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As questões da imunidade são um dos temas mais relevantes da atualidade, perante o atual cenário de

Ao longo deste ano, a narrativa televisiva tem vindo a remeter-nos constantemente para um único tema: o Covid-19. Levado por este tipo de informação, percebemos com facilidade que vários especialistas levantam, com frequência, a temática da imunidade e do sistema imunitário quando falam sobre o vírus, os seus efeitos e a sua contenção.
Algumas das informações passadas alertaram os telespetadores para a necessidade de manterem uma vida saudável, nomeadamente pela aplicação de estratégias de equilíbrio alimentar mas também mediante a introdução de determinados suplementos que poderiam contribuir para que o sistema imunitário fosse reforçado.
Sem dúvida que melhorar a imunidade, nomeadamente através da toma de suplementos como as gotas de CBD, tem sido uma prioridade para muitas pessoas. Ainda que a imunidade de qualquer pessoa possa ser reforçada, no entanto, vários especialistas apontam, também, para a componente hereditária da imunidade.
O conceito de imunidade hereditária torna-se, assim, muito frequente nos discursos mediáticos. Venha saber do que se trata e porque se fala tanto sobre ela.

O que é, em concreto, a imunidade?

O sistema imunitário é responsável pelo desenvolvimento de anticorpos que, pelo combate a vírus ou bactérias que lhe são nocivas, evitam que as pessoas fiquem doentes ou promovem a sua cura.
Em alguns casos, como por exemplo a varicela, a imunidade pode ser ganha pela contração da própria doença, que cria os anticorpos necessários para que o indivíduo não torne a contrair a doença ou a contagiar terceiros com a mesma.
Algumas situações similares fazem com que determinados grupos e comunidades se tornem imunes a certas doenças, ganhando aquilo a que se chama imunidade herdada ou hereditária. Esta imunidade permite que as doenças sejam contidas, evitando a sua propagação.
A imunidade hereditária pode, então, ser conquistada de duas formas: de forma inata (provindo dos progenitores) ou adaptativa (pela contração das doenças ou a toma de medicação que leve à produção dos anticorpos necessários).

Promover a imunidade: como fazer?

Uma das formas mais comuns de ganhar imunidade para uma doença é através de vacinas, o que justifica que, atualmente, exista uma luta tão intensa pela produção de uma vacina para o Covid-19.
Ainda que a vacinação seja o caminho mais célere para promover a imunidade, existem também formas de reforço imunitário através da alimentação, da suplementação e da adoção de um estilo de vida saudável.

A imunidade e sua componente genética

Alguns estudos demonstraram que, durante a gestação, a mãe é responsável pelo desenvolvimento do sistema imunitário da criança, mediante a transferência de células suas para o bebé.
Excepto em casos nos quais a mãe sofra de uma doença imunitária, como o HIV, esta transferência contribui para que o bebé tenha um sistema imunitário mais forte. Nos casos em que exista uma imunodeficiência, esta pode, também, ser transmitida ao bebé.
No caso da maternidade, a amamentação é também uma forma de contribuir para o aumento da imunidade humana.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Falta de pediatras
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) implementou um novo modelo de atendimento de Urgência Pediátrica para garantir a...

De acordo com esta unidade hospitalar, o novo modelo de atendimento na urgência pediátrica, desenhado em articulação com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, mantém o atendimento pediátrico urgente com um pediatra de presença física (continuando-se a recorrer a prestadores de serviços, se tal se revelar necessário), e com um ou dois médicos com treino pediátrico, que farão o primeiro atendimento. As instalações mantêm-se as mesmas, assim como o circuito destes doentes. No entanto, a afetação dos recursos humanos e das instalações atuais passarão a estar sob a responsabilidade do Serviço de Urgência Geral, à semelhança do que acontece com outras especialidades, tais como a ortopedia, a medicina interna ou a cirurgia geral. 

A implementação desta medida surge após ter-se assistido à redução da equipa do Serviço de Urgência Pediátrica do HESE, que perdeu 7 elementos (4 pediatras por baixas médicas e 3 por rescisão de contrato), entre os meses de agosto e setembro.  Embora se tenham feito “múltiplas tentativas de contratação de Pediatras, todavia, não houve uma resposta que permitisse colmatar aquelas ausências de forma sustentada”, explica o HESE, em comunicado.

Maria Filomena Mendes, Presidente do Conselho de Administração, realça que “esta é uma situação transitória para dar  resposta aos nossos Utentes e aos nossos Profissionais, cumprindo dois objetivos principais da nossa missão: garantir o atendimento de quem a nós recorre, no caso às crianças e jovens do Alentejo, evitando que tenham que se deslocar para outros Hospitais distantes, nomeadamente para Lisboa, e respeitar os direitos dos profissionais do HESE”. 

E acrescenta que “com este modelo procuramos precisamente garantir aquela resposta, à semelhança do que vigora em outros hospitais da região. Entretanto, o conselho de administração continuará a fazer todas as diligências no sentido de encontrar especialistas de pediatria que queiram integrar a equipa do HESE, quer em prestação de serviços, até ao regresso dos pediatras que se encontram de baixa, quer em contrato de trabalho sem termo ou em mobilidade, de modo a assegurar o rejuvenescimento da equipa do serviço de Pediatria, atualmente constituída por 23 pediatras (na sua grande maioria em idade que permite a dispensa de realização de atendimento no serviço de urgência pediátrica)”.

 

Doença de origem alérgica
A asma é uma doença crónica de elevada prevalência, sendo a causa mais conhecida a de origem alérgic

Os tratamentos apropriados a estas doenças são, assim, dirigidos à inflamação existente, sendo fundamental conseguir identificá-la.  Para isso, são utilizados biomarcadores que se relacionam com a inflamação tipo 2, cujos doseamentos são elementares para a correta avaliação do doente. Por exemplo, o doseamento dos eosinófilos (no sangue ou na expetoração) ou o doseamento do composto óxido nítrico no ar exalado, são fulcrais para essa avaliação.

Quando identificado este tipo de inflamação e os doentes apresentam formas graves de doença, podem ser candidatos a tratamentos verdadeiramente transformadores da sua qualidade de vida, com melhoria marcada dos sintomas e da sua capacidade para as atividades diárias.

Por exemplo, no caso da asma, a maioria dos casos consegue-se controlar com o tratamento convencional administrado por inaladores (vulgarmente conhecidos por “bombas”) que fornecem ao doente a corticoterapia inalada associada, ou não, a um broncodilatador. Na pequena percentagem de doentes em que a asma permanece não controlada, mesmo depois de todos os fatores modificáveis, incluindo a maximização da terapêutica inalatória, e que rondarão cerca de 5% dos asmáticos, a solução passa por novas terapêuticas sofisticadas (os agentes biológicos). Para os doentes elegíveis (com base nos biomarcadores e noutras características clínicas), estes agentes são hoje de primeira linha em substituição da corticoterapia sistémica (genericamente apelidada de “cortisona”). Os benefícios destas novas terapêuticas, administradas com periodicidade variável (quinzenal, mensal, bimestral), permitem melhorar a qualidade de vida dos doentes, minimizar em larga escala o impacto que a doença tem no seu dia a dia e reduzir os danos colaterais (como a diabetes, osteoporose, cataratas, dislipidemia, hipertensão) relacionados com o uso da corticoterapia sistémica (“cortisona”), que passa a ser menor ou dispensável.

Assim, é essencial sensibilizar a comunidade para a doença e validar os sintomas manifestados pelo doente desde o início, uma vez que o diagnóstico e o tratamento corretos e atempados conseguem evitar os efeitos mais perversos destas doenças inflamatórias e a progressão das mesmas.

As Doenças Inflamatórias Tipo 2, mais especificamente o diagnóstico e o tratamento da dermatite atópica moderada a grave, da asma grave e da rinossinusite crónica com polipose nasal estiveram em debate no “II Fórum Type 2 Inflammation”, uma reunião científica dirigida a profissionais de saúde com uma abordagem multidisciplinar. O fórum inovador realizou-se no dia 18 de setembro em formato Drive in, simultaneamente em Lisboa e no Porto, e foi transmitido via streaming para os profissionais de saúde.


Cláudia Chaves Loureiro, MD, PhD
Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Faculty of Medicine of the University of Coimbra

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia
Artigo distinguido com o Prémio para a Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia - edição 2020 aborda a...

Um estudo sobre a relação entre a pré-diabetes e o risco de desenvolvimento de doença renal, desenvolvido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) , é o vencedor da edição 2020 do Prémio para a Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE), no valor pecuniário de 1500 euros.

artigo premiado, intitulado “Impaired Fasting Glucose and Chronic Kidney Disease, Albuminuria, or Worsening Kidney Function: A Secondary Analysis of SPRINT”, foi publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

“Apesar de estar bem estabelecido que a diabetes é um dos principais fatores de risco para doença renal, o papel da pré-diabetes permanecia incerto. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pré-diabetes na função renal, tendo por base a análise secundária do ensaio clínico internacional multicêntrico “Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT)”, explica João Sérgio Neves, investigador e professor da FMUP..

As conclusões do estudo, que incluiu 9.361 participantes, indicam que a população com pré-diabetes não apresenta um risco significativamente aumentado de doença renal.

De acordo com João Sérgio Neves, “estes resultados são importantes para a prática clínica por salientarem que, em populações com pré-diabetes, o risco de doença renal parece estar mais associado a outros fatores de risco, particularmente a hipertensão, e não necessariamente como consequência direta da pré-diabetes”.

Assim, “neste grupo populacional, o principal foco de intervenção deverá ser o adequado controlo global dos fatores de risco para doença renal e a prevenção da progressão para diabetes que comprovadamente se associa a elevado risco de doença renal”.

Este trabalho surge de uma colaboração entre investigadores de várias áreas científicas e instituições, nomeadamente João Sérgio Neves, Ana Oliveira e Davide Carvalho, da FMUP e Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), e investigadores do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, NOVA Medical School – Faculdade de Ciências Médicas, Hospital de Dona Estefânia e Harvard Medical School.

Na sequência desta colaboração foram já publicados vários outros artigos que avaliaram, nomeadamente, a relação entre a presença de albuminúria e o risco de AVC, o padrão de prescrição de anti-inflamatórios não-esteroides em doentes com diabetes em Portugal, a relação entre redução de tensão arterial e declínio da função renal e risco cardiovascular e o impacto da pré-diabetes em doentes com doença renal estabelecida e o risco de eventos cardiovasculares adversos.

Em 2018, um outro trabalho que concluía que a pré-diabetes não se associa significativamente a um aumento do risco de incidência e progressão da doença renal, valeu à mesma equipa de investigadores da FMUP/CHUSJ a conquista de um Young Investigator Award, atribuído pela Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE).

Boletim Epidemiológico
Atualmente, o país conta com um total de 80.312 infetados por Covid-19 e 2.032 vítimas mortais desde o início da pandemia. Nas...

De acordo com os dados, o número de mortes das últimas 24 horas é o mais alto desde o dia 1 de junho, quando foram reportados também 14 óbitos. O maior número de mortes em 24 horas registou-se no dia 20 de maio, altura em que se contabilizaram 16 vítimas mortais.  

Já o número de novos contágios é o mais baixo dos últimos oito dias.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), dos novos casos, 131 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo e 231 na região Norte. Há mais 35 casos no Centro, mais 9 no Algarve e mais 15 no Alentejo. Nos arquipélagos, os Açores registam um novo caso e a Madeira mais cinco.

Apesar de a Grande Lisboa, ao contrário do que tem acontecido nos últimos dias, não ter sido a região com maior número de casos, o mesmo não se passa em relação ao registo de óbitos. Segundo o boletim, dez das 14 vítimas mortais, viviam na Região de Lisboa e Vale do Tejo. A Região Norte registou três mortes e a do Centro uma.

Por outro lado, foram registados mais 258 recuperados, elevando assim o número de pessoas que venceram a doença no país para 50.712.

Os dados da DGS mostram ainda que o número de internados continua a aumentar. Existem 732 pessoas internadas em hospitais de todo o país, mais 31 do que ontem. Destas, 104 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos duas face ao último balanço.

Portugal tem 27.568 casos ativos do novo coronavírus, mais 155 do que ontem e as autoridades de saúde estão a vigiar 46.437 pessoas.

Impacto da Covid-19
Os níveis de apatia dos europeus está a aumentar e a culpa é da pandemia Covid, alerta a Organização Mundial de Saúde que já...

De acordo com os dados divulgados, depois de meses de muitas incertezas, são muitos os europeus que se sentem desmotivados em cumprir as regras de proteção contra o novo coronavírus. Segundo a Organização Mundial de Saúde, apesar de cansadas, as pessoas devem retomar os esforços para combater o vírus.

Até que uma vacina ou tratamentos eficazes estejam disponíveis, o apoio público e os comportamentos de proteção, como lavar as mãos, usar máscara e distanciar-se socialmente, são essenciais para conter o vírus.

Hans Henri Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, diz que o cansaço é esperado nesta fase da crise.

“Desde que o vírus chegou à região europeia, há oito meses, os cidadãos fizeram enormes sacrifícios para conter o Covid-19”.

“Teve um custo extraordinário, que deixou todos esgotados, independentemente de onde vivemos ou do que fazemos. Nessas circunstâncias, é fácil e natural sentir-se apático e desmotivado, sentir fadiga”, revela acrescendo que acredita que “seja possível revigorar e reavivar os esforços para enfrentar os desafios em evolução da Covid-19”.

 

 

Época 2020/21
O Programa Nacional de Vigilância da Gripe, que visa estimar a incidência e intensidade da epidemia de gripe, assim como...

Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, responsável por este programa, esta alteração vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês), no sentido da adaptação dos sistemas de vigilância da gripe à vigilância epidemiológica da doença causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (Covid-19).

Até à época passada, o sistema de vigilância da gripe em Portugal era constituído por quatro redes-sentinela (Rede Médicos-Sentinela, Rede de Serviços de Urgência, Rede de Serviços de Obstetrícia e Rede de Unidades de Cuidados Intensivos) e por uma Rede não-sentinela (Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe), mas este ano será reforçado com nova rede sentinela: a Rede de Áreas de Atendimento Dedicados aos Doentes Respiratórios.

As atividades do Programa Nacional de Vigilância da Gripe são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.

Parte da informação resultante desta vigilância é publicada semanalmente no Boletim da Vigilância Epidemiológica da Gripe, sendo que o primeiro boletim será publicado no dia 8 de outubro.

Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal
Um grupo de personalidades de renome no setor da saúde, onde se incluem deputados, ex-ministros, representantes de entidades...

Num ano em que os cuidados de saúde têm dominado o foco das autoridades devido à pandemia por COVID-19 e em que se torna urgente tomar medidas para garantir a continuidade dos cuidados prestados a doentes crónicos nomeadamente com IC, os autores deste Consenso alertam para uma maior urgência na necessidade de implementação de iniciativas baseadas na evidência e custo-efetivas no sentido de limitar a carga pessoal e os gastos com hospitalizações, muitas vezes evitáveis e frequentemente observadas na IC.

Este documento de consenso teve a coordenação científica da Heart Failure Policy Network (HFPN), rede europeia que pretende consciencializar para as necessidades dos doentes com insuficiência cardíaca e seguiu o “Método do Consenso” desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa. A iniciativa contou com o apoio da Novartis e da Medtronic.

De entre as medidas apresentadas no documento de consenso, destaca-se a necessidade de criação de um Plano Assistencial Integrado em IC que deverá contar com uma rede de referenciação entre cuidados de saúde primários (centros de saúde, USFs, ACES) e secundários (hospitais). Esta rede deve ter critérios de acesso claros, permitindo uma distribuição adequada entre as complexidades de cada pessoa com IC e as competências dos diferentes níveis de cuidados.

O grupo propõe também a uniformização de critérios e a partilha de informação entre os diferentes níveis de cuidados, o que permitirá o desenvolvimento de um registo uniforme e robusto em insuficiência cardíaca.  De forma a garantir uma resposta eficiente continuada a esta patologia, é ainda proposto que os cuidados sejam monitorizados e avaliados, através da criação de um painel de indicadores comum entre os vários níveis de cuidados. Este painel de indicadores deve considerar todo o percurso clínico das pessoas com IC, focando-se em resultados e sendo, por isso, indutor de uma melhoria contínua de cuidados, pela partilha de boas práticas.

“A elaboração do consenso reuniu elementos dos diferentes quadrantes da área da saúde, o que permitiu a criação de um documento que procura dar resposta a todas as necessidades não atendidas das pessoas que vivem com IC e seus cuidadores.  O envolvimento de diferentes atores e entidades decisoras neste projeto reflete a preocupação real em torno da IC e reforça a necessidade urgente de implementar uma estratégia integrada e coerente, capaz de reverter o panorama da síndrome em Portugal e ajudar as pessoas que vivem com IC, que são muitas vezes esquecidas”, revela Sara Correia Marques, representante da Heart Failure Policy Network (HFPN), entidade responsável pela coordenação científica do documento.

“A situação da IC em Portugal exige uma atuação urgente com especial destaque para os profissionais de saúde que devem atuar em equipas multidisciplinares e integradas, de modo a que exista uma resposta mais célere e concertada entre os diferentes níveis de cuidados. É fundamental que os bons exemplos que temos nesta área não sejam exceções, mas sim a regra”, indica Pedro Marques, cardiologista do Hospital de Santa Maria.

De acordo com José Silva Cardoso, coordenador do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “considerando o aumento da prevalência da Insuficiência Cardíaca em Portugal é indispensável torná-la uma prioridade do Serviço Nacional de Saúde, de modo a prepará-lo para esta área ao nível clínico, organizativo e financeiro. Só assim será possível garantir aos doentes um melhor prognóstico e uma melhor qualidade de vida. Simultaneamente, é imprescindível informar a opinião pública e os doentes, de modo que estejam mais conscientes e despertos para a patologia”.

Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) e ex-ministro da Saúde considera que as medidas propostas neste documento vêm dar uma resposta coerente às necessidades impostas pela doença. Nesta fase de pandemia em que se tornou claro que, a qualquer momento, uma doença infeciosa pode monopolizar o SNS, a implementação de uma estratégia para lidar eficazmente com a IC é imprescindível”. E remata: “espero que o ‘Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal’ possa atuar como um catalisador para o desenvolvimento de novas políticas de saúde e possa ajudar a reformular o modo como o nosso país dará resposta à crescente carga da insuficiência cardíaca.”

O “Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal” resulta de um trabalho conjunto de um grupo multidisciplinar constituído por médicos de Cardiologia, Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, representantes de sociedades científicas, enfermeiros, farmacêuticos, representantes da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), especialistas em Saúde Pública, membros de serviços do Ministério da Saúde, decisores políticos, representantes de associações da indústria farmacêutica e de dispositivos médicos.

Estimativas apontam para cerca de 400 mil pessoas com IC em Portugal continental e um aumento para meio milhão em 2060

A IC é a terceira causa mais comum de hospitalização no nosso país e uma em cada cinco pessoas hospitalizadas por IC são readmitidas com um agravamento da síndrome, pelo menos, uma vez no período de um ano após a alta hospitalar. A mortalidade por IC é elevada, mais alta do que por vários tipos de cancro comuns. Projeções do impacto da IC apontam para um aumento da despesa de 405 milhões para 503 milhões de euros, entre 2014 e 2036, e um aumento em 28% dos anos de vida perdidos ajustados por incapacidade no mesmo período.

 

 

Sessões online educacionais
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai realizar, nos dias 8 e 9 de outubro, duas sessões de educação sob...

“Na diabetes, as cetonas são produzidas quando a glicemia não está bem controlada. Isto é, o açúcar, que é a fonte energética natural do corpo humano, deixa de ser utilizado como fonte de energia e o organismo passa a utilizar as reservas de gordura como alternativa. A presença de corpos cetónicos no organismo resulta desse processo e é um sinal de alarme que obriga a agir com rapidez e a procurar as causas, tais como: situação de doença, falta/ausência de administração de insulina e jejum prolongado.” esclarece João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP e moderador do webinar.

Os corpos cetónicos são tóxicos para o organismo que, a todo o custo, tenta eliminá-los pelos pulmões e pelos rins. Para esclarecer as pessoas com diabetes e profissionais de saúde sobre a importância da gestão destes produtos, a APDP realiza no dia 8 de outubro uma sessão online para pais, crianças e jovens até aos 17 anos e conta com a pediatra Raquel Coelho e o enfermeiro Duarte Matos. Já no dia 9 de outubro, esta sessão será para pessoas com 18 anos ou mais, com a participação do médico Bruno Almeida e da enfermeira Marina Dingle.

João Filipe Raposo reforça ainda que “agora, mais do que nunca, é fundamental reforçar a importância da educação terapêutica e criar ferramentas que apoiem a população portuguesa na gestão da diabetes. Este webinar serve também para que as pessoas com diabetes desenvolvam competências na autogestão dos cuidados, capazes de manter a melhor gestão possível, com um controlo da glicemia e de cetona.”

Os interessados em participar poderão colocar as suas questões, até dia 7 de outubro, para o e-mail [email protected].

Os webinars decorrerão na página do Facebook da APDP e na plataforma online Zoom.

Distinção internacional
Vera Carneiro, membro da Direção da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), é uma das vencedoras do...

Este prémio reconhece e celebra jovens e futuros profissionais da linha de frente, voluntários e equipas de apoio do setor da saúde da visão a nível mundial. “Os nossos Eye Health Heroes trabalham com paixão, propósito e determinação para melhorar a vida das pessoas em todo o mundo. São os agentes da mudança, são inovadores e líderes emergentes de todas as áreas e experiências em saúde da visão”, afirma Bob McMullan, Presidente da IAPB.

Vara Carneiro é responsável pelos assuntos regulamentares e legislativos da APLO, estando ativamente envolvida na promoção, definição e implementação de alterações para melhorar o acesso aos cuidados para a saúde da visão em Portugal. Foi coautora da atual proposta da APLO para regulamentar a profissão de optometrista em território nacional, oferecendo soluções para a prestação de cuidados primários para a saúde da visão. O seu trabalho na APLO pretende contribuir para mudanças estruturais no sistema de saúde, para a defesa dos direitos dos utentes a mais e melhores cuidados para a saúde da visão e para a universalização do acesso aos cuidados de saúde da visão.

Além disso, contribui ativamente para a elaboração, adaptação e tradução de várias normas e regulamentos tais como o Rastreio da Visão em Adultos, Rastreio Optométrico Infantil, as Linhas Orientadoras para o Rastreio Escolar da Visão e é responsável e/ou contribuiu para  a tradução de documentos internacionais como “Porquê Optometria?”, do Conselho Mundial de Optometria, e “as Linhas Orientadoras para o Rastreio Escolar da Visão”, da IAPB.

“A Vera Carneiro tem sido um pilar da APLO e uma das principais impulsionadoras para que seja assegurado o acesso aos cuidados para a saúde da visão para todos os portugueses, promovendo a integração da optometria nos cuidados primários para a saúde da visão. A sua experiência como optometrista pioneira na integração do Serviço Nacional de Saúde, alcançou resultados notáveis, demonstrando o valor e os benefícios da abordagem interdisciplinar à saúde da visão. E, acima de tudo, o que torna mais valiosa a sua indicação para este prémio, é a sua vontade e motivação para lutar e falar pela mudança. A sua formação em promoção do direito ao acesso aos cuidados para a saúde da visão, pelo World Council of Optometry e Brien Holden Vision Institute, e sendo atualmente estudante de doutoramento com foco em saúde visual pública, dá apoio e crédito à sua profunda vontade em garantir cuidados de saúde da visão para todos. Em nome de todos os Optometristas, expressamos o nosso enorme orgulho na colega por este reconhecimento mundial do seu valor, dando ainda mais força à causa que defende: Mais e Melhores Cuidados para a Saúde da Visão, com a qualidade e segurança que os Portugueses merecem”, declarou Raúl de Sousa, Presidente da APLO.

Iniciativa
“Desafios na Era Covid” é o tema do 2º webinar que a Fundação Portuguesa de Cardiologia está a organizar para profissionais de...

Com moderação de Negrão, Assessor Médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia, participam neste webinar Manuel Carrageta que abordará a temática da “COVID-19 e a Vitamina D”, Luís Rosário com a temática da “COVID-19 e a Insuficiência Cardíaca” e Carlos Catarino com o tema da “COVID-19 e a Hipertensão”.

“Através da promoção deste webinar, a Fundação Portuguesa de Cardiologia pretende fazer a diferença e abordar as temáticas mais desafiantes que os profissionais de saúde enfrentam no âmbito desta problemática do COVID 19”, revela Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

 A realização deste “Desafios na Era Covid” é parte integrante das diversas iniciativas que a Fundação Portuguesa de Cardiologia desenvolve ao longo do ano e que têm como o objetivo divulgar junto da população em geral e dos profissionais de saúde a mais recente informação sobre a prevenção das doenças cardiovasculares e promoção da saúde. No âmbito das circunstâncias atuais pelo surto de COVID-19, este webinar tem transmissão online exclusiva no Facebook e Youtube.

 

Cancro do sangue
A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é um cancro raro e agressivo do sangue e da medula óssea que interfe

Segundo a Hospitalar Graduada de Hematologia Clínica do HSAC, CHULC, Paula Sousa e Santos, “a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma doença maligna do sangue que resulta da produção excessiva de células imaturas da linhagem mieloide (mieloblastos), que não chegam a células maduras, capazes de desenvolver o seu papel no organismo. Os mieloblastos multiplicam-se muito rapidamente e acumulam-se na medula óssea impedindo a produção de células normais (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas)”. Embora existam vários subtipos da doença, que apresentam características específicas, hoje abordamos os traços mais frequentes da doença.

Esta trata-se de uma doença do adulto, sobretudo após os 65 anos, embora possam atingir as crianças. “A sua incidência aumenta sobretudo a partir dos 55 anos, permanecendo estável a partir dos 85 anos”, adianta e especialista em Hematologia Clínica. E embora as causas sejam desconhecidas, estão descritas algumas condições que favorecem o seu desenvolvimento. É o caso de anomalias cromossómicas congénitas como a Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter e síndromes de roturas cromossómicas como o Síndrome de Bloom e a anemia de Fanconi. Por outro lado, a presença de doenças hematológicas consideradas pré-leucémicas, como os Síndromes mielodisplásicos, Síndromes mieloproliferativos crónicos ou Aplasia medular, podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença.

A especialista destaca ainda a exposição a produtos químicos (benzeno, diluentes), a radiações ionizantes, ou o “tratamento prévio com alguns agentes citostáticos devidamente identificados” como fatores de risco.

Estima-se ainda que 4% dos casos tenham uma base hereditária e que surjam por “mutações adquiridas em vários genes”.

Os sintomas da doença também são muito variáveis, podendo o doente apresentar sinais de anemia, cansaço ou fraqueza ou quadros de insuficiência respiratória, e/ou alterações neurológicas, entre outros.

“A acumulação de mieloblastos na medula óssea e o consequente bloqueio a produção de células normais na medula óssea está na origem dos sintomas da doença, ou seja, a anemia por diminuição dos glóbulos vermelhos, o maior risco de infeções por diminuição e alteração funcional dos glóbulos brancos e a maior tendência a hemorragia por diminuição das plaquetas”, começa por explicar Paula Sousa e Santos quanto aos principais sintomas, adiando que, uma vez que os mieloblastos “podem infiltrar outros órgãos do corpo” podem surgir outras complicações.

Deste modo, na presença de sintomas sugestivos da doença, é essencial que sejam “realizadas análises, com destaque para o hemograma com estudo rigoroso do sangue periférico, e perante a suspeita de LMA deve ser realizado o mielograma para avaliação da medula óssea”.

Segundo a especialista, o” diagnóstico é principalmente morfológico (identificação dos mieloblastos ao microscópio), sendo fundamental a presença de >/= 20% de mieloblastos, exceto em determinadas situações bem definidas, em que o diagnóstico deve ser feito com < 20% de mieloblastos”.

“Uma vez identificados os mieloblastos, o estudo tem de ser complementado por outro tipo de técnicas específicas para caracterização do tipo de linhagem mieloide, para identificação de anomalias citogenéticas e de mutações adquiridas mais frequentes, o que além de permitir incluir o doente num determinado subtipo na classificação, permite também a estratificação em grupos de risco com implicações prognósticas e terapêuticas”, acrescenta.

Cura depende de vários fatores, inclusive da biologia da doença

A idade e o estado geral do doente, bem como subtipo da doença, são determinantes para o sucesso do tratamento. “São conhecidas anomalias citogenéticas e mutações de genes que se associam a prognóstico favorável ou desfavorável, e a escolha do tratamento a adotar deve ter em conta a estratificação prognóstica, com base nessa informação: LMA de risco favorável (melhor resposta ao tratamento e maior sobrevivência), risco intermédio e risco adverso (pior resposta ao tratamento e menor sobrevivência)”, esclarece a médica, segundo a qual o tratamento pode consistir em ciclos de “quimioterapia intensiva, semi-intensiva (baixa dose) ou melhor terapêutica de suporte”.

Habitualmente, os doentes são divididos em 2 grupos: idade <60-70 anos e idade >60-70 anos. “Os do 1º grupo são candidatos a quimioterapia intensiva, desde que não haja contraindicação formal. Nos do 2º grupo a decisão deve ser feita caso a caso, porque são mais frequentes as comorbilidades com alteração do estado geral, e é maior a probabilidade de se tratar de LMA secundária a neoplasia prévia e associada a terapêutica. É neste grupo que se adotam regimes de baixa intensidade”, refere a especialista.

O regime intensivo, adianta, “é realizado em internamento hospitalar e pode ser necessário mais do que um ciclo para obter a resposta esperada (desaparecimento das células malignas e dos sintomas = remissão da doença)”. Após confirmada a remissão são realizados mais 2 ou 3 ciclos “para a consolidar”, e os doentes com mais de 60 anos prosseguem com tratamento de manutenção. “Entre os vários ciclos existe um intervalo para que o organismo recupere. Nos doentes de risco intermédio e adverso está indicado o transplante de medula óssea logo que obtenham resposta”, esclarece quanto à terapêutica.

“Importa relembrar que há um tipo de LMA, denominada Leucemia Promielocítica Aguda (associada a prognóstico favorável), em que a estratégia terapêutica é diferente da anterior porque requer um derivado da vitamina A (ácido transretinoico ou ATRA) que é administrado por via oral e que ajuda as células a amadurecer, ao qual também se pode associar um derivado do arsénico”, acrescenta Paula Sousa e Santos.

Náuseas e vómitos, falta de apetite, queda de cabelo (alopécia), maior sensibilidade na pele e inflamação ou descamação das mucosas intestina e oral, estão entre os efeitos mais frequentes do tratamento. Por outro lado, os doentes podem apresentar um agravamento da anemia (astenia, adinamia, cansaço, palpitações) com necessidade de transfusão com concentrado eritrocitário, diminuição dos glóbulos brancos, estando mais sensível a infeções) e diminuição de plaquetas, resultando em hemorragias espontâneas, sobretudo na pele e mucosas.

Por outro lado, em doente mais novos, há uma diminuição da fertilidade.

Alguns conselhos durante e após tratamento:

  • Todos os sinais, sintomas e preocupações devem ser sempre comunicados à equipa multidisciplinar de forma a permitir uma rápida atuação, evitando situações mais complicadas.
  • Cuidados nutricionais como evitar alimentos não cozinhados em determinadas fases do tratamento.
  • Cuidados acrescidos com a higiene pessoal.
  • Evitar comportamentos que possam causar traumatismos de qualquer tipo, pelo risco de hemorragia grave.
  • Durante o tratamento e nos meses seguintes é habitualmente administrada medicação anticoncecional oral de forma contínua, para evitar que ocorram perdas menstruais muito abundantes, bem como para evitar uma gravidez dado o elevado risco de malformações fetais. Os doentes do sexo masculino que tenham uma companheira em idade fértil, devem igualmente ter cuidados acrescidos.
  • Estados de depressão reativa e insónias são frequentes e podem ser melhorados com apoio psicológico e eventualmente medicação dirigida.
  • Em ambulatório: contactar a equipa se surgir febre ou alteração inexplicada do estado geral; evitar locais com aglomerados de pessoas; evitar contacto com pessoas com síndrome gripal ou outras infeções; evitar a exposição solar; tratar ativamente infeções fúngicas da pele e unhas com cremes e soluções para o efeito; tentar manter a atividade habitual dentro do possível.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Marcadores de progressão da degenerescência macular da idade
Dois investigadores portugueses da Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem foram distinguidos com a...

Este prémio foi anunciado na abertura oficial do Congresso Anual do EURETINA - Sociedade Europeia de Retina, o principal evento mundial nesta área.

O EURETINA Clinical Research Award distingue personalidades que conduzem de forma ativa investigação clínica na área da retina médica, que potenciem conhecimento destas patologias e consequentemente a melhoria dos tratamentos disponíveis. O projeto premiado, liderado por Rufino Silva e Inês Laíns, irá permitir à AIBILI desenvolver um estudo inovador que utiliza a metabolómica (análise de pequenas moléculas em amostras biológicas), para identificar marcadores de progressão da degenerescência macular da idade (DMI).

A DMI é uma das principais causas de cegueira a nível mundial. Atualmente, não é possível prever de forma fiável quem são as pessoas com DMI que vão progredir para as formas avançadas, que levam a cegueira causada por esta doença. Este estudo vem colmatar essa falha e contribuir para identificar possíveis alvos terapêuticos para desenvolver novos medicamentos para a DMI.

Este projeto vai ser desenvolvido em colaboração com o Massachusetts Eye and Ear (MEE)/ Harvard Medical School em Boston, nos Estados Unidos, onde Ines Laíns é também investigadora. "É com grande satisfação que recebo este prémio Europeu que realça a qualidade e carácter inovador da investigação em oftalmologia que temos vindo a realizar", afirma Rufino Silva. Para Inês Laíns, este reconhecimento “constitui uma oportunidade única para dinamizar um projeto pioneiro na área da degenerescência macular da idade e reforçar a colaboração entre a AIBILI e o MEE”.

 

 

E-Conference
A APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares – vai promover, no próximo dia 7 de outubro de 2020,...

Neste encontro vão ser  abordados temas como Valor em Saúde, Custo e Financiamento na Doença Oncológica, bem como o contributo dos medicamentos genéricos e biossimilares para gerar valor em saúde ao garantirem os resultados em saúde que têm importância para os doentes, mas de forma mais acessível.

A iniciativa vai reunir profissionais de saúde, académicos, administradores hospitalares, economistas da saúde e associações de doentes, com o objetivo de, em conjunto, compilar Recomendações para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021.

Devido à pandemia provocada pela COVID-19, muitos doentes com outras patologias têm enfrentando dificuldades de acesso, em tempo útil, a consultas, exames e cirurgias; mais de 15 000 cancros terão ficado por diagnosticar; mais de 4 490 mortes ficaram por explicar. Por consequência, o sistema de saúde vai ser confrontado com casos mais graves – em todas as patologias - que vão necessitar de um maior investimento em profissionais de saúde, serviços e recursos em tecnologias de saúde.

Este será um dos temas de destaque da e-conference promovida pela APOGEN, em que se abordará o contributo direto dos medicamentos genéricos e biossimilares no tratamento da doença, e também o seu contributo indireto através de ganhos de eficiência. As poupanças geradas podem ser reinvestidas noutros recursos de saúde que assegurem o acesso equitativo a medidas preventivas, cuidados de saúde e tecnologias de saúde para todos os cidadãos.

Cada vez mais, e particularmente num período de crise sanitária e económica, estes medicamentos são um importante instrumento estrutural de acessibilidade e de sustentabilidade financeira para as famílias portuguesas e para o orçamento geral do Estado.

Vírus da Hepatite C
O Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano foi hoje atribuído ao trio de investigadores Harvey J. Alter, Michael...

A hepatite C é provocada por um vírus, que tem uma característica ameaçadora para quem o contrai, ou seja, na grande maioria dos casos, torna-se crónico e silencioso, podendo perdurar durante décadas. Esse processo vai destruindo o fígado e desencadeando, nalguns casos, a cirrose e o cancro do fígado, um dos cancros de pior prognóstico.

Neste momento é muito fácil tratar e eliminar o vírus da hepatite C: através de antivíricos orais, em 8-12 semanas, sem efeitos secundários, consegue-se a eliminação definitiva em quase 100% dos casos.

Para Rui Tato Marinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia “o Nobel atribuído à hepatite C é um pouco nosso, dos gastrenterologistas e hepatologistas, que a par de outros colegas têm estado no terreno, garantindo que todos os nossos doentes façam o melhor tratamento, da forma mais rápida” e sublinha que “estimamos que ainda existam em Portugal cerca de 40.000 infetados com o vírus a necessitarem de tratamento”.

“Esperamos que este Nobel contribua para alcançar o objetivo da Organização Mundial da Saúde, com a eliminação da hepatite C como importante problema de Saúde Pública em 2030”, termina o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

 

Custos anuais da malnutrição ultrapassam os 13 milhões de euros
A Direção-Geral da Saúde publicou recentemente a norma que regulamenta a Implementação da Nutrição Entérica e Parentérica no...

O Presidente da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP), Aníbal Marinho, que fez parte do painel de peritos deste documento, garante que “fez-se história com a publicação desta norma, uma vez que abre uma porta para a regulamentação efetiva da nutrição entérica e parentérica no futuro. O seu âmbito é hospitalar, mas define já algoritmos de alta hospitalar para doentes com necessidade de suplementos nutricionais orais, nutrição entérica por sonda ou nutrição parentérica”. Aníbal Marinho, esclarece ainda que “no documento consta que o Grupo de Nutrição Entérica e Parentérica (GNEP) deve monitorizar e garantir, aos doentes com necessidade de Nutrição Entérica e Parentérica, o acesso equitativo aos cuidados e à nutrição em contexto domiciliário e ambulatório”.

De acordo com vários estudos realizados em Medicina Interna, os custos anuais da malnutrição num só serviço de Medicina Interna em Portugal ascendem os 13 milhões de euros, numa altura em que 73% doentes internados em nesta área estão malnutridos, desses 56% apresentam malnutrição moderada e 17% malnutrição grave. Aníbal Marinho, presidente da APNEP e médico intensivista, acredita que neste momento “a dimensão de doentes malnutridos que se encontram em ambulatório sem qualquer tipo de acesso à nutrição clínica aumentou de forma drástica durante esta pandemia, havendo doentes que não têm sequer acompanhamento”.

A Semana de Sensibilização para a Malnutrição pretende dar voz a estes doentes, através da campanha #malnutriçãozero, que conta com o apoio institucional do Ministério da Saúde e com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Os principais objetivos desta campanha passam por educar para a identificação e tratamento precoces da malnutrição associada à doença, consciencializar os doentes/cuidadores para que possam discutir o seu estado nutricional com o seu médico e sensibilizar todos para o papel fulcral da nutrição clínica na recuperação do doente. 

Esta iniciativa é uma ação conjunta da Optimal Nutritional Care for All (ONCA) e da European Nutrition for Health Alliance (ENHA), na qual já se juntaram países como Reino Unido, França, Bélgica, Dinamarca, Israel e Portugal.

Portugal regista anualmente mais de 115 mil casos de doentes no domicílio/ambulatório (1% da população) em risco nutricional que precisam de apoio nutricional com recurso a nutrição clínica (entérica e parentérica). A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas os com capacidade financeira para tal, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio.

 

Secretário de Estado da Saúde
O novo secretário de estado da saúde, Diogo Serras Lopes, disse hoje que Portugal conseguiu dar uma “resposta inédita, que...

Já abriu um novo call center na Covilhã e em breve iremos abrir outro em Vila Nova de Gaia. Adicionalmente, serão também reforçados os centros já existentes, permitindo passar dos atuais 1.350 profissionais na linha SNS 24 para os dois mil ainda durante o Outono”, revelou.

Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, o responsável falou ainda sobre a saúde mental, que “já era uma prioridade do Governo antes da pandemia”, sendo agora também reforçada.  “A linha de apoio psicológico, criada em abril, conta com 38.912 chamadas atendidas, das quais 3229 a profissionais de saúde”, anunciou.

Para além disso a linha de apoio para surdos realizou já mais de 800 mil videochamadas, “dando assim o acesso ao SNS 24 possível a estes cidadãos”, refere Diogo Serras Lopes, sublinhando que este era já um “desejo antigo” que não foi impedido pela pandemia da covid-19.

Portugal contabiliza hoje, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção Geral da Saúde, mais seis mortos relacionados com a covid-19 e 888 novos casos de infeção com o novo coronavírus.

 

 

Maioria na região de Lisboa
A diretora geral da saúde, Graça Freitas, disse hoje, na habitual conferência de imprensa, que Portugal conta atualmente com...

No encontro a diretora geral da saúde, refere que este é “um número bastante inferior relativamente a outros períodos”, verificando-se “felizmente uma redução” nesta matéria.

Graça Freitas mencionou em concreto o surto de Bragança, dizendo que se localiza num lar, com três edifícios, sendo que apenas um está afetado. Tem 43 residentes que testaram positivo e sete profissionais. “Os outros dois edifícios estão sem casos”, adiantou.

Para além deste, a diretora geral da saúde fez ainda referência a um outro surto na região Norte, num lar em Montalegre, com “muito menos exposição”, e que conta com apenas quatro profissionais infetados. “Está a decorrer o inquérito epidemiológico, é um surto que teve um início muito recente e está a ser acompanhado”, garante.

 

Adaptação à rotina
A realização de uma colostomia é um momento difícil!

Para prevenir complicações deve ter alguns cuidados com a sua colostomia e pele periestomal, remover corretamente o dispositivo, efetuar uma boa higiene e aproveitar este momento para proceder a uma observação mais atenta do estoma (cor, humidade, forma, tamanho e a existência de lesões) e da pele periestomal e, finalmente, colocar o dispositivo, garantindo que fica ajustado ao estoma para evitar fugas.

Uma colostomia é a exteriorização no abdómem de uma parte do intestino grosso para eliminação de fezes, falemos da sua rotina diária e de algumas adaptações que o vão permitir manter as atividades do dia a dia.

Higiene

Deve manter os hábitos de higiene pessoal e tomar duche normalmente, os dispositivos garantem a adesividade mesmo quando expostos à água e ao calor, no final seque o dispositivo com a toalha. A decisão de tirar o dispositivo na hora do duche é sua, mas tenha em atenção à temperatura da água e não incida o jato da água sobre a colostomia, pois pode provocar sangramento.

Alimentação

Em relação à dieta, deve ir reintroduzindo os alimentos de forma progressiva e em pequenas quantidades, o que lhe permitirá identificar aqueles que lhe provocam desconforto ou alteração das fezes. Deve ter uma alimentação equilibrada e variada, fazer 5 a 6 refeições ao longo do dia, mastigar bem os alimentos, procurar cumprir o horário das refeições, de forma a regular o funcionamento do seu intestino e ingerir no mínimo, 1.5 litro de água, ao longo do dia.

Vestuário

Pode vestir a roupa que usava antes da realização da colostomia, evitando usar roupa apertada ou que o cós das calças/saia e/ou cinto fiquem sobre a colostomia, uma vez que poderá provocar alguma lesão.

Atividade Profissional

Regressar ao trabalho, depende das suas condições físicas e emocionais, recorde-se que com pequenas adaptações pode voltar à sua rotina diária. Evite fazer grandes esforços e carregar pesos, para diminuir o risco de prolapsos e hérnias!

Sexualidade

O sexo faz parte da vida, mas a presença de um estoma e a alteração na imagem corporal pode ter impacto na sua sexualidade e intimidade. A enfermeira estomaterapeuta pode ajudá-lo a si e ao seu companheiro, orientando-os para outro profissional de saúde para que em conjunto, ultrapassem as dificuldades sentidas, tanto a nível físico, como psicológico e consiga adaptar-se à nova condição. Tenha presente que pode ser necessário algum tempo até as coisas voltarem ao normal, mantenha uma atitude positiva!

Lazer

Se gosta de passear e viajar pode retomar estas atividades logo que se sinta confiante com a sua colostomia, basta para tal ter alguns cuidados e levar consigo material de ostomia em quantidade suficiente para ter férias sem percalços.

Atividade Física

Tem múltiplos benefícios, logo que esteja recuperado, e de acordo com a sua preferência pode caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta, evitando os desportos que obriguem o contacto físico, pois podem causar traumatismos abdominais. Tenha em atenção a humidade, o suor e o calor podem alterar a adesividade do dispositivo, e reduzir o tempo de uso.

Lembre-se, você é muito mais do que a sua colostomia, esta foi realizada para o ajudar a viver e que conta com a colaboração da sua enfermeira estomaterapeuta sempre que necessitar! SEJA FELIZ e disfrute da vida!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Idosos fragilizados
Segundo um estudo do King’s College, em Londres, médicos e cuidadores devem estar atentos a sinais de confusão ou comportamento...

Mesmo que eles não tenham tosse ou febre, o delírio é mais comum em pessoas vulneráveis ​​com mais de 65 anos do que em pessoas mais saudáveis ​​da mesma idade. No entanto, ainda não está claro por que motivo estes sintomas surgem.

De acordo com os investigadores, embora os três principais sintomas de uma infeção por Covid sejam a tosse, febre acima de 37,8 ° C e uma mudança no cheiro ou sabor, em determinadas faixas etárias podem surgir outros sintomas. É o caso da diarreia ou vómitos nas crianças.

Neste estudo, foram analisados ​​dados de mais de 800 pessoas com mais de 65 anos, incluindo 322 pacientes do hospital com Covid-19 e 535 pessoas que usaram a aplicação Covid Symptom Study para registar os sintomas.  Todos testaram positivo para a Covid-19.

Os investigadores descobriram que os idosos, internados em hospitais com uma condição mais frágil, tinham maior probabilidade de apresentar delírio como um de seus sintomas, em comparação com pessoas da mesma idade que não eram frágeis.

A fragilidade é usada por médicos para descrever pessoas mais velhas que têm dificuldade em recuperas de doenças, tensões e acidentes do dia-a-dia. Eles também têm maior probabilidade de sofrer quedas e receberem cuidados hospitalares quando estão doentes.

Segundo esta pesquisa, um em cada cinco doentes hospitalizados com Covid apenas apresentavam delírio como sintoma.

"Pessoas mais velhas e mais frágeis correm maior risco de serem infetados com Covid-19 do que aquelas mais em forma, e nossos resultados mostram que o delírio é um sintoma chave neste grupo", disse Rose Penfold, do King's College London.

“Os médicos e cuidadores devem estar atentos a qualquer mudança no estado mental dos idosos, como confusão ou comportamento estranho, e estar alerta para o facto de este poder ser um sinal precoce de infeção por coronavírus”.

O estudo também destaca a importância de proteger as pessoas em lares de idosos, onde o vírus se pode espalhar rapidamente, garantindo que a lavagem das mãos, a higiene e os equipamentos de proteção individual são prioritários.

 

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