Opinião
A pandemia obrigou a um novo confinamento e, mais uma vez, estamos confinados aos nossos lares, ao t

Diariamente, o medo entra pelas nossas casas. Não só pelo receio do desconhecido, do invisível inerente àquilo que é o vírus, mas também por esta pandemia de informação que assistimos cada vez que ligamos a televisão.

A juntar a isto, a pressão laboral é maior, exige-se mais e melhor. Para não falar daqueles, que, infelizmente, perderam os seus empregos e, como tal, viram-se desamparados, sem a sua única forma de sustento.

Desejamos que os nossos permaneçam sãos, que não sejam e que não sejamos infetados. Que o nosso amigo ou familiar que está no hospital vença o vírus, sem nenhuma mazela.

Fala-se que tudo vai ficar bem e os arco-íris passaram a ser os nossos amuletos, espelhados nas janelas das casas de uns e de outros, com mensagens de esperança. Mas e depois da Covid-19? O que resta? As noites sem dormir e o receio do futuro que se prevê incerto apoderam-se dos nossos lares, sem dó nem piedade. Levando-nos para outro problema igualmente grave e que poderá ser em determinados casos incapacitante: o stress.

Apesar de se tratar de um processo natural, que funciona como uma resposta de defesa do organismo face a agressões externas ou internas e pode ser muito útil em situações pontuais, passa a ser uma ameaça para a nossa saúde, quando se prolonga no tempo e se torna crónico.

Os sintomas estão à vista, mas como bons portugueses que somos tendemos a ignorá-los: os suores, as dores de cabeça, a fadiga, os distúrbios do sono, a desorientação e perda de memória, a irritabilidade e confusão mental, a dificuldade de concentração, a infelicidade, os pensamentos negativos, e o esquecimento.

A juntar a isto, o stress pode ter consequências a longo prazo, das quais fazem parte: as doenças cardiovasculares, disfunção sexual, as complicações gastrointestinais, a obesidade ou distúrbios alimentares e, ainda, problemas de pele e cabelo, como sejam o aparecimento precoce de rugas ou de calvície. Nas mulheres é ainda comum existirem alterações hormonais, como problemas menstruais.

Está igualmente comprovado que o stress e o medo, quando levado a níveis extremos, levam o organismo a reduzir os seus mecanismos de defesa, tornando-nos mais suscetíveis ao desenvolvimento de infeções.

De forma a prevenir situações extremas de stress, o Teste de Avaliação do Stress permite determinar se está a viver um padrão biológico de stress, a fase de stress em que se encontra e ainda alertá-lo para possíveis situações de Burnout (esgotamento profissional). Através de uma forma simples, rápida e segura sendo apenas necessária a recolha de quatro amostras de saliva para kit especial, em horas específicas do dia, de forma a fazer o doseamento de duas hormonas – cortisol e DHEA.

Nesta fase não deixe que o stress tome conta de si. Ao cuidar da sua saúde mental, está também a cuidar de si e dos que mais ama.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
29ª Reunião do Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promove amanhã, dia 23 de março, a 29ª...

O tema central da sessão será a importância e necessidade de aplicar a rastreabilidade e os standards GS1 às vacinas contra a Covid-19.

Nesse sentido, os participantes terão a oportunidade de ouvir falar em primeira mão sobre o caso de sucesso do projeto que está a ser implementado na Irlanda e ainda o testemunho de Espanha na Administração Pública em contexto de pademia.

Na segunda parte da reunião, o foco será mais local, com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela GS1 Portugal. Os temas abordados passarão pelas lições aprendidas sobre comunicação em contexto de pandemia e pela proposta apresentada às autoridades de saúde portuguesas para a aplicação dos standards GS1 na rastreabilidade das vacinas no nosso país.

Será também discutido o Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos - a Plataforma EUDAMED - e a codificação das unidades logísticas na distribuição de vacinas.

Na última parte da reunião, a GS1 Portugal apresentará ainda o projecto que tem em curso na Well’s, a insígnia da Sonae MC especializada em saúde, bem-estar e óptica, relativo à prestação de serviços de garantia da qualidade de dados, âmbito do serviço Validata, visando a promoção de eficiência ao longo da cadeia de abastecimento. O encontro digital terminará com uma sessão explicativa sobre o que é o Global Data Model e como pode ser aplicado ao setor da saúde.

A participação é gratuita, devendo os interessados inscrever-se através do envio de e-mail para [email protected], manifestando o seu interesse.

 

Dádivas benévolas de sangue
A norma que estabelece critérios de inclusão e exclusão de candidatos a dadores de sangue foi atualizada na passada sexta-feira...

Esta atualização surge na sequência da conclusão pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) do estudo sobre “Comportamentos de risco com impacte na segurança do sangue e na gestão de dadores: critérios de inclusão e exclusão de dadores por comportamento sexual”. Foi igualmente auscultada a sociedade civil no âmbito de um processo inclusivo e participativo. 

Assim, a avaliação das pessoas candidatas à dádiva de sangue realizada durante a triagem clínica é feita de acordo com os princípios da não-discriminação, previstos no art.º 13.º da Constituição da República Portuguesa e da Base 2 da Lei de Bases da Saúde, bem como na Resolução da Assembleia da República n.º 39/2010 de 7 de maio. Esta avaliação baseia-se nos critérios mínimos de elegibilidade, previstos na legislação em vigor, e na avaliação individual do risco relacionado com comportamentos da pessoa candidata à dádiva de sangue, com vista a garantir a segurança das pessoas recetoras. 

A atualização da Norma estabelece que a pessoa candidata a dádiva deve ser esclarecida e informada, de forma não-discriminatória, sobre os comportamentos com potencial exposição ao risco infecioso e as suas formas de prevenção, e estabelece os períodos de suspensão da dádiva iguais para todas as pessoas. 

 

 

 

Atendimento multidisciplinar
Hospital de Dia de Insuficiência Cardíaca por Teleconsulta do Hospital de Évora arrancou em dezembro de ano passado e,...

Desenvolvido pela equipa do Serviço de Cardiologia o projeto, considerado pelo HESE como “pioneiro no Alentejo”, começou a ser definido “há cerca de um ano”, devido à pandemia de covid-19.

Segundo o HESE, esta nova forma de consulta permite também “um atendimento multidisciplinar” em que “o doente é avaliado por uma equipa médica e de enfermagem que promove a sua saúde e autonomia”.

Esta teleconsulta destina-se aos doentes que sofrem de insuficiência cardíaca e que já são acompanhados pelo Serviço de Cardiologia do HESE, abrangendo toda a região do Alentejo. 

 

Sem necessidade de cirurgia cardíaca invasiva
Esta semana uma equipa de Cardiologistas da Cardiologia de Gaia realizou, pela primeira vez a nível mundial, um procedimento...

Para a realização deste procedimento uma equipa de apoio de médicos, engenheiros e técnicos voou propositadamente de Israel para cooperar no tratamento desta doente, num exemplo de cooperação internacional e de aposta da investigação e desenvolvimento ao serviço da saúde dos cidadãos.

O procedimento foi um sucesso e permitiu não só um avanço científico no tratamento dos doentes com esta patologia, mas também a melhoria da qualidade de vida desta doente. 

Este procedimento inovador foi realizado numa senhora de 78 anos, com uma insuficiência mitral grave e que tinha um risco cirúrgico muito elevado para fazer uma cirurgia clássica “de peito aberto”. Uma vez que não era possível a realização de cirurgia tradicional, a solução foi colocar um dispositivo de tratamento, chamado anel mitral, inteiramente por cateterismo (ou seja, através da perna) sem necessidade de fazer cirurgia clássica.

De forma mais pormenorizada, e conforme mostram as imagens e os vídeos em anexo, este procedimento pioneiro chamado de “anuloplastia completa percutânea” com um dispositivo chamado AMEND consiste primeiro na introdução de um cateter pela virilha que depois vai até ao coração e, uma vez lá, é implantado um anel à volta da válvula mitral com o objetivo de aproximar os folhetos e melhorar a competência da válvula reduzindo esta insuficiência. A doente recuperou muito bem e agora que se prepara a alta clínica, está bem disposta e melhorar significativamente dos sintomas de insuficiência cardíaca.  

Procedimento
O Serviço de Cardiologia do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães acaba de implantar pela primeira vez o pacemaker mais...

Segundo a informação veiculada, até agora, apenas o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital Santa Cruz) e o Centro Hospitalar Universitário São João tinham realizado este tipo de intervenções.

O dispositivo tem o tamanho de uma cápsula e é implantado de forma minimamente invasiva, substituindo os pacemakers tradicionais, estando indicado para o tratamento de doentes com bloqueio aurículo-ventricular de alto-grau, uma condição na qual os sinais elétricos entre as câmaras do coração (as aurículas e os ventrículos) ficam bloqueados. Desta situação podem resultar, entre outros, síncope ou morte súbita.

Atualmente os doentes com bloqueio AV são tratados com um pacemaker, implantado na parte superior do peito, subcutaneamente, a que são ligados pequenos fios elétricos (elétrodos) que são colocados através das veias dentro do coração, permitindo, assim, que a ligação elétrica entre as aurículas e os ventrículos seja restabelecida.

Este novo pacemaker, o mais pequeno do mundo, não necessita dos elétrodos, sendo colocado diretamente dentro do ventrículo direito, através de um pequeno acesso pela veia femoral direita. Não há, assim, a tradicional cicatriz cirúrgica, sendo ainda reduzido de um modo muito significativo os riscos associados à técnica tradicional.

Em comunicado, o Hospital da Senhora da Oliveira refere que o Serviço de Cardiologia não tem lista de espera para a implantação de dispositivos cardíacos para o tratamento de arritmias, tendo mesmo aumentado a sua atividade durante o ano de 2020.

O primeiro procedimento no Hospital da Senhora da Oliveira ocorreu no passado dia 17 de março e o doente já teve alta.

Testes rápidos de antigénio
A partir do fim do mês, todos os residentes nas freguesias de Lisboa com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, maiores de...

O anúncio por feito hoje por Fernando Medina, Presidente da Câmara de Lisboa, que adiantou que este programa vai arrancar apenas com um determinado conjunto de freguesias, embora seja  atualizado, semanalmente, consoante o número de novos casos de covid-19 registados.

Para já o programa de testagem será válido para quem vive nas freguesias de Ajuda, Alvalade, Arroios, Estrela, Marvila, Olivais, S. Vicente, Santa Clara, Santa Maria Maior e Santo António.

Os testes rápidos de antigénio vão ser realizados, por agendamento, nas farmácias aderentes ao programa, identificadas nas páginas oficiais da Câmara de Lisboa. 

Covid-19 em Portugal
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 11 mortes e 568 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e centro foram aquelas onde morreram mais pessoas com Covid-19, registando quatro mortes, cada uma, das 11 registadas em todo o País. Segue-se a região norte com dois óbitos e a região autónoma da Madeira com uma.

Nas restantes regiões do país não houve registo de mortes desde o último balanço. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 568 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 223 novos casos e a região norte 146. Desde ontem foram diagnosticados mais 104 na região Centro, 21 no Alentejo e no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 40 infeções e nos Açores 13.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 789 doentes internados, menos 39 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma nova descida, tendo agora menos cinco doentes internados. Atualmente, estão em UCI 182 pessoas.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.571 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 766.170 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 33.699 casos, menos 1.014 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 353 contactos, estando agora 14.915 pessoas em vigilância.

Mudar o paradigma
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje um conjunto de documentos que visam estimular e dar ferramentas para o...

Os documentos desenvolvidos pelo Núcleo sobre Género e Equidade em Saúde da Direção de Serviço de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS visam modificar o paradigma nestes domínios e promover serviços de saúde amigos dos homens/pais, reforçando o seu papel enquanto co(protagonistas) nas consultas de planeamento familiar, na vigilância da gravidez, nas consultas de saúde infantil e nas tarefas relativas a cuidar das crianças.

Com este objetivo, foi lançado o projeto IMPEC (Iniciativa Mobilizadora da Paternidade Envolvida e Cuidadora) que visa fomentar a evolução da cultura institucional, tradicional ainda persistente em muitos serviços de saúde, adequando a logística e concretizando formas de resposta às necessidades dos homens/pais, de modo cada vez mais adequado, consistente e continuado.

Este projeto elenca diversas áreas de atividade que a nível dos cuidados primários e serviços hospitalares representam oportunidades de eleição para o apoio e promoção da parentalidade envolvida e cuidadora.

As unidades de saúde podem ser consideradas Entidades de Saúde IMPEC ao cumprir um conjunto de requisitos, como a divulgação de mensagens ajustadas, a adequação da logística existente ou a preparação dos profissionais de saúde. Em 2020, foi iniciado um projeto-piloto desta iniciativa, que envolveu o Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras, que contou com a colaboração da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

 

 

Comunicado
Ainda que subscreva o conceito emitido pela Task Force de que “o princípio no processo de vacinação é a não escolha da vacina,...

Em comunicado, a SPP mostra que “acompanhou com preocupação a interrupção do processo de vacinação, devido às situações de distúrbios de coagulação ocorridas em indivíduos previamente vacinados com vacinas da AstraZeneca”. No entanto, e uma vez que quer a Organização Mundial da Saúde, quer a Agência Europeia de Medicamentos já reafirmou que a vacina é eficaz e segura, não existindo “informações suficientes sobre a associação das alterações da coagulação sanguínea com a administração das referidas vacinas”, a SPP “reafirma o seu empenho na vacinação contra a COVID-19 e na sensibilização da população para a campanha de vacinação em curso, disponibilizando para isso todos os recursos que sejam necessários por parte de uma sociedade científica".

No entanto, esta Sociedade Científica “manifesta-se absolutamente em desacordo com a coação e penalização exercida sobre os indivíduos convocados para vacinação no sentido de serem colocados no final da lista a vacinar no caso de manifestarem dúvidas sobre a vacina a administrar - dúvidas essas que foram induzidas e aprofundadas pela decisão precipitada que vários Estados, incluindo o português, de suspender a vacinação com a vacina da AstraZeneca”.

“Esta situação é penalizante para os indivíduos, para a sociedade em geral e para o SNS, dado que os indivíduos a vacinar nesta primeira fase são aqueles que tem maior risco de ao serem infetados desenvolverem doença grave e de maior associação à mortalidade, o que torna esta decisão ainda mais grave e desajustada”, justifica.

A SPP é, deste modo, “absolutamente contrária a qualquer medida de coação e de chantagem exercida sobre os indivíduos a vacinar, nomeadamente numa situação em que as dúvidas tem de ser entendidas após um processo em que foram colocadas questões sobre a segurança da vacinação induzidas pelas autoridades competentes que agora pretendem efetuar essa referida coação sobre os cidadãos”.

 

Impacto da pandemia na saúde oral
No âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala a 20 de março, o Atlas da Saúde quis saber d

Tendo em conta que a pandemia obrigou ao cancelamento de milhares de consultas e tratamentos em todas as áreas da saúde, qual o impacto que se espera que esta tenha tido sobre a saúde oral dos portugueses?

Infelizmente, a saúde oral dos portugueses pode ter sido em muitos casos impactada negativamente. Em março de 2020, a Clínica Médis tomou a iniciativa de suspender a sua atividade, salvaguardando a segurança de todos os pacientes e profissionais perante num cenário de total desconhecimento face à pandemia. Uns dias depois, o Governo suspendeu a atividade de medicina dentária, exceto situações consideradas urgentes.

A Clínica Médis reorganizou-se para encontrar e adquirir todo o equipamento de proteção individual (EPI) necessário, para atender e responder clinicamente aos pacientes que se enquadravam no critério de urgência, respeitando assim a normativa da DGS e Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Implementámos, nesse seguimento, ainda um sistema de vídeo e teleconsultas, onde realizámos uma triagem prévia de cada caso, com identificação do critério de urgência.

No entanto, foram muitos os portugueses que iniciaram tratamentos no início de 2020 e que, por conta da situação pandémica, não os concluíram. A somar a estes casos, estão também os pacientes que não tiveram oportunidade de dar início aos tratamentos, bem como os que foram adiando os seus tratamentos por não serem urgentes. Inevitavelmente, esta situação pode conduzir a problemas mais graves na saúde oral, e até com impacto mais sério a nível sistémico, comprometendo a saúde geral.

Desde a retoma da atividade, quais as principais queixas dos portugueses no que diz respeito à saúde oral?

A atividade foi retomada em maio do ano passado, e desde então que temos verificado um especial aumento dos casos de bruxismo (ranger os dentes) e de problemas ligados à articulação temporomandibular (A.T.M.), na sua grande maioria associados ao stress, ansiedade e incerteza no futuro, resultantes de toda a atualidade em que vivemos. Também identificamos pacientes com situações que não eram consideradas urgentes, pelo que não puderam ser atendidos entre março e maio do ano passado e que, quando regressaram, apresentaram quadros clínicos agravados, pelo que o número de tratamentos mais diferenciados também aumentou.

Que complicações podem surgir ao adiarmos as consultas de medicina dentária?

São várias as complicações que podem surgir quando adiamos a ida ao médico dentista. Tratamentos que são interrompidos causam vários constrangimentos. Destaco a dor, o sangramento principalmente das gengivas, a halitose (mau hálito) e o forte agravamento da condição clínica oral que, em certas situações, pode conduzir a perdas dentárias.

É relevante destacar que a doença da cavidade oral mais prevalente é a cárie. Se não for tratada numa fase inicial, podem ser necessárias intervenções clínicas mais invasivas.

Por estas razões, é fundamental realizar um diagnóstico precoce, também na medicina dentária, de modo a evitar tratamentos mais complexos, demorados, multidisciplinares e invasivos. Na Clínica Médis, apostamos muito no diagnóstico precoce, por isso temos os nossos pacientes acompanhados pelo médico dentista idealmente de 6 em 6 meses. Outro pilar da Clínica Médis é atuar na prevenção através da partilha de conhecimento dos médicos dentistas ajustada à idade do paciente.

Faz sentido as pessoas terem medo de ir ao dentista com medo da Covid-19? Que medidas de proteção são garantidas em consultório?

É seguro ir ao médico dentista. No início da pandemia, a medicina dentária foi obrigada a suspender a atividade pelo desconhecimento completo da doença, do seu comportamento e formas de transmissão. A medicina dentária está exposta a aerossóis por parte dos médicos dentistas, assistentes dentárias e dos pacientes. No entanto, a Clínica Médis implementou todas recomendações de higiene e segurança emitidas pela OMD e DGS, e reforçou os já rigorosos protocolos de proteção e assepsia, para que os pacientes e todo o staff se sintam em total segurança na Clínica Médis. Foram várias as medias adotadas, nomeadamente tapetes de desinfeção para sapatos à entrada da clínica, rigoroso protocolo de controlo dos pacientes na entrada da clínica, com medição da temperatura à chegada, higienização das mãos, colocação de acrílicos de proteção nos postos e gabinetes de atendimento, redução do número de lugares na sala de estar, consultas mais longas e espaçadas para permitir uma desinfeção ainda mais profunda do gabinete antes da consulta seguinte, médicos dentistas e assistentes dentárias totalmente equipados com EPIs que são trocados entre cada consulta. Demos ainda formação às equipas sobre procedimentos de segurança e aumentamos as auditorias internas para certificação do cumprimento rigoroso das medidas de proteção e segurança. É por isso seguro ir ao médico dentista em toda a rede Clínica Médis.

Num âmbito mais geral, quais os principais cuidados que os portugueses devem manter com a sua saúde oral?

Para manter a saúde oral, os portugueses necessitam garantir uma boa higiene oral e um acompanhamento regular de um médico dentista de preferência de 6 em 6 meses.

Para manter uma boa higiene oral diária é necessário escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, cerca de 30 minutos após as refeições, recorrer a uma escova e uma pasta dentífricas ajustadas à sua condição, seguindo o conselho do profissional de saúde. A utilização do fio dentário uma vez por dia é fundamental para completar a correta higiene. Os pacientes com tratamentos ortodônticos devem cumprir todas as recomendações que o médico indicou, tendo em conta os aparelhos que possuem em boca. O mesmo cuidado estende-se aos pacientes com próteses fixas e removíveis que devem seguir as orientações do seu médico dentista. Por fim, destaco as crianças: é fundamental motivá-las para a prevenção, sendo a higiene oral diária um desafio interessante para crianças e pais. O médico dentista pode ajudar na reeducação alimentar adequada a dentes saudáveis, bem como sugerir as melhores técnicas e produtos do mercado para os mais novos.

Quais os principais sinais de alerta aos quais devemos estar atentos?

Devemos estar atentos aos sinais de alerta de todas as estruturas que temos dentro da boca: os dentes, a língua, gengivas, palato (céu da boca) e bochechas. Caso exista desconforto (de qualquer tipo), dor, hemorragia, manchas nos tecidos, fratura dentária, traumatismo na boca ou edema (inchaço), deverá agendar uma consulta urgente no seu médico dentista para que possa fazer o diagnóstico e obter o tratamento mais adequado.

No âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral, que mensagem gostaria de deixar?

Aproveito este dia para sensibilizar para a importância de uma boca saudável, não só dentes como todas as restantes estruturas da cavidade oral. É fundamental não adiar a saúde oral e manter o foco na prevenção, no cuidado e tratamento das alterações que possam ocorrer. Com um diagnóstico precoce, teremos sempre tratamentos menores, mais céleres e menos invasivos para o paciente. Nunca esquecer que a saúde oral está diretamente ligada à saúde geral, pelo que devemos cuidar de ambas de igual forma e com o mesmo carinho.

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Decisão após garantias da EMA
As autoridades de saúde portuguesas decidiram retomar a administração da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, após o...

“O plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne à vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira. Vamos retomar o plano, acelerando-o”, afirmou o coordenador da ‘task force’ para a vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, numa conferência de imprensa em que esteve também presente o presidente do Infarmed, Rui Ivo, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Por sua vez, a Diretora-Geral da Saúde considerou que a suspensão da vacina, ao abrigo do princípio da precaução, foi uma decisão de saúde pública. Segundo Graça Freitas, esta pausa da utilização da vacina da AstraZeneca é “facilmente recuperável e não vai impactar significativamente no esforço de vacinação”.

 

No âmbito da pandemia Covid-19
A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano recebeu, no início deste mês de março, 19 camas destinadas ao serviço de...

As 19 camas articuladas, 38 guardas metálicas universais, 19 colchões anti-escaras,19 suportes de soro, foram doadas no âmbito do projeto INICIATIVA ACONCHEGAR, uma iniciativa conjunta da Fundação São João de Deus e da International Association of Microsoft Channel Partners – IAMCP Portugal (associação de Parceiros Microsoft em Portugal).

De acordo com a ULSLA, “esta oferta permitiu não só aumentar a capacidade de resposta da Nossa Instituição no combate ao SARS-COV 2, mas também melhorar a prestação de cuidados e o conforto dos nossos doentes nesta fase tão desafiante que atravessámos”.

E acrescenta: “o Conselho de Administração da ULSLA gostaria, desta forma, de deixar o mais profundo agradecimento às entidades envolvidas neste projeto pela oferta que veio possibilitar a abertura de um serviço de internamente para doentes portadores de infeção por SARS-COV2”.

 

EXPERT3D
Tratando-se de um programa inovador de formação teórica e prática baseada em imagens para diagnóstico para a aquisição de...

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) integra um projeto de formação em imagens e impressão 3D (EXPERT3D), em parceria com o Hospital Sant Joan de Déu de Barcelona (líder do projecto), a Philips Electronics Nederland B.V. e o Institut de Formació Contínua IL3.

Segundo o centro hospitalar, “o recrutamento para esta formação começou em janeiro de 2020 através do website do projeto. O programa foi divulgado através da rede EIT Health, em congressos nacionais e internacionais, parcerias com sociedades e empresas científicas europeias, o que assegurou o recrutamento a partir de toda a Europa. Cada parceiro participou em atividades de Comunicação e Divulgação e foi responsável pelo recrutamento de estudantes locais”.

No total, foram selecionados para esta segunda edição, 52 participantes, dos quais, 23 na edição de Barcelona, 10 na edição de Nápoles e 19 na edição de Coimbra, Riga e Heidelberg.

A seleção dos participantes teve em conta o seu curriculum vitae e carta de motivação, com base no seu perfil profissional, conhecimentos especializados e demonstração da aplicabilidade em atividades profissionais. A seleção final teve lugar numa reunião diretiva liderada pelo Hospital San Joan de Déu (Barcelona)

O programa abrangeu estudantes de 15 nacionalidades, com destaque para os radiologistas (30,7%) e engenheiros (19,2%). O número de participantes por perfil profissional contou com 16 radiologistas, 10 da área de engenharia/tecnologia da informação, 8 de engenharia biomédica/ciências, 7 cirurgiões, 7 estudantes, 2 técnicos de imagem e 2 de outras especialidades clínicas, explica o CHUC.

 

 

Combate à Covid-19
O presidente do Instituto Nacional Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando de Almeida, vai coordenar a task force criada...

De acordo com a informação avançada pelo Serviço Nacional de Saúde, o mandato deste grupo de trabalho tem a duração de seis meses, sendo renovável em função do progresso da operacionalização do Plano de Testagem.

A task force é integrada por um núcleo de coordenação e por entidades de apoio técnico. Além do presidente do INSA, fazem parte do grupo de trabalho elementos a indicar pelo Ministério da Saúde, pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge, pela Direção-Geral da Saúde, pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), pelo Infarmed e pelas Administrações Regionais de Saúde.

Elementos da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), da Cruz Vermelha Portuguesa e do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) vão prestar apoio técnico e logístico ao grupo recém-criado.

O objetivo desta task-force é “assegurar a definição, sob a liderança do INSA e da DGS, do plano testagem em Portugal, e a preparação, sob a liderança do INSA, com a colaboração ativa do Infarmed, da SPMS e do SUCH, do plano de gestão da reserva estratégica de testes, incluindo a armazenagem e conservação”.

Cabe a este grupo ainda a criação de “um plano de comunicação com a população sobre a testagem massiva à covid-19, tendo em vista a disponibilização de informação, de forma objetiva, clara e transparente sobre o processo”.

 

Principais distúrbios do sono
O sono é um estado de repouso fundamental para o ser humano que tem impacto na saúde, bem-estar, equ

A privação de sono pode ter um impacto negativo em todos os sistemas do nosso corpo. Dificulta a manutenção da vigília, da atenção e da concentração, aumenta o tempo de reação e o risco de acidentes e provoca alterações de humor, instabilidade emocional e irritabilidade. Estudos científicos evidenciaram ainda uma relação significativa entre a falta de sono e múltiplas condições clínicas, como a obesidade, a diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão, o enfarte agudo do miocárdio, a demência de Alzheimer e a disfunção erétil. A privação de sono tem também um impacto negativo no nosso sistema imunitário. Por tudo isto devemos valorizar o nosso sono e criar condições para que este seja de qualidade e quantidade suficientes.

Existem dezenas de distúrbios do sono e o diagnóstico adequado é um passo fundamental para uma abordagem bem-sucedida.

A insónia é o distúrbio do sono mais frequente no adulto, podendo apresentar-se na forma aguda (inferior a três meses) ou crónica (superior a três meses). Quem sofre de insónia pode apresentar dificuldade em iniciar o sono (insónia inicial) sendo esta a queixa mais frequente. No entanto existem outras formas de insónia, igualmente perturbadoras, como a dificuldade em manter o sono (insónia intermédia), a dificuldade em dormir até à hora pretendida (insónia terminal) ou, com menor frequência, uma sensação inespecífica de sono não reparador. Apesar de afetar até cerca de 50% da população, continua a ser pouco diagnosticada e pouco acompanhada por profissionais competentes.

A apneia do sono é outra perturbação do sono com elevada prevalência e que tem vindo a receber atenção crescente pela comunidade médica. Quem sofre de apneia do sono habitualmente ressona e apresenta paragens respiratórias durante o sono. Estes episódios são responsáveis por interrupções do sono, pela diminuição do sono profundo e por uma oxigenação deficiente durante a noite. A associação da apneia do sono a doenças como a hipertensão arterial, o acidente vascular cerebral (AVC) e o enfarte agudo do miocárdio tornam esta doença particularmente preocupante. Existe, também, uma forte associação entre a apneia do sono e a disfunção eréctil, razão pela qual alguns especialistas recomendam o rastreio de apneia de sono em doentes diagnosticados com esta patologia.

A síndrome das pernas inquietas é uma doença do movimento relacionada com o sono que se caracteriza por uma sensação de desconforto e desejo irresistível de mover as pernas e/ou os braços. Os sintomas ocorrem predominantemente em repouso e ao final do dia, dificultando o início e a manutenção do sono. É uma doença crónica com impacto negativo na qualidade de vida e que habitualmente agrava com o tempo. Felizmente a promoção de alterações de estilo de vida e comportamentos bem como intervenções farmacológicas permitem um controlo eficaz deste distúrbio.

A sonolência diurna excessiva (ou hipersónia) caracteriza-se pela incapacidade de a pessoa permanecer acordada ou alerta durante os principais períodos do dia, traduzindo-se em sonolência e períodos de adormecimento

incontroláveis e não intencionais. Esta pode ser resultado de outras patologias, como a apneia do sono, mas também do uso de medicamentos. Excluídas estas causas é necessário considerar a possibilidade de uma hipersónia primária, sendo o exemplo mais típico a narcolepsia.

Existem, ainda, outras perturbações do sono que importa diagnosticar e tratar, entre as quais se destacam as alterações do ciclo sono-vigília (como por exemplo o jetlag), e as parassónias, vulgarmente conhecidas como sonambulismo.

O diagnóstico e tratamento dos distúrbios do sono deverá, idealmente, passar por uma equipa multidisciplinar que inclua médicos especialistas em medicina do sono e de outras especialidades, pois só assim se constroem soluções adequadas a cada caso particular.

Deve pensar em procurar ajuda especializada quem apresentar cronicamente dificuldade em adormecer, acordar a meio da noite ou mais cedo do que o pretendido, apresentar paragens respiratórias ou engasgamentos durante a noite, sentir sonolência durante o dia, precisar de dormir progressivamente mais horas do que o habitual para ter energia, sentir dificuldade de concentração, desatenção ou irritabilidade. Apesar da existência de vários medicamentos usados em doentes com queixas relacionadas com o sono, não se deve nunca recorrer à automedicação, pois na maioria dos casos os resultados não são satisfatórios, podendo mesmo ocorrer efeitos adversos.

Alguns conselhos, práticos e simples, podem ajudar a promover uma boa noite de sono. Um dos mais importantes assenta na criação de rotinas, nomeadamente horários para acordar e para deitar. Procurar a exposição solar, no período da manhã, ajuda na regulação do nosso ritmo circadiano. Realizar atividade física regular, preferencialmente nas primeiras horas do dia, promove um sono de qualidade. É também importante reduzir o consumo de bebidas cafeinadas ou açucaradas, evitar refeições pesadas ao jantar e não fumar ou beber bebidas alcoólicas nas últimas 4 horas antes de ir para a cama. A exposição à luz dos écrans dos dispositivos eletrónicos deve ser evitada nas últimas horas antes de adormecer, pois pode inibir a secreção de melatonina, uma das hormonas responsáveis pela regulação do sono. Em alternativa, atividades que promovam o relaxamento, como um banho de água quente 1 a 2 horas antes de adormecer ou momentos de leitura podem ajudar a ter uma boa noite de sono. Criar um ambiente confortável para potenciar o sono é fundamental - para isso devemos dormir num espaço escuro, silencioso e com uma temperatura adequada (idealmente 16-20ºC).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nova consulta
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste vai abrir uma consulta específica de pneumologia para doentes que, tendo necessitado...

Segundo a ULS, a consulta, que arranca no mês de abril, inclui a realização de provas funcionais respiratórias e a respetiva avaliação por um médico pneumologista. 

Em comunicado esta unidade refere que esta consulta será fundamental “para identificar de forma precoce e adequada eventuais sequelas respiratórias da Covid-19 que necessitem de intervenção adicional – seja em ambulatório hospitalar ou através dos cuidados de saúde primários – com vista à reabilitação e completa recuperação do doente”.

Além da forte aposta na prevenção, na deteção, na contenção e no tratamento da Covid-19, a ULS do Nordeste “está, pois, igualmente empenhada no processo de completo restabelecimento e melhoria da qualidade de vida após a doença”, sublinha.

 

Parceria com European Innovation Council
O Grupo José de Mello organizou esta semana, em parceria com o European Innovation Council (EIC), estrutura da Comissão...

O EIC Procurers Day by José de Mello Group, que decorreu em formato virtual nos dias 17 e 18, constituiu uma oportunidade única para algumas das mais disruptivas startups europeias, entre as quais três portuguesas, interagirem com as equipas de inovação da Brisa, CUF e José de Mello Residências e Serviços (JMRS).

Na abertura do EIC Procurers Day by José de Mello Group, Salvador de Mello, presidente executivo do Grupo José de Mello, sublinhou que “esta importante iniciativa tem como principais objetivos desafiar as startups a apresentarem ideias e soluções inovadoras nas áreas da mobilidade, saúde e envelhecimento e também identificarem novas oportunidades de colaboração.”

Por seu lado, Jean-David Malo, diretor-geral de Inovação do EIC, considerou que “é importante reconhecer o papel crucial do ecossistema de inovação, através das suas empresas, empreendedores e investigadores”, acrescentando que “as grandes empresas desempenham um papel fundamental enquanto adjudicantes de inovação.”

O EIC Procurers Day powered by José de Mello Group recebeu a candidatura de 125 startups, de 23 países, tendo sido selecionadas 37 empresas pelas equipas de inovação da Brisa, CUF e JMRS.

Este tipo de iniciativas promovidas em parceria com o EIC procuram acelerar a entrada de startups no mercado, aproximando-as de grandes empresas para que explorem potenciais parcerias, tal como sucede com o Grow, criado em 2017 com o propósito de reforçar a ligação das empresas do Grupo José de Mello ao ecossistema de startups.

 

Técnica inovadora
Implementada no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, desde Julho de 2020, e com mais de 40 doentes já...

A cirurgia endoscópica da coluna é, assim, uma técnica inovadora que, embora já se realize, há alguns anos, em países como a Alemanha, Coreia do Sul e Japão, em Portugal conta apenas com 2 ou 3 anos de existência, permitindo tratar hérnias e estenoses lombares, a partir de uma incisão inferior a 1 cm, através da qual é inserida uma cânula milimétrica que integra uma câmara, para visualização das estruturas anatómicas a tratar, sem lesar os tecidos adjacentes, que devem ser preservados.

O precursor desta técnica cirúrgica no CHUCB, é Alfredo Carvalho, médico especialista de ortopedia, com formação na área da coluna, realizada durante o internato partilhado entre o CHUCB e o Hospital de S. João, e ainda com formação na área específica da endoscopia da coluna, realizada na Alemanha.

O sucesso e resultados para o doente, alcançados através desta abordagem cirúrgica, têm sido de tal forma reconhecidos, que o Diretor do Serviço de Ortopedia, Dr. António Figueiredo, seguindo as diretrizes do próprio hospital, sente-se regozijado com esta aposta e refere ter “o dever de estimular e aproveitar os talentos que tem na equipa e ainda dar oportunidades a quem mostra estar a seguir com passos firmes”, como é o caso deste jovem médico, que em tão curto espaço de tempo se transformou numa referência em endoscopia da coluna, a nível nacional.

No âmbito da excelência do trabalho desenvolvido até aqui, “está assim previsto, como hospital pioneiro que foi, o CHUCB vir a ser nesta área, um centro de referência ibérico, onde outros colegas possam vir aprender a técnica”, conclui o diretor do serviço. Situação de resto que já não é nova, pois o Hospital está já a receber médicos de neurocirurgia e ortopedia de outros hospitais, que aqui têm vindo aprender, para implementar a técnica nas suas unidades de saúde, e encontrando-se já várias formações agendadas no decorrer das próximas semanas.

Para o jovem ortopedista, natural de Celorico de Basto, mas por cá estabelecido desde que fez o internato médico na Covilhã, o interesse pela área da coluna surgiu com a necessidade sentida em dar resposta, eficaz e atempada, a um número elevado de doentes que todos os dias lhe chegam com patologias da coluna, nomeadamente, hérnias discais e canais estreitos lombares, patologias em que a cirurgia endoscópica é particularmente recomendada.

Considerando os excelentes recursos físicos e materiais do CHUCB, pois “todo o material de base para estas cirurgias já existia no hospital, o material específico foi rapidamente conseguido, o próprio bloco foi renovado há pouco tempo e há poucos meses foi adquirido um aparelho de RX topo de gama”, Alfredo Carvalho destaca o apoio e confiança que tem recebido neste centro hospitalar, considerando mesmo que “muitas vezes nos hospitais centrais é mais difícil começar com técnicas novas e sobretudo especialistas em início de carreira terem acesso a essas oportunidades”.

Com todos estes benefícios, e uma taxa de sucesso na ordem dos 85%, no que respeita a doentes muito satisfeitos, pós-cirurgia laparoscópica da coluna, esta é, para os especialistas, uma técnica em expansão, aplicável a pessoas de todas as idades, e possível de realizar em ambulatório, pelo que, dentro em breve o CHUCB vai iniciar a realização deste procedimento em regime de ambulatório, permitindo ao doente sair do hospital, no próprio dia da cirurgia e pelo próprio pé.

Alerta para a importância do sono
Os efeitos da pandemia por Covid-19 - com os receios em relação à saúde pessoal e familiar, a incerteza em relação ao futuro,...

“O sono é um processo complexo em que ocorrem múltiplas funções que são benéficas para corpo e mente. A privação do sono ou o sono de má qualidade, tem impacto na qualidade de vida e as manifestações podem ser diversas, desde sonolência diurna, irritabilidade, alteração do humor ou perturbação da atenção com interferência na aprendizagem”, referem Susana Sousa e Sílvia Correia, da SPP.

Nuno Markl associa-se a esta sensibilização da SPP para a importância de levar o sono a sério - “dormir é tão importante como o exercício físico. Sejam os maiores atletas nesta modalidade!”, aconselha o radialista e humorista que participou num vídeo alertando para esta mesma importância.

Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia o período de pandemia pode ser encarado como um tempo de reflexão e de adoção de medidas para um estilo de vida saudável – no qual deve estar incluída uma boa noite de sono. É ainda importante estar atento a eventuais sintomas de doenças do sono entre as quais se incluem a insónia (dificuldade em iniciar, manter o sono ou em acordar mais cedo com a sensação de sono insuficiente) e a apneia do sono (sinais e sintomas mais frequentes - ressonar, pausas na respiração presenciadas pelo parceiro, sonolência diurna excessiva). 

 

 

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