Atribuição dos prémios Essilor Excelência da Óptica
Num momento difícil para as empresas do sector óptico, que nunca deixaram de prestar serviços essenciais à população no período...

Os sete vencedores por categoria são: “Melhor Atendimento”, Óptica Brasil, de Lisboa; “Melhor Atracção de Clientes”, Alberto Oculista – Loja Saldanha, de Lisboa; “Comunicação/Informação de Saúde Visual”, Grupo André Ópticas, de Lisboa; “Melhor Impacto Social”, Optocentro, de Lisboa; Grande Prémio “Óptica do Ano”, Alberto Oculista – Loja Saldanha, Lisboa. 

Por votação direta do júri foi também entregue o prémio "Carreira" a Francisco M. Bolas, da Óptica Havaneza, de Évora e o prémio “Inovação/Investigação”, ao professor e investigador José M. González-Meijome, responsável pela criação de uma rede internacional de investigação em Optometria.

O principal objetivo da iniciativa é dar maior visibilidade ao trabalho desenvolvido nas ópticas em Portugal, onde diariamente profissionais altamente qualificados prestam serviços essenciais de saúde visual à população.

A avaliação dos prémios foi feita por um júri composto por Joana Santos Silva, professora na Universidade Católica Portuguesa, João Ferreira, jornalista da CMTV, Madalena Lira, professora na Universidade do Minho, Fernando Tomaz, presidente da direção da Associação Nacional de Ópticos, e Ricardo Flamínio, da revista ÓpticaPro.

Os vencedores foram decididos com base nos resultados de um questionário online às lojas candidatas, com observação dos meios digitais e uma visita de avaliação através da metodologia de “cliente mistério”. Posteriormente, os membros do júri fizeram uma seleção das melhores ópticas em cada categoria, de modo a serem apuradas as vencedoras.

O Prémio Essilor Excelência da Óptica é uma iniciativa de parceria com a Associação Nacional de Ópticos, a Intercampus e a Cofina, com o apoio da Essilor.

Licenciatura com 6 certificações profissionais
A Atlântica – Instituto Universitário vai atribuir duas bolsas de estudo para Bombeiros Voluntários que queiram ingressar na...

“Tal atribuição visa especificamente premiar o esforço, o desempenho e a dedicação de uma classe profissional que se tem revelado essencial no apoio às populações, contribuindo para um reforço das suas qualidades”, refere Carlos Guillén Gestoso, presidente da EIA – Ensino, Investigação e Administração S.A., entidade instituidora da Atlântica – Instituto Universitário.

As bolsas de estudo destinam-se a Bombeiros Voluntários em Associações de Bombeiros sedeadas no Distrito de Lisboa e têm como objetivo apoiar o prosseguimento dos estudos a estudantes economicamente carenciados e com aproveitamento escolar que, por falta de meios, se vêm impossibilitados de o fazer.

As bolsas de estudo serão atribuídas aos candidatos selecionados por um júri composto por um representante da EIA/Atlântica – Instituto Universitário, da Escola Nacional de Bombeiros, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação da Estudantes.

“A atribuição de duas bolsas para Bombeiros Voluntários, é um momento fantástico de valorização da nobre missão de todos os Bombeiros, que a Atlântica – Instituto Universitário pretende reconhecer, evidenciar e agradecer”, refere Ricardo Tojal Ribeiro, coordenador da Licenciatura em Gestão da Segurança, Emergência e Proteção Civil e elemento de júri desta iniciativa.

“Esta licenciatura, com as suas seis certificações profissionais, assume uma visão pluridisciplinar do setor, incrementando um conhecimento profundo nos dois principais vetores da atividade da Segurança, da Emergência e da Proteção Civil que são, o planeamento e a gestão da emergência”, acrescenta o mesmo responsável. “Ambos os fatores diferenciam claramente este curso e transforma-o num desafio académico de excelência, garantindo aos nossos diplomados, um perfil de saída com uma elevada competência e empregabilidade de alto nível”, sublinha.

A nova Licenciatura em Gestão da Segurança, Emergência e Proteção Civil é direcionada para os atuais e futuros (dirigentes, coordenadores, técnicos e comandantes) das entidades que estão descritas como agentes (ou com especial dever de colaboração) de proteção civil, mas também para todos os que queiram desenvolver a sua atividade no sector da segurança coletiva publica ou privada, seja na saúde e segurança no trabalho, em grandes eventos ou grandes empresas.

O referido curso confere um total de seis certificações profissionais: Formação de Formadores, Curso de Quadros de Comando e Oficiais de Bombeiros, Coordenador Municipal de Proteção Civil, Técnico Superior de Segurança no Trabalho, Diretor de Segurança e Tripulante de Ambulância de Socorro.

Novos tratamentos
Com o objetivo de dar resposta à incerteza associada à Dermatite Atópica, as farmacêuticas Sanofi Genzyme e a Regeneron lançam...

Esta bolsa tem como objetivo encontrar soluções que possam ajudar a resolver os principais desafios das pessoas que vivem com dermatite atópica (DA) e ajudá-las a enfrentar a incerteza diária da sua condição. O prazo de candidaturas a esta bolsa acaba de ser alargado mais uma semana, até ao dia 19 de outubro.

Saiba mais sobre Agents of Change e a forma como pode participar nesta iniciativa aqui.

A Dermatite Atópica, a forma mais comum de eczema, é uma doença inflamatória crónica da pele, causada em parte pela inflamação do tipo 2 excessiva, e que tem efeitos visíveis, como o prurido, a comichão, descamação e feridas. Mas esta doença tem muitos, se não mais, efeitos invisíveis nas pessoas que vivem todos os dias com a DA em particular nas suas formas moderada ou grave. Segundo um estudo português divulgado este mês, as pessoas que vivem com esta doença gastam em média 44 minutos diários para tratar a sua doença e cerca de metade dos doentes com DA grave refere que passa mais de 14 noites mal dormidas por mês. Cerca de 40% dos doentes portugueses sente-se bastante envergonhado com a sua doença, e mais de um terço refere sentir vergonha, ansiedade e frustração.

 

Iniciativa "Mulheres sem Pausa"
No âmbito do Dia Mundial da Menopausa, que se assinala a 18 de outubro, a conferência “Mulheres Sem Pausa” regressa pelo...

Entre as mensagens mais importantes para as mulheres portuguesas, sobre esta fase que corresponde a mais de um terço das suas vidas, destacam-se a necessidade de antecipar fatores de risco pré-menopausa, atuando na prevenção e a importância de trazer este assunto para a ordem do dia pela própria sociedade, não esquecendo os impactos que esta pandemia pode ter na forma como este momento é gerido.

Pelo segundo ano consecutivo, a Vichy - uma marca que se preocupa não só com os cuidados de beleza da mulher, mas também com o seu bem-estar, confiança e qualidade de vida - organizou uma conferência multidisciplinar para farmácias, profissionais de saúde e para a população em geral com o objetivo de que este “assunto seja abordado com normalidade, sem tabus e que as mulheres procurem, efetivamente, pôr a sua saúde em primeiro lugar, não parando, nem mesmo na menopausa.”, como frisou o diretor de marketing, Jorge Sucena.

Estando provado que situações de extremo stress, traumas e outros momentos de pressão podem induzir a uma menopausa precoce, até que ponto o momento em que vivemos, com esta pandemia, pode vir a trazer as mesmas consequências também para a mulher? Foi uma pergunta levantada pela médica Fernanda Geraldes, Presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, que reforçou também a necessidade de neste período em que os contactos com os profissionais de saúde estão mais condicionados não deixar de consultar os especialistas (quando as estatísticas de acompanhamento médico na menopausa já são tão baixas no nosso país).  Ao longo da conferência foi sublinhada a carência de informação por parte das mulheres, a desigualdade de acessos aos cuidados de saúde especializados, bem como a necessidade de encarar esta fase da vida como todas as outras. Como explica Fernanda Geraldes, neste período “há uma pausa na menstruação e na fertilidade, mas não deve haver para todo o resto: na vida, na carreira, na beleza, na sexualidade, na saúde, nem na felicidade”, algo que também é corroborado por Regina Ribeiras, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que indica “a doença cardiovascular também não tem pausas, sobretudo nas mulheres”, reforçando que “As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte das mulheres e que, em conjunto com o AVC matam 1 em cada 3 mulheres*.”, sendo que 80% destas mortes podem ser prevenidas com a alteração do estilo de vida.

Conceição Calhau, Professora Associada da Nova Medical School, esclarece que esta fase acaba por ser também de “reflexão da vida que levaram”, defendendo que esta introspeção deverá fazer-se desde sempre e não apenas quando se chega a esta fase, devendo, por isso, atuar-se “na prevenção”. A especialista reforça ainda a importância de se falar com os profissionais de saúde sobre suplementos alimentares, cada vez em maior número e mais perigosos para esta fase da vida da mulher, e dos riscos associados de uma automedicação não farmacológica. “Hoje em dia as pessoas procuram imenso suplementos alimentares em substituição da terapêutica hormonal e é importante alertamos também os farmacêuticos para fazerem estas perguntas porque as pessoas não dizem aos profissionais de saúde o que estão a tomar. Procuram o que ouvem falar e depois autoprescrevem-se.”

Além dos hábitos saudáveis, no que respeita à pele, um órgão que se ressente de forma visível na menopausa, a médica dermatologista Leonor Girão defende, “é importante procurar produtos essenciais para corrigir algumas alterações ao nível da pele na menopausa, nomeadamente o filtro solar, para diminuir as agressões do ambiente, e cremes que ajudem a combater a falta de colagénio da pele, nomeadamente com retinol, ácidos glicólicos, ácido hialurónico e vitamina C”.

Uma das áreas mais afetadas da vida da mulher é também a sexualidade, sobre a qual Lisa Vicente, Ginecologista-Obstetra com especialização em Medicina Sexual e pertencente à Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, destaca a importância da ligação entre a cabeça e o corpo, pois é a partir da cabeça que “percecionamos e interpretamos as nossas experiências”, sendo que depois da idade fértil surgem “novas oportunidades e novos desafios”, sublinhando igualmente a relevância em “alterar a representação social da mulher nesta fase”, pois muitas vezes tem em si “a imagem social e estereotipada que a sociedade construiu da menopausa”, o que acaba por ser um filtro que não permite que se consiga ver com outros olhos. 

Esta conferência encontra-se disponível no canal de Youtube da Vichy Portugal, em que os especialistas esclarecem algumas das perguntas colocadas pela audiência e que espelham muitos dos mitos e dúvidas do público em geral.

Alavancando aquela que é a sua missão, além da conferência, a Vichy tem vindo a desenvolver ao longo do último ano uma plataforma intitulada de #NãoPareNaMenopausa, que conta com artigos realizados com especialistas que abordam várias dúvidas e mitos sobre este período.

Coronavírus
80% dos profissionais de saúde infetados com o novo coronavírus (SARS-CoV2), em Portugal, já recuperaram, informou hoje, o...

“De todas as pessoas internadas, desde o início da pandemia, infetadas com SARS-CoV2 (em março), 10% necessitaram de cuidados intensivos”, afirmou Lacerda Sales, referindo que esta proporção foi mais elevada em pessoas entre os 40 e os 80 anos, variando entre os 14% e os 21%.

A percentagem de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos foi mais elevada em março, atingindo 18%, e estabilizou nos meses seguintes, rondando os 10%, de acordo com o governante.

Além de defender que a vacinação contra a gripe é uma das componentes na batalha contra a Covid-19, o governante destacou ainda, no âmbito dos meios de controlo de cadeias de transmissão, que a aplicação StayAwayCovid, lançada há um mês, registou mais de 1,4 milhões de downloads. Foram inseridos 116 códigos, que deram origem a 137 chamadas para o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), de acordo com os dados apresentados.

Na conferência de imprensa desta-segunda-feira, dia 12 de outubro, que contou também com a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e com o Presidente dos SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde observou ainda que na sexta-feira, 9 de outubro, terminou o projeto piloto de desmaterialização do cartão do passageiro, que decorreu de “modo muito satisfatório”, existindo agora um sistema eletrónico para preenchimento deste cartão, “a conviver com o preenchimento em papel” para os passageiros que entrem pelos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro e pelo aeródromo de Tires.

“Esta é também uma ferramenta importante para ajudar as autoridades de saúde a identificar contactos de casos confirmados, num mundo onde, como sabemos, há grande mobilidade de pessoas”, defendeu o governante.

 

Tratamentos eficazes e seguros
O quadro global de saúde da COVID-19 continua a ser a notícia que marca a atualidade. O que faz refletir sobre a importância da...

Por isso, para o grupo IVI, há 30 anos que a segurança dos pacientes tem sido uma prioridade, e mais agora se possível, em função da crise de saúde em que vivemos. Os tratamentos de procriação medicamente assistida geralmente não são um caminho fácil, às vezes até são mais longos do que o esperado. Alguns casais e mulheres têm dúvidas sobre o abandono do tratamento e medos que não são mitigados ao longo desse processo. A função do IVI é tranquilizar esses casais e mulheres, ajudá-los e acompanhá-los até à realização do seu sonho. A qualidade do atendimento, a excelência nos processos, a tecnologia e as técnicas de ponta, além de profissionais altamente qualificados são importantes nesta trajetória rumo à maternidade. A segurança do paciente é fundamental para a prestação de serviços de saúde de qualidade, esses serviços devem ser eficazes e seguros e, acima de tudo, centrados nas pessoas.

“O nosso principal objetivo não é apenas que quem nos procura consiga ter um recém-nascido saudável em casa, mas garantir que os tratamentos necessários sejam feitos com a máxima agilidade e segurança, adaptando os nossos protocolos para assegurar o seu bem-estar em todo o processo. Para nós, um dos desafios mais importantes não é apenas alcançar os melhores índices de gravidez, mas também evitar que ocorra qualquer evento adverso que possa ter um efeito negativo, seja físico ou mental. A responsabilidade e a transparência, agindo rapidamente em situações desfavoráveis ​​como a atual pandemia, permitem-nos avançar com as melhores garantias para os pacientes, trabalhadores e sociedade em geral”, explica Sérgio Soares, diretor do IVI Lisboa.

Isso é feito por meio das melhores ferramentas tecnológicas, como o controle automático de rastreabilidade, que nos permite verificar tanto a identidade do paciente como os seus gâmetas (óvulos e espermatozoides) e embriões ao longo do tratamento, além de processos rigorosamente protocolizados. O IVI também é pioneiro no desenho de novos processos e investigações que, uma vez implantados, são aperfeiçoados por meio de formação contínua.

“Trabalhamos ativamente na parte mais clínica. Durante anos insistimos, e conseguimos em quase 100% dos casos, transferir um único embrião. E é por isso que o nosso índice de gravidez múltipla é muito baixo e persistimos, uma vez que sabemos que a gravidez múltipla é um problema na medida em que acarreta mais complicações médicas, tanto para a mãe como para o futuro bebé”, afirma o especialista.

“Também implementamos testes de compatibilidade genética para todos os nossos dadores de óvulos e espermatozoides, com o objetivo de evitar, no que estiver ao nosso alcance, que haja transmissão de uma doença genética para os pacientes que fazem uso de gâmetas doados. Isso adiciona grande segurança ao processo e dá aos pacientes tranquilidade e confiança na opção por esse tipo de tratamentos. Na verdade, isso mostra a importância da segurança do paciente para nós. Além disso, a nossa clínica é auditada por uma entidade independente e temos um Selo de Qualidade da SGS. Isso permite-nos oferecer a maior transparência e confiabilidade nos nossos resultados”, completa o diretor da clínica.

Outra componente fundamental do IVI são os profissionais que compõem a nossa equipa; são a melhor ferramenta. Os melhores especialistas, reconhecidos e premiados internacionalmente pelos seus estudos científicos, colocam os seus conhecimentos e experiência à disposição daquelas mulheres e casais que lhes confiam o seu maior desejo. Mas, acima de tudo, o IVI não trata apenas de problemas médicos, mas de pessoas. O maior sucesso do IVI é a felicidade dos seus pacientes, e isso traduz-se nas mais de 200 mil crianças que vieram ao mundo desde que o líder mundial em medicina reprodutiva abriu portas, há 30 anos.

Vacinação começa na próxima semana
Este ano, o Ministério da Saúde reforçou a aquisição de mais doses de vacinas contra a gripe sazonal, antecipando, assim, a...

“Estamos empenhados em garantir a maior cobertura vacinal de sempre em Portugal de forma a minimizar a coexistência de gripe sazonal e Covid-19 e, naturalmente, proteger os mais vulneráveis”, frisou António Lacerda Sales, na conferência de imprensa de atualização dos dados da Covid-19.

O governante recordou ainda que a próxima fase de vacinação começa na próxima semana, acrescentando que este ano, uma parcela das vacinas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cerca de 150 mil doses, destinada à população com mais de 65 anos será administrada nas farmácias.

 

 

Inciativa da Sociedade Portuguesa da Hipertensão
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) associa-se à World Hypertension League (WHL), para comemorar o Dia Mundial da...

De 17 a 23 de outubro, nesta segunda semana dedicada à hipertensão, a novidade é o testemunho dos doentes em primeira mão. Haverá ainda sessões de show cooking, uma sessão médico-doente, quizzes e sessões clínicas sobre hipertensão. Mais uma vez a iniciativa tem a colaboração de Nilton, o conhecido humorista e escritor português que se associa pela segunda vez à Semana da Hipertensão EM CASA. 

Os Webinares temáticos e as atividades online decorrem no Facebook, Instagram, Youtube e Site da SPH (www.sphta.org.pt).  

O tema central do DMH, promovido pela WHL, nos últimos cinco anos incide sobre Know Your Numbers (conheça os seus números/valores) com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre a hipertensão arterial (HTA) em toda a população no mundo. Este ano a tónica é ‘Meça sua pressão arterial, controle-a, viva mais’.  

A SPH relembra a importância de medir a pressão arterial (PA) frequentemente, cujos valores devem ser inferiores a 14/9. Praticar exercício físico regular, adotar uma alimentação saudável com baixo teor de sal e cumprir a toma da medicação prescrita fazem também parte das mensagens que a SPH quer transmitir através das iniciativas que vai desenvolver. 

Embora a prevalência da hipertensão arterial se mantenha relativamente estável nos últimos 15 anos, atingindo mais de 40% da população adulta, a mortalidade cardiovascular de que a hipertensão é o principal fator de risco, tem vindo sistematicamente a diminuir e veio para baixo dos 30%, o que é um marco histórico.  

 

 

Congresso Virtual decorre nos dias 23 e 24 de outubro
Vão ser conhecidos os casos clínicos selecionados no âmbito da 2.ª Edição do HPV Clinical Cases. A apresentação e discussão dos...

Depois de uma primeira fase de candidaturas concluída com sucesso, que contou com a submissão de 79 casos clínicos, seguiu-se uma avaliação independente dos casos submetidos por um comité científico de excelência constituído pelos seguintes elementos: Daniel Pereira da Silva, José Moutinho, Teresa Fraga,  Luís VarandasPedro Montalvão, Carmen Lisboa e Sandra Pires.

A 2ª Edição do HPV Clinical Cases, que tem como objetivo aumentar o conhecimento e a discussão interpares do vasto leque de apresentações clínicas resultantes da infeção pelo HPV, com vista à melhoria dos cuidados de saúde a prestar aos doentes, culmina agora com este Congresso Virtual, onde vão ser conhecidos os trabalhos selecionados pelo Comité Científico, segundo os seguintes critérios: pertinência do caso clínico, originalidade, rigor científico, impacto que o mesmo terá no conhecimento da comunidade médica e nos cuidados a prestar aos doentes e raciocínio clínico.

Dadas as atuais circunstâncias epidemiológicas, o formato do evento desta edição reinventou-se, com as sessões orais  transmitidas virtualmente e em diferido, e uma área digital de pósteres, garantindo a qualidade científica de sempre. Os profissionais de saúde devem fazer o registo de participação no evento através da plataforma digital.

Esta iniciativa conta com o patrocínio científico das seguintes sociedades médicas: Associação Portuguesa Urologia (APU), Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG), Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA), Sociedade Portuguesa de Coloproctologia (SPCP), Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço (SPORL-CCC).

 

 

Saúde mental
Este sábado, 10 de outubro, celebrou-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Reconhecendo a importância de cuidar de nós mesmos acima...

A fotografia pode ser um fator de stress e até causar ansiedade. Para os fotojornalistas e fotógrafos de publicidade, casamentos ou desporto, é elevada a pressão para entregar imagens marcantes dentro do prazo previsto; e pode ser esgotante passar muitos dias ou meses em viagem, muitas vezes sozinhos, e talvez a fazer a cobertura de histórias angustiantes. Se a isto somarmos a precariedade económica do trabalho freelancer, algo que se acentuou ainda com a COVID-19, é evidente a razão por que muitos fotógrafos independentes estão esgotados.

«Se não cuidar da minha saúde mental, não posso realizar o meu trabalho em condições», explica Anastasia Taylor-Lind, fotojornalista residente em Londres e membro da TED, que cobriu diversos conflitos em todo o mundo para meios de comunicação e ONG internacionais. «Sem autoconsciência e um certo nível de estabilidade emocional e mental, não somos capazes de processar e contar as histórias de outras pessoas.»

«Penso que os nossos organismos estão intrinsecamente ligados ao nosso estado emocional», acrescenta Tasneem Alsultan, fotógrafa documental saudita que se dedica a causas sociais e à defesa dos direitos humanos e colabora com o The New York Times e a National Geographic. A profissional relata que passou momentos difíceis devido à falta de trabalho causada pela pandemia. «Apeguei-me tanto à minha câmara que sinto que algo me falta se não a tenho na mão. Por isso comecei a ler sobre meditação, a aprender a acalmar-me e a ter mais consciência do que me rodeia, e a ligar-me mais à minha família.»

A experiência de Anastasia foi similar: «Quando a pandemia começou, todos os trabalhos que tinha foram cancelados ou adiados. Tive que responder a uma questão muito difícil, que foi: se não sou fotógrafa, quem sou eu?»

Ambas concordam que partilhar com outrem as suas preocupações e experiências, e estabelecer uma rotina de exercício físico são ações que podem ajudar a mente a conseguir o equilíbrio necessário para sobreviver.

«Compreendam que não estão sozinhos,» afirma Tasneem. «É bom falar e partilhar a vulnerabilidade que sentem, porque tantas outras pessoas vão identificar-se e partilhar o mesmo convosco. Não temos que fazer o mesmo que fizeram os outros antes de nós, nem sempre é o bom e o correto. Podemos corrigi-lo. Especialmente neste momento, acho que é mesmo importante que nos mantenhamos humildes.»

«Façam exercício. Utilizem o corpo para curar, acalmar e ajudar a vossa mente,» acrescenta Anastasia. «Para algumas pessoas é importante correr ou fazer longas caminhadas, simplesmente algo que vos entretenha fisicamente e liberte o intelecto – porque uma grande parte de ser fotógrafo está na nossa cabeça e em pensar nas coisas, ao mesmo tempo que as vemos.»

Esta importante conversa com Anastasia e Tasneem pode ser encontrada na sua totalidade no blog da Canon: https://www.canon.pt/pro/stories/photographers-and-wellbeing/

Iniciativa
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover um vídeo de consciencialização para as más...

Segundo Miguel Casimiro, neurocirurgião e presidente da SPPCV, “este vídeo surgiu com o foco de alertar a população para os fatores que podem contribuir para aumentar o risco de desenvolver lombalgia, ou dor nas costas, tais como as más posturas no trabalho.”

E acrescenta: “com este vídeo pretendemos também, além de alertar, ensinar as pessoas a adotar medidas preventivas ou que possam minimizar os riscos de vir a sofrer de dores nas costas. No local de trabalho recomendamos, por exemplo, que opte por utilizar auscultadores ou auriculares, se tiver de falar ao telefone com frequência; ou quando está sentado deve manter a coluna encostada às costas da cadeira e os pés assentes no chão”.

“Além das más posturas, também existem outros fatores de risco associados a uma maior probabilidade de desenvolver a dor, como o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o esforço físico excessivo (sobretudo na carga de objetos pesados) e o stress. A depressão e doenças associadas ao processo de envelhecimento, como a osteoporose, também acarretam maior risco de lombalgia”, conclui Miguel Casimiro.

 A lombalgia, ou dor nas costas, carateriza-se por uma dor, tensão ou desconforto na região lombar, com ou sem irradiação para os membros inferiores.

O Dia Mundial da Coluna assinala-se todos os anos a 16 de outubro, com a missão de consciencializar a população para a importância da saúde da coluna vertebral.

DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma atualização da orientação 018/2020 sobre gravidez e parto, em que reforça o direito...

Esta atualização, publicada no dia 9 de outubro, apresenta uma clarificação sobre a presença de acompanhante no parto, que já estava prevista no documento anterior.

Segundo o documento, “as unidades hospitalares devem assegurar as condições necessárias para garantir a presença de um acompanhante durante o parto”.

Lembrando que a presença de acompanhante no parto é “um direito legalmente reconhecido nos serviços de saúde”, a orientação refere que, “no caso das mulheres grávidas com Covid-19 pode ser considerada a restrição da presença de acompanhante, sempre que as condições existentes não assegurem a diminuição da propagação da infeção por SARS-CoV-2 a pessoas que possam vir a estar envolvidas nos cuidados ao recém-nascido no seio familiar”.

 

Entrevista: O impacto da pandemia na saúde mental
A Pandemia Covid-19 não veio apenas mudar a forma como vivemos, veio alterar padrões de comportament

AdS - Se é verdade que o isolamento é importante para proteger a nossa saúde física, impedindo o contágio pelo vírus, também é verdade que quanto mais tempo estivermos isolados maiores serão os riscos de sofrermos doenças psiquiátricas. Sabe-se aliás que a quarentena pode originar uma constelação de sintomas psicopatológicos, designadamente, humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, medo, raiva, insónia, entre outros. Tendo em conta a sua experiência, que dados dispõe quanto ao impacto que a pandemia está a ter na saúde mental dos portugueses?

Antes de mais, em nome da RECOVERY, uma IPSS sem fins lucrativos, gostaria de agradecer o convite para esta entrevista, assim como, a atenção para com a nobre causa que defendemos diariamente – a Saúde Mental.

A pergunta é muito pertinente porque vai ao encontro da observação direta que temos tido no trabalho diário que desenvolvemos no âmbito das unidades de saúde que dispomos – uma unidade para adultos com perturbações de saúde mental grave e aquelas que se constituíram nas primeiras duas unidades de cuidados continuados integrados de saúde mental para a infância e adolescência da história do nosso país (uma de tipologia de internamento e outra de regime de ambulatório).

Já havíamos constatado e alertado para o facto das consequências da pandemia COVID-19 terem uma relação causal muito significativa com o aumento de situações preocupantes em matéria de saúde mental. Um inquérito divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a propósito do Dia Mundial de Saúde Mental, que se assinalou há dias (10 de outubro), vem confirmar precisamente esta difícil realidade. A pandemia COVID-19 interrompeu ou suspendeu serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países do mundo, numa altura em que a procura de assistência aumentou e está a aumentar. Segundo o Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Professor Miguel Xavier, personalidade na qual nos revemos inteiramente e cujo plano nacional para a saúde mental defendemos acerrimamente, refere que no nosso país nós ainda fomos dando resposta porque o número de consultas em psiquiatria e em psiquiatria da infância e adolescência não baixou, subiu. Existiu um cuidado em manter e não interromper os cuidados prestados às pessoas que eram seguidas nestes serviços. No caso das nossas unidades, contratualizadas com os organismos competentes do Ministério da Saúde e do Ministério da Segurança Social, sucedeu o mesmo. Mantivemos o nosso apoio especializado e continuamos a responder às situações dramáticas das pessoas e suas famílias, desde março – início da pandemia – até ao momento. 

No entanto, esta pandemia veio colocar em foco algo que há muito as evidências científicas já vinham alertando – os contextos económicos, sociais e culturais têm um impacto enorme na saúde mental das pessoas. Assim como, a falta de investimento na saúde mental tem consequências muito graves nas pessoas e, de igual modo, nas próprias economias e sociedades ditas modernas.

A incerteza profissional, o desemprego, problemas acrescidos na prestação de cuidados básicos (como por exemplo, na alimentação, educação, habitação/rendas, etc…), os problemas conjugais e familiares acrescidos, o ambiente familiar tenso e pouco equilibrado, a dificuldade no acesso a muitos serviços da sociedade, a incerteza relativamente à solução para esta situação pandémica de saúde, está relacionada com o aumento e o exacerbamento de problemas de saúde mental, situações de stress tóxico e sofrimento psicológico agudo e crónico.

Atualmente é possível comparar o impacto e a carga social em termos de custos diretos e indiretos que várias especialidades da saúde têm nas sociedades e o que constatamos é que a doença mental surge sempre ou em primeiro ou em segundo lugar com uma carga global de cerca de 10 a 15%. Ora, apesar de reconhecer o esforço que tem sido feito nesta área por parte dos organismos competentes na área da Saúde, não é difícil perceber que o financiamento e o investimento da Saúde deveria ser muito maior na Saúde Mental do nosso país (cerca de 4% atualmente).

AdS - Não foram só aqueles que já apresentavam algum tipo de distúrbio a sentir este impacto…

Sim, não querendo de todo generalizar, pode-se inferir que em pessoas que não apresentavam sintomas antes da pandemia COVID-19, se verifica um surgimento de quadros clínicos significativos na área da depressão, da ansiedade e, na infância e adolescência, alterações com consequências preocupantes na área do desenvolvimento. Por outro lado, em pessoas que já apresentavam um quadro clínico grave, assistimos ao agravamento da sua sintomatologia com situações de sofrimento psicológico significativo, quer para a pessoa, quer para os seus familiares/cuidadores informais.

AdS - Quais as principais queixas apresentadas pela população? Houve agravamento de patologias pré-existentes? Que tipo de distúrbio se desenvolveu durante este período excecional?

É sempre necessário ter presente que vivemos tempos completamente excecionais na humanidade e, em particular, no nosso país. A verdade é que uma situação de pandemia como a que vivemos – assim como numa situação de crise, catástrofe ou situação de emergência - algumas necessidades básicas, como por exemplo a segurança individual e coletiva, estão em causa de forma transitória. Neste caso, do COVID-19, acresce o facto de se juntar um princípio de incerteza maior porque sabemos que esta situação só se irá resolver “completamente” até surgir uma vacina e/ou tratamento eficaz e isto acarreta consequências difíceis e exigentes ao nosso quotidiano.

Podemos dizer que todos, de forma muito generalizada, vivemos aquilo que a teoria do ecobiodesenvolvimento designaria de “stress tóxico”. Algo que se desenvolve precisamente em ambientes caóticos e é um tipo de stress forte, frequente e com ativação prolongada no organismo sem mecanismos de proteção que possam reduzir os impactos dos efeitos ou consequências das situações stressoras. Por exemplo, situações consideradas adversas desencadeiam uma reposta fisiológica de elevação de hormonas de stress na infância (ex: cortisol e adrenalina), gerando uma sobrecarga no sistema cardiovascular e riscos ao desenvolvimento saudável do cérebro. Ao experienciarmos situações de stress tóxico, há consequências que podem já ser observadas a curto prazo, como: irritabilidade, medos, transtorno do sono, diminuição das defesas do sistema imunitário; e a médio e longo prazo: transtornos de ansiedade, atraso no desenvolvimento e depressão.

No caso daqueles que já apresentavam um quadro clínico grave, podemos constatar, por exemplo, um agravamento de sofrimento significativo em pessoas com perturbações obsessivo-compulsivas, com depressões major, e até uma probabilidade exponencial de descompensações psicóticas em alguns quadros clínicos de personalidade e esquizofrenia.

AdS - Em termos económicos e sociais, o que isto representa ou poderá vir a representar?

O estudo da OMS e os dados que possuímos atualmente e que falei há pouco são bastante claros. Em termos de custos diretos e indiretos que as várias áreas da saúde têm nas sociedades o que se verifica é que a doença mental surge sempre em primeiro ou em segundo lugar com uma carga global de 10 a 15%. Se o investimento no nosso país na saúde mental continuar a ser apenas de 4 a 5%, pode-se concluir que estes problemas que abordamos vão piorar e ter consequências sociais, de saúde pública e económicas intangíveis e imprevisíveis. Reforço que em matéria da Saúde Mental temos traçado um caminho correto no nosso país, precisamos, no entanto, que exista um reforço significativo no investimento e financiamento das políticas e respostas previstas no plano nacional para a saúde mental que temos e que é sobejamente reconhecido por todos os organismos competentes nacionais e internacionais.

AdS - Há alguns estudos que mostram que o impacto da pandemia se pode fazer sentir até três anos após o seu início. Este dado preocupa-o? O que pode ser feito no sentido de acompanhar estes doentes, o que pode melhorar tendo em conta a importância que atualmente é dada à saúde mental?

É verdade. Aliás, o impacto da pandemia pode, inclusive, em alguns casos, ter repercussões para toda a vida de um jovem ou adulto e seus familiares. Considero que é importante tomar algumas medidas que são muito urgentes no nosso país. Entre muitas outras previstas no plano nacional para a saúde mental, considero urgente e necessária a criação de equipas comunitárias de saúde mental em todas as regiões, o reforço do investimento nos cuidados de saúde primários e unidades locais de saúde mental, assim como, o reforço no apoio e reabilitação destas pessoas e seus familiares. É necessário continuar com o processo de criação de respostas na comunidade como as unidades de cuidados continuados integrados de saúde mental com tipologias na área da infância e adolescência, adultos e senescentes. Estas unidades fazem a ponte com a comunidade na esfera da reabilitação clínica, pessoal, familiar, profissional, educacional e habitacional. Previnem situações futuras e atuam remediativamente em situações complexas presentes. É necessário e urgente que medicamentos como os antipsióticos possam ser disponibilizados como eram até 2010, gratuitamente. Sabemos, especialmente em situações de crise pandémica com consequências económicas como a que vivemos, que as pessoas e famílias tendem a cortar em gastos como a medicação. Esta situação é alarmante. Estes medicamentos devem, como são em outras especialidades na área da saúde, ser disponibilizados gratuitamente a todos sem exceção.

AdS - Não sendo só a vida dos adultos a ser impactada pela pandemia, de que forma esta veio afetar a saúde mental das crianças e jovens?

Esta pergunta é muito pertinente. Aliás, não podemos esquecer que as crianças e jovens são o futuro de qualquer sociedade. São eles que vão liderar e comandar os destinos de qualquer país. Nesse sentido, se tivermos crianças e jovens a crescer em ambientes tóxicos e doentes, aumenta a probabilidade de podermos vir a ter um problema ainda mais sério nas próximas décadas.

É obvio que a situação que vivemos não é saudável para qualquer pessoa, seja ela uma criança seja ela um adulto. No entanto, alerto para o facto de quadros de ansiedade generalizada, depressão e de desenvolvimento se estarem a formar como consequência do contexto sanitário que vivemos atualmente.

As crianças são como esponjas, absorvem toda a água que os rodeia. Neste sentido, não foram feitas para viver numa espécie de “bolha” 24h sob 24h. E isso traz as suas consequências. Se aos sintomas que falamos há pouco, acrescentarmos ambientes familiares tensos e adversos, sejam por causa da incerteza profissional e económica dos pais, sejam por problemas conjugais dos mesmos, então o processo de desenvolvimento daquela criança e jovem vai ser ainda mais desafiante e potencialmente adverso.

AdS - Que repercussões podem existir no futuro?

A curto prazo, podemos assistir a problemas de irritabilidade, labilidade de humor e de emoções, problemas de sono, alimentação, concentração e atenção, entre muitos outros. A médio e longo prazo podemos assistir a problemas de transtornos de ansiedade, depressão e desenvolvimento significativos.

AdS - Na sua opinião, o que assusta mais as crianças e jovens: este regresso à “normalidade” com escola presencial ou a possibilidade de voltarem a ter de ficar em casa com telescola?

Por vezes temos que ter cuidado com as palavras que escolhemos para não sermos mal-interpretados. Ambos os cenários têm efeitos adversos nas crianças porque vivemos uma situação excecional de crise pandémica, de saúde pública.

Conforme mencionei há pouco, o ser humano não foi feito para viver 24h sob 24h dentro de quatro paredes. Assim como, também não está preparado para viver sempre com um “principio da incerteza” relativamente à sua saúde e à saúde dos que os rodeiam.

Porém, sou daqueles que considera que o distanciamento social é diferente do distanciamento físico. E que, é genericamente mais adaptativo para o desenvolvimento de uma criança ou jovem viver e conviver socialmente seguindo, claro, as medidas recomendadas de proteção individual, do que estar confinado em casa de forma continuada.  O ser humano, aqui em especial as crianças e jovens que tem ainda uma série de questões físicas e psicológicas em desenvolvimento, precisa de alguma estrutura nas suas vidas. Estrutura dá sentido ao que fazemos. Ter um sentido na vida é essencial para enfrentarmos os desafios do presente e do futuro.

Neste sentido, para uma criança e jovem, se a família é o primeiro microssistema mais importante para o seu desenvolvimento, a escola será o segundo mais importante. Defendo o ensino à distância, sempre que a segurança ou a integridade física individual ou coletiva se justificar. No entanto, em matéria de saúde mental, e tendo por base o contexto excecional e desafiante que vivemos, considero um mal menor que as crianças e jovens mantenham um contacto com a escola e se mantenham, sempre que possível, em contacto com esta estrutura basilar para desenvolvimento humano de cada um de nós. Isto mantendo, claro, um sentido de responsabilidade individual possível (dependendo das idades/faixas etárias), que deve ser reforçado por todos em casa e sociedade.

AdS - Quais os principais receios das crianças nesta altura?

Os principais receios podem ser vários e de vária índole e dependem muito da faixa etária e do contexto em que se encontrem.

No entanto, de forma genérica, os principais medos estarão relacionados com os problemas que falamos anteriormente nomeadamente naqueles que os rodeiam e representam as suas redes de suporte básico e principal, assim como, com a sua própria saúde e anseios relacionados com as relações interpessoais, socialização e objetivos de vida imediatos.  

AdS- De que forma, podem os pais aliviar as preocupações das crianças?

Uma comunicação próxima e aberta com as crianças é essencial para identificar quaisquer problemas físicos ou psicológicos e para confortar as crianças numa situação de stress prolongado como a que vivemos atualmente. É importante motivar as crianças a manter um estilo de vida saudável em casa e na escola, a aumentar as atividades físicas, a manter uma dieta equilibrada, bons hábitos de sono e uma boa higiene pessoal.

Não devemos esquecer que os adultos são exemplos importantes de modelação de comportamentos saudáveis para as crianças e para as ajudar a desenvolver a sua autorregulação. Além de monitorizar o estado de saúde e de bem-estar das crianças, é fundamental respeitar a sua identidade e as suas necessidades. Manter uma rede de apoio psicossocial, com vizinhos, amigos ou familiares, pode ser particularmente importante em momentos como este. Também é muito importante reforçar as recomendações das autoridades sanitárias competentes no que concerne às medidas de proteção e de responsabilidade individual que devemos ter no exterior, nomeadamente, no local onde passam mais tempo – a escola.

Por fim, e não mesmo importante, é expectável que conflitos domésticos e a tensão entre os adultos aumentem, assim como, a ansiedade e o medo de serem infetados. Temos de ter um especial cuidado relativamente a estas situações, evitando ao máximo proporcionar um ambiente tóxico adicional a nível micro ao que já existe a nível sanitário social a nível macro.

Se os adultos se demonstrarem excessivamente preocupados, a ansiedade das crianças tende a aumentar. Para ajudar as crianças a lidar com a ansiedade, é importante fornecer informações apropriadas à idade sobre a gravidade e o potencial risco de doença e instruções concretas sobre como evitar infeções - como ensinar a importância de lavar as mãos, de evitar esfregar os olhos, usar máscara, entre outros. Desenvolver esses hábitos e conversar com as crianças sobre os seus medos pode aumentar a sensação de controlo sobre o risco de infeção e pode ajudar a reduzir a ansiedade.

AdS - Sabendo que muitas famílias viram os seus rendimentos afetados pela pandemia, e que nem todas podem recorrer a serviços privados para receber apoio psicológico, que alternativa dispõem se precisarem de ajuda?

Devem recorrer aos serviços públicos sempre e, em casos de dificuldade no acesso, como por exemplo os que são conhecidos no acesso aos cuidados de saúde primários, devem contactar as linhas de apoio psicológico do SNS disponíveis pela Saúde24, assim como, procurar as organizações e instituições existentes na sociedade, região ou área de residência. Instituições como a nossa, por exemplo, existem para apoiar e ajudar nestas e outras situações angustiantes. Não podendo apoiar, ajudam sempre na procura e descoberta de soluções! O importante aqui é não deixar de procurar ajuda profissional especializada e, na situação de crise sanitária que vivemos, é determinante que as pessoas não se sintam “sozinhas” ou desamparadas. 

AdS - No âmbito deste tema, que conselhos pode deixar, não só para adultos mas como para crianças mais fragilizadas pela pandemia?

Reforçando o que já mencionei anteriormente relativamente às medidas que podemos tomar a nível governamental, estrutural e familiar/individual, deixo um final apontamento para reflexão: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo”. Traduzindo esta máxima para a realidade atual que vivemos, pretendo dizer que existem problemas que nos afetam a todos e que será com a responsabilidade de todos que iremos sair dos mesmos. Devemos continuar focados em seguir com as nossas vidas, mantendo sempre a responsabilidade individual que se nos é exigida até que uma vacina e/ou tratamento eficaz surja a nível coletivo. Se tiverem problemas de saúde mental, sintam que não estão sozinhos. Procurem ajuda especializada, continuamos todos cá para ultrapassarmos estes desafios em conjunto.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rastreio é voluntário
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) arranca hoje com uma política pró-ativa de testar, regularmente, o...

A associação destaca que as pessoas com diabetes têm um risco de mortalidade por covid-19 superior, associado ainda a um maior risco de internamento.  Desta forma, defende que é fundamental não interromper os cuidados de saúde que devem, obviamente, ser prestados num ambiente o mais seguro possível.

“É importante encontrarmos estratégias que nos permitam adequar a nossa atividade habitual às novas condições em que vivemos. Os testes rápidos são a solução para ações mais imediatas que evitem a propagação do vírus SARS-CoV2. Para mantermos as nossas instalações abertas e assegurar o acompanhamento às pessoas com diabetes, precisamos de garantir a segurança no trabalho e identificar precocemente qualquer entrada do vírus na associação”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, defende que “de uma política passiva de diagnósticos passamos para uma política de procura ativa de pessoas assintomáticas. Só desta forma conseguiremos identificar as cadeias de transmissão que estão a levar à atual situação nacional e internacional. Esperamos que esta experiência de reforçar a proteção da saúde dos trabalhadores, prevenir e evitar a propagação da COVID-19 na APDP, possa servir como exemplo a ser reproduzido noutros locais, para conseguirmos fazer frente à pandemia.”

A estratégia do processo de rastreio diário na APDP pressupõe que todos os dias, 10% dos colaboradores serão testados, o que significa que, no espaço de 3 semanas terão todos participado no processo de rastreio diário que utiliza um teste rápido de deteção do SARS-CoV2. A participação no rastreio é voluntária e repete-se de 3 em 3 semanas.

Covid-19
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um estudo para avaliar o real impacto do isolamento social...

Por outras palavras, a equipa liderada por Sandra Freitas, do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), está a investigar as possíveis alterações na sintomatologia depressiva, capacidade funcional, queixas de memória, estado cognitivo e qualidade de vida da população portuguesa, causadas pelo confinamento decorrente da pandemia de COVID-19.

Para se poder comparar o funcionamento cognitivo e psicológico da pessoa antes e após o confinamento social obrigatório, foram recrutados 250 adultos (a partir dos 50 anos) e idosos de todo o país que já tinham participado em estudos anteriores, uma vez que o grupo de Sandra Freitas se dedica à investigação de alterações neuropsicológicas, patológicas ou não, resultantes do envelhecimento. Deste modo, “é possível uma avaliação mais rigorosa do impacto do isolamento social na saúde mental, dado que tínhamos dados prévios à pandemia”, explica a coordenadora do estudo.

Tendo em vista uma análise detalhada do impacto do isolamento social face à pandemia COVID-19 na saúde mental desta franja da população portuguesa, os participantes foram sujeitos, através de videochamada, a baterias de avaliação (neuro)psicológica específicas para estes fins, examinando-se alterações na sintomatologia depressiva, de ansiedade e stress, da qualidade e satisfação de vida, da capacidade funcional, das queixas de memória e do estado cognitivo.

Foram ainda observadas possíveis relações com características sociodemográficas e perfis de risco, bem como a “literacia existente entre os participantes para temas relacionados com a COVID-19, isolamento social e saúde mental”, refere a investigadora do CINEICC.

Numa primeira análise aos dados obtidos até ao momento, Sandra Freitas adianta que “o período de confinamento obrigatório favoreceu significativamente o desenvolvimento de maiores níveis de sintomatologia depressiva e, consequentemente, pior qualidade de vida nos portugueses”.

Na ótica da investigadora, os resultados finais do estudo em curso serão fundamentais “para compreender o modo como a saúde mental de cada franja sociodemográfica sai afetada com esta crise pandémica, tecer recomendações baseadas na realidade portuguesa, planear intervenções futuras para a prevenção da saúde mental em situações similares, entre muitos outros aspetos”.

Sandra Freitas afirma ainda que as conclusões desta investigação se destinam a todos os “cuidados de saúde primários (clínica geral e familiar) e especializados (psiquiatria, neurologia, psicologia e todos os profissionais da saúde mental), bem como à população em geral, alertando e sensibilizando para as problemáticas e franjas populacionais de maior risco”.

No âmbito deste projeto, também foi desenvolvida uma página web, CuidaIdosaMente, com o objetivo de aumentar a literacia para a saúde mental e fornecer estratégias preventivas a toda a população, ou seja, clarifica Sandra Freitas, “pretendemos dar a conhecer os fatores de risco para a saúde mental durante o isolamento social e partilhar conhecimentos e estratégias que promovam a sua prevenção”.

Esta investigação é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), através da 1ª edição Research4COVID-19, e conta com a colaboração de uma investigadora do Centro de Investigação GeoBioTec da Universidade de Aveiro.

Opinião
No dia 12 de outubro celebra-se o dia mundial das doenças reumáticas, uma antiga denominação nosológ

As doenças reumáticas constituem um grupo enorme de patologias, das puramente funcionais às claramente estruturais (como a artrose), das imensamente mais comuns não inflamatórias às mais raras inflamatórias com caráter sistémico, mas com maior morbimortalidade.

São vários os fatores com importância no desencadear das doenças reumáticas não inflamatórias, desde fatores genéticos, mecânicos, individuais e/ou decorrentes da profissão, até fatores psicológicos, com grandes implicações na vida das pessoas e na sua atividade laboral. O papel do médico de família é essencial para diagnosticar o problema e tranquilizar o doente ao afastar hipóteses mais problemáticas, assim como na orientação do tratamento – aspetos em que a ajuda do reumatologista e ortopedista podem ser muito contributórios. O médico fisiatra é muito importante para ajudar o doente a compreender as medidas corretivas necessárias no seu dia-a-dia. Importância podem ter também as chamadas medicinas alternativas, como massagens, shiatsu, acupuntura, entre outras, como medidas complementares ao tratamento global. Uma palavra de caução sobre os ditos medicamentos não convencionais sem estudos de eficácia e segurança comprovados. É certo que a natureza está cheia de plantas e árvores que os antigos utilizavam regularmente e de onde sabemos se poderem extrair produtos químicos para a farmacopeia, mas devemos ter cuidado em saber onde é produzido aquilo que compramos e se é produto certificado na UE. Devemos lembrar que as interações entre os medicamentos é um problema sério hoje em dia e até chás como o de hipericão podem influenciar o efeito de alguns medicamentos.

Quanto às doenças reumáticas inflamatórias é um conjunto bastante heterogéneo envolvendo as doenças autoimunes, muitas incluídas nas doenças raras (menos de 5 casos por 10.000 habitantes). Entre as mais raras temos várias das doenças do grupo das vasculites, enquanto das mais frequentes se destacam a artrite psoriática e a artrite reumatoide (cerca de 1 % da população). O lúpus eritematoso sistémico por vezes é incluída nas doenças raras, outras vezes não, dependendo dos estudos. Estas doenças têm essencialmente um carater sistémico com manifestações em outros órgãos para além das articulações. O papel do médico de família é o de reconhecer estes quadros clínicos e orientar para as consultas dedicadas a esta área: medicina interna – doenças autoimunes, reumatologia e, de acordo com os achados clínicos, nefrologia, neurologia, dermatologia, entre outras. O tratamento global destes doentes obriga a uma atuação interdisciplinar entre especialidades médicas e também com muitas outra profissões da área da saúde, enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, etc. A evolução do armamentário terapêutico nesta área tem sido extraordinária com eficácia demonstrada, mas com custos elevados e necessidade de vigilância do perfil de segurança. Por todas estas razões, estes doentes devem ser acompanhados em centros dedicados e com competência para estas doenças – evidentemente nunca deixando o seu médico de família.

E não nos podemos esquecer, tal como cantava Variações “quando a cabeça não está bem (...não tem juízo...) o corpo é que paga”. E é bem verdade a dor “dói mais” se a nossa mente não está tranquila, se não está bem elucidada sobre o que passa no nosso corpo. Claro que também “dói mais” se as preocupações sociais, económicas e familiares nos preenchem a mente e não sabemos como as resolver. Percebemos assim que as doenças reumáticas têm uma dimensão individual, familiar e a nível da sociedade. Um plano orientador para diminuir a importância deste grande problema deve indubitavelmente ser abrangente.


Professor Carlos Vasconcelos - Unidade de Imunologia Clínica, CHUP.
Consulta de doenças autoimunes, CHTS.
UMIB, ICBAS, UP

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O efeito de ertugliflozina a nível cardiovascular e renal
A MSD Portugal vai promover dois webinars para apresentar os resultados do ensaio clínico VERTIS CV, nos dias 14 e 27 de...

O controlo da glicémia tem vindo a ser priorizado, ao longo dos anos, no tratamento da Diabetes mellitus tipo 2 face a outros fatores metabólicos e fisiopatológicos, como o principal método pelo qual a morbimortalidade desta patologia pode ser reduzida. No entanto, assistimos agora a uma alteração do paradigma com a introdução das novas classes terapêuticas.

No primeiro webinar, sob o mote VERTIS CV - Primary Results: Adding to the Understanding of the Role of SGLT2i in the Clinical Treatment of Patients, vai ser conhecida a relevância clínica desta nova opção de tratamento e vão ser discutidos os resultados primários do ensaio. Esta sessão conta com a participação da Prof.ª Doutora Paula Freitas, Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, e do Prof. Doutor Davide Carvalho, Diretor do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar de São João e Presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.

Clinical learnings from VERTIS CV for patients with Diabetes and Cardiovascular Disease: A Cross-Speciality Discussion é o tema do segundo webinar. O foco da discussão será perceber de que forma esta nova classe pode aumentar a abordagem multidisciplinar no tratamento destes doentes, que conta com os contributos do Prof. Ricardo Carvalho, Cardiologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia, e do Prof. Joaquim Calado, Nefrologista no Centro Hospitalar Lisboa Central. Esta sessão tem a moderação da Dr.ª Joana Louro, Especialista em Medicina Interna no Centro Hospitalar do Oeste.

Com a duração de uma hora, as sessões contam ainda com um momento final de Q&A, em que os participantes poderão colocar as suas questões. Os profissionais de saúde interessados podem inscrever-se através dos seguintes links: Webinar 1 (14 de outubro) e Webinar 2 (27 de outubro).

 

Encontro Nacional
A PSOPortugal irá realizar o seu Encontro Anual, em formato digital, no próximo dia 24 de outubro. A sessão, focada na gestão...

De forma a potenciar as oportunidades do digital, a sessão é este ano aberta a todos os públicos interessados, e não apenas aos sócios, através do Facebook da PSOPortugal, onde o directo terá lugar pelas 15h30 de sábado, dia 24 de outubro.

No Encontro vão ser abordadas questões relacionadas com isenções e direitos dos doentes com Psoríase, que serão respondidas por António Areal da Silva, advogado. Estas questões foram colocadas pelos sócios PSOPortugal no âmbito da iniciativa “Tens Direito a Ser Feliz PSOCast”, série online que pode visualizar no YouTube da PSOPortugal e site.

A sessão conta ainda com um painel de discussão sobre a gestão eficaz da Psoríase integrando as várias áreas de saúde envolvidas, com a participação do dermatologista Paulo Ferreira, da reumatologista Patrícia Nero e da psicóloga Filipa Silva.

Contamos consigo neste Encontro, para passarmos a palavra sobre a gestão integrada e eficaz da doença. Porque a Psoríase ainda não tem cura, mas tem tratamento.

 

Balanço
A atividade do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no âmbito da resposta à Covid-19, aumentou na primeira semana de...

No mesmo período, foram efetuadas 236 recolhas de amostras biológicas para detetar infeção por SARS-CoV-2.

De acordo com o INEM, os meios afetos à Delegação Regional do Norte transportaram 924 utentes e na Delegação Regional do Sul, 858. Na região centro transportaram 407 casos suspeitos e no Algarve 107 utentes.

O INEM revela que os seus meios já transportaram, desde o dia 1 de março «mais de 50 mil casos suspeitos (51.297) às diversas unidades de saúde».

Informa, ainda, que atividade das quatro equipas de recolha de amostras, uma por cada Delegação Regional, que entraram em atividade em 10 de março, já efetuaram 24.708 colheitas de material biológico para análise.

O INEM recorda que a definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar (dispneia) triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

 

Alunos com dislexia são 10% da população escolar
No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, que se assinala a 10 de outubro, a DISLEX - Associação Portuguesa de Dislexia apela ao...

Para Helena Serra, presidente da DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia, “as escolas, no caso de alunos com dislexia, mobilizam em geral apenas medidas universais (adaptações em sala de aula), uma situação que deixa os alunos desprotegidos e que faz com que as aprendizagens empobreçam e que as notas negativas se multipliquem. Apenas num número muito reduzido de casos, a Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva decide pela implementação de medidas seletivas para além das medidas universais. As medidas seletivas são fundamentais, uma vez que a maioria destes alunos podem precisar de apoio psicopedagógico, de adaptações curriculares e de reforço das aprendizagens”.

“Apesar da desvalorização a que assistimos no que refere ao investimento em medidas específicas, os números falam pela necessidade de mudança. Os alunos com dislexia representam 10% da comunidade escolar e, infelizmente, continuamos a assistir a um cenário em que a maioria das escolas do país não aplica medidas específicas para melhorar o acompanhamento a estes alunos. Tudo isto implica maior investimento em educação inclusiva de qualidade, o que significa, por exemplo, a contratação de profissionais especializados para as escolas em número suficiente para efetuar a avaliação diagnóstica e a intervenção específica junto dos alunos com dislexia”, conclui.

A dislexia é uma disfunção neurológica, que se manifesta ao nível da dificuldade de aprendizagem da leitura, em pessoas com inteligência normal ou acima da média. Quem sofre de dislexia tem de fazer um esforço acrescido para distinguir letras, formar palavras e compreender o seu significado. Os alunos que têm estas dificuldades não são preguiçosos, pouco inteligentes ou imaturos, nem têm necessariamente problemas visuais ou de postura. Requerem um tratamento terapêutico atempado e apoios específicos no processo de ensino-aprendizagem, para conseguir ter sucesso. Ainda que esteja relacionada com a aprendizagem da leitura, a dislexia pode ter consequências noutras áreas académicas e a nível emocional e comportamental. É frequente a comorbidade com outras perturbações: perturbação específica da linguagem, discalculia, disortografia, descoordenação motora, défice de atenção com ou sem hiperatividade, alterações do comportamento, perturbação do humor, perturbação de oposição e desvalorização da autoestima.

A dislexia afeta 600 milhões em todo o mundo e é mais comum do que se julga, afetando caras mundialmente conhecidas que se destacaram na comunidade e que evidenciam o lado positivo da patologia, nomeadamente Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill e Spielberg.

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