Universidade de Coimbra
Uma equipa da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) vai iniciar, este mês, em...

A intervenção vai ser aplicada na Escola Básica Pintor Mário Augusto e na Escola Secundária Cristina Torres, no âmbito do projeto “SMS”, acrónimo de “Sucesso, Mente e Saúde”, financiado pelo programa Portugal Inovação Social e pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.

O “SMS” traduz-se numa intervenção de “banda larga”, isto é, envolve não só todos os alunos, como também os seus pais e encarregados de educação, professores e outros profissionais das escolas e ainda técnicos da comunidade que estão diretamente relacionados com estabelecimentos de ensino, como, por exemplo, técnicos da autarquia e de centros de saúde.

Além disso, inclui uma forte vertente tecnológica, nomeadamente a plataforma web “SMS eSaúde”, desenvolvida com a colaboração de investigadores do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A intervenção é constituída por dois programas, um destinado aos jovens e outro aos educadores. O programa “SMSjovens” é constituído por 10 sessões, aplicadas uma por semana, numa lógica de aprendizagem combinada (presencial e remota). Em cada sessão, com a duração de uma hora, são trabalhadas e treinadas competências baseadas na terapia cognitivo-comportamental, que se têm revelado eficazes na prevenção e tratamento de muitos problemas de saúde mental na adolescência, designadamente o mindfulness (atenção plena) e autocompaixão. As 10 sessões que compõem o programa “SMSeducadores” visam promover competências de comunicação, de resolução de conflitos e de suporte emocional, entre outras, de modo a impactar positivamente na qualidade da relação com os adolescentes.

“Por exemplo, trabalha-se a relação entre pensamentos, comportamentos e emoções, são dinamizadas atividades de lazer para melhorar o estado de humor, treinam-se aptidões de comunicação positiva e de resolução de problemas”, esclarece a coordenadora do projeto, Ana Paula Matos.

“Trata-se de uma intervenção preventiva, multinível e baseada em evidência científica. O projeto SMS tem a sua origem num projeto anterior, desenvolvido por esta mesma equipa, onde foram testados programas de prevenção da depressão, para adolescentes e pais, em 27 escolas portuguesas”, acrescenta a docente da FPCEUC e investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitiva-Comportamental (CINEICC).

Por seu turno, Rosário Pinheiro, outra das investigadoras do projeto, sublinha que “a característica de “banda larga” torna o projeto inovador. Por outro lado, é uma intervenção que aposta fortemente na vertente tecnológica. A plataforma web “SMS eSaúde”, destinada não apenas aos participantes no programa, mas também à população em geral, contém conteúdos relacionados com saúde mental (p. ex., vídeos, jogos, áudios sobre mindfulness e compaixão, fóruns, bancos de informação sobre linhas de apoio e serviços de acompanhamento psicológico)”.

Além disso, sustentam Ana Paula Matos e Rosário Pinheiro, “vamos deixar raízes, ou seja, as escolas que vão ser sujeitas a esta intervenção ficarão capacitadas para poderem continuar a realizar a intervenção SMS”.

Nos programas “SMS” e nos workshops “SMS Express” sobre literacia e saúde mental, “incluem-se ainda estratégias de educação pelos pares através das quais se capacitam, como “mind coachers”, adolescentes e educadores, com o objetivo de estes impactarem noutros adolescentes e educadores, sensibilizando para a necessidade de cuidar da saúde mental, de procurar, receber e dar ajuda e de combater o estigma associado à doença mental”, explicitam.

A equipa, que também integra José Joaquim Costa e Mário Zenha-Rela, explica ainda que os jovens que vão participar na intervenção “SMS” “não têm que ter qualquer tipo de problema relativamente à sua saúde mental. Antes pelo contrário, o objetivo é aumentar a sua resiliência, prevenir a depressão e outras psicopatologias, e sensibilizar para a importância da promoção da saúde mental”.

Dos fatores de risco ao tratamento
Estima-se que uma em cada quatro mortes no mundo está relacionada à trombose, uma doença silenciosa

O que é uma trombose?

A trombose consiste na formação de um coágulo de sangue (trombo), numa veia localizada profundamente que dificulta ou impede o fluxo normal de sangue. Nos casos em que o trombo é formado no interior da coxa ou da perna (também pode acontecer no braço ou noutras partes do corpo), caracteriza-se por trombose venosa profunda (TVP). O maior problema é quando o coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, correndo-se o risco de este viajar até aos pulmões e originar a embolia pulmonar (EP). Tanto a TVP como a EP podem levar à morte por tromboembolismo venoso (TEV).

Quais as causas e fatores de risco?

Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, os homens também correm o risco de sofrer uma trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como os anticoncecionais e a gravidez. Tal como associados a grande parte das doenças, a obesidade, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool contribuem fortemente para aumentar os riscos de formação de um coágulo nas veias levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente. A hospitalização constitui um fator de risco significativo para o desenvolvimento de um TEV porque cerca de 60% dos casos de TEV ocorrem durante a hospitalização ou dentro de 90 dias, no pós-alta. A população oncológica, devido à quimioterapia, radioterapia, hospitalização e imobilidade têm um risco acrescido de desenvolver um TEV.

Quais os sintomas e como pode ser prevenida?

Sendo o acesso aos cuidados de saúde fundamental, é importante que as pessoas estejam atentas à realidade desta doença e a prestar a devida atenção aos sinais do seu corpo.

A TVP (Trombose Venosa Profunda) manifesta-se habitualmente através de um dos seguintes sintomas:

  • Inchaço do pé, tornozelo ou perna;
  • Dor na barriga da perna (porque as veias da perna têm maior dificuldade de transportar
  • o sangue para o coração);
  • Sensação de pele esticada;
  • Rigidez da musculatura na região onde que se formou o trombo;
  • Calor, inchaço e vermelhidão evidente na perna ou no braço.

Os sinais da EP (Embolia Pulmonar) contemplam:

  • Falta de ar inexplicável;
  • Dor no peito (especialmente quando respira profundamente);
  • Vertigens/tonturas e/ou desmaios;
  • Tosse com sangue.

Os cuidados diários para a prevenção incluem atitudes simples como evitar ficar muito tempo sentado sem se movimentar, a necessidade de praticar exercício físico regularmente, manter uma alimentação equilibrada, manter o peso, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, principalmente se associadas ao cigarro e ao uso de anticoncecionais, em viagens longas utilizar sempre roupas e sapatos confortáveis e fazer uso de meias elásticas caso tenha algum histórico pessoal ou familiar de formação de coágulos sanguíneos. Caso se identifique com alguns destes sintomas deve procurar ajuda junto do médico assistente.

Como se diagnostica? E qual o tratamento?

Sérgio Barroso, Presidente do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), alerta que, ao identificar os principais sintomas da trombose, é necessário procurar imediatamente ajuda médica para confirmar o diagnóstico da trombose suspeita e começar rapidamente o tratamento da doença.

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose venosa profunda deve começar imediatamente para impedir o crescimento do coágulo sanguíneo, impedir que o coágulo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar uma possível embolia pulmonar. O tratamento pode contemplar anticoagulantes para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões e meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A Psicologia da Pandemia Compreender e Enfrentar a COVID-19”
A editora Pactor, o reconhecido psicólogo forense e autor de vários livros Mauro Paulino e o psicólogo clínico Rodrigo Dumas...

Colmatando uma lacuna importante na literatura nacional, com prefácio do jornalista e pivot televisivo Bento Rodrigues e posfácio do Coordenador do Gabinete de Crise COVID-19 da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Tiago Pereira, este livro está oficialmente reconhecido pela OPP, que no seu Parecer refere que “esta obra multidisciplinar representa um contributo, inédito em Portugal, para pensar e demonstrar a capacidade de atuação dos Psicólogos, em múltiplas áreas e dimensões da vida humana, nomeadamente em situações adversas e marcadamente exigentes. Este livro pode ainda traduzir-se numa mais-valia para a prevenção e/ou preparação de pandemias futuras, identificando boas práticas de intervenção psicológica e comunicação de risco.”

2020 marcou um momento histórico que será para sempre estudado e recordado como o ano que provou ao mundo que este não estava preparado para as alterações provocadas pelo impacto do novo Coronavírus. E perante uma proliferação de conteúdos, acontecimentos, fake news, publicações em revistas da especialidade, algumas delas sem revisão e, por conseguinte, fragilizadas cientificamente, os coordenadores desta obra reuniram um grupo de mais de 30 profissionais – das áreas da Medicina, Enfermagem, Sociologia, Serviço Social, Direito e Psicologia - que se arriscaram a pensar, a aprofundar e a escrever, de forma séria e criteriosa, com base no conhecimento científico atual sobre um tema indubitavelmente novo.

Segundo os autores, nas últimas décadas foram escassos os meios canalizados pelos organismos de saúde pública de forma a intervir nos traços de personalidade e fatores psicológicos suscetíveis de influenciar as reações emocionais (medo, ansiedade, depressão) e as alterações comportamentais resultantes de uma pandemia.

Neste contexto, revelou-se vital dar particular atenção à ciência psicológica, pois, ainda que existam pessoas com capacidade de reagir favoravelmente sob cenários de ameaça, outras apresentam níveis elevados de ansiedade ou agravamento de problemas psicológicos pré-existentes.

Este livro aborda temáticas urgentes como a gestão clínica da pandemia, as reações psicológicas, as complicações (neuro)psiquiátricas, as intervenções psicológicas e psicossociais, as pluralidades familiares - por exemplo, crianças com pais separados ou divorciados, agregados marcados por violência doméstica, lares com animais de companhia - e aponta importantes orientações futuras que servirão como aprendizagem na gestão de novas pandemias.

“Este livro permite-nos pensar a nossa história e refletir sobre o ponto em que estamos e para o qual podemos e devemos caminhar. Pleno de oportunidade e propósito, pensa a pandemia nas suas consequências múltiplas (…), surge num momento de maior reconhecimento da Psicologia e da importância da promoção da saúde psicológica e mental para o bem-estar”, escreveu de Tiago Pereira, Coordenador do Gabinete de Crise COVID-19 da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Pensado para profissionais nas áreas de intervenção e público em geral, “A psicologia da Pandemia – Compreender e Enfrentar a Covid-19” vai ser apresentado numa talk online, gratuita, organizada pelo Instituto CRIAP. Inscrições disponíveis em https://bit.ly/34eNOTc

 

Investigação em tratamentos inovadores
Na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, a Lundbeck, empresa farmacêutica internacional...

Sob o lema “Saúde Mental para Todos” e num ano particularmente desafiante para a saúde mental, devido à pandemia da COVID-19 contra a qual o mundo ainda está a lutar, a Lundbeck quer reforçar o seu compromisso com as pessoas com doença mental, que afeta 700 milhões de pessoas em todo o mundo, o que equivale a 13% da carga global com doenças.

“O ano difícil que atravessamos tem-nos mostrado que, mais do que nunca, a saúde mental é um bem essencial e é urgente fazermos dela uma prioridade. A saúde mental é um direito que deve ser uma realidade para todos, em qualquer parte do mundo. Este ano decidimos assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental com uma ação interna na qual procuramos saber quais os maiores desejos que a nossa equipa tem para esta área, que é para nós crucial. Queremos reforçar a nossa missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas com doença mental disponibilizando-lhes os melhores tratamentos e por isso aderimos a este dia por mais um ano”, destaca Sara Barros, Country Manager da Lundbeck Portugal.

Gustavo Jesus, psiquiatra do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, destaca também a importância de olhar para a dimensão das perturbações mentais: “Os estudos revelam que uma em cada 10 pessoas vive com doença mental e que uma em cada quatro sofrerá uma perturbação mental, em algum momento da sua vida. No entanto, mais de metade das pessoas que necessitam de tratamento, não o recebem. Esta situação pode ter consequências importantes, com grande impacto na qualidade de vida das pessoas com doença mental e na sua esperança de vida, que poderá reduzir-se entre 10 e 25 anos.”

A depressão é um dos problemas de saúde mental com maior incidência, afetando cerca de 350 milhões de pessoas no mundo. Em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de 700 mil pessoas registava sintomas depressivos em 2019, das quais cerca de 60% presentavam sintomas depressivos ligeiros e 40,2% manifestaram sintomas depressivos graves. “Para melhorar este cenário é preciso erradicar o estigma associado às perturbações mentais, para que as pessoas procurem ajuda médica o mais cedo possível; fortalecer os sistemas de saúde para melhorar o diagnóstico na área da saúde mental e tornar os tratamentos inovadores disponíveis e acessíveis a todos os doentes”, conclui o especialista.

 

Formação profissionais de saúde
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) aposta na formação a profissionais de saúde na área da Diabetes e, no...

“A adoção de um estilo de vida ativo que inclua a realização regular de atividade física, de acordo com as recomendações internacionais para o tratamento da Diabetes, é benéfico para a aptidão física, mobilidade e otimização da terapêutica da pessoa com diabetes. O exercício é uma forma eficaz de melhorar o efeito da insulina, controlar os níveis de glicemia e consequentemente, de prevenir complicações.” refere Ana Rodrigues, fisiologista do exercício e formadora do curso.

Sandra Martins, fisiologista do exercício e coordenadora do curso acrescenta que “a atividade física adequada  (tendo em conta o tipo, intensidade, duração e frequência) pode promover uma adequada compensação da diabetes, prevenir fatores de risco cardiovascular, de doença renal e neurológica, bem como melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida, entre outros benefícios Contudo, para além de ser fisicamente ativo, também é importante gerir o tempo passado em comportamentos sedentários, devido ao efeito independente que estes têm sobre diversos indicadores de saúde e de bem-estar presentes na diabetes.”

Relativamente aos objetivos do curso, pretende-se que os formandos sejam capazes de:

Aprofundar conhecimentos sobre a importância da atividade física e do comportamento sedentário na terapêutica da diabetes;

Reconhecer instrumentos de avaliação da atividade física e dos comportamentos sedentários;

Identificar a dose de atividade física adequada à pessoa com diabetes;

Propor estratégias para a adequação dos comportamentos sedentários;

Melhorar competências quanto aos aspetos gerais do aconselhamento para a atividade física e comportamento sedentário.

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, acrescenta que “considerando a necessidade de formação relativamente à atividade física dos profissionais de saúde na área da Diabetes, o curso de “Aconselhamento de Atividade Física em Diabetes” é uma oferta de formação única no país e pretende promover competências que facilitem a adoção de um estilo de vida saudável pela pessoa com Diabetes, integrando e articulando a atividade física com outras componentes da intervenção terapêutica. Esta é mais uma ferramenta promotora da educação e formação dos nossos profissionais de saúde.”

Para saber mais sobre o curso “Aconselhamento de Atividade Física em Diabetes” clique aqui ou envie e-mail para [email protected].

Especialistas em debate
Promover o conhecimento sobre os medicamentos genéricos e biossimilares e desenvolver políticas de mercado competitivas e...

O encontro, promovido pela APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, juntou vários especialistas à volta do debate sobre o valor em saúde e serviu ainda para a apresentação de cinco Recomendações para a Presidência do Conselho da União Europeia 2021.

Nos últimos nove anos, a poupança gerada pelos medicamentos genéricos em regime de ambulatório tem aumentado progressivamente. Contudo, o crescimento não aconteceu “de forma consistente”, apesar de ser “através dos medicamentos genéricos e biossimilares que se conseguem criar situações de verdadeira equidade vertical e horizontal”, com os recursos libertados a darem “um contributo importante para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para as famílias, para que possam financiar a aquisição de outros bens e serviços”, afirmou João Madeira, Presidente da APOGEN.

Apesar de uma segurança e eficácia amplamente comprovadas e confirmadas, e tendo o SNS, como reforçaram vários dos especialistas presentes no encontro, um problema de sustentabilidade, “continuamos a não usar na potência máxima os efeitos dos genéricos e biossimilares”, confirma Hélder Mota Filipe, professor Associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, a quem coube a tarefa da apresentação das Recomendações, que não mais são do que “considerações sobre o papel que estes medicamentos podem ter, não só a nível nacional, mas também europeu”.

Recomendações para a Presidência do Conselho da União Europeia 2021:

  1. Promover o conhecimento sobre os medicamentos genéricos e biossimilares através do envolvimento dos parceiros estratégicos, nomeadamente os profissionais de saúde, os doentes e os decisores políticos, promovendo a autogestão informada dos processos de saúde e a melhoria dos níveis de saúde da população;
  2. Integrar, nos sistemas de prescrição, informação atualizada de suporte à decisão sobre a disponibilidade dos medicamentos genéricos ou biossimilares, promovendo uma prescrição mais racional e custo-efetiva;
  3. Avaliar as normas de orientação clínica e os algoritmos de suporte à decisão clínica logo que um medicamento biossimilar ou genérico esteja disponível e promover a sua adoção, sempre que se justifique do ponto de vista terapêutico, melhorando os resultados para o doente e/ou promovendo ganhos de eficiência para o sistemas de saúde, nomeadamente para o SNS. É também importante que, logo que haja genéricos ou biossimilares disponíveis, que as orientações clínicas possam ser, quase de imediato, revistas ajustando-as a estas realidade;
  4. Fomentar a previsibilidade e a concorrência, por parte dos sistemas de aquisição, garantindo a total execução dos concursos, a reabertura dos processos de aquisição após a entrada no mercado de um primeiro medicamento genérico ou biossimilar e que os prazos de adjudicação incorporem o lead time de fabrico;
  5. Desenvolver políticas de mercado competitivas e sustentáveis que tenham em consideração a viabilidade económica dos fornecedores de medicamentos genéricos e biossimilares e o papel que representam para a sustentabilidade e a preservação do SNS a longo prazo.

No decorrer do encontro falou-se muito sobre oncologia, com Rosa Giuliani, médica oncologista e responsável pela Public Policy da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), a alertar que, nesta área, “há medicamentos essenciais que, no entanto, não estão disponíveis para muitos doentes. Tem havido muita discussão sobre os biossimilares, mas, para mim, enquanto profissional de saúde, o que é mais importante é que os medicamentos biossimilares vão permitir um aumento do acesso e um aumento do acesso a opções de tratamento importantes, contribuindo para a sustentabilidade do tratamento do cancro”, que, como confirmou Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed, “representa encargos muito elevados nos sistemas de saúde, com a perda progressiva de patentes a configurar um potencial de poupança significativo”.

E falou-se também, pela voz de João Madeira, da importância do uso das ferramentas digitais para aumentar o acesso aos medicamentos, com qualidade e sem um aumento dos gastos. O presidente da APOGEN sugeriu, neste sentido, a criação “de um simplex para a área do medicamento”, assim como “o uso mais intensivo de softwares de prescrição, a adoção de folhetos informáticos eletrónicos, a redução da despesa através da eliminação de embalagens teste”, entre outras.

Saúde ocular
Embora os tempos recentes tenham conduzido a alterações substanciais no acesso aos cuidados oftalmológicos, os tratamentos e...

O diagnóstico correto, o tratamento e o acompanhamento são premissas essenciais para travar a progressão das doenças oftalmológicas que causam a perda de visão, contudo, de acordo com o estudo Insights from EUROCOVCAT group, a situação atual levou a alterações substanciais no acesso aos cuidados oftalmológicos e foi demonstrado que qualquer atraso ou suspensão de procedimentos oftalmológicos essenciais pode causar uma deterioração significativa e rápida da visão1.

Com a chegada da nova normalidade, recuperámos, de certa forma, a rotina a que estávamos habituados: regresso ao escritório, regresso à escola ou visitas às famílias. Mas estas rotinas não são a única coisa que temos de recuperar. Os especialistas reforçam a importância de retomar as consultas de acompanhamento e tratamentos oftalmológicos, bem como de manter cuidados de saúde ocular adequados para evitar que a incorporação de novos hábitos de vida, tais como a normalização do teletrabalho, a educação online ou uma maior utilização da tecnologia para atividades quotidianas, tenham efeitos negativos na nossa visão.

Ana Isabel Gómez, Country Manager da Alcon Ibéria, assegura que "nos últimos meses, a nossa saúde ocular foi prejudicada porque a visão humana foi concebida para ver em espaços abertos, e a necessidade de adaptação a curtas distâncias durante um longo período de tempo causa fadiga e stress visual". Por esta razão, lembra-nos que "se aprendemos alguma coisa com a situação atual, é que não devemos negligenciar as visitas ao oftalmologista porque a nossa saúde ocular pode sofrer. De facto, a monitorização e manutenção contínua dos tratamentos será o melhor trunfo para os nossos olhos".

Por esse motivo, e como parte do Dia Mundial da Visão, celebrado a 8 de outubro, a Alcon oferece uma série de dicas e hábitos saudáveis para proteger a saúde visual:

  1. Utilizar gotas lubrificantes que mantenham a humidade ocular.
  2. Fazer pelo menos um exame oftalmológico por ano, especialmente se houver um historial familiar de doença ocular.
  3. Contactar o centro de cuidados médicos por telefone para que as visitas possam ser organizadas em segurança e para avançar com os processos por telemedicina.
  4. Lembre-se de ir ao seu optometrista com uma marcação prévia para uma correta revisão e graduação ocular.
  5. O aquecimento aumenta a secura do ambiente e aumenta a evaporação das lágrimas. Os humidificadores são recomendados para utilização no local de trabalho ou em casa.
  6. Boa iluminação: Iluminar espaços 50% abaixo do nível de brilho do ecrã do computador, para além de utilizar ecrãs de qualidade, ajustando o tamanho da fonte e o brilho.
  7. Postura adequada: manter a distância suficiente quando se trabalha com o computador e outros dispositivos de visualização.
  8. A regra 20-20-20: recomenda-se que tiremos os olhos a cada 20 minutos e nos concentremos durante 20 segundos num objeto que esteja a cerca de 6 metros (20 feet) de distância e que olhemos durante o mesmo período de tempo para algo que esteja por perto.
  9. Dieta equilibrada: Nutrientes como os Ómega 3, Zinco, vitaminas A e B12, são benéficos para a manutenção de uma visão normal.  Antioxidantes como o Cobre ou o Zinco têm uma importante capacidade de proteger as células contra as oxidações indesejáveis. É essencial beber pelo menos 2 litros de água por dia para manter uma boa hidratação.
  10. Os utilizadores de lentes de contacto devem continuar a usar lentes de contacto com segurança, praticando bons hábitos de higiene, tais como lavar sempre as mãos com água e sabão antes de manusear as suas lentes.
  11. Existem lentes concebidas com materiais específicos para manter a hidratação ocular, que ajudam a manter o conforto ao longo do dia e uma visão clara, e podem ajudar a evitar a exposição dos olhos secos aos ecrãs.

 

Projeto Bio TriCK
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) vai lançar, em parceria com instituições de...

Na prática, esta plataforma vai reunir um histórico de casos clínicos reais e disponibilizar ferramentas de aprendizagem inovadoras (jogos, aplicações, filmes e uma “bioPedia”, por exemplo), a partir de informação recolhida e trabalhada por docentes, profissionais e estudantes de Ciências Biomédicas Laboratoriais. “O objetivo é criar um ‘triângulo de conhecimento’, que permita desenvolver o ensino e melhorar a relação entre os estudantes, os monitores de estágio e a Escola”, explica Armando Caseiro, um dos docentes responsáveis pelo projeto BioTriCK na ESTeSC.

Além da ESTeSC-IPC, integram este consórcio a Western Norway University of Applied Sciences e a Turku University of Applied Sciences, sendo ainda parceiros do projeto o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e os hospitais de Bergen (Noruega) e Turku (Finlândia), onde os alunos desenvolvem estágio curricular. Note-se que, no caso da licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais da ESTeSC, o 4º ano de curso é realizado, maioritariamente, em contexto de estágio, sob monitorização de técnicos superiores de diagnostico e terapêutica da área.

“O estágio é um momento crítico para a formação”, frisa Armando Caseiro, lembrando que a experiência de cada estudante é, naturalmente, diferente em função do contexto que encontra. A partilha de experiências – nomeadamente de casos clínicos – através da academia digital, e em colaboração internacional, vai garantir “maior homogeneidade de distribuição de conhecimento, permitindo que os alunos saiam mais robustos da prática clínica”, frisa.

Também os profissionais vão beneficiar desta troca de experiências e conhecimento, até porque a European Association for Professions in Biomedical Science (outro parceiro do projeto) vai garantir a divulgação da academia por uma rede alargada de profissionais das Ciências Biomédicas Laboratoriais europeus.

Com um período de implementação de três anos, o BioTrick está ainda numa fase inicial de desenvolvimento. A primeira reunião transnacional acontecerá em novembro, prevendo-se que a versão experimental da academia digital possa ser lançada em 2022.

 

O que precisa saber
A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de proteger contra doenças infeciosas graves, por isso nun

Mito 1 - As doenças começaram a diminuir antes das vacinas, devido às melhores condições de higiene

A melhoria da higiene e a disponibilidade de água potável permitiram controlar muitas doenças infeciosas, não evitando, no entanto, a circulação dos micro-organismos causadores das doenças evitáveis pela vacinação. Só a vacinação em larga escala consegue evitar a ocorrência das doenças alvo da vacinação, levando ao seu controlo ou mesmo eliminação. A erradicação da varíola no mundo (declarada pela Organização Mundial da Saúde em 1980) só foi possível quando globalmente se atingiram elevadas coberturas vacinais. Mesmo com boas condições de higiene, interromper a vacinação levaria ao reaparecimento dessas doenças, com as consequentes mortes e incapacidades evitáveis, como está a acontecer com o sarampo.

Mito 2 - As doenças evitáveis pela vacinação estão praticamente eliminadas, pelo que não há razão para nos vacinarmos

 As doenças atualmente evitáveis pela vacinação ainda ocorrem em diversas partes do mundo, incluindo a Europa. Há dois motivos principais para vacinar:

  • A proteção individual: apesar de estas doenças serem atualmente raras em Portugal, qualquer pessoa não protegida pode ser infetada e adoecer. Uma criança não vacinada poderá adquirir a doença se viajar para locais onde a doença ainda não está controlada ou se contactar com uma pessoa infetada/doente proveniente desses locais. No regresso poderá ainda trazer essas doenças para o nosso país, contagiar pessoas não protegidas e originar surtos.
  • A proteção da comunidade: em países/regiões/locais com elevadas coberturas vacinais a comunidade beneficia da chamada imunidade de grupo, isto é, quanto maior a proporção de pessoas vacinadas menor a circulação do micro-organismo causador da doença, com proteção indireta das pessoas não vacinadas. A imunidade de grupo confere proteção aos que não podem ser vacinados, por exemplo, por não terem atingido ainda a idade recomendada para a administração de vacinas.

Mito 3 - É preferível ficar imunizado pela doença do que pelas vacinas

Apesar de, geralmente, conferir proteção contra infeções posteriores, a doença natural pode evoluir com complicações graves e morte. E mesmo uma criança saudável pode desenvolver complicações. A vacinação é muito mais segura – através das vacinas o sistema imunitário é capaz de garantir proteção a longo prazo, sem o risco acrescido das complicações que a doença acarreta.

Mito 4 - As vacinas podem causar reações adversas graves, doenças e até a morte

As vacinas atualmente são muito seguras e eficazes. Ao longo da história do Programa Nacional de Vacinação (PNV) foram introduzidas vacinas cada vez mais seguras, como aconteceu, por exemplo, com as vacinas contra a poliomielite e contra a tosse convulsa. As reações adversas mais frequentes são ligeiras e de curta duração, ocorrendo, na sua maioria, no local da injeção. A febre após a vacinação é frequente. Estas reações podem, se necessário, ser controladas com medicação. O risco de uma criança ter uma reação adversa a uma vacina é muito inferior ao risco de uma complicação grave da doença que essa vacina previne. Além disso, não é possível saber, antecipadamente, quais as crianças em que a doença poderá evoluir com complicações ou morte. As vacinas, tal como qualquer medicamento, são alvo de um sistema de vigilância apertado, garantindo que qualquer reação anormal seja exaustivamente investigada, o que, com tantos anos de experiência e muitos milhões de vacinas administradas em todo o mundo, permite afirmar que as vacinas têm um elevado grau de segurança, eficácia e qualidade. A notificação oficial de reações adversas às vacinas pelos profissionais de saúde é obrigatória.

Mito 5 - Administrar várias vacinas ao mesmo tempo pode sobrecarregar o sistema imunitário

Um dos objetivos do PNV é a proteção, o mais precocemente possível, contra o maior número possível de doenças, cujas consequências, a nível individual e coletivo, estão inequivocamente demonstradas. Estudos científicos provam que a administração simultânea de várias vacinas não aumenta as reações adversas. Independentemente da vacinação, no dia a dia, a criança está exposta a inúmeros estímulos infeciosos, estando o sistema imunitário preparado para lidar com todos eles. Por outro lado, o desenvolvimento tecnológico levou ao aumento do número de componentes das chamadas vacinas combinadas. A proteção contra várias doenças com uma única injeção, diminuindo o número de injeções que a criança teria de receber se cada uma das vacinas fosse administrada em separado, tem por objetivo a humanização e melhor adesão aos esquemas vacinais, principalmente no primeiro ano de vida.

Mito 6 - As vacinas podem provocar autismo

 Há alguns anos, em Inglaterra, foi publicado um estudo afirmando que a vacina contra o sarampo/papeira/rubéola (VASPR) provocava autismo. Este estudo foi totalmente desacreditado, tendo revelado deficiências graves na metodologia e conflitos de interesse provados juridicamente. O autismo é uma doença em que a idade do diagnóstico coincide, em geral, com a idade em que são administradas as vacinas, nomeadamente a vacina VASPR. Muitos estudos científicos credíveis demonstraram que, apesar da coincidência temporal, não existe uma relação causal.

Fonte: https://www.dgs.pt/em-destaque/perguntas-frequentes-sobre-vacinacao-pdf.aspx

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa internacional
A campanha “Eu & o Cancro da Mama Metastático”, pretende ajudar as mulheres com cancro da mama metastático ou metastizado a...

“Embora se fale muito do cancro da mama, o cancro mais frequente no sexo feminino, as necessidades das mulheres com cancro da mama metastizado são muitas vezes negligenciadas. Muitas doentes consideram que não dispõem de informação suficiente sobre a sua doença”, explica Tamara Milagre, Presidente da Evita – Associação de Apoio a Portadores de Alterações Relacionadas ao Cancro Hereditário.

A campanha é constituída por um website em língua portuguesa, disponível em www.eueocancrodamama.pt, e por um guia, com mais de 120 páginas, que dá respostas às perguntas mais urgentes relacionadas com o diagnóstico, o tratamento, as emoções, a saúde, os relacionamentos e o trabalho. O guia tem ainda a possibilidade, ao longo de várias páginas, de registar as principais perguntas e sentimentos, funcionando como um diário.

“Tanto o website como o guia de apoio são recursos valiosos para ajudar as mulheres a compreenderem o que significa o seu diagnóstico de cancro da mama metastizado e as decisões que poderão ter de tomar. Talvez o mais importante de tudo, ajuda as mulheres a perceberem que, apesar da doença, está nas suas mãos determinar como desejam desfrutar da sua vida”, afirma Luzia Travado, psicóloga clínica, especializada em psico-oncologia.

O cancro da mama é a neoplasia mais frequente no sexo feminino. “Infelizmente, mesmo quando diagnosticado em estadio inicial, estima-se que até 30 por cento das mulheres com cancro da mama irão evoluir, alguns meses ou mesmo vários anos depois, para a doença metastática, que ocorre quando o tumor é capaz de progredir para outros órgãos como por exemplo o fígado, o pulmão ou o cérebro. Apesar da doença não ter cura, tem existido uma grande evolução no sentido de aumentar a eficácia dos tratamentos, estendendo a sobrevivência e qualidade de vida das mulheres”, diz Susana Pedro, enfermeira da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa.

Além da EVITA, a campanha “Eu & o meu cancro da mama metastático”, conta ainda com a colaboração das Associações: Ame e Viva a Vida; Amigas do Peito; Associação de Mulheres com Patologia Mamária; Mama Help; Careca Power; Partilhas e Cuidados; Viva Mulher Viva.

 

Webinar
A vitamina D é o foco do webminar “Vitamina D. Qual a relevância na saúde pública” organizado pela Jaba Recordati já no próximo...

Produzida pelo próprio corpo através da exposição da pele aos raios solares, a vitamina D é de vital e comprovada importância em inúmeras funções do organismo e na prevenção do raquitismo, osteomalacia e da osteoporose. É especialmente importante para a faixa etária acima dos 65 anos que “devido aos seus efeitos pleiotrópicos parece exercer ações benéficas em vários órgãos e tecidos”, segundo o Patologista Clínico e Coordenador do Laboratório de Química Clínica do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) João Mário Figueira.

Ainda de acordo com João Mário Figueira, ela é “fundamental para o metabolismo fosfo-cálcico e consequentemente para a saúde do osso. Por outro lado, e apesar de alguma controvérsia, várias evidências associam a insuficiência/deficiência da Vitamina D ao risco do desenvolvimento de outras doenças não ósseas”.

Uma ideia reforçada por José António Pereira da Silva, docente de Reumatologia na Universidade de Coimbra, que alerta para a menor probabilidade, carente de provas, de “que a vitamina D tenha importância numa enorme variedade de outros sistemas do organismo que podem ir desde a diabetes à doença coronária, até doenças cerebrais como a demência, Parkinson e até alguma importância no desenvolvimento intelectual das crianças”.

O debate surge agora, depois de uma pandemia que impos à população um confinamento obrigatório “durante parte da primavera e do verão, que se traduziu em níveis mais baixos de vitamina D na população em geral”, e que “terá agravado a carência de vitamina D em Portugal”, segundo Pereira da Silva.

“É sempre importante que os profissionais de saúde, e em alguma medida, o público em geral estejam a par dos avanços que se vão observando quer em termos de descobertas públicas, quer em termos de consolidação dos argumentos que suportam uma ou outra iniciativa terapêutica”, refere Pereira da Silva.

No programa, destaque para a apresentação dos resultados do estudo epidemiológico em Portugal, que apresenta indícios da eficácia da vitamina D no combate a vários coronavírus, e para a Importância de um Diagnóstico Laboratorial “para que tenhamos resultados fiáveis, uma condição crucial para diagnosticar bem a insuficiência ou deficiência e, em seguida, prevenir, suplementar e tratar melhor os pacientes”, refere João Mário Figueira.

Combate à pandemia
A Accenture anunciou o lançamento de uma solução abrangente de gestão de vacinas para ajudar os Governos e as organizações de...

A solução agora apresentada aumenta a capacidade de rastreio de contactos, com o objetivo de ajudar as jurisdições de saúde pública a cumprirem as diretrizes recém-lançadas pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que se estão a preparar para a distribuição da vacina Covid-19. Esta solução reúne a experiência que a Accenture tem da indústria, de análise e consultoria e inclui componentes construídos através da plataforma Salesforce. É esperado que os Governos locais, estatais e nacionais, bem como organizações de saúde a nível mundial, se preparem para o planeamento, desenvolvimento, coordenação, distribuição e gestão de programas de imunização contra a Covid-19.

"A nossa solução foi projetada para apoiar de forma ampla as necessidades variadas de desenvolvimento, lançamento e execução de programas de imunização em massa, levados a cabo por autoridades públicas e órgãos de saúde em todo o mundo", afirma Ryan Oakes, managing director of global public sector da Accenture. "Os esforços precisam de ser postos em prática rapidamente e de abranger uma ampla gama de atividades, de acordo com as diretivas do CDC, e estamos preparados para ajudar sistematicamente as organizações a esclarecer e avançar de forma ágil com as suas prioridades para a gestão da vacinação contra a Covid-19."

A solução vários componentes que podem ser usados ​​juntos ou individualmente, com base nas necessidades específicas, como uma Plataforma de gestão e rastreio de vacinas que permite o aumento da capacidade de rastreio de contactos da Accenture, sendo possível seguir, com segurança, a jornada de vacinação de um residente, desde o registo e agendamento de consultas até a administração final da vacina e acompanhamento de sintomas.

Um software comercial de última geração para otimização com base em possíveis restrições de fornecimento, e apoiando-se na ampla experiência em gestão de cadeias de abastecimento da Accenture, a solução oferece suporte para pedidos de fornecimento de vacinas, gestão de stock e previsão de procura.

Uma plataforma de Gestão de Contactos projetada para ajudar as organizações em alturas de grandes aumentos ou picos no volume de chamadas, através da utilização de agentes virtuais que respondem a perguntas frequentes e que utilizam SMS/texto e e-mails automatizados para gerar envolvimento da comunidade, fazer triagem de elegibilidade e questionários de saúde.

Por outro lado, através da utilização da AIP+ da Accenture Applied Intelligence, os dados de saúde pública e de terceiros vão ser utilizados para criar planos de distribuição de vacinas equitativos; para definir e redefinir populações de alta prioridade; alocar o fornecimento de vacinas; monitorizar o envolvimento da população e de adesão ao tratamento e dosagem; fornecer análise de logística de distribuição last mile, e fazer análise de padrões de eficácia e segurança.

A Accenture oferece ainda um suporte de consultoria para apoio na criação, recomendada pelo CDC, de comités internos de planeamento e implementação de vacinação e de requisitos de processos de negócios, com o objetivo de obter uma implementação bem-sucedida da vacinação.

A Accenture e a Salesforce desenvolveram rapidamente soluções conjuntas, durante a pandemia, para ajudar Governos e organizações com os novos problemas e necessidades, fruto da mudança repentina, originada pelo surto da Covid-19. Em maio, a Accenture colaborou com a Salesforce para criar soluções de gestão de saúde e cuidados públicos enquanto parceiro inaugural da Work.com – um conjunto de soluções da Salesforce para ajudar organizações em todo o mundo a trabalhar com segurança, incluindo recursos de gestão de vacinas através da Work.com for Vaccines.

"A Accenture é uma líder comprovada e estratégica na solução de desafios complexos para os setores público e privado, através da utilização da plataforma Salesforce", afirma o  Ashwini Zenooz, diretor médico e GM of Healthcare and Life Sciences da Salesforce. "Assim como a Accenture está pronta para ajudar os Governos e as organizações de saúde a implementar o Work.com for Vaccines da Salesforce, estamos também prontos para os ajudar a lidar com sucesso com a gestão de vacinas através das suas soluções desenvolvidas no Salesforce."

Yusuf Tayob, managing director do Accenture Salesforce Business Group, acrescentou: "Estamos orgulhosos por ampliarmos o nosso investimento nas plataformas Work.com e Customer 360 da Salesforce para oferecer soluções de gestão de vacinação aos nossos clientes nas áreas da saúde e serviços públicos, e dos setores de ciências da vida e logística. A Accenture tem uma aliança de longa data com a Salesforce e um forte histórico de encontrar soluções para os desafios comerciais e Governamentais mais urgentes. Estamos empolgados por trabalharmos juntos neste importante imperativo social."

Saúde ocular
Numa altura de regresso às aulas para muitos jovens e crianças, e em que o uso de dispositivos digit

Neste dia, 8 de outubro, em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira) chamam a atenção para os perigos relacionados com a saúde ocular, a Zeiss associa-se ao momento e deixa alguns conselhos para que cuide da sua visão todos os dias:

 

  • Siga a regra 20-20-20: a cada 20 minutos parar durante outros 20 segundos e olhar a uma distância de 20 pés, o equivalente a cerca de seis metros. Esta regra ajuda a reduzir a fadiga e cansaço ocular, já que, desta forma, os olhos não focam em curtas distâncias por muito tempo, o que permite o seu descanso;
  • Pisque com frequência para refrescar os olhos;
  • Coloque o monitor a uma distância entre 50 centímetros a um metro dos seus olhos;
  • Visite regularmente um especialista dos olhos. As crianças, que são observadas ao nascer pelo pediatra, deverão consultar o especialista dos olhos até aos 3 anos de idade e, na ausência de doença, novamente antes de irem para a escola. Já os adultos depois de atingirem os 40 anos deverão consultar um especialista a cada 2 ou 3 anos e, depois dos 60, recomenda-se uma avaliação anual.

Existem diversos desafios visuais com que nos podemos deparar ao longo da vida. Muitos desses desafios são, em grande parte, inofensivos e podem ser corrigidos com o uso de óculos, como por exemplo, a miopia, hipermetropia, presbiopia ou astigmatismo. No entanto, existem outras situações mais complicadas.

Neste Dia Mundial da Visão coloque na sua agenda uma visita ao especialista dos olhos!

 

 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Questionário está a ser divulgado pela APED junto das unidades de dor, associações de profissionais de saúde e de doentes,...

"A pandemia afetou os seres humanos em diversos aspetos e tentar perceber o seu impacto nos doentes com Dor Crónica é fundamental para melhorar e priorizar o seu tratamento.", refere Nádia Andrade, Diretora da Unidade de Dor da Unidade Local Saúde Alto Minho, que, em parceria com Rita Moutinho, Anestesiologista  da Unidade de Tratamento de Dor do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e Secretária da Direção APED,  e  em colaboração com a APED, criaram o questionário “Dor Crónica em Tempos de Pandemia - O Impacto do Distanciamento Social e do Confinamento devido à pandemia SARS-COV-2/COVID-19”.

Segundo Rita Moutinho, “perceber a forma como os doentes com dor crónica foram afetados na sua saúde, e identificar parâmetros que possam ser corrigidos/melhorados na eventualidade de um confinamento futuro é essencial para ajustarmos a forma como prestamos cuidados de saúde continuados de forma mais eficaz e eficiente mesmo em situações de crise”.

A recolha de dados junto da população afetada pela Dor Crónica é fundamental para apoiar o conhecimento científico e, dessa forma servir de base a um planeamento sustentado em factos e evidências.

O questionário está a ser divulgado pela APED junto das unidades de dor, associações de profissionais de saúde e de doentes, assim como do público em geral, através dos seus canais de comunicação. 

O questionário é totalmente anónimo e, para participar, basta aceder ao link http://bit.ly/questionarioaped_dorecovid19_aped. O tempo estimado para o seu preenchimento é de 10 minutos.

 

Parceria com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
O consultório móvel do projeto VAN (Vision As Needed), uma parceria da Fundação Vision For Life -Essilor com a Sociedade...

O consultório móvel de oftalmologia percorre o país desde dezembro de 2019, tendo já realizado consultas da especialidade a 275 crianças residentes em instituições de acolhimento de menores. Na sequência dessas consultas, foram oferecidos óculos a 134 jovens com necessidade de correção e de apoio visual diagnosticadas nas consultas de oftalmologia.

As consultas são realizadas num consultório móvel de Oftalmologia, instalado numa carrinha com todo o equipamento necessário, certificado pela Entidade Reguladora da Saúde. As consultas são feitas por oftalmologistas voluntários do Grupo de oftalmologia Pediátrica da SPO e, em função dos diagnósticos e prescrições, a Fundação Vision For Life oferece gratuitamente as lentes e armações dos óculos de correção.

Até ao início de outubro foram realizadas no âmbito deste projeto 275 consultas médicas, tendo sido oferecidos os óculos prescritos a 134 crianças (49% do total das crianças examinadas). Entre as lentes oferecidas, 13 por cento respeitam a atualizações de graduação de crianças que já usavam óculos.

O objetivo do projeto (que retoma a sua atividade com todas as medidas de proteção e segurança após paragem desde Março devida à conjuntura), é chegar ao maior número das crianças inequivocamente carenciadas, dos 6 aos 18 anos - previamente assinaladas pelas entidades de Apoio Social de todo o país possibilitando-lhes acesso a uma consulta de Oftalmologia e a óculos graduados sempre que necessários. As consultas arrancaram em dezembro, na Aldeia SOS de Gulpilhares, em Gaia, e, desde então o consultório médico móvel do projeto Vision as Needed já visitou 10 instituições de 6 distritos em todo o país, tendo abrangido 275 crianças.

O acesso à consulta especializada e a óculos graduados é um fator fundamental para o sucesso escolar de todas as crianças. Sabe-se que 80 % da aprendizagem se faz através da visão.

Em Portugal, no caso das crianças carenciadas estima-se que mais de 16 mil estejam afetadas por anomalias visuais, facilmente compensáveis, e que por falta de recursos não têm e não usam óculos corretivos.

Trombose pode ser mais preocupante durante a pandemia
A cada 37 segundos, uma pessoa morre devido a complicações geradas a partir de um coágulo sanguíneo. Uma entidade clínica que...

O TEV constitui uma das principais causas de morte cardiovascular em todo o mundo. A trombose, uma doença silenciosa (assintomática) ainda pouco conhecida e de difícil diagnóstico clínico, é responsável por desenvolver coágulos sanguíneos no interior das veias, causando obstrução – total ou parcial – dos vasos. Atualmente, há a estimativa de que a doença afeta duas a cada mil pessoas por ano, com uma taxa de ocorrência de 25%, o que a torna a principal causa de morte cardiovascular evitável. O problema é mais comum do que se pensa e requer tratamento célere e especializado, pois dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) informam que, a cada 37 segundos, há uma morte por complicações de um coágulo sanguíneo.

Este ano, a circunstância extraordinária da pandemia provocada pelo coronavírus, trouxe ao Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) a necessidade de abordar a trombose como um problema de saúde urgente e crescente, reforçando assim a sua missão em continuar a promover a consciencialização da população para as causas, fatores de risco, sinais / sintomas e a importância da prevenção desta condição médica perigosa, frequentemente ignorada e potencialmente mortal.

“A necessidade de isolamento social durante a pandemia de covid-19 fez com que muitos portugueses não pudessem ter o acompanhamento médico nas consultas que estavam programadas porque estas não se puderam realizar. Durante esse período, houve também muitos portugueses que se sentiram doentes e que não recorreram aos cuidados de saúde pelo receio de contágio. A consequência foi catastrófica pois houve um aumento de casos de trombose venosa, embolia pulmonar e urgências arteriais, que podem ser explicadas pela incidência de eventos trombóticos relacionados à infeção por SARS-Cov-2 e, também, pela negligência à supervisão da especialidade”, explica Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT.

“É por este motivo que o GESCAT defende que a trombose deve ser considerada um problema de saúde urgente e crescente e que o primeiro passo para a prevenção da trombose é entender como é que esta doença se manifesta no corpo. A falta de conhecimento de grande parte da população acerca desta patologia silenciosa atrasa frequentemente o seu correto diagnóstico e consequente tratamento, o que a torna a principal causa de morte cardiovascular evitável”, esclarece o presidente do Grupo de Estudos.

 

Dia Mundial da Visão
O crescimento exponencial e o envelhecimento da população a nível mundial têm levado a um número crescente de pessoas com...

O Dia Mundial da Visão, promovido pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), assinala-se a 8 de outubro. Esta data visa, todos os anos, consciencializar a população para a crucial importância de consultar regularmente um especialista em cuidados primários da visão, nomeadamente um optometrista, de forma a prevenir ou detetar atempadamente o surgimento de eventuais condições visuais ou doenças oculares.

Segundo Raúl de Sousa e Vera Carneiro, membros da direção da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), a partir das suas contribuições para uma recente investigação, “Muitas causas de deficiência visual podem ser evitadas ou tratadas. O crescimento exponencial e o envelhecimento da população a nível mundial têm levado a um número crescente de pessoas com deficiência visual moderada ou grave. Esta tendência levou a OMS e a IAPB a criar uma iniciativa, em 1999, chamada VISION 2020: the Right to Sight, com o objetivo de combater a cegueira evitável. Vários estudos já vieram demonstrar que as cataratas e os erros refrativos não compensados foram responsáveis pela maioria das deficiências moderadas ou graves da visão, algo preocupante, uma vez que o número de casos continua a aumentar com o tempo, o que pode e deve ser evitado.”

Ainda de acordo com a colaboração de Raúl Alberto Sousa, para uma investigação em parceria com o Vision Loss Expert Group (VLEG), “Existem estimativas globais, nacionais e regionais de deficiências visuais moderadas ou graves, de 1990 a 2015. Estas estimativas demonstraram uma diminuição geral na prevalência padronizada da visão, por idade, como também um aumento no total de pessoas com perda de visão. Em colaboração com o VLEG, o Global Burden of Disease Study (GBD) produziu atualizações anuais para estimativas de deficiência visual, onde se previa que 43,2 milhões de pessoas sofressem de perda de visão, em 2020. Estes estudos são únicos no fornecimento de estimativas granulares específicas por sexo, idade e país, como também avalia tendências temporais a nível ocular até 2050, onde se prevê que 895,5 milhões de pessoas sofram de perda de visão.”

Segundo a APLO é “importante continuar a apostar na sensibilização e na educação da população para um correto e consciente cuidado com a saúde da visão. Isto porque os números refletem uma realidade pouco animadora no que respeita à qualidade da função visual”. Por isso, deixa algumas recomendações: “consultar regularmente um Optometrista para fazer uma avaliação da saúde visual. Caso seja detetado algum sintoma de doença ocular deve ser marcada uma consulta com um Optometrista, para um diagnóstico e terapêutica adequados”. 

Parceria
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, e o presidente da CUF, Salvador de Mello, firmaram hoje um protocolo...

A Fundação Gulbenkian, através do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), tem promovido a cultura e os valores científicos na sociedade e desenvolvido investigação de excelência nas áreas da imunologia, fisiologia, oncologia, doenças infeciosas, epidemiologia, microbioma, genómica e big data; a CUF, por seu lado, como prestador de cuidados de saúde de excelência com 75 anos de existência, dispondo de 19 unidades de saúde no país, detém um vasto potencial de conhecimento clínico adequado ao desenvolvimento de projetos de investigação, em diversas áreas, com impacto na saúde dos cidadãos. A Fundação Gulbenkian traz pois, para esta parceria, a componente de investigação e a CUF a componente clínica.

De acordo com Isabel Mota, “esta parceria traduz a aproximação indispensável entre um instituto de investigação científica de excelência e um grupo líder na prestação de cuidados de saúde, aprofundando a relação entre a ciência e a prática hospitalar, o que se revela essencial para o avanço da própria investigação, ligando a ciência fundamental ao bem-estar das pessoas. A Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian realçou ainda que “hoje em dia a ciência e a inovação não se fazem isoladamente. Fazem-se em colaboração constante e por isso acredito que esta nossa parceria nos levará a fazer mais e melhor, a ligar a ciência à sociedade e a contribuir para melhores políticas e melhores práticas de saúde.”

Por seu lado, Salvador de Mello destaca a importância desta parceria “para o progresso da investigação clínica e para a formação de profissionais de saúde em Portugal”, acrescentando que “a melhoria contínua dos cuidados de saúde depende de uma articulação crescente entre todas as entidades do ecossistema da ciência e da investigação. Só assim é possível partilhar e dinamizar o conhecimento científico e promover as melhores práticas na saúde”. O Presidente da CUF salienta ainda que esta parceria é “uma aposta na investigação que se coloca verdadeiramente ao serviço da saúde dos portugueses”.

Cientes da importância do papel da investigação científica na promoção da sustentabilidade e competitividade dos sistemas de saúde, a cooperação entre a Fundação Gulbenkian e a CUF vai implicar a criação de parcerias específicas para a promoção de projetos de estudo de investigação científica e clínica, apoio a iniciativas de elevado potencial – com particular ênfase nas dimensões tecnológica e de saúde digital –, identificação e proteção de inovações tecnológicas e de conhecimento científico, formação de profissionais, estágios, publicação de trabalhos científicos, permuta de informação ou serviços especializados complementares.

A título de exemplo, as duas instituições vão colaborar no âmbito das atividades do projeto COVID19 da Fundação Calouste Gulbenkian – Instituto Gulbenkian de Ciência. O IGC, com 60 anos de história e 30 grupos de investigação dedicados à investigação biológica e biomédica, tem ainda desenvolvido programas de doutoramento inovadores, por onde já passaram vários líderes internacionais. Esta parceria específica permitirá desenvolver atividades de investigação, inovação e novas ferramentas de diagnóstico para responder às necessidades da população e dos serviços de saúde no contexto pandémico, bem como gerar mais conhecimento sobre o comportamento do vírus e da doença, garantindo a produção de informação crucial para a definição de estratégias futuras.

Benefícios
Há alimentos que pode escolher com um alto valor nutricional, que fornecem ao seu organismo mais nut

Sementes de chia

As sementes de chia são as sementes da planta Salvia hispanica, nativa do México, conhecidas dos Aztecas, que as utilizavam como moeda de troca. O significado da palavra chia é “força” devido à energia que proporcionam. A maior parte da gordura presente nas sementes de chia provém de ácidos gordos ómega-3, o que faz destas sementes uma das melhores fontes vegetais de ómega-3. São ricas em fibra (fibra solúvel) e, de acordo com o Departamento de Agricultura Americano, 28,35 g de sementes de chia fornecem cerca de 11 g de fibra. A fibra solúvel pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol e glicose.

Sementes de linhaça

As sementes de linhaça são uma fonte natural de fibra, ómega-3, e têm uma grande variedade de vitaminas e minerais. Podem ser consumidas inteiras ou moídas, sendo esta última forma a mais fácil para o organismo absorver os seus componentes. Seja adicionando as sementes inteiras ao seu pequeno-almoço ou incorporando-as moídas no seu batido, oferecem benefícios a nível intestinal, contribuindo para regular o seu funcionamento (30 g de linhaça moída contém cerca de 7 g de fibra).

Goji

As bagas de goji, obtidas da planta Lycium barbarum, são utilizadas como alimento ou como ingrediente e o seu consumo é significativo, tanto na Europa como no resto do mundo. A sua utilização e cultivo no Oriente data, pelo menos, desde 1400.

As bagas de goji fornecem proteínas e são fonte de carotenoides e vitamina C. Apresentam um valor particularmente elevado de ORAC (medida da capacidade antioxidante de um ingrediente, utilizada e reconhecida no mundo científico). As investigações têm-se focado nos seus compostos polissacáridos - proteoglicanos - que demonstram atividades químicas interessantes no contexto de doenças relacionadas com a idade.

Beterraba

Analisando a tabela de composição dos alimentos podemos dizer que a beterraba é um vegetal com baixo valor calórico, sendo de destacar o seu elevado teor em ácido fólico. Apesar de doce, é um vegetal pouco calórico e bastante nutritivo. O seu consumo é geralmente recomendado em situações de anemia devido à riqueza em folatos.

Freekeh

O freekeh é um cereal produzido através do trigo verde. A colheita do trigo é feita com a semente ainda verde. Possui vários atributos nutricionais, considerados superiores a outros cereais. Em relação à proteína, o seu teor é comparável ao que existe no cuscuz e mais elevado do que no arroz branco. Um estudo realizado na Universidade de Adelaide, na Austrália, e publicado na revista Journal of Agricultural and Food Chemistry em 2003, concluiu que os legumes verdes, como o trigo verde freekeh, têm uma concentração de luteína e zeaxantina superior a outras fontes de trigo e massas analisadas. A luteína e zeaxantina são carotenoides que se acumulam na mácula e a protegem da degeneração. O freekeh também é um cereal que contém mais fibra do que outros grãos de cereais, essencialmente fibra insolúvel. É importante fornecer fibra suficiente ao organismo para prevenir a obstipação e regular o trânsito intestinal.

Mirtilos

Os mirtilos são uma baga com história, há muito utilizada com um propósito nutricional e até medicinal. Devido à presença de antocianosídeos e seus efeitos antioxidantes e vasculares, os mirtilos ajudam a manter a saúde ocular e uma função adequada da

retina. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial os pilotos da RAF faziam questão de consumir esta baga para ajudar a melhorar a visão noturna durante os bombardeamentos.

Vegetais crucíferos

Os vegetais crucíferos estão entre os alimentos mais promissores a nível da prevenção de doenças malignas como o cancro da mama.

Eis alguns exemplos:

Brócolos: Os brócolos são indiscutivelmente um dos alimentos mais estudados e que mais atenções têm atraído na área da nutrição/prevenção. Este vegetal crucífero, além de elevado conteúdo em vitamina C e ácido fólico possui fitoquímicos (como o indol-3-carbinol e sulforafano). Um estudo de 2013 documentado na revista American Association of Pharmaceutical Scientists Journal refere os fitoquímicos sulforafano e indol-3-carbinol como modeladores na prevenção do cancro da próstata.

Couves-de-bruxelas: As couves-de-bruxelas pertencem à família dos vegetais crucíferos, da qual também fazem parte o repolho, couve-flor, agrião, rúcula e couve chinesa. Este vegetal crucífero contém um teor elevado de alguns nutrientes como a vitamina C, ácido fólico e selénio.

Espinafres

Os espinafres contêm uma variedade de substâncias que o tornam um alimento útil devido à abrangência dos seus compostos: elevado teor de vitamina A, C e ácido fólico e, claro, fonte de ferro.

Nozes

As nozes são um alimento com um alto teor em gorduras, mas insaturadas. E ao substituirmos na nossa alimentação as gorduras saturadas por gorduras insaturadas estamos a contribuir para a manutenção dos níveis normais de colesterol no sangue.

Amêndoas

As amêndoas, assim como as outras oleaginosas, são uma fonte rica em gordura monoinsaturada. Possuem um alto teor em fibras e minerais como cálcio, potássio e zinco.

Receitas para o ano inteiro

Trazer estes alimentos para a sua cozinha é apenas o primeiro passo para a mudança. A seguir só precisa de os incorporar nas suas refeições.

Aqui ficam algumas sugestões:

  • Compre uma mistura de sementes de linhaça moídas ou adicione as sementes inteiras no iogurte ou na sopa.
  • As sementes de chia podem ser consumidas inteiras (no iogurte ou mesmo na sopa) ou então opte por as colocar em água pois forma m um gel que pode ser utilizado nas bebidas ou noutro cozinhado.
  • Leve para o trabalho uma mistura de nozes, amêndoas e sementes para consumir entre as refeições principais.
  • Se a receita utiliza o arroz como ingrediente, provavelmente também pode fazê-lo com freekeh.
  • A variedade semi-integral do cereal freekeh é cozinhada durante cerca de 15 a 20 minutos. Para preparar freekeh necessita de 2 chávenas e meia de água por cada chávena de freekeh.
  • Os frutos como os mirtilos e as framboesas podem ser consumidos com iogurte ou cereais. Também podem ser congelados.
  • As couves-de-bruxelas podem adquirir um sabor desagradável se as cozinhar demasiado. Este legume deve ser cozinhado com precaução: faça cortes em forma de X na base de cada broto para a cozedura ser mais rápida. Coloque pouca água na panela para os legumes quase cozerem ao vapor.

Mas não se preocupe se não aprecia a nossa seleção de alimentos: de acordo com o Instituto Americano para Pesquisa de Cancro, se apenas alterar a ingestão diária de fruta/legumes para no mínimo 5 porções/dia pode reduzir em 20% a taxa de mortalidade para qualquer doença, comparando com quem consome menos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Uma experiência interativa e imersiva
Entre os dias 4 e 6 de fevereiro de 2021, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) organiza o seu Congresso...

“Pretendemos que seja uma experiência interativa, permitindo um elevado grau de envolvimento, participação ativa e dinamismo por parte dos congressistas no evento, de forma a aproveitarem todos os momentos formativos do evento”, salientou Castro Lopes, presidente da Direção da SPAVC.

À semelhança do formato adotado no evento físico, também nesta edição digital todo o programa científico decorrerá numa única sala de transmissão. “Desde o primeiro congresso, optamos por este modelo para que todos aprendam com tudo, contribuindo assim para a nossa missão de formação contínua dos profissionais de saúde na área da doença vascular cerebral, na qual o AVC se inclui”, explicou o neurologista.

Será criada uma plataforma própria para o Congresso, com a virtualização de cenários e transmissão em tempo real das diferentes sessões científicas, onde estão desde já garantidos preletores de renome do panorama nacional e internacional. Este formato permitirá ainda a visualização de conteúdos on demand, após o evento.

“No último congresso ultrapassámos os 1000 participantes”, avançou Castro Lopes. “Esperamos continuar a contar com elevada participação, prova da relevância científica deste evento na agenda dos profissionais dedicados à abordagem do AVC. Contamos igualmente com o contínuo apoio da Indústria Farmacêutica e de Dispositivos Médicos, indispensável para a realização desta iniciativa, esperando que abracem este projeto com o mesmo entusiasmo e recetividade de sempre”.

 

Páginas