Evento
A pandemia da COVID-19 tem acentuado as assimetrias regionais em diferentes frentes na área da saúde, uma realidade que já se...

“As doenças da coluna vertebral já são a segunda principal causa de absentismo laboral, tendo-se tornado, ao longo das últimas décadas, na principal causa de incapacidade em todo o mundo. Neste sentido, o evento “Panorama das Cirurgias à Coluna no SNS” vem reforçar a importância das linhas orientadoras para os tratamentos e para a cirurgia de coluna, com informações claras sobre a melhor forma de tratar cada doente, e, por fim, a importância de uma aposta continua na formação de cirurgiões.”, explica Domingos Coiteiro presidente da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia.

Os principais temas de discussão com a apresentação destes dados será em torno dos atuais e emergentes métodos de diagnóstico, acompanhamento e tratamento de patologias da coluna para avaliar de que forma é que as assimetrias regionais têm contribuído para a falta de resposta a doentes com patologias da coluna e se a saúde da população portuguesa tem um impacto direto na produtividade e economia do país.

Determinados tipos de tratamentos só se realizam nos grandes centros, o que dificulta o acesso por parte dos doentes do interior. Segundo os dados que já tínhamos, era na região norte que se realizava a maior parte das cirurgias à coluna (46%). Lisboa e Vale do Tejo era a segunda região com maior número de cirurgias, com 37% dos procedimentos. Já o Alentejo e o Algarve registaram apenas 2% das operações. Resta saber estas diferenças são fruto das diferentes concentrações demográficas ou se refletem maior dificuldade de acesso aos cuidados de saúde fora dos grandes centros urbanos. Interessante será perceber, por comparação, de que forma a pandemia da COVID-19 poderá agravar esta realidade” reforça Miguel Casimiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral.

José Guimarães Consciência, especialista da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, frisa ainda que “segundo o estudo realizado entre 2011 a 2016, mais de metade dos doentes operados a patologias da coluna eram doentes em idade ativa (55%), o que de facto significa que a principal incidência das cirurgias à coluna vertebral não se tem detetado na população mais idosa, pelo que um eventual  atraso na sua realização induzirá certamente um aumento do absentismo laboral, para além da antecipação já frequente das reformas. Torna-se assim fundamental avaliar estes números, perceber qual foi a evolução da situação e como ela se reflete na presente realidade”.

Este evento decorre em parceria com a IASIST Portugal, empresa parte do grupo IQVIA, a par com a Campanha “Josephine Explica a Escoliose” e a Campanha “Olhe pelas suas costas”, com o apoio da Medtronic.

Covid-19
“Está nas mãos de todos nós fazermos um esforço para fazer as nossas vidas o mais próximo possível da normalidade, mas com...

A especialista em saúde pública apelou à população para que tenha “ainda mais paciência e resiliência”, porque “o vírus está a fazer o seu percurso, tem a sua dinâmica e tende a infetar-nos”.

“Já fizemos um esforço imenso desde março para aqui chegar. Já tivemos momentos melhores e piores. De facto, temos tido de um modo geral um comportamento bastante bom como cidadãos, mas temos que pensar que o vírus está a fazer o seu percurso”, reforçou.

Lembrando que os convívios familiares são responsáveis por uma grande parte das infeções, Graça Freitas explicou que “por sermos da mesma família não pertencemos ao mesmo núcleo, à mesma bolha”. Por isso, “se fizermos convívios, festas ou comemorações com muita gente, isto dá origem a muitos surtos”.

Apesar de as pessoas [infetadas] serem jovens, prosseguiu, “não estão imunes a ser internadas” e a ter “doença grave. E estão, sobretudo, a transmitir a doença a grupos mais vulneráveis, nomeadamente aos idosos e a pessoas que, não tão idosas, podem ter patologia e serem grupos de risco”.

 

Tendência crescente
Portugal pode chegar, nos próximos dias, aos três mil novos casos diários de infeção por Covid-19, avisou a Ministra da Saúde,...

No dia em que Portugal registou o mais elevado número de novos casos de infeção (2.072), a Ministra da Saúde, Marta Temido, alertou para “uma tendência crescente, que tenderá a agravar-se nos próximos dias”, caso não haja uma alteração de comportamentos da população.

Marta Temido salientou que estes números não têm em conta as medidas decididas e anunciadas em Conselho de Ministros, como o uso de máscara na via pública ou a redução para cinco pessoas do limite máximo de ajuntamentos. A governante apelou para o cumprimento das regras, caso contrário Portugal irá “enfrentar uma situação de contágio crescente que tenderá a agravar-se nos próximos dias”.

A tendência de agravamento tem por base cálculos matemáticos feitos pelo INSA, que apontam para “perto de três mil casos dentro de alguns dias”, esclareceu.

A governante, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, sublinhou ainda que a inversão dos modelos matemáticos depende daquilo que sejam as medidas que coletivamente se tomem, pelas organizações, pelo Governo e pela população.

Marta Temido acrescentou que a doença está a atingir sobretudo as faixas etárias entre os 20 e os 49 anos.

“Todos aqueles que têm a aspiração de fazer as suas vidas, regressarem à normalidade, é importante terem presente que a doença não desapareceu e que só juntos poderemos enfrentar esta nova fase de crescimento e dar resposta a esta prova muito dura. Depende de todos estarmos à altura”, reforçou.

 

 

Saúde Mental
O fardo global dos transtornos mentais está a aumentar e requer uma ação determinada.

A Depressão, por exemplo, uma das principais áreas de foco da Lundbeck, multinacional farmacêutica dinamarquesa especializada em doenças mentais, e que é uma patologia grave associada a uma série de sintomas, incluindo melancolia, perda de energia, alterações cognitivas, dificuldade de memória e concentração e pensamentos suicidas é reconhecida pela OMS como a principal causa de incapacidade no mundo. Globalmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão e quase 800.000 pessoas morrem todos os anos por suicídio. Os números mostram claramente que o peso da depressão vai provavelmente aumentar nos próximos anos porque temos vindo a observar um aumento relativo da prevalência da doença.

A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais e o medo do estigma impedem muitas pessoas de ter acesso ao tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas. Temos de repensar a abordagem à saúde mental e tratá-la com a urgência que merece, agora mais do que nunca. A depressão pode afetar qualquer um de nós. Não discrimina idade, raça ou história pessoal. Pode prejudicar relacionamentos, interferir na produtividade, criar desemprego e diminuir a autoestima. No entanto, mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado.

Em Portugal tem havido um sub-investimento crónico na saúde mental. Nunca foi uma área prioritária. É reconhecido que há uma enorme desproporção entre o impacto que os problemas de saúde mental têm e o nível de investimento a nível dos cuidados de saúde primários e dos serviços especializados. Atualmente verifica-se que a doença mental está no topo do ranking das doenças que mais contribuem para a carga global de doença, na ordem dos 10% a 15% enquanto o nível de financiamento do Serviço Nacional de Saúde é na ordem dos 4% a 5%, o que é manifestamente insuficiente. Daí ser urgente mais apoio disponível para pessoas com transtornos de saúde mental. Os investimentos devem ser canalizados para os cuidados de proximidade e na resposta dos cuidados de saúde primários.

É mais que sabido que o investimento em saúde mental beneficia o desenvolvimento económico dos países. Cada euro investido na melhoria do tratamento para a depressão e a ansiedade leva a um retorno quatro vezes superior, que se traduz numa melhor saúde e capacidade de trabalho. A falha na ação resulta numa perda económica global das famílias, das empresas e do estado. As famílias perdem financeiramente quando as pessoas não podem trabalhar. Os empregadores sofrem quando os funcionários se tornam menos produtivos e são incapazes de trabalhar. Os governos têm de pagar despesas mais elevadas de saúde e bem-estar.

Os resultados de um estudo demonstraram que 72% das pessoas que reconheceram a necessidade de tratamento não o iniciaram. As razões que estão na base são variadas e passam

por obstáculos como as preocupações com a estigmatização e dúvidas sobre a eficácia do tratamento. Muitos doentes ainda pensam que certos medicamentos podem causar dependência ou que poderão ser prejudiciais para a sua saúde. Não querer reconhecer a doença e pensar que poderão resolver sozinhos o problema é, infelizmente, também muito comum. É urgente investir em ações que promovam a literacia em saúde da nossa população para que as inovações terapêuticas possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Também a classe médica deve ser cada vez mais ambiciosa com os objetivos dos tratamentos instituídos. Só devemos estar satisfeitos quando conseguirmos recuperar os doentes na sua plenitude. Recuperar o funcionamento e devolver a vida plena em todos os seus domínios, familiar, profissional, social, a quem sofre destes distúrbios deve ser a missão de todos os intervenientes no tratamento.

Na Lundbeck, uma das únicas empresas farmacêuticas do mundo dedicada exclusivamente à investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores para doenças mentais e com mais de 70 anos de liderança na investigação em neurociências, cremos que a saúde mental é um direito humano que deve ser uma realidade para todos em qualquer parte. Por isso o nosso compromisso é firme na investigação e desenvolvimento de soluções inovadoras que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Agora, mais do que nunca, vamos comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental juntos e aumentar a conscientização par que se consiga, de facto, “Saúde Mental para todos”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em outubro
Excelência Robótica – empresa nacional responsável pela distribuição e implementação do sistema de cirurgia robótica da Vinci...

A cirurgia robótica é uma das mais inovadoras soluções para a realização de intervenções minimamente invasivas. A partilha de experiências, de perspetivas e de questões, dos principais especialistas constitui uma oportunidade muito interessante para dotar a comunidade de profissionais de saúde de um maior grau de conhecimento sobre os sistemas de cirurgia robótica. Esta foi a principal razão que levou a Excelência Robótica a convidar mais de 20 reputados cirurgiões, nacionais e internacionais, e oito especialistas de enfermagem médico-cirúrgica para um ciclo de cinco webinars focados em diversas especialidades.

Na sessão dedicada à ginecologia, moderada por Henrique Nabais, da Fundação Champalimaud participaram sete especialistas que abordaram temas como o início do programa clínico robótico, miomectomia, endometriose, histerectomia benigna, gânglio sentinela, a linfaden pélvica e para – aórtica e a sacropolpexia.

O webinar sobre cirurgia torácica, com moderação a cargo de Fernando Martelo, do Hospital da Luz, reuniu quatro cirurgiões e os temas em destaque passaram pela lobectomia, segmentectomia e tumores do mediastino.

A sessão de cirurgia geral, moderada por Carlos Vaz, da CUF Tejo e Nuno Figueiredo, da Fundação Champalimaud, foca-se nas intervenções cirúrgicas associadas à obesidade, à área coloretal – hemicolectomia direita e resseção anterior do reto - cirurgia da parede abdominal e hépato-biliar.

No webinar dedicado à enfermagem, e moderado por Rui Leal, abordam-se as principais temáticas relacionadas com o início do programa robótico, as evoluções do sistema da Vinci e com as especificidades inerentes às áreas de cirurgia torácica, urologia, cirurgia geral e ginecologia.

O último webinar, sobre urologia, conta com a moderação de Kris Maes, do Hospital da Luz, e Estevão Lima, da CUF Tejo. Os principais temas focam-se nas intervenções de prostatectomia, cistectomia e nefrectomia parcial. A urologia é a especialidade que conta com maior número de intervenções efetuadas com recurso à cirurgia robótica. No ano passado, 60 % das intervenções cirúrgicas realizadas com o sistema da Vinci, a nível ibérico, foram efetuadas por urologistas - em casos de patologia de próstata e rim - cerca de 11% das intervenções foram de ginecologia oncológica e benigna, e 21% das intervenções realizadas com este sistema foram de cirurgia geral.

 

Qualidade a preços mais acessíveis
Desde março de 1990 que Portugal tem definido, por lei, o conceito de medicamento genérico, ainda qu

Em tempos de pandemia, numa altura em que se multiplicam as queixas de dificuldades de acesso a consultas, exames e cirurgias, que pressionam ainda mais o Serviço Nacional de Saúde, o aumento dos custos, acompanhando por uma redução no poder de compra das famílias, obriga a melhorar a capacidade de resposta na área da saúde, que se estima que se mantenha com uma elevada procura, não apenas por causa da COVID-19, mas também devido à necessidade de retomar serviços de saúde temporariamente suspensos. E a redução dos gastos, mantendo a qualidade, torna-se o verdadeiro desafio, para o qual os genéricos e biossimilares podem dar uma ajuda importante, permitindo baixar os custos sem colocar em causa essa qualidade. Mais ainda, permitindo gerar poupanças que facilitam a adoção de terapêuticas inovadoras a quem delas necessita.

Vinte anos depois da aposta nos genéricos, os portugueses já os conhecem bem. Sabem quais as suas vantagens, com reflexos visíveis na conta que têm de pagar na farmácia, mas que vão muito além destas, proporcionando ganhos importantes para os sistemas de saúde. No entanto, há mitos que, duas décadas depois, se mantêm. Há ainda quem acredite que os medicamentos genéricos demoram mais tempo a fazer efeito, o que, tendo em conta que apresentam a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que os medicamentos de marca, não passa disso mesmo, um mito. Há ainda quem mantenha o foco na marca, olhando-a como garantia de eficácia do medicamento, esquecendo que os genéricos apresentam a mesma composição, os mesmos efeitos e o mesmo controlo de qualidade e segurança que os medicamentos de marca, sendo a única diferença o preço.

Há também quem ainda desconfie deste mesmo preço, acreditando que, por ser mais acessível, é revelador de outro nível de qualidade e esquecendo que o preço de um medicamento de marca reflete, mais do que o custo de produção, o investimento que foi feito em investigação, desenvolvimento e promoção para o lançar no mercado. Investimento que, quando surgem os medicamentos genéricos, já não é necessário, o que lhes permite competir através do preço.

Há muito que os genéricos deram provas das suas vantagens e, mais recentemente, também os medicamentos biossimilares, que, por serem desenvolvidos e introduzidos no mercado anos depois dos seus medicamentos de referência, beneficiam de um conhecimento mais vasto sobre a molécula, as necessidades e preferências do doente, e podem incorporar algumas melhorias, o que melhora, simultaneamente, o resultado e diminui o custo.

Contas feitas, por serem terapêuticas mais custo-efetivas, permitem o acesso de mais doentes ao tratamento de que necessitam ou em fases mais precoces da doença. Estes foram alguns dos temas que abordámos na e-conference “Valor em Saúde – o Compromisso dos Medicamentos Genéricos e Biossimilares”. Cada vez mais, os medicamentos genéricos e biossimilares conseguem criar situações de verdadeira equidade vertical e horizontal. Por isso mesmo, são, mais do que nunca, um contributo importante a ter em conta para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para as famílias portuguesas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto conta com informação de profissionais de saúde
Acaba de ser lançado o portal eVacinas, que tem como objetivo informar a população sobre vacinação, sobretudo das suas...

Neste portal, o utilizador pode consultar toda a informação existente sobre o Programa Nacional de Vacinação. Além disso, o site dispõe, ainda, de informação útil sobre a consulta do viajante, nomeadamente das vacinas indicadas para todos aqueles que viajarem para destinos fora do continente Europeu, da América do Norte e da Oceânia.

“O projeto eVacinas nasceu da necessidade de consciencializar a opinião pública, desmistificando alguma contrainformação na vacinação, através de dados rigorosos e credíveis, fornecidos por profissionais de saúde. Conta também com a colaboração de parceiros com projetos inovadores nesta área”, afirmou Ana Gaspar, diretora da Revista Saúde Notícias.

Este projeto tem o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, vai envolver também a Direção-Geral da Saúde, o Movimento Doentes pela Vacinação, a Sociedade Portuguesa de Pediatria, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e o Instituto Ricardo Jorge.

Pode consultar o Portal eVacinas, em: https://evacinas.pt/

 

Vacinação
Para assegurar a máxima cobertura entre os seus residentes, a ORPEA já solicitou 100% das vacinas necessárias para iniciar a...

A gripe é um importante problema de saúde pública, com elevada taxa de mortalidade. Embora na população em geral se estime que afeta entre 10 a 20%, nos seniores institucionalizados essa percentagem pode chegar aos 50%. Portanto, é imprescindível a vacinação deste grupo que, em alguns casos, apresenta múltiplas patologias e está mais suscetível a problemas decorrentes da gripe (pneumonia e / ou descompensação das patologias de base e encaminhamentos para urgências e internações hospitalares).

 “Com a vacinação evitamos as complicações que às vezes esta doença acarreta. O nosso objetivo é conseguir uma elevada percentagem de vacinação. Dessa forma, a incidência da gripe será bastante reduzida, e o diagnóstico diferencial entre os dois (gripe e coronavírus) será mais fácil, pois poderemos distinguir melhor se uma pessoa tem uma patologia ou outra. Assim estaremos bem preparados para este outono e inverno”, explica a Diretora de Saúde da ORPEA Ibérica, Victoria Pérez.

Todos os anos, no mês de setembro, a ORPEA encarrega-se de informar os residentes e os seus familiares, da administração das vacinas e disponibilizá-las nas próprias residências. Este ano, esta campanha de sensibilização para residentes, familiares e profissionais dos centros tem sido mais incisiva, pois as pesquisas mais recentes consideram que a imunização contra a gripe pode prevenir complicações futuras em caso de contrair o coronavírus. Portanto, “o envolvimento de todos é importante”, alerta a Diretora de Saúde da ORPEA.

A vacinação entre os profissionais de saúde

O principal método de prevenção da gripe e das suas complicações graves é a vacinação contra a gripe. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a sua administração anual a seniores e doentes crónicos, mas também aos profissionais de saúde "para proteger a sua saúde, da sua família e a dos residentes", indica a Dr. Pérez.

Uma proporção significativa de profissionais de saúde é infetada durante todo o ano, principalmente no inverno. Portanto, “é necessário que eles sejam vacinados como medida de autoproteção e para evitar serem a causa de transmissão nos seniores que estão sob os seus cuidados e também dos seus colegas de profissão”, especifica a Diretora de Saúde da ORPEA.

Mais de 2000 casos
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 2.072 novas infeções. Números nunca antes vistos. Os dados divulgados pela Direção...

Só na região norte foram registados mais 1001 novos infetados, o que corresponde a 48,3% do total do dia. Em Lisboa e Vale do Tejo há mais 802 casos, no Centro mais 172, no Alentejo mais 47 e no Algarve mais 42. Quanto aos arquipélagos, os Açores somam mais cinco casos. Na Madeira registaram-se mais três novas infeções.

Quatro das sete mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, três no Norte.

Segundo boletim epidemiológico hoje divulgado, o número de internamentos também tem vindo a aumentar. Atualmente contam-se 957 doentes internados nos hospitais portugueses devido ao novo coronavírus, mais 41 do que o registado na última análise. Do total, 135, mais três do que ontem, estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Por outro lado, mais 446 pessoas recuperaram da doença, aumentando para 54.493 o total de recuperados no país desde o início da crise pandémica.

As autoridades de Saúde têm 50.544 contactos em vigilância e estão ativos 34.583 casos no país.

 

DGS atualiza norma
Os doentes assintomáticos ou os que têm sintomas ligeiros de covid-19 passam a ter um período de isolamento de 10 dias, segundo...

De acordo com a norma atualizada, hoje, pela DGS, o fim das medidas de isolamento, sem necessidade de realização de teste ao novo coronavírus, dos doentes assintomáticos ou dos que têm doença ligeira ou moderada ocorre ao fim de 10 dias, desde que, nos casos com sintomas, estejam sem usar antipiréticos durante três dias consecutivos e com “melhoria significativa dos sintomas”.

Os casos de doença grave ou crítica têm de permanecer em isolamento 20 dias desde o início de sintomas, o mesmo tempo definido para os doentes que tenham problemas de imunodepressão grave, independentemente da gravidade da doença.

A norma esclarece ainda que, nos doentes assintomáticos, os 10 dias começam a contar desde a data do diagnóstico laboratorial de covid-19. Até aqui, a referência temporal para o isolamento profilático era de 14 dias.

A norma define ainda que “nos 90 dias após o diagnóstico laboratorial de infeção por SARS-CoV-2 não deve ser realizado novo teste” a menos que a pessoa tenha sintomas da doença, seja “contacto de alto risco de um caso confirmado de covid-19 nos últimos 14 dias” ou não exista diagnóstico alternativo (incluindo outros vírus respiratórios) para o quadro clínico.

Define ainda a organização do internamento hospitalar, que terá uma área para doentes com teste positivo (enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19) e outra para doentes com teste negativo, mas com suspeita clínica da doença ou de infeção respiratória grave (áreas intermédias – fisicamente separadas das áreas dedicadas em serviço de urgência – ou enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19 onde devem fazer o teste).

 

 

Combate à Covid-19
António Costa, revelou hoje que o Conselho de Ministros adotou “oito decisões fundamentais" para "prevenir a expansão...

Na conferência de imprensa após a reunião de hoje, o Primeiro-Ministro sublinhou a obrigação de evitar sacrificar o que é essencial: “A capacidade do Serviço Nacional de Saúde de responder aos doentes Covid-19 mas também a toda a atividade assistencial não Covid; a necessidade de prosseguir, sem incidentes ou novas interrupções, as atividades letivas em todos os estabelecimentos de ensino; e evitar medidas que agravem a crise económica e social que ameacem o emprego e o rendimento das famílias”.

O primeiro ministro referiu que em toda a Europa se tem vindo a verificar um agravamento progressivo e consistente da pandemia de Covid-19 desde meados de agosto. “Infelizmente, Portugal não é exceção e podemos classificar evolução como uma evolução grave”, disse.

O Primeiro-Ministro reiterou a importância dos comportamentos e responsabilidades individuais na contenção da pandemia, tal como em março e abril de 2020, e enumerou as oito medidas aprovadas na reunião do Conselho de Ministros:

1. Elevar o nível de alerta de situação de contingência para estado de calamidade em todo o território nacional, podendo o Governo adotar, sempre que necessário, medidas que se justifiquem para conter a pandemia, desde restrições de circulação a outras medidas que concreta e localmente venham a verificar-se justificadas;

2. A partir das 24 h00 de hoje deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas. Esta limitação aplica-se quer a outros espaços de uso público de natureza comercial ou na restauração;

3. Limitar os eventos de natureza familiar (como casamentos, batizados e outros) que sejam marcados a partir de 14 de outubro a um máximo de 50 participantes, sendo que todos devem cumprir normas de afastamento físico e de proteção individual como o uso de máscara;

4. Proibir nos estabelecimentos de ensino, designadamente nas universidades e nos politécnicos, todos os festejos académicos e atividades de caráter não letivo ou científico, como cerimónias de receção de caloiros e outro tipo de festejos que impliquem ajuntamentos, que têm de ser evitados a todo o custo para não repetir circunstâncias que já se verificaram de contaminação em eventos desta natureza;

5. Determinar às Forças de Segurança e à ASAE o reforço de ações de fiscalização do cumprimento destas regras, quer na via pública quer nos estabelecimentos comerciais e de restauração;

6. Agravar até 10 mil euros as coimas aplicáveis a pessoas coletivas, em especial aos estabelecimentos comerciais e de restauração, que não assegurem o escrupuloso cumprimento das regras em vigor quanto à lotação e ao afastamento que é necessário assegurar dentro destes estabelecimentos;

7. Recomendar vivamente a todos os cidadãos o uso de máscara comunitária na via pública e a utilização da aplicação Stayaway Covid e a comunicação através da aplicação sempre que haja um teste positivo.

8. Apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei, com tramitação de urgência, para impor a obrigatoriedade do uso da máscara na via pública (nos momentos em que há mais pessoas) e da utilização da aplicação Stayaway Covid em contexto escolar, profissional e académico, nas Forças Armadas, nas Forças de Segurança e no conjunto da Administração Pública».

De acordo com o Primeiro Ministro, o sucesso do combate a esta pandemia está dependente do comportamento individual, que foi decisivo para estancar a evolução em março e abril de 2020. Realçou ainda o facto de que as faixas etárias mais jovens têm “uma perceção errada de um alegado menor risco dos efeitos da Covid-19”.

“Esse menor risco é ilusório. Primeiro porque a contração do vírus é um risco para o próprio e um enorme risco de transmissão aos outos. O dever é de nos protegermos e de, indiscutivelmente, proteger os outros: quem connosco vive, os nossos pais, os nossos avós, os nossos colegas de trabalho, os amigos, os colegas de escola”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro disse ainda que a ciência ainda não conhece suficientemente este vírus, “designadamente as sequelas que pode deixar na saúde de cada infetado”. “Nesse desconhecimento não podemos desvalorizar o risco futuro para a saúde de cada um de nós”, afirmou.

“Vençamos o cansaço pela determinação que temos de ter para ganharmos esta maratona, que é longa e que só terminará quando houver um tratamento eficaz ou uma vacina suficientemente difundida para assegurar a imunização comunitária e motivemo-nos no que tem de ser uma prioridade muito clara: preservar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde, assegurar que as atividades letivas vão prosseguir ao longo do ano letivo sem interrupções ou incidentes, e que não temos de tomar nenhuma medida que agrave a crise económica e social e que tem consequências muito pesadas no emprego e no rendimento das famílias”, reiterou.

I Reunião Portugal-Brasil de Hérnia da Parede Abdominal
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e com a Sociedade...

De acordo com Carlos Magalhães, presidente da APCA e coordenador do Capítulo da Parede Abdominal da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, “esta iniciativa contribuí para a formação dos médicos de Cirurgia-Geral, tornando-se ainda mais enriquecedora quando existe esta partilha de conhecimento entre dois países”.

A sessão conta com a moderação de Carlos Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória, e Vicente Vieira, membro da mesma entidade, e Rodrigo Galhardo, da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal.

Esta reunião que conta com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões vai ser organizada a cada dois meses.

A inscrição no evento é gratuita, mas obrigatória.

Para mais informações e inscrições, consultar: https://mla.bs/8417aa65

 

 

Manifestações clínicas
A esquizofrenia é uma doença crónica que afeta o pensamento, as emoções e o comportamento.

Esta doença pode manifestar-se através de um conjunto de sintomas que envolvem alterações do pensamento, da perceção, do comportamento e do afeto.

Assim, o discurso pode tornar-se repetitivo, incoerente ou incompreensível. A perceção sensorial pode estar alterada, ocorrendo, por exemplo, alucinações auditivas ou visuais. A resposta emocional pode estar diminuída e a distinção entre realidade e fantasia pode estar comprometida.

Estes podem ter início no final da adolescência ou nos primeiros anos da idade adulta. Embora, menos frequente, podem surgir ainda na infância.

Quanto à sua classificação, os sintomas podem ser divididos em sintomas negativos, que correspondem uma perda ou diminuição das funções normais, e sintomas positivos, que acrescentam ou adicionam algo a essas funções.

Sintomas positivos da esquizofrenia

  • Alucinações – O doente pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como vozes dialogando entre si ou que se referem ao próprio, insultando-o ou ordenando que faça algo. Podem ver vultos ou imagens de pessoas. Podem ainda ocorrer alucinações olfativas (sentir cheiros estranhos), gustativas, ou táteis (sentir choques ou como se bichos andassem em seu corpo).
  • Delírios - O doente pode criar uma realidade fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do mundo e das pessoas ao seu redor. Habitualmente, os doentes acham que estão a ser perseguidos ou constantemente observados. Estima-se que 90% dos doentes com esquizofrenia apresente este sintoma.
  • Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais) – O doente tem dificuldade em concentrar-se e em manter o curso do pensamento. Pode falar de forma incoerente, sem lógica e responder de forma inadequada a uma pergunta.
  • Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado)

Sintomas negativos da esquizofrenia

Os sintomas negativos da esquizofrenia referem-se à ausência de comportamento normal encontrado em indivíduos saudáveis e estão associados a ausências emocionais:

  • Ausência de resposta emocional – Fácies inexpressiva, incluindo tom de voz aplanado, ausência ou dificuldade no contacto visual.
  • Ausência de interesse/entusiasmo – Ausência ou diminuição de motivação para as atividades de vida diária, isolamento social.
  • Dificuldade e alterações do discurso – Dificuldade em estabelecer e manter uma conversação, tom monótono do discurso, respostas curtas e por vezes descontextualizadas.

Artigos Relacionados: 

Tipos de Esquizofrenia 

Esquizofrenia: sinais precoces 

Esquizofrenia: como pode a família ajudar o doente

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Colóquio Fundação Grünenthal
No próximo dia 19 de outubro decorre mais uma edição do Colóquio Fundação Grünenthal, este ano, excecionalmente, em formato...

No encontro realizar-se-á ainda a entrega do Prémio Grünenthal Dor 2019, que distingue projetos nas vertentes de investigação básica e clínica, entregue aos trabalhos “Neuropathic Pain Induced Alterations in the Opioidergic Modulation of a Descending Pain Facilitatory Area of the Brain”, da autoria principal da Prof. Doutora Isabel Martins, e “Brain Grey Matter Abnormalities in Osteoarhtritis Pain: a Cross-sectional Evaluation”, da autoria principal da Dra. Joana Barroso.

A Fundação Grünenthal tem a missão de investigar e divulgar conhecimento científico em Portugal, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento. Por essa razão, promove e patrocina prémios destinados a galardoar trabalhos de investigação científica, bem como jornalísticos, que se enquadrem nos seus objetivos estatutários.

 

Poupança
Este ano, até hoje, os Medicamentos Genéricos (MG) dispensados nas farmácias comunitárias pouparam ao Estado e às famílias 362...

A Associação Nacional das Farmácias e a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN) lançam hoje um contador online com o valor dessa poupança. Os cidadãos passam a poder consultar, em tempo real, em https://apogen.pt/index2.php, o valor da contribuição dos Medicamentos Genéricos para a economia portuguesa, que atravessa uma recessão sem precedentes.

“Os Medicamentos Genéricos são ainda mais importantes em épocas de crise, como esta que estamos a viver, pois além da qualidade inquestionável, são financeiramente acessíveis, permitem tratar mais cidadãos e são um pilar da sustentabilidade financeira do SNS”, considera João Madeira, presidente da APOGEN.

“As poupanças com os medicamentos genéricos permitem ao Estado libertar recursos para financiar o acesso à inovação terapêutica, que é imprescindível, mas tem custos muito elevados. Os farmacêuticos portugueses estão sempre do lado da sustentabilidade do SNS e da igualdade dos cidadãos no acesso à Saúde”, declara Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.

A ANF e a APOGEN apelam ao Estado para criar condições para a sustentabilidade da cadeia de valor que produz, distribui, comercializa e dispensa medicamentos genéricos, porque isso é indispensável à sustentabilidade do SNS e ao direito fundamental dos cidadãos à proteção na Saúde.

 

Investigação
Os cientistas desenvolveram, pela primeira vez, uma pontuação que pode prever com precisão quais os doentes que desenvolverão...

O estudo, liderado por pesquisadores da RCSI University of Medicine and Health Sciences, foi publicado no jornal de pesquisa translacional EBioMedicine, do The Lancet.

A medição, chamada de pontuação Dublin-Boston, foi projetada para permitir que os médicos tomem decisões mais informadas ao identificar pacientes que podem beneficiar de terapias, como esteroides, e admissão em unidades de terapia intensiva.

Até este estudo, não estava disponível nenhum “score” de prognóstico específico da Covid-19 para orientar a tomada de decisão clínica. O “score” Dublin-Boston agora pode prever com precisão o quão grave será a infeção ao final do sétimo dia sete, após análise ao sangue nos primeiros quatro dias.

Este exame mede os níveis de duas moléculas que enviam mensagens ao sistema imunológico do corpo e controlam a inflamação. Uma dessas moléculas, a interleucina (IL) -6, é pró-inflamatória, e outra diferente, chamada IL-10, é anti-inflamatória. Os níveis de ambas surgem alterados em pacientes graves com Covid-19.

Com base nas mudanças na proporção dessas duas moléculas ao longo do tempo, os pesquisadores desenvolveram um sistema de pontos em que cada aumento de 1 ponto estava associado a um aumento de 5,6 vezes nas hipóteses de um resultado mais grave.

"A pontuação Dublin-Boston é facilmente calculada e pode ser aplicada a todos os pacientes Covid-19 hospitalizados", disse o professor de medicina do RCSI, Gerry McElvaney, autor sénior do estudo e consultor do Hospital Beaumont.

“Um prognóstico mais informado pode ajudar a determinar quando aumentar ou diminuir o atendimento, um componente-chave da alocação eficiente de recursos durante a atual pandemia. A pontuação também pode ter um papel na avaliação de se as novas terapias projetadas para diminuir a inflamação em Covid-19 realmente fornecem benefícios”, acrescenta.

O “score” Dublin-Boston usa a proporção de IL-6 para IL-10 porque superou significativamente a medição da mudança em IL-6 sozinha.

Apesar dos altos níveis no sangue, o uso de apenas medições de IL-6 como ferramenta de prognóstico da Covid-19 é prejudicado por vários fatores. Os níveis de IL-6 no mesmo paciente variam ao longo de qualquer dia, e a magnitude da resposta de IL-6 à infeção varia entre os diferentes pacientes.

A pontuação Dublin-Boston foi desenvolvida por pesquisadores do RCSI, da Harvard University, do Beaumont Hospital em Dublin e do Brigham and Women’s Hospital em Boston.

Controlar e estabilizar os níveis de glicose no sangue
No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a dia 16 de outubro, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“O objetivo de uma pessoa com diabetes é controlar e estabilizar os níveis de glicose no sangue. É crucial garantir uma alimentação mais equilibrada, evitar o pior controlo glicémico e reduzir o risco de obesidade e de doença cardiovascular. As novas tabelas de contagem de hidratos de carbono são assim fundamentais para uma melhor gestão dos alimentos que se vão transformar em glicose, como os alimentos ricos em hidratos de carbono”, esclarece João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

“A contagem de hidratos de carbono é uma ferramenta de planeamento alimentar, que foca os hidratos de carbono como o principal nutriente com efeito na glicemia após as refeições. Este método tem vindo a ser cada vez mais utilizado em pessoas com diabetes tipo 1, com esquemas de insulina intensivos, nos quais a dose de insulina de ação rápida é ajustada de acordo com a quantidade de hidratos de carbono de cada refeição. Esta ferramenta requer um ensino e treino realizados em contexto de consulta por um nutricionista integrado na consulta de diabetes”, explica Maria João Afonso, coordenadora do Departamento de Nutrição da APDP.

Para a correta contagem de hidratos de carbono, a APDP recomenda a pesagem dos alimentos, a leitura dos rótulos e a utilização dos materiais recomendados na consulta de nutrição, para conferir a quantidade de hidratos de carbono que serão consumidos durante a refeição e reforça que a quantidade total de hidratos de carbono ingeridos deve ser sempre controlada por um nutricionista, sendo que esta será diferente para cada pessoa, dependendo de vários fatores, como a idade, o peso e o nível de atividade física, entre outros.

A associação reforça ainda que é importante ter em conta a rapidez de absorção dos alimentos. Devem ser incluídos alimentos de absorção lenta em cada refeição, para que haja uma elevação mais lenta e gradual da glicemia. Já relativamente aos hidratos de carbono presentes em salgados e doces, a sua ingestão deve ser minimizada, uma vez que, apesar de serem contabilizados os hidratos de carbono, estes produtos são na sua maioria ricos em gordura e calorias. Isto poderá ter um efeito negativo no peso, nos níveis de glicose e de colesterol, acabando por dificultar o controlo da diabetes.

AVC continua a ser uma das principais causas de morte
A Unidade Hospitalar de Portimão, integrado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), integra já a rede da Via...

A Via Verde do AVC passa assim a ser mais uma das valências do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Hospitalar de Portimão, integrado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), que já assegura a receção dos doentes emergentes no Serviço de Urgência Geral.

O programa «Via Verde do AVC» tem sido implementado desde o início de 2006 em várias zonas do país e consiste em fazer a triagem dos casos através da deteção dos sintomas e evitar paragens desnecessárias em centros de saúde ou hospitais sem o equipamento e pessoal especializado para o efeito. Até agora, no Algarve, os doentes com sintomas de AVC eram encaminhados apenas para a Unidade Hospitalar de Faro.

O AVC continua a ser uma das principais causas de morte e de morbilidade em Portugal no conjunto das doenças cardiovasculares, sendo que as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima.

 

Lombalgia
Os distúrbios musculoesqueléticos, principalmente relacionados com a coluna vertebral são a principa
Homem com cortador de relva com dores nas costas

Estes distúrbios desencadeiam-se fundamentalmente devido aos maus hábitos posturais adotados no quotidiano, os quais provocam desequilíbrios musculares e perda de flexibilidade. Estas posturas predispõem o corpo humano a lesões musculares e a processos degenerativos, provavelmente originados pela tensão das forças aplicadas (Comerlato, 2007).

Cenin (2000) define lombalgia como “todas as condições de dor, com ou sem rigidez, localizadas na região inferior do dorso, entre o último arco costal e a prega glútea, geralmente acompanhada de limitação dolorosa do movimento”.

As lombalgias podem ter como fatores a obesidade, idade, sexo, sedentarismo, postura corporal incorreta, levantamento de peso excessivo e de forma desadequada, traumatismos na região lombar, doenças virais, articulares degenerativas, metástases tumorais, inflamações pélvicas, artrose, osteoporose, hérnias discais, entre outras. As incapacidades decorrentes da dor causam limitações em atividades simples como permanecer em pé ou sentado, andar, cuidados pessoais e atividade sexual (Araújo AGS et al, 2012).

Estudos epidemiológicos apontam a prevalência das lombalgias na população em geral entre 50 % a 80 %. A ocorrência de dor lombar aguda é alta, entre 15% e 30% da população desenvolve essa condição, principalmente na idade adulta (Araújo AGS et al, 2012; Furtado R., et al,2014).

No nosso serviço (Serviço de Fisioterapia do Hospital Lusíadas Porto), por dia, encontram-se cerca de 46% de pacientes em tratamento com patologias do foro vertebral, com ênfase nas lombalgias, com causas essencialmente posturais.

As dores lombares podem ser primárias ou secundárias, com ou sem envolvimento neurológico (lombociatalgias).Podem ser divididas em lombalgia aguda, subaguda ou crônica de acordo com a intensidade e manifestação das dores. A lombalgia aguda causa dores de início súbito por um período até quatro semanas, no caso da lombalgia crónica as dores podem durar mais de doze meses. O diagnóstico diferencial das lombalgias é muito amplo, devendo no entanto ser despistadas as possibilidades de comprometimento da articulação sacroilíaca e coxofemoral. O grupo principal de afeções está relacionado com as posturas e movimentos corporais inadequados e com condições de segurança e higiene no trabalho, atividades laborativas antiergonômicas, capazes de produzir patologias à coluna vertebral (Comerlato, 2007).

A dor nas costas é causa frequente de morbilidade e incapacidade, estando associada a um elevado impacto ao nível pessoal, profissional e socioeconômico, englobando consultas médicas, exames complementares, medicação, tratamentos, impedindo os pacientes de realizar a sua atividade laboral por incapacidade funcional (M. Jordá Llona et al; Araújo AGS et al, 2012).

Em fisioterapia, utiliza-se o método da avaliação postural para estudar o alinhamento corporal. Após a avaliação é criado o tratamento adequado para corrigir as alterações existentes, aproximando a postura do paciente à postura referencial (Paula Prado Viti, 2016).

O fisioterapeuta é um profissional de saúde, responsabilizado pela reabilitação física, atua ao nível da prevenção, orientação e tratamento das alterações posturais. Estes profissionais são conscientes das consequências das posturas inadequadas sobre a biomecânica do sistema músculo-esquelético, optando por programas de correção postural cada vez mais efetivos.

As intervenções fisioterapêuticas utilizadas nestes casos baseiam-se nos exercícios de correção postural, exercícios de flexibilização da coluna vertebral, alongamentos da cadeia posterior, fortalecimento dos abdominais (Core). Os programas de exercícios visam igualmente melhorar a força e as condições das estruturas de sustentação do corpo. A cinesioterapia ajuda na manutenção da postura da coluna vertebral, promove adaptações biomecânicas mais eficientes, atuando na prevenção e controlo da sintomatologia, proporcionando melhor qualidade de vida para o paciente.

Devemos prevenir agora para evitar desconforto mais tarde…

Artigos relacionados

Lombalgia é a principal causa de dor crónica

Como evitar a dor lombar

Mialgia vs lombalgia

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto do IHMT e Ministério da Saúde
O I Curso Europeu sobre Informação em Saúde, coordenado pela Universidade Nova de Lisboa e pelo Ministério da Saúde, teve...

O principal objetivo desta primeira edição online, que decorre até 5 de novembro, é contribuir para aumentar o conhecimento sobre a utilização de métodos de Informação de Saúde padronizados para práticas comuns nos Estados-Membros da União Europeia (UE) e países associados ao projeto, uma área de trabalho que, além de fundamental para o desenvolvimento estratégico da UE, ganhou relevância redobrada com a crise pandémica gerada pela Covid-19.

Perspetivando uma abordagem compreensiva e inovadora à informação sobre saúde, com enfoque nas normas Europeias, o curso acolhe 25 participantes de 20 países e de duas regiões insulares (Madeira e Canárias), sendo que a equipa de preletores inclui especialistas da Itália, Holanda, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Finlândia, Croácia, Espanha e Irlanda. Coordenado pela Universidade Nova de Lisboa (IHMT) / Ministério da Saúde de Portugal (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Pública da Finlândia, o curso será avaliado pelo INSA.

A Informação de Saúde é uma área em rápida evolução, incluindo novos métodos de recolha e análise de dados, ferramentas de gestão da informação e investigação translacional para o desenvolvimento de novas políticas à escala europeia. Este curso pretende ajudar a formar as próximas gerações de especialistas em saúde pública, para que a Europa possa enfrentar melhor novas pandemias, sobretudo quando as capacidades de informação sobre saúde variam entre os Estados-Membros da UE e é reconhecida a necessidade de reforçar práticas e métodos comuns para melhorar a recolha, a gestão e a utilização de informação sobre saúde.

Com início em maio de 2018 e um horizonte temporal de 36 meses, o projeto InfAct tem como objetivo geral fortalecer os sistemas de informação em saúde nacionais e da UE, através da produção de uma infraestrutura de investigação sustentável e da redução das iniquidades em informação em saúde. Esta Joint Action da Comissão Europeia visa ainda o desenvolvimento de instrumentos de informação inovadores e de uma melhor interoperabilidade para a informação em saúde.

Páginas