30 de outubro a 3 de novembro
A circulação entre concelhos do continente está proibida entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, ou seja, durante o fim...

“Cada cidadão não pode circular entre concelhos, como aconteceu no passado”, revelou a Ministra, explicando que a medida entra em vigor entre as 00:00 de 30 de outubro até ao dia 3 de novembro.

A decisão de voltar a limitar a circulação surge pouco mais de uma semana após o Conselho de Ministros ter anunciado o regresso do estado de calamidade.

“O Governo tem consciência de que este é um fim-de-semana muito relevante para muitos portugueses, mais no Norte e no Centro do que no Sul, mas é-o para muitas famílias”, reconheceu a Ministra da Presidência.

No entanto, o Governo decidiu avançar com a limitação de circulação para reduzir o ajuntamento de pessoas num momento de homenagem aos falecidos, que é “carregado de emoção e que propiciaria um dos principais focos de transmissão da doença, que são as atividades em família”.

Por sua vez, os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, onde os casos de Covid-19 têm estado a aumentar nos últimos dias, vão ter em vigor o dever de permanência no domicílio a partir das 00:00 de sexta-feira, dia 23 de outubro, decretou o Governo.

A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que as populações dos três concelhos, no distrito do Porto, têm o “dever de permanência domiciliária, com exceção de um conjunto de atividades, à semelhança do que tinha acontecido no passado no conjunto de 19 freguesias [na Grande] Lisboa”.

Nos três concelhos ficam também em vigor a proibição de quaisquer celebrações e eventos com mais de cinco pessoas (salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar), bem como a obrigatoriedade de os estabelecimentos encerrarem às 22 horas, com algumas exceções.

Ficou ainda definido o teletrabalho obrigatório para todas as funções que o permitam, independentemente do vínculo laboral.

De acordo com a informação divulgada pelo Conselho de Ministros, os cidadãos destes três concelhos devem “abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, exceto para um conjunto de deslocações que estão autorizadas, designadamente para aquisição de bens e serviços, para desempenho de atividades profissionais”.

Podem ainda deslocar-se “por motivos de saúde, para assistência de pessoas vulneráveis, para frequência de estabelecimentos escolares, para deslocação a estabelecimentos e serviços não encerrados, para fruição de momentos ao ar livre, para deslocações para eventos e acesso a equipamentos culturais, para a prática de atividade física ao ar livre, para passeio dos animais de companhia”.

O encerramento às 22 horas aplica-se a todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como aos que se encontrem em conjuntos comerciais. Deste horário ficaram de fora as farmácias e os locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, os consultórios e clínicas, os centros de atendimento médico veterinário com urgências, e as atividades funerárias e conexas.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, as medidas anunciadas para estes três concelhos serão reavaliadas na próxima semana.

“Não é confinamento obrigatório, é dito para as pessoas estarem em casa, com exceção de algumas atividades”, disse a Ministra de Estado e da Presidência, frisando que, embora as medidas não sejam iguais para todo o país, a lógica de dever de recolhimento deveria ser adotada por todos.

Mariana Vieira da Silva salientou ainda não existir uma cerca sanitária, lembrando que as populações dos três concelhos podem circular entre eles.

Saiba como agir
Com a melhoria dos cuidados de saúde e das condições socioeconómicas, as pessoas vivem cada vez mais

Então, como podemos alimentar estes doentes?

A resposta mais simples seria utilizando uma sonda, que leva diretamente a comida ao estômago. Esta opção permite dar maior quantidade de alimentos e facilita a administração de medicamentos. No entanto, causa desconforto e agitação, aumentado a necessidade de medidas para imobilizar e tranquilizar o doente. Aumenta também o risco de infeção e de aspiração de alimentos, pois estamos a dar maior quantidade de comida e a ultrapassar as barreiras naturais de defesa do doente.

A opção recomendada internacionalmente é a alimentação de conforto. Damos de comer e beber, lentamente, quando e quanto o doente quiser e tolerar. Esta é a opção menos agressiva, ao permitir que o doente saboreie os alimentos e tenha uma relação mais próxima com a família. No entanto, traz também muita angústia. “Não o vamos alimentar? Vai morrer à fome? Como lhe dou os medicamentos?”, são questões muitas vezes colocadas pelos cuidadores. De facto, a alimentação de conforto pode estar associada à perda de peso. No entanto, por outro lado, a alimentação por sonda não melhora o bem-estar ou sobrevida destes doentes. Sendo a demência uma doença terminal, sem cura, a prioridade é respeitar as preferências e conforto do doente. Existem várias estratégias que permitem otimizar a alimentação por via oral e administrar os medicamentos necessários.

O que fazer então?

Saber é poder, pelo que é fundamental estar informado acerca desta doença para poder fazer as melhores escolhas possíveis. Para auxiliar nesta decisão, a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e a Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica criaram o folheto “Alimentação na Demência Avançada”, com informação sobre a demência, a sua evolução, os problemas alimentares que podem surgir, as alternativas disponíveis para alimentação e as possíveis soluções/estratégias que os cuidadores podem seguir para permitir o máximo de conforto e qualidade de vida destes doentes.

Muitas vezes a vida foge ao nosso controlo, e cabe a nós fazer o melhor possível com o que nos é dado. Neste caso, pode controlar o seu futuro. Fale atempadamente com a sua equipa de saúde e com a sua família. Fale sobre a doença, sobre o que poderá acontecer e sobre as opções existentes relativamente à alimentação e outros cuidados. Fale sobre o que quer que seja feito na eventualidade de perder a capacidade de comer. Decida o seu próprio plano antecipado e integrado de cuidados. Ganhe controlo sobre o seu futuro e o futuro dos seus entes queridos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medicamentos
A Direção-Geral da Saúde vai adquirir, entre este mês e março de 2021, mais de 100 mil frascos do medicamento antiviral...

A decisão foi tomada hoje, em reunião do Conselho de Ministros, e anunciada pela Ministra da Saúde, Marta Temido, que explicou que “a aquisição de mais de cem mil frascos” terá um custo de cerca de 35 milhões de euros, uma vez que cada um custa 345 euros.

A compra visa “cobrir as necessidades assistenciais dos nossos doentes» entre outubro de 2020 a março de 2021”, revelou a governante. 

O remdesivir é indicado para o tratamento de doentes adultos e adolescentes com pneumonia que necessitem de oxigénio suplementar e foi autorizado na União Europeia para a Covid-19, lembrou Marta Temido.

A aquisição será feita através de contrato específico a celebrar ao abrigo do contrato-quadro de aquisições conjuntas celebrado entre a Comissão Europeia e a empresa farmacêutica Gilead Sciences. 

“Assim, garante-se a manutenção do stock nacional deste medicamento, sem prejuízo da ponderação dos fatores da evolução da pandemia e dos eventuais progressos na abordagem terapêutica da Covid-19”, destaca o Governo, em comunicado do Conselho de Ministros.

 

Último balanço
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), Portugal registou, nas últimas 24 horas,...

O dia com o maior número de casos confirmados de sempre em Portugal fica marcado também pela escalada de infeções a Norte: mais 1954 pessoas infetadas nesta região nas últimas 24 horas, além de sete vítimas mortais.

Lisboa e Vale do Tejo responde por 936 dos novos casos e por seis óbitos, ao passo que o Centro regista mais 281 infetados e duas mortes. No Alentejo foram registados 56 novos casos e uma morte. Segundo a DGS, há mais 28 casos confirmados no Algarve, mais 12 na Madeira e mais três nos Açores.

Esta quinta-feira fica marcada também pelo aumento de 93 doentes internados nos hospitais portugueses, num total de 1356. Destes, 200 encontram-se em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 13 do que ontem.

 

Exames de diagnóstico e terapêutica fora do SNS
A Ministra da Saúde, Marta Temido, relevou hoje que foi aprovado, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que prevê uma nova...

A medida produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2021, relativamente aos exames complementares de diagnóstico e terapêutica prescritos no âmbito da rede de prestação de cuidados de saúde primários e realizados fora do SNS.

Com esta introdução, o Governo dá continuidade ao processo de dispensa de taxas moderadoras no SNS, após ter concretizado, ao longo do presente ano, a dispensa nas consultas dos cuidados de saúde primários e também nos exames complementares de diagnóstico e terapêutica prescritos no âmbito da rede de prestação de cuidados de saúde primários e realizados no mesmo âmbito.

De acordo com o comunicado divulgado no Portal do Governo, trata-se de "um importante passo no sentido de alcançar um SNS cada vez mais justo e inclusivo, que responda melhor às necessidades da população e garanta a cobertura universal em saúde".

Evento online
A 18.ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) realiza-se no próximo dia 23 de outubro,...

“Numa primeira parte vamos falar do futuro do tratamento do AVC”, avançou Vítor Tedim Cruz, da Direção da SPAVC. “Como não podemos falar de tudo”, continuou, “optámos por abordar o papel da inteligência artificial na estruturação dos cuidados e processos de decisão no AVC e o futuro das estratégias para a recuperação do tecido cerebral lesado”.

Esta primeira sessão contará com a participação de um convidado internacional, o Professor Kim Mouridsen, especialista dinamarquês da Universidade de Aharus, dedicado à aplicação prática de soluções de inteligência artificial a processos de neuroimagem e decisão no AVC. “Com ele vamos poder perceber melhor como será o futuro mais próximo e quais as áreas por onde se iniciará esta transformação”, salientou o médico.

“Depois, vamos rever o diagnóstico, a classificação etiológica e a prevenção precoce do AVC. Na sessão final, vamos rever os diferentes tratamentos do AVC hemorrágico e o que pode ser determinante para melhorar o resultado final de um doente”.

A vice-presidente da SPAVC, Patrícia Canhão, acrescentou que “também haverá a habitual mesa de apresentação de casos clínicos “problema” para discussão e partilha de decisões, um simpósio (promovido pela Bayer) e uma sessão da iniciativa Angels em Portugal”.

Na opinião da médica neurologista “o modelo virtual permite maior número de participantes, pela facilidade do acesso à reunião e pelo desaparecimento de barreiras geográficas. É uma forma de levar a Reunião da SPAVC a outras audiências que não a conheciam ou não frequentavam, e de captar o seu interesse por esta Sociedade científica e suas atividades”. A formação dos participantes no diagnóstico, tratamento e prevenção do AVC é apontada pela especialista como a principal meta do evento, para além de “manter uma ligação regular entre todos os profissionais que lidam com doentes com AVC e que há muito se habituaram a frequentar estas reuniões da SPAVC”.

Todos os profissionais de saúde interessados em assistir à sessão poderão ainda proceder à sua inscrição, de forma gratuita, através do e-mail [email protected]. Nas palavras do Vítor Tedim Cruz, trata-se de “uma oportunidade de ouro, que vale todos os minutos que lhe são dedicados”.

Todos os detalhes podem ser consultados na página web do evento

Resposta à pandemia
O Agrupamento de Centros de Saúde do Douro Sul (ACES Douro Sul) foi o grande vencedor do Prémio Healthcare Excellence pela...

O Prémio Healthcare Excellence – Edição Especial Covid-19 foi atribuído ao Agrupamento de Centros de Saúde do Douro Sul (ACES Douro Sul) pela criação da “APLar”, uma equipa multidisciplinar de atuação preventiva em estruturas residenciais para idosos (ERPI). Este ano, a iniciativa desenvolvida pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com a biofarmacêutica AbbVie, distinguiu projetos desenvolvidos no âmbito da resposta à pandemia de Covid-19.

A equipa multidisciplinar formada pelo ACES Douro Sul foi criada para acompanhar os lares no contexto de pandemia, realizando visitas às estruturas, identificando as não conformidades, avaliando as necessidades e apresentando recomendações, com o intuito de reduzir o impacto da Covid-19 nos utentes e profissionais de saúde. Desta equipa fazem parte médicos especializados em Saúde Pública, enfermeiros especializados em saúde comunitária, técnicos de saúde ambiental, entre outros profissionais.

No total, a “APLar” interveio em 36 lares de oito concelhos do distrito de Viseu, envolvendo 1.169 profissionais, que prestam cuidados a cerca de 1.600 utentes. Nas muitas visitas realizadas, a equipa do ACES Douro Sul realizou ainda formações teóricas e práticas em áreas tão diversas como: procedimentos básicos de organização das estruturas, utilização de equipamentos de proteção individual, cumprimento da etiqueta respiratória e higienização dos espaços e equipamentos.

A primeira menção honrosa foi atribuída ao Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), que desenvolveu uma plataforma de monitorização, em tempo real, das infeções por Covid-19 com caracterização pelas diferentes áreas e previsão para sete dias de novas infeções, doentes internados e óbitos. Este modelo preditivo tem permitido ao centro hospitalar ajustar os planos de contingência em resposta direta à pandemia e traçar cenários sobre a necessidade de recursos a alocar.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SMPS) foram distinguidos com a segunda menção honrosa pelo projeto “Autoreport & Trace Covid-19”. O projeto consiste em duas soluções integradas de um serviço totalmente digital, que por um lado permite o registo dos sintomas por parte dos cidadãos e, por outro, a vigilância e monitorização dos utentes diagnosticados ou suspeitos de Covid-19. Esta ferramenta inteligente tem servido de apoio à intervenção por parte do corpo clínico e das autoridades de saúde. Desde abril, já se registaram no sistema mais de 1,5 milhões de utentes, que foram monitorizados por cerca de 75 mil profissionais de saúde, que recolheram mais de 2,8 milhões de vigilâncias por telefone.

“Esta é uma edição muito especial, num contexto muito diferente, mas que não se poderia deixar de se realizar. Tal como nos anos anteriores, não poderíamos deixar de premiar o que de melhor se faz em Portugal”, afirmou Alexandre Lourenço, presidente da APAH, na reunião final do Prémio Healthcare Excellence.

“Os oito projetos finalistas apresentados mostram como na adversidade surgem as melhores ideias. Ideias que nasceram de uma situação de emergência, para dar resposta à pandemia, mas que nos fazem também pensar, a médio e longo prazo, no futuro da Saúde”, declarou Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie em Portugal.

A 7ª edição do Prémio Healthcare Excellence recebeu um total de 70 candidaturas. Entre os finalistas estiveram também projetos de outras organizações de saúde: Hospital Garcia de Orta, Centro Hospitalar e Psiquiátrico de Lisboa, Health Cluster Portugal, Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e Hospital da Senhora da Oliveira.

Além da qualidade da apresentação final, a inovação e a replicabilidade em outras instituições de saúde foram também critérios de avaliação. A decisão ficou a cargo do júri presidido por Delfim Rodrigues, vice-presidente da APAH, e que integrou Dulce Salzedas, jornalista da SIC, Ricardo Mestre, vogal do da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP).

Na última semana
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) realizou, entre 11 e 18 de outubro, 2.566 transportes de utentes com suspeita...

Segundo o INEM, a atividade de transporte de doentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus continua a aumentar pela terceira semana consecutiva.

Os meios da Delegação Regional do Norte transportaram 1.068 utentes e os meios da Delegação Regional do Sul efetuaram 955 transportes às urgências hospitalares. Na região Centro foram efetuados 448 transportes e no Algarve foram transportados 95 utentes com suspeita de Covid-19.

A definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar (dispneia) triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

Por seu lado, o trabalho das equipas de enfermagem, responsáveis pela colheita de amostras biológicas para análise à Covid-19, teve um ligeiro decréscimo relativamente à semana anterior. Entre 11 e 18 de outubro foram recolhidas 398 amostras, menos 57 do que na semana anterior.

 

3ª idade é mais propensa a desenvolver este estado
Uma em cada cinco pessoas desenvolverá um quadro depressivo no decorrer da sua vida e a terceira idade é uma altura propensa a...

Os especialistas insistem que a ausência de ânimo e sentido de humor não faz parte do envelhecimento normal e que a depressão diminui significativamente a qualidade de vida do sénior e pode levar à incapacidade, tornando-se num grave problema de saúde. Nesse sentido, é imprescindível um diagnóstico e tratamento eficazes, bem como ações de prevenção dessa síndrome geriátrica.

Sentimentos de inutilidade, culpa, tristeza (embora possam não ser evidentes), ansiedade, perda de prazer, irritabilidade fácil, baixa tolerância à frustração, fadiga, choro fácil, falta de concentração, dificuldade em recordar detalhes e tomar decisões, perda de apetite, perda de peso e distúrbios do sono (insónias ou hipersonia) são alguns dos sintomas mais proeminentes que podem alertar que a pessoa está a sofrer de depressão. Estar atento a estes sinais é fundamental para consultar o médico, para que a depressão possa ser diagnosticada a tempo. O diagnóstico e o tratamento precoces evitam complicações cognitivas e funcionais, e revertem mais facilmente os distúrbios que surgiram em consequência desse estado de espírito.

O que pode causar depressão nos seniores?
As causas da depressão podem ter origem em diversos fatores. Um dos mais importantes é sofrer de uma ou mais doenças crónicas (diabetes, doenças cardiovasculares, doenças isquémicas do coração, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), cancro, etc.). Estima-se que cerca de 25% dos pacientes com duas ou mais patologias apresentam depressão. Existem também medicamentos associados a uma maior predisposição à depressão. Por sua vez, a mudança de papéis, a redução das atividades sociais e de lazer, a limitação funcional, a dor, o isolamento e a perda de autoestima podem influenciar e favorecer este transtorno reativamente.

Atividades que previnem a depressão em pessoas mais velhas
Para prevenir a depressão nos seniores, os centros organizam atividades recreativas e espetáculos variados que visam facilitar a vida em comunidade, promover a diversão e boa disposição e despertar diferentes interesses criativos e culturais. Este objetivo também é alcançado com workshops, conferências, teatro, canto, costura e dança, especificam os terapeutas.

As atividades fisioterapêuticas das residências também proporcionam benefícios importantes relacionados com a melhoria e a manutenção da mobilidade, com o tratamento não farmacológico da dor, e com a reabilitação em relação ao especto físico e funcional o que permite melhorar a autoperceção e a autoestima.
Da mesma forma, a terapia ocupacional oferece uma intervenção reabilitadora em todos os sentidos, funcionais, cognitivos e emocionais, através de oficinas de grupo como jardinagem terapêutica, musicoterapia, terapia animal, arte terapia, culinária terapêutica e oficinas de memória.

A importância da terapia da fala
Uma das características da fala, desta nossa capacidade de nos exprimirmos oralmente usando sons em

A fluência da fala é um conceito difícil de precisar. Varia de pessoa para pessoa (há pessoas que falam com mais velocidade do que outras), e frequentemente ao falar todos já sentimos que a nossa fala não fluiu como de costume, ou porque fizemos mais pausas, ou repetimos alguma palavra, som ou expressão. Conforme o nosso estado de espírito e as nossas emoções, a fala soa também mais insegura ou presa ou antes confiante e solta. O nosso conhecimento, cultura e aprendizagens, evoluindo ao longo da vida, influenciam também a fluência da fala.

Mas estas interrupções na fala, no normal “correr” da nossa fala, chamadas disfluências[1], são para a maioria das pessoas, transitórias e breves e não constituem um problema nas suas vidas. Para muitas pessoas, contudo, estas disfluências podem impedir a comunicação quando ocorrem com maior frequência e de forma mais intensa.

Chama-se gaguez portanto à perturbação da fluência da fala. A gaguez e outras disfluências caracterizam-se muitas vezes pela presença de repetições de palavras ou partes de palavras, de sílabas ou sons, ou pelo prolongamento de sons da fala (por exemplo: “A meeeeeenina comeu uuuuum bolo…). Algumas pessoas que gaguejam falam com esforço ou tensão e a sua voz soa dessa forma, tensa e com pouco ar. Por vezes a fala pode mesmo ficar parada ou bloqueada, com a boca (os lábios ou a língua) na posição para dizer esse som, sem que a pessoa consiga produzir nada por alguns segundos, e é com esforço que a palavra ou expressão é dita. Outros usam interjeições ou prolongam sons (“huuumm” ou “eee eee”) como forma de evitar ou adiar aquelas palavras que têm sons mais “difíceis” no início e que lhes causam mais problemas, e nas quais os falantes acham que vão “encalhar”. Outras pessoas ainda podem apresentar movimentos da face ou do tronco associados à fala, alguns podem "piscar" rapidamente os olhos, apresentar tremor nos lábios ou tiques na face.

Muitas pessoas que gaguejam sentem-se stressadas em falar, em especial em determinadas situações do dia-a-dia como falar ao telefone ou para grupos maiores de pessoas. Há pessoas que gaguejam mais quando estão cansadas ou tensas ou pressionadas. Esta tensão, desconforto físico e receio de gaguejar levam muitas pessoas a evitar situações em que tenham de falar. Tantas situações, portanto! A gaguez origina assim para muitos problemas na comunicação com os outros na escola, no trabalho e na interação social.

A gaguez afeta a fluência da fala, inicia-se na infância e nalguns casos prolonga-se na vida adulta, e é mais frequente nos rapazes do que nas raparigas. A causa é ainda desconhecida mas sabe-se que há vários fatores combinados que podem estar na origem da gaguez, nomeadamente diferenças no controle motor da fala e aspetos genéticos, já que é frequente haver vários membros de uma família que gaguejam.

Entre os 2 e os 5 anos de idade são muitas as crianças que vão apresentar disfluências na sua fala, sem que essas disfluências se possam ou devam considerar patológicas. Antes pelo contrário, elas decorrem do desenvolvimento normal da linguagem e da socialização, numa fase em que as crianças aprendem as regras gramaticais da sua língua, adquirem muito vocabulário, formam frases cada vez mais extensas e passam nesse período a dominar os sons da fala, mesmo em palavras mais complexas e longas. A sua integração alarga-se em contextos sociais em que cada vez interagem com mais pessoas, outras crianças mas também adultos para além da família. Estas exigências linguísticas, cognitivas e motoras são para muitas crianças um desafio complicado nomeadamente no controle e coordenação motora da fala.

Pensemos como os movimentos que nós fazemos para falar, e que requerem a coordenação à fração de segundo, da respiração, com as cordas vocais na laringe, e com os lábios e língua, são os movimentos mais rápidos, mais finos e mais precisos que o corpo humano consegue realizar. Há outras crianças, em menor número, que começam a gaguejar no início da escolaridade e nestas idades as crianças ganham mais consciência das suas dificuldades em falar, ao contrário das crianças em idade pré-escolar.

De todas as crianças que gaguejam temporariamente no seu desenvolvimento, cerca de 75% vai deixar de o fazer mais cedo ou mais tarde.

Como em todas as dificuldades que podem surgir no desenvolvimento, o diagnóstico e a intervenção precoces na gaguez podem prevenir outros problemas para além dos da fala. Logo os meninos em que a gaguez persiste por mais de 6 meses ou está associada a outros problemas de linguagem ou de fala, que se torna mais frequente ou mais grave e com mais tensão muscular e esforço, necessitam de terapia da fala e a referenciação para este tratamento deve ser feita o quanto antes pelo médico de família ou pediatra.

Na adolescência e na idade adulta as pessoas que gaguejam podem beneficiar também de terapia da fala, com o objetivo de melhorar a fluência, desenvolver uma comunicação mais efetiva de forma a participar mais ativa e completamente  na sua vida escolar, familiar, de trabalho e social.

Mais informação sobre a gaguez pode ser obtida em:

Associação Portuguesa de Gagos
http://www.gaguez-apg.com/

Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala
http://www.aptf.org/home

The Stuttering Foundation
https://www.stutteringhelp.org/




[1] O prefixo “dis-“ exprime a noção de uma perturbação ou dificuldade, neste caso uma perturbação da fluência. 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa tinha sido suspenso no início do ano
Parado desde janeiro de 2020, o rastreio volta a convocar as mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos.

O Programa de rastreio do cancro da mama desenvolvido pelo Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em parceria com a Administração Regional de Saúde do Norte há mais de 20 anos, foi suspenso em janeiro de 2020 por falta de um protocolo entre as duas instituições. Mais de 100 mil mulheres estiveram desde março sem realizar o rastreio e 70 funcionários nas 22 unidades móveis e fixas estiveram parados sem poderem trabalhar.

Nove meses depois,  o rastreio do cancro da mama foi retomado e as mulheres estão a ser convocadas através de carta ou telefone, para comparecerem nas na data e hora agendadas na unidade de rastreio móvel ou fixa mais próxima da sua área de residência.
A Liga Portuguesa contra o Cancro espera conseguir fazer em média 50 rastreios por dia cumprindo todas as condições de segurança e de contingência impostas pela Direção Geral da Saúde, e tentando recuperar o atraso.

O Governo publicou no dia 24 de setembro, em Diário da República, a resolução que permitiu retomar o rastreio do cancro da mama na região Norte. De acordo com a resolução, a Administração Regional de Saúde do Norte está autorizada “a realizar a despesa e proceder à repartição dos encargos decorrentes do rastreio oncológico do cancro da mama, para aos anos de 2020 a 2023, até ao montante máximo de 19.377.207,06 euros, no âmbito da implementação do Programa de Rastreio do Cancro da Mama”. Os encargos não podem exceder, em cada ano económico, os 4.844.301,76 euros.

 

 

 

Outubro Rosa
De 26 a 30 de outubro, o des.LIGA – Departamento de Educação para a Saúde no Ensino Superior assinala, na Escola Superior de...

Por todo o mundo, durante o mês de outubro, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce, bem como apoiar a investigação nesta área. A iniciativa, conhecida por “Outubro Rosa”, nasceu na década de 1990 com o intuito de mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. O projeto des.LIGA junta-se, uma vez mais, a este movimento, para informar, sensibilizar e, sobretudo, para inspirar a mudança. 

Os voluntários do projeto des.LIGA, estudantes da Licenciatura em Enfermagem, durante a “semana rosa”, irão decorar dois espaços (no polo A e no polo B da Escola) e em momentos específicos, nomeadamente nos intervalos, irão dinamizar pequenas intervenções educativas. Paralelamente, o circuito interno de televisão da ESEnfC emitirá vídeos e mensagens alusivos ao tema.  
O des.LIGA marca, assim, o inicio do seu 6º ano consecutivo na ESEnfC, um ano que se espera cheio de criatividade e muita literacia para a saúde.

Recorde-se que o cancro de mama é um problema de saúde pública, apesar de não ser dos mais letais, tem uma incidência elevada, sobretudo na mulher (apenas 1 em cada 100 cancros se desenvolvem no homem). De acordo com os últimos dados do projeto GLOBOCAN, da responsabilidade da International Agency for Research on Cancer, o cancro de mama é o tipo de tumor mais comum na mulher e o segundo mais frequente em todo o mundo. Atualmente em Portugal, com uma população feminina de 5 milhões, surgem mais de 6000 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com esta doença.

Apoiar as sobreviventes de cancro de mama, lembrar as mulheres que morreram, e apoiar o progresso e a luta contra o cancro de mama é um imperativo.
 

 

Dia Mundial da Luta Contra a Poliomielite
Conferências, caminhadas, aulas de crossfit e limpeza das margens do Rio Ave são algumas das atividades que estão a ser...

“Os Rotários de todo o mundo estão unidos na luta contra a pólio, cujo combate se assinala numa efeméride global, no próximo dia 24. O Distrito 1970 de Rotary International está a dinamizar várias iniciativas de angariação de verbas para este combate, sendo que também está a decorrer uma campanha em comum dos dois Distritos de Portugal: um telefonema equivale a uma vacina”, explica Sérgio Almeida, Governador do Distrito 1970 de Rotary International.

Quem quiser contribuir para esta causa só tem que ligar o 760 30 20 213, o valor da chamada (0,70 €+IVA) é equiparado a uma vacina. As verbas angariadas revertem na totalidade para o fundo internacional de combate à doença.

O vírus da pólio, geralmente contraído pela ingestão de água contaminada, ataca o sistema nervoso e pode levar à paralisia. Recentemente, a 25 de agosto, a Organização Mundial de Saúde declarou a região africana livre do vírus selvagem da pólio. Este foi mais um passo histórico na erradicação da doença, mas a luta não terminou, pois ainda há registos no Paquistão e no Afeganistão. Não há uma cura, mas há meio de prevenir a doença, pela vacinação, método usado pelo Rotary e os seus parceiros para imunizar mais de 2,5 mil milhões de crianças no mundo inteiro.

A luta para eliminar a pólio é liderada pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), integrada pelo Rotary International, Unicef, Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundação Bill e Melinda Gates, governos mundiais e diversos parceiros.

Veja a agenda completa das atividades aqui: https://www.endpolio.org/world-polio-day#findEvent.

 

HIV Stand Alone Scientific Symposium
“Individualizig Care for PLWH: Preparing for the Next Decade” é o mote do HIV Stand Alone Scientific Symposium, que se realiza...

O avanço na investigação clínica e inovação que existiu ao longo da última década permitiu que, hoje em dia, as opções terapêuticas disponíveis sejam eficazes, seguras e bem toleradas, tornando, acima de tudo, possível a escolha de uma panóplia de opções de tratamento ajustada às diferentes necessidades das pessoas que vivem com VIH.  Mas, depois de tudo o que foi conquistado até agora, como é que se pode continuar a contribuir para uma melhoria na qualidade de vida destes doentes?

Para dar resposta a esta questão, este evento propõe pensar e a olhar para o futuro da individualização da terapêutica antirretrovírica ao longo da próxima década, proporcionando um debate atual, que aborda o impacto na qualidade de vida das pessoas que vivem com VIH. Assim, os profissionais de saúde interessados podem registar-se e juntar-se ao webcast através da plataforma do evento.

O HIV Stand Alone Scientific Symposium contará com a participação dos chairmen Marta Boffito, especialista em Investigação Clínica no Clinical Research Facility e especialista em VIH no Hospital Chelsea and Westminster​, no Reino Unido; Jürgen Rockstroh, professor de medicina responsável pelo HIV Outpatient Clinic na University of Bonn​, na Alemanha​ e Laura Waters, especialista em saúde sexual e VIH, no The Mortimer Market Centre –​ Central and North West London​ NHS Foundation Trust e Presidente da British HIV Association (BHIVA), no Reino Unido.

Outros profissionais de saúde de diversos países vão estar presentes para abordar os desafios futuros no tratamento destes doentes e tópicos prementes, como: “O que deve ser considerado como prioritário na gestão do doente que vive com VIH?”; “Que populações devem ser tidas em atenção aquando do tratamento desta infeção?”;  “Qual será o futuro do tratamento e da prevenção?”; “Que impacto têm as comorbilidades nos dias de hoje e qual a sua evolução ao longo dos próximos anos?”; e “Qual o impacto da Covid-19 no tratamento da infeção?”

 

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), liderada por Ana Telma Pereira, está a desenvolver um...

A ideia para o projeto, intitulado “COMBURNOUT”, surgiu do facto de “verificarmos, com a nossa investigação, mas também no contacto com os estudantes, que os alunos de medicina e de medicina dentária têm níveis elevados de stresse, ansiedade e depressão”, conta Ana Telma Pereira.

Além disso, sublinha a psicóloga e investigadora do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, “temos constatado que certos traços de personalidade, ou seja, da sua maneira típica de pensar, sentir e comportar-se, são mais prevalentes nestes estudantes, como o neuroticismo e, principalmente, o perfecionismo. Estes são fatores de risco para o sofrimento psicológico, pois diminuem as competências emocionais para lidar com o stresse”.

Segundo a investigadora, são vários os fatores de risco que potenciam o Burnout nos estudantes de medicina e medicina dentária, nomeadamente, por exemplo, “o ambiente competitivo, a elevada carga horária e a grande quantidade de avaliações e de matérias. Devido à combinação destes fatores, quase metade dos estudantes de medicina e medicina dentária sofre de burnout – significativamente mais do que os estudantes de outras áreas”.

“Devido ao estigma, vergonha e ao próprio perfecionismo, a maioria dos estudantes não procura ajuda e o problema tende a piorar ao longo da formação e carreira médica”, salienta Ana Telma Pereira.

O burnout carateriza-se por vários sintomas que ocorrem na sequência de um período prolongado de intenso stresse relacionado com o trabalho ou os estudos, levando a pessoa a sentir-se completamente esgotada, sem recursos emocionais e físicos.

No caso dos estudantes de medicina, alerta a especialista da FMUC, “as consequências do burnout são graves: depressão, ideação suicida, uso e abuso de álcool e de outras substâncias psicoativas… Este estado de exaustão e desânimo pode levá-los a negligenciar a sua saúde e a dos outros, pois o burnout aumenta a probabilidade de erros e negligência médica”.

O projeto, que conta com 30 mil euros de financiamento do programa “Academias do Conhecimento” da Fundação Calouste Gulbenkian, é composto por duas fases. Na primeira, a equipa vai identificar os estudantes em risco para, depois, implementar um programa de intervenção em grupo (maioritariamente em formato online), focado na promoção de competências emocionais, como o mindfulness e a autocompaixão - abordagens terapêuticas que ensinam as pessoas a autorregularem os seus pensamentos e emoções, com benefícios cientificamente comprovados.

Na segunda fase do projeto, vai ser realizado um estudo experimental para testar a eficácia desta intervenção, tendo como objetivo final a disponibilização de um programa de intervenção totalmente manualizado e com boas evidências de impacto positivo na redução do burnout e perturbação psicológica em estudantes de medicina e medicina dentária.


Ana Telma Pereira, psicóloga e investigadora do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, lidera o projeto

“Estamos confiantes, porque já comprovámos, com estudos recentes, que se fomentarmos a autocompaixão podemos atenuar o stresse e o sofrimento psicológico potenciados pelo perfecionismo. A autocompaixão pode ser um antídoto para este veneno”, afirma a coordenadora do “COMBURNOUT”, referindo ainda que a equipa do projeto é constituída essencialmente por “psicólogas com formação e experiência em intervenções deste tipo, e por jovens médicos, que são internos de psiquiatria no CHUC e assistentes na FMUC; eles próprios passaram há não muito tempo por estas pressões”.

O programa “Academias do Conhecimento” da Fundação Calouste Gulbenkian, criado em 2018, destina-se a apoiar projetos que apostem na promoção de “competências para que as crianças e jovens de hoje sejam capazes de enfrentar um futuro em rápida mudança”.

Jogadores do Rio Ave abraçam esta campanha
Após assinalar o seu 28º aniversário com o lançamento das máscaras de proteção individual, a Associação Abraço lança dois novos...

A partir de hoje, os jogadores do Rio Ave Futebol Clube vão dar a cara pela campanha solidária #UnidospeloAbraço, que tem como objetivo angariar verbas para fazer face aos custos elevados que a Associação Abraço tem com os equipamentos de proteção individual, nas várias respostas sociais que estão ao dispor da população.

A iniciativa solidária #UnidospeloAbraço conta com cinco modelos de máscaras certificadas pelo CITEVE para o nível 3, que se adaptam ao estilo de cada um e que foram testadas para permeabilidade e retenção de partículas, constituídas por duas camadas de material respirável, confortável e adaptável. Na camada exterior a máscara é constituída por tecido 100% Algodão e no interior, conta com tecido 100% Polipropileno, que para além de proteger, oferece um toque colorido e divertido à máscara, que aguenta temperaturas de lavagem até 60º.

 

 

Vencedor da 2.ª Edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde
O protocolo “Uncovering novel prognostic and predictive epigenetic biomarkers in malignant testicular germ cell tumors”, um...

O cancro do testículo representa cerca de 1% dos cancros no homem, sendo diagnosticados 3 a 10 novos casos por ano em cada 100.000 homens, e demonstra um pico de incidência entre os 15 e os 34 anos. Atualmente, este cancro apresenta cerca de 95% de taxa de cura após tratamento. No entanto, apesar destes valores, os atuais métodos de diagnóstico e de vigilância clínica são invasivos e têm importantes limitações, e os tratamentos disponíveis apresentam toxicidade a longo-prazo, que pode resultar em infertilidade, novos tumores, doenças cardiovasculares, entre outros riscos.

Neste sentido, através do estudo da epigenética destes tumores, a equipa liderada por João Lobo, Médico Interno de Anatomia Patológica do IPO do Porto, pretende investigar novos biomarcadores epigenéticos que regulam a expressão dos genes das células tumorais e que, por sua vez, permitem identificá-las e destruí-las com baixa toxicidade. Deste modo, a equipa propõe-se a melhorar o tratamento dos jovens com tumores do testículo, proporcionando-lhes a melhor qualidade de vida possível.

O grande vencedor, anunciado na 2.ª edição da Conferência Leading Innovation, Changing Lives, que decorreu no dia 21 de outubro, recebeu um valor pecuniário de 10.000€ para a implementação do projeto. Nesta cerimónia, o júri atribuiu ainda duas Menções Honrosas, no valor de 1.500€ cada, aos seguintes protocolos de investigação:

“Mecanismos de inativação do segundo alelo em tumores associados à Síndrome de Lynch: uma nova fronteira na abordagem diagnóstica e terapêutica?”, do IPO do Porto;

“The eye as a window to the body: towards an algorithm for heart failure characterization”, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A edição deste ano do Prémio MSD de Investigação em Saúde contou com mais de 100 candidaturas, submetidas por equipas e instituições científicas de 28 áreas de interesse, onde se destaca a Oncologia, a Cardiologia, a Endocrinologia e a Infeciologia, provenientes de 14 distritos.

O Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção criada pela MSD, em 2019, tem como objetivo destacar projetos diferenciadores que apresentam real impacto para o avanço e melhoria da saúde em Portugal, de forma a permitir a sua implementação, estimulando, assim, a investigação científica junto das faixas mais jovens que seguem a carreira médica.

Covid-19
A unidade de Santo Tirso do Centro Hospital (CHMA) registou 13 casos de infeção por covid-19 – sete profissionais de saúde e...

O CHMA explicou os casos foram identificados após a realização de um teste com resultado positivo “realizado a um doente assintomático, a que ia ser dada alta”. Este facto levou a realização de vários testes que revelaram a infeção de sete profissionais de saúde e seis doentes internados.  

Segundo fonte hospitalar, ainda vão ser realizados testes a "todos os doentes internados na Unidade de Santo Tirso, bem como a todos os profissionais que trabalham no internamento". Não obstante, o CHMA garante já foram tomadas todas as medidas necessárias nesta situação.

 

Prevenção Cardiovascular
A doença cardiovascular continua a ser a principal causa de morte na Europa e no mundo apesar de tod

A existência de uma pandemia não pode ser desculpa para deixar de lado os cuidados com o coração. Devemos ficar atentos aos sinais e sintomas e nunca adiar a ida ao serviço de urgência ou ao cardiologista caso surjam.

A existência dos fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado, obesidade, fumo de tabaco, diabetes, sedentarismo e a história familiar aumentam a probabilidade de evento cardiovascular, e são esses os principais fatores alvos na prevenção.

Outros fatores como etnias, questões sociodemográficas, alimentares e comportamentais também explicam a diferença de risco cardiovascular entre os países e ao longo da história.

O acesso a um serviço de saúde de qualidade, a preocupação da saúde pública com estilos de vida saudáveis e a prevenção cardiovascular são essenciais para o controle da doença cardiovascular em Portugal.

O evento coronariano agudo é muitas vezes a manifestação inicial da doença aterosclerótica. Desta forma, identificar as pessoas assintomáticas precocemente é o grande desafio da prevenção para mudar o curso da doença. Existem várias escalas para avaliação de risco em indivíduos, o mais conhecido é o de Framingham, que inclui a estimativa em 10 anos de surgimento de eventos coronarianos, cerebrovasculares, doença arterial periférica ou insuficiência cardíaca, levando em consideração vários fatores de risco: colesterol, hipertensão, idade, sexo, diabete e tabagismo.

Através destas escalas é possível determinar se o risco de eventos cardiovasculares é baixo, intermédio, alto ou muito alto e então propor uma terapêutica individualizada. Além disso, doentes que possuam vários fatores de risco ou já tiveram eventos cardiovasculares apresentam sempre risco elevado de novo evento e devem ser classificados de forma diferenciada.

São vários os fatores de risco modificáveis.

A dislipidemia (colesterol) é um deles, sendo a porção LDL o mais relevante fator de risco modificável para doenças da circulação. O seu aumento está diretamente relacionado com os hábitos alimentares e, em alguns casos, com alterações genéticas.

A principal terapia não farmacológica é a nutricional: perda de peso e a prática de atividade física regularmente. Quando essas mudanças não são suficientes então o cardiologista dispõe de medicações para ajudar a diminuir o colesterol, sendo importante ressaltar que o tratamento farmacológico não exclui a necessidade da terapia não farmacológica, pois elas são complementares.

Grandes estudos internacionais reforçam que uma dieta isenta de ácidos graxos trans trazem grandes benefícios para reduzir o risco cardiovascular. Outro vilão na dieta são os ácidos graxos saturados, que por mais importante que sejam para algumas funções biológicas o seu consumo elevado está associado a efeitos severos do ponto de vista metabólico e cardiovascular. A substituição parcial por ácidos graxos poli-insaturados (ómega 3 e ómega 6) mostrou uma redução de até 17% nos eventos cardiovasculares.

O modo de preparação de alguns alimentos tem grande influência no seu teor de poli-insaturados finais: o mesmo peixe pode ter uma diferença de 220x apenas mudando o seu tipo de confecionamento.

A “Dieta Mediterrânica”, muito conhecida para diminuição do colesterol, baseia-se num estilo de vida saudável que privilegia a atividade física regular e a ingestão de alimentos de origem vegetal. Nos outros patamares da pirâmide observam-se alimentos que devem ser menos consumidos, lembrando que a água

deve ser a bebida de eleição diária. Em Portugal adotou-se a “Roda dos Alimentos” ao invés do sistema de pirâmide, visto que a apresentação da dieta desta forma faz lembrar um prato e as refeições à mesa e em grupo, típicas da cultura mediterrânica.

A diabetes é outro grande fator de risco para as doenças do aparelho circulatório, devendo ser identificada o mais precoce possível a fim de evitar seus danos ao coração, como a fibrose do músculo cardíaco e as arteriopatias periféricas, complicação essa muito comum e que pode levar a amputação dos membros.

A hipertensão arterial (HTA) é a doença crónica mais relevante em todo o mundo, afetando cerca de 1/3 da população mundial. Em Portugal os números não são diferentes: estima-se que 30% da população seja hipertensa, desses apenas metade sabem que têm a doença e dos que sabem só 25% estão medicados. Esse número cai para 11% se formos avaliar os que estão efetivamente controlados.

A causa da HTA é multifatorial sendo influenciada por genes e por fatores ambientais. À medida que as pessoas envelhecem a sua tensão vai aumentando de forma expressiva. A grande dificuldade de um diagnóstico precoce é que a doença, na sua grande maioria, não apresenta sintomas. Esse é o motivo também da baixa adesão ao tratamento uma vez que na fase inicial não há alteração na qualidade de vida. Quando a doença se torna sintomática pode já estar numa fase mais avançada, causando tonturas, dores de cabeça e dores no peito.

Assim com a dislipidemia, o tratamento da HTA inicia com terapia não farmacológica, como atividade física regular, diminuição da ingestão de sal, hábitos alimentares, redução de stresse e redução de peso.

Algumas curiosidades:

1. O café, bebida muito presente no dia a dia dos Portugueses, apesar de ser rico em cafeína, uma substância com efeito pressórico agudo, possui polifenóis que favorecem a redução da pressão arterial. Estudos recentes mostram que a ingestão em baixa quantidade não está associada a incidência de hipertensão nem a elevação da pressão arterial.

2. O alho possui vários componentes bioativos que podem fazer uma discreta redução dos níveis tensóricos.

3. O chocolate amargo, com pelo menos 70% de cacau, também pode promover uma discreta redução da pressão arterial devido à alta taxa de poliferóis.

4. O consumo regular de álcool está associado a um aumento, de forma linear, dos níveis pressóricos.

5. Alguns estudos mostraram relação da doença hipertensiva em doentes com deficit de vitamina D, entretanto não se observou melhoria dos níveis tensóricos após reposição vitamínica.

Um aspeto importante é saber como medir a nossa tensão arterial, visto não termos o mesmo nível durante o dia todo. A nossa tensão é oscilável e influenciada por vários fatores externos, os quais temos que tentar reduzir quando formos aferi-la.

Em primeiro lugar devemos estar num ambiente tranquilo e com temperatura amena. Devemos repousar pelo menos 10-15 minutos, sentados e com pernas descruzadas antes de verificá-la. Não devemos ter consumido substâncias estimulantes 30 minutos antes, como café, álcool, tabaco ou refrigerantes nem ter realizado atividade física nos 60 minutos anteriores. Devemos evitar as roupas apertadas e a bexiga deve estar vazia. O braço deve estar sempre apoiado sobre a mesa. Os medidores de braço são preferíveis aos de pulso.

Uma tensão de 130/80 é considerada normal dependendo da idade.

O tabagismo está correlacionado com aumento de risco em mais de 25 doenças, inclusive as cardiovasculares que aumentam 2 a 4 vezes nos fumadores. Portugal possui uma alta incidência de tabagismo: cerca de 20-26% da sua população. Sabe-se que os fumadores têm em média 10 anos a menos de vida comparados com os não fumadores, uma vez que mesmo após a cessação tabágica as substâncias tóxicas e cancerígenas atuam até 5-10 anos.

O tabagismo é considerado a causa de morte mais evitável em todo o mundo. Entretanto sabe-se que não é fácil parar, o apoio familiar e de amigos no início é essencial. Algumas mudanças de rotina ajudam a diminuir a dependência psicológica, já a dependência química por vezes é mais difícil de se ultrapassar sozinho, necessitando nesses casos de medicamentos que diminuem os sintomas da abstinência como: irritabilidade, depressão, insónia e aumento do apetite.

O Enfare do Miocárdio

A principal complicação da doença aterosclerótica é o enfare do miocárdio.

O enfarte do miocárdio ocorre quando há uma obstrução das artérias coronárias, responsáveis por levar oxigénio e nutrientes ao músculo cardíaco, o faz com que essas células do coração morram caso a ausência do fluxo não seja reestabelecida com urgência. O enfarte do miocárdio é uma emergência médica e deve ser tratado de imediato: a sua mortalidade pode chegar a 10%.

O reconhecimento dos sintomas é de grande importância para o tratamento precoce, uma vez que antes de haver a obstrução total da artéria o coração já dá sinais de que não está a receber sangue suficiente.

O principal sintoma é a dor no peito tipo aperto, geralmente relacionada com esforços. Pode haver irradiação para dorso, pescoço, braço e mandíbula. Além desses sintomas podem estar associadas náuseas, suores frios, falta de ar, sensação de desmaios e tonturas. Entretanto uma população específica (mulheres, idosos e diabéticos) podem apresentar sintomas totalmente atípicos como dor epigastro ou na barriga.

Deve procurar-se um serviço de urgência ou ligar ao INEM caso esses sintomas persistam por mais de 5 minutos em repouso. O tratamento consiste em desobstruir a artéria coronariana, hoje tendo como principal método o cateterismo cardíaco associado a angioplastia, que se baseia no implante do “Stent” a fim de reestabelecer o fluxo de sangue. O grande fator prognóstico da doença é o tempo entre reconhecer o enfarte e a realização da angioplastia. Dizemos na cardiologia que o “tempo é músculo”. Quanto mais rápido agirmos, mais rápido se reestabelece o fluxo para o coração e, desta forma, menos músculo cardíaco é afetado, minimizando os danos ao coração e a sua força de contração.

As cirurgias cardíacas de revascularização (bypass) são reservadas àqueles doentes com várias lesões das artérias coronárias ou naqueles onde não se consegue realizar a angioplastia.

As consultas regulares com o cardiologista, assim como exames periódicos, como o ecocardiograma e a prova de esforço, são capazes de detetar precocemente a doença aterosclerótica antes que haja a obstrução total da artéria.

Recomenda-se pelo menos uma consulta anual com um médico cardiologista para pessoas de baixo risco. Já os doentes com vários fatores associados ou que já tiveram algum enfarte devem consultar o médico especialista pelo menos 2 a 3 vezes por ano para um controlo mais rigoroso dos seus fatores de risco.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência de Imprensa
O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, garantiu hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está preparado para...

Na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia, o governante revelou que, a nível nacional, a taxa de ocupação de camas em enfermaria para doentes com Covid-19 é de 72%, registando-se uma maior incidência na região Norte, onde é de 76%.

“O aumento de casos verificado nas últimas semanas coloca, e continuará a colocar, uma pressão significativa sobre todo o sistema de saúde e, em particular nesta fase, sobre a saúde pública”, afirmou Diogo Serras Lopes.

O Secretário de Estado da Saúde observou que, relativamente aos valores registados em abril, se verificam “menores incidências proporcionais” de internamento em enfermaria e também em Unidades de Cuidados Intensivos, bem como uma diminuição do tempo médio de internamento, relativamente a abril e maio.

Passados sete meses sobre os primeiros casos registados em Portugal, o Serviço Nacional de Saúde está mais bem preparado, quer ao nível do reforço de recursos humanos profissionais (mais de 5.000, entre os quais 1.700 enfermeiros), e de equipamento, quer na execução do plano outono/inverno, cuja versão consolidada deverá estar disponível no final da semana.

“A serenidade é, especialmente em momentos de crise, essencial para que a resposta que estamos a dar seja a melhor possível, perante a incerteza e a preocupação que todos sentimos”, defendeu.

 

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