Sociedade Portuguesa de Ginecologia
A menopausa afeta as mulheres, em média, a partir dos 50 anos. Em 2030 deverão existir 1,2 milhões de mulheres no mundo com...

A Menopausa ainda é vista por muitas mulheres como um tema tabu. Os sintomas da menopausa afetam negativamente a vida pessoal da maioria das mulheres, interferem na atividade profissional de quase um quarto e em 5% provoca mesmo absentismo laboral, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG).

A Menopausa tem custos económicos e sociais sobretudo numa fase da vida da mulher em que muitas vezes tem responsabilidades profissionais muito exigentes. Fernanda Geraldes, Presidente da Secção de Menopausa da SPG afirma que “a menopausa é um acontecimento central na vida da mulher, constitui um verdadeiro marco no seu percurso. Tudo decorre do facto dos ovários perderem a sua capacidade funcional, o que é perfeitamente natural, na maior parte dos casos”.

E acrescenta que “o problema são as implicações que a menopausa tem na vida da mulher atual, cujas exigências profissionais, sociais e relacionais são muito maiores e associadas a uma esperança de vida muito mais longa e que fazem com que as consequências a médio e longo prazo ganhem outra dimensão”.

Em Portugal são poucas as mulheres que recorrem a tratamentos hormonais na menopausa. No entanto, os médicos aconselham as mulheres com sintomatologia da menopausa que interfira nas suas atividades básicas diárias a procurar orientação médica. 

 

Covid-19
O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, assegurou hoje que o aumento de casos de Covid-19 que se tem verificado em...

Na conferência de imprensa de atualização dos dados sobre a pandemia em Portugal, o governante indicou que Portugal registou durante o mês de setembro um total de 18.153 casos de infeção pelo o novo coronavírus, número que comparou com o mês de abril [até agora o mês com maior número de casos], no qual foram registados 16.733 casos.

“O aumento do número de casos não está a implicar, a esta data, uma utilização igual e muito menos maior, dos serviços hospitalares, tanto em enfermaria como em unidades de cuidados intensivos do que aquele a que assistimos nos meses de abril e maio deste ano”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde.   

Diogo Serras Lopes reforçou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a preparar-se para os meses de outono e inverno e que o aumento de casos que tem vindo a verificar-se “não é exclusivo de Portugal”.  

“O aumento do número de casos não surpreende”, observou o governante, justificando com “o retomar progressivo da atividade, não apenas na dimensão económica, mas também na Educação com o regresso às aulas ou na Saúde com o regresso da atividade assistencial”, embora tenha sublinhado a necessidade de “manter regras” e tenha reiterado que “a prudência é fundamental”.

“Estamos convictos que o maior e o melhor conhecimento desta doença por parte dos nossos profissionais de saúde e também a preparação que foi implementada ao longo dos meses em todo o Serviço Nacional de Saúde contribui de forma decisiva para uma melhor resposta”, referiu.

O Secretário de Estado da Saúde apontou ainda que “a taxa de ocupação global [dos serviços hospitalares] se mantém entre os 70 e os 80%», uma taxa que, frisou, não inclui a “capacidade adicional” do Serviço Nacional de Saúde, capacidade essa que será ativada de imediato caso necessário.

 

Curso E-learning
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e o Núcleo de Estudos de formação em Medicina Interna (NEForMI), acabam de...

O curso, com certificação DGERT, destina-se a internos e especialistas de Medicina Interna, farmacêuticos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, tem início dia 10 de outubro de 2020 e termina dia 06 de fevereiro de 2021.

A dor é um fenómeno fisiológico de importância fundamental para a integridade física do indivíduo. A dor, para além do sofrimento e da redução da qualidade de vida que causa, provoca alterações fisiopatológicas que vão contribuir para o aparecimento de comorbilidades orgânicas e psicológicas e podem conduzir à perpetuação do fenómeno doloroso. Assim, a dor, e em particular a dor crónica, pode estar presente na ausência de uma lesão objetivável, ou persistir para além da cura da lesão que lhe deu origem.

Nesse contexto, a dor deixa de ser um sintoma para se tornar numa doença por si só, tal como foi reconhecido numa declaração emitida no Parlamento Europeu em 2001 pela European Federation of IASP Chapters (EFIC). O controlo da dor deve ser encarado como uma prioridade ao nível da continuidade de cuidados, transversal a todas as tipologias, sendo, igualmente, um fator decisivo para a indispensável humanização dos cuidados prestados.

Para inscrições e informações basta seguir o link: https://www.spmi.pt/curso-dor-cronica-e-learning/.

 

 

Boletim Epidemiológico
Segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Portugal contabiliza, desde o início da...

Nas últimas 24 horas, morreram mais oito pessoas e registaram-se mais 944 novos casos de infeção. 325 foram dadas como recuperadas, elevando para 51.037 o número total de casos recuperados em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, continua a ser aquela que regista o maior número de novos casos, com 494 novas infeções, representando mais de metade dos casos registados em todo o país.

O relatório da situação epidemiológica, mostra ainda que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 900 óbitos (+1 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (811 +5), Centro (269 +1) e Alentejo (25 =). Pelo menos 20 (+1) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 764 doentes internados, mais 32 que ontem, e 104 em unidades de cuidados intensivos, o mesmo número que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, estão ativos 28.179 casos de infeção em Portugal - mais 611 que ontem – e  46.023 pessoas estão em vigilância.

Webinar
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), no âmbito das diversas sessões online que tem vindo a...

Vai ser uma conversa informal sobre Insuficiência Cardíaca (IC) entre Maria José Rebocho, Médica Cardiologista e também membro do Conselho Técnico-Científico da AADIC, e Salvador Sobral, músico português e vencedor do Festival Eurovisão da Canção 2017, que aos 27 anos de idade recebeu um transplante cardíaco. A iniciativa é de participação gratuita e é dirigida aos doentes com IC e aos seus cuidadores.

“Vou participar neste Webinar da AADIC para dar o meu testemunho enquanto doente com insuficiência cardíaca que teve de ser submetido a um transplante do coração e aproveitar a ocasião para explicar as medidas que todos devemos tomar para evitar ao máximo o risco de contágio pela covid-19”, explica Salvador Sobral.

“Através desta conversa informal queremos partilhar informações pertinentes sobre a doença, dar conselhos úteis e até dicas que permitam aos nossos doentes retomar a sua vida com normalidade e em segurança, nestes tempos que vivemos causados pela covid-19 e que são de cuidados excecionais para todos, principalmente para os portugueses com insuficiência cardíaca”, conclui Maria José Rebocho.

A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) reúne doentes, familiares e amigos, e tem por objetivo promover, incentivar, orientar e dar apoio na área da Insuficiência Cardíaca, nomeadamente através da informação à população e promoção de melhores cuidados de saúde para esta condição. Atualmente é suportada por um conselho técnico científico e por cerca de 100 associados de norte a sul do país, mas mantém a ambição de atingir os 500 sócios até ao final do ano.

A sessão vai ser transmitida, em exclusivo, na página do facebook ou no site da AADIC. 

Alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Face à situação atual de pandemia, inúmeras consultas, tratamentos e cirurgias, na área da oftalmologia, foram desmarcadas. No...

Para o médico oftalmologista, em Portugal, “A retinopatia diabética é uma complicação da diabetes a nível ocular que tem tratamentos que permitem preservar a visão dos doentes e, em muitos casos, permitem mesmo recuperar a visão perdida. No entanto, para que tal aconteça estes tratamentos devem ser mantidos de forma repetida e regular. No caso da DMI, onde crescem vasos sanguíneos anormais por debaixo da retina ou na sua espessura, a regularidade necessária é ainda mais urgente. A sua interrupção pode provocar, com maior frequência nesta doença, uma perda irreversível de visão. Por outro lado, doenças como o glaucoma também precisam de vigilância e tratamento para evitar a perda de visão.”

“Mais de 85% da informação que recebemos chega-nos através da visão. A nossa vida pessoal, profissional, afetiva e relacional está suportada na informação visual”, refere o médico. “O medo de perder a visão, de acordo com estudos publicados, é superior, por exemplo, ao medo de ter um carcinoma da próstata ou um AVC. Exemplo disso é o caso dos doentes diabéticos, que como muito bem sabemos podem ter complicações graves em vários órgãos, mas a complicação que mais temem é a cegueira”, acrescenta.

Esta Sociedade científica reforça ainda que as pessoas devem sempre tratar da sua saúde ocular exclusivamente com o seu médico oftalmologista, explicando que contrário de um optometrista, este estudou medicina e especializou-se em Oftalmologia, ganhando todos os conhecimentos para tratar as doenças oculares. “Ter uma visão normal não significa que esteja tudo bem. Só o médico Oftalmologista está preparado para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças oculares”, explica a SPO.

 

Relatório
O mais recente relatório REDUNIQ Insights apresenta uma gradual retoma da faturação e do número de transações dos negócios...

A REDUNIQ, a maior rede nacional de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros, acaba de divulgar uma nova edição do REDUNIQ Insights, um relatório que analisa a evolução das transações dos negócios em Portugal durante o período pandémico. Como principal conclusão, o documento revela que, apesar da faturação total acumulada até setembro registar uma quebra de 20% face ao período homólogo, o valor faturado pelos negócios no mês passado encontra-se a menos 9% em comparação com o mesmo mês de 2020.

A retoma de faturação justifica-se sobretudo pelo impulso do turismo interno e pela chegada da rentrée, caracterizada pelo aumento dos fluxos de mobilidade – quer pelo regresso às aulas ou pelo regresso ao trabalho. Ainda que seja um cenário positivo, Tiago Oom, Diretor da REDUNIQ, alerta para o facto destes “números não poderem ser assumidos como indicadores seguros de que esta tendência de recuperação irá prevalecer. Isto porque, por um lado, é expectável que o agravar da crise sanitária volte a condicionar os comportamentos de consumo dos portugueses, e, por outro lado, importa atentar ao adensar dos impactos de uma crise económica anunciada”.

Também ao nível do número de transações tem-se assistido a uma retoma gradual dos normais valores, com uma variação homóloga abaixo de um ponto percentual desde 23 de agosto – os últimos registos, que compreendem o período entre 6 e 19 de setembro, indicam uma variação homóloga de menos 0,42%. Para além disso, o novo relatório do REDUNIQ Insights demonstra ainda que os portugueses, apesar de estarem a consumir mais vezes, estão a gastar menos em cada compra, sendo o valor médio por transação de 33,50€.

Já quando comparados os níveis de faturação de cartões nacionais e estrangeiros, os dados

deste relatório evidenciam que, entre agosto e setembro, o consumo dos portugueses excedeu a faturação registada no mesmo período de 2019, enquanto que a faturação estrangeira obteve quebras na ordem dos 50%. Estes resultados, segundo Tiago Oom, “refletem aquilo que foi a realidade nacional durante o período de verão: tivemos uma forte promoção de Portugal enquanto destino turístico para os portugueses, ao mesmo tempo que tivemos uma quebra do consumo estrangeiro devido às medidas de contenção da propagação do vírus, nomeadamente ao nível das restrições de tráfego aéreo. Não obstante, se analisarmos a faturação total acumulada até setembro, observamos um cenário muito semelhante, com uma quebra de 9% do consumo nacional, contrastando com a quebra de mais de 55% do consumo estrangeiro”.

No que respeita à faturação por distrito, assim como se tem vindo a registar desde o início da pandemia, os distritos mais afetados são aqueles que apresentam uma maior atividade ao nível do turismo, nomeadamente Lisboa, Faro, Porto e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, apesar de registarem melhores resultados durante os meses de verão. Só em setembro, Lisboa alcançou quebras na ordem dos 24% face ao período homólogo, enquanto que Faro, Madeira Porto e Açores obtiveram descidas de 20%, 20%, 16% e 14%, respetivamente.

Apesar da redução do consumo derivada da pandemia, o REDUNIQ Insights demonstra que desde janeiro até setembro os setores das farmácias, do retalho alimentar tradicional e dos eletrodomésticos e tecnologia tiveram uma melhor performance que no mesmo período do ano anterior, com mais 45%, 31% e 7% de faturação, respetivamente. A contrastar estão os negócios de hotelaria (-64%), moda (-37%), e perfumarias (-35%). Sobre este cenário, Tiago Oom comenta: “Em determinadas categorias, como os cabeleireiros, farmácias e retalho alimentar tradicional, esta melhoria da performance observou-se, por um lado, pelo aumento do parque de terminais de pagamento automático no sistema – resposta dos retalhistas ao receio dos consumidores usarem dinheiro físico – e, por outro lado, aquilo que consideramos ser uma migração de pagamentos em dinheiro físico para pagamentos eletrónicos – desde logo pela democratização do contactless.”

E é sobre o contactless que termina o relatório da REDUNIQ, que destaca este como um meio de pagamento cada vez mais utilizado pelos portugueses, com uma representação de 28% do total de pagamentos em agosto deste ano. Ao nível de crescimento, a utilização deste meio de pagamento aumentou em 19% de julho a agosto, sendo a sua taxa média de crescimento de 18,05%. Já no que respeita ao ticket médio (valor médio por pagamento) das transações por contactless, mais de 50% são efetuadas até aos 15€, embora seja possível realizar pagamentos com esta solução até aos 50€.

2.ª edição da Conferência “Leading Innovation, Changing Lives”
No próximo dia 21 de outubro decorre, pelo 2.º ano consecutivo, a Conferência Leading Innovation, Changing Lives, um evento que...

Tendo em consideração o contexto atual e os mais recentes desafios que se impõem à comunidade médica, durante a conferência, a mesa redonda, intitulada “Nova Realidade, Novos Desafios - impacto de uma pandemia”, será o epicentro da discussão sobre a repercussão do contexto pandémico nas mais diversas áreas, desde a educação e ciência à economia, da política à clínica e investigação. Este momento, que contará com a moderação de Paula Martins de Jesus, vai reunir um painel de excelência, do qual fazem parte os especialistas Filipe Froes, Julian Perelman, Ricardo Baptista Leite, Luís Goes Pinheiro e Nuno Sousa.

Durante a conferência, serão ainda apresentados os projetos finalistas e revelado o grande vencedor do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção criada pela MSD, em 2019, com o objetivo de destacar projetos diferenciadores para a Medicina em Portugal, de forma a permitir a sua implementação, estimulando, assim, a investigação científica junto das faixas mais jovens que seguem a carreira médica. Nesta 2.ª edição, a relevância desta distinção foi reforçada pelos resultados alcançados, que superaram as expetativas, ao se contabilizarem mais de 100 candidaturas submetidas por equipas e instituições científicas de 28 áreas de interesse, onde se destaca a Oncologia, a Cardiologia, a Endocrinologia e a Infeciologia, provenientes de 14 distritos.

As inscrições, abertas para profissionais de saúde, estão disponíveis através do site do Prémio.

 

Pela melhoria da qualidade de vida das famílias com doenças congénitas da glicosilação
Rita Francisco, investigadora da CDG & Allies Professionals and Patient Associations International Research Network (CDG ...

“Visto a comunidade CDG estar dispersa pelo globo, optámos por desenvolver uma ferramenta baseada num questionário online, o ImmunoCDGQ. Os questionários foram traduzidos em cinco línguas para facilitar e diversificar a participação das famílias. Desenvolvemos um conjunto de campanhas e estratégias de divulgação e capacitação, explorando diversas plataformas online, de modo a maximizar o recrutamento, mas também para assegurar que os participantes estavam devidamente informados e esclarecidos”, afirma Rita Francisco, também membro da Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG) e da Organização Mundial das Doenças Congénitas de Glicosilação.

A investigadora refere que estão, agora, a desenvolver dois projetos de investigação com base nos resultados obtidos, assim como outras iniciativas.

As conclusões do estudo “New Insights into Immunological Involvement in Congenital Disorders of Glycosylation (CDG) from a People-Centric Approach”, liderado por Rita Francisco, revelam, entre outros aspetos, que os doentes com CDG mostram uma prevalência mais alta de manifestações imunológicas; que a forma mais comum da CDG (PMM2-CDG) apresenta padrões de infeção diversos e graves, que são uma causa importante de hospitalização; que as infeções em PMM2-CDG têm maior relevância clínica na infância e estão significativamente associadas ao trato gastrointestinal; que a suspeita de infeção é o principal gatilho para cuidados médicos com antibióticos; e que as infeções e alergias afetam negativamente a vida diária dos doentes com PMM2-CDG.

As CDG são um grupo de 150 doenças hereditárias que afetam a glicosilação, um processo pelo qual todas as células humanas acumulam açúcares de cadeia longa que estão ligados a proteínas ou lípidos (gorduras), essenciais para muitas funções biológicas. Estas doenças são altamente incapacitantes, com uma elevada taxa de mortalidade pediátrica e com significativo impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e das famílias. As CDG são uma família de doenças muito raras, estimando-se que a forma mais comum (PMM2-CDG) tenha uma incidência de 1 em cada 20 mil pessoas.

Parceria com a OrCam Technologies
A OrCam Technologies, empresa israelita especialista em tecnologia baseada em inteligência artificial para pessoas que são...

O aparelho está desenhado para pessoas com dificuldades de leitura derivadas de fadiga, dislexia, afasia ou outras condições, bem como para pessoas que leem grandes quantidades de texto. “Ficamos extremamente satisfeitos por podermos auxiliar pessoas com algum tipo de dificuldade, no seu trabalho ou nos estudos, disponibilizando o nosso aparelho num local onde podemos criar uma experiência de leitura perfeita para todos,” diz Fabio Rodriguez, Country Manager de Portugal e Espanha.

“Em Portugal, estima-se que aproximadamente 6% da população seja disléxica e o OrCam Read, pretende ajudar a colmatar este desafio, podendo mesmo ser utilizado como uma ferramenta de uso escolar ou, neste caso, institucional.”

Nesta primeira fase de lançamento, o aparelho estará disponível na Biblioteca Nacional de Portugal para utilização exclusiva na Sala de Leitura da Área de Leitura para Deficientes Visuais (ALDV) por utilizadores registados e com o apoio dos técnicos da ALDV.

O OrCam Read já está disponível em Portugal e em português, bem como em múltiplos países e tem a capacidade de ler todas as principais línguas europeias. Utilizando tecnologia baseada em inteligência artificial, o leitor portátil lê e captura em tempo real, texto de qualquer superfície ou ecrã digital. Ao apontar para o texto são ativados dois lasers-guia que fornecem ao utilizador duas opções de leitura: ler tudo ou escolher onde começar a ler.

A solução wireless dá ao utilizador feedback áudio instantâneo dos jornais, livros, ecrãs de smartphone, etiquetas, entre outros. O funcionamento deste dispositivo é totalmente processado offline, sem necessitar de conexão à internet, o que assegura totalmente a privacidade de dados do utilizador. Adicionalmente, para garantir a comodidade dos leitores, poderá ser emparelhado com auriculares via Bluetooth, para que só o utilizador oiça o texto selecionado.

 

Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra
Um projeto de investigação que propõe o tratamento da doença de Machado-Joseph, uma doença neurodegenerativa rara e incurável,...

A equipa vencedora, designada “ExoTreat”, é constituída por Sara Lopes, Luís Pereira de Almeida, Kevin Leandro e David Ramos, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC).

“O potencial da tecnologia prende-se com a entrega de moléculas terapêuticas às regiões afetadas do cérebro de forma segura, eficaz e altamente controlada”, afirma Sara Lopes, acentuando que “o sucesso deste projeto poderá contribuir para avanços significativos no tratamento da doença de Machado-Joseph, assim como de outras doenças neurodegenerativas”.

Por sua vez, Luís Pereira de Almeida, líder do grupo de investigação no CNC-UC e coordenador da equipa, refere que “este prémio reflete todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no nosso grupo de investigação e constitui um reconhecimento a todos os que nele colaboram”.

O também professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) nota ainda que “o grupo trabalha há mais de 20 anos no desenvolvimento de terapias génicas com potencial terapêutico para esta doença fatal. Todos os avanços científicos alcançados são no sentido de oferecer uma terapia que possa reverter a doença e melhorar a qualidade de vida dos doentes”.

Além do prémio, a equipa teve acesso a sessões de mentoring por parte da equipa da Roche, num Bootcamp de aceleração de ideias, que decorreu antes da final do concurso. Segundo a Roche, o Building Tomorrow Together é um concurso de aceleração e inovação “destinado a desenvolver ideias que se baseiam na ciência e/ou na tecnologia para resolver desafios na área das neurociências”.

SPPCV está a promover uma campanha de consciencialização para a doença
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover uma campanha de consciencialização para a...

A osteoporose atinge 17 por cento das mulheres e 2,6 por cento dos homens, facto que se explica pelo declínio hormonal que ocorre durante a menopausa e que acentua a perda de matriz óssea.

“Não perca mais tempo. Aposte numa melhor saúde dos seus ossos!” é o mote desta iniciativa que está disponível nas redes sociais e junto das Unidades de Cuidados à Comunidade – Centros de Saúde, através de um vídeo informativo.

Para Miguel Casimiro, neurocirurgião e presidente da SPPCV, “o principal objetivo desta campanha é de alertar a população para a existência da doença, dos seus sinais e sintomas, dos fatores de risco e das formas de prevenção desta patologia, que é uma das principais causas de fratura, sobretudo, em pessoas idosas e do sexo feminino.”

Caraterizada pela diminuição de massa óssea, a osteoporose é uma doença do esqueleto que enfraquece os ossos, ou seja, que retira qualidade e resistência às estruturas ósseas, tornando-as mais vulneráveis ao risco de fratura.

Para além do impacto desta doença na qualidade de vida dos doentes, as fraturas osteoporóticas podem ter graves consequências, nomeadamente a incapacitação grave do doente, ou até mesmo a mortalidade. A probabilidade de vir a sofrer de osteoporose aumenta com a idade, mas a doença não é uma consequência inevitável do envelhecimento.

 

Iniciativa
As farmácias vão ser as protagonistas de uma campanha de sensibilização e informação sob o lema “Vamos ser íntimos pela sua...

Este tipo de doenças afeta anualmente cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo, no entanto, ainda bastante desvalorizadas ou subestimadas por quem as sofre. Em Portugal, estima-se que a Vaginose Bacteriana afete entre 5% a 15% das mulheres e que 3 em cada 4 mulheres sofram pelo menos um episódio de Candidíase Vulvovaginal ao longo da sua vida.

Pelo seu cariz muito particular e sensível, muitas pessoas não se sentem confortáveis a abordar estas doenças, menosprezando os primeiros sinais e sintomas. Contudo, o Farmacêutico, pela relação de confiança e proximidade que estabelece com os seus utentes, pode ser um primeiro elo de contacto privilegiado para ajudar a identificar precocemente sintomas.
 
Em paralelo, a Farmácia é o local onde se pode adquirir produtos de saúde íntima com garantia de qualidade. A automedicação e a compra de medicamentos online sem aconselhamento devem ser evitadas, sob risco de se adquirir produtos que não tratem a patologia, ou pior, que agravem ou induzam efeitos secundários nocivos.
 
A campanha, para além de abordar as principais doenças de cariz sexual, destaca ainda a prevenção, através de bons hábitos de higiene íntima, como fator fundamental para evitar o aparecimento e proliferação destas doenças.
 
A campanha reveste-se também de uma vertente informativa e formativa, procurando clarificar os diferentes tipos e origens, bem como explicar de que forma os utentes podem participar mais ativamente no seu próprio tratamento, de forma a potenciar os efeitos do mesmo e melhorar os resultados.
 
O promotor desta campanha de divulgação é a Cooprofar - Cooperativa dos Proprietários de Farmácia juntamente com as Farmácias, com o apoio da farmacêutica Perrigo, que lançam assim uma campanha de sensibilização em 1200 destes espaços de saúde.
 
Vai ser também organizado um conjunto de ações de formação destinado a profissionais de farmácia, com o objetivo de dotá-los de maiores competências para ajudar os seus utentes.

MulticulturalCare
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) está a liderar um projeto financiado pela Comissão Europeia que visa a...

MulticulturalCare - Educating students through innovative learning methods to intervene in multicultural complex contexts é o título deste projeto apoiado pelo programa Erasmus+ (setor do Ensino Superior - KA203), com uma subvenção de cerca de 312 mil euros, e que tem a coordenação de Ana Paula Monteiro.

O projeto, com duração de 24 meses, envolve profissionais de mais duas instituições de ensino superior europeias – UC Limburg (Bélgica) e Universidad de Castilla - La Mancha (Espanha) –, peritos nas áreas de enfermagem, psicologia, sociologia, antropologia e ciências da saúde.

De acordo com a equipa da ESEnfC, «o projeto pretende dar resposta a uma necessidade crescente no espaço europeu, de formar profissionais de saúde com competências para prestar cuidados de saúde culturalmente sensíveis e congruentes, através de um modelo de formação transnacional».

A Organização Mundial da Saúde enfatiza a importância da inclusão social de migrantes, refugiados e requerentes de asilo, reforçando as necessidades de desenvolvimento das competências dos profissionais de saúde em contextos multiculturais.

Daí que as instituições de ensino superior das áreas de saúde devam integrar nos planos curriculares dos cursos métodos de aprendizagem de atendimento a estes públicos, para que os alunos estejam preparados para o futuro e atuem como embaixadores em ambientes clínicos que se esforçam para fornecer cuidados de qualidade.

Além das recomendações clínicas de boas práticas nesta área, o modelo MulticulturalCare será composto por uma dimensão pedagógica, para estimular os estudantes de enfermagem a pensarem criticamente sobre as realidades que os rodeiam. O que será possível através de cenários de simulação sobre a temática, que serão disponibilizados gratuitamente aos alunos, professores e enfermeiros, em formato de e-book, como ferramenta didática de aprendizagem.

Fazem, ainda, parte da equipa da ESEnfC no projeto MulticulturalCare, Ana Paula Camarneiro, Beatriz Xavier e Luísa Teixeira Santos.

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As questões da imunidade são um dos temas mais relevantes da atualidade, perante o atual cenário de

Ao longo deste ano, a narrativa televisiva tem vindo a remeter-nos constantemente para um único tema: o Covid-19. Levado por este tipo de informação, percebemos com facilidade que vários especialistas levantam, com frequência, a temática da imunidade e do sistema imunitário quando falam sobre o vírus, os seus efeitos e a sua contenção.
Algumas das informações passadas alertaram os telespetadores para a necessidade de manterem uma vida saudável, nomeadamente pela aplicação de estratégias de equilíbrio alimentar mas também mediante a introdução de determinados suplementos que poderiam contribuir para que o sistema imunitário fosse reforçado.
Sem dúvida que melhorar a imunidade, nomeadamente através da toma de suplementos como as gotas de CBD, tem sido uma prioridade para muitas pessoas. Ainda que a imunidade de qualquer pessoa possa ser reforçada, no entanto, vários especialistas apontam, também, para a componente hereditária da imunidade.
O conceito de imunidade hereditária torna-se, assim, muito frequente nos discursos mediáticos. Venha saber do que se trata e porque se fala tanto sobre ela.

O que é, em concreto, a imunidade?

O sistema imunitário é responsável pelo desenvolvimento de anticorpos que, pelo combate a vírus ou bactérias que lhe são nocivas, evitam que as pessoas fiquem doentes ou promovem a sua cura.
Em alguns casos, como por exemplo a varicela, a imunidade pode ser ganha pela contração da própria doença, que cria os anticorpos necessários para que o indivíduo não torne a contrair a doença ou a contagiar terceiros com a mesma.
Algumas situações similares fazem com que determinados grupos e comunidades se tornem imunes a certas doenças, ganhando aquilo a que se chama imunidade herdada ou hereditária. Esta imunidade permite que as doenças sejam contidas, evitando a sua propagação.
A imunidade hereditária pode, então, ser conquistada de duas formas: de forma inata (provindo dos progenitores) ou adaptativa (pela contração das doenças ou a toma de medicação que leve à produção dos anticorpos necessários).

Promover a imunidade: como fazer?

Uma das formas mais comuns de ganhar imunidade para uma doença é através de vacinas, o que justifica que, atualmente, exista uma luta tão intensa pela produção de uma vacina para o Covid-19.
Ainda que a vacinação seja o caminho mais célere para promover a imunidade, existem também formas de reforço imunitário através da alimentação, da suplementação e da adoção de um estilo de vida saudável.

A imunidade e sua componente genética

Alguns estudos demonstraram que, durante a gestação, a mãe é responsável pelo desenvolvimento do sistema imunitário da criança, mediante a transferência de células suas para o bebé.
Excepto em casos nos quais a mãe sofra de uma doença imunitária, como o HIV, esta transferência contribui para que o bebé tenha um sistema imunitário mais forte. Nos casos em que exista uma imunodeficiência, esta pode, também, ser transmitida ao bebé.
No caso da maternidade, a amamentação é também uma forma de contribuir para o aumento da imunidade humana.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Falta de pediatras
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) implementou um novo modelo de atendimento de Urgência Pediátrica para garantir a...

De acordo com esta unidade hospitalar, o novo modelo de atendimento na urgência pediátrica, desenhado em articulação com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, mantém o atendimento pediátrico urgente com um pediatra de presença física (continuando-se a recorrer a prestadores de serviços, se tal se revelar necessário), e com um ou dois médicos com treino pediátrico, que farão o primeiro atendimento. As instalações mantêm-se as mesmas, assim como o circuito destes doentes. No entanto, a afetação dos recursos humanos e das instalações atuais passarão a estar sob a responsabilidade do Serviço de Urgência Geral, à semelhança do que acontece com outras especialidades, tais como a ortopedia, a medicina interna ou a cirurgia geral. 

A implementação desta medida surge após ter-se assistido à redução da equipa do Serviço de Urgência Pediátrica do HESE, que perdeu 7 elementos (4 pediatras por baixas médicas e 3 por rescisão de contrato), entre os meses de agosto e setembro.  Embora se tenham feito “múltiplas tentativas de contratação de Pediatras, todavia, não houve uma resposta que permitisse colmatar aquelas ausências de forma sustentada”, explica o HESE, em comunicado.

Maria Filomena Mendes, Presidente do Conselho de Administração, realça que “esta é uma situação transitória para dar  resposta aos nossos Utentes e aos nossos Profissionais, cumprindo dois objetivos principais da nossa missão: garantir o atendimento de quem a nós recorre, no caso às crianças e jovens do Alentejo, evitando que tenham que se deslocar para outros Hospitais distantes, nomeadamente para Lisboa, e respeitar os direitos dos profissionais do HESE”. 

E acrescenta que “com este modelo procuramos precisamente garantir aquela resposta, à semelhança do que vigora em outros hospitais da região. Entretanto, o conselho de administração continuará a fazer todas as diligências no sentido de encontrar especialistas de pediatria que queiram integrar a equipa do HESE, quer em prestação de serviços, até ao regresso dos pediatras que se encontram de baixa, quer em contrato de trabalho sem termo ou em mobilidade, de modo a assegurar o rejuvenescimento da equipa do serviço de Pediatria, atualmente constituída por 23 pediatras (na sua grande maioria em idade que permite a dispensa de realização de atendimento no serviço de urgência pediátrica)”.

 

Doença de origem alérgica
A asma é uma doença crónica de elevada prevalência, sendo a causa mais conhecida a de origem alérgic

Os tratamentos apropriados a estas doenças são, assim, dirigidos à inflamação existente, sendo fundamental conseguir identificá-la.  Para isso, são utilizados biomarcadores que se relacionam com a inflamação tipo 2, cujos doseamentos são elementares para a correta avaliação do doente. Por exemplo, o doseamento dos eosinófilos (no sangue ou na expetoração) ou o doseamento do composto óxido nítrico no ar exalado, são fulcrais para essa avaliação.

Quando identificado este tipo de inflamação e os doentes apresentam formas graves de doença, podem ser candidatos a tratamentos verdadeiramente transformadores da sua qualidade de vida, com melhoria marcada dos sintomas e da sua capacidade para as atividades diárias.

Por exemplo, no caso da asma, a maioria dos casos consegue-se controlar com o tratamento convencional administrado por inaladores (vulgarmente conhecidos por “bombas”) que fornecem ao doente a corticoterapia inalada associada, ou não, a um broncodilatador. Na pequena percentagem de doentes em que a asma permanece não controlada, mesmo depois de todos os fatores modificáveis, incluindo a maximização da terapêutica inalatória, e que rondarão cerca de 5% dos asmáticos, a solução passa por novas terapêuticas sofisticadas (os agentes biológicos). Para os doentes elegíveis (com base nos biomarcadores e noutras características clínicas), estes agentes são hoje de primeira linha em substituição da corticoterapia sistémica (genericamente apelidada de “cortisona”). Os benefícios destas novas terapêuticas, administradas com periodicidade variável (quinzenal, mensal, bimestral), permitem melhorar a qualidade de vida dos doentes, minimizar em larga escala o impacto que a doença tem no seu dia a dia e reduzir os danos colaterais (como a diabetes, osteoporose, cataratas, dislipidemia, hipertensão) relacionados com o uso da corticoterapia sistémica (“cortisona”), que passa a ser menor ou dispensável.

Assim, é essencial sensibilizar a comunidade para a doença e validar os sintomas manifestados pelo doente desde o início, uma vez que o diagnóstico e o tratamento corretos e atempados conseguem evitar os efeitos mais perversos destas doenças inflamatórias e a progressão das mesmas.

As Doenças Inflamatórias Tipo 2, mais especificamente o diagnóstico e o tratamento da dermatite atópica moderada a grave, da asma grave e da rinossinusite crónica com polipose nasal estiveram em debate no “II Fórum Type 2 Inflammation”, uma reunião científica dirigida a profissionais de saúde com uma abordagem multidisciplinar. O fórum inovador realizou-se no dia 18 de setembro em formato Drive in, simultaneamente em Lisboa e no Porto, e foi transmitido via streaming para os profissionais de saúde.


Cláudia Chaves Loureiro, MD, PhD
Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Faculty of Medicine of the University of Coimbra

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia
Artigo distinguido com o Prémio para a Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia - edição 2020 aborda a...

Um estudo sobre a relação entre a pré-diabetes e o risco de desenvolvimento de doença renal, desenvolvido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) , é o vencedor da edição 2020 do Prémio para a Melhor Publicação da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE), no valor pecuniário de 1500 euros.

artigo premiado, intitulado “Impaired Fasting Glucose and Chronic Kidney Disease, Albuminuria, or Worsening Kidney Function: A Secondary Analysis of SPRINT”, foi publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

“Apesar de estar bem estabelecido que a diabetes é um dos principais fatores de risco para doença renal, o papel da pré-diabetes permanecia incerto. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pré-diabetes na função renal, tendo por base a análise secundária do ensaio clínico internacional multicêntrico “Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT)”, explica João Sérgio Neves, investigador e professor da FMUP..

As conclusões do estudo, que incluiu 9.361 participantes, indicam que a população com pré-diabetes não apresenta um risco significativamente aumentado de doença renal.

De acordo com João Sérgio Neves, “estes resultados são importantes para a prática clínica por salientarem que, em populações com pré-diabetes, o risco de doença renal parece estar mais associado a outros fatores de risco, particularmente a hipertensão, e não necessariamente como consequência direta da pré-diabetes”.

Assim, “neste grupo populacional, o principal foco de intervenção deverá ser o adequado controlo global dos fatores de risco para doença renal e a prevenção da progressão para diabetes que comprovadamente se associa a elevado risco de doença renal”.

Este trabalho surge de uma colaboração entre investigadores de várias áreas científicas e instituições, nomeadamente João Sérgio Neves, Ana Oliveira e Davide Carvalho, da FMUP e Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), e investigadores do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, NOVA Medical School – Faculdade de Ciências Médicas, Hospital de Dona Estefânia e Harvard Medical School.

Na sequência desta colaboração foram já publicados vários outros artigos que avaliaram, nomeadamente, a relação entre a presença de albuminúria e o risco de AVC, o padrão de prescrição de anti-inflamatórios não-esteroides em doentes com diabetes em Portugal, a relação entre redução de tensão arterial e declínio da função renal e risco cardiovascular e o impacto da pré-diabetes em doentes com doença renal estabelecida e o risco de eventos cardiovasculares adversos.

Em 2018, um outro trabalho que concluía que a pré-diabetes não se associa significativamente a um aumento do risco de incidência e progressão da doença renal, valeu à mesma equipa de investigadores da FMUP/CHUSJ a conquista de um Young Investigator Award, atribuído pela Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE).

Boletim Epidemiológico
Atualmente, o país conta com um total de 80.312 infetados por Covid-19 e 2.032 vítimas mortais desde o início da pandemia. Nas...

De acordo com os dados, o número de mortes das últimas 24 horas é o mais alto desde o dia 1 de junho, quando foram reportados também 14 óbitos. O maior número de mortes em 24 horas registou-se no dia 20 de maio, altura em que se contabilizaram 16 vítimas mortais.  

Já o número de novos contágios é o mais baixo dos últimos oito dias.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), dos novos casos, 131 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo e 231 na região Norte. Há mais 35 casos no Centro, mais 9 no Algarve e mais 15 no Alentejo. Nos arquipélagos, os Açores registam um novo caso e a Madeira mais cinco.

Apesar de a Grande Lisboa, ao contrário do que tem acontecido nos últimos dias, não ter sido a região com maior número de casos, o mesmo não se passa em relação ao registo de óbitos. Segundo o boletim, dez das 14 vítimas mortais, viviam na Região de Lisboa e Vale do Tejo. A Região Norte registou três mortes e a do Centro uma.

Por outro lado, foram registados mais 258 recuperados, elevando assim o número de pessoas que venceram a doença no país para 50.712.

Os dados da DGS mostram ainda que o número de internados continua a aumentar. Existem 732 pessoas internadas em hospitais de todo o país, mais 31 do que ontem. Destas, 104 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos duas face ao último balanço.

Portugal tem 27.568 casos ativos do novo coronavírus, mais 155 do que ontem e as autoridades de saúde estão a vigiar 46.437 pessoas.

Impacto da Covid-19
Os níveis de apatia dos europeus está a aumentar e a culpa é da pandemia Covid, alerta a Organização Mundial de Saúde que já...

De acordo com os dados divulgados, depois de meses de muitas incertezas, são muitos os europeus que se sentem desmotivados em cumprir as regras de proteção contra o novo coronavírus. Segundo a Organização Mundial de Saúde, apesar de cansadas, as pessoas devem retomar os esforços para combater o vírus.

Até que uma vacina ou tratamentos eficazes estejam disponíveis, o apoio público e os comportamentos de proteção, como lavar as mãos, usar máscara e distanciar-se socialmente, são essenciais para conter o vírus.

Hans Henri Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, diz que o cansaço é esperado nesta fase da crise.

“Desde que o vírus chegou à região europeia, há oito meses, os cidadãos fizeram enormes sacrifícios para conter o Covid-19”.

“Teve um custo extraordinário, que deixou todos esgotados, independentemente de onde vivemos ou do que fazemos. Nessas circunstâncias, é fácil e natural sentir-se apático e desmotivado, sentir fadiga”, revela acrescendo que acredita que “seja possível revigorar e reavivar os esforços para enfrentar os desafios em evolução da Covid-19”.

 

 

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