVID-19. “Além disso, o tabagismo tem um efeito nocivo para o sistema imunitário, tornando os fumadores mais vulneráveis às infeções, incluindo possivelmente o novo coronavírus”, sublinha a sociedade científica.

Os especialistas chamam ainda a atenção para o “contacto mão-boca realizado frequentemente e repetidamente pelos fumadores” que constitui uma forma de infeção reconhecida”. Adicionalmente, esclarecem, “também a partilha de tabaco e seus produtos está associado a risco de contágio”.

Na nota enviada à comunicação social, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, faz saber que “apesar dos estudos serem escassos até à data, já há evidência científica que mostra que os fumadores têm maior risco de progressão para doença grave, maior risco de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos com necessidade de ventilação mecânica e maior risco de morte, em comparação com os não fumadores”.

Perante todos estes dados, e alinhada com a Organização Mundial de Saúde, alerta para o perigo da controvérsia causada pela indústria tabaqueira com a “divulgação de informação imprecisa e não fundamentada sobre o efeito protetor da nicotina”, e reafirma que os fumadores podem sofrer condições mais graves da doença COVID-19. “A nicotina é uma substância altamente aditiva que causa dependência nos seus utilizadores não existindo qualquer evidência sobre o seu efeito protetor”, sublinha.

De acordo com esta sociedade científica, “os estudos em causa aguardam ainda revisão científica e (…) há evidência clara de ligação à indústria tabaqueira, no passado, por um dos autores do estudo que coloca a hipótese do efeito protetor da nicotina, Jean-Pierre Changeux”.

O artigo de Jean-Pierre Changeux, que coloca esta hipótese do efeito protetor da nicotina, é baseado num outro estudo, realizado com 343 doentes, e que segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia apresenta  limitações que comprometem as conclusões retiradas: “o facto da taxa de prevalência de tabagismo nesta amostra hospitalar ser menor que a da população em geral não significa que tem um efeito protetor, na medida em que apenas grandes estudos de coorte bem fundamentados são apropriados para responder a questões sobre associação de fatores de risco a determinada doença ao longo do tempo, o que não acontece neste estudo. Da mesma forma, os dados dos doentes colhidos são imprecisos, por exemplo, no grupo dos ex-fumadores não é discriminado o tempo de abstinência (o que poderá incluir doentes que fumaram o último cigarro pouco tempo antes da avaliação). Além disto, a prevalência de ex-fumadores parece ser elevada, não são mostrados dados ajustados ao sexo e idade e não é fornecida verificação bioquímica da abstinência tabágica. Isso mesmo tem sido referido pela comunidade científica9, aliás, estas mesmas limitações são afirmadas pelos autores do estudo original.  Por outro lado, deve ser tido em conta que ser fumador e efeito protetor da nicotina são conceitos diferentes, que não devem ser confundidos”.

Deste modo, a SPP vem reforçar a posição defendida pelo pneumologista Filipe Froes que considera que “nesta altura a necessidade de divulgar conhecimento científico faz com a revisão e o rigor sejam mais frágeis existindo estudos que não seguem metodologias corretas e que tiram conclusões precipitadas. Existe demasiada especulação para os curtos meses que a doença tem e acaba por se valorizar o que se quer ouvir para se fazer o que se quer fazer”.

Extremamente preocupados com esta matéria, os especialistas em pneumologia recomendam a cessação tabágica imediata, “sendo que esta recomendação abrange igualmente os utilizadores de cigarro eletrónico e tabaco aquecido”. 

Ministra
“Um trabalhador deve ter o cuidado de medir duas vezes ao dia a sua temperatura” e deve alertar a entidade patronal caso...

A governante reforçou ainda que, “se as pessoas sentirem que têm temperatura, devem abster-se de ir trabalhar”.

Além da responsabilidade individual de cada trabalhador, a Ministra da Saúde apontou para vários aspetos legais sobre a medição da temperatura corporal por parte da entidade patronal, salientando que tem de haver consentimento expresso do trabalhador e que o controlo tem de estar sujeito a dever de confidencialidade.

Na conferência de imprensa, a Ministra da Saúde remeteu ainda para a explicação dada no sábado pelo Trabalho Solidariedade e Segurança Social, que afirmou que a medição da temperatura corporal aos trabalhadores “não se afigura inviável”, desde que não seja guardado qualquer registo da mesma.

Nessa mesma nota, o Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social referiu que o Governo vai clarificar a matéria por via legislativa.

 

 

Pandemia
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional, participou na elaboração do Guia CASA+ ...

Enquadrado no contexto da pandemia da Covid-19, o guia tem como objetivo “fornecer recursos para apoiar as pessoas que vivenciavam momentos de maior fragilidade e que necessitam de manter um nível de equilíbrio psicológico e emocional compatível com uma vivência autónoma e o normal exercício profissional”.

O manual CASA+, realizado no âmbito do Projeto 2.1. do Plano de Trabalho Colaborativo na Administração Pública, fornece um conjunto alargado de recursos que podem ajudar as pessoas em regime de teletrabalho nos desafios da organização da sua vida diária e na conciliação dos momentos de trabalho com aqueles outros momentos, tão importantes, para estarem com a família e consigo próprios.

O Grupo de Trabalho que desenvolveu o manual foi coordenado pela Secretária-geral da Presidência do Conselho de Ministros e integrou, além da DGS, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P., a Autoridade para as Condições de Trabalho, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, a Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, o Instituto Nacional para a Reabilitação, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), a Ordem dos Psicólogos Portugueses e a Polícia Judiciária (PJ). O projeto teve ainda o apoio da Agência para a Modernização Administrativa.

 

 

Covid-19
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a Sociedad Española de Directivos de la Salud (SEDISA), com o...

Ao todo são quatro sessões, que vão contar com especialista de ambos os países para discutir a organização da resposta do Sistema de Saúde à procura gerada pela pandemia, com especial enfoque na gestão dos recursos - humanos, logística e equipamentos - e na gestão clínica, do risco, dos circuitos e processos nas áreas de maior pressão assistencial.

O primeiro webinar acontece já no próximo dia 30 de abril, com o tema “Medicina intensiva: organização e desafios da gestão da procura”. Seguem-se depois a 5, 7 e 12 de maio, as discussões sobre a “Resposta da urgência: acesso, despistagem e encaminhamento”; a Resposta farmacêutica e a proximidade a doentes de ambulatório” e a “Resposta através dos hospitais de campanha”, respetivamente. Todas as sessões têm hora marcada para as 15h de Portugal, 16h em Espanha, com acesso através do link www.yal.pt/conferenciascovid19apahsedisa.

Esta iniciativa, dirigida aos profissionais de saúde, pretende assim dar uma visão intra-hospitalar e extra-hospitalar no combate à Covid-19, em ambos os países, pela discussão do impacto da Covid-19 nos diversos níveis e domínios assistenciais. Paralelamente, pretende-se discutir de que forma devem ser asseguradas soluções de continuidade da resposta dos cuidados de saúde.

 

 

Universidade de Coimbra
Coordenado por Marcela Matos, do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da...

Considerando que a crise associada à COVID-19 tem efeitos nefastos tanto na saúde física quanto na saúde mental das pessoas em todo o mundo, o objetivo, explica Marcela Matos, "é examinar o impacto psicológico desta pandemia e compreender que fatores podem ser protetores contra as suas consequências negativas ao nível da saúde mental".

"Pretende explorar, ao longo do tempo e em diferentes países/culturas, os efeitos da pandemia COVID-19 na nossa sensação de segurança e ligação aos outros, sintomas psicopatológicos (como a ansiedade, depressão e trauma), procurando determinar de que modo as pessoas lidam com esta situação e se a mesma pode ser fonte de crescimento pessoal pós-traumático. Um dos aspetos mais inovadores consiste na investigação do possível efeito protetor da compaixão e da autocompaixão", explicita a coordenadora do consórcio.

A compaixão "tem sido definida como a sensibilidade ao sofrimento no próprio e nos outros, capaz de gerar esforços concretos para aliviar ou prevenir esse mesmo sofrimento. Este projeto investigará, de modo transcultural, se a compaixão desempenha um papel protetor relevante na atenuação dos efeitos nocivos da pandemia na saúde mental dos indivíduos", acentua.

Este estudo tem como população-alvo indivíduos da população geral (com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos), profissionais de saúde e pessoas em cargos de chefia em empresas e instituições. A participação envolve o preenchimento anónimo e confidencial de um questionário online.

 

 

 

Plano de contingência
Desde o dia 1 de abril que cada Psiquiatra do Hospital do Espírito Santo – Évora, EPE (HESE) realiza consultas através do...

O Hospital de Évora, no âmbito do plano de contingência no combate ao Covid-19, suspendeu todas as consultas presenciais, com exceção das inadiáveis, por motivos clínicos, por questões de segurança dos Utentes e dos Profissionais. Face a esta necessidade, o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do HESE implementou a realização de consultas telefónicas e presenciais e/ou domicílio, para situações mais agudas.

O Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental de Adultos reorganizou-se em duas equipas multidisciplinares de trabalho distintas. Uma equipa que garante a atividade de consulta externa, o serviço de urgência e a psiquiatria de ligação, trabalhando em sistema de rotatividade, e uma equipa que garante a assistência no internamento. A Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência mantém também a atividade clínica de consulta externa em regime de teletrabalho.

Esta organização específica pretende garantir o acompanhamento de todos os utentes em seguimento prévio pelo Serviço e também de novos utentes referenciados pelos Médicos de Família.

Madalena Serra, Diretora do Departamento, realça a importância desta estratégia do Serviço e refere que “estando limitados no atendimento presencial, a nossa atenção é redobrada aos utentes que padecem de patologia mental grave. Mantemos, por isso, os agendamentos da medicação injetável e garantimos, de igual forma, as visitas domiciliárias para situações concretas, como sejam os doentes graves com acrescidos fatores de vulnerabilidade social.”

 

 

Covid-19
Programa de testes de diagnóstico ao vírus SARS-CoV-2 em lares de idosos, promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade...

Este programa, que começou com uma parceria com o Instituto de Medicina Molecular (IMM), a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e o Algarve Biomedical Center (ABC), da Universidade do Algarve, conta atualmente com mais de uma dezena de parceiros, entre Administrações Regionais de Saúde (ARS), Universidades, Politécnicos, e unidades de investigação, o que se traduz numa mobilização nacional da comunidade científica portuguesa.

Lançado com o objetivo de conter a propagação da doença em lares de idosos, através da realização de testes a todos os trabalhadores e utentes com sintomas, este programa de caráter preventivo é complementar a outras medidas já decretadas pelo Governo e adotadas pelas várias entidades, como a adequada separação de utentes e a correta utilização de equipamentos de proteção individual.

Foram, até ao momento, testadas cerca de duas centenas de instituições em todo o país.

O programa é operacionalizado com as Comunidades Intermunicipais (CIM), em articulação com as autoridades de saúde locais e os Centros Distritais da Segurança Social, e coordenado pelos Secretários de Estado responsáveis pela coordenação regional.

 

Cuidados em casa
A aTTitude IPSS lança uma campanha informativa através da divulgação de um tutorial e de um folheto informativo de orientação...

De acordo com a literatura científica, estima-se que vivam em Portugal pelo menos 8.000 crianças e adolescentes com necessidades paliativas. Destas, cerca de 200 morrem anualmente, na sua maioria em unidades hospitalares, sendo o apoio domiciliário claramente insuficiente para as necessidades a nível nacional.

Não conseguindo ficar indiferente às actuais circunstâncias evidenciadas pela COVID-19, a aTTitude IPSS, com o objectivo de apoiar os cuidadores e famílias, lançou uma campanha informativa através do desenvolvimento de um tutorial e de um folheto informativo específico de orientação no contexto dos CPP. Os materiais de comunicação da campanha estão disponíveis para consulta e download no site da aTTitude em www.attitude.org.pt.

“Com a actual pandemia da Covid-19 muitas dúvidas se instalaram e é fundamental esclarecer e fazer recomendações para os cuidadores informais de crianças com doença crónica ou limitante, em situação de cuidados paliativos pediátricos”, realça Bibi Sattar Marques, Presidente da aTTitude IPSS.

Segundo a pediatra Cândida Cancelinha, Coordenadora do Conselho técnico-científico da aTTitude IPSS, “é essencial que consigamos chegar ao maior número de famílias, através dos diferentes meios e estratégias de comunicação, por forma a que não se sintam sozinhas numa fase tão delicada, e em que a assistência pelas suas equipas pode estar comprometida. Com a escassez de apoio domiciliário em CPP em Portugal, agravada nesta fase, importa desmistificar receios e assegurar que a qualidade dos cuidados prestados se mantém para todas as crianças com doença crónica complexa.”.

 

 

Em Portugal
Portugal realizou aproximadamente 302.000 testes de diagnóstico à COVID-19 desde o dia 1 de março, tendo atualmente uma taxa de...

“Estamos a falar de uma testagem de 27.925 pessoas por milhão de habitantes, superior mesmo a países como a Noruega, a Suíça, a Itália e a Alemanha”, sublinhou o António Sales.

Do total de amostras processadas até ao momento, 49% dizem respeito a laboratórios públicos, 45% a laboratórios privados e 6% a outras instituições, nomeadamente académicas e militares.

Por outro lado, destacou o Secretário de Estado, “há também cada vez mais utentes inseridos na plataforma Trace COVID”. Neste momento, revelou, “são mais de 135.000 nesta ferramenta, que permite o seguimento através de cuidados de saúde primários de pessoas doentes ou suspeitas de ter COVID-19. Destes, mais de 30 mil estão em vigilância clínica”.

António Sales deixou uma palavra de reconhecimento às pessoas que “estão doentes, em convalescença nas suas casas, respeitando o isolamento obrigatório e garantindo, assim, não só a sua recuperação individual, mas protegendo a nossa saúde coletiva”.

Na ocasião, o Secretário de Estado acrescentou ainda que, desde 9 de março, foram transferidos cerca de 2.300 doentes de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e, no mesmo período, foram encontradas 230 respostas sociais, que permitiram libertar camas nos hospitais.

“Continuamos empenhados em garantir que o SNS continua a responder positivamente às diferentes fases da epidemia e o esforço de todos continua a ser tão determinante hoje, como foi ontem”, concluiu.

 

Balanço
A rede de farmácias começou a registar uma diminuição significativa de vendas devido à pandemia de Covid-19. A dispensa de...

Na semana de 13 a 19 de abril, foram dispensados menos 151 mil unidades do que em igual período do ano passado, de acordo com dados da HMR, multinacional portuguesa de informação e estudos de mercado de produtos farmacêuticos.

A epidemia e as necessidades de confinamento da população poderão causar prejuízos significativos às farmácias no segmento de produtos para a Primavera e o Verão. A dispensa de produtos solares caiu (-77%), com menos 18 mil unidades vendidas na última semana do que em igual período do ano passado. As quebras são de (-17%) nos produtos de higiene e para cuidado dermo corporal, tendência que se acentua nos produtos dermatológicos para o rosto (-32%).

O consumo global de medicamentos caiu (-4%) na primeira semana de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, tendência que se agudizou na segunda semana (-22%). Na semana de 13 a 19 de abril, o consumo está alinhado pelos padrões do ano passado. "Parece existir uma tendência de normalização depois do pico de consumo de medicamentos registado em março, provavelmente porque muitas pessoas abasteceram as suas casas com fármacos para várias semanas de tratamento", refere João Norte, CEO da HMR. "Devemos ser muito cautelosos na interpretação dos dados de mercado, porque vivemos uma situação atípica, mas na área de saúde e bem-estar é previsível uma redução substancial da atividade económica, com especial risco económico para as farmácias que já tinham feito as suas encomendas e poderão ficar com grandes quantidades de produtos em stock", refere o responsável desta empresa de estudos de mercado.

 

 

 

Caso Islandês
Cientistas da deCODE genetics e colegas da Direção Geral de Saúde da Islândia e do Hospital Universitário Nacional, publicaram...

O objetivo do estudo foi de facultar uma visão abrangente acerca da forma como o vírus de dissemina na população – no caso, uma população de 360.000 habitantes e a implementação de uma política de testes e rastreio precoce e agressiva, seguimento e medidas de isolamento para conter a epidemia. Os resultados demonstraram que aproximadamente 0,8% da população estava infetada e suportam a preocupação relativamente à transmissão pelos portadores assintomáticos. Isto sugere que, embora os esforços do sistema de saúde pública tenham sido eficazes na mitigação da disseminação até à data, um rastreio maciço à população será crucial para informar os esforços de contenção do vírus na Islândia no longo prazo.

O estudo baseia-se nos resultados de mais de 60.000 testes/milhão até 4 de abril (período de término de recolha de dados no estudo), de rastreio direcionado quer a doentes quer à população. As autoridades de saúde da Islândia começaram a testar os indivíduos que regressavam de zonas de elevado risco (principalmente estâncias de esqui nos Alpes) e com sintomas sugestivos de doença no início de fevereiro, um mês antes da primeira infeção registada no país por SARS-CoV-2 a 28 de fevereiro. A 4 de abril, estes testes direcionados permitiram a identificação de 1212 casos nos cerca de 9199 indivíduos sintomáticos e/ou contactos próximos. Todos os casos confirmados foram colocados em isolamento e os seus contactos rastreados e colocados em quarentena domiciliária durante 14 dias. Em 13 de março, de modo a complementar estes resultados e facultar uma visão acerca da disseminação do vírus na população geral, a deCODE começou a testar gratuitamente voluntários. A 1 de abril, cerca de 10797 indivíduos foram testados, com 87 (0,8%) indivíduos a testar positivo. Entre 1 e 4 de abril, foram selecionados aleatoriamente e testados mais 2283 indivíduos, dos quais 13 (0,6%) eram positivos.

“Na tentativa de mapear a epidemiologia molecular do COVID-19 na Islândia, esperamos facultar a todo o mundo dados ajudar no esforço global para conter a propagação da doença", afirmou Kari Stefansson, CEO da deCODE genetics e o autor principal do estudo.

A deCODE sequenciou o vírus de 643 indivíduos o que permitiu a construção de uma árvore genealógica das diferentes variantes do vírus. As análises de sequenciação permitiram identificar que a maioria dos casos iniciais identificados por testes direcionados provinham de indivíduos que tinham estado em Itália ou na Áustria, ao passo que os casos mais recentes são compatíveis com variantes do vírus mais prevalentes no Reino Unido, o que sugere que o vírus entrou na Islândia a partir de vários países. Atualmente foram encontradas cerca de 291 mutações, algumas das quais ainda não identificadas em mais nenhum país.

“Para achatar a curva desta pandemia o mais rapidamente possível, as informações cientificamente precisas sobre como o COVID-19 e o modo como se espalha nas comunidades são fundamentais,” disse Robert A. Bradway, presidente e CEO da Amgen.  "Acredito que a resposta rápida da deCODE nesta emergência e o conhecimento gerado irão facultar ao mundo uma base científica mais sólida para as decisões em saúde pública.”

Instituições e profissionais
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) acaba de publicar um documento com orientações para a atividade...

“Este documento reúne um conjunto de recomendações dirigidas aos hospitais, centros de tratamento de AVC (primários e compreensivos) e profissionais de saúde da área, no sentido de promover a manutenção de cuidados adequados aos doentes com AVC nesta situação pandémica”, adianta a Direção da SPAVC.

O esforço de resposta à pandemia no Serviço Nacional de Saúde está a ter, na ótica da SPAVC, um impacto negativo no funcionamento da Via Verde para o AVC e na capacidade da população em diferenciar uma situação emergente, como é um AVC, de uma situação potencialmente urgente, como é a infeção por SARS-CoV-2. Assim, “a SPAVC mostra-se preocupada com o impacto potencialmente dramático que este facto terá nas taxas de mortalidade global do nosso país, bem como no estado funcional dos doentes com AVC”.

No âmbito deste panorama considerado alarmante, e após reunião virtual (através da organização de um webinar fechado) com os profissionais intervenientes nas diferentes etapas de cuidados aos doentes, foram alcançados alguns consensos e conclusões gerais, a partir das quais a SPAVC emite o referido documento.

Foram definidos 11 eixos de atuação prioritários para manter os cuidados prestados aos doentes, procurando, por um lado, “uniformizar o tratamento atual do AVC por todo o país naqueles que são os pontos essenciais a avaliar, mas com a flexibilidade necessária para que cada equipa possa adaptar os procedimentos à sua realidade local”, apontam os elementos da Direção. As linhas orientadoras delineadas por esta sociedade médica foram as seguintes:

  • Manter o acesso e tratamento aos doentes com AVC, “protegendo” a Via Verde AVC;
  • Aumentar o esforço de registo e análise de dados sobre a atividade de cada centro;
  • Avaliar procedimentos: tratamento agudo do AVC e teste para SARS-CoV-2;
  • Reorganizar os centros para assegurar o tratamento endovascular;
  • Garantir a adequada proteção dos médicos;
  • Reforçar a sensibilização da população;
  • Desenvolver esforços para receitas renováveis para anticoagulantes orais;
  • Permitir o retorno aos cuidados pós-agudos do AVC (acesso à reabilitação)
  • Manter o controlo dos Fatores de Risco Vasculares pré e pós AVC;
  • Recuperar as consultas de doenças cerebrovasculares após internamento;
  • Promover a comunicação constante entre pares.

A SPAVC aproveita para lembrar os profissionais de saúde, comunicação social e população em geral que o AVC continua a ser a principal causa de mortalidade e incapacidade permanente em Portugal, ocorrendo com a mesma prevalência e gravidade, mesmo perante a propagação da Covid-19. Aqui, o tempo é um fator determinante: “no caso do AVC, a escala continua a ser aferida em minutos, enquanto na Covid-19, falamos certamente de dias ou semanas”, referem os especialistas, frisando a necessidade de agir de imediato perante um dos sinais de alerta de AVC, ativando a linha de emergência (112).

Covid-19
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) defende o uso generalizado de máscaras pela população como forma de proteger os...

Para a SPC, o uso generalizado das máscaras constitui uma medida cívica que protege todos, sobretudo os doentes de risco, além de que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária.

“É verdade que a máscara protege pouco quem a usa e, sobretudo se for mal utilizada, pode dar uma falsa sensação de segurança. Mas também é verdade que se pode ser portador e disseminar o vírus sem se sentir doente e que, por conseguinte, o uso de máscara protege os outros. A nossa principal proteção é a máscara do outro”, reforça o presidente da SPC, Victor Gil.

Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Cardiolgia faz saber que não existem estudos de grande escala para fundamentar o uso universal de máscaras em contexto de epidemias por vírus de transmissão por gotícula, como é o caso do Influenza, o vírus responsável pela gripe. "No entanto, algumas experiências populacionais reforçam a justificação empírica para o seu uso. Por um lado, diminuem a exposição de grupos mais vulneráveis e de maior risco, para os quais a sua utilização deve ser recomendada. Por outro, diminuem o risco de aerossolização de gotículas infetadas por indivíduos doentes ou portadores assintomáticos, mitigando o risco de transmissão. Neste último grupo incluem-se muitos dos doentes mais jovens e saudáveis, ativos e com maior mobilidade, para os quais não se justificaria o uso generalizado de máscaras para sua proteção individual, mas que poderá contribuir para o reforço de proteção dos grupos de risco, nos quais os doentes com patologia cardiovascular se inserem".

É "por esta lógica de proteção individual e, de forma mais pertinente, de prevenção de transmissão aos grupos mais vulneráveis", que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia justifica o uso universal de máscaras em locais públicos fechados ou em que não se possa garantir o isolamento social desejável, de acordo com o risco da atividade praticada. "Trata-se de uma medida cívica que pode permitir o reinício da convivência social e da atividade económica de forma mais segura e solidária", afirma.  A recomendação do uso de máscara pode não ser sustentada por robusta evidência produzida por ensaios clínicos, mas é justificada pelo “princípio da precaução”. 

Os Centers for Disease Control dos Estados Unidos, inicialmente reticentes, passaram a recomendar, a partir de 4 de Abril, o uso de máscaras comunitárias pela população geral. 

Após pandemia
O atual momento de pandemia que vivemos obriga a várias adaptações no nosso modo de atuar e o regresso à nova normalidade terá...

À medida que a pandemia parece já ter atingido o pico, ou planalto, começam a ser delineados planos para o levantamento das restrições. O país não pode parar e a economia tem de retomar a sua normalidade (possível) rapidamente. Por isso, é fundamental “garantir que os espaços estão aptos a receber pessoas. Importa realizar uma avaliação rigorosa dos espaços que apresentam condições para abrir”, acrescenta João Safara.

“Este serviço, a par de outros que estão a ser ultimados, é uma forma do ISQ reforçar o seu compromisso com a sociedade e com a economia, dando desta forma um empenhado contributo num domínio tão relevante como é o reforço da confiança das pessoas e da salvaguarda da sua segurança e comunidades, indo ao propósito mais profundo da existência do ISQ”, acrescenta João Safara.

Todo o tipo de superfícies estão abrangidos pelo COVID OUT, desde “interruptores, máquinas, mesas, volantes de carros, bancadas, maçanetas das portas, puxadores de armários, corrimão de escadas, torneiras de lavatórios, botões de elevador, monitores, teclados de computador, tablets, telemóveis,” lembra Maria Manuel Farinha, Responsável de Ambiente e Segurança do ISQ, “já que existe evidência de que as infeções por SARS-Cov-2 também ocorrem através das superfícies e objetos contaminados”.

Os técnicos do ISQ procedem à identificação de fatores de risco e pontos críticos, definem um plano de amostragem para recolha e análise de amostras, com resultados em 48 horas. Definem ainda um plano integrado de ações bem como a monitorização da eficácia das medidas de controlo implementadas.

A segurança dos locais será atestada pela emissão de um “Selo de Confiança”, que garante que foi efetuada a avaliação da eficácia das medidas implementadas que permitem controlar a transmissão do Coronavírus e assegurar que os locais estão seguros.

Covid-19
A Cloroquina e a hidroxicloroquina são conhecidas por potencialmente causarem problemas do ritmo cardíaco, e estes podem ser...

De acordo com a EMA, alguns estudos recentes[1],[2] relataram problemas graves, e em alguns casos fatais, que afetam o ritmo cardíaco após a utilização de cloroquina ou hidroxicloroquina, particularmente quando tomadas em altas doses ou em combinação com o antibiótico azitromicina.

A cloroquina e a hidroxicloroquina estão atualmente autorizadas para o tratamento da malária e certas doenças autoimunes. Além dos efeitos secundários que afetam o coração, estes fármacos são conhecidos por potencialmente causar problemas hepáticos e renais, danos nas células nervosas que podem levar a convulsões e hipoglicemia.

Estes medicamentos estão a ser utilizados no contexto da pandemia COVID-19 para o tratamento de pacientes infetados e a ser objeto de investigação em ensaios clínicos. No entanto, segundo aponta a Agência Europeia de Medicamentos, os dados clínicos ainda são muito limitados e inconclusivos, e os efeitos benéficos destes medicamentos na infeção COVID-19 ainda não foram demonstrados.

Alguns dos ensaios clínicos, que atualmente estão a investigar a eficácia da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19, utilizam doses mais altas do que as recomendadas para as indicações autorizadas. Embora danos graves possam ocorrer com as doses recomendadas, segundo a EMA, em doses mais altas podem aumentar o risco desses efeitos, incluindo atividade elétrica anormal que afeta o ritmo cardíaco (QT-prolongamento).

Recomenda-se, assim, aos profissionais de saúde que monitorizem de perto doentes com COVID-19 que recebem este tratamento e que tenham em conta problemas cardíacos pré-existentes que podem tornar estes pacientes mais propensos a problemas de ritmo cardíaco. Estes devem considerar cuidadosamente a possibilidade de efeitos secundários, particularmente com doses mais altas, e ter cuidado extra ao combinar o tratamento com outros medicamentos, como a azitromicina, que podem causar efeitos semelhantes no coração.

Os doentes e profissionais de saúde são lembrados a relatar quaisquer efeitos colaterais suspeitos às autoridades reguladoras nacionais.

Uma série de grandes ensaios clínicos randomizados estão a analisar os benefícios e riscos da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19. No contexto do COVID-19, esses medicamentos só devem ser utilizados como parte de ensaios clínicos ou em consonância com os protocolos nacionalmente acordados. Eles não devem ser usados sem prescrição médica e sem supervisão de um médico.

[1] Mayla Gabriela Silva Borba, Fernando Fonseca Almeida Val, Vanderson Sousa Sampaio et al. Chloroquine difosfato em duas doses diferentes como terapia aditiva de pacientes hospitalizados com síndrome respiratória grave no contexto da infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2): Resultados preliminares de segurança de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, fase IIb (CloroCovid-19 Study). medRxiv doi: 10.1101/2020.04.07.20056424

[2]  Lane J.C.E., Weaver J., Kosta K. et al. Segurança da hidroxicloroquina, sozinha e em combinação com a zitromicina, à luz do rápido uso generalizado para o COVID-19: um estudo multinacional, coorte de rede e série de casos auto-controlado. medRxiv doi: 10.1101/2020.04.08.20054551

 

Sintomas e tratamento
Pode acometer ambos os sexos e apresenta um forte impacto negativo na qualidade de vida do doente.

Dor pélvica crónica na mulher

Embora nem sempre seja possível encontrar uma causa para este tipo de dor, na mulher a dor pélvica crónica pode estar associada problemas gastrointestinais, urológicos, neurológicos, ginecológicos, musculoesqueléticos ou psicológicos/emocionais.

Por definição inclui-se na dor pélvica qualquer tipo de dor ou desconforto localizado não só na região pélvica como no abdómen e que pode atingir não só a estrutura musculoesquelética como órgãos (intestinos, útero, ovários, bexiga, entre outros) ou terminações nervosas.

Entre as causas ginecológicas mais frequentes estão doenças como a endometriose ou a doença inflamatória pélvica. As mulheres em idade fértil podem ainda sofrer de dor pélvica crónica na sequência de dismenorreia, pelo que devem estar atentas e não considerar este tipo de dor “normal”.

Alguns distúrbios urinários podem também condicionar o desenvolvimento deste quadro crónico. Infeção urinária crónica, cálculos renais ou inflamação da bexiga de não causa não infeciosa (por exemplo, cistite intersticial), são algumas das patologias que podem estar associadas à dor pélvica crónica.

Entre as causas gastrointestinais destacam-se a síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, tumores, hérnias e obstipação. De acordo com a literatura, estima-se que 37% dos casos de dor pélvica crónica estejam associados a problemas do sistema gastrointestinal

Uma menor percentagem de casos (cerca de 12%) está associada a causas musculoesqueléticas: síndromes miofasciais, fibromialgia e síndrome do piriforme.

Sabe-se ainda que as neuropatias ou perturbações psicológicas como a depressão ou a ansiedade podem estar na origem deste quadro.

Dor pélvica crónica no homem

Entre os homens, as infeções relacionadas com as doenças sexualmente transmissíveis (DST), cancro ou inflamação da próstata estão entre as principais causas da dor pélvica crónica.

No entanto, existe uma outra condição, designada por Síndrome de Dor Pélvica Crónica Masculina cujas causas não estão totalmente esclarecidas. Os sintomas mais frequentes incluem dor ou desconforto no períneo, região suprapúbica, pénis e testículos, bem como disúria (dor ou ardor ao urinar) ou dor ejaculatória. Os doentes podem ainda apresentar alguns sintomas urinários obstrutivos (fluxo lento e intermitente) ou irritativos que se traduzem num aumento da frequência ou urgência miccional. A disfunção sexual é comum.

Mialgia, artralgia e fadiga inexplicável estão entre os sintomas sistémicos mais frequentes.

De acordo com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, alguns doentes podem “ter uma variante da cistite intersticial / síndrome de dor vesical com dor predominante relacionada com a bexiga, associada a problemas urinários”.

Esta síndrome é diagnosticada em jovens e homens de meia idade, embora seja prevalente em qualquer idade.  

Os surtos são frequentes, com a intensificação de sintomas durante horas, dias ou semanas. Depressão, stresse ou ansiedade então entre as principais comorbilidades.

Tratamento

O tratamento depende da causa subjacente e consiste principalmente em controlar os sintomas. As equipas devem ser multidisciplinares, sendo que nos casos de dor crónica devem incluir o acompanhamento de um fisioterapeuta e/ou psicólogo.

Por exemplo, quando as causas da dor pélvica crónica estão ligadas à gastroenterologia (síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias intestinais ou obstipação) o tratamento geralmente combina mudanças nos hábitos alimentares, prática de atividade física, remédios e apoio psicológico. Em casos muito graves, pode ser aconselhada cirurgia.

Quer isto dizer que, quando é possível identificar a causa o tratamento incidirá sobre a mesma. Podendo ser coadjuvado com medicamentos anti-inflamatórios ou antidepressivos, por exemplo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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