Poupança
Este ano, até hoje, os Medicamentos Genéricos (MG) dispensados nas farmácias comunitárias pouparam ao Estado e às famílias 362...

A Associação Nacional das Farmácias e a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN) lançam hoje um contador online com o valor dessa poupança. Os cidadãos passam a poder consultar, em tempo real, em https://apogen.pt/index2.php, o valor da contribuição dos Medicamentos Genéricos para a economia portuguesa, que atravessa uma recessão sem precedentes.

“Os Medicamentos Genéricos são ainda mais importantes em épocas de crise, como esta que estamos a viver, pois além da qualidade inquestionável, são financeiramente acessíveis, permitem tratar mais cidadãos e são um pilar da sustentabilidade financeira do SNS”, considera João Madeira, presidente da APOGEN.

“As poupanças com os medicamentos genéricos permitem ao Estado libertar recursos para financiar o acesso à inovação terapêutica, que é imprescindível, mas tem custos muito elevados. Os farmacêuticos portugueses estão sempre do lado da sustentabilidade do SNS e da igualdade dos cidadãos no acesso à Saúde”, declara Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.

A ANF e a APOGEN apelam ao Estado para criar condições para a sustentabilidade da cadeia de valor que produz, distribui, comercializa e dispensa medicamentos genéricos, porque isso é indispensável à sustentabilidade do SNS e ao direito fundamental dos cidadãos à proteção na Saúde.

 

Investigação
Os cientistas desenvolveram, pela primeira vez, uma pontuação que pode prever com precisão quais os doentes que desenvolverão...

O estudo, liderado por pesquisadores da RCSI University of Medicine and Health Sciences, foi publicado no jornal de pesquisa translacional EBioMedicine, do The Lancet.

A medição, chamada de pontuação Dublin-Boston, foi projetada para permitir que os médicos tomem decisões mais informadas ao identificar pacientes que podem beneficiar de terapias, como esteroides, e admissão em unidades de terapia intensiva.

Até este estudo, não estava disponível nenhum “score” de prognóstico específico da Covid-19 para orientar a tomada de decisão clínica. O “score” Dublin-Boston agora pode prever com precisão o quão grave será a infeção ao final do sétimo dia sete, após análise ao sangue nos primeiros quatro dias.

Este exame mede os níveis de duas moléculas que enviam mensagens ao sistema imunológico do corpo e controlam a inflamação. Uma dessas moléculas, a interleucina (IL) -6, é pró-inflamatória, e outra diferente, chamada IL-10, é anti-inflamatória. Os níveis de ambas surgem alterados em pacientes graves com Covid-19.

Com base nas mudanças na proporção dessas duas moléculas ao longo do tempo, os pesquisadores desenvolveram um sistema de pontos em que cada aumento de 1 ponto estava associado a um aumento de 5,6 vezes nas hipóteses de um resultado mais grave.

"A pontuação Dublin-Boston é facilmente calculada e pode ser aplicada a todos os pacientes Covid-19 hospitalizados", disse o professor de medicina do RCSI, Gerry McElvaney, autor sénior do estudo e consultor do Hospital Beaumont.

“Um prognóstico mais informado pode ajudar a determinar quando aumentar ou diminuir o atendimento, um componente-chave da alocação eficiente de recursos durante a atual pandemia. A pontuação também pode ter um papel na avaliação de se as novas terapias projetadas para diminuir a inflamação em Covid-19 realmente fornecem benefícios”, acrescenta.

O “score” Dublin-Boston usa a proporção de IL-6 para IL-10 porque superou significativamente a medição da mudança em IL-6 sozinha.

Apesar dos altos níveis no sangue, o uso de apenas medições de IL-6 como ferramenta de prognóstico da Covid-19 é prejudicado por vários fatores. Os níveis de IL-6 no mesmo paciente variam ao longo de qualquer dia, e a magnitude da resposta de IL-6 à infeção varia entre os diferentes pacientes.

A pontuação Dublin-Boston foi desenvolvida por pesquisadores do RCSI, da Harvard University, do Beaumont Hospital em Dublin e do Brigham and Women’s Hospital em Boston.

Controlar e estabilizar os níveis de glicose no sangue
No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a dia 16 de outubro, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“O objetivo de uma pessoa com diabetes é controlar e estabilizar os níveis de glicose no sangue. É crucial garantir uma alimentação mais equilibrada, evitar o pior controlo glicémico e reduzir o risco de obesidade e de doença cardiovascular. As novas tabelas de contagem de hidratos de carbono são assim fundamentais para uma melhor gestão dos alimentos que se vão transformar em glicose, como os alimentos ricos em hidratos de carbono”, esclarece João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

“A contagem de hidratos de carbono é uma ferramenta de planeamento alimentar, que foca os hidratos de carbono como o principal nutriente com efeito na glicemia após as refeições. Este método tem vindo a ser cada vez mais utilizado em pessoas com diabetes tipo 1, com esquemas de insulina intensivos, nos quais a dose de insulina de ação rápida é ajustada de acordo com a quantidade de hidratos de carbono de cada refeição. Esta ferramenta requer um ensino e treino realizados em contexto de consulta por um nutricionista integrado na consulta de diabetes”, explica Maria João Afonso, coordenadora do Departamento de Nutrição da APDP.

Para a correta contagem de hidratos de carbono, a APDP recomenda a pesagem dos alimentos, a leitura dos rótulos e a utilização dos materiais recomendados na consulta de nutrição, para conferir a quantidade de hidratos de carbono que serão consumidos durante a refeição e reforça que a quantidade total de hidratos de carbono ingeridos deve ser sempre controlada por um nutricionista, sendo que esta será diferente para cada pessoa, dependendo de vários fatores, como a idade, o peso e o nível de atividade física, entre outros.

A associação reforça ainda que é importante ter em conta a rapidez de absorção dos alimentos. Devem ser incluídos alimentos de absorção lenta em cada refeição, para que haja uma elevação mais lenta e gradual da glicemia. Já relativamente aos hidratos de carbono presentes em salgados e doces, a sua ingestão deve ser minimizada, uma vez que, apesar de serem contabilizados os hidratos de carbono, estes produtos são na sua maioria ricos em gordura e calorias. Isto poderá ter um efeito negativo no peso, nos níveis de glicose e de colesterol, acabando por dificultar o controlo da diabetes.

AVC continua a ser uma das principais causas de morte
A Unidade Hospitalar de Portimão, integrado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), integra já a rede da Via...

A Via Verde do AVC passa assim a ser mais uma das valências do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Hospitalar de Portimão, integrado no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), que já assegura a receção dos doentes emergentes no Serviço de Urgência Geral.

O programa «Via Verde do AVC» tem sido implementado desde o início de 2006 em várias zonas do país e consiste em fazer a triagem dos casos através da deteção dos sintomas e evitar paragens desnecessárias em centros de saúde ou hospitais sem o equipamento e pessoal especializado para o efeito. Até agora, no Algarve, os doentes com sintomas de AVC eram encaminhados apenas para a Unidade Hospitalar de Faro.

O AVC continua a ser uma das principais causas de morte e de morbilidade em Portugal no conjunto das doenças cardiovasculares, sendo que as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima.

 

Lombalgia
Os distúrbios musculoesqueléticos, principalmente relacionados com a coluna vertebral são a principa
Homem com cortador de relva com dores nas costas

Estes distúrbios desencadeiam-se fundamentalmente devido aos maus hábitos posturais adotados no quotidiano, os quais provocam desequilíbrios musculares e perda de flexibilidade. Estas posturas predispõem o corpo humano a lesões musculares e a processos degenerativos, provavelmente originados pela tensão das forças aplicadas (Comerlato, 2007).

Cenin (2000) define lombalgia como “todas as condições de dor, com ou sem rigidez, localizadas na região inferior do dorso, entre o último arco costal e a prega glútea, geralmente acompanhada de limitação dolorosa do movimento”.

As lombalgias podem ter como fatores a obesidade, idade, sexo, sedentarismo, postura corporal incorreta, levantamento de peso excessivo e de forma desadequada, traumatismos na região lombar, doenças virais, articulares degenerativas, metástases tumorais, inflamações pélvicas, artrose, osteoporose, hérnias discais, entre outras. As incapacidades decorrentes da dor causam limitações em atividades simples como permanecer em pé ou sentado, andar, cuidados pessoais e atividade sexual (Araújo AGS et al, 2012).

Estudos epidemiológicos apontam a prevalência das lombalgias na população em geral entre 50 % a 80 %. A ocorrência de dor lombar aguda é alta, entre 15% e 30% da população desenvolve essa condição, principalmente na idade adulta (Araújo AGS et al, 2012; Furtado R., et al,2014).

No nosso serviço (Serviço de Fisioterapia do Hospital Lusíadas Porto), por dia, encontram-se cerca de 46% de pacientes em tratamento com patologias do foro vertebral, com ênfase nas lombalgias, com causas essencialmente posturais.

As dores lombares podem ser primárias ou secundárias, com ou sem envolvimento neurológico (lombociatalgias).Podem ser divididas em lombalgia aguda, subaguda ou crônica de acordo com a intensidade e manifestação das dores. A lombalgia aguda causa dores de início súbito por um período até quatro semanas, no caso da lombalgia crónica as dores podem durar mais de doze meses. O diagnóstico diferencial das lombalgias é muito amplo, devendo no entanto ser despistadas as possibilidades de comprometimento da articulação sacroilíaca e coxofemoral. O grupo principal de afeções está relacionado com as posturas e movimentos corporais inadequados e com condições de segurança e higiene no trabalho, atividades laborativas antiergonômicas, capazes de produzir patologias à coluna vertebral (Comerlato, 2007).

A dor nas costas é causa frequente de morbilidade e incapacidade, estando associada a um elevado impacto ao nível pessoal, profissional e socioeconômico, englobando consultas médicas, exames complementares, medicação, tratamentos, impedindo os pacientes de realizar a sua atividade laboral por incapacidade funcional (M. Jordá Llona et al; Araújo AGS et al, 2012).

Em fisioterapia, utiliza-se o método da avaliação postural para estudar o alinhamento corporal. Após a avaliação é criado o tratamento adequado para corrigir as alterações existentes, aproximando a postura do paciente à postura referencial (Paula Prado Viti, 2016).

O fisioterapeuta é um profissional de saúde, responsabilizado pela reabilitação física, atua ao nível da prevenção, orientação e tratamento das alterações posturais. Estes profissionais são conscientes das consequências das posturas inadequadas sobre a biomecânica do sistema músculo-esquelético, optando por programas de correção postural cada vez mais efetivos.

As intervenções fisioterapêuticas utilizadas nestes casos baseiam-se nos exercícios de correção postural, exercícios de flexibilização da coluna vertebral, alongamentos da cadeia posterior, fortalecimento dos abdominais (Core). Os programas de exercícios visam igualmente melhorar a força e as condições das estruturas de sustentação do corpo. A cinesioterapia ajuda na manutenção da postura da coluna vertebral, promove adaptações biomecânicas mais eficientes, atuando na prevenção e controlo da sintomatologia, proporcionando melhor qualidade de vida para o paciente.

Devemos prevenir agora para evitar desconforto mais tarde…

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Lombalgia é a principal causa de dor crónica

Como evitar a dor lombar

Mialgia vs lombalgia

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto do IHMT e Ministério da Saúde
O I Curso Europeu sobre Informação em Saúde, coordenado pela Universidade Nova de Lisboa e pelo Ministério da Saúde, teve...

O principal objetivo desta primeira edição online, que decorre até 5 de novembro, é contribuir para aumentar o conhecimento sobre a utilização de métodos de Informação de Saúde padronizados para práticas comuns nos Estados-Membros da União Europeia (UE) e países associados ao projeto, uma área de trabalho que, além de fundamental para o desenvolvimento estratégico da UE, ganhou relevância redobrada com a crise pandémica gerada pela Covid-19.

Perspetivando uma abordagem compreensiva e inovadora à informação sobre saúde, com enfoque nas normas Europeias, o curso acolhe 25 participantes de 20 países e de duas regiões insulares (Madeira e Canárias), sendo que a equipa de preletores inclui especialistas da Itália, Holanda, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Finlândia, Croácia, Espanha e Irlanda. Coordenado pela Universidade Nova de Lisboa (IHMT) / Ministério da Saúde de Portugal (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Pública da Finlândia, o curso será avaliado pelo INSA.

A Informação de Saúde é uma área em rápida evolução, incluindo novos métodos de recolha e análise de dados, ferramentas de gestão da informação e investigação translacional para o desenvolvimento de novas políticas à escala europeia. Este curso pretende ajudar a formar as próximas gerações de especialistas em saúde pública, para que a Europa possa enfrentar melhor novas pandemias, sobretudo quando as capacidades de informação sobre saúde variam entre os Estados-Membros da UE e é reconhecida a necessidade de reforçar práticas e métodos comuns para melhorar a recolha, a gestão e a utilização de informação sobre saúde.

Com início em maio de 2018 e um horizonte temporal de 36 meses, o projeto InfAct tem como objetivo geral fortalecer os sistemas de informação em saúde nacionais e da UE, através da produção de uma infraestrutura de investigação sustentável e da redução das iniquidades em informação em saúde. Esta Joint Action da Comissão Europeia visa ainda o desenvolvimento de instrumentos de informação inovadores e de uma melhor interoperabilidade para a informação em saúde.

Prevenção
O Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) retomou ontem a sua “habitual atividade de...

De acordo com o HESE, na sequência da deteção do caso positivo de Covid-19, foram realizados testes ao coronavírus SARS-CoV-2 à equipa deste serviço hospitalar, no domingo, “cujos resultados deram todos negativos”.

Assim, “é possível retomar a habitual atividade de internamento”, assegura a unidade hospitalar, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com fonte hospitalar, a médica do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia que está infetada com covid-19 “permanece no seu domicílio”, mantendo-se também em isolamento profilático, nas respetivas habitações, “10 profissionais que tiveram um contacto mais direto com o profissional positivo, até repetição do teste, por uma questão de segurança”.

Atualmente, “todos os Serviços do HESE estão a funcionar com normalidade, devendo os utentes dirigir-se ao hospital com toda a confiança, respeitando e cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde”.

O distanciamento físico, a higienização das mãos e o uso obrigatório de máscara cirúrgica são regras a seguir nas instalações.

 

 

Covid-19
Portugal conta esta terça-feira com um total de 89.121 casos confirmados de Covid-19. Nas últimas 24 horas, registaram-se mais...

O número de casos ativos aumentou em 643 para 32.964 de Norte a Sul do País, sendo que se registam ainda 1.447 novos contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Nos hospitais nacionais, encontram-se 916 doentes internados (+39), dos quais 132 estão em unidades de cuidados intensivos (+4).

Por outro lado, o relatório de hoje indica que mais 549 pessoas recuperaram. No total, Portugal soma 54.047 recuperações da doença provocada pelo novo coronavírus.

Hoje, todas as regiões portuguesas apresentam novos casos confirmados, com destaque para o Norte: 713 das 1.208 pessoas com diagnóstico positivo desde ontem vivem em concelhos desta região. Lisboa e Vale do Tejo aparece em segundo lugar com 340 novos casos.

Há também mais 94 casos no Centro, mais 32 no Alentejo, mais 24 no Algarve, mais 3 na Madeira e mais 2 nos Açores. Quanto às vítimas mortais, a DGS informa que há registo de 10 mortes em Lisboa e Vale do Tejo, 5 no Norte e 1 no Centro.

 

 

Mais dinheiro para o setor
O Orçamento (receita consolidada) do Ministério da Saúde vai ascender a 12.565,4 milhões de euros no próximo ano, o que...

De acordo com a página oficial do Serviço Nacional de Saúde, este documento “revela que a despesa total consolidada irá atingir os 12.564,8 milhões de euros em 2021, ou seja, mais 4,1% (500,6 milhões) do que o valor estimado para o final deste ano”.

Este reforço soma ao aumento de 1.445 milhões de euros verificado só em 2020 (incluindo o orçamento suplementar).

Na legislatura anterior, o Governo cumpriu o compromisso de inverter a tendência de redução da despesa verificada entre 2010 e 2015 (-1,8%, em média) e reforçar de forma substancial os recursos financeiros afetos ao SNS (+ 6% no período entre 2015 e 2020).

“Estes reforços graduais e ininterruptos permitiram um aumento efetivo da despesa do SNS em cerca de 2.300 milhões de euros entre 2015 e 2020 (+25%), concentrando-se essencialmente, em despesas com pessoal, com um aumento de 1.176 milhões de euros (+34%), e em consumos intermédios, onde se estima um aumento de cerca de 751 milhões de euros”, lê-se no relatório do OE.

Este aumento expressivo permitiu um acréscimo de 20.641 profissionais (+17,2%): 4401 médicos (+17%), 8216 enfermeiros (21%) e mais 1344 técnico de diagnóstico e terapêutica (+18%), entre outros.

Segundo a proposta do OE, no exercício orçamental de 2021, as grandes prioridades mantêm-se no combate e controlo da pandemia e no reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As principais medidas do OE 2021 para a área da saúde são:

Cuidados de saúde primários

O Governo vai reforçar o investimento nas unidades de cuidados de saúde primários do SNS até 90 milhões de euros. A medida servirá para melhorar instalações e equipamentos e permitir meios complementares de diagnóstico e terapêutica nas instituições e serviços públicos de saúde.

Recursos humanos

A proposta de orçamento prevê um reforço de mais 4.200 profissionais para o Serviço Nacional de Saúde, um plano que pretende manter “a trajetória de reforço dos recursos humanos do SNS em 8.400 profissionais no biénio 2020-2021”.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) também será reforçado com a contratação de mais 261 novos profissionais, no que o Governo considera ser o reconhecimento do “enorme contributo que a emergência médica pré-hospitalar desempenha no processo assistencial global”.

Cuidados continuados e saúde mental

Em 2021, o Governo pretende afetar 27.725.000 euros para o reforço da capacidade de resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e da Rede Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP), através do “aumento do número de unidades ou lugares/camas nas áreas geográficas mais deficitárias”.

A proposta de orçamento prevê também o investimento de 19 milhões de euros para o Plano Nacional de Saúde Mental visando o “reforço das equipas comunitárias de saúde mental de adultos, de infância e adolescência”. O Governo pretende que este investimento seja aplicado em projetos de “prevenção e tratamento da ansiedade e depressão” e na “instalação de respostas de internamento de psiquiatria e saúde mental em hospitais de agudos, que ainda não disponham dessa valência”.

Investimento em infraestruturas e equipamentos

A proposta de OE refere que, em 2021, o Governo vai dar seguimento aos trabalhos de construção do Novo Hospital Central do Alentejo, num valor 25.868.861 euros, e ao lançamento do concurso para a construção do Hospital de Proximidade do Seixal, num valor de 5.505.975 euros.

Subsídio de risco para os que lidam diretamente com a Covid-19

Os profissionais em risco por exposição direta ao Covid-19 vão passar a receber um subsídio extraordinário no valor de 20% do salário base até um máximo de 219 euros.

Programa “Vacinação SNS Local”
O protocolo de colaboração entre a Associação Nacional das Farmácias (ANF) e a Câmara Municipal de Loures, no âmbito do...

Para a assinatura estarão presentes Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, e Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures.

O programa “Vacinação SNS Local” arranca no próximo dia 19 de outubro e permite que os utentes maiores de 65 anos se vacinem gratuitamente numa farmácia da sua preferência.

Este programa teve uma experiência-piloto, implementada nos dois últimos anos no concelho de Loures. A liberdade dada aos munícipes deste concelho para poderem escolher vacinar-se numa farmácia, nas mesmas condições do centro de saúde, aumentou em 33% a imunização contra a gripe da população mais idosa.

 

Manual prático para pais com bebés internados em UCIN e UCEN
No âmbito do Dia Nacional da Luta contra a Dor, que se assinala no próximo dia 16 de outubro, a Associação Portuguesa Para o...

Criado com uma linguagem simples, clara e concisa, complementada por exemplos em vídeos para uma consulta fácil e rápida, este manual tem por objetivo permitir que no final da sua leitura se saiba mais sobre a forma como os bebés sentem dor e a dor os afeta; como perceber quando o bebé tem dor; como ajudar a criar um ambiente mais confortável para o bebé ou o que se pode fazer para confortar o bebé.

Um crescente número de evidências científicas demonstram que o controlo da dor nas crianças está intimamente relacionado com o papel determinante que os pais representam, especialmente no que respeita a implementação e eficácia das intervenções não farmacológicas.

Consciente que o conhecimento reduz o medo e a dor emocional do desconhecido que tanto afeta os pais num ambiente hospitalar, o grupo de trabalho Dor Pediátrica da APED, sob a coordenação de Clara Abadesso, médica pediatra, realizou a tradução desta 2ª edição para português, com o apoio da Bene Farmacêutica e da Sociedade Portuguesa de Neonatologia.

A promoção do conhecimento dos pais sobre a dor permite o seu envolvimento mais ativo na abordagem da dor e a criação de uma parceria fundamental com os profissionais de saúde nesta missão de proporcionar os melhores cuidados.

Segundo Ana Pedro, Presidente da APED, “colaborar na tradução e disponibilização deste livro integra-se em pleno na missão da APED de reduzir a dor em todos os seus contextos seja através da formação, sensibilização ou educação, e de atuar junto das populações mais vulneráveis, neste caso, as crianças em situação de internamento hospitalar”.

O manual interativo e as versões em PDF podem ser consultados online ou descarregados em https://www.aped-dor.org/livro_comoconfortarumbebeuci

 

Evento online
A Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA) e a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI), com o apoio da...

O webinar conta com 4 palestras de 15 minutos cada e um momento aberto à discussão. Os temas discutidos durante a sessão moderada por Pais Martins da SPA e por João Gouveia da SPCI, vão ser:

  • “A Anestesiologia e a pandemia Covid-19” - Cristina Granja (Centro Hospitalar Universitário de São João);
  • “A intubação traqueal e a ventilação mecânica precoce no doente Covid-19. Mitos e realidades?” - Joana Manuel (Hospital Garcia de Orta);
  • “Ventilação mecânica no doente Covid-19: Fenótipos ou personalizada?” - João João Mendes (Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca);
  •  Tratamento farmacológico - ler nas entrelinhas da evidência sem filtro – Paulo Mergulhão (Hospital Lusíadas do Porto).

Depois do alerta lançado pela Organização Mundial de Saúde sobre as taxas de transmissão da Covid-19 na Europa serem alarmantes, à data Portugal regista uma média de 1500 novos casos dia, cerca de 877 doentes internados e destes 128 doentes internados em UCI, a SPA e a SPCI lançam o debate sobre a abordagem mecânica, farmacológica e novos procedimentos, a ter nos doentes com COVID-19.

A presidente da SPA, Maria do Rosário Matos Órfão, afirma “A Anestesiologia portuguesa com o seu expertise e resiliência está na primeira linha da resposta ao doente critico Covid-19”num trabalho de equipe com outras especialidades e profissionais.

Já João Gouveia, Presidente da SPCI, defende que “A medicina intensiva portuguesa teve um excelente desempenho na primeira vaga, para tal contribuiu a colaboração de vários outros especialistas, internistas, anestesiologistas etc., que participaram no tratamento do doente COVID crítico, com a coordenação e orientação da medicina intensiva. Devemos divulgar os bons exemplos, atualizar conhecimentos e encarar o futuro na mesma perspetiva de união para um bem comum - a saúde dos nossos doentes.”

As inscrições no webinar são gratuitas e dirigidas a todos os associados da SPA e SPCI e a todos os profissionais de saúde interessados na temática. Para tal basta aceder aqui

 

Opinião
O Dia Mundial da Trombose celebra-se no dia 13 de outubro, data escolhida pela Sociedade Internacion

O tromboembolismo venoso caracteriza-se pela formação de uma trombose (ou coágulo) na veia de uma perna (ou outros locais) e que se pode libertar e alojar na circulação pulmonar (embolia pulmonar), o que pode ser fatal. Os sintomas da trombose são inchaço (edema), alterações na cor da pele (rubor) e da temperatura (calor) do membro; da embolia pulmonar são falta de ar, dor torácica, palpitações, desmaio.

A fibrilhação auricular é uma alteração no funcionamento do coração que aumenta o risco de formação de coágulos na aurícula esquerda, que se podem deslocar provocando um acidente vascular cerebral.

O tromboembolismo é considerado a terceira causa de morte cardiovascular no mundo, ultrapassando na União Europeia o número de mortes por neoplasias da próstata e da mama, SIDA e por acidentes rodoviários. Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. O risco é maior nos obesos, aumenta com a idade e pensa-se que a prevalência irá duplicar até 2050.

É uma doença multifatorial complexa, assente na interação de fatores inatos com adquiridos, predisponentes para trombose. São fatores de risco elevado um internamento hospitalar por doença, cirurgia ou imobilidade, traumatismo com fratura de grande osso; moderado a idade acima dos 60 anos, história pessoal ou familiar de tromboembolismo, neoplasia e/ou quimioterapia, uso de terapêutica hormonal de substituição; ligeiro a obesidade, gravidez ou puerpério (período após o parto), tabagismo, entre outros. Os fatores inatos não são modificáveis (como algumas mutações que aumentam o risco para trombose, vulgo trombofilias); alguns dos fatores adquiridos podem ser modificados (como o tabagismo ou terapia hormonal) mas outros não, como uma intervenção cirúrgica ou uma fratura óssea.

Mais de 60% dos casos de tromboembolismo venoso estão relacionados com cuidados de saúde e, nestes casos, o risco pode ser diminuído através tromboprofilaxia, com medicamentos que diminuem o risco de formação de trombos (anticoagulantes). Já o tratamento após um episódio de tromboembolismo venoso passa pelo uso de anticoagulantes em doses superiores, geralmente por um mínimo de três meses, mas o tempo de tratamento deverá ser decidido em conjunto com o Médico, tendo em conta os fatores do doente e do evento que causou a trombose.

O tratamento adequado minimiza o risco de mortalidade na fase aguda, bem como o risco de desenvolver complicações a longo prazo, como a síndrome pós-trombótica em que persistem dor e alterações da pele no membro que sofreu trombose, ou a complicação mais grave que é a hipertensão pulmonar. Esta pode ser curável através de cirurgia (uma operação em que são retirados os remanescentes de coágulos das artérias pulmonares) ou, quando isso não é possível, com medicamentos que dilatam as artérias pulmonares, mas estes são de uso exclusivo hospitalar e em Portugal só são disponibilizados em Centros de Referência para o seu tratamento.

O mais importante é prevenir e para isso não se esqueça, mexa-se pela sua saúde!

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Trombose é mais comum do que se pensa

Tromboembolismo Venoso e doença oncológica 

Tromboembolismo Venoso mata mais que o cancro 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Impacto da dor
A Plataforma de Impacto Social da Dor na Sociedade Portuguesa (SIP Portugal), cuja missão é a de diminuir o impacto social da...

Com início pelas 19h45, a sessão tem como propósito debater a abordagem da dor em Portugal, a importância e necessidade de priorizar o seu tratamento e refletir sobre o passado, o presente e o futuro da estratégia nacional na luta contra a dor. Conta ainda com a visão politica sobre a Dor em Portugal de Alberto Machado, Vice-Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia da República.

O webinar será transmitido pela plataforma ZOOM, bastando aceder ao link https://us02web.zoom.us/j/87051313335 para assistir. Este será igualmente transmitido nas páginas de Facebook das Associações envolvidas, nomeadamente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), da Associação Atlântica de Apoio ao Doente Machado-Joseph (AAADMJ), da Associação de Doentes com Lúpus, da Associação de Doentes “Da DOR Para a DOR” (DPD), da Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores (ADDCA), da Myos - Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, da Associação Portuguesa de Fibromialgia (APJOF), da Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN), da Força 3P - Associação de Pessoas com Dor, da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR),  da Migra Portugal - Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias e da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM). 

 

Covid-19
De acordo com a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, as confraternizações familiares “têm sido responsáveis por 67% dos...

Em declarações aos jornalistas, a especialista em saúde pública revelou que “quando as autoridades de saúde fazem o inquérito epidemiológico encontram, de facto, esse tipo de convívio”. 

Por isso, a responsável fez “um grande apelo às pessoas, às famílias, que se coibam, nesta fase em que há transmissão crescente do vírus na comunidade, de ter esses encontros festivos, que, obviamente, levam a descontração”. 

Essa descontração, prosseguiu, “leva a múltiplos contactos e a contactos de proximidade”. Os convívios familiares incluem muitas vezes as refeições, nas quais as máscaras são retiradas, “o que ainda aumenta o risco”. 

Graça Freitas apelou, assim, às pessoas que “tentem confraternizar menos nesta fase em que o vírus está bastante ativo em Portugal e na Europa”. Nos últimos dias, adiantou, 4% dos casos confirmados investigados referiram ter estado fora de Portugal. “Não quer dizer que tenham contraído lá [a doença], mas estiveram fora do país”, ressalvou. 

Nesta altura, Portugal assiste ainda ao “início das aulas no ensino superior, às praxes que se mantêm em alguns sítios do país, às festas e às receções a alunos”, que por vezes “originam surtos grandes com muitas pessoas”. Estes surtos “geram uma enorme carga de trabalho sobre os serviços para investigar todos os possíveis contactos, levam a um aumento do número de internamentos, a um aumento do número de casos graves”. 

A Diretora-Geral da Saúde sublinhou que “as pessoas pensam que por serem novas nunca têm doença grave, mas isto não é rigorosamente verdade. Têm menos doença grave que os idosos, mas não têm zero doença.” Mesmo que não tenham doença grave, destacou, são transmissoras da doença para outros grupos e para a comunidade. Por isso é tão importante “diminuir o número de contactos”.

Circuito de drive-through e walk-through
A nova estrutura, que conta com a parceria do novo Centro de Diagnóstico Molecular do Instituto de Medicina Molecular João Lobo...

A infraestrutura é composta pelo Centro de Diagnóstico Molecular Covid-19 do iMM, financiado pela Sociedade Francisco Manuel dos Santos e pelo Grupo Jerónimo Martins, e por um Posto fixo de testes da CVP com circuito de drive-through (de carro) e walk-through (a pé).

O posto fixo resulta de um protocolo que visa a realização de testes de diagnóstico molecular para a Covid-19 (os testes de RT-PCR), tem como objetivo incrementar a capacidade de testagem na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Localizado na área exterior das instalações do Lar Militar da Instituição, Avenida Rainha Dona Amélia, em Lisboa, a estrutura funciona das 9 às 18 horas, de segunda a sexta-feira.

 

Outubro Rosa
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil (IPO de Coimbra) vai ter patente, a partir de hoje até ao dia 6...

Este projeto, segundo a autora, Ana Bee, é: «Uma reflexão de empatia sobre as marcas de uma batalha, sendo uma evolução do Sweet December Project @sweetdecemberproject, lançado em dezembro de 2017, no Instagram. Este conjunto de autorretratos serviu como catarse para ultrapassar medos e ansiedades decorrentes do diagnóstico oncológico, ajudando a aceitar todas as alterações que este imputou à minha vida. Estender este projeto a outros doentes oncológicos em particular e ao público em geral decorreu do dever cívico que sentia para com todas as pessoas que como eu sofriam em silêncio.

A fotografia é uma ferramenta muito poderosa de comunicação que nos permite atuar sobre o observador de uma forma ativa, pois estimula a sua condição humana ao ver retratado de uma forma crua e sem preconceitos a vida de alguém, vida essa que nos catapulta de volta para as nossas vidas direta ou indiretamente e nos faz questionar «E Se Fosse Comigo?»

Pretende-se retirar o estigma associado a esta doença, fazendo com que as fotografias comuniquem ao mundo a realidade de um doente oncológico. O conjunto de fotografias espelha igualmente a aceitação dos dias em que só conseguimos ver a escuridão à nossa volta. Escuridão essa que nos absorve a energia ao ponto de nos anular enquanto seres vivos, mas cabe a cada um de nós optar por ascender através da luz da esperança que brilha dentro de todos nós e equilibrar a nossa vida ao aceitar que a escuridão existe, mas podemos optar por virar o nosso olhar para o lado iluminado da vida, o lado mais leve e deixar a sombra para trás.»

A par das fotografias está associado um exercício de empatia escrito por um artista português convidado. Este movimento de empatia, iniciado pelos 15 artistas (Alice Vieira; António Bizarro; Dirty Coal Train – Beatriz Rodrigues e Ricardo Ramos; Joana Barrios; João Gil; Jorge Palma; José Cid; Legendary Tigerman – Paulo Furtado; Lena d’Água; Moonspell – Fernando Ribeiro; Olavo Bilac; Rita Redshoes; Samuel Úria; Suzi Silva; Virgem Suta – Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo) deu o mote para o público em geral seguir os seus exemplos.

A exposição vai ficar patente no átrio do Edifício de Ambulatório do IPO de Coimbra, com acesso reservado, “respeitando-se, deste modo, as condições de segurança recomendadas pela Direção Geral de Saúde”, assegura o IPO de Coimbra.

App
O Presidente da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde informou estão a ser estudadas “algumas novas abordagens à...

“Solicitámos à Comissão Nacional de Proteção de Dados algumas indicações para, dentro do quadro da privacidade, criar condições para agilizar algumas operações”, assegurou Luís Goes Pinheiro.

Na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de Covid-19 em Portugal, o responsável informou que, em cooperação com a Direção-Geral da Saúde, vai ser intensificada a formação dada a médicos, responsáveis por inserir na aplicação os códigos de quem está infetado, de forma a que não tenham dúvidas sobre os procedimentos.

“Haverá um webinar esta semana e outras ações para garantir que não há nenhum utilizador do sistema que não saiba as operações que deve fazer”, observou.

A aplicação móvel, lançada no dia 1 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre smartphones, as redes de contágio por Covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.

A StayAway Covid é uma aplicação que assenta na liberdade de descarregar, de usar, de inserir o código gerado e de ligar para o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24) caso seja considerado de alto risco, frisou.

Sobre o número de notificações geradas até agora, Luís Goes Pinheiro assegurou que está “em linha com outros países europeus”, dando o exemplo da Áustria com 900 mil instalações e 56 códigos gerados, a Itália com sete milhões de instalações e 257 códigos gerados, a Polónia com 860 mil instalações e 45 códigos gerados e a Finlândia com 2,3 milhões de instalações e 158 códigos gerados.

 

Regime Ambulatório
A criação das três primeiras equipas de apoio domiciliário do Alentejo na área da saúde mental foi formalizada este sábado, em...

A cerimónia de assinatura de contratos para equipas de apoio domiciliário de cuidados continuados integrados de saúde mental no Alentejo contou com a presença das Coordenadoras da Comissão Nacional de Coordenação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Purificação Gandra e Cristina Caetano, e com a exibição de uma mensagem, em vídeo, da Ministra da Saúde, Marta Temido.

Na sua intervenção, Marta Temido sublinhou que estas três Equipas de Apoio Domiciliário “são respostas que permitem o acompanhamento em regime ambulatório, a pessoas com doença mental grave, estabilizadas clinicamente, de forma a maximizar a autonomia através de um programa integrado”, sendo a “melhor resposta reabilitativa e a de maior satisfação dos utentes, famílias, comunidades e sociedade”.

Estes contratos envolvem a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, o Instituto de Segurança Social, através dos Centros Distritais de Portalegre, Évora e Beja, e três Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), mais precisamente o Lar de S. Salvador da Aramenha (Marvão), a Associação de Amigos da Criança e da Família – “Chão dos Meninos” (Évora) e a Santa Casa da Misericórdia de Beja.

As parcerias têm como objetivo a criação de três equipas de Apoio Domiciliário, duas dirigidas a pessoas adultas e uma dirigida a crianças e adolescentes, que prestarão cuidados continuados integrados de saúde mental no domicílio de utentes com estas necessidades.

Estas respostas fazem parte da RNCCI e constituem as três primeiras experiências-piloto na área da saúde mental da região Alentejo.

De acordo com a ARS do Alentejo, as equipas vão abranger utentes adultos dos concelhos de Marvão, Castelo de Vide e Beja, assim como crianças e adolescentes do concelho de Évora.

Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático assinala-se a 13 de outubro
Cancro da mama metastático é um termo utilizado para caracterizar uma fase avançada da doença, altur

O cancro da mama metastático tem origem na mama e dissemina-se para outras partes do corpo, como os pulmões, o fígado, os ossos, a pele, o cérebro, entre outros. Tal como em outros países desenvolvidos, em Portugal apenas 5 a 10 por cento dos novos casos de cancro da mama avançado correspondem a um primeiro diagnóstico.

Na maioria dos casos, a doença reaparece em pessoas com diagnóstico de cancro da mama, no decorrer do tratamento ou após a sua conclusão. Apesar de se tratar de doentes que se encontraram em permanente vigilância, quando as queixas deixam de ser habituais, é importante que procurem o médico para realizar os exames necessários.

Os novos casos de doença avançada atingem, frequentemente, mulheres entre os 45 e os 55 anos de idade, uma altura em que, habitualmente, têm uma vida ativa e pretendem continuar a participar no mercado de trabalho e na sua vida familiar durante e após o tratamento.

Para muitas doentes, regressar ao trabalho com sucesso significa levar uma vida normal. Porém, esta é uma situação que nem sempre é simples. Neste contexto, as pessoas deparam-se com novos desafios, como a falta de segurança no emprego ou a dificuldade em cumprir compromissos contratuais, uma vez que o portador de uma doença crónica está em tratamento contínuo e oscila na forma como se sente. Idealmente, deveria haver a oportunidade de criação de horários e de condições de trabalho adaptadas, como por exemplo trabalhar alguns dias a partir de casa. Nesta fase de pandemia, estas questões são ainda mais prementes.

Também na doença avançada, é importante a promoção de estilos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, uma vida física e cognitivamente ativa e, ainda, a prática regular de exercício físico. Além dos benefícios conhecidos, esta é uma forma de relativizar a preocupação com a doença oncológica.

As tendências atuais apresentam progressos no desenvolvimento de novas opções de tratamento e apontam para um futuro onde cada vez mais sobreviventes com cancro da mama metastático tenham uma vida mais longa e com melhor qualidade.

No âmbito do Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático, vai ser lançado um guia, com mais de 120 páginas, que dá respostas às perguntas mais urgentes relacionadas com o diagnóstico, o tratamento, as emoções, a saúde, os relacionamentos e o trabalho. O guia tem ainda a possibilidade de, ao longo de várias páginas, registar as principais perguntas e sentimentos, funcionando como um diário. Pode ser consultado em: www.eueocancrodamama.pt    

Ana Joaquim - Oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e coordenadora do programa ONCOMOVE® da Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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