webinar Diabetes e COVID-19: Voltar à rotina mais fortes
Organizado pela Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, o webinar "Diabetes e COVID-19: Voltar à...

De acordo com a FPAD “esta sessão será aberta a todas as pessoas com diabetes e seus familiares”, e vai contar com a presença de representantes da Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes e profissionais de várias especialidades médicas para dar resposta às questões que envolvem a reorganização do quotidiano destes doentes

Emiliana Querido, Presidente da FPAD, explica que “sentimos necessidade de desenvolver esta sessão de esclarecimento online para dar resposta efetiva às questões reais que as pessoas com Diabetes e os seus familiares e cuidadores sentem nesta fase que estamos a ultrapassar devido à pandemia por COVID-19, seja no enquadramento clínico, como laboral, legal, social e psicológico. Queremos ajudar as pessoas com Diabetes a lidar e reorganizar a sua vida, neste momento e no “novo normal” que ainda está por vir, da melhor forma possível”.

O painel de oradores é composto por Helena Cardoso, médica Endocrinologista, com uma intervenção sobre o que ainda é necessário saber sobre o COVID-19 e a Diabetes para que os doentes se mantenham seguros e saibam gerir e controlar a doença nesta fase, a especialista abordará ainda as aprendizagens desta fase que podem ser aplicadas num futuro breve. A Médica de Família, Zita Lopes, fará uma abordagem ao papel da Medicina Geral e Familiar na Diabetes durante a pandemia, na avaliação e orientação da situação clínica, social e psicológica.

A sessão é, ainda, enriquecida com um olhar sobre a diabetes no contexto atual na perspetiva laboral, legal e social pela Advogada Maria Pinhal e com a intervenção da Psicóloga Soraia Monteiro, que fará uma abordagem sobre o impacto psicológico da pandemia e dará dicas sobre a melhor forma de cuidar da saúde mental e emocional e gerir a frustração do isolamento social.

O webinar “Diabetes e COVID-19: voltar à rotina mais fortes” decorrerá em simultâneo na   página de Facebook da FPAD ou através do link https://diabetesecovid19webinar.com/

Serviço Nacional de Saúde
De acordo com o relatório sobre o segundo período do estado de emergência, divulgado hoje, foram contratados 1.864...

O documento, elaborado pelo Governo e entregue à Assembleia da República, revela que foram contratados 76 médicos, 618 enfermeiros, 896 assistentes operacionais, 124 assistentes técnicos, 10 farmacêuticos, 113 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e 27 técnicos superiores.

De acordo com o relatório, na fase de mitigação da pandemia exige-se a máxima mobilização de meios e recursos do SNS na abordagem de pessoas com suspeita de Covid-19 e na prestação de cuidados aos doentes infetados pelo novo coronavírus.

Assim, e para garantir que os serviços e estabelecimentos que integram o SNS se mantêm em pleno funcionamento, dispondo de todos os profissionais de saúde que se revelem necessários e indispensáveis, foi consagrado um regime excecional em matéria de recursos humanos, que possibilita a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo certo, por um período de 4 meses, podendo ser renovados por iguais períodos.

 

 

Covid-19
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e a Agência Europeia do Medicamento alerta os doentes com...

De acordo com o comunicado do Infarmed, esta notificação deve ser feita quer para os medicamentos para tratar a Covid-19, bem como para os medicamentos que toma habitualmente para tratar doenças crónicas pré-existentes.

O Infarmed lembra que o conhecimento sobre o novo vírus ainda é incompleto, desconhecendo-se possíveis interações medicamentosas que possam estar a ocorrer com a terapêutica destes doentes.

As informações fornecidas pelos doentes e profissionais de saúde, através das notificações de RAM, contribuirão para aumentar o conhecimento gerado pelos ensaios clínicos e por outros estudos, pelo que se reforça a importância de ser notificada diretamente ao Sistema Nacional de Farmacovigilância qualquer suspeita.

Os doentes devem falar com o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico, se tiverem dúvidas sobre a suspeita de ocorrência de alguma reação adversa.

 

Reunião virtual
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de amanhã, um Webinar dirigido a todos...

A reunião virtual tem como ponto de partida a apresentação de resultados de um inquérito nacional aplicado aos centros de tratamento do AVC agudo e centros de reabilitação, debatendo os vários níveis de cuidados, desde a fase aguda/internamento, Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI), passando ainda pelos centros de reabilitação, sem esquecer o ambulatório.

“Existem recomendações que nos alertam da necessidade de equipas de reabilitação coordenadas e multidisciplinares em todos os níveis de cuidados ou fases dos AVC, sabendo que um sobrevivente de AVC que não tenha acesso a essa mesma reabilitação organizada terá menor probabilidade de atingir o seu potencial máximo funcional e integração sociofamiliar e profissional”,  começa por referir a Dr.ª Ana Alves, fisiatra e moderadora do webinar.

No entanto, se a Reabilitação já tinha, em Portugal, “um longo caminho a percorrer”, com manifestas limitações no acesso e nos recursos humanos dedicados, a Covid-19 veio potenciar essas lacunas ao sobrecarregar o sistema de saúde, levando à suspensão, em alguns casos, dos programas de reabilitação em curso, ou à menor disponibilidade/multidisciplinaridade dos mesmos.

“Já sentíamos que, a nível hospitalar, a pressão para libertar camas pelas equipas de gestão de altas hospitalares, associada à ausência de disponibilidade da rede de cuidados de reabilitação extra-hospitalar, conduzia ao atropelo constante das Normas de Orientação Clínica da Direção-Geral da Saúde, existentes desde 2011, o que levava a uma gritante disparidade de critérios de referenciação entre as administrações regionais de saúde e mesmo entre os hospitais”, frisa a médica fisiatra. Com a pandemia, todo este processo apresentou ainda maior declínio. Assim, é objetivo desta sessão de debate fazer um ponto de situação deste panorama, avaliando as “sequelas” do cenário que atravessamos.

A especialista esclarece que “as equipas de reabilitação são essenciais e não podemos cair em tentação de regredir nos cuidados ao sobrevivente de AVC, mas sim aumentar a interligação entre os diferentes níveis de cuidados, inovando com a telerreabilitação e com maior proximidade entre hospitais/centros de saúde/RNCCI/internamentos de MFR e Centros de Reabilitação”.

Assim, serão abordados os diferentes níveis de cuidados por profissionais especializados de várias regiões do país, contando ainda com participação da Direção Geral da Saúde (DGS), representada por Diogo Cruz (Subdiretor da DGS) e com as boas-vindas do presidente da Direção da SPAVC, Prof. Castro Lopes.

Os profissionais incluídos no grupo de destinatários deste webinar, organizado com o apoio da Angels, deverão entrar em contacto com a SPAVC, através dos vários canais de comunicação disponíveis, para mais detalhes sobre o acesso e formas de participação.

SNS
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, reiterou o apelo aos pais para que “não descurem a vacinação” das...

O tema da vacinação voltou a ser abordado na última conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da Covid-19 em Portugal. Segundo António Lacerda Sales “inicia-se agora um processo de recuperação de confiança das pessoas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e temos apelado aos pais que não descurem a vacinação dos filhos e às pessoas com doenças crónicas que não deixem de procurar os cuidados médicos de que necessitam para manter as suas patologias controladas”.

O Secretário de Estado lembrou que desde a identificação dos primeiros casos Covid-19 em Portugal, em 2 de março, “o SNS já se vinha a preparar para a pandemia”, tendo “adaptado a sua resposta às diferentes fases epidemiológicas num processo flexível, dinâmico, proporcional e transversal”.

O governante salientou, ainda, que a “criação de circuitos Covid e não-Covid dentro das unidades de saúde foi determinante”, mas “não podemos ignorar que toda a atividade assistencial foi afetada por esta pandemia”.

“Sem ter a situação estabilizada no âmbito da propagação do novo coronavírus, não se consegue dar uma resposta adequada às outras patologias”, referiu o António Lacerda Sales.

 

 

Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) e o Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da...

Resultante desta parceria, o Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e o CHUCB criaram nas instalações do Hospital Pêro da Covilhã, que integra o CHUCB, uma sala laboratorial, dedicada exclusivamente à análise das amostras provenientes do centro móvel de colheitas da Cova da Beira (drive-through), e de estruturas residenciais para idosos e serviços de apoio domiciliário da região, o que irá permitir o aumento considerável da capacidade de testagem da população e de mitigação da pandemia.

Após análise das amostras por parte dos técnicos do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, o processo é finalizado com a validação dos testes pelos médicos patologistas do CHUCB, sendo também por estes efetuado o registo dos resultados, no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE).

Ministros visitam Laboratório de Patologia Clínica

No âmbito da assinatura do protocolo, iniciativa apoiada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, uma comitiva governamental visitou, no passado dia 24 de abril, as instalações do Laboratório de Patologia Clínica do CHUCB.

Composta por Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, e ainda os secretários de Estado João Paulo Rebelo (Juventude e Desporto) e Isabel Ferreira (Valorização do Interior) a comitiva foi recebida no hospital pelo Presidente do CHUCB, João Casteleiro, acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, pelo Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, pelo Reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, pela Vice-Presidente da FCS, Ana Paula Duarte e pela responsável do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior , Sílvia Socorro.


Comitiva Governamental durante a visita às instalações do Laboratório de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira 

 

Estratégias e recomendações
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) promoveu, no dia 28 de abril, uma sessão online gratuita, intitulada ...

“Cada hospital tem as suas especificidades, tanto no que respeita às próprias unidades de cirurgia ambulatória (UCA), como à realidade epidemiológica da covid-19, que é diferente nas várias zonas do país. Porém, pretendemos fazer uma recomendação nacional, com a maior abrangência possível, definindo regras e protocolos. Queremos garantir a elevada qualidade das técnicas cirúrgicas ambulatórias, assim como a segurança dos profissionais e dos doentes, pelo que as UCA deverão usar estratégias e normas para se manterem áreas covid-free.”, afirmou Carlos Magalhães, presidente da APCA e moderador do Webinar, no final da sessão.

E acrescentou: “Brevemente, em data a definir, vamos repetir este Webinar, com a participação de outras sociedades científicas e profissionais de saúde das várias áreas, de forma a reunir o máximo de contributos.”

A sessão contou com cerca de 270 participantes e com uma discussão muito participada, onde foram abordados assuntos controversos e possíveis estratégias para as várias etapas do processo da Cirurgia Ambulatória: pré-operatório, admissão de doentes nas unidades de cirurgia ambulatória, peri-operatório, recobro/alta e pós-operatório.

O circuito dos doentes e dos profissionais dentro das unidades; o rastreamento de doentes, dos acompanhantes (apenas permitidos no caso da Pediatria) e dos profissionais de saúde; o tempo de permanência dentro das unidades; tipos de máscaras e outros equipamentos; técnicas cirúrgicas e anestésicas mais adequadas em tempo de pandemia; medidas de dispersão de aerossóis; tempo de renovação do ar dentro das salas de cirurgia; distância entre camas e cadeirões; e disponibilização de medicação pós-cirurgia, evitando idas à farmácia, foram, entre muitas, algumas das temáticas abordadas durante a sessão.

 O Webinar contou com a participação de Silva Pinto, vogal da APCA de Lisboa, Célia Castanheira, secretária da APCA do Porto, Paulo Lemos, presidente do Colégio da Especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos, Alberto Midões, do Colégio da Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos, Vicente Vieira, em representação da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Gil Gonçalves, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Jaime Vilaça e Nuno Ramos, membros da Direção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Hélder Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, Raquel Martins, presidente do CF da Ordem dos Enfermeiros, e Mercedes Bilbao, presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses.

Doença psiquiátrica
A esquizofrenia é uma das doenças mentais graves mais frequentes, estimando-se que afete 21 milhões

A esquizofrenia é uma doença mental complexa que reflete alterações no funcionamento cerebral. Embora as suas causas não sejam conhecidas, sabe-se que, além da genética, outros fatores, nomeadamente ambientais, podem estar na origem da doença.

As alterações do pensamento, da perceção, do comportamento e do afeto estão entres as principais características deste transtorno, no entanto, as suas manifestações clínicas podem variar de doente para doente. Estas podem incluir: delírios, alucinações, discurso desorganizado ou comportamento amplamente desorganizado ou catatónico.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-IV), publicado pela Associação Psiquiátrica Americana, existem cinco tipos principais de Esquizofrenia:

Paranoide 

A característica essencial deste tipo é a existência de ideias delirantes dominantes ou alucinações auditivas. O início tende a ser mais tardio do que o dos outros tipos. É o tipo mais frequente e o que apresente melhor prognóstico no que diz respeito ao tratamento. O doente tratado pode ser independente.

Catatónico 

As principais manifestações clínicas deste tipo são: atividade motora excessiva, negativismo extremo, cataplexia (paralisia corporal momentânea), ecolália (repetição patológica e aparentemente sem sentido de uma frase ou palavra que outra pessoa acabou de dizer). O doente pode causa danos físicos a si própria ou descurar a sua alimentação e higiene. O seu tratamento é considerado difícil.

Indiferenciado

este tipo encaixa-se nos sintomas de esquizofrenia, mas não satisfaz nenhum dos tipos classificados anteriormente.

Residual

este tipo caracteriza-se pela ausência de delírios, alucinações, comportamento desorganizado ou catatónico. Há, no entanto, a presença de sintomas negativos ou dois ou mais sintomas positivos comportamento excêntrico, discurso levemente desorganizado ou crenças incomuns.

Desorganizado

Caracteriza-se pela existência de discurso desorganizado (que pode ser acompanhado de comportamento infantilizado com risos que não estão relacionados com o contexto do discurso), comportamento desorganizado e afeto desorganizado. Este é o tipo mais complicado de tratar. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proteção
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a apoiar, em parceria com a 3D CardioSolutions, uma empresa...

“Estamos a desenvolver todos os esforços possíveis para apoiar e proteger as equipas dos laboratórios de hemodinâmica do nosso país, por forma a assegurar a assistência necessária na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças como o enfarte agudo do miocárdio, que não deixam de ocorrer, mesmo em tempo de pandemia”, refere João Brum Silveira, presidente da APIC, agradecendo “o empenho de todos os parceiros, em especial da empresa 3D CardioSolutions, na disponibilização, sem custos, de material de proteção individual, nomeadamente viseiras.

João Silva Marques, cardiologista e co-fundador da 3D CardioSolutions afirma: “Pretendemos fazer face à escassez destes recursos de proteção individual para os profissionais de saúde, no mercado nacional e internacional, e possibilitar o tratamento seguro da doença cardiovascular neste tempo de pandemia, ao mesmo tempo que se reduz a probabilidade dos profissionais dos Laboratórios de Cardiologia de Intervenção serem contaminados com gotículas, em caso de procedimentos em doentes com covid-19”, afirma.

E acrescenta: “Uma vez que temos impressoras 3D, que são úteis na luta contra a pandemia de covid-19, decidimos disponibilizar a nossa capacidade ao serviço da Cardiologia de Intervenção nacional através da APIC. Ainda esta semana serão entregues cerca de 100 viseiras”.

 

Doença ocular
Não é frequente, mas a conjuntivite pode ser uma das formas de apresentação da Covid-19.

Estamos numa altura do ano em que não só é possível, mas é sobretudo muito comum a ocorrência de conjuntivites alérgicas. Como distingui-las então de outros problemas? O especialista da SPO esclarece que este tipo de conjuntivite, a alérgica, “surge normalmente em doentes já com história conhecida de doença alérgica, tendo normalmente um padrão sintomático habitual e bilateral”. 

Os sintomas, esses são fáceis de identificar: “prurido, lacrimejo persistente e vermelhidão ocular, com pouca ou nenhuma secreção, e pouca afetação da visão”. São, refere o médico, “muitas vezes episódios que se repetem, ano após ano, de forma crónica, e que são tratados com anti-histamínicos tópicos, lágrima artificial e, mais raramente, com colírios de corticoides, nos casos mais graves, sendo a evolução muito favorável em poucos dias”.

Já as conjuntivites virais costumam surgir de forma mais súbita, “inicialmente unilateralmente, podendo, numa fase mais avançada, envolver ambos os olhos, com vermelhidão mais marcada, maior compromisso da visão, incómodo já com alguma sensação de dor, secreção mais abundante, embora não purulenta”.

Cabe ao oftalmologista, através da observação em consulta, fazer o diagnóstico e decidir qual o melhor tratamento que, “no caso da conjuntivite viral, é essencialmente sintomática e de suporte, já que não há tratamento específico”, esclarece o médico.

Por cá, as conjuntivites alérgicas são relativamente comuns, “sem gravidade significativa e não são transmissíveis, sendo a conduta defensiva o evitar os alergénios conhecidos, aos quais se seja sensível”, enquanto as virais, essas “são bastante contagiosas, sendo comum variados elementos da mesma família serem afetados, e de uma forma muito rápida”.

Em caso de dúvida, o especialista reforça ser “totalmente seguro consultar, mesmo na fase de contingência que vivemos, o seu médico oftalmologista, que está disponível para observar casos prioritários, ou procurar uma urgência de Oftalmologia, estando todas a funcionar normalmente e de forma completamente segura”. E, acrescenta, é já conhecida a posição pública da SPO e do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos, que aconselha o uso de máscara em contexto social e em locais fechados, “melhorando assim a segurança do próprio e daqueles que o rodeiam, reduzindo igualmente a normal tendência para tocar na face com as mãos, que pode constituir um importante vetor de infeção”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Primeiro estudo português
Foi publicado recentemente, na prestigiada revista científica “Archives of Osteoporosis”, o primeiro estudo que analisa a...

O estudo permite identificar quais os fatores que se relacionam com os níveis desta vitamina na população adulta portuguesa, podendo assim suportar a definição de estratégias para prevenir e corrigir esta situação, tanto do ponto de vista clínico e de informação à população, como da criação de políticas nacionais nesta área.

De acordo com a publicação, os fatores mais associados com níveis baixos de vitamina D da População portuguesa são os meses de Inverno (baseado na data de recolha da amostra: janeiro a março) e viver no arquipélago dos Açores.

No Inverno, apenas 2 em cada 10 portugueses apresenta níveis normais de vitamina D.
Durante o Verão, os valores sobem para 56,8% da população, concluindo que pouco mais de metade da população consegue atingir valores normais de vitamina D.  As mulheres têm maior prevalência de carência de Vitamina D do que os homens.

Quanto ao impacto da localização geográfica, os Açores são a região Portuguesa que registou níveis mais elevados de insuficiência e deficiência de vitamina atingindo 82% da população. Estes valores poderão estar associados à intensa nebulosidade que se verifica no arquipélago dos Açores. Como seria expectável, é no Algarve que se verificam valores mais baixos de insuficiência e deficiência de vitamina D, correspondendo apenas a 45% da população ao longo de todo o ano, comparativamente aos valores entre 58,7% e 69,7% no restante território continental e na Madeira.

Para além da estação do ano e da localização geográfica, o avançar da idade e a obesidade, são outros fatores responsáveis pelo aumento de risco de deficiência e insuficiência de vitamina D.

A alimentação tem um contributo muito escasso para suprir as necessidades fisiológicas desta vitamina, especialmente através de peixes gordos selvagens, gema de ovo e alguns cogumelos.

Para combater a carência de Vitamina D só temos dois recursos: aumentar a exposição da pele ao sol ou fazer uso de suplementos alimentares e medicamentos com Vitamina D.

“É conclusivo que este estudo revela valores inadequados de Vitamina D numa grande proporção da população Portuguesa. A análise destes dados deve servir de base para um debate nacional profundo sobre o tema e sobre o seu impacto na saúde dos portugueses”, constata o médico José Pereira da Silva, que promoveu e supervisionou este estudo.

As consequências mais evidentes provocadas pela carência de Vitamina D são problemas ósseos e musculares e têm maior propensão a sofrer fraturas com pequeno traumatismo e, nos casos graves, podem surgir dores ósseas e musculares espontâneas, falta de forças e cãibras. Todas estas manifestações podem ser, erradamente, atribuídas a um envelhecimento normal, mas podem ser corrigidas com a reposição de vitamina D. Nas crianças, a consequência direta da desta situação é o raquitismo, com atraso de crescimento e deformação óssea. Ao longo últimos tem-se acumulado evidência de que a vitamina D tem um efeito muito mais amplo pois afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas do corpo humano, do sistema nervoso ao imunológico, das doenças cardiovasculares às infeciosas.  Isto justifica a possibilidade de que a carência de Vitamina D possa ser um fator de risco para a ocorrência e para a gravidade de uma enorme variedade de doenças com impacto de saúde pública. Ainda que as provas sejam frágeis nesse sentido, o facto de que a vitamina D é muito segura e barata justifica que o combate à sua carência mereça a atenção dos médicos e autoridades de saúde pública do mundo desenvolvido.

Iniciativa
A pensar em quem não pode ficar em casa e em todas as famílias que, obrigadas ao confinamento, se vêm em situação de...

Muitas foram as dezenas de entidades do sector privado que já se associaram ao movimento e centenas de pessoas, a título pessoal, fizeram os seus donativos, contribuindo para uma causa que, afinal, é de todos nós.

A CVP mantém-se no terreno a trabalhar diariamente em prol da melhoria da qualidade de vida de todos aqueles que, direta ou indiretamente, se viram afetados pela pandemia. Trata-se de um apoio prestado através de equipas de emergência que se deslocam nas ambulâncias de socorro, das equipas Psicossociais que garantem o apoio no âmbito da Saúde Mental e minimizam o impacto emocional, dos operadores da Teleassistência que combatem o isolamento dos mais idosos garantindo-lhes tranquilidade em momentos de maior aflição, dos Voluntários e Técnicos de Saúde, que se encontram nas Unidades fixas e móveis de triagem COVID, dos Assistentes Sociais e Educadores Sociais que garantem o cuidado, apoio e dignidade dos utentes das Estruturas Seniores, nomeadamente, Lares, Unidades de Cuidados Continuados e Cantinas Sociais.

Por forma a levar a mensagem mais além, a Cruz Vermelha Portuguesa lançou o segundo mote deste movimento, através de um hino produzido para o efeito. A música foi criada pela artista RÁAE, produzida pela produtora SONIDO e o vídeo foi desenvolvido pela agência Lola Normajean.

Um hino criado especificamente para esta causa que nos une e que pretende sensibilizar as pessoas para a responsabilidade de cada um na prevenção e controlo da Pandemia.

O hino vai estar presente em várias plataformas (TV, Spotify - onde será doado um valor por cada clique na música, Youtube, Redes sociais, Streamings e Rádio, com o intuito de fazer chegar ao maior número de pessoas uma importante mensagem de Esperança, Resiliência e União.

Publireportagem
A colonização do trato gastrintestinal por microbiota começa imediatamente após o nascimento e é afe

Um probiótico não é igual a outro e “muitos dos probióticos disponíveis no mercado não foram corretamente testados em termos de resistência à digestão enzimática e viabilidade das bactérias disponíveis, nem foram submetidos a estudos clínicos. E os resultados dos estudos com um probiótico específico não podem ser extrapolados para a generalidade”, sublinhou o Prof. Miguel Mascarenhas Saraiva. Em Gastrenterologia, os probióticos são aplicados nas situações seguintes: diarreia associada aos antibióticos, diarreia do viajante, diarreia infeciosa, doença associada a Clostridium difficile, síndrome do intestino irritável, Helicobacter pylori, doença inflamatória intestinal, bursite, enterocolite necrosante, síndrome de intestino curto e prevenção de cancro colorretal. A evidência sugere que a utilização de probióticos reduz o risco de diarreia associada aos antibióticos (L. rhamnosus, L. reuteri protectis, S. boulardii; RR=0,58). No entanto, “é necessária mais evidência para determinar que probióticos se associam a maior eficácia e em que doentes a receber que antibióticos específicos”.

A diarreia do viajante está associada a vários tipos de agentes (E. coli e outras bactérias, vírus, parasitas), sendo que a maior parte dos estudos mostra reduzido efeito dos probióticos na prevenção. Apenas dois estudos sugerem efeitos benéficos: o LGG (Lactobacillus rhamnosus GG) pode diminuir o risco de desenvolver diarreia em 3,9%/dia e o L. reuteri poderá ter um efeito benéfico. Na diarreia infeciosa, embora esteja demonstrado benefício, “a maioria dos estudos foi efetuada em idade pediátrica”.

Na erradicação de Helicobacter pylori, os probióticos são úteis na prevenção da diarreia associada ao tratamento de erradicação. Alguns estudos sugerem um papel no aumento da taxa de erradicação, outros mostram ausência deste efeito. “Para já, sabe-se que há melhor tolerância ao tratamento de erradicação, com um associado aumento da compliance e aumento da taxa de erradicação”, concluiu o Prof. Miguel Mascarenhas Saraiva.

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Campanha
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover uma campanha de consciencialização para a...

“Com esta campanha pretendemos desafiar os portugueses a terem mais atenção aos erros posturais que cometem, muitas vezes involuntariamente, ao longo do dia. Durante a quarentena, o teletrabalho e a telescola exigem que as pessoas passem muitas horas sentadas a escrever ou a trabalhar no computador. Neste espaço de tempo têm tendência a adotar posturas que podem levar ao aparecimento de dores nas costas ou agravar lesões prévias”, explica Miguel Casimiro, Presidente da SPPCV.

Acrescenta ainda que “vamos também incentivar os portugueses que estão em casa a praticar pequenos exercícios físicos, de curta duração, explicando as diferenças entre uma postura correta e incorreta, na realização dessas atividades”.

As dores nas costas atingem mais de 70 por cento da população portuguesa, sendo um dos problemas de saúde mais prevalentes no país. As más posturas, muitas vezes associadas a um estilo de vida sedentário, contribuem para este número e estão na origem de diversos problemas de coluna.

Caso de sucesso
Um artigo recentemente publicado na revista médica Transplantation Proceedings descreve um caso de sucesso do tratamento de uma...

O menino, de 3 anos, sem historial clínico relevante, apresentou-se no hospital com febre e otite. Após uma semana de tratamento com antibiótico, observou-se o aparecimento de erupções cutâneas e petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele). Os exames efetuados revelaram níveis baixos de todas as células do sangue – glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Posteriormente, uma biópsia revelou que a medula óssea, onde estas células são produzidas, se encontrava com um número de células estaminais anormalmente baixo, tendo sido estabelecido o diagnóstico de anemia aplástica grave, com necessidade de transplante hematopoiético.

Tendo em conta que os membros da família não foram considerados elegíveis como dadores para o transplante e após ter conhecimento de que a criança tinha a sua amostra de sangue do cordão umbilical armazenada, a equipa médica decidiu avançar com o transplante autólogo de sangue do cordão umbilical. Nas semanas de recuperação que se seguiram, observou-se o aumento gradual das contagens celulares sanguíneas. Cerca de 18 semanas depois do transplante, a biopsia revelou uma medula óssea normal, indicando a recuperação total do doente e, mais de um ano e meio após os exames realizados revelaram que a criança se mantinha livre da doença.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “a história desta criança não é única. Em Portugal, verificou-se recentemente um caso semelhante. Uma criança com anemia aplástica grave foi tratada, no IPO de Lisboa, recorrendo ao seu sangue do cordão umbilical, previamente armazenado na Crioestaminal. O transplante correu bem e, hoje, o menino encontra-se saudável e livre da doença”.

Artigos anteriores tinham já reportado o tratamento bem-sucedido de crianças com anemia aplástica grave utilizando sangue do cordão umbilical autólogo. Os autores destes artigos são unânimes: tendo em conta os resultados obtidos, o recurso a sangue do cordão umbilical autólogo, quando disponível, deve ser considerado para o tratamento de anemia aplástica adquirida grave.

A anemia aplástica é uma doença hematológica rara que pode ser fatal se não for tratada atempadamente. O sistema imunitário ataca e destrói as células estaminais da medula óssea, responsáveis pela produção das células do sangue e do sistema imunitária, deixando o doente anémico e vulnerável a infeções e hemorragias. Nos casos mais graves, em que não é possível controlar a doença com agentes imunossupressores, o tratamento passa pela realização de um transplante hematopoiético (transplante de células estaminais hematopoiéticas, formadoras das células do sangue e sistema imunitário), preferencialmente tendo um irmão compatível como dador.

Na União Europeia
A Comissão Europeia (CE) concedeu a autorização de introdução no mercado ao givosiran, uma injeção para utilização subcutânea...

A PHA é uma condição rara na qual os doentes podem ter crises debilitantes de dor abdominal severa, vómitos e convulsões, que poderão ser potencialmente fatais devido à possibilidade de paralisia e paragem respiratória durante as crises. Muitos doentes podem também experienciar sintomas crónicos, incluindo dor, que continua a estar presente entre as crises.

“A aprovação de hoje do givosiran assinala um momento histórico para os doentes e as suas famílias que vivem com esta doença genética devastadora, uma vez que não existem atualmente medicamentos aprovados na Europa que diminuam comprovadamente a frequência das crises e reduzam a dor crónica que muitos doentes sofrem”, declarou John Maraganore, Ph.D., Diretor-geral Executivo da Alnylam. “Temos o orgulho de apresentar o givosiran, o nosso segundo medicamento de ARNi a ser aprovado nos últimos 18 meses, aos doentes na Europa e queremos agradecer aos doentes, famílias, investigadores e equipa do estudo, cujo apoio e participação tornaram este resultado possível.”

 “O medo de não saber quando uma crise irá ocorrer, aliado a sintomas permanentes entre crises, afeta todos os aspetos das vidas dos doentes, limitando a capacidade de trabalhar e de manter uma vida social”, disse Eliane Sardh, Responsável pelo Porphyria Centre Sweden, Hospital Universitário de Karolinska, Suécia. “Pela nossa experiência, a vida é muito diferente para os doentes desde que estão a ser tratados com givosiran. Além da redução do número de crises de porfiria que exigem hospitalização e consultas médicas urgentes, vimos uma melhoria na forma como os doentes classificam o estado de saúde geral e a qualidade de vida, pelo que esta aprovação é verdadeiramente representativa para os doentes, famílias e profissionais de saúde que os tratam. Alguns dos nossos doentes conseguiram atingir marcos pessoais e profissionais que não teriam sido possíveis antes.”

 O givosiran recebeu a designação de Medicamento Prioritário (PRIME) por parte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA)4, bem como a designação de Medicamento Órfão na União Europeia. O givosiran recebeu também uma avaliação acelerada, a qual é atribuída a medicamentos considerados prioritários para o interesse de saúde pública e inovação terapêutica, e a atribuição é concebida para que novos tratamentos cheguem mais rapidamente aos doentes.

Este parecer positivo da CE segue a recente aprovação do givosiran pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) em novembro de 20196. O givosiran está também a aguardar aprovação no Brasil, onde está em avaliação prioritária.

A autorização de introdução no mercado foi baseada nos dados favoráveis do ensaio de Fase 3 ENVISION, um estudo multicêntrico global, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e segurança de givosiran em doentes com diagnóstico documentado de porfiria hepática aguda (PHA). O parâmetro de avaliação primário foi a redução em relação ao placebo no índice anual de crises de porfiria composto, definidas como as que exigem hospitalização, consulta médica de urgência ou administração intravenosa de hemina em casa, em doentes com porfiria intermitente aguda (PIA, o subtipo mais frequente de PHA) ao longo de seis meses. O ensaio incluiu 94 doentes com PHA, em 36 centros do estudo em 18 países em todo o mundo e é o maior estudo intervencional alguma vez realizado na PHA. Os doentes foram aleatorizados na proporção de 1:1 para receber givosiran ou placebo, sendo o givosiran administrado por via subcutânea na dose de 2,5 mg/kg mensalmente. Após conclusão da administração da dose no período em dupla ocultação, todos os doentes elegíveis (99%) incluídos no período de extensão em regime aberto (OLE) do ENVISION irão receber givosiran numa base continuada.

No estudo, o givosiran demonstrou uma redução de 74% no índice anual de crises de porfiria composto em doentes com PIA comparativamente ao placebo.

50% dos doentes a receber givosiran não tiveram crises durante o período de tratamento de seis meses comparativamente a 16,3% dos doentes tratados com placebo. A pior dor diária comunicada pelos doentes foi significativamente melhorada com o givosiran comparativamente ao placebo em doentes com PIA (p < 0,05).

Para além disso,  reduziu a utilização de hemina, assim como o ácido aminolevulínico na urina (ALA) e o porfobilinogénio na urina (PBG) e uma maior proporção de doentes a tomar givosiran reportou melhorias na saúde em geral, dor, função diária, comparativamente ao placebo.

As reações adversas que ocorreram com mais frequência notificadas em doentes tratados com givosiran são reações no local da injeção (36%), náuseas (32,4%) e fadiga (22,5%). As outras reações adversas observadas em doentes tratados com givosiran (ocorrendo ≥10% mais frequentemente do que com o placebo) incluem elevações da transaminase, erupção cutânea e diminuição da taxa de filtração glomerular.

Impacto da Covid-19
De acordo com um inquérito nacional de perceções aplicado a profissionais dedicados à área da doença vascular cerebral, a...

Assim “a SPAVC mostra-se preocupada com o impacto potencialmente dramático que este facto terá nas taxas de mortalidade global do nosso país, bem como no estado funcional dos doentes com AVC”, refere Vítor Tedim Cruz, da Direção da SPAVC.

Para combater esta tendência, “os doentes com AVC não devem recear recorrer aos Serviços de Urgência durante o período de pandemia Covid-19”, sublinha Miguel Rodrigues, em representação SPN, “porque os hospitais têm circuitos diferentes para os doentes com e sem sintomas da Covid-19”, justifica.

Se é  verdade que, neste momento, deve ser reforçada junto da população a importância do confinamento, é igualmente premente lembrar que o 112 deve ser ativado “sempre que for identificado um dos sinais de alerta de AVC (face descaída, perda de força no braço/perna ou alteração da fala), de modo a permitir que os doentes sejam orientados para a unidade hospitalar que permite realizar tratamento de fase aguda adequado”, detalha Luísa Fonseca, coordenadora do NEDVC da SPMI.

Isto porque “a rapidez de atuação é fundamental para que se possa evitar sequelas”, explica o Ângelo Carneiro, da SPNI. O neurorradiologista de intervenção lembra que “os hospitais já se prepararam para atender os doentes com AVC de forma adequada, fazendo testes de rastreio sempre que necessário, criando circuitos independentes de doentes, tentando minimizar os tempos de permanência em unidades de cuidados intensivos e em internamento, por forma a reduzir ao máximo a possibilidade de um doente com AVC ser contagiado”.

Assim, é necessário continuar a sensibilizar a população para que seja capaz de “diferenciar uma situação emergente, como é um AVC, de uma situação potencialmente urgente, como é a infeção por SARS-CoV-2”, frisa Vítor Tedim Cruz. O neurologista esclarece que “no primeiro caso, a escala continua a ser aferida em minutos, enquanto no segundo falamos certamente de dias ou semanas”.

Ângelo Carneiro assegura ainda que “as equipas de Neurorradiologia de Intervenção continuam operacionais nos vários centros, a desempenhar o seu papel na realização de tratamentos endovasculares no AVC agudo, da mesma forma como o faziam anteriormente, salvaguardando sempre a segurança destes doentes”.

Os especialistas deixam também um alerta relativamente ao controlo dos fatores de risco, para prevenir a ocorrência ou recorrência de um AVC. “Os doentes devem manter a terapêutica para controlo de fatores de risco vascular (anti-hipertensores, estatinas, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e terapêutica para diabetes). Não existe, atualmente, qualquer indicação para suspender nenhuma das terapêuticas previamente prescritas, sem indicação de médico assistente”, aponta Luísa Fonseca.

Aos sobreviventes de AVC, que se veem particularmente afetados, com limitações sérias no acesso às estratégias de reabilitação, fundamentais para recuperar as capacidades perdidas devido ao episódio vascular cerebral deixam uma mensagem: “os sobreviventes de AVC têm várias sequelas neurológicas, como epilepsia, dor, perda de capacidade cognitiva, depressão, espasticidade e disfunção sexual ou urinária. Em caso de agravamento desses sintomas, os seus médicos hospitalares e dos centros de saúde estão disponíveis para serem contactados e adaptarem a medicação ou dar outros conselhos através de contacto telefónico ou ainda, se necessário, observação urgente”, descreve Miguel Rodrigues. É, no entanto, imperioso que sejam feitas todas as diligências de modo a manter a terapêutica adequada após fase aguda, retomando o funcionamento de unidades de reabilitação, apontam os especialistas.

Lesão cutânea
Já todos ouvimos falar em urticária - uma doença de pele relativamente comum e que resulta num quadr

Caracterizada pelo aparecimento súbito de lesões avermelhadas na pele, levemente inchadas e que provocam prurido (comichão) ou sensação de queimadura e ardor, a urticária surge pela libertação de histamina ou outras substâncias vasoativas pelas células da pele (mastócitos) que conduzem à inflamação dos tecidos. De acordo com a médica alergologista, Mariana Couto, esta libertação de histamina “pode acontecer devido a múltiplas causas, entre elas uma reação alérgica”. No entanto, em muitos outros casos esta ativação dá-se por meio de estímulos não-alérgicos o que leva a que nem sempre seja possível identificar a causa desta doença.  

O que é a urticária de pressão?

A urticária de pressão é um tipo raro de urticária induzida por estímulo físico, neste caso, por pressão na pele. Esta pode surgir imediatamente após o estímulo, causando edema pequeno e eritema local, ou ao fim de algumas horas. Segundo a especialista, “nestes casos as lesões podem surgir entre 3-12 horas após o estímulo mecânico”, designando-se de urticária de pressão tardia.

Esta pode atingir:

  • os pés, pelo uso de sapatos fechados e apertados ou por passar muito tempo em pé;
  • a cintura, ao usar roupas com cintura apertada;
  • as nádegas, pelo estímulo de ficar sentado durante muito tempo;
  • ou nas palmas das mãos, pela pressão exercida em determinados trabalhos.

Quais os sintomas?

Embora se caracterize igualmente pelo aparecimento de placas avermelhadas, estas costumam apresentar maior relevo (ou seja, são mais elevadas), têm um aspeto mais endurecido e, em vez de comichão, causam mais dor ou sensação de queimadura, acometendo apenas a área submetida a pressão.

Sabe-se ainda que é muito comum este tipo de urticária estar associado a outros, como a urticária crónica espontânea.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da urticária é clínico, sendo feito pela observação de lesões características e história típica de aparecimento rápido. No caso das urticárias físicas (induzidas pelo estímulo físico), “além da observação das lesões, o médico também pode decidir fazer alguns exames com estímulos mecânicos”, esclarece a alergologista.

Qual o tratamento?

O tratamento da urticária tem como objetivo aliviar ou eliminar os sintomas, no entanto, “não resolve o mecanismo que produz a urticária”, o que significa que, nestes casos, o doente poderá levar mais tempo a responder ao tratamento realizado com anti-histamínicos ou antialérgicos. O seu uso poderá ser mais prolongado.

Em matéria de prevenção, depois de identificados, deve evitar, tanto quanto possível, os fatores desencadeantes.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ergonomia visual
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) criou um conjunto de recomendações so

O objetivo é minimizar o surgimento de sintomas como a vista cansada, as dores de cabeça ou as dores musculares associadas a más posturas que este tipo de tarefas pode trazer. Estas orientações podem ainda ter um caráter preventivo no surgimento de outras condições oculares.

Tanto para o uso do computador como da televisão para estudar, deve-se preparar o local de trabalho com antecedência, devidamente organizado, arejado e com todo o material que será necessário:

  • Escolher uma mesa e uma cadeira adaptadas à altura;
  • A cadeira deve ter um apoio para as costas, onde se deve ficar bem encostado;
  • Assegure-se que há boa iluminação natural e artificial superior sempre paralela às janelas e paredes;
  • Procure eliminar ou evitar ter reflexos no monitor do computador ou no ecrã da televisão;
  • Manter sempre limpas as superfícies do monitor do computador e do ecrã da televisão;
  • Recorda-se de pestanejar, quando estamos em frente a monitores tendemos a esquecer-nos de o fazer;
  • Muito importante: fazer pequenos intervalos. A cada 10-15 minutos fixar um objeto longínquo por uns segundos; ao fim de 30 minutos fazer uma pausa de 2-3 minutos e ao fim de 2 horas fazer um intervalo de aproximadamente 15 minutos;

No Computador

  • O monitor deve ficar em cima de uma superfície plana sem brilho (uma mesa);
  • Para evitar o encandeamento e os reflexos desconfortáveis, o monitor não deve nunca ficar de frente para locais com muita luminosidade, como uma janela, mas sim colocados perpendicularmente;
  • Deve-se colocar o monitor em frente à pessoa de modo a permitir uma postura correta do pescoço;
  • topo do monitor deve ficar à altura dos olhos e com inclinação de cerca de 10 ou 20 graus para a frente, ou seja, com o topo mais afastado da pessoa do que a parte inferior.
  • Regular o brilho e o contraste do monitor de forma a torná-lo menos "agressivo" para os olhos; colocar o máximo de contraste;
  • Deve-se colocar a uma distância do monitor de aproximadamente 50 a 70cm;
  • altura da cadeira deve ser ajustada de forma a que quando se usa o teclado ou o rato os antebraços e mãos estejam na horizontal, os ombros relaxados e os pulsos em posição neutra.

 Na Televisão

  • Deve procurar colocar-se a uma distância adequada da televisão em função da sua dimensão, que é aproximadamente igual a 3 vezes a diagonal do monitor;
  • Quando está sentado, a televisão deve estar a uma altura em que os olhos estejam aproximadamente a meio do ecrã, de forma a evitar posturas incorretas;
  • O ecrã da televisão deve estar colocado em frente à pessoa para que não seja necessário rodar o pescoço.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doença oncológica
A medida visa aliviar de alguma forma as deficiências que muitos doentes oncológicos estão a sofrer nos processos de...

OncoDNA, companhia especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, oferece a possibilidade de usar de forma gratuita a solução de apoio à decisão OncoKDM Lite durante o tempo em que se mantenham as medidas especiais de confinamento vinculadas à pandemia de COVID-19.

Esta plataforma online permite interpretar as análises genómicas de qualquer doente de forma rápida, simples e sem sair da consulta. Com esta plataforma, também é possível ligar em rede especialistas de todo o mundo e partilhar cada caso anonimamente entre eles, com apenas alguns cliques e em qualquer ponto geográfico, desde que esteja ligado à internet.

“OncoKDM Lite é muito útil para ligar laboratórios, biólogos, patologistas e oncologistas entre si. De facto, a plataforma possui o que chamamos de ‘laboratório virtual', no qual membros da mesma equipa podem entrar e discutir casos específicos, com todas as informações associadas, por meio de um sistema interno de mensagens”, afirma Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA em Espanha e Portugal.

Apresentada internacionalmente pouco antes do início da crise do coronavírus, esta nova plataforma é capaz de reunir todas as informações recolhidas sobre um doente (resultados de qualquer tecnologia genómica, informações clínicas, etc.), analisando-as e interpretando-as de uma forma clínica e biologicamente eficaz, facilitando a tomada de decisão pelo oncologista ao escolher a terapia certa para o doente, procurando ensaios clínicos disponíveis no país de origem ... oferecendo uma resposta mais rápida, concisa e operacional na prática clínica diária.

 

 

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