Decisão do Governo
A retificação publicada ontem, terça-feira, em Diário da República, do Decreto-Lei 20/2020 retira da lista do regime excecional...

A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) mostra-se negativamente surpreendida com esta retificação e com a exclusão propositada das pessoas com diabetes e hipertensão do regime excecional de proteção.

“Não percebemos qual é a intenção do Governo ao excluir as pessoas com diabetes do regime excecional de proteção. A Sociedade Portuguesa de Diabetologia, tal como outras sociedades científicas, há meses que faz um trabalho árduo no sentido de sensibilizar as pessoas com diabetes para o risco acrescido que têm perante a COVID-19. Vários elementos do próprio Governo têm feito múltiplas menções a este risco. Foi uma surpresa para nós esta exclusão que se manifestou numa correção intencional não justificada deste Decreto-Lei”, destaca João Filipe Raposo, Presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia.

O presidente da SPD relembra ainda que “as sociedades científicas devem, entre outras funções, ser ouvidas em questões como estas para fazer o devido enquadramento técnico-científico, que claramente aqui não foi assumido”.

“A diabetes representa um sério problema de saúde pública em Portugal, com mais de um milhão de pessoas a viver com a doença, das quais mais de 40% não está diagnosticada, pelo que temos ainda muitos aspetos a melhorar no panorama dos cuidados às pessoas com diabetes. Esta exclusão era desnecessária, uma vez que deixa estas pessoas numa situação de vulnerabilidade ainda maior. Recordo que este Decreto-Lei, agora alterado para excluir pessoas com diabetes e hipertensão, permitiria aos doentes crónicos e imunodeprimidos justificar faltas com base numa declaração médica, até um máximo de 30 dias num ano, a pessoas que em idade ativa não poderiam realizar a sua atividade laboral em regime de teletrabalho ou em condições de proteção especial. Estamos com certeza a falar numa população muito reduzida e que certamente merecia esta atenção por parte do Estado”, conclui João Filipe Raposo.

Balanço
Portugal já fez mais 459 mil testes de diagnóstico desde o início da pandemia da Covid-19, correspondendo a uma média de 44 mil...

António Sales salientou que o número e a média de testes realizados coloca Portugal “numa posição confortável em termos europeus”.

“O dia em que se fizeram mais testes foi em 30 de abril, com mais de 15 mil testes”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde, referindo que aos fins de semana se têm realizado menos testes, “não porque haja uma menor oferta, que se mantém constante, mas porque há uma diminuição da procura, como, aliás, se compreende”.

António Sales destacou, também, que tem havido “um reforço constante e estabilizado do nível de testagem” apesar de flutuações nos números diários.

 

Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade
Apesar de não apresentarem uma maior probabilidade de contrair COVID-19, quando comparados com a pop

Por que motivo os doentes diabéticos correm maior risco de sofrer complicações em caso de infeção por COVID-19? 

As pessoas com diabetes mellitus assim como as pessoas com hipertensão arterial, doença cardiovascular, obesidade e com idade superior a 65 anos têm um risco maior de morbilidade, hospitalização e mortalidade pelo novo coronavírus – o SARS-CoV-2. Por um lado, as pessoas com diabetes muitas vezes já têm um conjunto de complicações crónicas e de fatores de risco associados como por exemplo, obesidade, hipertensão arterial e doença cardiovascular, mas também existem outras explicações independentemente dos fatores de risco ou complicações já existentes. Existem vários potenciais mecanismos que podem aumentar a suscetibilidade dos doentes com diabetes mellitus à COVID-19: maior afinidade e entrada eficiente do vírus, diminuição da clearance do vírus, diminuição da função das células T, aumento da suscetibilidade à hiperinflamação e síndrome de tempestade de citocinas, entre outros. Por outro lado, a diabetes mellitus, sobretudo se descompensada, inibe a chemotaxia de neutrófilos, a fagocitose e morte intracelular de micróbios, o que favorece a gravidade das infeções. Ou seja, se a diabetes estiver descompensada, aumenta a probabilidade de todas as infeções, sejam bacterianas, víricas, parasitárias ou fúngicas. Isto porque na diabetes podem existir alterações de imunidade adaptativa que podem proporcionar mais infeções ou infeções mais graves. Também não podemos esquecer que no caso da diabetes mellitus tipo 2, 90% dos doentes têm obesidade, o que lhes confere um risco adicional.

Dito de outro modo, considerando a elevada prevalência de doença cardiovascular, obesidade, e hipertensão nos doentes com diabetes mellitus, esta constelação de fatores contribui para este risco aumentado de gravidade da doença COVID- 19 nas pessoas com diabetes. Aliás, níveis plasmáticos elevados de glicose e a diabetes mellitus per se são predictores independentes para morbilidade e mortalidade em doentes COVID-19.

É de realçar que as pessoas com diabetes e obesidade não têm maior probabilidade de contrair COVID-19 do que a população em geral. No entanto, a COVID-19 pode causar sintomas mais graves e mais complicações nas pessoas que vivem com diabetes e obesidade e outras doenças associadas. As pessoas idosas e as pessoas com doenças crónicas, incluindo diabetes, doença cardiovascular e distúrbios pulmonares – doenças comumente associadas à obesidade e à diabetes - apresentam maior risco de sofrer complicações graves. A evidência científica já tinha sugerido que numa gripe sazonal, pessoas com IMC ≥ 40 Kg/m2 tinham um risco aumentado de complicações e o mesmo acontece com a COVID-19.

No âmbito da pandemia, quais os cuidados que devem seguir para além dos tão comentados e que dizem respeito à higiene e etiqueta respiratória? Que hábitos do dia -a -dia devem ser reforçados? 

As pessoas com diabetes devem fazer uma autovigilância mais apertada da glicemia. Idealmente as pessoas com diabetes devem, nesta fase, avaliar os valores da sua glicemia de acordo com as indicações do seu médico assistente. O risco de hiper ou hipoglicemia pode ser maior, especialmente em caso de infeção por COVID-19, pois a doença irá descompensar a diabetes, mesmo que antes estivesse bem controlada. É importante saber tratar-se se surgir descompensação da diabetes e em caso de dúvidas aconselhar-se com o seu médico sobre como proceder nos casos de hiperglicemia nos dias de doença aguda ou como tratar hipoglicemias. Estas últimas podem ser particularmente perigosas já que podem estar associadas a complicações, por exemplo, cardiovasculares e neurológicas. Por vezes, as pessoas com diabetes não sabem identificar os sintomas de hipoglicemia que podem ser mais ligeiros, como visão turva, fadiga, dor de cabeça, hipersudorese, taquicardia, sensação de fome ou mais graves, como perda de consciência.

Também de sublinhar que se ficar doente, e muitas vezes com perda de apetite, não deve descurar a hidratação, deve continuar a alimentar-se, fazer monitorização frequente da glicemia capilar a cada 3 a 4 horas. Se tiver hiperglicemia (valores superiores a 250 -300 mg/dL) deve adicionalmente avaliar os corpos cetónicos. Nesta última situação deve manter e nunca parar a administração de insulina ou medicação usual para a diabetes e eventualmente até pode ter de administrar insulina extra, de acordo com os ensinamentos prévios do seu médico e, se necessário contactar o médico.

 De uma forma geral, mesmo não tendo quaisquer sintomas de doença aguda deve prevenir a desidratação. As pessoas com diabetes e obesidade devem manter-se bem hidratadas, bebendo sobretudo água e evitando a ingestão de bebidas alcoólicas e açucaradas, que além de serem muito calóricas, podem contribuir para a desidratação.

Outro aspeto importante é fazer uma alimentação saudável. O tempo passado em casa pode convidar a refeições mais demoradas ou a snacks mais frequentes. É importante que as pessoas com obesidade e diabetes continuem a seguir os conselhos dos seus médicos e nutricionistas assistentes e optem por uma alimentação saudável e equilibrada e não hipercalórica. Outro aspeto também muito importante é a prática de atividade física. O tempo de confinamento não pode ser sinónimo de inatividade. É importante manter ou até iniciar um programa de exercício físico. Não precisa de ser complexo. Coisas simples como descer e subir escadas quando se vai levar o lixo ou levantar-se para mudar o canal de televisão podem ser o primeiro passo para dias mais ativos.

Agora e mais do que nunca o controlo da diabetes é muito importante.

A que sinais devem estes doentes estar atentos? E o que devem fazer em caso de suspeita de infeção COVID 19?

Os doentes com COVID-19 podem ser assintomáticos, ou seja, sem qualquer sintoma, mas com teste positivo e estes doentes, denominados portadores assintomáticos têm taxas de transmissão e carga viral respiratória semelhantes ao sintomáticos, o que parcialmente pode explicar a rápida propagação da SARS-CoV-2. Outros doentes podem ter doença respiratória sintomática ou até pneumonia. Os doentes com doença respiratória aguda podem ter febre, fadiga, sintomas respiratórios (tosse, dispneia - falta de ar) ou sintomas gastrointestinais (náuseas, diarreia, vómitos). Também foi descrito a presença de anósmia (perda ou diminuição do olfato). Nos casos graves com pneumonia e com falência respiratória pode surgir também falência multiórgãos, choque e morte.

Quanto à obesidade, de que forma esta pode condicionar o agravamento da infeção?

Tal como na diabetes, as pessoas com obesidade não têm maior risco de contrair a doença, mas se se infetarem a gravidade da doença aumenta de acordo com o seu IMC (índice de massa corporal), tendo maior risco aqueles com IMC igual ou superior a 35 ou 40 Kg/m2. Alguns estudos mostraram que a necessidade de ventilação mecânica invasiva estava associada com a gravidade da obesidade e era independente da idade, do género, da presença de diabetes ou de hipertensão arterial. Ou seja, a obesidade per se contribuía para a gravidade da doença COVID-19. Mas por outro lado, os doentes de maior risco de COVID-19 são aqueles com doenças prévias como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença respiratória crónica, doença cardiovascular e cancros. E de facto, todas essas doenças também são mais prevalentes em doentes com obesidade. E adicionalmente, as pessoas com obesidade e sobretudo aquelas com obesidade abdominal, podem ter diminuição de ventilação das bases pulmonares, o que pode resultar numa diminuição ou redução da saturação do oxigénio no sangue. Os doentes com obesidade podem também ter redução da elastância da parede abdominal, redução da compliance do sistema respiratório total ou do volume de reserva expiratória. Também existe uma associação entre obesidade e diminuição da função imune e maior possibilidade de agravamento de eventos trombóticos, o que se relaciona com a gravidade da COVID-19.

Quais as principais recomendações para este grupo de risco?

Além das medidas de distanciamento social, higiene respiratória e das mãos, este período de confinamento pode associar-se a sedentarismo prolongado e a má prática alimentar associada ao stress emocional e um padrão alimentar psicopatológico. Mas, as pessoas com obesidade podem encarar este período como uma oportunidade para iniciar uma mudança para todo o sempre, como uma nova etapa, com o início de adoção de medidas de estilo saudáveis, com técnicas culinárias saudáveis e início de atividade física quer nas tarefas domésticas quer algo mais estruturado. Sugiro uma visita ao site da SPEO – www.speo.pt – e descarregar o “Manual para a Pessoa com Obesidade e Pré-Obesidade” onde podem encontrar dicas sobre alimentação, atividade física e do foro da Psicologia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medidas de contingência
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, no início deste mês, uma orientação sobre os procedimentos a adotar em clínicas,...

Devido à proximidade com os utentes, os profissionais de saúde oral estão expostos a gotículas respiratórias e a aerossóis que podem ser criados durante os procedimentos, tornando o gabinete de consulta uma potencial fonte de transmissão do vírus. Por isso, lê-se no documento, “medidas adicionais devem ser tomadas para assegurar uma minimização da transmissão deste vírus”.

Nesta fase, nenhum atendimento presencial deve ser efetuado sem um contacto prévio por telefone, email ou outro meio. Adicionalmente, deve ser atualizado o Plano de Contingência e dada formação/informação a todos os profissionais.

A orientação estabelece os procedimentos gerais a adotar pelas clínicas e consultórios, bem como na triagem. “Antes da realização da consulta deve ser feita uma triagem prévia, por via remota, para que o utente seja avaliado quanto à presença de sintomas sugestivos de COVID-19”, refere o documento, acrescentando que se existirem sintomas sugestivos de infeção, a consulta não deve ocorrer.

O documento refere também os procedimentos que devem ser realizados antes da consulta, durante a consulta e após a consulta, e as especificações relativas aos equipamentos de proteção individual e à limpeza e desinfeção dos espaços.

 

Doença reumática crónica
A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumática crónica de características inflamatórias que

O que é a Espondilite Anquilosante?

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumática crónica, de natureza inflamatória dolorosa e progressiva, que afeta predominantemente o esqueleto axial (as articulações entre as vértebras) e as sacroilíacas (articulações entre o sacro e os ossos ilíacos da bacia).

Esta doença inclui-se num grupo de doenças designadas por Espondilartropatias.

“Habitualmente descrita como muito mais frequente nos homens (3 a 5 vezes para 1 mulher) (…) a percentagem de mulheres diagnosticadas tem vindo a aumentar nos últimos 40 anos”, segundo o reumatologista António Vilar.

Quais as causas?

Embora as suas causas permaneçam desconhecidas, sabe-se que que os fatores genéticos têm um papel preponderante, no desenvolvimento da doença. O risco individual de desenvolver EA está aumentado 5 a 16 vezes nos familiares

em primeiro grau de doentes com esta doença.

Sabe-se ainda que a presença do antigénio de histocompatibilidade HLA B27 está associada a um risco aumentado de desenvolver a doença em alguns grupos.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas da Espondilite Anquilosante são as dores nas costas e a dificuldade na mobilização. No entanto, nas suas fases iniciais podem ocorrer outras manifestações, como “tendinites com dor na inserção dos tendões de Aquiles, nos polegares ou nos ombros. Nos dedos das mãos ou dos pés a inflamação dos tendões dá um inchaço com “aspeto de dedo em salsicha” muito característico”, explica António Vilar.

“Sintomas de artrite podem ocorrer em qualquer articulação, mas são mais frequentes nos joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e mãos. Apresentam-se com dor, inchaço articular e calor nas articulações afetadas”.

De acordo com o especialista “as características da dor nesta doença são importantes para ajudar ao diagnóstico e devem alertar os doentes e seus familiares”. “Tratam-se de dores que classificamos como inflamatórias, isto é são dores que não aliviam com o repouso, que acordam o doente durante a noite, tipicamente de madrugada fazendo o doente sair da cama, com algum alívio, mas que se repetem ciclicamente”, chama a atenção António Vilar.  

Segundo o reumatologista, os doentes “queixam-se ainda de rigidez matinal (“ferrugem”) que dura habitualmente mais de 30 minutos”.

A dor na coluna pode atingir qualquer segmento (cervical, dorsal ou lombar) “localizado ou por extensão, mas também e muito frequentemente na bacia (nádegas) afetando apenas um lado por vezes com irradiação para a coxa com trajeto que pode simular a dor ciática, mas diferenciando-se dela por ser truncada à coxa, não irradiar para o pé́ e muitas vezes alternar com a nádega oposta , num quadro que chamamos de pseudo ciática basculante”.

Na cervical, esclarece o especialista, “comporta-se como um torcicolo limitando todos os movimentos da cabeça, na dorsal pode irradiar para as costelas ou “atravessar” o tórax”.

Mais raramente podem ocorrer manifestações de «olho vermelho», “unilateral, de início súbito com visão turva ou intolerância à luz que pode desaparecer espontaneamente, mas com tendência a repetir-se e que levam o doente à consulta de oftalmologia e ao diagnóstico de inflamação ocular - uveíte”.

Fora das articulações podem ocorrer outras manifestações associadas à doença, como Psoríase, Doença Inflamatória do Intestino, “habitualmente doença de Cohn ou Colite Ulcerosa”, ou a ocorrência muito frequente de aftas.

Como se faz o diagnóstico?

De acordo com o reumatologista António Vilar, as características da dor são o que devem levantar a suspeita da doença. “A presença no meu consultório de um adulto jovem com menos de 40 anos, que se queixa de uma dor lombar de início insidioso, com rigidez matinal superior a 30 minutos, que melhora com o exercício mas não com o repouso, que o acorda de madrugada e com recaídas após melhoria com anti-inflamatórios é muito suspeita e merece uma observação e exame médico cuidados.

Se neste contexto o doente refere episódios de artrite, tendinites ou “dedo em salsicha” então devemos colocar a hipótese de Espondilite”, explica o especialista.

História familiar, manifestações extra articulares como descritas acima e a presença radiológica de inflamação nas sacroilíacas confirma o diagnóstico.

Qual o tratamento?

Não existindo cura para a doença, o tratamento tem como objetivo diminuir a dor, preservar uma boa função articular e evitar deformações.

Medidas gerais como a manutenção de uma dieta equilibrada e variada, rica em proteínas, vegetais e fruta; o controlo do peso; a abstinência tabágica e a prática de exercício adequado à sua condição, são essenciais para a evolução da doença.

Quanto ao tratamento farmacológico, “nos últimos 20 anos o aparecimento de medicamentos produzidos por biotecnologia (BT) na gíria designados “biológicos” vieram trazer grandes melhoras com respostas clínicas e remissão até então não alcançadas, em 25% dos doentes”, explica o reumatologista António Vilar.

O tratamento inclui ainda analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE) e fármacos modificadores da doença, que não têm impacto imediato nas dores ou rigidez, mas podem modificar a sua evolução.

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Covid-19
De acordo com um inquérito realizado a 426 especialistas em AVC de 55 países, apenas 1 em cada 5 referem que os doentes com AVC...

Da avaliação feita, constata-se que a maioria dos pacientes idosos, diabéticos, hipertensos, obesos e com insuficiência cardíaca consideram os hospitais como locais potencialmente não seguros e, por isso, evitam aí deslocar-se. Mas, são estes os doentes que têm maior risco de AVC e de AVC’s mais graves.

O AVC pode também surgir como potencial complicação da infeção SARSCoV2: em duas séries de casos é descrito que 36% dos pacientes com COVD-19 têm complicações neurológicas, sendo as mais comuns tonturas, cefaleia ou encefalopatia.

Segundo o Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) “é urgente sensibilizar a população para os sinais de alerta de AVC e para o que deve ser feito em caso de suspeita de AVC”.

Uma das mensagens que mais importa realçar é de que “os hospitais continuam a manter ativos os circuitos para tratamentos de doentes sem COVID19”.

Por isso a especialidade apela a que “perante sinais ou sintomas suspeitos de AVC não deixar de contactar o 112, ativando a Via Verde do AVC para referenciação correta e atempada aos serviços de emergência, de modo a permitir realização de terapêutica de fase aguda adequada, minimizando as sequelas”, apesar do confinamento.

“O AVC é uma emergência médica”, alerta Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) que reforça importância da manutenção da terapêutica prescrita. “Não há indicação para suspender qualquer das terapêuticas previamente prescritas, sem indicação de médico assistente”, esclarece em comunicado

 

Investigação
Um estudo nacional liderado por Conceição Calhau, docente e investigadora da Faculdade de Ciências Médicas|NOVA Medical School...

De acordo com a investigadora, a evidência obtida neste estudo, intitulado Gut microbiota, Spark and Flame of COVID-19 Disease, “fornecerá prova do conceito de que a microbiota intestinal pode ser um fator crítico responsável pelo resultado clínico da doença infeciosa COVID-19”. Se os resultados confirmarem a hipótese, está aberto o caminho para que sejam impulsionadas “novas intervenções médicas direcionadas à microbiota intestinal contra este tipo de vírus, por exemplo, com prebióticos ou probióticos associados a outras intervenções farmacológicas COVID-19 atualmente em desenvolvimento”.

O sistema imunitário é modulado pela microbiota intestinal. Cerca de 70% das células produtoras de anticorpos residem no nosso intestino. A microbiota intestinal tem, por isso, um papel determinante na saúde e particularmente no sistema imunológico, pelo que o perfil da microbiota de pacientes infetados com o novo coronavírus poderá relacionar-se com a vulnerabilidade, desenvolvimento e severidade da doença”, explica a investigadora.

Neste estudo, que conta com um financiamento total de 50 mil euros, os investigadores vão também tentar perceber se os doentes com obesidade, diabetes ou hipertensão são mais suscetíveis à COVID-19, uma vez que está comprovado que estas doenças estão associadas a uma disfunção da microbiota intestinal. Estes doentes, tal como os que apresentam patologia cardiovascular, pertencem aos grupos de risco COVID-19, embora não sejam ainda conhecidos os mecanismos que os tornam mais vulneráveis e com pior prognóstico após a infeção com o novo coronavírus, algo que esta investigação pode vir a clarificar.

Conceição Calhau revela que os participantes deste estudo serão recrutados no Serviço de Medicina Interna do Hospital São Sebastião (Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga), no Serviço de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital Curry Cabral (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central), no Serviço de Atendimento Permanente do Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa, na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital de São Francisco Xavier (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental) e na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Universitário de São João. Os critérios de inclusão são ter COVID-19 e mais de 18 anos.

Para explorar as bactérias (espécie, género ou filo) que podem estar representadas nos doentes infetados, em menor ou maior quantidade, será analisado o perfil da microbiota em diferentes estados de doença: doença leve (autoisolamento em casa); doença grave (isolamento no quarto do hospital) e pacientes críticos (Unidade de Cuidados Intensivos hospitalar). A caracterização do microbiota intestinal será feita a partir de amostras de fezes.

Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
A prevalência de insuficiência cardíaca (IC) é 2,5 vezes superior nas pessoas com diabetes, o que significa que esta doença é,...

“As pessoas com diabetes e a população em geral estão de alguma forma cientes do risco aumentado de doença coronária/enfarte agudo do miocárdio, do risco de algumas complicações microvasculares, nomeadamente retinopatia e nefropatia diabética (problemas oculares e renais), mas a associação entre a diabetes e a IC é ainda desconhecida da maior parte das pessoas com diabetes e raramente identificada como uma potencial complicação”, refere a médica. Uma realidade partilhada pelos clínicos. “Mesmo dentro da comunidade médica, é uma complicação para a qual nem todos os colegas e especialidades estão alertas e que nem sempre é abordada nas consultas de diabetes”, acrescenta a especialista.4

Sara Gonçalves confirma que “a IC é uma doença crónica, em que o coração não bombeia a quantidade de sangue suficiente por minuto, capaz de satisfazer todas as necessidades de nutrientes e oxigénio do organismo, necessário para o bom funcionamento do corpo”. 3 O que significa que “o coração tem dificuldade em funcionar para corresponder às necessidades do seu organismo (especialmente durante as atividades físicas) e simultaneamente, dificuldade em eliminar líquidos, levando à sua acumulação.3 Como tal, as pessoas com diabetes apresentam frequentemente cansaço e falta de ar quando fazem atividades como caminhar ou subir escadas, falta de ar na posição deitada e edema dos membros inferiores”.

A boa notícia é que existem formas da pessoa com diabetes tentar evitar esta complicação, sendo fundamental “manter o seguimento pelo médico assistente, com controlo da doença e dos restantes fatores de risco cardiovasculares (hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, dislipidemia)”, atesta a especialista.

E é importante também que as pessoas com diabetes saibam que “são sempre doentes com risco acrescido para o desenvolvimento de IC.2 No entanto, um acompanhamento adequado da diabetes, dos restantes fatores de risco e a utilização de determinadas terapêuticas (desde que indicadas) podem levar a uma redução deste risco”.

A relação perigosa entre a diabetes e as doenças cardiovasculares e renais tem sido, de resto, retratada pela dupla Maria Diabetes & Zé Coração, protagonistas da campanha lançada pela Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, do Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, com o apoio da AstraZeneca.

Cuidado de reabilitação
A Portugal AVC - União de Sobreviventes, Familiares e Amigos (PT.AVC) alerta para as consequências da atual crise sanitária nos...

Num inquérito realizado entre 20 e 27 de abril e ao qual responderam 868 sobreviventes de AVC, 91% dos doentes com indicação para cuidados de reabilitação reportaram terem sido obrigados a interromper os tratamentos ou não ter tido possibilidade de os iniciar.

Existe múltipla evidência científica que o atraso do programa de reabilitação individualizado e multidisciplinar leva a um agravamento do prognóstico funcional, conduzindo a uma pior integração e menor qualidade de vida, como o que se verificou durante este período.

Por outro lado, apenas 15% dos inquiridos mantiveram as consultas de seguimento da forma habitual, durante a pandemia; 66% referiram adiamento das consultas sem possibilidade, sequer, de teleconsulta, só utilizada por 19% dos inquiridos; e 48% dos sobreviventes com consultas agendadas, referiu ainda ter tido exames cancelados ou adiados durante este período.

Cerca de um terço, refere sentir-se pior ou muito pior relativamente ao seu estado geral de saúde, com a situação gerada pela pandemia. Percentagem que sobe para 44% entre os que habitualmente beneficiavam de cuidados de reabilitação, e atinge 50% nos que sofreram AVC há menos de um ano.

A maioria dos inquiridos (58%) referiu sentimentos de maior nervosismo e/ou ansiedade, sendo as queixas de maior dificuldade na movimentação e/ou comunicação do que antes deste período, a maior preocupação relativamente à recuperação, e mesmo ao risco de ter um novo AVC, as preocupações mais referidas. 38% afirmou ainda que a situação atual está a ter repercussões negativas na sua economia familiar, muitas vezes já fragilizada.

A Portugal AVC destaca portanto que na fase atual, em que se desenham as estratégias para retorno ao funcionamento prévio de serviços de saúde, é imperativo o investimento na expansão, readaptação e reorganização dos cuidados de reabilitação do AVC em Portugal, tanto a nível hospitalar bem como extra-hospitalar, com uma interligação que privilegie a proximidade entre  as diversas entidades envolvidas, nunca esquecendo que a qualidade deve estar sempre presente. Ou seja, reabilitação coordenada e multidisciplinar, como é defendido por diversas entidades internacinais.

Projeto português
Acaba de ser apresentada mais uma solução desenvolvida no seio do movimento #ProjectOpenAir. Trata-se de um equipamento...

Um projeto que nasceu por iniciativa do médico Miguel Onofre Domingues, que, apesar da sua larga experiência em cenários de guerra, afirmou “nunca me senti tão desprotegido como agora”, por falta de equipamento adequado de proteção no meio hospitalar. Um sentimento relatado por profissionais de saúde em todo o mundo e que contribuiu para numerosas baixas nesta primeira linha de combate, em diversos países.

De acordo com o professor André Dionísio Rocha, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL e um dos mentores do projeto, o fato integral funciona como uma armadura contra o COVID-19 e pode ser reutilizado, com lavagens regulares, tal como estabelece a certificação que lhe foi atribuída pelo CITEVE, que atesta que este fato suporta 25 lavagens sem perder propriedades.

Para além do fato completo de corpo inteiro com proteção de pescoço, ombros e capucho, o kit é composto por uma touca, óculos de proteção, viseira, avental, luvas de cano alto até ao cotovelo e cobre botas. Este kit pode ser adaptado às necessidades e protocolos estabelecidos em cada unidade hospitalar.

Uma inovação que representa uma vantagem face aos equipamentos descartáveis que se encontram atualmente em uso, por garantir uma redução da produção de resíduos e também por reduzir as necessidades de investimento do Serviço Nacional de Saúde.

No projeto estão envolvidas três empresas portuguesas, a Latino Group, a Science4you e a Culto da Imagem, que estão já preparadas para produzir as diferentes peças do kit, de acordo com as normas estabelecidas pela DGS para a prevenção e controlo de infeção, relativas ao equipamento de proteção individual. Um contributo para o qual foi fundamental o envolvimento da COTEC.

Recorde-se que em cerca de um mês o #ProjectOpenAir contribuiu para o desenvolvimento de um ventilador de código aberto, de baixo custo, e também esteve na origem na criação da plataforma Vent2Life, que pretende recuperar equipamentos médicos inoperacionais.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu um...

Atualmente sem terapias eficazes, a doença de Alzheimer é um dos maiores problemas de saúde mundial, tendo um grande impacto económico e social. Caracteriza-se pela progressiva degeneração e morte dos neurónios, especialmente na zona do hipocampo, a região do cérebro responsável pela formação e consolidação de memórias. Acredita-se que a perda de função dos neurónios desta região estará na base da perda de memória observada na doença.

Deste modo, o estudo, já publicado na revista científica Molecular Therapy - Nucleic Acids, procurou microARNs (pequenas sequências genéticas com um papel regulador nas nossas células) que fossem possíveis alvos terapêuticos inovadores para a doença de Alzheimer, tendo filtrado o microARN-31 como alvo promissor para este tipo de estratégias.

Este trabalho teve como objetivo principal «estudar se seria possível obter, através da modulação de um microARN específico, um efeito benéfico num modelo animal da doença de Alzheimer. Queríamos observar se aumentar os níveis do microARN-31 – já identificado em quantidades mais baixas no plasma de doentes, comparando com pessoas saudáveis da mesma idade - traria benefícios relevantes não só no que diz respeito às características histopatológicas da doença, como ao nível das alterações comportamentais características da patologia», afirma Ana Luísa Cardoso, coordenadora do projeto.

Para avaliar os efeitos benéficos do microARN-31, a equipa de investigadores recorreu a um modelo animal de ratinho para o estudo da doença de Alzheimer, utilizando apenas fêmeas.

Após injeção de um vírus geneticamente modificado que forçasse a expressão do microARN-31, foram avaliados marcadores da doença, como a acumulação de placas beta amilóide (aglomerados tóxicos de um peptídeo, característicos da doença) no cérebro dos animais, assim como a perda de função neuronal na zona do hipocampo. Realizaram-se também ensaios comportamentais, para aferir se o microARN-31 poderia prevenir a perda de memória associada à doença de Alzheimer.

"Uma das principais fases deste estudo focou-se no desenvolvimento de uma estratégia lentiviral, ou seja, uma ferramenta de expressão de um vírus, capaz de entregar o microARN-31 aos neurónios e passível de ser entregue no cérebro do modelo animal da doença de Alzheimer. Posteriormente, quisemos avaliar a deposição de placas beta amilóide, a função neuronal e o comportamento dos animais após a injeção do microARN, e avaliar se existiam melhorias quando comparado com animais não tratados com a sequência genética", explica Ana Teresa Viegas, primeira autora do estudo.

"Observámos que a expressão deste microARN no hipocampo dos animais levava a uma diminuição da deposição de placas beta amilóide, especialmente na zona do subículo – pequena área do hipocampo responsável pela memória de trabalho. Também verificámos que, comparando com os animais não tratados, os animais que receberam o microARN-31 apresentavam menores défices neste tipo de memória, que é recrutada em tarefas simples do dia-a-dia, não implicando vários processos de aprendizagem. Simultaneamente, observámos menores níveis de ansiedade e de inflexibilidade cognitiva – características observadas nos humanos em fases iniciais da doença", realça Ana Teresa Viegas.

A opção de realizar o estudo em modelos animais fêmeas pretendeu "mostrar a relevância de se focarem alguns estudos de doenças neurodegenerativas no sexo feminino, porque, especialmente no caso da doença de Alzheimer, esta é mais prevalente em mulheres, e a grande maioria dos estudos são ou foram feitos em animais machos, ignorando possíveis diferenças entre sexos. Por outro lado, o estudo também abordou, em termos comportamentais, tópicos que não temos visto abordados noutros estudos, como a inflexibilidade cognitiva, sendo que a maioria dos mesmos se focam na memória a longo prazo”, refere Ana Luísa Cardoso.

Na próxima fase do estudo, a equipa vai procurar compreender como a utilização deste microARN-31 poderá ser útil para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para outras doenças neurodegenerativas e explorar melhor como é que esta sequência exerce os efeitos protetores observados. Vai igualmente estudar o papel deste microARN em outros modelos da doença que sejam mais facilmente transponíveis para o ser humano.

Este estudo, que contou ainda com a participação de Vítor Carmona, Elisabete Ferreiro, Joana Guedes, Pedro Cunha, Ana Maria Cardoso, Luís Pereira de Almeida, Catarina Resende de Oliveira e João Peça - também investigadores do CNC - e com a colaboração de João Pedro de Magalhães, investigador da Universidade de Liverpool, Reino Unido, foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pela Bial e pelo programa de ações Marie Curie.

APDP alerta e apela ao esclarecimento
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vem esclarecer que as pessoas com diabetes podem justificar a falta...

José Manuel Boavida, presidente da APDP, destaca que este recurso é limitado. Após os trintas dias previstos no Código de Trabalho, o trabalhador com doença crónica e considerado de risco terá de decidir entre ficar em casa sem remuneração ou ir trabalhar. “É preciso acautelar que as pessoas mais frágeis se mantenham em teletrabalho enquanto durarem os atuais riscos de contaminação por coronavírus ou, quando sob indicação médica se devam ter que manter em confinamento, não percam o seu salário, após os 30 dias.” Reforça ainda que “mais uma vez se pede às autoridades de saúde que clarifiquem as orientações de quem deva ser considerado em risco”.

O diploma, que entrou em vigor a dia 3 de maio, menciona que os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, são considerados de risco, podem justificar a falta ao trabalho mediante declaração médica, desde que não possam desempenhar a sua atividade em regime de teletrabalho ou através de outras formas de prestação de atividade. Uma medida excecional de proteção que, segundo o mesmo decreto, inclui pessoas com hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doença respiratória crónica, cancro e insuficiência renal.

“Este é um regime de falta justificadas ao trabalho e não de baixa médica, como tal, e dado que a norma não restringe a fonte de tal declaração aos médicos de família, pode ser emitida por qualquer médico. Isto assegura que as pessoas com diabetes, nos casos em que o teletrabalho não seja possível, podem recorrer a esta medida de exceção para permanecerem em casa sem perder a sua remuneração.” esclarece Martins Alfaro, advogado, membro dos corpos sociais da APDP.

Martins Alfaro reforça ainda que “a justificação de faltas não encontra fundamento na doença, mas sim no risco devido à condição de saúde do trabalhador. São faltas remuneradas, mas que, de acordo com o Código do Trabalho, têm um limite de 30 dias ao ano. Um recurso limitado que, após os trinta dias previstos no Código de Trabalho, o trabalhador com doença crónica e considerado de risco terá de decidir entre ficar em casa sem remuneração ou ir trabalhar.”

A APDP disponibiliza ainda a Linha de Apoio Diabetes (21 381 61 61) que está disponível das 8h00 às 20h00, incluindo fins de semana, para esclarecer potenciais dúvidas de âmbito legal na área da COVID-19.

Dia Mundial da Asma
Assinala-se hoje, dia 5 de maio, o Dia Mundial da Asma. Em Portugal são cerca de 700 mil os doentes asmáticos, um quarto dos...

Apesar de ser uma doença crónica, não existindo cura, “com o tratamento adequado, a asma pode ser controlada e pode permitir ao doente ter uma boa qualidade de vida e sem restrições”, salienta Ana Mendes, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).  Apesar disto, “a asma também pode matar”, alerta a especialista que reforça ainda: “Portugal tem uma taxa de mortalidade por asma idêntica à dos países com melhores indicadores de saúde, mas, nos últimos anos, tem-se verificado um aumento, ainda que ligeiro, mas preocupante, do número de casos. A maioria das mortes por asma é evitável e pode traduzir a dificuldade de perceção da gravidade e da possibilidade de controlo da doença”.

Neste mesmo sentido, “Chega de mortes por asma” foi o tema definido, a nível internacional, pela GINA - Global Iniciative Network for Asthma mote ao qual a SPAIC, por considerar que “a asma tem tratamento e qualquer morte por asma é inaceitável” se associou.

A dificuldade de adesão à terapêutica (encarar a asma como doença crónica e com necessidade de medicação diária), o uso incorreto dos dispositivos inalatórios, a utilização excessiva de medicamentos de alívio rápido (broncodilatadores de curta ação) e uma má perceção do controlo da doença - com 88% da população no Inquérito Nacional de Asma a acreditar que tinha a asma controlada, mas apenas 57,5 % estava de facto controlada – são os principais desafios apontados por Ana Mendes ao tratamento adequado da asma.

Em plena pandemia de COVID-19, os doentes asmáticos devem, tal como a restante população, evitar o contágio seguindo todas as normas da Direção Geral de Saúde de proteção e redução de risco de infeção. Torna-se fundamental, também nesta altura, “manter a asma controlada e, para isso, continuar a medicação diária habitual conforme prescrita pelo médico assistente. É essencial que o esquema terapêutico seja mantido e ajustado de acordo com o plano de ação que estiver definido pelo médico.  Os asmáticos devem estar atentos aos seus sintomas e sinais de agravamento da asma e ajustar a sua medicação atempadamente”, refere Ana Mendes. Para avaliar se a asma está controlada os doentes podem preencher o questionário CARAT – Teste de Controlo da Asma e Rinite Alérgica (disponível online).

A SPAIC tem concentrado esforços para informar e sensibilizar a população para a asma - tendo participado já em diversas campanhas para o efeito – e defendendo que a informação deve estar disponível e deve ser reforçada de forma a sensibilizar os doentes, os profissionais de saúde e a população em geral para a importância da doença e do seu controlo. No panorama atual, sem poder desenvolver ações de sensibilização na rua, a SPAIC está empenhada em encontrar meios alternativos para transmitir esta importante mensagem. “Na era da globalização social, os meios digitais são, cada vez mais utilizados e, nesta época de contingência, ainda mais. As redes sociais, os canais de informação online e os media podem ser os principais instrumentos para divulgar informação”.

Não há provas de contágio
O Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) explica alguns dos...

O INSA revela que “perante toda a informação até agora disponibilizada, podemos afirmar que os especialistas são unânimes que a transmissão por embalagens de plástico, cartão ou outro material não é evidente, uma vez que, mesmo permanecendo nas superfícies, a carga viral é muito baixa”.

Segundo um relatório emitido pela agência norte-americana do medicamento (FDA, Food and Drugs Administration), para os consumidores atualmente não há evidências de que alimentos ou embalagens de alimentos estejam associados à transmissão do coronavírus devido ao Covid-19.

“Queremos assegurar aos consumidores que não há qualquer prova de que a comida para humanos ou animais ou que as suas embalagens possam estar associadas com a transmissão do novo coronavírus que provoca a Covid-19”, refere o relatório da FDA.

“No entanto, se quiser, pode desinfetar as embalagens e deixá-las secar ao ar, como forma de precaução”, lê-se ainda na publicação, segundo o INSA, que informa ainda que outros organismos corroboram a informação reportada no relatório da FDA.

“Assim sendo, a recomendação geral é manter as regras de higiene e lavar as mãos com água e sabão quando se regressa a casa, e novamente quando se termina a tarefa de arrumar as compras”, assegura o INSA.

 

 

 

 

Visão
Já ouviu falar que a cenoura faz bem aos olhos, correto?

Uma dieta alimentar variada será sempre a receita correta para uma vida saudável e, consequentemente, uma visão também mais saudável. Segundo uma investigação realizada por investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) e do Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), realizada junto de 12.764 alunos no ano letivo 2017/2018, 74,9% das crianças entre os 2 e os 10 anos não cumpre a recomendação internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma ingestão mínima diária de cinco porções de fruta e legumes, o que é preocupante.

Segundo as Ópticas Conselheiros da Visão, existem alimentos que, graças às suas propriedades, são mais indicados para serem ingeridos se for diagnosticado um determinado problema – e, neste caso, o acompanhamento de um profissional de nutrição é essencial. No entanto, existem alimentos que, graças aos seus nutrientes contribuem, sempre para uma boa visão.

Frutas e legumes: uma combinação a não perder

A ingestão de vitamina C ajuda a prevenir o aparecimento de cataratas. Frutos como os citrinos, mas também kiwi, morango, groselhas, papaia, manga ou mamão são ricos nesta vitamina.

Os vegetais de folha verde-escura e os pimentos são igualmente bons para a saúde ocular, ajudando a diminuir a degeneração macular provocada pela idade, assim como a vitamina A, que faz parte de outros alimentos como cenoura, abóbora, tomate ou espinafres. Se não aprecia comer estes vegetais crus ou cozinhados a solo, pode sempre preparar deliciosos sumos que contenham um ou dois dos frutos mencionados acima e uma ou duas folhas verdes.

Não precisa de beber um sumo destes todos os dias, provavelmente dois a três dias por semana será suficiente. Se preferir ingeri-los ao pequeno-almoço, pode intercalar nos outros dias com cereais integrais (pão integral ou aveia), ricos em fibra, e que são ótimos para a prevenção do glaucoma, por exemplo.

A família dos ómegas nunca desilude

A família dos ómegas – peixe, amêndoas, azeite ou óleo de linhaça para vegetarianos - é um excelente lubrificante ocular. O manjericão e os orégãos possuem luteína, que ajuda a manter os vasos sanguíneos do olho saudáveis. Os ovos, de galinha ou codorniz, de preferência cozidos, são também uma boa fonte de vitamina A.
A verdade é que a lista de benefícios dos alimentos adequados a manter a visão saudável é interminável e basicamente todos os que a Natureza nos dá têm propriedades positivas. Quanto às crianças, é muito importante começar a introduzir todos os alimentos na sua dieta à medida que o pediatra for autorizando, mesmo que seja necessário “mascarar” alguns deles, como no caso dos sumos, por exemplo.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPH assinala a 1ª semana da Hipertensão em casa
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) assinala a partir de 17 de maio (domingo) a 1ª Semana da Hipertensão EM CASA tendo...

Vítor Paixão Dias, presidente da SPH refere que “relativamente ao panorama atual da hipertensão e do risco cardiovascular global no nosso país, embora a prevalência da hipertensão arterial se mantenha relativamente estável nos últimos 15 anos, atingindo mais de 40% da população adulta, a mortalidade cardiovascular de que a hipertensão é o principal fator de risco, tem vindo sistematicamente a diminuir e veio para baixo dos 30%, o que é um marco histórico. No entanto, o principal fator de risco não modificável é a idade e o envelhecimento da população colocará cada vez mais desafios aos médicos e aos decisores políticos”.

As atividades online previstas passam por webinares temáticos em formato digital: sessões de cerca de 45 minutos realizadas através de plataformas web que vão permitir esclarecer dúvidas, orientar na prática do exercício físico e de uma alimentação adequada. A SPH quer desconstruir mitos relacionados com o dia-a-dia de um doente hipertenso, incentivar a atividade física regular e uma alimentação saudável com baixo teor de sal. E relembrar a importância de cumprir a toma da medicação prescrita.

No contexto do COVID-19, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão esclarece que os doentes hipertensos com o vírus devem ter as mesmas precauções que indivíduos da mesma faixa etária e com o mesmo perfil de co-morbilidades não hipertensos e à luz do conhecimento atual não devem suspender o tratamento com iECAs (inibidores da enzima de conversão de angiotensina) ou ARAs (antagonistas dos recetores de angiotensina).

Balanço
As farmácias voltaram a ter máscaras em quantidade para fazer face às necessidades da população. Na semana de 13 a 19 de abril,...

A rede também sofreu com a escassez de equipamentos de proteção. Na última semana de março, só conseguiu dispensar 278 mil máscaras, número pouco acima do normal antes da epidemia de COVID-19.

No dia 24 de março, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) recomendou às 2.750 farmácias associadas a aplicação aos produtos de proteção contra o COVID-19, que são de preço livre e vendidos por múltiplas cadeias e comerciantes, da margem de comercialização definida por lei para os medicamentos comparticipados, ou ainda mais baixa. Nessa data, denunciou à ASAE centenas de propostas comerciais especulativas, apresentadas às farmácias por empresas de ocasião, e pediu por carta a intervenção do primeiro-ministro. No dia 17 de Abril, o Governo regulamentou a margem de lucro para todos os operadores económicos.

“Como maior rede de saúde pública, temos a especial responsabilidade de garantir que todos os portugueses têm acesso a materiais de proteção adequados, em condições de igualdade, em qualquer ponto do território”, afirma Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF. As farmácias só dispensam à população máscaras certificadas. Os farmacêuticos e as suas equipas estão preparados para esclarecer quaisquer dúvidas sobre as especificações técnicas e o uso correto das máscaras e outros equipamentos.

 

 

 

Em Portugal e no mundo
Neste mês de maio, o mês do coração, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) reforça que, apesar da situação pandémica que...

“A Sociedade Portuguesa de Cardiologia quer deixar bem presente neste mês do coração, a importância das doenças cardio e cerebrovasculares que continuam a ser primeira causa de morte em Portugal e no mundo”, relembra o Presidente da SPC, Prof. Victor Gil. “O coração continua a bater e é importante estarmos atentos aos seus sinais. Escute o seu coração”, acrescenta.

“A existência de uma pandemia com as características que tem a Covid-19 não coloca as doenças cardiovasculares entre parênteses, elas continuam presentes e é de extrema importância estarmos atentos aos seus sinais e escutarmos o nosso coração”, reforça o Presidente da SPC.

O mês de maio é habitualmente celebrado por um conjunto de iniciativas de alerta e educação sanitária centradas na temática cardiovascular, no entanto, este ano a pandemia COVID-19 sobrepôs-se, naturalmente a todas as ações que a SPC tinha planeado.

A SPC deixa alguns conselhos para este mês do coração, cujo lema continua a ser “Escute o seu coração”:

  • Em plena pandemia, o coração continua a bater: esteja atento aos seus sinais;
  • Dor no peito, falta de ar, inchaço nas pernas, perda de consciência, palpitações, continuam a ser sintomas suspeitos de doença cardíaca! Procure ajuda médica;
  • Se tem doença cardiovascular crónica mantenha o acompanhamento médico por consultas presenciais ou teleconsulta;
  • Se tiver sintomas agudos - dor forte no peito, falta de ar aguda ou perda de consciência - chame o 112;
  • Nunca interrompa ou modifique a medicação cardiovascular sem orientação médica;
  • Proteja-se!
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de lançar uma edição digital extra da “Revista Medicina Interna”...

"A pandemia pelo SARS-CoV-2 é um acontecimento ímpar da história contemporânea com consequências que ultrapassam largamente as questões técnicas da assistência aos doentes afectados. Sabemos onde se iniciou, mas não sabemos quando e como terminará” afirma João Sá, Editor-Chefe da publicação.

“Num movimento espontâneo sem precedentes, as equipas dos diversos serviços clínicos - enfermarias, cuidados intensivos, cuidados intermédios, urgência hospitalar e extra-hospitalar - obrigaram-se a produzir mudanças na estrutura, nos fluxos de doentes, na alocação de equipamentos e de guarnições de médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes operacionais, terapeutas e secretariado. Por estes motivos decidimos abrir as páginas da revista aos testemunhos de quem esteve na frente, e a estudiosos e investigadores de disciplinas não clínicas”, acrescenta João Sá. 

Esta edição integra textos abordando temas como o papel da Medicina Interna na Pandemia SARS-CoV-2, o internamento e os modelos assistenciais de geometria variável, a resposta dos serviços de infecciologia, a intervenção da Medicina Intensiva, o impacto da pandemia em hospitais não centrais, a hospitalização domiciliária, o envelhecimento demográfico em fase pandémica, os efeitos na comunicação médico-doente, o papel da comunicação social, a publicação científica em tempos de crise, a formação médica, os desafios da ética, a imunomodulação, a oportunidade da Medicina à distância,  os figurinos em cuidados paliativos, o papel das instituições académicas em tempo de pandemia, a influência dos estudos epidemiológicos entre outros testemunhos clínicos e científicos.

Esta edição especial pode ser consultada em http://revista.spmi.pt/site

Doença do coração
Cansaço, falta de ar e inchaço na pernas e tornozelos estão entre os principais sintomas da Insufici

A insuficiência cardíaca é uma forma de doença avançada do coração, em que o músculo do coração está cansado e por esse motivo não consegue bombear o sangue com eficácia. É habitualmente consequência de outras doenças do coração, a mais frequente o enfarte do miocárdio, uma vez que a morte das células do músculo do coração, transformam-se em cicatriz e esta não tem capacidade de contração. Pode ser também causada por doenças das válvulas do coração, quer pela existência de apertos ou por fugas dessas válvulas. Numa menor percentagem de casos, pode ser de causa hereditária ou ser causada por doenças mais raras, como infeção do músculo do coração, consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou tratamento oncológico.

Dada sua gravidade, Ana Timóteo, Cardiologista, alerta para a necessidade de prevenir os principais fatores de risco associados a doença cardiovascular: hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, tabaco, excesso de peso, sedentarismo. É que, embora esta seja mais frequente em indivíduos mais idosos, há cada vez mais casos diagnosticados em pacientes jovens, em consequência de um estilo de vida pouco saudável.

Atenção aos sintomas!

Para além do cansaço, falta de ar ou inchaço nos membros inferiores, a cardiologista revela que a insuficiência cardíaca pode apresentar outras manifestações como “dificuldade em dormir por falta de ar quando deitado, tosse, inchaço da barriga”, pelo que deve ficar atento. “O aparecimento destes sintomas, em particular na ausência de outra causa aparente que os explique, deve levar o doente a procurar ajuda médica junto do seu médico assistente”, afirma a especialista.

Após uma avaliação detalhada do doente, “na pesquisa dos sintomas ou das causas associadas a insuficiência cardíaca e na identificação de sinais específicos pela observação”, os exames complementares de diagnóstico, como o eletrocardiograma, são essenciais para identificar a doença. Segundo Ana Timóteo, é importante ainda avaliar as concentrações dos péptidos natriuréticos – hormonas produzidas no coração e que possuem propriedades diuréticas, natriuréticas e vasodilatadoras – que, em caso de Insuficiência Cardíaca, se encontram aumentadas.

Em caso de suspeita da doença, “estes indivíduos devem também fazer um ecocardiograma que é uma ecografia ao coração que permite confirmar que a bomba do coração está a funcionar adequadamente e eventualmente identificar a causa da falha da bomba”, explica a representante da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

Para além das causas, tratamento depende da gravidade da doença

De acordo com Ana Timóteo, quando a causa da Insuficiência Cardíaca está relacionada com um fator externo, “como as bebidas alcoólicas, os tratamentos do cancro, a hipertensão arterial”, estes devem ser suspensos ou controlados de imediato. São também importantes medidas gerais como a redução de consumo de sal.

“Depois, o tratamento passa por medicamentos, alguns para reduzir a acumulação de líquidos e vários outros que podem melhorar os sintomas e o prognóstico da doença, bem como melhorar a qualidade de vida e reduzir os internamentos hospitalares”, adianta.

Alguns doentes podem necessitar da colocação de aparelhos “semelhantes aos pace-makers” e, em casos mais avançados da doença, pode ser necessária a transplantação do coração.  

Os doentes com formas de Insuficiência Cardíaca mais ligeiras, “podem ser acompanhados pelo seu médico de família ou cardiologista. Nas formas mais avançadas, o acompanhamento deverá ser realizado em unidades especializadas”.

Embora esta seja uma forma avançada de doença do coração, explica a médica especialista que “com recurso aos tratamentos referidos, a situação pode ficar controlada, nomeadamente quanto ao controlo dos sintomas”.

Não obstante, há que salientar que o seu prognóstico é variável e que as infeções são uma importante complicação associada à doença, podendo “motivar descompensações, a maioria delas levando a internamento hospitalar”.

Por outro lado, salienta Ana Timóteo, o não cumprimento das recomendações médicas, “nomeadamente da medicação prescrita”, podem comprometer o prognóstico deste quadro. “Também o incumprimento de outras medidas, como a restrição de sal nos alimentos pode causar descompensação. Por fim, existe uma série de outras doenças associadas, como anemias, arritmias, crises de tensão arterial muito elevada, que podem também contribuir para a descompensação da insuficiência cardíaca”, esclarece a especialista.

Entre as principais regras para conviver com a doença, a cardiologista destaca:

  • Reduzir o sal na alimentação;
  • Completa abstinência de bebidas alcoólicas;
  • Uma dieta rica em legumes, fruta e peixe, evitando carnes mais gordas ou derivados do leite mais gordo e os alimentos com muito açúcar;
  • Controlo rigoroso da tensão arterial, diabetes e do colesterol;
  • Deixar de fumar;
  • Algum exercício físico adaptado á situação clínica de cada individuo;
  • Cumprimento rigoroso da medicação indicada pelo seu médico;
  • Autovigilância de aparecimento de sintomas que podem indicar agravamento da situação, como aumento de peso, aparecimento de inchaço nas pernas, falta de ar, agravamento de cansaço;
  • Vacinação contra a pneumonia e vacinação anual contra a gripe, uma vez que estas infeções agravam a situação e são causas frequentes de internamento nestes doentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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