Ferramenta com baixo impacto ambiental
A Tejo Atlântico, em parceria com a Universidade de Coimbra, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de...

O projeto tem como objetivo a criação de uma plataforma inovadora baseada em nanotecnologia, para deteção do coronavírus SARS-CoV-2 em águas residuais, potenciando o conhecimento já existente nos parceiros, no domínio do pré-tratamento de águas residuais e do desenvolvimento de biossensores.

A plataforma prevê a deteção do vírus de forma expedita, in-situ e com baixo custo, algo que até à data não é possível. A ferramenta pretende também ser segura, de fácil utilização pelos diferentes intervenientes no processo e constituída maioritariamente por materiais biodegradáveis, com um impacto ambiental reduzido.

A conclusão do projeto está prevista para o primeiro trimestre de 2021 e obteve financiamento no âmbito do quadro temporário relativo a medidas de auxílio estatal em apoio da economia no atual contexto do surto de covid-19, aviso AAC 15/SI/2020 do PT2020, no valor total de 482 666,91€.

 

Estudo INEGI
Uma equipa de investigadores do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial avaliou...

O estudo consistiu num inquérito a mais de 300 famílias, e na análise da qualidade do ar interior em 30 casas, onde, ao todo, residiam 60 bebés com menos de um ano de idade. Entre as conclusões, destaca-se a deteção de condições de ventilação deficitárias e o aparente aumento da poluição química do ar associada a produtos como agentes de limpeza ou ambientadores, a par do uso carvão e madeira para aquecimento, da prática de fumar dentro de casa e da existência de condições para a proliferação de humidade e bolor num número relevante de habitações.

Deste estudo resultou a publicação de um Guia de Boas Práticas e Recomendações, tem como objetivo ajudar as famílias a promover a melhor qualidade do ar interior nas suas casas, salvaguardando a saúde das suas crianças.

Marta Gabriel, responsável pelo projeto no INEGI, explica que “ainda há muita falta de informação acerca dos efeitos nocivos das emissões poluentes, e muitos pais não sabem que certos materiais de construção, produtos limpeza, de higiene pessoal, ou produtos perfumados podem impactar significativamente a qualidade do ar na habitação”.

A importância de ventilar os espaços, escolher produtos e materiais rotulados com baixa emissão de formaldeído e compostos orgânicos voláteis (VOC), evitar fontes declaradas de poluição, secar roupa no interior da habitação, ou limitar a utilização de humidificadores, são algumas das recomendações.

Marta Gabriel salienta ainda que “as crianças com menos de um ano de idade são particularmente suscetíveis a fatores ambientais”. Razão pela qual a caracterização ambiental foi extensiva.

O estudo incluiu a monitorização de um vasto painel de indicadores, nomeadamente de conforto (temperatura e humidade relativa), condições de ventilação (dióxido de carbono), e níveis de poluição (ozono, dióxido de azoto, formaldeído, acetaldeído e compostos orgânicos voláteis, fungos e bactérias).

O estudo, que foi levado a cabo entre 2018 e 2019, ganha agora mais relevância face à atual pandemia. “Além de tendermos a passar mais tempo confinados em casa, a comunidade científica tem vindo a suportar a hipótese da existência de um efeito potenciador entre a exposição à poluição do ar e a letalidade por COVID-19”.

O projeto foi realizado no âmbito dos projetos HEBE – Health, Comfort and Energy in the Built Environment, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte (NORTE2020), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), e HEALS – Health and Environment-wide Associations based on Large Population Surveys, cofinanciado pela Comissão Europeia.

Iniciativa
O Dia Mundial da Alimentação marca o arranque da 2.ª exposição de arte solidária da galeria lisboeta Welcome to Art. Desta...

De 16 de outubro a 30 de novembro será então possível adquirem-se obras deste catálogo, desenvolvido para o efeito, sabendo que por cada compra a Welcome to Art irá doar 10% do valor da peça a esta causa. A decorrer no universo digital, estando assim acessível a um maior número de pessoas, esta exposição pretende paralelamente continuar a fazer chegar aos portugueses o melhor da arte nacional, missão orientadora da atuação da galeria. 

Num ano atípico e especialmente desafiante em questões de saúde mundial, com um impacto socioeconómico por vezes devastador junto de várias famílias, a efeméride da alimentação que outubro traz ganha particular relevância na consciencialização global de uma das necessidades básicas do ser humano: comer. Sensível à data e com vontade de poder contribuir, pela segunda vez em 2020, para uma iniciativa que pretenda minimizar e/ou apoiar os mais carenciados em período de pandemia por covid-19, a Welcome to Art elegeu assim a Rede de Emergência Alimentar como entidade a divulgar através desta ação – precisamente por ser também neste contexto que nasce. 

A exposição, a decorrer online nos canais digitais da galeria, tem como critério incontornável uma coleção 100% composta por obras de artistas nacionais. Para além do apoio financeiro direto ao combate à fome, através da Rede de Emergência Alimentar, existe também uma missão subjacente de apoio à cultura nacional através dos seus pintores, escultores e vários outros, cujo trabalho também foi fortemente impactado este ano. 

A seleção cuidadosa conta, por isso mesmo, com os tons de azul icónicos de Paulo Ossião, o abstracionismo e ficção lírica de Alfredo Luz  a pintura emotiva de Diogo Navarro, o estilo inconfundível de João Cutileiro, e a tridimensionalidade da escultura de Rogério Timóteo entre outros, “48 artistas, 48 obras, 48 formas de ajudar”, dá muito mais do que 48 razões e oportunidades ao público de contribuir, sem sequer ter de sair de casa, mesmo quando essa contribuição é tão simples quanto um apoio à iniciativa, através de comentários ou partilhas da mesma nas redes sociais.

“Numa fase de incertezas, em que vemos aumentar diariamente os casos diagnosticados, e o tempo de combate a esta pandemia ser prolongado, é extremamente importante existir uma consciência cívica e um espírito de entreajuda como nunca. A hora de ajudar não poderá ser depois, mas sim quando os primeiros golpes são sentidos e quando o auxílio que chega ainda poderá fazer a diferença. Estamos a entrar nos últimos meses do ano, com temperaturas mais frias, uma maior necessidade de aporte calórico para as combater, e uma lacuna crescente entre as necessidades alimentares reais de milhares de portugueses e a resposta às mesmas. Todos podemos fazer algo. Essa é a premissa em que acreditamos na Welcome to Art. E esse algo pode ser antecipar as compras de Natal e escolher obras de artistas nacionais para esse efeito, sabendo que com elas estaremos a contribuir. Mas pode ser também partilhar a iniciativa fazendo com que chegue ao maior número de pessoas possível e que, por isso, tenha as maiores hipóteses de êxito. Pode ser deixar um “like” ou um comentário apoiando o trabalho dos artistas que aqui participam, que também atravessam – como todo o setor da Cultura, em geral – um período desafiante.  Formas para que cada um de nós possa fazer a sua parte não faltam. Nós começámos apenas por reunir as primeiras 48!”, explica José Manoel Pereira da galeria Welcome to Art.

Pela segunda vez, o espaço da Welcome to Art na Embaixada do Príncipe Real será substituído pelo online, numa exposição que reúne os artistas Alfredo Luz, Angelina Maia, Augusto Patrão, Beatriz Uva, Bela Branquinho, Carlos Santos Marques, Cerqueira de Sousa, Clara Ferrão, Cristina Cabrita, Cristina Magalhães, Daniel Curado,  David Reis Pinto, Diogo Navarro, Fátima Madeira, Fátima Nina, Fátima Teles, Fernanda Azevedo, Gustavo Fernandes, Hazul, Helena de Medeiros, Isabel Nunes, João Cutileiro, Lígia Fernandes, Luís Rodrigues, Mafalda Mendonça, Manuel Almeida, Manuela Mendes da Silva, Margusta Loureiro, Maria João Antas. Maria José Cabral, Paulo Mendes, Paulo Ossião, Pedro César Teles, Pedro Versteeg. Raquel Martins, Rodrigo Veloso, Rogério Timóteo, Rosa Pereira, Rui Carruço, Runa, Shanna Soares, Sofia Lucas, Sofia Simões, Susana Cereja, Teresa Antunes, Vítor Moinhos, Xicofran e Zé Maria Souto Moura.

Cantor partilha a sua experiência
Em Portugal existem entre 200 a 250 mil doentes com Psoríase.

Emanuel é o “companheiro solidário” da PSOPortugal desde 2019, ano em que se juntou a uma iniciativa da mesma, criando uma música dedicada a quem vive com Psoríase “Tens direito a ser feliz”, música a partir da qual se desenvolveu e seguiu a série online, PSOCast, de 2020. O músico reforça que é importante passar esperança a quem vive e lida com a doença, pois com a ajuda de todos e da PSOPortugal, “conseguiremos levar o barco a bom porto”.

Questionado sobre a dificuldade em criar uma música de esperança para doentes, o próprio refere que “sentiu na pele” o que escreveu, pois expôs o que sentiu pela sua experiência familiar com a doença, tendo dois familiares próximos com a mesma. O cantor afirma que a música pode efetivamente ajudar quem lida com a doença, e explica “inclusive no Encontro em Tomar, todos os presentes choraram e isso, é a força da música com a junção da palavra”, refere. A música pode “ajudar a relaxar e a acalmar”, acrescenta.

A Psoríase entrou na sua vida porque tem dois familiares que “chegaram a um estado grave. O primeiro foi identificado há uns anos, é um irmão meu que conseguiu encontrar tratamento para a Psoríase”, afirma. Neste caso, só quando estava o tratamento em curso é que a família se apercebeu da patologia. “Mas quando percebeu, fez de conta que não percebeu”: todos encararam os sinais da psoríase com a normalidade possível, focando-se no apoio ao familiar afetado. Chegar ao diagnóstico e tratamento, “foi difícil, porque é um processo longo”, indica Emanuel. Questionado sobre se começou a ver aqueles que lhe são próximos de forma diferente, o músico recusa, “porque são pessoas que amo, e quando se ama, não é relevante. Nós só temos de estar ali para os apoiar”. Para quem vive a doença na primeira pessoa é mais difícil, “mas o meu familiar que ainda não tem a pele limpa já convive melhor, já percebe que pode expor a sua pele que não nos faz diferença nenhuma”, refere o músico.

Enquanto familiar e amigo de doentes com Psoríase, “devemos dar o sinal de que sabemos que não é contagioso, que estamos do lado deles para que não sintam qualquer vergonha e não se sintam inferiores, porque não há necessidade”, afirma Emanuel. Um exemplo disto, foi o ano passado num concerto - “fui abordado no fim de um espetáculo por uma senhora que tinha Psoríase nas mãos. E eu fiz questão de ao

falar com ela lhe tocar nas mãos, e ela ficou muito surpreendida, porque habitualmente ninguém lhe toca nas mãos quando tem aquela manifestação externa. Eu senti uma satisfação interior naquele ser humano, que não vou esquecer. E é isto que os pacientes com psoríase precisam: que os compreendam, que os amem”, indica Emanuel.

O conselho de Emanuel para os familiares e amigos de doentes psoriáticos é fazerem o mesmo que ele faz “levarem isto com naturalidade, porque quando se ama, apoia-se. Não falar sobre o assunto, falar sobre o tratamento se necessário, para que eles se sintam normais, porque o são”, acrescenta.

Por último, o conselho para os doentes: “seja solidário consigo próprio. Teve a doença, outros têm outras, é normal. O assumir é extremamente importante, porque se não assumir, revolta-se e a revolta causa stress, mau estar, e por consequência, piora. Existe tratamento para se sentir melhor e tentar limpar a sua pele, pois pele limpa não é quase limpa, como indica a canção. Não se preocupe com os outros, quem quiser compreender muito bem, quem lhe quiser tocar toca, quem não quer não é um problema seu, é deles”. Principalmente, “Não se sinta inferior, você é igual aos outros”, termina.

Para saber mais, assista aos episódios da série “Tens Direito a Ser Feliz: PSOCast”, no canal do youtube da PSOPortugal.

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É possível superar a psoríase 

Psoríase: desistir não é opção 

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar
No dia 29 de outubro, a partir das 18h00, decorre o webinar Immunotherapy for Renal Cell Carcinoma – How is the clinical...

Por ser um carcinoma com prognóstico muito reservado, principalmente nos casos em que os doentes se apresentam com doença metastática no momento do diagnóstico, a abordagem ao Carcinoma de Células Renais tem exigido, por parte da comunidade científica, uma constante investigação e inovação, o que permitiu uma mudança radical no tratamento ao longo dos últimos 20 anos.

Neste sentido, para fazer a apresentação dos últimos ensaios clínicos que apresentam uma nova abordagem terapêutica em combinação com a imunoterapia para o tratamento de 1.ª linha, este webinar conta com a participação especial da Professora Cristina Suarez, médica oncologista no Hospital Vall d’Hebron, em Barcelona. De forma a enriquecer este momento de atualização científica, vão estar também presentes o Professor Arnaldo Figueiredo, médico urologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e a Professora Isabel Fernandes, médica oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Com duração estimada de 01h30, a sessão contará também com um momento final de Q&A, onde os participantes vão ter a oportunidade de colocar as suas questões e interagir com os oradores. Todos os profissionais das áreas de oncologia e urologia podem consultar mais informação e inscrever-se a partir da plataforma da MSD

 

Ensaio Clínico
Foram recentemente publicados, na revista científica Signal Transduction and Targeted Therapy, os resultados de um ensaio...

Neste ensaio clínico participaram 18 doentes hospitalizados com COVID-19 moderada e severa, tendo nove doentes sido incluídos no grupo de tratamento, ao qual foram administradas três infusões de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, e os restantes nove foram alocados ao grupo controlo, que não recebeu células. Ambos os grupos apresentavam uma distribuição homogénea em termos de género, idade e características clínicas e todos os participantes receberam tratamento standard para a COVID-19.

Não foram registadas reações adversas graves decorrentes da infusão de células estaminais do cordão umbilical e todos os participantes do estudo recuperaram da infeção e tiveram alta durante o período de seguimento, não se tendo observado diferenças na duração da hospitalização entre os doentes dos dois grupos. No grupo controlo, cinco doentes sentiram falta de ar e quatro necessitaram de ventilação mecânica, enquanto que no grupo de tratamento, apenas um doente apresentou este sintoma e necessitou deste tipo de apoio respiratório.

O estudo incluiu, ainda, a monitorização dos níveis de interleucina-6 (IL-6) no sangue, uma molécula pró-inflamatória associada à progressão da COVID-19 para estados graves. Em quatro doentes do grupo de tratamento com valores de IL-6 inicialmente elevados, verificou-se uma diminuição neste parâmetro, três dias após o tratamento, que se manteve estável nos quatro dias seguintes. O doente com valor de IL-6 inicial mais elevado foi também o que registou a diminuição mais acentuada, sugerindo que esta possa ser a população de doentes com maior potencial para beneficiar desta terapia.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “é urgente encontrar soluções eficazes para controlar a atividade do sistema imunitário em doentes que apresentem sobreativação do sistema imunitário, chamada tempestade de citocinas, devido à COVID-19”. Relativamente ao ensaio clínico, a investigadora acrescenta ainda que “embora o número de participantes não permita retirar conclusões relativamente à eficácia, foi demonstrada a segurança da administração de células estaminais do tecido do cordão umbilical e esta terapêutica esteve associada a uma menor incidência de complicações respiratórias nestes doentes”.

Os resultados favoráveis obtidos neste ensaio de fase 1 motivaram o início de um ensaio clínico de fase 2/3, envolvendo 90 doentes e múltiplos centros de tratamento. Outros ensaios clínicos encontram-se atualmente em curso para avaliar a eficácia da utilização de células estaminais mesenquimais no tratamento de COVID-19 grave e o seu uso compassivo foi já aprovado pela agência reguladora americana FDA.

Nove meses após os primeiros casos de COVID-19, foram já registados mais de 37 milhões de casos e mais de um milhão de mortes. Apesar de um número significativo de infetados permanecer assintomático ou apresentar sintomas ligeiros, muitos desenvolvem doença grave, que se manifesta através de insuficiência respiratória e cardíaca, frequentemente acompanhada de uma sobreativação do sistema imunitário, com elevação dos níveis de moléculas pró-inflamatórias.

Referências:
Meng F, et al. Human umbilical cord-derived mesenchymal stem cell therapy in patients with COVID-19: a phase 1 clinical trial. Signal Transduct Target Ther. 2020. 5(1):172.
https://covid19.who.int/, acedido a 14 de outubro de 2020.
https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 , acedido a 14 de outubro de 2020.

 

Evento
A pandemia da COVID-19 tem acentuado as assimetrias regionais em diferentes frentes na área da saúde, uma realidade que já se...

“As doenças da coluna vertebral já são a segunda principal causa de absentismo laboral, tendo-se tornado, ao longo das últimas décadas, na principal causa de incapacidade em todo o mundo. Neste sentido, o evento “Panorama das Cirurgias à Coluna no SNS” vem reforçar a importância das linhas orientadoras para os tratamentos e para a cirurgia de coluna, com informações claras sobre a melhor forma de tratar cada doente, e, por fim, a importância de uma aposta continua na formação de cirurgiões.”, explica Domingos Coiteiro presidente da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia.

Os principais temas de discussão com a apresentação destes dados será em torno dos atuais e emergentes métodos de diagnóstico, acompanhamento e tratamento de patologias da coluna para avaliar de que forma é que as assimetrias regionais têm contribuído para a falta de resposta a doentes com patologias da coluna e se a saúde da população portuguesa tem um impacto direto na produtividade e economia do país.

Determinados tipos de tratamentos só se realizam nos grandes centros, o que dificulta o acesso por parte dos doentes do interior. Segundo os dados que já tínhamos, era na região norte que se realizava a maior parte das cirurgias à coluna (46%). Lisboa e Vale do Tejo era a segunda região com maior número de cirurgias, com 37% dos procedimentos. Já o Alentejo e o Algarve registaram apenas 2% das operações. Resta saber estas diferenças são fruto das diferentes concentrações demográficas ou se refletem maior dificuldade de acesso aos cuidados de saúde fora dos grandes centros urbanos. Interessante será perceber, por comparação, de que forma a pandemia da COVID-19 poderá agravar esta realidade” reforça Miguel Casimiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral.

José Guimarães Consciência, especialista da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, frisa ainda que “segundo o estudo realizado entre 2011 a 2016, mais de metade dos doentes operados a patologias da coluna eram doentes em idade ativa (55%), o que de facto significa que a principal incidência das cirurgias à coluna vertebral não se tem detetado na população mais idosa, pelo que um eventual  atraso na sua realização induzirá certamente um aumento do absentismo laboral, para além da antecipação já frequente das reformas. Torna-se assim fundamental avaliar estes números, perceber qual foi a evolução da situação e como ela se reflete na presente realidade”.

Este evento decorre em parceria com a IASIST Portugal, empresa parte do grupo IQVIA, a par com a Campanha “Josephine Explica a Escoliose” e a Campanha “Olhe pelas suas costas”, com o apoio da Medtronic.

Covid-19
“Está nas mãos de todos nós fazermos um esforço para fazer as nossas vidas o mais próximo possível da normalidade, mas com...

A especialista em saúde pública apelou à população para que tenha “ainda mais paciência e resiliência”, porque “o vírus está a fazer o seu percurso, tem a sua dinâmica e tende a infetar-nos”.

“Já fizemos um esforço imenso desde março para aqui chegar. Já tivemos momentos melhores e piores. De facto, temos tido de um modo geral um comportamento bastante bom como cidadãos, mas temos que pensar que o vírus está a fazer o seu percurso”, reforçou.

Lembrando que os convívios familiares são responsáveis por uma grande parte das infeções, Graça Freitas explicou que “por sermos da mesma família não pertencemos ao mesmo núcleo, à mesma bolha”. Por isso, “se fizermos convívios, festas ou comemorações com muita gente, isto dá origem a muitos surtos”.

Apesar de as pessoas [infetadas] serem jovens, prosseguiu, “não estão imunes a ser internadas” e a ter “doença grave. E estão, sobretudo, a transmitir a doença a grupos mais vulneráveis, nomeadamente aos idosos e a pessoas que, não tão idosas, podem ter patologia e serem grupos de risco”.

 

Tendência crescente
Portugal pode chegar, nos próximos dias, aos três mil novos casos diários de infeção por Covid-19, avisou a Ministra da Saúde,...

No dia em que Portugal registou o mais elevado número de novos casos de infeção (2.072), a Ministra da Saúde, Marta Temido, alertou para “uma tendência crescente, que tenderá a agravar-se nos próximos dias”, caso não haja uma alteração de comportamentos da população.

Marta Temido salientou que estes números não têm em conta as medidas decididas e anunciadas em Conselho de Ministros, como o uso de máscara na via pública ou a redução para cinco pessoas do limite máximo de ajuntamentos. A governante apelou para o cumprimento das regras, caso contrário Portugal irá “enfrentar uma situação de contágio crescente que tenderá a agravar-se nos próximos dias”.

A tendência de agravamento tem por base cálculos matemáticos feitos pelo INSA, que apontam para “perto de três mil casos dentro de alguns dias”, esclareceu.

A governante, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, sublinhou ainda que a inversão dos modelos matemáticos depende daquilo que sejam as medidas que coletivamente se tomem, pelas organizações, pelo Governo e pela população.

Marta Temido acrescentou que a doença está a atingir sobretudo as faixas etárias entre os 20 e os 49 anos.

“Todos aqueles que têm a aspiração de fazer as suas vidas, regressarem à normalidade, é importante terem presente que a doença não desapareceu e que só juntos poderemos enfrentar esta nova fase de crescimento e dar resposta a esta prova muito dura. Depende de todos estarmos à altura”, reforçou.

 

 

Saúde Mental
O fardo global dos transtornos mentais está a aumentar e requer uma ação determinada.

A Depressão, por exemplo, uma das principais áreas de foco da Lundbeck, multinacional farmacêutica dinamarquesa especializada em doenças mentais, e que é uma patologia grave associada a uma série de sintomas, incluindo melancolia, perda de energia, alterações cognitivas, dificuldade de memória e concentração e pensamentos suicidas é reconhecida pela OMS como a principal causa de incapacidade no mundo. Globalmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão e quase 800.000 pessoas morrem todos os anos por suicídio. Os números mostram claramente que o peso da depressão vai provavelmente aumentar nos próximos anos porque temos vindo a observar um aumento relativo da prevalência da doença.

A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais e o medo do estigma impedem muitas pessoas de ter acesso ao tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas. Temos de repensar a abordagem à saúde mental e tratá-la com a urgência que merece, agora mais do que nunca. A depressão pode afetar qualquer um de nós. Não discrimina idade, raça ou história pessoal. Pode prejudicar relacionamentos, interferir na produtividade, criar desemprego e diminuir a autoestima. No entanto, mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado.

Em Portugal tem havido um sub-investimento crónico na saúde mental. Nunca foi uma área prioritária. É reconhecido que há uma enorme desproporção entre o impacto que os problemas de saúde mental têm e o nível de investimento a nível dos cuidados de saúde primários e dos serviços especializados. Atualmente verifica-se que a doença mental está no topo do ranking das doenças que mais contribuem para a carga global de doença, na ordem dos 10% a 15% enquanto o nível de financiamento do Serviço Nacional de Saúde é na ordem dos 4% a 5%, o que é manifestamente insuficiente. Daí ser urgente mais apoio disponível para pessoas com transtornos de saúde mental. Os investimentos devem ser canalizados para os cuidados de proximidade e na resposta dos cuidados de saúde primários.

É mais que sabido que o investimento em saúde mental beneficia o desenvolvimento económico dos países. Cada euro investido na melhoria do tratamento para a depressão e a ansiedade leva a um retorno quatro vezes superior, que se traduz numa melhor saúde e capacidade de trabalho. A falha na ação resulta numa perda económica global das famílias, das empresas e do estado. As famílias perdem financeiramente quando as pessoas não podem trabalhar. Os empregadores sofrem quando os funcionários se tornam menos produtivos e são incapazes de trabalhar. Os governos têm de pagar despesas mais elevadas de saúde e bem-estar.

Os resultados de um estudo demonstraram que 72% das pessoas que reconheceram a necessidade de tratamento não o iniciaram. As razões que estão na base são variadas e passam

por obstáculos como as preocupações com a estigmatização e dúvidas sobre a eficácia do tratamento. Muitos doentes ainda pensam que certos medicamentos podem causar dependência ou que poderão ser prejudiciais para a sua saúde. Não querer reconhecer a doença e pensar que poderão resolver sozinhos o problema é, infelizmente, também muito comum. É urgente investir em ações que promovam a literacia em saúde da nossa população para que as inovações terapêuticas possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Também a classe médica deve ser cada vez mais ambiciosa com os objetivos dos tratamentos instituídos. Só devemos estar satisfeitos quando conseguirmos recuperar os doentes na sua plenitude. Recuperar o funcionamento e devolver a vida plena em todos os seus domínios, familiar, profissional, social, a quem sofre destes distúrbios deve ser a missão de todos os intervenientes no tratamento.

Na Lundbeck, uma das únicas empresas farmacêuticas do mundo dedicada exclusivamente à investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores para doenças mentais e com mais de 70 anos de liderança na investigação em neurociências, cremos que a saúde mental é um direito humano que deve ser uma realidade para todos em qualquer parte. Por isso o nosso compromisso é firme na investigação e desenvolvimento de soluções inovadoras que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Agora, mais do que nunca, vamos comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental juntos e aumentar a conscientização par que se consiga, de facto, “Saúde Mental para todos”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em outubro
Excelência Robótica – empresa nacional responsável pela distribuição e implementação do sistema de cirurgia robótica da Vinci...

A cirurgia robótica é uma das mais inovadoras soluções para a realização de intervenções minimamente invasivas. A partilha de experiências, de perspetivas e de questões, dos principais especialistas constitui uma oportunidade muito interessante para dotar a comunidade de profissionais de saúde de um maior grau de conhecimento sobre os sistemas de cirurgia robótica. Esta foi a principal razão que levou a Excelência Robótica a convidar mais de 20 reputados cirurgiões, nacionais e internacionais, e oito especialistas de enfermagem médico-cirúrgica para um ciclo de cinco webinars focados em diversas especialidades.

Na sessão dedicada à ginecologia, moderada por Henrique Nabais, da Fundação Champalimaud participaram sete especialistas que abordaram temas como o início do programa clínico robótico, miomectomia, endometriose, histerectomia benigna, gânglio sentinela, a linfaden pélvica e para – aórtica e a sacropolpexia.

O webinar sobre cirurgia torácica, com moderação a cargo de Fernando Martelo, do Hospital da Luz, reuniu quatro cirurgiões e os temas em destaque passaram pela lobectomia, segmentectomia e tumores do mediastino.

A sessão de cirurgia geral, moderada por Carlos Vaz, da CUF Tejo e Nuno Figueiredo, da Fundação Champalimaud, foca-se nas intervenções cirúrgicas associadas à obesidade, à área coloretal – hemicolectomia direita e resseção anterior do reto - cirurgia da parede abdominal e hépato-biliar.

No webinar dedicado à enfermagem, e moderado por Rui Leal, abordam-se as principais temáticas relacionadas com o início do programa robótico, as evoluções do sistema da Vinci e com as especificidades inerentes às áreas de cirurgia torácica, urologia, cirurgia geral e ginecologia.

O último webinar, sobre urologia, conta com a moderação de Kris Maes, do Hospital da Luz, e Estevão Lima, da CUF Tejo. Os principais temas focam-se nas intervenções de prostatectomia, cistectomia e nefrectomia parcial. A urologia é a especialidade que conta com maior número de intervenções efetuadas com recurso à cirurgia robótica. No ano passado, 60 % das intervenções cirúrgicas realizadas com o sistema da Vinci, a nível ibérico, foram efetuadas por urologistas - em casos de patologia de próstata e rim - cerca de 11% das intervenções foram de ginecologia oncológica e benigna, e 21% das intervenções realizadas com este sistema foram de cirurgia geral.

 

Qualidade a preços mais acessíveis
Desde março de 1990 que Portugal tem definido, por lei, o conceito de medicamento genérico, ainda qu

Em tempos de pandemia, numa altura em que se multiplicam as queixas de dificuldades de acesso a consultas, exames e cirurgias, que pressionam ainda mais o Serviço Nacional de Saúde, o aumento dos custos, acompanhando por uma redução no poder de compra das famílias, obriga a melhorar a capacidade de resposta na área da saúde, que se estima que se mantenha com uma elevada procura, não apenas por causa da COVID-19, mas também devido à necessidade de retomar serviços de saúde temporariamente suspensos. E a redução dos gastos, mantendo a qualidade, torna-se o verdadeiro desafio, para o qual os genéricos e biossimilares podem dar uma ajuda importante, permitindo baixar os custos sem colocar em causa essa qualidade. Mais ainda, permitindo gerar poupanças que facilitam a adoção de terapêuticas inovadoras a quem delas necessita.

Vinte anos depois da aposta nos genéricos, os portugueses já os conhecem bem. Sabem quais as suas vantagens, com reflexos visíveis na conta que têm de pagar na farmácia, mas que vão muito além destas, proporcionando ganhos importantes para os sistemas de saúde. No entanto, há mitos que, duas décadas depois, se mantêm. Há ainda quem acredite que os medicamentos genéricos demoram mais tempo a fazer efeito, o que, tendo em conta que apresentam a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que os medicamentos de marca, não passa disso mesmo, um mito. Há ainda quem mantenha o foco na marca, olhando-a como garantia de eficácia do medicamento, esquecendo que os genéricos apresentam a mesma composição, os mesmos efeitos e o mesmo controlo de qualidade e segurança que os medicamentos de marca, sendo a única diferença o preço.

Há também quem ainda desconfie deste mesmo preço, acreditando que, por ser mais acessível, é revelador de outro nível de qualidade e esquecendo que o preço de um medicamento de marca reflete, mais do que o custo de produção, o investimento que foi feito em investigação, desenvolvimento e promoção para o lançar no mercado. Investimento que, quando surgem os medicamentos genéricos, já não é necessário, o que lhes permite competir através do preço.

Há muito que os genéricos deram provas das suas vantagens e, mais recentemente, também os medicamentos biossimilares, que, por serem desenvolvidos e introduzidos no mercado anos depois dos seus medicamentos de referência, beneficiam de um conhecimento mais vasto sobre a molécula, as necessidades e preferências do doente, e podem incorporar algumas melhorias, o que melhora, simultaneamente, o resultado e diminui o custo.

Contas feitas, por serem terapêuticas mais custo-efetivas, permitem o acesso de mais doentes ao tratamento de que necessitam ou em fases mais precoces da doença. Estes foram alguns dos temas que abordámos na e-conference “Valor em Saúde – o Compromisso dos Medicamentos Genéricos e Biossimilares”. Cada vez mais, os medicamentos genéricos e biossimilares conseguem criar situações de verdadeira equidade vertical e horizontal. Por isso mesmo, são, mais do que nunca, um contributo importante a ter em conta para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para as famílias portuguesas.

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Projeto conta com informação de profissionais de saúde
Acaba de ser lançado o portal eVacinas, que tem como objetivo informar a população sobre vacinação, sobretudo das suas...

Neste portal, o utilizador pode consultar toda a informação existente sobre o Programa Nacional de Vacinação. Além disso, o site dispõe, ainda, de informação útil sobre a consulta do viajante, nomeadamente das vacinas indicadas para todos aqueles que viajarem para destinos fora do continente Europeu, da América do Norte e da Oceânia.

“O projeto eVacinas nasceu da necessidade de consciencializar a opinião pública, desmistificando alguma contrainformação na vacinação, através de dados rigorosos e credíveis, fornecidos por profissionais de saúde. Conta também com a colaboração de parceiros com projetos inovadores nesta área”, afirmou Ana Gaspar, diretora da Revista Saúde Notícias.

Este projeto tem o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, vai envolver também a Direção-Geral da Saúde, o Movimento Doentes pela Vacinação, a Sociedade Portuguesa de Pediatria, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e o Instituto Ricardo Jorge.

Pode consultar o Portal eVacinas, em: https://evacinas.pt/

 

Vacinação
Para assegurar a máxima cobertura entre os seus residentes, a ORPEA já solicitou 100% das vacinas necessárias para iniciar a...

A gripe é um importante problema de saúde pública, com elevada taxa de mortalidade. Embora na população em geral se estime que afeta entre 10 a 20%, nos seniores institucionalizados essa percentagem pode chegar aos 50%. Portanto, é imprescindível a vacinação deste grupo que, em alguns casos, apresenta múltiplas patologias e está mais suscetível a problemas decorrentes da gripe (pneumonia e / ou descompensação das patologias de base e encaminhamentos para urgências e internações hospitalares).

 “Com a vacinação evitamos as complicações que às vezes esta doença acarreta. O nosso objetivo é conseguir uma elevada percentagem de vacinação. Dessa forma, a incidência da gripe será bastante reduzida, e o diagnóstico diferencial entre os dois (gripe e coronavírus) será mais fácil, pois poderemos distinguir melhor se uma pessoa tem uma patologia ou outra. Assim estaremos bem preparados para este outono e inverno”, explica a Diretora de Saúde da ORPEA Ibérica, Victoria Pérez.

Todos os anos, no mês de setembro, a ORPEA encarrega-se de informar os residentes e os seus familiares, da administração das vacinas e disponibilizá-las nas próprias residências. Este ano, esta campanha de sensibilização para residentes, familiares e profissionais dos centros tem sido mais incisiva, pois as pesquisas mais recentes consideram que a imunização contra a gripe pode prevenir complicações futuras em caso de contrair o coronavírus. Portanto, “o envolvimento de todos é importante”, alerta a Diretora de Saúde da ORPEA.

A vacinação entre os profissionais de saúde

O principal método de prevenção da gripe e das suas complicações graves é a vacinação contra a gripe. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a sua administração anual a seniores e doentes crónicos, mas também aos profissionais de saúde "para proteger a sua saúde, da sua família e a dos residentes", indica a Dr. Pérez.

Uma proporção significativa de profissionais de saúde é infetada durante todo o ano, principalmente no inverno. Portanto, “é necessário que eles sejam vacinados como medida de autoproteção e para evitar serem a causa de transmissão nos seniores que estão sob os seus cuidados e também dos seus colegas de profissão”, especifica a Diretora de Saúde da ORPEA.

Mais de 2000 casos
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 2.072 novas infeções. Números nunca antes vistos. Os dados divulgados pela Direção...

Só na região norte foram registados mais 1001 novos infetados, o que corresponde a 48,3% do total do dia. Em Lisboa e Vale do Tejo há mais 802 casos, no Centro mais 172, no Alentejo mais 47 e no Algarve mais 42. Quanto aos arquipélagos, os Açores somam mais cinco casos. Na Madeira registaram-se mais três novas infeções.

Quatro das sete mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, três no Norte.

Segundo boletim epidemiológico hoje divulgado, o número de internamentos também tem vindo a aumentar. Atualmente contam-se 957 doentes internados nos hospitais portugueses devido ao novo coronavírus, mais 41 do que o registado na última análise. Do total, 135, mais três do que ontem, estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Por outro lado, mais 446 pessoas recuperaram da doença, aumentando para 54.493 o total de recuperados no país desde o início da crise pandémica.

As autoridades de Saúde têm 50.544 contactos em vigilância e estão ativos 34.583 casos no país.

 

DGS atualiza norma
Os doentes assintomáticos ou os que têm sintomas ligeiros de covid-19 passam a ter um período de isolamento de 10 dias, segundo...

De acordo com a norma atualizada, hoje, pela DGS, o fim das medidas de isolamento, sem necessidade de realização de teste ao novo coronavírus, dos doentes assintomáticos ou dos que têm doença ligeira ou moderada ocorre ao fim de 10 dias, desde que, nos casos com sintomas, estejam sem usar antipiréticos durante três dias consecutivos e com “melhoria significativa dos sintomas”.

Os casos de doença grave ou crítica têm de permanecer em isolamento 20 dias desde o início de sintomas, o mesmo tempo definido para os doentes que tenham problemas de imunodepressão grave, independentemente da gravidade da doença.

A norma esclarece ainda que, nos doentes assintomáticos, os 10 dias começam a contar desde a data do diagnóstico laboratorial de covid-19. Até aqui, a referência temporal para o isolamento profilático era de 14 dias.

A norma define ainda que “nos 90 dias após o diagnóstico laboratorial de infeção por SARS-CoV-2 não deve ser realizado novo teste” a menos que a pessoa tenha sintomas da doença, seja “contacto de alto risco de um caso confirmado de covid-19 nos últimos 14 dias” ou não exista diagnóstico alternativo (incluindo outros vírus respiratórios) para o quadro clínico.

Define ainda a organização do internamento hospitalar, que terá uma área para doentes com teste positivo (enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19) e outra para doentes com teste negativo, mas com suspeita clínica da doença ou de infeção respiratória grave (áreas intermédias – fisicamente separadas das áreas dedicadas em serviço de urgência – ou enfermarias ou unidades de cuidados intensivos dedicadas a covid-19 onde devem fazer o teste).

 

 

Combate à Covid-19
António Costa, revelou hoje que o Conselho de Ministros adotou “oito decisões fundamentais" para "prevenir a expansão...

Na conferência de imprensa após a reunião de hoje, o Primeiro-Ministro sublinhou a obrigação de evitar sacrificar o que é essencial: “A capacidade do Serviço Nacional de Saúde de responder aos doentes Covid-19 mas também a toda a atividade assistencial não Covid; a necessidade de prosseguir, sem incidentes ou novas interrupções, as atividades letivas em todos os estabelecimentos de ensino; e evitar medidas que agravem a crise económica e social que ameacem o emprego e o rendimento das famílias”.

O primeiro ministro referiu que em toda a Europa se tem vindo a verificar um agravamento progressivo e consistente da pandemia de Covid-19 desde meados de agosto. “Infelizmente, Portugal não é exceção e podemos classificar evolução como uma evolução grave”, disse.

O Primeiro-Ministro reiterou a importância dos comportamentos e responsabilidades individuais na contenção da pandemia, tal como em março e abril de 2020, e enumerou as oito medidas aprovadas na reunião do Conselho de Ministros:

1. Elevar o nível de alerta de situação de contingência para estado de calamidade em todo o território nacional, podendo o Governo adotar, sempre que necessário, medidas que se justifiquem para conter a pandemia, desde restrições de circulação a outras medidas que concreta e localmente venham a verificar-se justificadas;

2. A partir das 24 h00 de hoje deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas. Esta limitação aplica-se quer a outros espaços de uso público de natureza comercial ou na restauração;

3. Limitar os eventos de natureza familiar (como casamentos, batizados e outros) que sejam marcados a partir de 14 de outubro a um máximo de 50 participantes, sendo que todos devem cumprir normas de afastamento físico e de proteção individual como o uso de máscara;

4. Proibir nos estabelecimentos de ensino, designadamente nas universidades e nos politécnicos, todos os festejos académicos e atividades de caráter não letivo ou científico, como cerimónias de receção de caloiros e outro tipo de festejos que impliquem ajuntamentos, que têm de ser evitados a todo o custo para não repetir circunstâncias que já se verificaram de contaminação em eventos desta natureza;

5. Determinar às Forças de Segurança e à ASAE o reforço de ações de fiscalização do cumprimento destas regras, quer na via pública quer nos estabelecimentos comerciais e de restauração;

6. Agravar até 10 mil euros as coimas aplicáveis a pessoas coletivas, em especial aos estabelecimentos comerciais e de restauração, que não assegurem o escrupuloso cumprimento das regras em vigor quanto à lotação e ao afastamento que é necessário assegurar dentro destes estabelecimentos;

7. Recomendar vivamente a todos os cidadãos o uso de máscara comunitária na via pública e a utilização da aplicação Stayaway Covid e a comunicação através da aplicação sempre que haja um teste positivo.

8. Apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei, com tramitação de urgência, para impor a obrigatoriedade do uso da máscara na via pública (nos momentos em que há mais pessoas) e da utilização da aplicação Stayaway Covid em contexto escolar, profissional e académico, nas Forças Armadas, nas Forças de Segurança e no conjunto da Administração Pública».

De acordo com o Primeiro Ministro, o sucesso do combate a esta pandemia está dependente do comportamento individual, que foi decisivo para estancar a evolução em março e abril de 2020. Realçou ainda o facto de que as faixas etárias mais jovens têm “uma perceção errada de um alegado menor risco dos efeitos da Covid-19”.

“Esse menor risco é ilusório. Primeiro porque a contração do vírus é um risco para o próprio e um enorme risco de transmissão aos outos. O dever é de nos protegermos e de, indiscutivelmente, proteger os outros: quem connosco vive, os nossos pais, os nossos avós, os nossos colegas de trabalho, os amigos, os colegas de escola”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro disse ainda que a ciência ainda não conhece suficientemente este vírus, “designadamente as sequelas que pode deixar na saúde de cada infetado”. “Nesse desconhecimento não podemos desvalorizar o risco futuro para a saúde de cada um de nós”, afirmou.

“Vençamos o cansaço pela determinação que temos de ter para ganharmos esta maratona, que é longa e que só terminará quando houver um tratamento eficaz ou uma vacina suficientemente difundida para assegurar a imunização comunitária e motivemo-nos no que tem de ser uma prioridade muito clara: preservar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde, assegurar que as atividades letivas vão prosseguir ao longo do ano letivo sem interrupções ou incidentes, e que não temos de tomar nenhuma medida que agrave a crise económica e social e que tem consequências muito pesadas no emprego e no rendimento das famílias”, reiterou.

I Reunião Portugal-Brasil de Hérnia da Parede Abdominal
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e com a Sociedade...

De acordo com Carlos Magalhães, presidente da APCA e coordenador do Capítulo da Parede Abdominal da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, “esta iniciativa contribuí para a formação dos médicos de Cirurgia-Geral, tornando-se ainda mais enriquecedora quando existe esta partilha de conhecimento entre dois países”.

A sessão conta com a moderação de Carlos Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória, e Vicente Vieira, membro da mesma entidade, e Rodrigo Galhardo, da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal.

Esta reunião que conta com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões vai ser organizada a cada dois meses.

A inscrição no evento é gratuita, mas obrigatória.

Para mais informações e inscrições, consultar: https://mla.bs/8417aa65

 

 

Manifestações clínicas
A esquizofrenia é uma doença crónica que afeta o pensamento, as emoções e o comportamento.

Esta doença pode manifestar-se através de um conjunto de sintomas que envolvem alterações do pensamento, da perceção, do comportamento e do afeto.

Assim, o discurso pode tornar-se repetitivo, incoerente ou incompreensível. A perceção sensorial pode estar alterada, ocorrendo, por exemplo, alucinações auditivas ou visuais. A resposta emocional pode estar diminuída e a distinção entre realidade e fantasia pode estar comprometida.

Estes podem ter início no final da adolescência ou nos primeiros anos da idade adulta. Embora, menos frequente, podem surgir ainda na infância.

Quanto à sua classificação, os sintomas podem ser divididos em sintomas negativos, que correspondem uma perda ou diminuição das funções normais, e sintomas positivos, que acrescentam ou adicionam algo a essas funções.

Sintomas positivos da esquizofrenia

  • Alucinações – O doente pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como vozes dialogando entre si ou que se referem ao próprio, insultando-o ou ordenando que faça algo. Podem ver vultos ou imagens de pessoas. Podem ainda ocorrer alucinações olfativas (sentir cheiros estranhos), gustativas, ou táteis (sentir choques ou como se bichos andassem em seu corpo).
  • Delírios - O doente pode criar uma realidade fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do mundo e das pessoas ao seu redor. Habitualmente, os doentes acham que estão a ser perseguidos ou constantemente observados. Estima-se que 90% dos doentes com esquizofrenia apresente este sintoma.
  • Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais) – O doente tem dificuldade em concentrar-se e em manter o curso do pensamento. Pode falar de forma incoerente, sem lógica e responder de forma inadequada a uma pergunta.
  • Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado)

Sintomas negativos da esquizofrenia

Os sintomas negativos da esquizofrenia referem-se à ausência de comportamento normal encontrado em indivíduos saudáveis e estão associados a ausências emocionais:

  • Ausência de resposta emocional – Fácies inexpressiva, incluindo tom de voz aplanado, ausência ou dificuldade no contacto visual.
  • Ausência de interesse/entusiasmo – Ausência ou diminuição de motivação para as atividades de vida diária, isolamento social.
  • Dificuldade e alterações do discurso – Dificuldade em estabelecer e manter uma conversação, tom monótono do discurso, respostas curtas e por vezes descontextualizadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Colóquio Fundação Grünenthal
No próximo dia 19 de outubro decorre mais uma edição do Colóquio Fundação Grünenthal, este ano, excecionalmente, em formato...

No encontro realizar-se-á ainda a entrega do Prémio Grünenthal Dor 2019, que distingue projetos nas vertentes de investigação básica e clínica, entregue aos trabalhos “Neuropathic Pain Induced Alterations in the Opioidergic Modulation of a Descending Pain Facilitatory Area of the Brain”, da autoria principal da Prof. Doutora Isabel Martins, e “Brain Grey Matter Abnormalities in Osteoarhtritis Pain: a Cross-sectional Evaluation”, da autoria principal da Dra. Joana Barroso.

A Fundação Grünenthal tem a missão de investigar e divulgar conhecimento científico em Portugal, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento. Por essa razão, promove e patrocina prémios destinados a galardoar trabalhos de investigação científica, bem como jornalísticos, que se enquadrem nos seus objetivos estatutários.

 

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