Durante a pandemia
Embora a maioria dos 664 mil portugueses que se sentiram doentes durante a pandemia - 454 mil, ou seja, 69% - tenha recorrido...

Os dados foram divulgados hoje, na Ordem dos Médicos, em Lisboa, na apresentação do estudo “Acesso a cuidados de saúde em tempos de pandemia”, da responsabilidade da GFK Metris e promovido pelo Movimento Saúde em Dia - Não Mascare a Sua Saúde, uma iniciativa da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) e da Ordem dos Médicos, em parceria com a Roche.

Ao todo, mais de metade dos portugueses (57%) considera que a pandemia dificultou o seu acesso aos cuidados de saúde, sendo a população mais idosa (69%) e os doentes crónicos (70%) quem mais manifesta esta dificuldade. Uma situação que resulta de uma experiência efetiva: ao todo, revela o mesmo estudo, 692 mil portugueses não realizaram as consultas médicas que estavam marcadas. A quase totalidade das consultas não realizadas foram canceladas pelas unidades de saúde. Muitos portugueses ainda manifestam receio no acesso aos cuidados de saúde em tempos de Covid-19 - apenas metade da população diz sentir-se segura.

Cerca de 40% dos portugueses diz que recorreria de certeza a cuidados de saúde durante a pandemia em caso de necessidade; 35% afirma que só recorria a cuidados de saúde se a situação fosse grave e mais de 22% indica que “provavelmente recorreria” a cuidados durante a pandemia.

Quem manifesta insegurança refere o receio de contágio como principal justificação para evitar uma ida ao médico.

A telemedicina foi outro dos temas abordados pelo estudo, que quis perceber de que forma os portugueses receberam esta alternativa. Contas feitas, 775 mil tiveram uma consulta médica por telemedicina marcada neste período pandémico, com a esmagadora maioria (90%) a realizá-la. No entanto, em 95% destes casos as consultas foram feitas por telefone, não configurando uma efetiva consulta de telemedicina - menos de 5% dessas teleconsultas envolveram transmissão de imagem.

E apesar de a experiência ter sido considerada muito satisfatória, a verdade é que dois terços não gostariam de voltar a ter esta solução em nenhuma situação ou só em casos muitos excecionais. Para outro terço a teleconsulta só poderia ser uma opção em algumas consultas. Só 2% das pessoas gostariam de manter a teleconsulta em todas ou quase todas as ocasiões.

O estudo quantitativo foi realizado com base em questionários presenciais, entre 28 de agosto e 7 de setembro, com uma amostra representativa da população portuguesa, constituída por mais de mil pessoas a partir dos 18 anos, residentes em Portugal Continental.

O Movimento Saúde em Dia - Não Mascare a Sua Saúde foi lançado no início de setembro pela Ordem dos Médicos e pela APAH, em parceria com a Roche, com o objetivo de alertar a população para a importância de estar atenta a sintomas e sinais que precisem de observação médica, mas sem esquecer também as regras já conhecidas para combater a pandemia. 

Trata-se, no fundo, de um apelo para que a saúde dos portugueses não seja descurada.

O Movimento pode ser acompanhado em www.saudeemdia.pt.  

Balanço de atividade
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encaminhou, entre o meses de janeiro e agora, para tratamento hospitalar 429...

No âmbito do Dia Mundial do Coração,  o INEM recorda a importância de se reconhecer os sintomas desta doença súbita e sublinha que ligar o Número Europeu de Emergência (112) e transmitir as informações de forma clara é o procedimento mais adequado para o correto encaminhamento destes doentes através da Via Verde Coronária (VVC).

Os dados estatísticos revelam que, em 73% dos casos, decorreram menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima através desta Via Verde. Em 21,9% dos casos o contacto através do 112 foi efetuado entre as duas e as doze horas de evolução da sintomatologia e os restantes 4,9% dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução.

Os dados indicam ainda que é na população de género masculino que se verifica uma maior incidência desta doença súbita, com 340 casos registados.

Os distritos onde se verificou a maior incidência de doentes encaminhados através da VVC foram Lisboa, Porto e Faro, com 101, 77 e 49 casos, respetivamente.

O INEM lembra que é essencial que a população saiba reconhecer os sinais e sintomas de alerta do Enfarte Agudo do Miocárdio e ativar, de imediato, a Emergência Médica, através do 112. Dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos são alguns dos sinais que podem indicar um Enfarte Agudo do Miocárdio.

O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas é fundamental e deve motivar o contacto com o 112. Esta é a via preferencial, dado que reduz o intervalo de tempo até ao início da avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para unidade hospitalar mais adequada.

O Enfarte Agudo do Miocárdio é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita, prolongada e total ou quase total, da perfusão sanguínea coronária, essencial para garantir o funcionamento do coração. Se a causa da interrupção da perfusão coronária não for revertida rapidamente, as células cardíacas da(s) zona(s) do coração afetada(s) acabam por morrer, o que acontece ao fim de poucas horas.

A realização de exames médicos de rotina, os hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária são algumas das formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão.

Covid-19
O “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal”, apresentado durante a última conferência de...

Este projeto de investigação, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), visou monitorizar a diversidade genética do novo coronavírus, especialmente durante os primeiros meses da epidemia.

Os primeiros resultados do estudo, que já analisou 1.785 sequências do genoma do novo coronavírus, revelam que “o início da pandemia em Portugal se caracterizou pela disseminação massiva de uma variante do SARS-CoV-2 com uma mutação específica na proteína Spike”, que tem sido objeto de investigação e o principal foco da vacina por ser responsável pela ligação do vírus às células humanas, permitindo a infeção.

De acordo com o Coordenador da investigação, João Paulo Gomes, esta variante “D839Y” do SARS-CoV-2 terá entrado em Portugal, no Norte e Centro, “por volta do dia 20 de fevereiro, associada a umas viagens a Itália, especificamente à região da Lombardia”.

Depois “terá circulado de uma forma um bocadinho descontrolada, ou pelo menos não detetada nessas zonas do país, e terá originado um espalhamento massivo e uma série de cadeias de transmissão antes ainda de os primeiros casos terem sido reportados em Portugal”, explicou o coordenador do estudo.

Os primeiros casos de Covid-19 foram reportados no dia 2 de março, um associado ao Hospital de Santo António e outro ao Hospital de São João, no Porto, mas não estão ligados à “D839Y”. Ou seja, “isto começou muito antes, não temos dúvidas”, disse o investigador do INSA.

Apesar da identificação desta variante genética em 11 distritos, esta “só não se espalhou” para o sul país devido “às medidas fortíssimas, muito rigorosas” de saúde pública adotadas, “inclusive a cerca sanitária em Ovar, que criou uma espécie de estrangulamento à sua propagação original”, explicou.

Para João Paulo Gomes, este pode ser “um ótimo modelo” para perceber como tudo começou, como a infeção se espalha e “o quão importantes são algumas medidas tomadas na hora certa”. Se as medidas tivessem “sido um pouco antecipadas teriam resultado melhor ainda”, mas na altura não havia dados que as justificassem.

“Agora, com estes modelos e com estes resultados, sabemos que, de facto, uns dias antes, se calhar ter-se-iam evitado muitas cadeias de transmissão, muitos internamentos, muitas infeções no geral”.

Para o investigador, “este tipo de análise retrospetiva, feito a uma escala sem precedentes em Portugal, pode ser utilizado como trunfo de combate em situações futuras, seja numa segunda vaga de Covid-19, seja em outras eventuais epidemias”.

O estudo, financiado no âmbito da primeira edição do programa de apoio Research4Covid, conta com a participação de mais de 60 hospitais/laboratórios de todo o país.

Dia Mundial do Coração
No Dia Mundial do Coração chamamos a atenção para que a inegável gravidade da pandemia Covid-19, não

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, sendo responsáveis por mais de um terço da mortalidade total. Não podemos ignorar que antes da pandemia morriam cerca de 100 pessoas por dia, devido a patologia cardiovascular. Nestes primeiros seis meses de pandemia esse número ainda é superior.

 Segundo os números oficiais, até ao fim de agosto morreram 1822 pessoas de covid-19 e observou-se um excesso de 4445 mortes por outras doenças, acima da média dos últimos 5 anos. Uma grande parte deste número elevado de óbitos a mais foi causada por doenças com elevada letalidade, tais como, o enfarte do miocárdio e o AVC, que são parcialmente evitáveis através do controlo dos fatores de risco. Por outro lado, a luta contra o cancro, a segunda causa de morte em Portugal, depende essencialmente do diagnóstico precoce para ter sucesso, o que com consultas e exames adiados ficou sem dúvida comprometido.

É reconhecido que uma das grandes conquistas do século XX foi o aumento espetacular da esperança de vida. Refira-se que esta, em Portugal, cresceu cerca de 30 anos nos últimos 50 anos do século XX e mesmo nas duas primeiras décadas deste novo século, continua a aumentar. Verifica-se que, em média, durante os últimos oitenta anos, a esperança de vida aumentou cerca de dois a três anos por cada década. Lembramos que no início do século XX a esperança de vida era de 47 anos, e atualmente ultrapassa os 79 para os homens e os 84 para as mulheres.

Este aumento da esperança de vida da população portuguesa começou por ser devido essencialmente à redução das doenças infeciosas, graças aos progressos da saúde pública e da medicina clínica, nomeadamente à descoberta dos antibióticos. Nas últimas décadas, esse aumento da esperança de vida está a dever-se sobretudo aos progressos da cardiologia, que consegue evitar, por exemplo, grande número de enfartes do miocárdio e AVCs, através do controlo dos fatores de risco, como a pressão arterial, o colesterol e a diabetes.

Muitos doentes com problemas graves de saúde, em grande parte por medo de contágio por Covid-19 e pelas ordens para "ficar em casa”, evitaram ou dirigiram-se só em fases tardias das suas doenças às unidades de saúde e aos hospitais, o que contribuiu seguramente para o aumento da mortalidade global, observada não só em Portugal, mas também noutros países. É um facto que durante estes primeiros meses de pandemia, a procura das urgências e das consultas médicas, como tem sido largamente noticiado, diminuiu de forma acentuadíssima. Muitas destas mortes podiam ter sido evitadas com a instituição, no momento devido, de cuidados médicos preventivos e especializados.

No Dia Mundial do Coração chamamos a atenção para que a inegável gravidade da pandemia Covid-19, não deve obscurecer outras pandemias, como a das doenças cardiovasculares, que devido aos progressos da medicina, são hoje em dia doenças em grande parte evitáveis. Para agravar a atual situação cardiovascular, é bem conhecido que o Sars-Cov-2 pode causar doença vascular, provocada pela resposta imunitária com libertação de citoquinas inflamatórias. Em consequência, os doentes podem vir a sofrer enfartes do miocárdio, miocardites que eventualmente evoluem para insuficiência cardíaca e até causar morte súbita, AVCs e, claro, também doenças de outros órgãos.

 A adoção de medidas de estilo de vida saudável e o controlo dos fatores de risco têm um efeito duplo, ao contribuir não só para reduzir as doenças cardiovasculares, como também para ajudar na luta contra a Covid-19. Os doentes idosos com fatores de risco controlados (hipertensão, obesidade e diabetes) têm, não só menor risco de sofrer de complicações da Covid-19, como de morrer de doença cardiovascular.

Infelizmente continua a verificar-se uma baixa procura de apoio médico, pelo que se torna necessário tomar medidas, nomeadamente desenvolver campanhas que esclareçam a população sobre a necessidade de continuar a prevenir e controlar as doenças cardiovasculares, que são a pandemia que mais mata em Portugal. Não é demais insistir que, no caso de se contrair a infeção, estar o mais saudável e controlado possível da doença cardiovascular, ajuda a resistir melhor ao vírus. Para isso o doente deve continuar a tomar a medicação cardiovascular e visitar o médico com a mesma regularidade que fazia antes da pandemia viral surgir.

Para terminar, lembramos que, pelo facto de haver uma pandemia de CoVid-19, não vão deixar de continuar a ocorrer pandemias de enfarte do miocárdio, AVC e insuficiência cardíaca, que podem e devem ser mitigadas pela prevenção e controlo dos fatores de risco.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A adoção de hábitos de vida saudáveis não é uma figura de estilo e num estudo recente, publicado em

Esses cinco fatores são os seguintes:

  1. nunca fumar
  2. manter um peso saudável (índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9 Kg/m2)
  3. dieta saudável
  4. consumo moderado de álcool (até 15 gramas por dias para as mulheres e 30 gramas por dia para os homens)
  5. atividade física (pelo menos 30 minutos diários de atividade moderada a intensa, correspondendo a pelo menos 3 meq/hora)

O impacto deste estilo de vida saudável ocorre principalmente na prevenção cardiovascular, onde se definem três tipos de prevenção, por ordem decrescente:

  • Prevenção secundária – em doentes que já sofreram acidentes cardiovasculares
  • Prevenção primária – em doentes com fatores de risco e ainda sem doença
  • Prevenção primordial – em pessoas ainda sem fatores de risco

Em todas estas fases o estilo de vida saudável acrescenta valor e mesmo nas fases mais avançadas isso sucede, tal como foi recentemente demonstrado num registo sueco que envolveu quase 65000 doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio. Os doentes que vieram a sofrer mais eventos cardiovasculares no futuro foram os que continuaram a fumar e se mantiveram sedentários

A aterosclerose – doença degenerativa das artérias, que está na base de situações como o AVC e o enfarte do miocárdio tem um enorme peso no mundo. Calcula-se que a doença cardiovascular seja responsável por cerca de 20 milhões de mortes anualmente no mundo. Só a doença cardíaca isquémica provocou 8,92 milhões de mortos em 2015, o que faz dela líder das causas de morte no mundo.

Em Portugal, um estudo recentemente apresentado – Custo e carga da aterosclerose em Portugal – onde foram analisados dados de mais de 320.000 doentes mostrou que mais de 15123 doentes faleceram em 2016 por doença cardiovascular (7592 por AVC e 6887 por enfarte). O universo de doentes afetados pela aterosclerose atinge os 740000 adultos. A doença representa 50 % das mortes por doenças do aparelho circulatório e é uma causa importante de anos de vida perdidos. De acordo com o documento ter-se-ão perdido mais de 196 mil anos de vida por morte prematura por aterosclerose e 64 mil anos de vida pela incapacidade provocada por estas doenças. Contas feitas, são quase 261 mil anos de vida perdidos, ou seja, o equivalente a 10 dias por ano por adulto. Os custos associados à doença

são tremendos com impacto no produto interno bruto (1% do PIB), representando mais de 10% das despesas de saúde em Portugal.

O conceito de Saúde Cardiovascular Ideal, implica o cumprimento de sete métricas que são as seguintes:

  1. Peso com IMC (índice de massa corporal) < 25 Kg/m2
  2. Nunca fumar ou ter parado de fumar há mais de 12 meses
  3. Atividade física intensa ≥ 75minutos por semana ou atividade moderada ≥ 150 minutos por semana
  4. Dieta saudável com pouco sal, açúcar e álcool, rica em vegetais e fibra, com peixe pelo menos duas vezes por semana
  5. Colesterol total < 200 mg/dl
  6. Pressão arterial < 120/80
  7. Glicemia em jejum < 100 mg/dl

Num estudo francês publicado em 2017 (estudo das três cidades), os doentes que cumpriram pelo menos cinco dos sete critérios, em comparação com os que cumpriram menos de dois, apresentaram menos 29% de mortalidade aos 10 anos e 67% de ocorrência de enfarte ou AVC.

Em todas as fases, em todas as idades, com ou sem fatores de risco, com ou sem doença cardiovascular ativa ou prévia, um estilo de vida saudável é a pedra fundadora de qualquer atitude preventiva e de qualquer tratamento, com eficácia demonstrada em todas as fases.

A Sociedade Portuguesa de cardiologia tem vindo a alertar a população primeiro para a existência de patologias e a importância do seu reconhecimento (2018), no ano passado para a possibilidade de encontrar soluções lançando a campanha “coração de esperança”. Em 2020 vamos mais longe e desafiamos toda a população a adotar estilos e hábitos de vida saudáveis. O nosso tema do dia mundial do coração em 29 de setembro próximo, será a “Boa Onda” cardiovascular como desafio e proposta e simbolicamente as celebrações ocorrerão em Peniche, conhecida com a “capital da onda”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Escola Universitária de Saúde
A Atlântica – Escola Universitária de Ciências Empresariais, Saúde, Tecnologias e Engenharia passa agora a denominar-se...

“Esta decisão, e respetivo reconhecimento, constitui um marco importante na história da instituição, e surge na sequência da sua reestruturação, ocorrida entre 2015 e 2017, com a criação dos novos cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia e consequente entrada em funcionamento dos doutoramentos em Engenharia, que têm como principal objetivo o desenvolvimento da investigação aplicada em contacto direto com a indústria nacional e europeia”, refere Natália Espírito Santo, diretora-geral da Atlântica.

 Neste sentido, acrescenta a mesma responsável, “trata-se de uma decisão que nos deixa evidentemente satisfeitos e que há muito aguardávamos. Há já dois anos que vimos aprovados, por parte da Direção-Geral do Ensino Superior, dois doutoramentos que, na prática, não tivemos a possibilidade de disponibilizar aos nossos alunos por não termos a natureza de instituto ou universidade”, explica Natália Espírito Santo, diretora-geral da Atlântica.

Assim, a instituição adotou já a nova designação em todas as suas plataformas de comunicação, e colocou publicamente disponível dois doutoramentos: Doutoramento em Engenharia de Materiais Estruturais e Doutoramento em Integridade Estrutural de Aeronaves.

Recorde-se que em 2017, devido ao facto de não ter o número de doutoramentos exigido pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, a Atlântica viu-lhe ser retirada, por decisão do Ministério da tutela, a designação de Instituto Universitário tendo passado a designar-se de Escola Universitária.

 

 

Ensaio Clínico
Dados positivos do ensaio principal para o uso experimental em primeira linha do inibidor de PD-1 Cemiplimab no cancro do...

O estudo comparou Cemiplimab em monoterapia à quimioterapia com dupleto de platina em doentes cujas células tumorais expressavam PD-L1, incluindo aqueles cujos tumores tinham expressão confirmada de PD-L1 ≥50%. Estes resultados formam a base das submissões regulamentares, incluindo nos EUA e na União Europeia.

“Nas novas análises apresentadas no congresso da ESMO, Cemiplimab reduziu o risco de morte em 43% em doentes cujo tumor tinha expressão confirmada de PD-L1 de 50% ou mais. Isso é notável, dado que quase três quartos dos doentes deixaram a quimioterapia após a progressão da doença e 12% dos doentes tinham metástases cerebrais pré-tratadas e estáveis”, afirma Ahmet Sezer, MD, professor associado do Departamento de Oncologia Médica da Universidade Başkent em Adana, Turquia e investigador do estudo clínico. “Esses resultados apoiam o Cemiplimab como uma nova opção potencial de primeira linha para monoterapia anti-PD-1 em cancro avançado do pulmão de não pequenas células.”

O estudo também encontrou uma correlação direta entre a resposta do tumor e o nível de expressão de PD-L1 em doentes tratados com Cemiplimab. A ORR foi mais elevada (46%; intervalo: 36-56%) em tumores com expressão de PD-L1 ≥90%, com tumores alvo diminuindo em mais de 40% após 6 meses de tratamento em média (pelo último método de observação realizado). Esta correlação com o nível de expressão de PD-L1 não foi observada com a quimioterapia.

Na população envolvida no estudo, a duração média da exposição ao Cemiplimab foi de 27 semanas (intervalo: <1-115 semanas) e 18 semanas para a quimioterapia (intervalo: <1-87 semanas). Os eventos adversos (AEs) gerais ocorreram em 88% dos doentes tratados com Cemiplimab e em 94% dos doentes tratados com quimioterapia. AEs de grau 3 ou superior ocorreram em 37% dos doentes tratados com Cemiplimab e 49% dos doentes tratados com quimioterapia. AEs imunomediados foram relatados em 17% dos doentes tratados com Cemiplimab e incluíram hipotiroidismo (6%), hipertiroidismo (4%), pneumonite (2%), hepatite (2%), reação adversa cutânea (2%), artrite, aumento da hormona estimuladora da tiroide no sangue, tiroidite, colite, nefrite e neuropatia periférica (cada 1%). A descontinuação do tratamento devido a um AE ocorreu em 6% dos doentes com Cemiplimab e em 4% dos doentes com quimioterapia. Nenhum novo sinal de segurança relacionado com Cemiplimab foi observado.

 

Campanha nas farmácias
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, apresentou, hoje, na conferência de imprensa de atualização...

No dia em que começa a primeira fase de vacinação contra a gripe, pela primeira vez em setembro para minimizar a circulação simultânea do vírus da gripe sazonal e do SARS-CoV-2, o governante destacou esta campanha, que une as ordens dos Enfermeiros, Farmacêuticos e Médicos ao Ministério da Saúde, em “prol do sucesso desta campanha vacinal”, agradecendo aos três bastonários pelo empenho demonstrado. 

Com o mote «Vacine-se por si, vacine-se por todos», esta campanha tem como objetivo chegar de “forma muito particular aos profissionais de saúde, cuja necessidade de proteção é este ano ainda mais necessária, mas também aos idosos, às grávidas aos doentes crónicos e a todos os que devem ser protegidos na primeira e na segunda fase da vacinação”, que começa a 19 de outubro.

António Lacerda Sales destacou, ainda, que “além da vacinação nos centros de saúde este ano, cerca de 10% das vacinas reservadas à população com mais de 65 anos poderão ser administradas em 2.000 farmácias de todo o país graças também a um esforço e empenho” da Associação Nacional de Farmácias e da Associação de Farmácias de Portugal, “em regime de complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde”.

Esta primeira fase da campanha de vacinação é constituída por 335 mil doses de vacinas, que se destinam aos profissionais de saúde que prestam serviços ao público, grávidas e idosos residentes em lares.

O Secretário de Estado lembrou que Portugal vai ter dois milhões de vacinas, que chegarão em tranches, e que “as pessoas não serão vacinadas todas de uma vez, é um processo organizativo dos cuidados de saúde primários que decorrerá com serenidade até ao final do ano”.

 

 

Dia Mundial do Coração
No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) reforça, uma...

A nível mundial, calcula-se que a doença cardiovascular seja responsável por cerca de 20 milhões de mortes todos os anos. Só a doença cardíaca isquémica provocou 8,92 milhões de mortos em 2015, o que faz dela líder das causas de morte no mundo.

 Em Portugal, segundo um estudo recente (custo e carga da aterosclerose), onde foram analisados dados de mais de 320.000 doentes, mais de 15123 doentes faleceram em 2016 por doença cardiovascular (7592 por AVC e 6887 por enfarte).

O universo de doentes afetados pela aterosclerose atinge os 740.000 adultos. A doença representa 50 % das mortes por doenças do aparelho circulatório e é uma causa importante de anos de vida perdidos. “Contas feitas, são quase 261 mil anos de vida perdidos, ou seja, o equivalente a 10 dias por ano por adulto. Além disso, os custos associados à doença são tremendos com impacto no produto interno bruto (1% do PIB), representando mais de 10% das despesas de saúde em Portugal”, alerta o Presidente da SPC, Victor Gil.

Victor Gil reforça a importância de adotar hábitos de vida saudáveis – para ganhar anos de vida, o que ficou provado num estudo publicado em 2018 onde foram analisados dados de mais de 120.000 registos da população dos EUA, em que a adesão a cinco fatores relacionados com um estilo de vida associado a baixo risco, prolonga a esperança média de vida aos 50 anos em 14  e 12,2 anos adicionais respetivamente para mulheres e homens. “Estes hábitos fundamentais a que nos referimos passam por nunca fumar, manter um peso e dieta saudáveis, consumo moderado de álcool e praticar atividade física de forma regular”, acrescenta.

“Em todas as fases, em todas as idades, com ou sem fatores de risco, com ou sem doença cardiovascular ativa ou prévia, um estilo de vida saudável é a pedra fundadora de qualquer atitude preventiva e de qualquer tratamento, com eficácia demonstrada em todas as fases”, reforça Victor Gil, presidente da SPC.

Em 2020, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia decidiu ir mais longe e desafia toda a população a adotar estilos e hábitos de vida saudáveis.

Este ano, o tema do Dia Mundial do Coração, será a “Boa Onda” cardiovascular com celebrações que vão decorrer em Peniche, conhecida como a “capital da onda”, contando com o apoio da Câmara Municipal de Peniche, que de imediato aceitou associar-se a esta iniciativa e permitiu montar um programa que poderá ser acompanhado através do Facebook da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Câmara Municipal de Peniche.

 

GS1 promove iniciativa em formato digital
Identificação de dispositivos médicos, combate à falsificação de medicamentos e codificação de unidades logísticas no sector da...

Para além deste tema, a que será dado particular destaque, esta reunião organizada pela GS1 Portugal e que reúne um grupo restrito de profissionais e decisores do setor da saúde vai incidir também sobre as parafarmácias do retalho. Neste âmbito, será abordado o projeto de transferência eletrónica de dados nesses pontos de venda, com base no Projeto Europeu da Associação Europeia para a Distribuição de Produtos de Saúde (GIRP-Groupement International de la Répartition Pharmaceutique); serão apresentadas as novas funcionalidades de sincronização de dados para parafarmácias da plataforma SyncPT; e será exposto o potencial de eficiência logística inerente à adoção da etiqueta GS1-128 neste canal de distribuição.

De modo mais amplo, no que se refere ao restante setor, esta reunião permitirá ainda um ponto de situação sobre o estudo, liderado pela GS1 Portugal, sobre  qualidade dos códigos Datamatrix em medicamentos, de inserção obrigatória, ao abrigo da Diretiva dos Medicamentos Falsificados (2011/62/EU); sobre as novas datas de ativação dos vários módulos da plataforma EUDAMED, a plataforma desenvolvida pela Comissão Europeia com vista à implementação do Regulamento (EU) 2017/745 sobre dispositivos médicos e o Regulamento   (EU) 2017/746 sobre dispositivos médicos de diagnóstico in vitro. Serão ainda revistos os requisitos da FDA (Food and Drugs Administration), a autoridade do medicamento dos Estados Unidos, no que se refere à obrigatoriedade de inclusão de identificadores únicos universais (UDI – Unique Device Identifiers) na rotulagem dos dispositivos e à necessidade de submissão dessa informação na plataforma disponível para o efeito, a GUDID – Global Unique Device Identification Database.

Com o intuito de debater e analisar os desafios e oportunidades com que o setor se depara na atualidade, este encontro contará também com a apresentação de projetos e iniciativas de caráter mais amplo. Exemplo disso é a iniciativa Lean & Green, um projeto de certificação representado e liderado pela GS1 Portugal no nosso país e que visa reconhecer os esforços de redução de emissões de CO2 inerentes a operações logísticas. Outro exemplo é a campanha Fight the Fakes, uma iniciativa a que a GS1 aderiu e com base na qual se associa às comemorações do 75.º aniversário das Nações Unidas, promovendo a sensibilização para a importância da prevenção e fiscalização da falsificação de medicamentos.

 

Saúde visual
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) vem alerta para a divulgação na comunicação social de estudos...

De acordo com a APLO, um exemplo aparente ou eventual deste tipo de atuação é o que foi protagonizado recentemente pelo Consumer Guidance – Institute Portugal LDA, cujo objeto social visa o fim lucrativo e o financiamento “(...) exclusivamente através da venda dos resultados dos nossos estudos, bem como através do licenciamento dos nossos testes e selos de qualidade.”

Deste modo, esta associação de profissionais “defende a sã concorrência no mercado, mas exige o rigor científico na análise de todo e qualquer estudo que analise a atividade e prática profissional de um optometrista licenciado e associado desta associação. Assim, em consequência, e nada tendo contra a existência de estudos científicos de rigor comprovado – bem pelo contrário – defendemos que os mesmos, em concreto, os acima aludidos, sejam necessariamente efetuados por profissionais com a formação, capacidade ou competência para o efeito. Apenas desta forma estará assegurado o rigor científico que se exige e a transparência com que o mercado se deve reger”.

Em comunicado, a APLO faz saber que “condena transversalmente e de forma genérica, as práticas publicitárias motivadas apenas pelo lucro e a prática de concorrência desleal que possa distorcer o mercado, ou que procuram condicionar a população no seu livre e legítimo direito à escolha de um optometrista licenciado, e que possam, em tese, colocar em causa a saúde pública – que é o nosso desiderato maior - e o direito à informação credível, fundamentada e transparente”.

Na sua opinião, os utentes podem e devem obter aconselhamento e recorrer aos organismos e instituições credíveis na área da saúde visual e, da optometria em particular, tal como a APLO, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) ou a Direção-Geral da Saúde (DGS), “em detrimento de fontes ou estudos de duvidosa credibilidade, mérito ou reconhecimento científicos, e que apenas visem a mera publicidade ou engrandecimento de determinados players do mercado”.

Start-up portuguesa
Rastrear doentes com cancro do fígado e a sua elegibilidade para tratamento curativo por transplante hepático é a proposta de...

A solução apresentada pela startup portuguesa materializa-se num dispositivo médico (IVD – in vitro diagnostics) que permite avaliar com uma taxa de sucesso superior às abordagens atualmente existentes, o nível de sucesso de um transplante hepático em pacientes com cancro do fígado. A solução desenvolvida pela Ophiomics, que integra biomarcadores genómicos e um algoritmo de decisão desenvolvido de raiz com base em machine learning, pretende assim apoiar a comunidade médica na indicação de pacientes para transplante e identificação dos que poderão beneficiar de terapêuticas alternativas. Com os 17.000€ arrecadados na semifinal, 10.000€ dos quais em numerário e os restantes em serviços de consultoria, a Ophiomics tem agora como meta consolidar a ideia de negócio e robustecer o protótipo que levará à final internacional.

A Ophiomics é uma startup portuguesa de base tecnológica que foi criada em 2015, por José Leal, Joana Cardoso Vaz e o Grupo Germano de Sousa, com o objetivo de desenvolver e disponibilizar soluções de oncologia de precisão. Em 2019, com base em investigação interna da empresa, reposicionam a Ophiomics com um novo modelo de negócio centrado no HepatoPredict, em que Joana Vaz e Jose Leal apostam num mercado global.

Para José Leal, CEO da Ophiomics, “É muito gratificante vermos reconhecida a proposta de valor do HepatoPredict e os anos de esforço e trabalho que dedicámos ao seu desenvolvimento. Acreditamos que a solução fará a diferença e contribuirá, de forma expressiva, para apoiar a comunidade médica na tomada de decisão, para consolidar terapêuticas personalizadas e sobretudo para salvar vidas”. E acrescenta ainda “Temos como objetivo ter o HepatoPredict pronto para entrada no mercado até ao final de 2021 e, neste âmbito, o apoio conquistado com este prémio será fundamental para robustecermos o protótipo e a ideia de negócio em torno do mesmo.”

À semifinal local chegaram os projetos de 13 startups portuguesas nas categorias de “Novos modelos de negócios na economia digital”, “Tecnologias setoriais” e “Biotecnologia e Saúde” (consulte a lista detalhada em baixo), naquela que foi a edição com mais candidaturas, 117 no total. Os projetos foram avaliados por um júri composto por académicos, empreendedores e empresários de reconhecido mérito e competência2, em linha com o que se seguirá na final internacional. 

Os critérios mais valorizados no processo de avaliação foram o nível de inovação, o modelo de negócio apresentado pelos candidatos e a solução final do projeto.

De acordo com António Brandão de Vasconcelos, Chairman da everis em Portugal e trustee da Fundação everis, “A qualidade das soluções apresentadas na 19ª edição dos prémios everis awards mostra-nos, uma vez mais, que temos muitos e bons talentos, investigadores motivados e empenhados em empreender com os resultados da sua investigação. E revela também que há cada vez mais empreendedores apostados em aplicar e elevar o potencial da tecnologia a favor do desenvolvimento e qualidade do setor da saúde, e isso só pode ser visto com muita satisfação e orgulho, em particular no atual contexto que vivemos.”

Este ano, a final internacional vai realizar-se num formato inteiramente virtual, dadas as condicionantes impostas pela pandemia Covid-19. Em 19 anos de história em que a iniciativa se realiza, destacam-se dois primeiros lugares e duas menções honrosas para startups portuguesas nos últimos cinco anos.

Os prémios everis awards vêm, desta forma, reforçar a crença da Fundação everis de que a inovação e o empreendedorismo terão um impacto inquestionável na forma como irão ajudar as sociedades e o planeta a ultrapassar os desafios impostos por uma crise sem precedentes, como a pandemia Covid-19. A iniciativa espelha, ainda, a aposta da Fundação everis na promoção da inovação e do empreendedorismo nacionais, através do desenvolvimento de soluções de negócio inovadoras de base tecnológica.

Doenças da retina
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem pelo menos 2.2 biliões de pessoas cegas parcia

A retina consiste em uma camada fina de células que reveste a parte interna do olho, e tem como função transformar o estímulo luminoso em neurológico. Este estímulo é conduzido ao nervo ótico que irá levar as informações até ao cérebro para serem processadas, permitindo-nos ver.

Algumas das causas destas doenças da retina residem na falta de controlo dos níveis de glicemia no sangue, na idade, na predisposição genética, no tabaco e até na exposição excessiva à luz solar.

É importante estar atento a todos os sinais de modo a detetar atempadamente alterações oculares. O diagnóstico precoce de doenças da retina pode ser fundamental, ainda que, apesar da retina não poder ser transplantada, existem algumas doenças que podem ser tratadas ou mesmo evitadas. Alguns dos sintomas passam pela distorção da imagem, visualização de pontos flutuantes, diminuição da visão ou mesmo perda, quer da central, quer da periférica.

Com a finalidade de evitar e prevenir este flagelo é crucial consultar regularmente um Optometrista para fazer rastreios oculares; ter uma alimentação saudável; praticar atividade física; não fumar; usar óculos de sol; controlar os níveis de açúcar no sangue, a tensão arterial e o colesterol.

Caso detete algum dos sintomas de doenças da retina deve marcar uma consulta com um Optometrista, para um diagnóstico e terapêutica adequados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde o Optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fundação Portuguesa de Cardiologia
48% dos doentes cardíacos portugueses revelam ter mais receio da pandemia do que de um agravamento do seu estado clínico, uma...

“Este estudo vem provar o que já sabíamos, ou seja, que a pandemia teve e continua a ter um impacto real no acompanhamento clínico dos doentes cardíacos. Verificámos que quase metade dos doentes têm mais medo do vírus SARS-CoV-2 do que de um descontrolo da sua doença cardíaca e esta atitude é preocupante, uma vez que pode levar os doentes a não priorizarem a sua doença crónica, com evidentes perigos para a sua saúde. Numa altura em que o número de novos casos diários de Covid-19 continua elevado, é preciso reforçar junto dos doentes cardíacos que a sua doença deve ser prioritária e devem, por isso, continuar a realizar todos os atos médicos agendados e a recorrer aos cuidados de saúde sempre que necessário”, sublinha Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

O mesmo inquérito mostrou ainda que um terço dos doentes que sentiram um agravamento da sua doença não recorreram a cuidados de saúde, com metade destes a referirem especificamente o receio da pandemia, e 18% não realizaram um ato médico que tinham marcado devido a cancelamento ou adiamento ou por receio da pandemia.

Com este estudo, a Fundação Portuguesa de Cardiologia pretendia avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 nos doentes cardíacos crónicos, avaliando as limitações no acesso aos cuidados de saúde, os motivos que levaram os doentes a não recorrer aos hospitais e centros de saúde, o impacto da pandemia nas rotinas e comportamentos e a recetividade em relação a uma vacina contra a Covid-19 e à adoção de consultas por telemedicina.

O estudo “Doentes cardíacos crónicos e a Covid-19” foi realizado pela GfK Metris e teve como base uma amostra de 1000 indivíduos com doença cardíaca, crónica, com idade igual ou superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental. Os resultados deste inquérito vão ser apresentados pela Fundação Portuguesa de Cardiologia durante um webinar, no dia 29 de setembro, pelas 21h, que assinala o Dia Mundial do Coração.

Este ano, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Coração, a Fundação Portuguesa de Cardiologia promoveu ainda, pela primeira vez, a Quinzena do Coração com a partilha, ao longo de 15 dias, de um conjunto de vídeos para sensibilizar toda a população para diversas temáticas associadas à prevenção cardiovascular.

Redução da mortalidade e morbilidade
As vacinas são responsáveis pela redução da mortalidade e pelo aumento da esperança de vida.

O tema vacinas começa a dar os seus primeiros passos no sec. XVIII.

Em 1798, Edward Jenner foi reconhecido pela comunidade científica como tendo descoberto a vacina para a varíola. Já em 1885 é descoberta a vacina para a raiva por Louis Pasteur. E começa a caminhada de descoberta de várias vacinas.

As vacinas têm por objetivo dar proteção contra determinada doença através da estimulação de uma resposta imunológica desencadeada pelo corpo que a recebe, criando uma memória imunológica. As vacinas são preparadas de vírus ou bactérias, em fragmentos ou inteiros, mortos, atenuados ou inativados. Após a vacina estar a conferir imunidade, mesmo que o nosso corpo entre em contacto com a doença, não desenvolve a doença e está protegido. Podemos dizer que as vacinas são um conjunto de antigénios que confere prevenção individual e em grupo sobre determinada doença.

A história das vacinas é, de facto, uma história de sucesso.

A introdução de um esquema vacinal na idade pediátrica fez reduzir a mortalidade infantil, visto que muitas crianças morriam com doenças infeciosas.

Quando se consegue vacinar em massa assiste-se a uma redução da mortalidade e morbilidade sobre determinada doença. E nos focos não vacinados não assistimos a uma gravidade tão intensa da doença.

Um excelente exemplo da eficácia da vacinação foi a varíola, em que a sua erradicação foi confirmada pela OMS a 8 de maio de 1980.

Outro excelente exemplo foi a notificação do último caso de poliomielite na Europa em 1998.

Mas se olharmos para o nosso país, quando atingimos uma taxa de cobertura vacinal superior a 90% temos a capacidade de eliminar algumas doenças como a difteria, o sarampo, a poliomielite, o tétano neonatal e ainda reduzir a incidência de rubéola congénita, a parotidite endêmica, tosse convulsa,

O Plano Nacional de Vacinação foi implementado em 1965

O Plano Nacional de Vacinação (PNV) é gratuito, acessível a todas as pessoas e é composto por um conjunto de vacinas que são eficazes e seguras, com benefícios evidentes para a população global, para o próprio e para a saúde publica. Pretende-se que a vacinação seja assim o mais abrangente possível, porque só conseguimos modificar o curso de uma doença quando adquirimos uma imunidade de grupo, logo quase toda a população tem que estar vacinada. Os esquemas de vacinação estão também adequados à faixa etária.

Existe uma Comissão Técnica de Vacinação (CTV) que está atenta à evolução das doenças e suas modificações, a sua distribuição no nosso país, as características da população, a disponibilidade das vacinas existentes, a descoberta de novas vacinas para outras doenças, a identificação de esquemas em que as vacinas se possam conjugar numa inoculação conjunta. Essa CTV propõe mudanças adequadas do PNV, para que o mesmo seja atualizado, com maior eficácia e maior aplicabilidade.

A atualização do PNV é da responsabilidade da DGS.

SARS –CoV-2: travar o vírus com vacina eficaz

Atualmente vivemos uma pandemia a nível mundial onde percebemos a incapacidade que temos em travar o vírus SARS –CoV-2.

Diariamente assistimos a um número crescente de pessoas infetadas e também um elevado número de mortalidade. A acrescer a este problema sabemos que existe um grande número de infetados que são assintomáticos, o que significa que estão a transmitir o vírus de forma silenciosa, mas que podem causar doença grave noutras pessoas.

Assim, todos esperamos uma vacina como única solução de resposta a esta pandemia.

A aceitação de uma vacina é potenciada pela informação obtida pelo público e fornecida pelos profissionais de saúde e pelas campanhas implementadas. Diariamente os meios de informação ajudam a aumentarmos expectativas nesta procura incessante pela vacina para a doença Covid.

Normalmente uma vacina para ser produzida passa por um longo percurso de avaliação, que se inicia primariamente no laboratório e posteriormente em animais. Ao passar esta primeira etapa começam os ensaios em humanos, que se dividem em 3 etapas: I, II e III. Estas 3 fases decorrem durante vários anos e distinguem-se pelo número de pessoas abrangidas, que vai aumentado sucessivamente e pressupõem que temos sempre validada a fase anterior o que permite avançar para a fase seguinte. Num último estádio, a vacina é aplicada na comunidade e ainda assim os testes de segurança e vigilância continuam.

De uma forma global podemos generalizar que as vacinas que se encontram comercializadas e no PNV têm segurança comprovada bem como eficácia garantidas.

Neste momento assistimos a um acelerar temporal de ensaios clínicos referentes à vacina Covid, visto a intenção ser parar esta pandemia. No entanto, não podemos esquecer a segurança! Existem esforços gigantescos e uma comunidade científica a trabalhar num esforço comum.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Redução do risco de complicações após transplante
No âmbito da celebração do mês dos cancros do sangue, em setembro, foi recentemente divulgada a conclusão de um ensaio clínico...

As pessoas com doenças hemato-oncológicas, comumente conhecidas como cancros do sangue, fazem frequentemente transplantes de células estaminais, para substituir as células da medula óssea danificadas pela quimioterapia ou radioterapia. Estes transplantes podem ser feitos com células da medula óssea, com células estaminais presentes no sangue periférico mobilizado ou com células estaminais do cordão umbilical.

No entanto, os transplantes de medula óssea acarretam um risco elevado para os doentes relacionado com a possível incompatibilidade e rejeição do organismo. Com os transplantes de sangue do cordão umbilical esta rejeição não é tão comum, por isso torna este tratamento mais seguro e vantajoso.

Uma vez que o sangue do cordão umbilical está limitado ao número de células colhidas no momento do parto, a investigação nesta área tem suscitado muito interesse por parte da comunidade científica, especialmente no âmbito da transplantação hematopoiética e da expansão do número de células estaminais colhidas no sangue do cordão umbilical no momento do parto. Os resultados obtidos num ensaio clínico de fase III, acabam de dar mais um passo em direção à expansão das células estaminais hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical.

 A empresa Gamida Cell, biotecnológica sedeada nos E.U.A, anunciou as conclusões do ensaio clínico de fase III de transplante de células estaminais expandidas a partir do sangue do cordão umbilical, em pessoas com doenças hemato-oncológicas, como leucemias e linfomas.

O ensaio clínico envolveu 50 centros de transplantação, pelo mundo inteiro, e permitiu concluir que o tempo de recuperação de neutrófilos (células do sistema imunitário) foi reduzido para 12 dias após o transplante, em vez de 22 dias do grupo de controlo, que receberam o transplante de células estaminais do cordão umbilical standard.

Os resultados permitem concluir que a utilização de células estaminais hematopoiéticas expandidas do sangue do cordão umbilical, para o transplante destes doentes, favorece a redução de complicações, como o risco de infeções e, consequentemente reduzem o período de hospitalização.

Em Portugal, a BebéVida desenvolveu um projeto de investigação nesta área com o Instituto de Medicina Molecular (IMM), da Faculdade de Medicina de Lisboa, e a empresa Stemcell2MAX, para testar uma nova molécula de expansão de células estaminais hematopoiéticas.  Neste projeto foram testadas algumas amostras de sangue do cordão umbilical e conseguiu verificar-se uma expansão em alguns casos de até 100 vezes o número de células contidas numa amostra de sangue do cordão umbilical. 

“Os testes que realizámos permitiram provar a capacidade da molécula na expansão das células estaminais hematopoiéticas in vitro, agora o próximo passo é fazer os mesmos testes in vivo e verificar se as células expandidas têm o mesmo comportamento das células originais. Esta avaliação permitirá uma redução do tempo de recuperação de neutrófilos e plaquetas, o que irá encurtar o tempo de recuperação hematológica, minimizando por consequência os riscos associados a um transplante. Este é o desafio que temos em mãos nesta área para o futuro” – afirma João Sousa, Diretor de Qualidade da BebéVida.

Estes resultados sustentam a decisão que muitos pais tomam de criopreservar as amostras de sangue do cordão umbilical em Bancos de Sangue do Cordão Umbilical, alargando o potencial terapêutico destas células.

Webinar
A reorganização dos hospitais e centros de saúde, o adiamento de exames, consultas e cirurgias programadas, a resposta a outros...

Esta sessão conta com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, Ana Paiva Nunes, coordenadora da Unidade Cerebrovascular do Hospital de São José, Bruno Santiago, coordenador da campanha “Olhe pelas suas costas” e neurocirurgião no Hospital da Luz Lisboa, Miguel Coelho, neurologista do Hospital de Santa Maria e Rui Teles, cardiologista de intervenção no Hospital de Santa Cruz.

A pandemia da COVID-19 obrigou a uma reprogramação de agendas, salvaguardando os casos prioritários ou urgentes. Em maio de 2020, 242 mil dos doentes já estavam inscritos na lista de espera para cirurgias e para 43% o tempo máximo de resposta garantido já tinha sido ultrapassado. No total, os hospitais tinham realizado menos 902 mil consultas e menos 85.000 cirurgias relativamente ao período homólogo. 

Luís Lopes Pereira, diretor-geral da empresa de dispositivos médicos Medtronic, esclarece a importância desta iniciativa e o seu propósito: “a resposta dos hospitais aos casos de doentes não COVID-19 tornou cada vez mais evidente as necessidades não satisfeitas na área da saúde. Nesta fase, temos de avaliar o compromisso de resposta para os doentes não COVID-19 para minimizar o impacto que a pandemia tem provocado e que continuará a provocar no futuro. Todos os doentes são importantes e devem receber os cuidados de saúde que necessitam. No entanto, há patologias nas quais o adiamento do tratamento, nomeadamente o cirúrgico, podem ter consequências bastante graves para quem delas sofre”.

Com o objetivo de analisar as principais áreas em que faltam respostas, qual o papel que se pode assumir, qual é a educação que está a ser feita junto dos doentes e a segurança nos locais de saúde nos centros hospitalares, este espaço de discussão vai abordar quatro áreas específicas: patologias da coluna, doenças do movimento, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares.

 

Estudo CAPTURE
Entre outras conclusões, o estudo CAPTURE, vem mostrar que apenas 2 em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 e doença...

O estudo, o primeiro deste género e que envolveu cerca de 10.000 participantes de 13 países em cinco continentes, mostrou que 1 em cada 3 pessoas com diabetes tipo 2 tem doença cardiovascular estabelecida, das quais 9 em cada 10 com doença cardiovascular aterosclerótica. A doença cardiovascular aterosclerótica é causada pela acumulação de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, estreitando os vasos e diminuindo o fluxo sanguíneo, o que pode potencialmente levar a episódios como um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. O estudo CAPTURE destacou ainda que apenas 2 em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular aterosclerótica estão a receber tratamento para a redução da glicose com benefícios cardiovasculares comprovados.

 “As conclusões do estudo CAPTURE são significativas para qualquer pessoa que esteja envolvida no cuidado de pessoas com diabetes tipo 2. Os dados revelam que, embora a prevalência da doença cardiovascular aterosclerótica na população com diabetes tipo 2 seja elevada, a grande maioria não está a receber tratamentos que comprovadamente reduzem o risco de episódios cardiovasculares potencialmente graves”, afirma o investigador Dr. Ofri Mosenzon consultor da Novo Nordisk e da Unidade de Diabetes no Centro Médico Hadassah em Israel. “É crítico que priorizemos as doenças cardiovasculares como fatores-chave na gestão da diabetes tipo 2”.

As pessoas com diabetes tipo 2 precisam de estar mais conscientes dos seus fatores de risco e os médicos precisam de ser ativos a rastreá-los. Hoje em dia, é possível controlar este risco por meio de tratamentos com benefícios cardiovasculares comprovados, conforme recomendado em várias diretrizes de tratamento”.

Pela primeira vez, foram recolhidas informações sobre as doenças cardiovasculares na diabetes tipo 2 em contexto de cuidados de saúde primários e hospitalares, o que também demonstra que uma parte significativa das pessoas com diabetes tipo 2 está a ser acompanhada na medicina geral e familiar em conjunto com especialistas em diabetes.

"A doença cardiovascular é a principal causa de incapacidade e morte entre pessoas com diabetes tipo 2. Até há pouco tempo, a ligação entre a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares não era totalmente valorizada à escala global", diz Stephen Gough, diretor médico na Novo Nordisk. "Através do nosso investimento contínuo, incluindo o estudo CAPTURE, a Novo Nordisk espera que, com uma maior compreensão da doença e da sua gestão, os profissionais de saúde adquiram mais conhecimento sobre a forma mais adequada de controlar esta doença e melhorar os resultados dos doentes."

Para mais informações sobre o estudo CAPTURE, visite: https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/9143/presentation/485 

https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/9143/presentation/664 

https://www.epresspack.net/novonordiskEASD2020/CAPTURE

Desenvolvimento e Inovação
A Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) acaba de lançar o BioMentors Club, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento...

O BioMentors Club dirige-se a todos os projetos ou start-ups nacionais no setor das Ciências da Vida e Biotecnologia, sobretudo nas áreas de Biomedicina, Medtech, Biofarma, saúde digital, biologia sintética, biotecnologia agrícola, marinha e industrial.

Os principais objetivos do BioMentors Club passam por fomentar a criação e o crescimento de empresas que atuam nas áreas de Ciências da Vida e Biotecnologia no ecossistema empresarial em Portugal; atrair investimento para o setor; contribuir para uma maior notoriedade e impacto do setor, tanto a nível nacional como internacional.

“A área das Ciências da Vida e Biotecnologia está em franco crescimento em Portugal e um dos objetivos da P-BIO é fazer com que evolua ainda mais no futuro. Através do intercâmbio de conhecimento e da promoção de um maior networking, acreditamos que este clube de mentores poderá ser uma importante mais-valia para impulsionar alguns projetos nacionais”, afirma Simão Soares, Presidente da P-BIO.

O programa do BioMentors Club está assente num plano de mentoria que é desenhado à medida de cada projeto e pode durar até 18 meses. Os mentores estão a ser selecionados entre os melhores especialistas em Portugal em Ciências da Vida e Biotecnologia, e são escolhidos tendo em conta a sua área de especialização, experiência profissional e competências como conselheiros. Nuno Arantes-Oliveira, Isabel Rocha e Simão Soares fazem já parte do grupo de mentores especialistas.

A inscrição pode ser feita aqui.

 

Airbus A340 com destino a Beirute
Um avião Airbus A340 da Hi Fly aterrou, na passada sexta-feira, no Aeroporto de Beirute, Líbano, chegado do Aeroporto de Lisboa...

Este voo enquadra-se no apoio que a Fundação Mirpuri e a companhia aérea Hi Fly estão a dar à iniciativa “Ajudar Beirute”, criada pela médica portuguesa Andreia Castro, após a sua viagem para o Líbano, onde encontrou uma importante área da capital destruída, com inúmeras necessidades.

Entendendo essa necessidade urgente, a Fundação Mirpuri desde logo decidiu contribuir com o fornecimento de 1800 doses individuais de medicamentos e material hospitalar, essencial para que as entidades no terreno pudessem continuar a apoiar a população devastada.

Contudo, a falta de meios para ajudar todas as pessoas, levou a Fundação a estender a sua ajuda a esta iniciativa e decidir transportar até Beirute as 3 toneladas de carga reunida pela iniciativa “Ajudar Beirute”, através da companhia aérea Hi Fly.

A Hi Fly neste voo em particular, como já o fez noutras situações de voos humanitários, prescindiu da sua margem de comercialização e a Fundação Mirpuri fez ainda um donativo adicional de 100.000 euros para viabilizar esta operação.

“Na sequência da catástrofe ocorrida a 4 de agosto, o território de Beirute e os libaneses têm vivido momentos dramáticos, sendo a ajuda internacional essencial. A Fundação Mirpuri, enquanto organização filantrópica não podia deixar de assumir o seu compromisso na ajuda humanitária a este povo, e contribui assim com o envio de ajuda de emergência e humanitária para Beirute, através da Hi Fly”, explica Paulo Mirpuri, Presidente da Fundação Mirpuri e da companhia aérea Hi Fly.

Para Andreia Castro, “Esta iniciativa, que nasceu de uma ação voluntária individual e sem qualquer apoio institucional e se dinamizou unicamente graças às redes sociais (IG @me_across_the_world) estendeu-se por todo o país e tomou proporções inimagináveis, com centenas de pessoas e organizações a quererem manifestar o seu apoio e a contribuírem com o seu tempo e/ou donativos. A Fundação Mirpuri estendeu a mão no momento certo, transformando um envio que se previa durar 3 semanas até chegar ao destino, numa ação de apenas um dia, o que, considerando a urgência no material em causa, faz toda a diferença".

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