Vacinação

Reino Unido lança ensaio para testar terceira dose da vacina contra a Covid-19

O ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou esta manhã que cerca de 3.000 voluntários vão participar de um estudo pioneiro com o objetivo de perceber quanto tempo dura a imunidade após as várias doses de vacina e se, com uma injeção extra, a imunidade da população pode ser projetada para o próximo inverno.

Para realizar o estudo, que será liderado pela Fundação Hospitalar Universitária da Universidade de Southampton, pertencente ao Sistema Nacional de Saúde Pública, o Governo britânico concedeu uma subvenção de cerca de 23 milhões de euros. No total, 2.886 pessoas vão receber esta terceira dose no o início de junho, altura em que a campanha de vacinação a nível nacional vai vacinar o grupo etário entre os 34 e os 30 anos com a primeira dose.

Os voluntários para o estudo fazem parte das faixas etárias mais altas, já que os mais novos ainda não terminaram ou ainda nem iniciaram o seu ciclo de vacinação. Uma vez vacinados com essa terceira dose, considerada como um 'potenciador' dos benefícios, serão monitorizados através de estudos sanguíneos nos dias 28, 84, 308 e 365 para comparar a quantidade de anticorpos disponíveis em comparação com aqueles que receberam apenas duas injeções.

"Alguns grupos etários podem não precisar de um aumento da vacina enquanto outros vão precisar. O que estamos a tentar fazer não é ditar se uma vacina é melhor do que outra, mas se vale a pena colocar uma terceira dose e, nesse caso, qual a mais adequada", explica o professor Saul Faust, investigador principal do estudo na Universidade de Southampton.

Os efeitos colaterais destas terceiras doses, segundo Fausto, não põem em perigo a vida de voluntários, mas, no pior dos casos, podem causar febres altas ou dores nas articulações, por exemplo. "Peço a todos os que receberam ambas as doses e que sejam elegíveis para serem eleitos para avançar a inscreverem-se neste estudo, porque ajudarão a proteger as pessoas mais vulneráveis deste país e do resto do mundo nos próximos anos", apelou o ministro da Saúde britânico.

 

 

Fonte: 
El Mundo
Nota: 
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