Recomendações
Nos idosos, o calçado deve adequar-se corretamente à morfologia e ao tamanho dos pés e ao tipo de at

Recomenda-se a utilização de calçado que permita também a respiração do pé e a utilização de meias de algodão, pois este tipo de calçado ajuda a precaver, por exemplo, micoses – fungos que se desenvolvem e causam infeções na pele e nas unhas. O calçado deve ainda estar bem ajustado e de acordo com o peso corporal, de forma a não causar fricção, provocar desconforto ou gerar um mau apoio dos pés.

Já a adoção de um calçado antiderrapante e com uma sola robusta é indispensável para os idosos, pois faz toda a diferença na prevenção de quedas e acidentes domésticos, e por isso mesmo estes cuidados não devem ser negligenciados. Deve evitar-se calçado de tacão alto e não deve utilizar calçado com a sola desgastada.

Além disso, o calçado deve ser escolhido para dar mais conforto e deve ser ajustado tendo em conta as condições físicas, o tipo de atividade que desenvolve, e se possível o tipo de pele.

É fundamental ir com regularidade a um podologista para realizar um rastreio e possível diagnóstico, pois existem doenças que se não forem detetadas e tratadas a tempo podem ter efeitos nefastos na mobilidade dos idosos, na sua postura e consequentemente na sua qualidade de vida.

Cuide de si e dos seus pés, tenha atenção à escolha do seu calçado para assegurar uma boa qualidade de vida.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
Segundo um estudo europeu, publicado hoje na revista científica Nature, um grupo específico de genes, herdados dos homens de...

Os antepassados dos seres humanos modernos cruzaram-se em várias alturas da história da evolução com o ramo Neandertal, entretanto extinto, o que resultou numa troca de genes que ainda hoje permanecem.

Estes genes serão um dos fatores de risco para a covid-19, além da idade, sexo e doenças pré-existentes como obesidade, diabetes ou problemas cardíacos, esclarece o estudo

Os investigadores europeus, que trabalham no instituto Karolinska, na Suécia, e no Instituto de Antropologia da Evolução Max Planck, na Alemanha, afirmam que a prevalência dos genes Neandertal é mais elevada nos naturais do Bangladesh, 63% dos quais têm uma cópia dos genes em questão.

Zeberg e Paabo citam estudos realizados no Reino Unido que demonstram que as pessoas com ascendência do Bangladesh têm um risco duas vezes maior de morrer com covid-19 do que o resto da população.

Svante Paabo afirmou que é “notável que a herança genética dos Neandertal tenha consequências tão trágicas durante a pandemia atual”, defendendo que se tem que “investigar o mais rapidamente possível” por que razão isso acontece.

 

Boletim Epidemiológico
Os dados são do último boletim epidemiológico, divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, que dá conta ainda que, desde o...

Segundo o boletim, a região de Lisboa e Vale do Tejo registou mais 398 novas infeções, e o Norte, 294, representando 84% do total de novos casos hoje no país.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, mostra ainda que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 886 óbitos (+2 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (765 +6), Centro (263 =) e Alentejo (23 =). Pelo menos 19 (=) mortes foram registadas no Algarve e foram contabilizadas 15 (=) mortes nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 666 doentes internados, mais cinco que ontem, e 105 em unidades de cuidados intensivos, mais seis do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 25.041 casos ativos da infeção em Portugal - mais 480 que ontem - e 44.758 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 527 indivíduos.

 

Farmácias comunitárias
As farmácias comunitárias vão vacinar contra a gripe, em todo o país, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O programa ...

Os utentes maiores de 65 anos terão direito a vacinar-se gratuitamente numa farmácia da sua preferência, a partir de dia 19 de outubro, à semelhança do que acontece nos centros de saúde. 

As farmácias aceitaram o desafio do Ministério da Saúde de vacinarem contra a gripe, e sem custos para o utente, pelo menos 150 mil pessoas maiores de 65 anos, replicando um projeto-piloto que decorreu em Loures, nos últimos dois anos.

A operacionalização será feita em regime de parceria com as Câmaras Municipais que contribuirão para o suporte desta iniciativa, o que deverá fazer subir o número de beneficiários para além deste primeiro contingente. O fundo de emergência. Abem: COVID.19, da Associação Dignitude, facilitará a gestão de beneficiários, município a município, assim como o acesso à vacina por parte dos cidadãos mais carenciados.

“Contamos com a contribuição das câmaras municipais, das empresas e das instituições de solidariedade, a fim de assegurar o acesso à vacinação ao maior número possível de cidadãos de grupos risco nas farmácias próximas da sua residência, com mais comodidade e total segurança”, apela Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação Dignitude. “Está demonstrado em todo o mundo que o aproveitamento da rede de farmácias permite aumentar a imunização da população”, declara a ex-ministra da Saúde.

O programa “Vacinação SNS Local” teve uma experiência-piloto, implementada nos dois últimos anos no concelho de Loures. A liberdade dada aos munícipes deste concelho para poderem escolher vacinar-se numa farmácia, nas mesmas condições do centro de saúde, aumentou em 33% a imunização contra a gripe da população maior de 65 anos.

“A rede de farmácias garante que as vacinas chegam aos cidadãos mais vulneráveis, em condições de conforto e de segurança, próximo das suas casas”, declara Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.

As farmácias asseguraram o acesso a 500 mil vacinas, para o seu próprio serviço de vacinação, que existe há 12 anos, tendo assim Portugal 2,5 milhões de vacinas disponíveis.

Fatores de risco
Embora a Esquizofrenia seja mais frequente que doenças como a Esclerose Múltipla ou a doença de Park

Falar de esquizofrenia ainda não é fácil, mas é importante que as principais mensagens cheguem ao maior número de pessoas: a Esquizofrenia tem tratamento e os doentes, ao contrário, do que se possa pensar, não são mais violentos que qualquer outra pessoa. O sofrimento que causa, quer no doente quer nas suas famílias, é real e leva a que, muitas vezes, estes doentes pensem em acabar com as suas vidas. Uma pequena percentagem acaba por conseguir fazê-lo.

O Suicídio é, aliás, a principal causa de morte prematura em pessoas com esquizofrenia e um dos principais motivos por que a esquizofrenia reduz em 10 anos a esperança de vida nestes doentes. Incapazes de lidar com a patologia, muitos sentem desespero e passam por fases de muita angústia.

A Esquizofrenia: sintomas e tratamento

A esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza pela perda de contacto com a realidade, alucinações, delírios, ideia persecutórias, comportamentos bizarros, discurso desorganizado e distanciamento emocional, entre outros.

Não se sabe ao certo o que a provoca, no entanto, admite-se que possa estar associada a fatores hereditários e ambientais.  

Inicia-se habitualmente no início da idade adulta, entre os 20 e os 25 anos, e embora seja menos frequente, pode desenvolver-se durante a adolescência ou em idade adulta.

Como síndrome heterogénea, a esquizofrenia, tem uma apresentação clínica que envolve várias dimensões, por um lado sintomatologia dita “positiva” (ideias delirantes, alucinações) e por outro lado, sintomatologia “negativa” (embotamento afetivo, isolamento social, entre outros)

Sintomas positivos da esquizofrenia

Pessoas com sintomas positivos podem perder o contacto com alguns aspetos da realidade. Os sintomas incluem:

  • Alucinações
  • Delírios
  • Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais)
  • Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado)

Sintomas negativos da esquizofrenia

Estão associados a interrupções nas emoções e comportamentos normais. Os sintomas incluem:

  • Redução do afeto (expressão reduzida de emoções através da expressão facial ou tom de voz)
  • Dificuldade em iniciar e manter atividades
  • Perda de interesse
  • Redução de fala

Sintomas cognitivos

Em alguns casos, podem passar despercebidos, mas incluem:

  • Baixo funcionamento intelectual (capacidade de entender informações e usá-la para tomar decisões)
  • Dificuldades para manter o foco ou prestar atenção nas atividades do dia a dia.

Os medicamentos antipsicóticos, a reabilitação e as atividades de apoio comunitário e a psicoterapia são os componentes principais do tratamento da esquizofrenia.

Os medicamentos antipsicóticos podem ser eficazes para reduzir ou eliminar sintomas, como delírios, alucinações e pensamento desorganizado. A sua utilização contínua ajuda a reduzir substancialmente a probabilidade de episódios futuros. No entanto, apresenta vários efeitos secundários, como sonolência, rigidez muscular, tremores, movimentos involuntários (discinesia tardia), ou inquietação.

Os programas de reabilitação e as atividades de apoio comunitário têm como objetivo ensinar aos doentes habilidades para viverem em comunidade, de modo a que sejam o mais independentes possível.

Quanto à psicoterapia, ela não reduz os sintomas da esquizofrenia. No entanto, pode ser útil para ajudar a estabelecer uma relação entre o doente, a família e o médico. Esta relação é um fator determinante para que o tratamento seja eficaz.

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PNV
A vacina meningocócica B (MEN B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida e vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV)...

Segundo fonte oficial a vacina contra o rotavírus (vacina ROTA), principal causador de gastroenterites em crianças, também passa a integrar o Programa Nacional de Vacinação, mas será aplicada apenas para grupos de risco, a partir do próximo mês de dezembro

No caso da meningite B, até agora administrada apenas a grupos de risco, vai ser aplicada em três doses: aos dois, quatro e 12 meses de idade.

Todas as crianças nascidas em 2019 podem ser vacinadas de forma gratuita, já que vão ser «repescadas», podendo o esquema vacinal ser iniciado quando a vacina passar a fazer parte do Programa Nacional de Vacinação ou completado, caso a criança já tenha iniciado a imunização.

 

Investigação
O Centro Hospitalar (CH) de Leiria e o Politécnico de Leiria “reafirmaram” ontem, numa sessão protocolar, a sua cooperação “com...

Localizado no campus 5 do Politécnico de Leiria, o Hub de Inovação em Saúde reúne o um espaço para investigação e partilha de conhecimento, utilizado por professores e investigadores do Politécnico e por profissionais de saúde deste Centro Hospitalar. 

“Temos aqui uma plataforma de inovação em saúde, que tem sido determinante na área da formação, investigação e inovação. Muitos profissionais do CHL são nossos professores, investigadores e supervisores de estágios, o que é uma mais-valia imensa”, salientou na ocasião o Presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa. “Queremos aproveitar esta relação linear e de abertura, para capitalizar na área da investigação e da formação. Ainda são muitos os desafios que temos pela frente, só alcançáveis com reforço de investimento na formação e investigação na área saúde que gerem impacto e que estejam ao serviço da sociedade e das pessoas”.

A esta parceria, “soma-se” o funcionamento da Consulta Externa do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CH Leiria no mesmo edifício, cuja continuidade foi renovada por mais um ano, através de um protocolo assinado, ontem, dia 29 de setembro, pelas duas instituições.

O Presidente do Conselho de Administração do CH Leiria, Licínio de Carvalho, referiu na ocasião a colaboração essencial do Politécnico de Leiria para o funcionamento da Consulta Externa de Psiquiatria, que já representa 7 a 8% das consultas externas do centro hospitalar. “Quanto aos projetos de cooperação com o Politécnico de Leiria, temos uma complementaridade de trabalho, que tem sido decisiva para sermos diferenciados. O nosso Centro de Investigação, que já completou cinco anos, muito depende desta colaboração, por exemplo”, destacou o responsável.

 

 

Subida de casos
A taxa de incidência de novos tem vindo a aumentar desde o início de setembro, estando agora próxima de valores aos do mês de...

Segundo a publicação, que analisou os números da crise de saúde pública, dos últimos meses, o pico neste indicador foi registado entre 31 de março e 6 de abril, altura em que o país estava com 5.322 novas infeções, o que corresponde a uma taxa de incidência de 52 novos casos semanais por 100 mil habitantes.

O valor atual é de 4.829 novos casos, o que corresponde a uma taxa de incidência de 47 novas infeções por 200 mil habitantes. Taxa essa, muito próxima dos valores registados há seis meses.

Com base na análise feira pelo jornal Público foi possível perceber que a taxa de incidência de novos casos tem sofrido muitos “altos e baixos”. Quando o vírus entrou em Portugal a tendência foi de subida, contudo, devido ao confinamento acabou por descer. Em junho a mesma taxa voltou a aumentar, mas no fim do mês seguinte a tendência inverteu-se. Agora, a partir do início de setembro este aumento voltou a disparar

Bernardo Gomes, especialista de Saúde Pública, ainda assim mostra alguma tranquilidade. “Diria que este valor não é motivo para ficarmos muito alarmados – e reforço, ‘muito alarmados’. Aquilo que aconteceu em março ou abril é que nós só estávamos a detetar os casos mais graves e os casos sintomáticos. Isto pela capacidade incompleta de testagem – tínhamos de ser criteriosos porque não havia testes suficientes no início da pandemia”, refere citado pelo jornal Público. 

 

 

Complicações e tratamentos
À medida que envelhecemos, muitas partes do nosso corpo começam a doer. Infelizmente, a coluna é ma

Questões comuns sobre o envelhecimento vertebral

Degeneração discal

A coluna vertebral tem ossos chamados vértebras que estão uns sobre os outros com os discos interverterias entre eles com a função de amortecer o choque entre eles. Com o tempo, esses discos começam a desgastar- se, o que faz com que as vértebras percam a mobilidade. Quando isso acontece, pode sentir dor nas costas e rigidez.

Tratamentos possíveis: Ozonoterapia, Epidural, PRP, Cirurgia.

Estenose do canal

Quando isso acontece, pode haver estreitamento do canal vertebral. O doente vai sentir a pressão na medula espinhal e os nervos ficam comprimidos, podendo provocar dor lombar, dormência e fraqueza nas pernas.

Tratamentos possíveis: Ozonoterapia, Epidural, PRP, Cirurgia.

Artrose das articulações facetárias

Também conhecido como Síndrome Facetaria ocorre quando a cartilagem que separa as articulações facetárias da coluna vertebral degenera. Isso acontece naturalmente ao longo do tempo, mas os sintomas incluem dor lombar e rigidez. Normalmente, estes atingem o pico de manhã e no final do dia.

Tratamentos possíveis: Radiofrequência

Vértebras frágeis

Esta condição é mais comum em mulheres e também é chamada de osteoporose. Isso faz com que os ossos das costas percam a densidade óssea e se tornem mais frágeis com o tempo, o que permite que as fraturas aconteçam mais facilmente.

Tratamentos possíveis: Farmocoterapia

Fraturas de Compressão

Mais comum para aqueles que sofrem de osteoporose, isso acontece quando as fraturas fazem com que o osso vertebral colapse parcialmente. Além de perder altura, também causa dores nas costas súbitas e severas, deformidade da coluna vertebral e incapacidade de fazer exercícios físicos.

Tratamentos possíveis: Vertebroplastia e radiofrequência.

Mudando de Postura: A partir dos 30 anos, pequenas mudanças acontecem quando se trata de nossa postura. Na verdade, a pessoa média perderá cerca de 1 cm de altura a cada 10 anos depois de atingir a altura máxima Isso é ainda mais verdadeiro para pessoas com mais de 70 anos, e nossa atitude pode mudar durante esse tempo. Se sua postura repentinamente começar a mudar drasticamente, pode ser devido a qualquer um dos problemas acima.

Como ajudar a sua coluna a envelhecer

Como a maioria das condições médicas, existem várias ações que você pode tomar antes que as coisas comecem a agravar. Para ser proativo, considere adicionar algumas destas rotinas à sua agenda:

  • Exercício para evitar o excesso de peso e para fortalecer as costas e os músculos abdominais.
  • Mude a sua postura. Enquanto o fato é que nossas costas começam a se inclinar mais à medida que envelhecemos, pode se tornar tão grave que afeta nossa capacidade de andar. Certifique-se que esta direito, especialmente se você trabalha tem uma vida sedentária.
  • Tente levantar-se a cada vinte minutos sentado.
  • Verifique o seu cálcio e vitamina D.
  • Não fume.
  • Certifique-se de comer uma dieta equilibrada de vegetais, frutas e evitar carne vermelha.
  • Se tem ansiedade com frequência, passe algum tempo relaxando e garantindo que os músculos das costas estão relaxados.

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Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia e Europacolon unidas
No dia em que se assinala o Cancro Digestivo, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia e a Europacolon Portugal – Associação...

Desde março é registada a uma redução acentuada do número de exames de rastreio e diagnóstico realizados em Portugal. Ambas instituições apelam, por um lado, a uma atitude consciente dos cidadãos, na procura do rastreio ao garantir total segurança na realização dos exames necessários; por outro lado recomendam uma estratégia consertada com as várias entidades envolvidas para, em conjunto, retomar e continuar com a prevenção destas doenças.

O cancro digestivo abrange um conjunto de vários tumores malignos que podem atingir cinco órgãos do aparelho digestivo: esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto. Estes cancros são responsáveis pelo aparecimento de quase 1500 novos casos por mês, um terço de todos os cancros dos portugueses.

No caso do cancro do cólon e reto, o mais frequente do aparelho digestivo, o rastreio deve ser realizado por colonoscopia, sendo este um exame que permite, ao mesmo tempo, a visualização direta e total do intestino permitindo, no mesmo exame o diagnóstico e tratamento definitivo de algumas lesões que antecedem o cancro. Um terço dos novos casos de cancro diagnosticados, todos os anos, podem ser prevenidos e outro terço curado, se forem detetados e tratados numa fase precoce. O rastreio deve iniciar-se aos 50 anos. Anualmente estima-se que surjam, de novo, cerca de 10.000 portugueses com este cancro.

O presidente da SPG, Rui Tato Marinho, defende a necessidade de “uma atitude preventiva dos cidadãos” e sublinha que “a deteção precoce destas patologias é essencial. O médico gastrenterologista tem um papel fundamental no diagnóstico precoce e tratamento do cancro digestivo com a realização de exames, como a colonoscopia” e acrescenta ainda que, “apesar dos tempos difíceis que vivemos, o cancro digestivo não pode ser esquecido. As pessoas podem confiar nas instituições de saúde que estão preparadas para recebê-las, de forma segura. Devemos reunir esforços com uma estratégia conjunta e determinada”.

Para Vitor Neves, Presidente da Europacolon Portugal – Associação de Apoio ao Doente com o Cancro Digestivo, “é urgente a retoma do acompanhamento dos doentes não COVID-19, a  abertura dos centros de saúde onde, após a análise de sintomas, se referenciam os doentes para as consultas de especialidade e também a implementação imediata do rastreio de base populacional do cancro do intestino no nosso país”.

Neste dia Nacional do Cancro Digestivo importa recordar que estilos de vida saudáveis ajudam a prevenir o cancro digestivo: a prática de exercício físico, alimentação saudável, manutenção de peso adequado e evitar excesso de consumo de álcool e não fumar.

Pneumonia
“Vacinação é Proteção” é o lema da campanha destinada a sensibilizar todos os idosos, os seus cuidadores e familiares, para a...

Esta campanha do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), será lançada a 1 de outubro, data em que se celebra o Dia Internacional do Idoso, e pretende transmitir sentimentos de proteção, defesa e confiança no que diz respeito à vacinação.

“Está comprovado cientificamente que depois dos 60 anos os níveis de anticorpos contra diversas doenças infeciosas está abaixo do limiar de proteção numa proporção elevada de casos, pelo que sem programas específicos de vacinação as doenças infeciosas continuarão a ter um impacto muito negativo nesta população nas próximas décadas”, afirma João Gorjão Clara, Coordenador do GERMI.

“O aumento da esperança de vida justifica uma cuidadosa adaptação das recomendações vacinais à terceira idade, tendo por base uma melhor compreensão das razões subjacentes à baixa taxa de cobertura, bem como um melhor conhecimento da imuno-senescência. Ao contrário das crianças, para quem existem programas de imunização bem definidos, para os idosos não tem havido um plano de vacinação específico, o que tem como consequência uma baixa taxa de cobertura vacinal neste escalão etário” conclui João Gorjão Clara.

As doenças infeciosas são uma significativa causa de morbilidade e mortalidade na população idosa podendo ser prevenidas através de vacinação. As infeções do trato respiratório inferior são a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais frequentes acima dos 60 anos. O tétano ainda aparece em muitos países, incluindo Portugal, especialmente na população acima dos 50 anos. A pneumonia é uma das principais causas de morte nos idosos e a vacina previne as formas mais graves.

As vacinas atualmente disponíveis têm um potencial suficiente para baixar o peso das doenças infeciosas nos idosos, independentemente de viverem no domicílio ou em instituições, e aumentar a sua capacidade funcional.

Ciclo de sessões online
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai realizar o webinar Saber+2.0: Exercício Físico na...

Este webinar, destina-se a todos os enfermeiros com interesse pela temática. Terá como interveniente o Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação Luís Jorge Rodrigues Gaspar, e será moderado pela Presidente da Mesa da Assembleia Regional da SRCentro, Ana Paula Morais.

De acordo com as "12 Dicas para ser Saudável", da Organização Mundial de Saúde, nas quais se inclui: Ser Fisicamente Ativo, é de enorme relevância instruir os enfermeiros e cuidadores para a importância da promoção e prática do exercício físico em todas as faixas etárias - desde as crianças, aos mais jovens, passando pelos adultos e pelos idosos, procurando, sempre, adaptar os exercícios às condições de cada pessoa.

Esta atividade integra o ciclo de webinares que a SRCentro está a dinamizar até ao final do ano, com o intuito de aproximar a Ordem dos Enfermeiros dos seus membros, promovendo os seus conhecimentos e o seu desenvolvimento científico e profissional. A inscrição é gratuita, mas obrigatória através do Balcão Único da OE aqui.

 

Atividade Científica
Em 2019, avança hoje a página oficial do Serviço Nacional de Saúde, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco...

De acordo com a informação divulgada na nova edição do Anuário da Atividade Científica do IPO Lisboa, a maioria dos ensaios clínicos decorreram nas áreas da hematologia, das patologias da pele e anexos, pulmão, pleura e mama.

A pediatria, neurologia, urologia, gastrenterologia e cabeça e pescoço também mantiveram ensaios clínicos em curso. No seu conjunto, os ensaios clínicos envolveram 394 doentes.

Quanto aos estudos observacionais, em 2019, o IPO Lisboa destaca os estudos de âmbito académico e clínico e as áreas mais estudas foram as do trato digestivo, hematológico genital e mama. 

 Segundo Carla Pereira, do Centro de Investigação do IPO Lisboa, "podemos dizer que a investigação científica atingiu uma fase plateau, com indicadores globalmente idênticos aos do ano anterior, o que reflete a natureza cíclica dos projetos em curso e já terminados e a sua relação com os indicadores de produção. Espera-se que o aumento do número de projetos registado em 2019 venha a traduzir-se por um aumento da produção científica nos próximos dois a três anos". 

Com a publicação da nona edição do Anuário, uma publicação organizada pelo Centro de Investigação, "o IPO Lisboa reafirma o seu compromisso com a divulgação do trabalho científico desenvolvido por médicos, investigadores e outros profissionais de saúde", destaca o IPO, em comunicado.

 

 

 

 

 

 

Conselhos
Com o regresso ao trabalho e à escola, é tempo de retomar rotinas.

Além dos fatores já enunciados, existem outros que podem desencadear situações de stress, que, por vezes, se arrastam por longos períodos, como por exemplo: a instabilidade profissional, o desemprego, a entrada na reforma, a sobrecarga de tarefas ou também a atual pandemia que vivemos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o stress é definido como um estado de desequilíbrio físico e/ou mental, resultante de uma resposta natural do nosso organismo. Os seus sintomas podem dividir-se em grupos, tais como: sintomas cognitivos, sintomas físicos, sintomas emocionais e alterações comportamentais.

Os sintomas cognitivos manifestam-se através de dificuldades de concentração e de memória, pensamentos desordenados. Pensar de forma negativa, perante alguma situação ou acontecimento, é também uma das sintomatologias associadas ao stress.

A nível dos sintomas físicos destacam-se as enxaquecas, a elevada tensão muscular, que pode resultar em dor nos músculos e nas articulações; as insónias, a diminuição do desejo sexual e também as acentuadas oscilações de peso.  A nível de sintomas emocionais fazem parte os sentimentos negativos, tais como como a agitação, a extrema irritabilidade, a sensação de isolamento e tristeza (vazio, solidão).

Já as alterações comportamentais verificam-se quando um indivíduo está sujeito a longos períodos de stress. É comum ocorrer uma alteração de apetite, que pode manifestar-se através de comportamentos compulsivos como comer excessivamente, ou pelo contrário, comer muito pouco.

O stress é evitável: aprenda a geri-lo

Reconhecer os principais sintomas, é essencial para prevenir futuras complicações, que podem surgir sob a forma de doenças cardiovasculares, disfunção sexual, complicações gastrointestinais, obesidade ou distúrbios alimentares, problemas de pele e cabelo como o aparecimento precoce de rugas ou calvície. Nas mulheres é ainda frequente existirem alterações hormonais, como problemas menstruais.

Desta forma, para gerir as situações de stress:

  • Dedique pelo menos 30 minutos do seu dia a fazer uma atividade física. Está comprovado que a prática de exercício físico liberta endorfinas, hormonas responsáveis por melhorar o estado de humor e contribuir para a redução dos níveis de stress.
  • Pratique uma alimentação equilibrada. Opte por escolhas saudáveis e alimentos que contribuam para a redução de stress. Alimentos ricos em magnésio (cajus, amêndoas, cereais integrais), proteínas (carne, peixes, ovos) ou ainda vitamina C (goiaba, pimentos, citrinos, kiwi) são uma boa aposta. Por outro lado, deve evitar alimentos processados, fritos, refrigerantes ou bebidas com cafeína.
  • Durma melhor. Há quanto tempo não dorme 8 horas? Sabia que a falta de descanso é dos maiores potenciadores de distúrbios mentais, como por exemplo, a bipolaridade? Pela sua saúde durma, no mínimo 7 horas por noite, diariamente.
  • Faça pequenas pausas. Aproveite o tempo livre para se dedicar a atividades que lhe proporcionem bem-estar, sentir-se-á mais feliz e com maior produtividade para enfrentar possíveis situações de stress.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reforçar a imunidade nos grupos de risco
Num período em que Portugal pode estar a enfrentar uma segunda vaga de Covid-19, a Fundação Portuguesa do Pulmão, em parceria...

Neste âmbito, serão oferecidas 100 vacinas pneumocócicas conjugadas 13 valente, às quais se podem candidatar indivíduos que apresentem uma prescrição médica e que tenham “idade superior a 65 anos, comprovada por cartão de cidadão, mesmo que não apresentem qualquer patologia subjacente”, ou sejam “pessoas consideradas grupo de risco para pneumonia, com apresentação de declaração médica referindo a sua inclusão num grupo de risco”.

“Nunca, como agora, foi tão evidente a importância de garantirmos a proteção de quem está mais fragilizado. Doenças graves como a Pneumonia são potencialmente fatais e transversais à sociedade. No entanto, e apesar de a podermos evitar através de vacinação, a Pneumonia continua a matar uma média de 16 pessoas por dia no nosso País”, esclarece a Fundação Portuguesa do Pulmão em comunicado.

“Há casos de Pneumonia ao longo dos doze meses do ano, mas é na época da Gripe que se dá o maior aumento de episódios. Nesta altura, e neste ano em particular, é fundamental que se aposte na prevenção de doenças para as quais já existe vacina”, alerta a FPP.

Para serem candidatos às vacinas, explica, os portugueses devem apresentar uma prescrição médica e fazer a sua inscrição através do telefone 225 082 000. “As vagas são limitadas ao número existente de vacinas (100). Os primeiros 100 utentes terão a vacina anti-pneumocócica e a sua administração completamente gratuitas, suportadas pela Fundação Portuguesa do Pulmão e pelo Hospital de Santa Maria – Porto”, esclarece.

 “A Fundação Portuguesa do Pulmão entende que, dada a situação de pandemia que estamos a enfrentar, todas as pessoas com mais de 65 anos, só pelo fator idade, constituem um grupo de risco. Queremos evitar que desenvolvam infeções respiratórias graves e isso só é possível com a administração da vacina anti-pneumonia”, refere, a propósito, José Alves, médico pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.

“Neste período de grande incerteza devido ao atual crescimento dos casos de Covid-19, entendemos que é essencial proteger os grupos de risco, ainda mais porque vamos entrar na época tradicional da gripe. Com esta ação, para além de sensibilizar para a necessidade da realização da vacina, estamos a contribuir para oferta da mesma a pessoas que não teriam acesso a ela”, salienta Rui Pinto, médico e diretor clínico do Hospital de Santa Maria – Porto.

De destacar que do grupo de risco fazem parte, para além das pessoas com mais de 65 anos de idade, os indivíduos constantes do Grupo I da norma 011/2015 da DGS, ou seja, portadores das seguintes patologias:

  • Doença Cardíaca Crónica (insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquémica, hipertensão pulmonar, cardiomiopatias)
  • Doença hepática crónica ou insuficiência renal crónica
  • Doença Respiratória Crónica (insuficiência respiratória crónica, DPOC, enfisema, asma brônquica, bronquiectasias, doença intersticial pulmonar, fibrose quística,  Pneumoconioses, doenças neuromusculares
  • Pré-transplantação de órgão
  • Dador de medula óssea (antes da doação)
  • Fístulas de LCR
  • Implantes cocleares (candidatos e portadores)
  • Diabetes mellitus, com tratamento farmacológico
  • Imunocomprometidos (asplenia ou disfunção esplénica, imunodeficiência primária, infecção por VIH, doença neoplásica activa, síndrome de Down, síndrome nefrótico)
Investigadores da FFUP e ICBAS
Um artigo científico da autoria de Giulia Manfredi e Luís Midão, antiga estudante de mobilidade da Faculdade de Farmácia da...

Publicado originalmente em maio de 2019, com o título Prevalence of frailty status among the European elderly population: Findings from the Survey of Health, Aging and Retirement in Europe, o artigo em causa descreve a prevalência do estado de fragilidade na população com mais de 50 anos a nível europeu, com base nos dados do Inquérito à Saúde, Envelhecimento e Aposentadoria na Europa (Projecto SHARE).

O estudo permitiu concluir que mais de 50% da população europeia, com idade superior a 50 anos, está numa condição pré-frágil e/ou frágil, e que o desenvolvimento de intervenções que visem reduzir, adiar e mitigar a progressão da fragilidade, é uma prioridade europeia.

O trabalho agora premiado começou a ser desenvolvido no ano letivo 2017/2018, durante o período de mobilidade realizado por Giulia Manfredi na FFUP, onde chegou proveniente do Departamento de Tecnologia e Ciência Farmacêutica, da Universidade de Turim (Itália). Já Luís Midão está a desenvolver a sua tese de doutoramento no âmbito do Laboratório de Bioquímica da FFUP/ UCIBIO REQUIMTE e do Centro de Competências em Envelhecimento Ativo e Saudável (Porto4Ageing) da U.Porto.

 

Debate
No mês em que se assinala o Dia Internacional da Saúde Mental, a Workell apresenta a 1ª edição do Wellbeing Summit num formato...

Tendo como mote “Qualidade de vida no trabalho – uma nova era”, o evento será estruturado em três eixos estratégicos: Saúde mental, Prevenção e Promoção de Saúde no local de trabalho.

De segunda a sexta, entre as 14h30 e as 16h00, serão apresentados casos de sucesso e mesas de debate com a participação de vários oradores nacionais e internacionais. A inscrição é gratuita.

Além da data, há já a confirmação de vários oradores. São disso exemplo o coordenador dos programas de formação executiva e pós-graduada da Autónoma Academy na área do Capital Humano, João Paulo Feijoo, o professor catedrático, José Soares, o membro da direção nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Teresa Espassadim, a Head of Human Resources do Grupo Ageas Portugal, Catarina Tendeiro ou o Médico psiquiatra e psicoterapeuta membro do conselho Nacional de Saúde Mental, Vítor Viegas Cotovio.

“Será no mês de outubro e como forma de assinalar o Dia Internacional da Saúde Mental, que materializaremos o esforço dos últimos meses para preparar um evento que tem como missão transformar a forma como a saúde e bem-estar no local de trabalho é encarada. Sabemos que locais de trabalho saudáveis são mais produtivos e que contribuem para o desenvolvimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, representando um modelo de desenvolvimento mais sustentável para todos. Passamos tanto tempo a trabalhar, não deve ser o bem-estar laboral uma das nossas maiores preocupações?”, acrescenta Tiago Santos, CEO da Workwell e pioneiro do corporate wellness em Portugal.

Com o intuito de criar oportunidade para gestores, profissionais e especialistas debaterem a importância do bem-estar nas suas organizações e contribuírem para ambientes de trabalho mais saudáveis, apostou-se num programa intenso e abrangente, com diversas temáticas: os novos contornos da saúde mental, performance e saúde em ambiente de pandemia, comportamentos promotores de saúde, bem estar em teletrabalho, gestão de espírito de equipa em teletrabalho, entre outras. Durante esta edição acontecerão ainda sessões de ginástica laboral.

Saiba mais na página do evento aqui

 

Sessão online
A Associação Portuguesa de Podologia (APP) vai realizar a 8.ª Reunião Magna, uma sessão online dirigida a podologistas, cujos...

“Convidamos os podologistas a participar, de forma segura e ativa, nos temas atuais e de grande impacto nas nossas vidas e na nossa atividade profissional”, refere Manuel Portela, presidente da APP.

A iniciativa é promovida anualmente pela APP, de forma presencial. Contudo, este ano, atendendo ao estado atual provocado pela pandemia, será em formato digital.

A reunião conta com a participação de Manuel Portela, presidente da APP, Ricardo Baptista Leite, médico e coordenador científico de Saúde Pública, José Garcia Mostazo, presidente do Conselho Geral das Associações Oficias de Podologistas de Espanha, André Ferreira, podologista e editor no Jornal Europeu de Podologia e Marco Cruz, consultor da atividade contabilística da Associação Portuguesa de Podologia.

A inscrição no evento é gratuita, mas obrigatória e deve ser feita para o e-mail: [email protected]

 

Webinar
Em 2020 sob a forma de webinar (transmitido pela plataforma Zoom), o Encontro Mais Contigo realiza-se, já amanhã, com a...

O especialista brasileiro abordará as “Evidências e possíveis implicações do impacto da pandemia COVID-19 sobre a saúde mental dos adolescentes”, título da comunicação que vai proferir, pelas 15h35, num encontro cuja nona edição é, uma vez mais, organizada pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

A epidemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 serve, igualmente, de motivo para a intervenção do diretor do Departamento de Saúde Pública da ARS Centro. O médico João Pedro Pimentel falará, um pouco antes (às 15h00), no IX Encontro Mais Contigo, sobre como é “Viver a escola em período de COVID-19, um olhar de saúde pública”.

Além da habitual apresentação dos resultados do ano letivo anterior – cerca de 8 mil alunos (3º ciclo do ensino básico e ensino secundário) de um total de 127 escolas e colégios, de norte a sul de Portugal, estiveram envolvidos, em 2019-2020, no Mais Contigo –, o encontro de amanhã mostrará o interesse do Brasil na implementação deste programa de prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar. Kelly Vedana (Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo), Karine Zago e Fabíola Gomes (Universidade Federal de Uberlândia) falarão, entre as 16h20 e as 17h00, sobre o Mais Contigo no Brasil.

O programa Mais Contigo, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, é reconhecido como uma boa prática por parte do Programa Nacional de Saúde Mental (PNSM), que, por isso, lhe continua a atribuir financiamento.

A sessão de abertura do IX Encontro Mais Contigo está marcada para as 14h00, com as aguardadas presenças da presidente da ARS Centro, Rosa Reis Marques, da presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, da enfermeira diretora de Enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Áurea Andrade, do diretor do PNSM, Miguel Xavier, e do coordenador do Mais Contigo, José Carlos Santos.

 

Opinião
“Quem vê caras não vê corações” lembra a sabedoria popular.

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte em muitos países, incluindo Portugal, afetando milhões de pessoas em todo o mundo e contribuindo para hospitalizações, incapacidade para o trabalho e diminuição da qualidade de vida dos doentes, com custos significativos para todos, enquanto sociedade. Este importante impacto negativo tem sido amplamente divulgado e será do conhecimento de uma proporção significativa de portugueses.

 Menos presentes, no entanto, parecem estar as manifestações em que se traduzem essas doenças e as atitudes a tomar perante elas. As DCV podem ter uma apresentação com sintomas agudos, geralmente resultantes do bloqueio abrupto da circulação sanguínea no coração, como no enfarte do miocárdio (dor no peito, falta de ar súbita) ou no cérebro, como no acidente vascular cerebral isquémico (AVC)  (instalação rápida de paralisia ou alteração da sensibilidade dos membros, “boca ao lado”, alterações da linguagem, entre outros). Estas são situações críticas em que é fundamental ativar o sistema de assistência médica de emergência (112), uma vez que o tratamento precoce pode ter uma repercussão muito significativa na evolução e sequelas da doença.

Mas devemos ter em mente que subjacente ao enfarte do miocárdio e ao AVC está geralmente a acumulação gradual de placas de gordura e cálcio nos vasos sanguíneos (aterosclerose), que evolui ao longo de anos de forma mais ou menos silenciosa. E assim podemos estar assintomáticos, ter uma “boa cara”, enquanto o nosso coração (tal como o cérebro) sofre as consequências da aterosclerose, tornando-se num “mau coração”.

Outra DCV que muitas vezes só é diagnosticada tardiamente é a insuficiência cardíaca, outra situação em que a uma “boa cara” poderá corresponder um “mau coração”. Nos seus estádios iniciais esta patologia pode causar sintomas que são inespecíficos, como o cansaço ou a falta de ar e que surgem apenas em situações de maior esforço; o inchaço das pernas pode ser ligeiro. Estas manifestações podem ser, e são-no muitas vezes, atribuídas a outras causas (até à idade) pelos próprios doentes, familiares e até pelos médicos. E, no entanto, a insuficiência cardíaca é frequente - é a principal causa de internamento acima dos 65 anos em muitos países. A sua mortalidade é superior a algumas das formas mais comuns de cancro. É, portanto, fundamental estar alerta para esta doença e os seus sintomas, porque um diagnóstico precoce permitirá o seu melhor controlo pela instituição atempada de terapêutica comprovadamente eficaz.

A boa notícia é que podemos em grande parte prevenir as DCV. A adoção de um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, a prática regular de exercício físico, a moderação no consumo de álcool e a abstinência tabágica são peças fundamentais dessa prevenção. Essas medidas permitem também evitar ou controlar melhor outras doenças que são, elas próprias, fatores de risco para o desenvolvimento de aterosclerose. A hipertensão arterial, a hipercolesterolemia, a obesidade ou a diabetes estão associadas a um risco significativo de DCV pelo que os doentes com estas patologias devem ser devidamente tratados e acompanhados, de forma a minimizar esse impacto negativo na sua saúde. Porque “mais vale prevenir que remediar”, cabe a cada um de nós um papel ativo na promoção da saúde cardiovascular, não só a título individual, como na comunidade e na sociedade em geral. Ponhamos mãos à obra!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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