Saiba evitar riscos
Em viagem, o viajante contacta com novos ambientes e agentes transmissores de doenças que podem por

Ao viajar, as pessoas ficam expostas a riscos maiores do que os existentes no seu local de origem, por isso o aconselhamento médico é uma etapa importante no planeamento de uma viagem.

Certo é que o risco de adoecer depende de factores como a susceptibilidade do indivíduo - influenciada por antecedentes vacinais e de doenças, doenças concomitantes e utilização de medicamentos – bem como das características da viagem programada - roteiro, época do ano, duração, tipo de actividade, condições de alojamento, disponibilidade de assistência médica.

Existem viajantes que, pelas suas condições especiais, precisam de aconselhamento médico e precauções especiais, assim como informação adequada sobre os serviços médicos disponíveis no destino da viagem. Falamos dos recém-nascidos, crianças jovens, mulheres grávidas, idosos, deficientes com incapacidade física ou indivíduos com doenças pré-existentes.

Assim, antes de viajar, os indivíduos com doenças crónicas devem consultar seu médico, informar-se sobre a qualidade da assistência médica no local de destino e certificar-se das coberturas do seguro de viagem.

Em termos gerais, os riscos para o viajante são maiores em países e regiões menos desenvolvidas. Constitui, no entanto, um equívoco presumir que nos países desenvolvidos os riscos sejam inexistentes. Em todos os países, em maior ou menor grau, podem existir condições que impliquem riscos para a saúde do viajante. Os padrões de riscos são desiguais entre países e, dentro de um país, podem haver diferenças consideráveis entre regiões, cidades e até mesmo entre os bairros de uma mesma cidade.

É importante ter em conta mudanças possíveis, como as condições climáticas, o fuso horário, a alimentação, a altitude e a existência de microrganismos que podem ser causa doenças infecciosas. Estas mudanças, associadas ao stress, à fadiga, às condições do meio de transporte, à idade e à presença de problemas de saúde prévios, podem representar um risco para a saúde do viajante.

Por outro lado, a exposição a condições ambientais adversas, como variações da pressão atmosférica, redução do nível de oxigénio em regiões de elevada altitude, exposição excessiva à luz solar, extremos de temperatura (calor ou frio), pode resultar em riscos potenciais para a saúde dos viajantes.

Também o desconhecimento dos hábitos locais e dos riscos de violência e acidentes, que são peculiares para cada região, associada a uma desinibição (sensação de anonimato), que é comum nos viajantes, pode facilitar a ocorrência de transtornos durante a viagem.

Especial atenção à realização de actividades aquáticas não habituais (natação, mergulho, passeios de barco), muito comum durante as viagens, principalmente entre os mais jovens, pois o afogamento é a segunda causa mais comum entre os viajantes.

As viagens aéreas estão associadas com barotrauma (lesão ou dor que afecta sobretudo o ouvido médio), cinetose (enjoo de movimento), alteração dos ritmos circadianos (jet-lag), distúrbios de comportamento, doenças tromboembólicas, e despressurização.

Os viajantes devem ter igualmente em atenção a distúrbios mentais pré-existentes, pois podem ser exacerbados devido ao stress ou, em pessoas predispostas, podem ser desencadeados pela primeira vez. Os distúrbios mentais são um dos principais problemas de saúde relacionados com as viagens, e as emergências psiquiátricas são uma das razões mais comuns para evacuação aérea dos viajantes.

Já referido, anteriormente, existe o risco (elevado em determinados destinos) de contrair doenças infecciosas no local de destino, mas pode ser evitado/diminuído quando os viajantes estão devidamente informados sobre os perigos, adoptando medidas de protecção, bem como, através da vacinação e medicação profiláctica – quando indicada.

É da responsabilidade do viajante a procura de informação, a consciencialização dos riscos envolvidos e a toma das precauções necessárias à viagem. Para isso, nada melhor do que marcar uma consulta médica de aconselhamento – consulta do viajante - preferencialmente, 4 a 6 semanas antes da partida.

Nestas consultas, existentes em todo o país, o médico intervêm no aconselhamento geral, nas recomendações sobre a vacinação e à medicação, na avaliação do risco para o viajante individual. Tem em consideração a probabilidade de este vir a contrair uma infecção ou doença e o impacto da sua gravidade no mesmo.

Para cada doença considerada é também realizada uma avaliação relativamente à disponibilidade e comodidade da quimioprofilaxia, bem como os respectivos efeitos secundários e a qualquer risco de saúde pública associado (por ex. risco de infectar a comunidade).

O médico intervém ainda na composição do estojo médico e artigos de higiene pessoal de acordo com as possíveis necessidades e duração da viagem, assim como nas precauções de segurança em caso de perda ou roubo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
As defesas do organismo
O sistema imunitário tem a função de nos manter saudáveis e livres dos agentes agressores.

O nosso organismo possui mecanismos de defesa para combater os diferentes agentes que podem invadir o organismo e provocar infecções, ou mesmo reacções alérgicas. As defesas do organismo contra a infecção incluem barreiras naturais, como a pele, mecanismos inespecíficos, como certos tipos de glóbulos brancos e a febre, e mecanismos específicos, como os anticorpos.

Assim, a função do sistema imunológico é a de reconhecer os agentes agressores e defender o organismo da sua acção. Em regra, se um microrganismo atravessa as barreiras naturais do corpo, os mecanismos de defesa específicos e inespecíficos destroem-no antes que se multiplique. No entanto, por vezes, o sistema imunitário excede-se e ataca as células do próprio organismo e neste caso causar as chamadas doenças auto-imunes, como, por exemplo, a artrite reumatóide. Outras vezes, o sistema imunitário identifica certos alimentos habitualmente inofensivos, como morangos ou marisco, como invasores, produzindo anticorpos contra esse alimento específico e provocando uma reacção alérgica.

O sistema imunitário é constituído pela medula óssea, glândulas do timo, gânglios linfáticos e baço e ainda pela pele, pulmões e tracto gastrointestinal. Em conjunto, formam um elaborado sistema de defesa que protege o corpo da invasão de substâncias estranhas, como bactérias e vírus.

Para além de organizado, o sistema imunitário também tem boa memória e se um mesmo micróbio, bactéria ou outro agente agressor entrar no organismo são activadas, de imediato, as células de memórias (um determinado tipo de linfócitos) que rapidamente se reproduzem para combater o invasor. É, também, este tipo de resposta que o organismo gera quando é afectado por um microrganismo contra o qual a pessoa se vacinou previamente.

Barreiras naturais
Geralmente a pele evita a invasão de muitos microrganismos, a menos que esteja fisicamente danificada devido, por exemplo, a uma lesão, à picada de um insecto ou a uma queimadura.

Outras barreiras naturais eficazes são as membranas mucosas, como os revestimentos das vias respiratórias e do intestino. Geralmente estas membranas estão cobertas de secreções que combatem os microrganismos. Por exemplo, as mucosas dos olhos estão banhadas em lágrimas, que contêm uma enzima chamada lisozima. Esta ataca as bactérias e ajuda a proteger os olhos das infecções.

As vias respiratórias filtram de forma eficaz as partículas do ar que se introduzem no organismo. Os canais tortuosos do nariz, com as suas paredes cobertas de muco, tendem a eliminar grande parte da substância que entra. Se entretanto um microrganismo atinge as vias aéreas inferiores, o batimento coordenado de umas saliências semelhantes a pêlos (cílios) cobertas de muco transportam-no para fora do pulmão. A tosse também ajuda a eliminar esses microrganismos.

Por outro lado, o tubo gastrointestinal dispõe de uma série de barreiras eficazes, que incluem o ácido do estômago e a actividade antibacteriana das enzimas pancreáticos, da bílis e das secreções intestinais. As contracções do intestino (peristaltismo) e o desprendimento normal das células que o revestem ajudam a eliminar os microrganismos prejudiciais.

Também o aparelho geniturinário masculino encontra-se protegido pelo comprimento da uretra (cerca de 20 cm). Devido a este mecanismo de protecção, as bactérias não costumam entrar na uretra masculina, a menos que sejam ali introduzidas de forma não intencional, através de instrumentos cirúrgicos. As mulheres contam com a protecção do ambiente ácido da vagina. O efeito de arrastamento que a bexiga desencadeia no seu esvaziamento é outro dos mecanismos de defesa em ambos os sexos.

Nos indivíduos cujas barreiras naturais estejam debilitadas estão, certamente, mais vulneráveis a certas infecções. Por exemplo, pessoas cujo estômago não segrega ácido são particularmente vulneráveis à tuberculose e à infecção causada pela bactéria Salmonella.

O equilíbrio entre os diferentes tipos de microrganismos na flora intestinal residente também é importante para manter as defesas do organismo. Por vezes, um antibiótico tomado para uma infecção localizada em qualquer outra parte do corpo pode quebrar o equilíbrio entre a flora residente, permitindo assim que aumente o número de microrganismos que causam doenças

Mecanismos de defesa inespecíficos
Qualquer lesão, incluindo uma invasão de bactérias, causa inflamação. A inflamação serve, parcialmente, para encaminhar certos mecanismos de defesa até ao ponto onde se localiza a lesão ou a infecção. Com a inflamação, aumenta o débito sanguíneo e os glóbulos brancos podem atravessar a parede dos vasos sanguíneos e dirigir-se à zona inflamada com maior facilidade. O número de glóbulos brancos (principais s actores da resposta imunitária) na corrente sanguínea também aumenta, já que a medula óssea liberta uma grande quantidade desses glóbulos que tinha armazenada e, de imediato, começa a produzir mais. Existem diversos tipos de glóbulos brancos, cada um com o seu papel específico.

Todavia, estes mecanismos inespecíficos de defesa podem ser ultrapassados por uma grande quantidade de microrganismos invasores, ou por outros factores que reduzam as defesas do corpo humano.

A febre, definida como uma elevação da temperatura corporal superior aos 37,7ºC (medidos com o termómetro na boca), é, também e, na realidade, uma resposta de protecção perante a infecção e a lesão. A elevada temperatura corporal estimula os mecanismos de defesa do organismo ao mesmo tempo que causa um mal-estar relativamente pequeno ao indivíduo.

Normalmente, a temperatura corporal sobe e baixa todos os dias. O ponto mais baixo é atingido às 6 horas da manhã e o mais alto entre as 4 e as 6 horas da tarde. Embora seja habitual dizer-se que a temperatura normal do corpo é de 37ºC, o mínimo normal às 6 horas da manhã é de 37,1ºC e o máximo normal às 4 horas da tarde será de 37,7ºC.

A febre pode seguir um curso em que a temperatura atinge um máximo diário e depois volta ao seu nível normal. Por outro lado, a febre pode ser remitente, isto é, a temperatura varia mas nunca volta ao normal. As substâncias causadoras de febre recebem o nome de pirogénios e podem provir do interior ou do exterior do organismo.

Em geral, a febre tem uma causa óbvia, contudo, a infecção não é a única causa de febre; ela pode também ser consequência de uma inflamação, um cancro ou uma reacção alérgica.

Mecanismos de defesa específicos
Este tipo de imunidade é desencadeado sempre que o sistema imunitário reconhece um antigénio. Ou seja, a imunidade específica, ao contrário da não específica, actua de forma diferente consoante o agente patogénico e tem um efeito de memória. Ou seja, o organismo memoriza o agente patogénico numa primeira infecção e em infecções posteriores a resposta imunitária é mais rápida e poderosa.

Uma vez desenvolvida a infecção, entra em acção todo o poder do sistema imunitário. Este produz várias substâncias que atacam especificamente os microrganismos invasores. Por exemplo, os anticorpos aderem a eles e ajudam a imobilizá-los. Podem assim destruí-los directamente ou então ajudar os glóbulos brancos a localizá-los e a eliminá-los. Além disso, o sistema imunitário pode enviar um tipo de células conhecidas como células T citotóxicas (killer) (outro tipo de glóbulos brancos) para atacar especificamente o organismo invasor.

Os fármacos anti-infecciosos, como os antibióticos, os agentes antimicóticos ou antivirais, podem auxiliar as defesas naturais do corpo humano. No entanto, se o sistema imunitário se encontrar gravemente enfraquecido, esses medicamentos não costumam ser eficazes.

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Malo Clinic
A Endodontia é a especialidade da Medicina Dentária dirigida ao tratamento de patologias da polpa (v

A polpa dentária localiza-se no interior do dente e está rodeada pelo tecido duro – a dentina – sendo responsável pela nutrição e sensibilidade dentária, através dos vasos sanguíneos e nervos que a constituem.

As lesões da polpa dentária podem ter na sua origem traumatismos, fraturas ou cáries profundas. Entre os sintomas indicativos de um problema endodôntico, incluem-se dor espontânea, sensibilidade prolongada ao frio e/ou ao calor e desconforto ao toque e mastigação, sendo que, de entre os sinais mais comuns, se pode incluir, a presença de abcesso ou fístula (pequena bolha de pus na gengiva).

Nos casos de necrose ou inflamação irreversível da polpa dentária, a endodontia (desvitalização) é a única solução para salvar o dente e evitar outras complicações.

Para além de eliminar a patologia da polpa, o tratamento endodôntico permite, em conjunto com a posterior reconstrução, restituir ao dente a função mastigatória. Existe também a possibilidade de se realizar um retratamento endodôntico, que consiste num novo tratamento dos canais radiculares. Deverá ser sempre a primeira opção em dentes cujo tratamento endodôntico realizado anteriormente fracassou.

Num retratamento, todo o conteúdo existente no interior do sistema de canais radiculares é removido, procedendo-se a uma nova desinfeção, preparação e obturação tridimensional dos mesmos. Terminado o retratamento é realizada a restauração do dente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
For the Treatment of Hepatitis C
Bristol-Myers Squibb Company announced that they have submitted new drug applications (NDAs) with the U.S. Food and Drug...

Bristol-Myers Squibb Company announced that they have submitted new drug applications (NDAs) with the U.S. Food and Drug Administration (FDA) for the investigational products daclatasvir (DCV), an NS5A replication complex inhibitor, and asunaprevir (ASV), a NS3 protease inhibitor. The data submitted in the NDAs support the use of DCV+ASV in patients with genotype 1b hepatitis C (HCV). The DCV NDA also seeks approval for use of this compound in combination with other agents for multiple genotypes. The submissions are subject to FDA review for acceptance for filing.

“These FDA submissions represent a major step towards offering daclatasvir-based regimens to U.S. HCV patients, many of whom continue to have high unmet medical needs,” said Brian Daniels, MD, senior vice president, Global Development and Medical Affairs, Research and Development, Bristol-Myers Squibb. “We are excited to have achieved this milestone and, looking forward, will continue to innovate and invest in daclatasvir in a range of patient types and regimens.”

These submissions follow the recent announcement that the FDA granted the investigational DCV Dual Regimen (DCV+ASV) Breakthrough Therapy Designation. In 2013, the investigational all-oral 3DAA Regimen (daclatasvir/asunaprevir/BMS-791325) also received Breakthrough Therapy Designation, and the company anticipates submitting this regimen for FDA review in Q1 2015.

In January 2014, the European Medicines Agency (EMA) validated the company’s marketing authorization application for the use of DCV in combination with other agents for the treatment of adults with HCV with compensated liver disease, including genotypes 1, 2, 3, and 4, and this application is under accelerated review. In addition, NDAs for DCV and ASV are under priority review by Japan’s Pharmaceutical and Medical Devices Agency for patients with chronic HCV genotype 1b, classified as either interferon-ineligible naïve/intolerant or non-responders to interferon and ribavirin.

 

About Hepatitis C

Hepatitis C is a virus that infects the liver and is transmitted through direct contact with infected blood and blood products. Approximately 170 million people worldwide are infected with hepatitis C, with an estimated 2.7–3.9 million chronically infected in the United States. Up to 90 percent of those infected with hepatitis C will not spontaneously clear the virus and will become chronically infected. According to the World Health Organization, up to 20 percent of people with chronic hepatitis C will develop cirrhosis; of those, up to 25 percent may progress to liver cancer.

 

About Bristol-Myers Squibb’s HCV Portfolio

Bristol-Myers Squibb’s research efforts are focused on advancing late-stage compounds to deliver the most value to patients with hepatitis C. At the core of our pipeline is daclatasvir (DCV), an investigational NS5A replication complex inhibitor that has been studied in more than 5,500 patients as part of multiple direct-acting antiviral (DAA) based combination therapies. DCV has shown a low drug-drug interaction profile, supporting its potential use in multiple treatment regimens and in people with co-morbidities.

DCV is currently being studied in the ongoing Phase III UNITY Program, where it is being investigated as part of an all-oral 3DAA Regimen (daclatasvir/asunaprevir/BMS-791325). Study populations include non-cirrhotic naïve, cirrhotic naïve and previously treated patients. The 3DAA Regimen is being studied as a fixed-dose-combination treatment with twice daily dosing.

Daclatasvir is also being investigated in combination with sofosbuvir in high unmet need patients, such as pre- and post-transplant patients, HIV/HCV co-infected patients, and patients with genotype 3, as part of the ongoing Phase III ALLY Program.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information, please visit http://www.bms.com or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that clinical trials of these compounds will support regulatory filings, or that DCV or any other compounds mentioned in this release will receive regulatory approval or, if approved, that they will become commercially successful products. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013 in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Novo estudo clínico comprova
Novo estudo independente publicado na revista Pediatrics mostra que é possível prevenir infecções respiratórias e...

O estudo, que envolveu 336 crianças, entre os 6 meses e os 3 anos de idade, demonstrou que as crianças saudáveis que frequentam creches têm um risco significativamente menor de contrair infecções do trato respiratório ou diarreia, quando lhes é dado um suplemento diário de Lactobacillus reuteri protectis, de forma preventiva.

Durante três meses, o grupo de crianças que recebeu Lactobacillus reuteri protectis teve menos 67% de dias com diarreia ou infecções do trato respiratório, do que o grupo placebo. Quando infectados, os episódios de doença foram mais curtos do que no grupo placebo (menos um dia em casos de diarreia e menos três dias em casos de infecção do trato respiratório). Durante o estudo, registaram-se 69 episódios de diarreia no grupo placebo e 42 no grupo com probiótico. O grupo placebo teve 204 infecções do trato respiratório contra 93 no grupo que tomou L. Reuteri. Além disso, as crianças que tomaram o probiótico tiveram menos dias com febre, tomaram menos antibióticos e faltaram menos à creche. Esta diferença significativa entre os grupos continuou até três meses depois da administração.

 

Menos custos socioeconómicos

Infecções respiratórias e do trato gastrointestinal em crianças têm custos elevados para os pais e a sociedade, associados à visita recorrente a médicos, urgências, compra de medicação e faltas à creche e ao trabalho. Assim, ao reduzir o número e a duração de episódios de doença, os pesquisadores concluíram que a administração diária de Lactobacillus reuteri protectis permitiu aos pais e à comunidade uma redução significativa de custos.

“Estas conclusões vêem ao encontro de estudos anteriores que comprovem que o uso preventivo diário de Lactobacillus reuteri protectis pode ser valioso para as famílias e para a sociedade”, conclui o Dr. Gutiérrez-Castrellón, Chefe da Unidade de Investigação Translacional em Nutrição Pediátrica do Hospital Geral Dr. Manuel Gea González e Professor Universitário de Saúde Pública da Faculdade de Medicina ULSA no México.

 

Lactobacilus Reuteri Protectis

O Lactobacilus Reuteri é o agente activo de BioGaia®, empresa de cuidados de saúde que desenvolve e comercializa produtos probióticos. Trata-se de um probiótico cujo agente activo foi isolado a partir do leite materno, o que praticamente elimina o índice de rejeição do produto no corpo humano.

 

Da BIAL
Pela primeira vez na história, um medicamento de investigação portuguesa é vendido no mercado norte-americano. Os EUA...

O primeiro medicamento de patente e investigação portuguesa acaba de ser colocado nas farmácias norte-americanas, através da Sunovion Pharmaceuticals Inc., com a qual BIAL, no final de 2007, assinou um acordo de licença. O APTIOM®, como é designado nos EUA, foi aprovado pelo regulador norte-americano Food and Drug Administration (FDA) em Novembro de 2013.

Pela primeira vez na história, um medicamento português é vendido nos Estados Unidos, o que representa um marco para a BIAL, como sublinha António Portela, CEO do grupo: “A entrada naquele que é um dos mercados mais exigentes e competitivos do mundo e que representa mais de 50% das vendas globais de medicamentos para a epilepsia, no valor de 2 mil milhões de dólares, reveste-se de enorme simbolismo para uma empresa como a BIAL, que tem na investigação e desenvolvimento uma das suas razões de existir”.

António Portela considera ainda que este é “testemunho claro de que a aposta em investigação constitui uma condição importante para a sustentabilidade e para o futuro das empresas portuguesas e para a afirmação da nossa capacidade de produzir inovação e conhecimento”. O CEO do Grupo BIAL sublinha que as autoridades reguladoras norte-americanas, tais como as europeias, “detêm padrões de exigência extraordinariamente elevados”.

O desenvolvimento deste medicamento para a epilepsia, que no continente europeu é comercializado desde 2009 sob a marca ZEBINIX®, envolveu 15 anos de investigação e um investimento superior a 300 milhões de euros.

“A epilepsia constitui um problema grave que afecta não apenas os pacientes, mas também as suas famílias, cuidadores e amigos”, refere Michael R. Sperling, médico e professor de Neurologia na Universidade Thomas Jefferson e director do Jefferson Comprehensive Epilepsy Center, da cidade norte-americana de Filadélfia. “Perto de um terço dos pacientes ainda enfrenta um controlo ineficiente das crises, apesar dos tratamentos, pelo que precisamos de novas terapias. Nesse sentido o APTIOM é um bom incremento ao nosso conjunto de terapêuticas disponíveis, uma vez que poderá ajudar alguns desses doentes”.

O antiepiléptico da BIAL tem como princípio activo o acetato de eslicarbazepina e é um medicamento de toma única diária, aprovado pelas autoridades regulamentares de 39 países para o tratamento adjuvante de adultos com crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns, afectando, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo. O Centers for Disease Control and Prevention revela que cerca de 2.2 milhões de pessoas nos EUA sofrem de epilepsia. Neste país, as crises epilépticas parciais são a forma mais comum da doença, estimando-se que representem 60% dos novos diagnósticos.

 

Grupo BIAL continua aposta de sucesso em I&D 

O grupo BIAL investiu desde 2007 mais de 350 milhões de euros em I&D. É de salientar a continuidade do programa de desenvolvimento clínico do acetato de eslicarbazepina na epilepsia. Nos projectos de I&D da empresa destaca-se também a realização dos ensaios clínicos de fase III de um novo tratamento para a doença de Parkinson.

A investigação de novas soluções terapêuticas continuará a ser um dos alicerces da expansão internacional do grupo BIAL que prevê, até 2020, colocar no mercado outros novos medicamentos de investigação própria.

Os medicamentos BIAL estão disponíveis em 53 países e as vendas nos mercados internacionais representam mais de 50% da facturação do grupo.

 

De jornalismo
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral torna público o lançamento do prémio de jornalismo com o objectivo de...

Este Prémio realiza-se através da concessão de um patrocínio pela Bayer HealthCare.

O Prémio de Jornalismo destina-se a galardoar os jornalistas cujos trabalhos realizados entre Abril de 2014 e Janeiro de 2015, sobre esta doença súbita. Devem contribuir para um correcto e maior conhecimento geral do problema, causas da doença e para a difusão, quer da prevenção, quer da actuação em caso de manifestação da doença surgir. Pode ainda evidenciar os recursos existentes para tratamento, os apoios sociais, as redes de familiares e amigos e toda a dinâmica social do AVC, entre outros temas com estes relacionados e que retratem a realidade da doença no contexto actual ou que dela façam uma perspectiva histórica.

 

Prémio literário
A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla desafia alunos do segundo ciclo a escrever bEM sobre Esclerose Múltipla.

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), com o apoio da Direção Geral da Educação (DGE) e da Biogen Idec, acaba de lançar o Prémio Literário “Saber escrever bEM sobre Esclerose Múltipla”, uma iniciativa que pretende distinguir o melhor texto sobre a patologia elaborado por alunos do segundo ciclo (5º e 6º ano de escolaridade).

Este desafio tem também como objectivo promover a educação para a cidadania, em consonância com as linhas orientadoras definidas pelo próprio Ministério da Educação e Ciência. Neste âmbito, a SPEM organizará sessões de esclarecimento em todas as escolas que adiram ao projecto, disponibilizando materiais didácticos e informação adequada à faixa etária dos eventuais concorrentes, estimulando assim simultaneamente os estudantes à participação no prémio.

Vita Lains, vogal da SPEM, afirma que “a esclerose múltipla manifesta-se geralmente em jovens adultos que estão no início da sua carreira profissional ou a constituir família e que, perante o diagnóstico, acabam por ter que reavaliar todos os planos que tinham feito para o futuro. Sentimos, portanto, necessidade de criar uma iniciativa que nos ajudasse a chegar a um público mais jovem e desmistificar algumas ideias erradas que possam surgir à volta desta doença. Este prémio literário garante-nos que a informação chega aos nossos jovens pois para escrever bEM sobre esclerose múltipla, é preciso primeiro ler e assimilar todos os dados sobre a patologia que lhes forem transmitidos”.

A produção dos textos deverá ser individual e aberta à criatividade dos jovens concorrentes, pelo que a única restrição é que os textos dos candidatos, em prosa ou poesia, não deverão exceder as 1000 palavras. Os textos a concurso devem ser obras originais, sendo liminarmente excluída qualquer cópia de um trabalho já existente. Todos os trabalhos candidatos a este Prémio Literário deverão ser entregues até às 20h00 do dia 31 de Maio de 2014, em formato PDF, através do endereço electrónico [email protected].

O júri será composto pela escritora Maria João Lopo de Carvalho, Vita Lains, da direção da SPEM e Dulce Godinho, representante da DGE.

 

Cruz Vermelha apela
“A contribuição através da declaração de rendimentos é um acto de responsabilidade social que visa apoiar as pessoas mais...

A Cruz Vermelha Portuguesa é uma das entidades beneficiárias de consignação de imposto. Assim, pode decidir doar à Cruz Vermelha Portuguesa 0,5% do seu IRS, bastando preencher o quadro 9, do anexo H da sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 500 745 749 da Cruz Vermelha Portuguesa. Este é um simples gesto que não acarreta qualquer tipo de custos para o contribuinte uma vez que 0,5% são retirados do imposto total que o Estado liquida, e não do que será devolvido, caso o contribuinte tenha direito à restituição do imposto cobrado.

Segundo Luis Barbosa, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa “a contribuição através da declaração de rendimentos é um ato de responsabilidade social que visa apoiar as pessoas mais vulneráveis da sociedade. O empenho de todos nesta acção será muito significativo para ajudar a Instituição a cumprir a sua missão humanitária.”

Através de um simples gesto é dada aos contribuintes a possibilidade de decidir o destino de parte dos seus impostos, de ter uma cidadania activa e de contribuir para a continuidade dos projectos da Cruz Vermelha Portuguesa.

 

7ª Edição
A 7ª edição do Hospital do Faz de Conta começa dia 23. Ao longo de cinco dias, a Faculdade de Ciências da Saúde deverá receber...

É um hospital de fazer de conta, mas com objectivos bem reais: fazer as crianças perder o medo da bata branca, ou seja, de ir ao médico. A iniciativa é do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (MedUBI) e vai na sétima edição, na expectativa de voltar a bater o recorde de participantes atraindo 700 pessoas durante os cinco dias em que decorrerá na Faculdade de Ciências da Saúde. 

Com uma pausa para o fim-de-semana, o Hospital do Faz de Conta recebe os “pacientes” entre os dias 23 e 25 e, depois a 28 e 29 de Abril. Preparado está um percurso em que as crianças, acompanhadas dos seus bonecos, cumprem um trajecto pré-definido que se baseia em consultórios, zonas de internamento e cirurgia. Depois, haverá um espaço de educação para a saúde onde assistem a uma peça de teatro ou um filme sobre vacinação, dependendo da faixa etária.

“O objectivo concreto é tirar o medo da bata branca. No caso da cirurgia, por exemplo, dar a entender que se trata de uma operação que não será assim tão má e que estão em segurança”, explica Paulo Pinheiro, membro da comissão organizadora. Trata-se de criar noção de como funciona um hospital e ajudar em caso de tratamento: “Depois, na realidade, poderão de alguma forma estar mais calmos e facilitar a vida ao médico”.

Na terça-feira, dia 1, começou a preparação para a iniciativa com uma formação que se assume como uma das novidades deste ano. A outra é a abertura do Hospital do Faz de Conta a toda a comunidade, além das escolas da Covilhã, Guarda e Fundão.  

“No dia 25 de manhã, os pais são convidados a participar. As crianças têm oportunidade de fazer o mesmo percurso e contactarem connosco, como os visitantes que vêm através das escolas”, explica Paulo Pinheiro.

No ano passado, 268 alunos foram os médicos do Hospital do Faz de Conta. Para o elemento da organização esta participação é vantajosa: “Em termos formativos é importante. Temos ao longo do nosso percurso pediatria e sem dúvida que lidarmos com 700 crianças durante uma semana é uma mais-valia para percebermos desde logo a forma como reagem aos médicos. Sem dúvida que é uma mais-valia para o nosso crescimento”.

 

Centros de Referência
Para proceder à definição do conceito de centro de referência, estabelecer os critérios de identificação e reconhecimento dos...

O Ministério da Saúde divulga o Relatório Final dos Centros de Referência, elaborado pelo grupo de trabalho criado pelo Despacho n.º 4319/2013, de 25 de Março, do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, para proceder à definição do conceito de centro de referência, estabelecer os critérios de identificação e reconhecimento dos centros de referência pelo Ministério da Saúde, propor o modelo de implementação e financiamento, e concepção da forma de integração nas Redes Hospitalar Portuguesa e de Referência Europeia.

De acordo com o Relatório, em termos gerais, todos os sistemas de saúde europeus enfrentam o desafio de aumentar eficiência e reduzir custos, assegurando a melhoria da qualidade da prestação de cuidados e resultados alcançados, de forma a garantir o seu crescimento e sucesso sustentados. No entanto, os cuidados de saúde não constituem uma actividade simples e padronizada, exigindo respostas a necessidades diferentes decorrentes de situações clínicas diversas, por vezes complexas, e, frequentemente, fragmentadas e de difícil acessibilidade.

Os cuidados de saúde são, reiteradamente, prestados por vários profissionais, actuando em diferentes níveis do sistema de saúde, sem uma coordenação adequada ou uma perspetiva holística. Importa, pois, investir na criação de estruturas prestadoras de cuidados de saúde, altamente promotoras de relações custo-efectividade na prestação dos mesmos e guiadas por uma missão centrada na melhoria permanente de outcomes.

 

Pretendeu-se com o relatório atingir os seguintes objectivos:

Definir o conceito de centros de referência (CR);

Definir os critérios nacionais de suporte à identificação e reconhecimento oficial de CR;

Propor o modelo de implementação de CR;

Propor os critérios gerais para o financiamento dos CR;
v) Definir o modelo de integração dos CR na rede de referenciação hospitalar nacional;

Propor as linhas gerais do modelo organizativo e funcional que deve sustentar o processo de criação de CR;

Enquadrar e adequar a política nacional em matéria de doenças raras, bem como um conjunto de normativos já existentes e referentes a modelos organizativos que estiveram na origem dos CR agora propostos à nova realidade de criação de CR;

Apresentar as áreas prioritárias, patologias e procedimentos que venham a constituir a primeira fase de CR em Portugal.

Para saber mais, consulte:

Despacho n.º 4319/2013. DR 59 SÉRIE II de 2013-03-25 - PDF - 228 Kb
Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde
Cria um Grupo de Trabalho para proceder ao desenvolvimento da rede de Centros de Excelência

Centros de Referência - Relatório Final - PDF - 2.207 Kb

 

Associação Portuguesa de Dietistas
Para assinalar o Dia Mundial da Saúde, a Associação Portuguesa de Dietistas lançou o Movimento 2020, um programa a seis anos...

Segundo Zélia Santos, Presidente da Associação Portuguesa de Dietistas (APD), “este é o momento certo para agitar consciências e o primeiro passo para um processo de reflexão sobre as nossas responsabilidades e acções para mais ganhos no bem-estar e saúde global dos cidadãos. A APD está preocupada com os dados lançados este ano resultantes de diversos estudos que revelam malnutrição dos portugueses que podem ser traduzidos em diversas doenças crónicas como: a Obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras. Tudo problemas associados à alimentação ineficaz e um estilo de vida pouco saudável.

Precisamos de inverter urgentemente esta tendência e ajudar os cidadãos com metas e ferramentas para uma melhoria significativa da sua saúde alimentar em Portugal”.

O programa compreende 20 desafios alimentares a serem alcançados até 2020, juntando para isso empresas, o estado e cidadãos. O mesmo dá hoje os primeiros passos nas plataformas www.movimento2020.org e facebook.com/Movimento2020. “Esta reflexão nasce após a Organização Mundial de Saúde ter listado as 20 metas a cumprir na área da saúde mundial. Porque a realidade portuguesa tem as suas especificidades, tivemos de adaptar essas metas ao contexto nacional e às necessidades dos portugueses”, acrescenta Zélia Santos.

No dia 15 de Maio, dia Mundial da Família, a Associação Portuguesa fará o arranque definitivo do projecto, apresentando os seus parceiros, a mesa do Conselho Consultivo que irá monitorizar o programa ao longo dos seis anos, bem como a listagem dos 20 desafios a alcançar até 2020.

A Associação Portuguesas dos Dietistas pretende também lançar e alimentar o debate sobre o tema da Saúde Alimentar no Facebook, Twitter e Instagram sob o tópico #movimento2020. Toda a sociedade civil está convidada a participar.

 

Novo fármaco inovador
Um fármaco inovador demonstrou eficácia na redução do melanoma e suas metástases, segundo dados de um ensaio retrospectivo de...

“O melanoma permanece uma doença devastadora e difícil de tratar, e o talimogene laherparepvec continua a demonstrar resultados neste setting”, referiu Sean E. Harper, Vice-presidente Executivo de I&D da Amgen. Uma análise retrospectiva de um ensaio com uma imunoterapia oncolítica em desenvolvimento pela Amgen, em doentes com melanoma metastizado, demonstrou que o novo fármaco, denominado talimogene laherparepvec (TVEC), reduziu significativamente a dimensão do tumor.

Os resultados preliminares deste ensaio de fase 3 permitiram observar a resposta tumoral de 295 doentes tratados com T-VEC (injecção directa sobre a lesão), com melanomas não ressecáveis de estadio IIIB, IIIC ou IV, comparativamente ao tratamento com factor estimulante de colónias de granulócitos-macrófagos- (GM-CSF). Foram monitorizadas perto de 4 mil lesões tumorais para esta análise. Metade das lesões foram injectadas directamente com T-VEC pelo menos uma vez, enquanto as restantes não foram injectadas, incluindo lesões tumorais viscerais (metástases envolvendo órgãos sólidos, como o pulmão e o fígado).

Os resultados demonstraram uma redução da dimensão do tumor igual ou superior a 50%, em 64% das lesões injectadas. Além disso, um terço dos tumores não-viscerais não injectados e 15 % das metástases viscerais também sofreram uma redução de pelo menos 50 %. Durante o estudo foram realizadas 35 cirurgias relacionadas com melanoma, em 30% das quais foi possível remover com sucesso toda a doença residual.

Activar a resposta imunitária anti-tumoral

O T-VEC é uma imunoterapia oncolítica experimental, desenhada para se replicar selectivamente no tecido tumoral onde é injectado directamente e iniciar posteriormente uma resposta imunitária sistémica anti-tumoral. O fármaco injectado directamente no tecido tumoral replica-se preferencialmente nas células tumorais causando a morte destas células, libertando ainda uma variedade de antigénios derivados de tumores capazes de desencadear uma resposta imunitária. O T-VEC foi ainda desenvolvido para expressar o factor estimulante das colónias dos macrófagos-granulócitos (GM-CSF), um factor de crescimento das células brancas do sangue que contribuem para a actividade do sistema imunológico. O objectivo desta combinação de acções é iniciar uma resposta imunitária anti-tumoral sistémica que tem como alvo células tumorais disseminadas no organismo (as metástases).

 

Sobre o melanoma

É um tipo de cancro da pele caracterizado por um crescimento descontrolado dos melanócitos, as células responsáveis pela pigmentação da pele. É um dos cancros da pele mais agressivos e graves.

Actualmente surgem 132.000 novos casos de melanoma no mundo por ano, cerca de 1.100 novos casos em Portugal por ano (dados Globocan 2012) e tem vindo a aumentar nos últimos anos. O melanoma representa 3,1% dos casos de cancro na Europa (União Europeia a 28), tem uma incidência estimada de 10,2 novos casos por 100 mil habitantes por ano (taxa ajustada pela idade) e é o cancro da pele que causa maior número de mortes relacionadas com a doença. A incidência de melanoma em Portugal é de 6,7 novos casos por 100 mil habitantes por ano (taxa ajustada pela idade), representa 2,2% dos novos casos de cancro e tem maior incidência no sexo feminino (1,6% no sexo masculino e 3,1% no sexo feminino).

 

África:
Uma equipa de arqueólogos britânicos descobriu arteriosclerose em esqueletos africanos com 3 mil anos, o que, a seu ver,...

Os esqueletos - de três homens e duas mulheres - foram encontrados numa sepultura de uma comunidade agrícola que vivia perto do rio Nilo, numa zona que hoje corresponde ao Sudão, noticia o Diário Digital.

Entre os ossos preservados na areia, em Amara West, a 750 quilómetros a norte de Cartum, a equipa liderada pela bioarqueóloga Michaela Binder, da Universidade de Durham, identificou indícios de arteriosclerose, pequenas amostras de placa calcificada, que terá forrado as artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo.

“As placas arteriais calcificadas nestes esqueletos com 3 mil anos demonstram que a arteriosclerose não é só um problema causado pelo nosso actual estilo de vida, mas também pode estar relacionada com a inflamação, o historial genético e o envelhecimento em geral”, sustentou Michaela Binder.

Os esqueletos analisados eram de pessoas entre os 35 e os 50 anos - relativamente idosas para a época - e de diferentes classes sociais. Não se sabe se a arteriosclerose, que pode originar doenças cardiovasculares graves, contribuiu para a sua morte.

Os investigadores defendem que o fumo pode ter desempenhado um papel importante no desenvolvimento da arteriosclerose, uma vez que os nativos usavam grandes fogueiras para cozinhar ou fabricar objectos de cerâmica e metal.

Para os peritos, a pouca saúde dental revelada pelos esqueletos pode estar relacionada com a doença, tal como hoje problemas nas gengivas podem ser indicadores de doenças cardiovasculares.

Charlotte Roberts, que também participou na investigação, destacou a importância do cemitério de Amara West “para a preservação de provas sobre doenças”.

Anteriormente, a equipa de Michaela Binder descobriu num outro esqueleto enterrado no mesmo sítio, datado de 1.200 a.C., indícios de cancro com metástases.

“O mais importante nestas descobertas é que demonstram que os factores que levam a estas doenças não são só produto da vida moderna, mas também de factores ambientais que podem ter existido durante milhares de anos”, assinalou Michaela Binder.

Os resultados da descoberta da sua equipa foram publicados na revista International Journal of Palaeopathology.

A arteriosclerose, definida pelo endurecimento progressivo da parede das artérias, difere da aterosclerose, caracterizada pela formação de ateromas, constituídos sobretudo por lípidos e tecido fibroso, nos vasos sanguíneos.

 

Director-Geral assegurou:
O director-geral da Saúde assegurou que Portugal está preparado para lidar com um eventual caso de Ébola que chegue ao país,...

“Desde o início do alerta da Organização Mundial da Saúde mandámos dizer a todas as regiões do país para estarem preparadas para a eventualidade de um doente que tenha estado nas últimas três semanas nas zonas onde o vírus está em actividade e que tenham em atenção as normas de isolamento. Estamos inteiramente preparados para tal”, disse Francisco George.

Um caso suspeito de vírus do Ébola, num português que esteve recentemente na Libéria, foi registado em Portugal nos últimos dias, mas as análises laboratoriais afastaram já essa hipótese. “Foi a única situação portuguesa que impôs estudos especializados”, adiantou o director-geral da Saúde, acrescentando que, em conjunto com o INEM, já estava a ser preparado todo o circuito em termos de isolamento para o doente.

Mas, entretanto mais resultados revelaram-se negativos para o vírus do Ébola.

O cidadão português tinha estado na Libéria, um dos países com casos suspeitos de febre hemorrágica, alguns mortais, com contaminações originárias da Guiné Conacri, onde o surto do vírus Ébola já fez 86 vítimas mortais.

De acordo com Francisco George, a preocupação das autoridades “tem a ver com a facilidade de viagens” de países como a Guiné ou a Libéria : “Em pouco menos de quatro horas um cidadão pode estar em Lisboa. É necessário criar medidas de urgência para impedir a actividade do vírus a partir de um eventual caso que tenha chegado. E estamos preparados. Há um plano para tal e que é activado quando for necessário”.

 

Investigadores descobrem
Uma equipa internacional de investigadores descobriu que uma determinada alteração cromossómica aumenta em 2700 vezes o risco...

O estudo publicado na revista Nature descreve os mecanismos cromossómicos que estão subjacentes a um subtipo de leucemia aguda com mau prognóstico, caracterizada pelo aumento do número de cópias (amplificação) de genes do cromossoma 21.

A investigação internacional teve a participação do Serviço de Genética do IPO-Porto e revela que “os indivíduos que são portadores de uma fusão entre os cromossomas 15 e 21 têm uma predisposição muito aumentada (2700 vezes) para aquele tipo de leucemia”.

“Este risco aumentado relaciona-se com o facto de aquele cromossoma alterado ter dois centrómeros, o que faz com que possa ser puxado simultaneamente para as duas células filhas durante a divisão celular. Este processo origina várias quebras cromossómicas que resultam em alterações genéticas mais complexas que depois originam a leucemia”, explicou o director do Serviço de Genética do IPO/Porto, Manuel Teixeira.

Esta descoberta “ajuda a perceber que quem tem estas alterações cromossómicas, que são herdadas, tem maior predisposição para este tipo de leucemia, permitindo, assim, que as pessoas fiquem mais atentas e possam fazer uma vigilância mais apertada”, disse Manuel Teixeira.

Os portadores dessa anomalia genética, “poderão fazer uma espécie de rastreio (uma análise ao sangue) regularmente para garantir que a doença é detectada o mais cedo possível, permitindo-lhes iniciar o tratamento precocemente”. O investigador Manuel Teixeira salientou que “não é certo que todos os indivíduos com esta alteração cromossómica venham a sofrer de leucemia, embora o risco seja muito elevado”.

Este trabalho mostra ainda que as pessoas que não têm aquela alteração cromossómica podem também desenvolver este tipo de leucemia por um mecanismo cromossómico ligeiramente diferente, mas a probabilidade de tal ocorrer é muito inferior.

A leucemia linfoblástica aguda é o tipo de cancro mais comum em crianças e o subtipo de leucemia associada a amplificação de genes do cromossoma 21 representa cerca de 2% dos casos.

Os tipos de leucemia mais comuns em crianças estão associados a outras alterações cromossómicas identificadas anteriormente e apresentam taxas de sobrevivência acima de 90%, mas o subgrupo causado por amplificação de genes do cromossoma 21 têm ainda relativamente mau prognóstico. Por não ser uma alteração muito comum, o investigador explicou que foi necessário reunir vários casos, envolvendo a participação de laboratórios do Reino Unido, França, Bélgica, EUA e Portugal.

A doença causada por parasitas
A malária é uma doença infecciosa, causada por parasitas, transmitida por mosquitos.
Malária

A malária, ou paludismo, é uma infecção dos glóbulos vermelhos causada pela picada do mosquito Anopheles fêmea infectado, por uma transfusão de sangue contaminado ou então por uma injecção dada com uma agulha previamente utilizada numa pessoa infectada.

Existem quatro espécies de parasitas - Plasmodium vivaxPlasmodium ovalePlasmodium falciparum ePlasmodium malariae - que podem infectar os humanos e causar paludismo. O Plasmodium vivax e o Plasmodium falciparum são as formas mais comuns, sendo o Plasmodium falciparum o tipo mais mortífero da infecção.

O ciclo de vida do parasita começa quando um mosquito fêmea pica um indivíduo infectado. O mosquito aspira sangue que contém parasitas do paludismo, os quais chegam às suas glândulas salivares. Quando o mosquito pica outra pessoa, injecta parasitas com a sua saliva. Uma vez dentro da pessoa, os parasitas depositam-se no fígado, onde se multiplicam. Amadurecem no decurso de 2 a 4 semanas e depois abandonam o fígado e invadem os glóbulos vermelhos. Os parasitas multiplicam-se dentro dos glóbulos vermelhos, o que finalmente faz com que eles rebentem.

Plasmodium vivax e o Plasmodium ovale podem permanecer nas células do fígado enquanto vão, periodicamente, libertando parasitas maduros para a corrente sanguínea, provocando ataques com os sintomas do paludismo. Já o Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae não permanecem no fígado. Contudo, se a infecção não for tratada ou receber um terapêutica inadequada, a forma madura do Plasmodium falciparum pode persistir na corrente sanguínea durante meses e a forma madura do Plasmodium malariae durante anos, provocando ataques repetidos com os sintomas do paludismo.

Actualmente, a malária é endémica em mais de 100 países, sobretudo nos continentes Africano, Asiático e Sul-Americano, visitados anualmente por mais de 125 milhões de viajantes. Por isso, cerca de 3 mil milhões de pessoas – principalmente nos países mais pobres – encontram-se em risco permanente de contrair a malária.

Sabe-se que, por ano, cerca de 30.000 viajantes adoecem por malária após o regresso a casa, e um número indeterminado adoece na própria viagem. Provoca mais de 500 milhões de casos agudos e pelo menos 2 milhões de mortes por ano. É também a principal causa de febre no viajante. 

Sintomas
Os sintomas surgem aproximadamente 9 a 14 dias após a picada do mosquito, embora este intervalo possa variar com o tipo de Plasmodium.

Os sintomas típicos da infecção pela malária são febre, dores de cabeça, vómitos e outros sintomas idênticos aos da gripe. Se não for tratada, a infecção poderá progredir rapidamente e colocar em risco a vida do doente. Os sintomas subsequentes e os padrões que a doença segue variam para cada tipo de paludismo.

A malária pode matar ao infectar e destruir os glóbulos vermelhos (anemia) e bloquear os capilares que transportam sangue para o cérebro (malária cerebral) ou outros órgãos importantes. 

Diagnóstico
O médico suspeita que um indivíduo apresenta malária quando este tem ataques periódicos de calafrios e febre sem causa aparente. A suspeita é maior se, durante o ano anterior, a pessoa visitou alguma zona na qual o paludismo é frequente e se, além disso, o seu baço aumentou de volume.

O facto de se identificar o parasita numa amostra de sangue confirma o diagnóstico. É possível que sejam necessárias mais do que uma amostra para estabelecer o diagnóstico, porque a taxa de parasitas no sangue varia com o passar do tempo. O resultado do laboratório deve identificar a espécie de Plasmodium encontrado no sangue, porque o tratamento, as complicações e o prognóstico variam conforme a espécie. 

Complicações
Em geral, se a malária não for tratada, aparece icterícia ligeira e o fígado e o baço aumentam de volume. É frequente que a concentração de açúcar no sangue (glicose) diminua ainda mais nas pessoas que têm uma grande quantidade de parasitas. Os valores de açúcar no sangue podem descer posteriormente naqueles que são tratados com quinina.

Se um indivíduo não receber tratamento, os sintomas da malária por Plasmodium vivax, por Plasmodium ovale ou por Plasmodium malariae regridem espontaneamente em 10 a 30 dias, mas podem recorrer com intervalos variáveis. No entanto, no paludismo por Plasmodium vivax pode haver delírio quando a febre estiver alta, mas, se não for esse o caso, os sintomas cerebrais não são frequentes.

Na malária por Plasmodium falciparum pode verificar-se uma alteração da função cerebral, complicação denominada por malária cerebral. Os sintomas consistem em febre de pelo menos 40ºC, dor de cabeça intensa, vertigens, delírio e confusão. O paludismo cerebral pode ser mortal. Em geral afecta as crianças, as mulheres grávidas e os turistas que se dirigem para zonas de alto risco. O paludismo por Plasmodium falciparum é mortal, chegando a 20 por cento dos afectados.

A febre hemoglobinúrica é uma complicação rara do paludismo causada pela ruptura de uma grande quantidade de glóbulos vermelhos. Em seguida liberta-se um pigmento vermelho (hemoglobina) na corrente sanguínea. A hemoglobina, que é logo excretada com a urina, faz com que esta apresente uma cor escura. Esta febre ocorre quase exclusivamente nos doentes com malária crónica por Plasmodium falciparum, especialmente nos que foram tratados com quinina. 

Prevenção
A prevenção da malária é feita à base de medicação profiláctica, indicada pelo seu médico da Consulta de Aconselhamento ao Viajante. O medicamento começa a ser tomado antes e continua depois de se abandonar a zona. Esta medida terapêutica profiláctica previne apenas a infecção do agente mais perigoso, o Plasmodium falciparum. As outras espécies não são prevenidas pelos esquemas quimioprofiláticos utilizados. No entanto, nenhum regime é 100% eficaz, mesmo para o Plasmodium falciparum. Portanto, as medidas gerais têm um papel fundamental na prevenção da doença, e devem ser sempre realizadas, mesmo com uso de medicamentos.

Os turistas que tenham febre entre o 7º dia de estadia em país endémico ou até 3 meses após, deverão ser examinados de imediato por um médico. Atrasos de mais de 24h no diagnóstico e tratamento podem ser fatais. 

Medidas gerais
- Evitar exposição nos períodos de maior actividade do mosquito - ao amanhecer e ao entardecer;
- Usar roupas compridas evitando áreas de pele descoberta e usar calçado fechado;
- Evite as cores escuras que atraem os mosquitos;
- Utilizar repelentes de insectos (de preferência com DEET, IR3535 ou icaridina) na pele e roupa, reaplicando várias vezes ao longo do dia);
- Aplicar rede mosquiteira na cama, se possível impregnada com insecticida;
- Utilize redes de protecção de portas e janelas, especialmente concebidas para impedir os mosquitos de entrar nas casas;
- O ar condicionado (quando possível) é um método bastante eficaz de afastar os mosquitos do quarto. 

Dados para recordar acerca da malária
- Os medicamentos preventivos não são 100 por cento eficazes.
- Os sintomas podem começar um mês ou mais depois de o indivíduo ter sido infectado por uma picada de mosquito.
- Os primeiros sintomas são inespecíficos e costumam confundir-se com o da gripe.
- É importante estabelecer um diagnóstico rapidamente e começar o tratamento, particularmente para a malária por P. falciparum, que é mortal, chegando a 20 por cento das pessoas infectadas. 

Sintomas e tipos de malária 

Malária por P. vivax e por P. ovale
Um ataque pode começar bruscamente com um calafrio intenso, seguido de sudação e febre que aparece e desaparece. No decurso de uma semana, fica estabelecido o padrão típico de ataques intermitentes. Um período de dor de cabeça e mal-estar pode ser seguido de arrepios intensos. A febre dura de 1 a 8 horas. Uma vez que ela regride, a pessoa sente-se bem, até aparecerem os calafrios seguintes. No caso do paludismo por P. vivax, os ataques costumam surgir todas as 48 horas. 

Malária por P. falciparum
Um ataque pode começar por calafrios. A temperatura sobe gradualmente, para depois baixar de forma brusca. O ataque pode durar de 20 a 36 horas. A pessoa pode sentir-se mais doente do que com o paludismo por P. vivax, além de sofrer de uma dor de cabeça intensa. Entre os ataques, durante intervalos que oscilam entre as 36 e as 72 horas, podem sobrevir sintomas depressivos e manifestar-se um pouco de febre. 

Malária por P. malariae
Um ataque costuma começar bruscamente. O referido ataque é semelhante ao do paludismo por P. vivax, mas aqui repete-se cada 72 horas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença hemorrágica viral
Saiba se o país para onde vai viajar se inclui na lista dos afectados por esta doença potencialmente
Febre-amarela

A febre-amarela é uma doença hemorrágica viral de elevada mortalidade causada por um vírus do género Flavivírus que é transmitido através da picada de um tipo de mosquito (Aedes) infectados.

Esta doença existe endemicamente nas regiões tropicais da América do Sul e África Sub Saariana e frequentemente ocorrem epidemias que podem infectar mais de 20 por cento da população não vacinada. Por isso, a taxa de mortalidade desta doença varia entre 15 e mais de 50 por cento, sendo que metade dos doentes infectados com a forma mais grave da doença morre dez a 14 dias após a infecção.

Os sintomas surgem 3 a 6 dias depois da picada do mosquito infectado. As manifestações da doença são muito variadas, daí a dificuldade em reconhecer precocemente a doença, e vão desde o indivíduo sem sintomas até disfunção orgânica generalizada.

Febre alta, calafrios, mau estar geral, dores de cabeça e dores musculares, vómitos e falta de apetite são os sintomas predominantes na fase inicial da infecção; estes sintomas duram 4 ou 5 dias e na maioria das pessoas passam espontaneamente. Num pequeno número de pessoas, a infecção progride para um quadro de falência de diversos órgãos, com icterícia e insuficiência hepática, hemorragias, insuficiência renal, alterações do estado de consciência, convulsões, coma e morte. O termo "amarela” vem da cor que a pele e os olhos adquirem nas situações mais graves, devido à icterícia.

Não há tratamento específico para esta doença, contudo existe uma vacina eficaz na prevenção da infecção e deve ser aplicada no mínimo 10 dias antes da viagem para zonas de risco, devendo ser feito um reforço da mesma a cada dez anos. Esta vacina protege contra um vírus transmitido, em África, pela picada do mosquito do género Aedes e, na América do Sul, também por mosquitos do género Haemagogus.

A vacina da febre-amarela está indicada para pessoas que viajem para zonas endémicas, mas não deve ser administrada nos seguintes casos:

- Se estiver doente com febre superior a 38ºC;
- Se teve uma reacção alérgica muito grave a uma dose anterior ou se é alérgico a uma substância que se sabe estar presente na vacina. Neste caso, pessoas com alergia às proteínas do ovo não devem tomar esta vacina;
- Grávidas;
- Se tiver o sistema imunitário debilitado, nomeadamente doentes com VIH, em fase avançada;
- Crianças com idade inferior a nove meses. Os casos de crianças entre os seis e oito meses que não possam evitar ou adiar a viagem para zonas endémicas deve ser avaliada por um especialista em medicina do viajante;
- Pessoas com mais de 65 anos devem também avaliar a hipótese de vacinação com o seu médico em função do risco de exposição ao vírus.

Após a vacinação, pode surgir febre e um nódulo duro, avermelhado ou doloroso no local de aplicação da vacina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, apenas 2 ou 5 por cento dos vacinados apresentam outras reacções como dores de cabeça ou dores musculares. Em casos raros, pode provocar encefalite ou insuficiência hepática.

Caso, após a sua toma, surjam sintomas como febre elevada ou sintomas característicos de uma reacção alérgica grave como falta de ar, fraqueza, ritmo cardíaco acelerado, palidez, tonturas ou urticária, deve procurar ajuda médica.

São também aconselhadas medidas gerais, como a aplicação de repelente e uso da rede mosquiteira, para diminuir a exposição aos mosquitos.

Lista de países onde existe risco de transmissão desta doença.
África: Angola, Benin, Burkina-Faso, Burundi, Camarões, Chade, Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Quénia, Ruanda, República Central Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Tanzânia, Togo, Trinidad e Tobago, Uganda, América do Sul e Central: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Doença transmitida por mosquitos
A encefalite japonesa é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, e apesar de a maioria das i

A encefalite japonesa é uma doença inflamatória do sistema nervoso central, causada por um vírus (da família dos Flaviviridae) transmitido por mosquitos. A doença é transmitida ao homem, pela picada de um mosquito, que pica no exterior das habitações, desde o anoitecer ao amanhecer, sendo a picada dolorosa. O mosquito usa como locais de postura as zonas alagadas dos campos de cultivo de arroz, zonas pantanosas e pequenas colecções de águas paradas.

Segundo dados disponíveis (consultaviajante.ufp.edu.pt), o vírus da encefalite japonesa é responsável por cerca de 45.000-50.000 casos reportados anualmente, sendo também a forma de encefalite epidémica e esporádica mais importante, nas regiões tropicais da Ásia. Nas regiões temperadas, o risco é maior nas zonas rurais, durante a época das chuvas e no início da estação seca. Na Indonésia e, provavelmente, em Timor Loro´sae, a transmissão ocorre todo o ano, sendo o risco de doença mais elevado de Novembro a Março.

Nos locais onde a doença é endémica é, sobretudo, uma doença pediátrica, embora quando contraída no decurso de uma viagem, qualquer grupo etário pode ser afectado. No entanto, o risco para os viajantes é extremamente baixo (1 para 1 milhão) dependendo da estação do ano, do destino, da duração e do tipo de actividades durante a viagem, mas a taxa de mortalidade é elevada, situando-se entre os 15-40 por cento.

Não existe tratamento específico, apenas sintomático, por isso a prevenção é fundamental e consiste na evicção da picada do mosquito e na administração da vacina. 

Sintomas
As manifestações clínicas variam de um simples episódio febril a meningite asséptica ou encefalite grave, com morte. Quando sintomática, a taxa de mortalidade é de 10 a 70 por cento, com muitos dos sobreviventes a apresentarem sequelas neurológicas.
Contudo, a maioria dos casos (cerca de 90 por cento) não manifesta sintomas. Caso ocorram, nas infecções ligeiras, verificam-se dores de cabeça acompanhadas por febre, dores no corpo e fraqueza. Quando sintomáticas, o período de incubação é de 4-14 dias

Nos casos mais graves, a infecção progride rapidamente com febre alta e sinais de meningite. A encefalite desenvolve-se durante uma fase mais avançada da doença e pode resultar em coma, lesões neurológicas permanentes ou morte. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), cerca de 30 por cento dos casos graves são fatais. 

Prevenção
A vacina está recomendada a viajantes com estadias prolongadas em área endémica, sobretudo se incluir a época de maior transmissão ou estadias de curta duração se o destino inclui áreas rurais, durante a monção, em que se preveja um grande número de actividades fora de casa.

A vacina é constituída por vírus inactivado, e são fornecidas 3 doses, segundo o esquema 0, 7 e 28 dias (ou quando o tempo de espera assim não o permite, aos 0, 7 e 14 dias); duas doses fornecem imunidade em 80 por cento dos casos, enquanto o esquema completo de 3 doses, 95 por cento. Recomenda-se que a vacina seja feita cerca de dez dias antes de partir em viagem. O reforço é feito 1 ano após e, subsequentemente, de 3 em 3 anos quando for necessária uma protecção continuada.

Geralmente, as vacinas não causam reacções secundárias significativas, podendo verificar-se apenas febre, dores de cabeça, náuseas e vómitos e o aparecimento de um nódulo duro, avermelhado e doloroso no local de aplicação da vacina. Em casos mais graves, pode causar hipotensão e colapso.

Caso, após a sua toma, surjam sintomas como febre elevada ou sintomas característicos de uma reacção alérgica grave como falta de ar, fraqueza, ritmo cardíaco acelerado, palidez, tonturas ou urticária, deve procurar ajuda médica.

A vacina não deve ser administrada nos seguintes casos:
- Se estiver doente com febre superior a 38º;
- Se tiver uma reacção alérgica muito grave a uma dose anterior ou a uma substância que se sabe estar presente na vacina;
- Pessoas com o sistema imunitário debilitado;
- Grávidas e crianças menos de 12 meses – No caso de se verificar a impossibilidade de evitar ou adiar a viagem, a aplicação da vacina deve ser discutida com o médico especialista em Medicina do Viajante;

Para além da vacina é aconselhável a adopção de medidas gerais preventivas, mesmo estando vacinado, como evitar a exposição nos períodos de maior actividade do mosquito - ao amanhecer e ao entardecer; usar roupas compridas evitando áreas de pele descoberta e usar calçado fechado; utilizar repelentes de insectos com aplicações regulares ao longo do dia; usar rede mosquiteira na cama, se possível impregnada com insecticida; usar o ar condicionado, sempre que possível, pois é um método bastante eficaz para afastar os mosquitos do quarto. 

Zonas do mundo afectadas
A encefalite japonesa é a principal causa de encefalite viral na Ásia e ocorre na maioria dos países asiáticos. Dados revelados pela Organização Mundial de Saúde indicam que a incidência da doença tem diminuído no Japão, na Península Coreana e em algumas regiões da China.

Os países com mais casos e com maior índice de transmissão da encefalite japonesa são a Índia, Nepal, Paquistão, Vietname, norte da Tailândia, Indonésia e Timor. A infecção ocorre principalmente em zonas de clima tropical, nas épocas de chuva, nomeadamente durante o Verão e o Outono.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Sem vacina ou terapêutica preventiva
Segundo os especialistas, a dengue será, no futuro, a principal doença tropical emergente nos países
Dengue

A dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus transmitido ao homem pela picada do mosquito do género Aedes (sendo o mais importante vector o Aedes aegypti) e que pode conduzir à morte. O mosquito pica durante o dia, sobretudo no período do amanhecer e antes do pôr-do-sol. Não existe transmissão pessoa a pessoa.

Na maioria dos casos a doença é auto-limitada, com os doentes a recuperar após alguns dias sem necessidade de tratamento, podendo até não originar sintomas. No entanto, em situações mais grave, a dengue hemorrágica, pode conduzir à morte.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, actualmente, entre 2,5 a 3 biliões de pessoas vivem em áreas com risco de infecção por dengue. A dengue existe nas regiões tropicais e subtropicais da América Central e do Sul, África e sudeste da Ásia, e mais recentemente em certas regiões da Austrália e do continente Norte-Americano, acarretando, por isso, risco de transmissão ao viajante.

Actualmente não existe vacina ou terapêutica preventiva disponíveis. Por isso, a prevenção da doença em áreas de risco baseia-se exclusivamente nas precauções gerais. O diagnóstico rápido e fiável é hoje possível graças ao Teste de Imunocromatografia para a Dengue. Através da centrifugação de uma amostra de sangue é obtido o soro que é colocado neste kit de teste, juntamente com um reagente que se vai ligar ao soro. Em apenas 15 a 20 minutos obtém-se o resultado que é indicado por linhas coloridas. 

Diferentes manifestações
Na primeira vez que se é infectado é possível observar um quadro clínico que pode ir de assintomático até uma crise aguda, com febre elevada, intensas dores ósseas, dores musculares e articulares e cansaço intenso. A recuperação é normalmente lenta, podendo passar semanas ou meses até um completo restabelecimento da doença.

Quando se é infectado pela segunda vez, pode acontecer não desenvolver a doença, ganhar imunidade, promovida pela infecção anterior, caso tenha sido infectado pelo mesmo tipo (ou serotipo) de vírus da dengue - existem quatro serotipos. O problema maior surge quando se é infectado novamente mas por um serotipo de vírus do dengue diferente do anterior, podendo desenvolver uma doença muito mais grave, com manifestações hemorrágicas e possibilidade de evolução fatal: a dengue hemorrágica.

Ou seja, os sintomas da dengue clássica podem assemelhar-se aos de uma gripe intensa e incluem febre alta de início súbito, dores de cabeça, dores retro-oculares, dores musculares e articulares, náuseas e vómitos, manchas na pele e erupção cutânea. Já na dengue hemorrágica, os principais sintomas são dores abdominais severas e contínuas, dor no fígado (debaixo das costelas, do lado direito), tonturas, desmaio, pele fria e pegajosa, suores frios, hemorragias, sangramentos do nariz, boca ou gengivas, pulso fraco e rápido e sede excessiva. Com tratamento de suporte adequado e atempado, a mortalidade com esta forma de dengue pode ser inferior a 1 por cento. 

Prevenção
Não existe, actualmente, nenhuma vacina, medicação profiláctica ou tratamento específico para a dengue. Por isso, todos os tratamentos possíveis são apenas para alívio dos sintomas: o repouso, a hidratação, os antipiréticos e os analgésicos (sempre paracetamol, porque a aspirina e derivados estão contra-indicados, pelo risco de agravarem possíveis hemorragias).

Para evitar a doença deve manter-se distância dos locais habituais de reprodução do mosquito, ou seja, qualquer recipiente usado para juntar ou armazenar água. Alguns locais frequentes são pratos e vasos de plantas, panelas cisternas, garrafas, latas, pneus abandonados e calhas de telhado. A fêmea do mosquito coloca os seus ovos nesses recipientes com água e em redor de casas, escolas e outras áreas urbanas.

Deve também adoptar as medidas habituais para evitar picadas de mosquitos, nomeadamente:
- Aplicar regularmente repelente de insectos nas partes do corpo expostas (cara, mãos, pescoço, orelhas, pés, tornozelos, etc.), particularmente a partir do entardecer. Os repelentes com a substância DEET são os mais eficazes.
- Usar roupas claras com mangas e pernas compridas. Pode-se também aplicar um repelente em spray directamente na roupa.
- Permanecer em locais com ar condicionado e/ou redes protectoras nas porta e janelas. Pode-se também aplicar o repelente do lado exterior das portas e janelas e utilizar um difusor eléctrico.
- Dormir debaixo de uma redes mosquiteiras, garantindo que nenhuma parte do corpo fica encostada à rede (redes rectangulares são mais seguras que triangulares).
- Eliminar quaisquer recipientes/reservatórios/locais de água parada (como os pratos dos vasos, baldes, caixotes do lixo abertos, entre outros) perto do local de estadia - locais onde se desenvolve o mosquito.

Em áreas endémicas para o dengue, em caso de aparecimento de sintomatologia suspeita - nomeadamente febre, até 15 dias após o último dia de viagem - o viajante deverá procurar imediatamente assistência médica. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde:
- Cerca de 2,5 bilhões de pessoas, ou dois quintos da população mundial, estão agora em risco de contágio com a dengue.
- A doença é agora endémica em mais de 100 países.
- A dengue hemorrágica é uma das principais causas de doença grave e morte entre crianças em alguns países asiáticos.
- Em 2007, havia mais de 890.000 casos notificados de dengue nas Américas, dos quais 26.000 casos foram de febre hemorrágica da dengue.
- As taxas de infecção da dengue entre as pessoas que não tenham sido anteriormente expostos ao vírus são geralmente 40 a 50 por cento durante as epidemias, mas podem, por vezes atingir os 80 a 90 por cento.
- Cerca de meio milhão de pessoas com dengue hemorrágica são hospitalizadas por ano, muitas das quais são crianças. Cerca de 2,5 por cento destes pacientes morrem.
- A fatalidade em relação à febre hemorrágica da dengue, pode exceder os 20 por cento se não tratada. Se houver acesso ao atendimento médico com profissionais de saúde treinados no tratamento da doença, a taxa de mortalidade pode ser inferior a 1 por cento.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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