Violência psicológica dos tempos modernos
Vários estudos indicam que o tema mais procurado na internet é o sexo em todas as suas vertentes.

Com o aparecimento e desenvolvimento das tecnologias – telemóveis, iphone, ipad, etc. -, passaram a existir novos termos utilizados pela comunidade para identificar acções, apenas possíveis através da utilização desses meios tecnológicos. O sexting é uma delas.

São cada vez mais frequentes os casos de casais que partilham a sua intimidade, um com o outro, através do telemóvel, por mensagens, fotografias e vídeos. A partilha destas mensagens na internet ocorre, normalmente, após ruptura de uma relação. Dá-se então o sexting. Esta prática tornou-se comum em várias faixas etárias, mas é nas camadas mais jovens que acontece com mais frequência.

Partindo do princípio que uma grande parte da população mundial tem acesso, e é utilizadora de um dos meios mais fortes de comunicação que existem nos dias de hoje, a internet, podemos calcular a quantidade de informação, desejada e indesejada, que circula diariamente pelo mundo cibernético.

É uma situação bastante constrangedora a nível psicológico para a pessoa envolvida, pois vê a sua intimidade exposta perante amigos, conhecidos e desconhecidos. A partir do momento que um conteúdo é partilhado on-line é muito difícil controlar quem vai ver, partilhar ou mesmo utilizar esse conteúdo para outros fins. É nestes casos que tudo se torna mais complicado. Quando os envolvidos são menores, podem correr o risco de ver as suas fotografias ou vídeos utilizados em sites de pornografia infantil ou até mesmo redes de pedofilia.

Na adolescência, por vezes, existe uma despreocupação maior em relação aos diversos tipos de perigos que existem. Por isso, os pais têm um papel fundamental na prevenção. É preciso educar e alertar os mais jovens para este tipo de riscos, pois a produção, distribuição e posse de material que envolva conteúdo sexual de menores, são considerados crime.

Existem já casos em que a polícia conseguiu identificar os envolvidos, e que posteriormente foram condenados pela justiça.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba qual o seu
A identificação do fototipo da sua pele permite-lhe saber o tipo de riscos que corre sempre que se e

O tipo de pele, ou fototipo, descreve como a sua pele reage à primeira exposição ao sol

Ou seja, quanto menor o fototipo cutâneo, maiores devem ser os cuidados a ter com o sol, pois a pele é mais sensível ao dano provocado pela radiação ultra-violeta.
Essa maior ou menor sensibilidade varia consoante as quantidades de melanina, o pigmento que dá cor à pele.

O tipo de pele é identificado por várias características, tais como a cor do cabelo ou da pele.

A pele é classificada em seis tipos fototipos diferentes:

Fototipo 1 - Pele muito clara

  • Pele clara, muitas vezes com sardas;
  • Cabelos loiros ou ruivos;
  • Olhos azuis ou verdes;
  • A pele é extremamente sensível ao sol, queima sempre e não bronzeia;
  • Tempo de protecção individual de 3 a 10 minutos (tempo que medeia até ficar vermelha, quando não protegida);
  • É inútil tentar bronzear este tipo de pele. Irá apenas fazer mal a si próprio! Use uma loção auto-bronzeadora, se mesmo assim quer ter um ar "bronzeado";
  • Este tipo cutâneo nunca deve usar um protector solar com factor de protecção solar inferior a 50.

Fototipo 2 - Pele clara

  • Pele clara, mas um pouco mais escura que a do tipo 1;
  • Cabelo loiro a loiro escuro;
  • Olhos azuis ou verdes;
  • A pele também é sensível ao sol, bronzeia lentamente mas nem sempre, e é propensa a queimaduras solares e a ficar com sardas depois de apanhar um pouco de sol;
  • Tempo de protecção individual de 10 a 20 minutos;
  • Este tipo cutâneo deve usar um protector solar com um nível de protecção entre o 30 e o 50.

Fototipo 3 - Pele clara a média

  • Pele um pouco mais escura;
  • Cabelo loiro escuro a castanho;
  • Cor dos olhos variável;
  • A pele é apenas ligeiramente sensível ao sol, bronzeia progressivamente mas, se não se proteger convenientemente, pode queimar fácil e rapidamente, o bronzeado dura muito tempo;
  • Tempo de protecção individual de 20 a 30 minutos;
  • Este tipo cutâneo deve usar um protector solar com factor de protecção solar inferior a 20.

Fototipo 4 - Pele média

  • Pele castanho claro;
  • Cabelo castanho-escuro ou preto;
  • Olhos escuros;
  • A pele é robusta, bronzeia e queima pouco. O bronzeado dura muito tempo;
  • Tempo de protecção individual de 40 minutos;
  • Ainda assim, quem pertence a este fototipo nunca deve usar um protector solar com factor de protecção solar inferior a 15.

Fototipo 5 - Pele média a escura

  • Pele média a escura;
  • Cabelo castanho ou preto;
  • Olhos escuros;
  • Este tipo cutâneo bronzeia muito e raramente queima. Ainda assim, quem pertence a este fototipo nunca deve usar um protector solar com factor de protecção solar inferior a 15.

Fototipo 6 - Pele escura ou muito escura

  • Pele escura ou muito escura;
  • Cabelo preto;
  • Olhos escuros;
  • Este tipo cutâneo raramente queima. Ainda assim, quem pertence a este fototipo deve usar um protector solar com um nível de protecção inferior a 15.
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Conheça os dados:
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde a principal causa de morte evitável em t

A palavra tabagismo designa o vício de fumar continuadamente quaisquer produtos que contenham tabaco. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como uma doença que se caracteriza pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.

Os cigarros - definido como uma pequena porção de tabaco seco e picado, enrolado numa mortalha fina ou em palha de milho para se fumar – contêm cerca de 4.720 substância tóxicas, sendo a nicotina a responsável pela dependência. Esta, em conjunto com o alcatrão, é determinante para o rápido enfraquecimento das defesas naturais e das células responsáveis pela oxigenação adequada dos órgãos vitais.

O tabagismo é a maior causa de morte evitável do mundo e, segundo os dados da OMS, vitima anualmente mais de três milhões de pessoas em todo o mundo, um cenário animador se comparado com os cerca de 10 milhões de vítimas que aquela entidade prevê que sejam liquidadas pelo tabagismo em 2020. Para além disso, a mesma organização estima que dentro de 18 anos – em 2030 - aumente em 330 por cento a taxa de mortalidade. Em Portugal, são mais de 12 mil as vítimas mortais, por ano, provocadas directamente pelo tabaco.

A principal preocupação centra-se nos jovens das sociedades modernas, nas quais o vício tem crescido de forma perturbadora e que deverá contribuir em muito para o aumento de mortes. Os mais proeminentes estudos científicos demonstram que é na adolescência que o tabagismo começa, estando a média da experiência do primeiro cigarro e consequente adição situada nos 17 anos, um período de mudanças significativas no corpo humano e por serem estas as faixas etárias com menor capacidade psicológica de resistir às tentações e ao fruto proibido que são os cigarros e outras substâncias ilícitas derivadas.

Face aos perigos que o tabagismo representa, a OMS defende que este problema seja designado de pandemia - o último nível atribuído a uma doença e exclusivo das epidemias generalizadas.

Consequências do tabagismo
Muitos dos fumadores não tem consciência dos perigos a que expõe o seu corpo a cada cigarro que fuma e menos ainda são aqueles que estão cientes de que os efeitos potencialmente mortais deste vício não se manifestam a curto prazo mas após anos de intensa preferência por aqueles.

Aliás, o tabagismo é usualmente definido como um "assassino silencioso”, uma vez que os problemas resultantes são permanentes, irreversíveis e as suas complicações surgem de forma lenta e gradual.

Fumar aumenta a possibilidade de vir a sofrer um acidente vascular cerebral ou um enfarte, de ter cancro do pulmão, da boca ou da laringe, e, nos homens, pode provocar impotência sexual ou agravar outras situações do foro sexual. De acordo com recentes estudos, o consumo de tabaco nas sociedades desenvolvidas é mesmo uma das principais causas de morte directa e indirecta, especialmente fatal quando aliada a uma vida sedentária e alimentação desaconselhada.

Também os fumadores passivos sofrem as consequências do tabagismo com um aumento do risco de sofrerem de cancro do pulmão ou desenvolver complicações cardiovasculares, como a diabetes ou a hipertensão. O último relatório da OMS, datado de 2008, amplia os contornos sombrios das consequências para os fumadores ao afirmar que apenas 14 em cada 100 pessoas com cancro do pulmão sobrevivem mais de cinco anos.

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Prémio distingue profissionais do Hospital Egas Moniz
A realidade da dor em contexto hospitalar é o trabalho vencedor do prémio da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna/Grünenthal.

De acordo com o estudo “a dor é uma queixa frequente (2 em cada 3 doentes referiram algum tipo de dor) e tem impacto considerável nos doentes internados. Apesar de dores intensas referidas, os fármacos mais usados em ambulatório e internamento foram analgésicos não opióides”.

A investigação conclui ainda que “com o aumento da idade dos doentes há uma diminuição do alívio da dor com a medicação analgésica usada em internamento e uma maior interferência da dor nas actividades do seu dia-a-dia”.

O trabalho distinguido é da autoria de Pedro Figueiredo, Rui Valente, Samaher Tannira, Diana Ferreira, Catarina Zilhão, Célia Gonçalves, Francisco Silva e Alberto Mello e Silva (Serviço de Medicina II, do Hospital Egas Moniz - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental).

O estudo teve como objectivos analisar a prevalência de dor aguda e crónica no internamento de Medicina de um hospital; caracterizar população; avaliar o controlo da dor com a medicação instituída em ambulatório e com a prescrita no internamento e comparar a dor referida pelo doente com a registada.

O prémio da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna/Grünenthal teve como objectivo galardoar trabalhos originais em língua portuguesa de investigação ou de descrição de casos clínicos, em formato de poster ou em comunicação oral, no âmbito do tratamento da dor crónica. Ao trabalho vencedor foi atribuído o prémio de 2.000 euros.

Para mais informações www.spmi.pt

Encontros da Primavera
O cancro do pâncreas, segunda neoplasia maligna mais frequente do tubo digestivo, estará em destaque, nos Encontros da...

Este novo tratamento é a primeira terapêutica, em sete anos, a ser aprovada para este tipo de cancro e demonstrou, através de estudos clínicos, aumentar a sobrevida do doente com cancro do pâncreas através da redução global de 28% no risco de morte. O novo tratamento conta com um mecanismo de acção inovador dirigido às células do tumor no pâncreas que permite optimizar a actuação do fármaco, melhorando o acesso do medicamento às células do tumor.

O cancro do pâncreas, segunda neoplasia maligna mais frequente do tubo digestivo, é um dos mais letais tipos de cancro, constituindo a quinta causa mais comum de mortes por cancro no mundo. A doença progride de forma muito rápida e é assintomática nos estadios iniciais, o que dificulta o seu diagnóstico precoce. O cancro do pâncreas é um tipo de cancro muito grave que leva à morte de 99% das pessoas diagnosticadas com a doença. A sobrevivência média dos doentes com doença inoperável ou com metástases é de apenas 3 a 6 meses.

No mundo, surgem por ano cerca de 280 mil novos casos e em Portugal, estima-se que surjam 1225 novos casos, dos quais 693 em estadio IV no momento do diagnóstico.

No último dia dos Encontros da Primavera, 29 de Março, decorre pelas 14h50 a palestra “Cancro do pâncreas avançado: individualização terapêutica na prática clínica”, apresentada por Andres Munoz, médico oncologista do Serviço de Oncologia Médica do Hospital General Universitario Gregorio Marañón, em Madrid. Esta palestra evidencia a crescente importância dada à personalização e individualização no tratamento do cancro, especialmente em fases avançadas e metastizadas.

 

José de Mello Saúde reforça rede de clínicas
Entra em funcionamento a 1 de Abril a nova clínica CUF São Domingos de Rana, a mais recente unidade do Grupo José de Mello...

Consultas, análises e exames complementares de diagnóstico são alguns dos serviços disponíveis na nova clínica CUF São Domingos de Rana. Além de Medicina Geral e Familiar, a clínica CUF terá também consultas de Ginecologia, Pediatria, Cardiologia, Otorrinolaringologia, Medicina Dentária, Oftalmologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Vascular, entre outras especialidades. Esta nova unidade de saúde tem acordos com a maioria das seguradoras e subsistemas de saúde.

Com um horário de funcionamento de segunda a sexta-feira, entre as 7h e as 21h30, e aos sábados entre as 8h e as 19h, a nova clínica dispõe também de um serviço de consultas de Medicina Geral e Familiar sem necessidade de marcação, a funcionar de segunda a sexta-feira entre as 8h e as 21h30 e aos sábados entre as 8h e as 19h.

A nova clínica CUF São Domingos de Rana vai funcionar em colaboração com a clínica CUF Cascais que, além do serviço de atendimento médico permanente, possui uma vasta oferta de especialidades médicas, equipamentos tecnológicos avançados, cirurgias, internamento e um corpo clínico experiente e qualificado.

A abertura desta clínica pretende oferecer uma melhor resposta à população de todas as freguesias do concelho de Cascais e fornecer os cuidados de saúde de qualidade reconhecida da rede saúde CUF, a operar em Portugal desde 1945. No relatório SINAS, elaborado pela Entidade Reguladora da Saúde e divulgado no final de 2013, todas as unidades da rede saúde CUF obtiveram a classificação máxima (5 estrelas).

Ao contrário da região do Porto
Um estudo realizado pela Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses revela que há um decréscimo progressivo...

Um estudo realizado (em 2010) pela Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) junto de 164 hospitais nacionais, revela que há um decréscimo progressivo nas dotações seguras de três enfermeiros por sala de operações. Em Lisboa, apenas 50% dos inquiridos tem este número assegurado. Em comparação, na região do Porto, estão garantidas dotações seguras em 91% das salas de operações.

A AESOP estima que em Portugal trabalhem pelo menos 5 mil enfermeiros em contexto peri-operatório (no bloco operatório). Considera-se uma cirurgia segura, quando estão presentes na sala de operações o enfermeiro instrumentista, o enfermeiro circulante e o enfermeiro de anestesia.

“Existe uma relação evidente entre a dotação de enfermeiros e a segurança dos doentes. O número apropriado de enfermeiros, com capacidades adequadas, reduz significativamente o número de eventos adversos, que causam morbilidades e mortalidade hospitalar”, explica Manuel Valente, Vice-presidente da AESOP.

A maioria dos blocos operatórios trabalha com dotações seguras nos turnos da manhã, enquanto no turno da noite o número de equipas com dotações seguras é relativamente reduzido, num contexto de actividade cirúrgica de urgência e onde os meios redundantes de suporte não existem.

Este estudo mostra que o valor do decréscimo é de 9,5% do turno da manhã para o turno da tarde e de 43% do turno da manhã para o turno da noite.

“A não garantia na sala de operações do enfermeiro instrumentista, enfermeiro circulante e enfermeiro anestesista, respectivamente para cada uma das funções é, por si só, um condicionador de risco acrescido de eventos adversos”, remata o Enfermeiro Manuel Valente.

Este e outros temas estão em debate no XVI Congresso Nacional da AESOP, que se realiza no Centro de Congressos do Estoril.

 

Saúde mental
Cada vez mais se fala em doenças mentais, e muito pouco em Saúde Mental e na prevenção da doença.

Quantas vezes se fala em saúde mental?
Provavelmente poucas. No entanto, tem-se falado cada vez mais em doenças mentais. Isto porque é do conhecimento geral que as doenças mentais estão a aumentar, devido à realidade socioeconómica atual, como à falta de intervenções na promoção da saúde mental e na prevenção da doença. Também o estigma, em relação à doença mental, leva a que muitas vezes os doentes e as respetivas famílias escondam a doença e peçam ajuda tardiamente.

O que é a saúde mental?
A saúde mental é mais do que ausência de doença ou de sintomas, mas também a capacidade de enfrentar obstáculos e de ser resiliente face às adversidades. Obtém-se através da promoção do bem-estar e do empowerment.

Que respostas existem para a doença mental em Portugal?
Poucas. Apesar de existir um Plano Nacional de Saúde Mental (2007-2016), que prevê uma panóplia de intervenções e de estratégias de assistência ao doente mental e família, pouco se vê desenvolvido e implementado neste âmbito. Assim, e uma vez que não têm sido criados serviços, equipas e instituições para assistir o doente mental e família, seria importante investir em estratégias de promoção da saúde mental, a desenvolver na comunidade e em parceria com outras instituições e organismos.

Qual a realidade atual?
Segundo relatórios da União Europeia (UE), a doença mental atinge mais de 27% dos adultos, com ansiedade e depressão. A depressão está em 4º lugar a nível mundial, como carga global de doença, e prevê-se o 1º lugar na projeção para 2020.

De acordo com o estudo “A Carga Global da Doença” (Global Burden of Disease), conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças mentais, incluindo o suicídio, ocupam o 2º lugar no grupo das doenças que atingem países com economias estáveis, sendo que das dez doenças mais incapacitantes, nas idades compreendidas entre 15 e 44 anos, quatro são do foro psiquiátrico (depressão major, esquizofrenia, transtornos bipolares e distúrbio obsessivo-compulsivo).

Em Portugal, a doença mental atinge 30% da população, menos de 50% têm acesso a cuidados especializados e constituí a 1ª causa global de doença.

Como promover a saúde mental?
Existem várias formas de promover a saúde mental. Combatendo situações de stresse e ansiedade intensa, aprendendo a utilizar técnicas diversas de relaxamento (umas mais mentais, outras mais físicas). Mas, essencialmente, encontrar o Ser Interior e o equilíbrio interno, para dar resposta às seguintes questões: Quem sou eu? Quem quero ser? Para onde quero ir? Qual o caminho a seguir? Lutar por aquilo que nos deixa feliz, partilhar afetos e acreditar que somos capazes de ultrapassar as adversidades. Simplesmente não desistir! Mesmo quando os problemas nos batem à porta, não cruzar os braços, pedir ajuda e acreditar que vamos conseguir ultrapassar.

Por onde começar?
Devíamos apostar na promoção da literacia em saúde mental, ou seja, na aquisição de conhecimentos sobre a saúde mental, no sentido de ensinar os indivíduos a identificar sinais e sintomas da doença mental, a prevenir problemas de saúde mental, a incentivar a procura de ajuda precoce e a reduzir o estigma associado às perturbações mentais. Investir na saúde mental, apostando no aumento de conhecimentos dos cidadãos, sensibilizando os organismos e instituições para investirem nesta área e desenvolvendo ações de luta contra o estigma. A saúde mental é imprescindível ao desenvolvimento social e económico das comunidades. Envolver as comunidades, no desenho e desenvolvimento de planos locais de promoção da saúde mental, é um importante desafio para garantir mais e melhor saúde mental, a cada comunidade. A reforma da saúde mental é indispensável para assegurar a integração dos serviços de saúde mental no sistema geral de saúde e garantir a acessibilidade na comunidade (Plano Nacional de Saúde Mental, 2007-2016).

Nota: Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Referências Bibliográficas

COMISSÃO NACIONAL PARA REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL (2007). Reestruturação e Desenvolvimento dos Serviços de Saúde Mental em Portugal - Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016.

GOMES, José Carlos Rodrigues e LOUREIRO, Maria Isabel Guedes. O lugar da investigação participada de base comunitária na promoção da saúde mental. Revista Portuguesa Saúde Publica. Lisboa. ISSN 0870-9025. Volume 31, nº 1,(janeiro,2013).

OMS - Organização Mundial de Saúde (2002) - Relatório Mundial da Saúde 2001 – Saúde Mental: Nova Compreensão, Nova esperança. Lisboa: Direção Geral de Saúde.

The Global Burden Of Disease" by C.J.L. Murray and A.D. Lopez, World Health Organization, 1996, Table 5.4 page 270

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Usado apenas uma vez por semana
Um medicamento para a diabetes administrado apenas uma vez por semana foi aprovado para comercialização na Europa.

A GlaxoSmithKline (GSK) anunciou esta quarta-feira que recebeu aprovação de comercialização na Europa para o seu medicamento para a diabetes administrado apenas uma vez por semana, o albiglutide, que a empresa comercializa como Eperzan®, avança a agência Reuters.

O medicamento recebeu uma recomendação positiva da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em Janeiro.

A GSK disse que espera lançar o albiglutide em diversos países na Europa entre o terceiro e quarto trimestre deste ano.

O albiglutide está actualmente a ser revisto por reguladores dos EUA, que devem emitir a sua opinião sobre o fármaco até dia 15 de Abril.

A autorização da agência europeia para o albiglutide teve como base os resultados do programa Harmony, composto de oito ensaios clínicos de estágio final, disse a companhia.

 

Provenientes da Índia
A Comissão Europeia aprovou medida para proibir a importação de certas frutas e produtos hortícolas provenientes da Índia.

Os Estados-Membros na reunião do Comité Fitossanitário Permanente aprovaram esta quarta-feira medidas de emergência, propostas pela Comissão Europeia, proibindo a importação de certas frutas e produtos hortícolas provenientes da Índia.

Os alimentos em questão são Colocasia sp (taro), Mangifera sp (manga), Momordica sp (melão-de-são-caetano), Solanum melongena (beringela) e Trichosanthes sp (abóbora-serpente).

As medidas visam fazer face às deficiências significativas no sistema de certificação fitossanitária da exportação desses produtos para a UE, refere-se em comunicado enviado à redacção.

 

Sistema Nacional de Saúde
Um grupo de peritos nomeados pelo Ministério da Saúde concluiu que o Sistema Nacional de Saúde tem falta de alguns meios para...

O Sistema Nacional de Saúde tem falta de equipamentos suficientes para responder a algumas necessidades na área oncológica, nomeadamente ao nível da medicina nuclear e da radio-oncologia, segundo peritos nomeados pelo Ministério da Saúde para actualizar a carta de equipamentos médicos pesados, avança hoje o Expresso, citado pelo Diário Digital.

Segundo a análise realizada e agora publicada, faltam quatro PET e PET-TC - máquinas que, por exemplo, produzem imagens que permitem planear tratamentos de radio-oncologia - para atingir o total de 14 dispositivos considerados necessários. Actualmente funcionam 10 dispositivos, mas apenas três em unidades do Estado.

Segundo o jornal, diagnóstico semelhante é feito para outra tecnologia utilizada em oncologia. Há necessidade de mais 15 aceleradores lineares - os mais utilizados nos tratamentos de radioterapia externa - para perfazer o conjunto de 60 equipamentos clinicamente desejáveis face ao número de doentes com cancro em Portugal.

O país tem 45, a maioria (29) nas unidades públicas.

Nos restantes equipamentos inventariados, como ressonâncias magnéticas, tomografias computorizadas ou angiógrafos, a oferta é geralmente excessiva. Ou seja, há tecnologia a mais para as necessidades de tratamento dos doentes.

Ao todo, o país tem 241 equipamentos pesados, 223 no Serviço Nacional de Saúde, com destaque para a região Norte. Além de serem excessivos, quase sempre produzem menos do que seria expectável em condições ideais.

Os peritos afirmam ainda que grande parte dos equipamentos está a terminar o seu período de vida útil. Se for considerado o prazo máximo de 12 anos, um total de 30 dispositivos terá de ser substituído durante este ano, escreve o Expresso.

 

Vamos a Isto
Sob o lema “Exercício hoje... Saúde para sempre”, o projecto “Vamos a Isto” demonstra que, independentemente da idade, do sexo...

Todos sabemos que a prática de actividade física faz bem ao organismo e ao bem-estar, mas na verdade passamos muitas horas em frente ao computador, evitamos ir a pé para o local de trabalho e para fazer as nossas compras diárias, e muitas vezes não tomamos as melhores decisões no que diz respeito à escolha dos alimentos que ingerimos.

Sob o lema “Exercício hoje... Saúde para sempre”, o projecto Vamos a Isto demonstra que, independentemente da idade, do sexo e do estado de saúde, todas as pessoas podem melhorar a sua qualidade vida, fazendo simples sessões de exercício físico três vezes por semana na sua casa ou no exterior. Pode consultar o www.vamos-a-isto.com, onde encontra vários programas de exercício físico, com uma duração média de 15 minutos por cada programa, acompanhados por Rui Barros, os quais são compostos por sequências de exercícios simples e práticos que podem ser feitos em casa ou no exterior, em grupo ou individualmente.

Os vídeos são constituídos por aulas cujos movimentos se caracterizam por serem de baixa intensidade, utilizando um padrão fácil de seguir e estão adaptados para todos os escalões etários.

Vamos a Isto irá ajudá-lo(a) a atingir os seus objectivos, sejam eles a redução do risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares, musculares e ósseos, o atraso do envelhecimento ou a melhoria da qualidade do sono, entre muitos outros benefícios. O portal conta também com testemunhos bem conhecidos da comunidade médico-científica e de participantes anónimos que reconhecem na actividade física uma mais-valia para o seu bem-estar diário e para o aumento da sua qualidade de vida.

 

Estudo revela:
O autismo resultará de anomalias no desenvolvimento de certas estruturas cerebrais do feto, revelaram neurologistas americanos.

A descoberta faz parte de um estudo que mostra que existe uma desorganização na estrutura cerebral das crianças autistas. “Se for confirmada por outras investigações, poderemos deduzir que isso reflecte um processo que se produz bastante tempo antes da nascença”, explicou Thomas Insel, director do Instituto Americano da Saúde Mental (IASM), que financiou o trabalho publicado na revista New England Journal of Medicine.

“Estes resultados mostram a importância de uma intervenção precoce para tratar o autismo, que atinge uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos”, salientou.

O autismo é “geralmente considerado como um problema do desenvolvimento do cérebro, mas as investigações não permitiram ainda identificar a lesão responsável”, disse.

“O desenvolvimento do cérebro de um feto durante a gravidez inclui a criação do córtex - ou córtex cerebral – composto por seis camadas distintas de neurónios”, precisou Eric Courchesne, director do Centro de Excelência em Autismo da Universidade da Califórnia (San Diego), principal co-autor da pesquisa. “Descobrimos anomalias no desenvolvimento dessas camadas corticais na maioria das crianças autistas”, acrescentou.

Os médicos analisaram amostras de tecido cerebral 'post-mortem' provenientes de 11 crianças autistas com idades entre os dois e os 15 anos no momento da sua morte e compararam-nas com amostras de um grupo de 11 crianças que não eram autistas.

Os investigadores analisaram uma série de 25 genes que servem de marcadores para certos tipos de células cerebrais que formam as seis camadas do córtex e constataram que estes marcadores estavam ausentes em 91% dos cérebros de crianças autistas, contra nove por cento no grupo de controlo (crianças não autistas).

 

Não exige investimento
Portugal pode tornar-se opção internacional nas áreas de dentária, estética e fertilização, aumentando assim a procura do...

O responsável do Health Cluster Portugal (HCP) defendeu que o turismo de saúde é uma oportunidade de negócio, sem necessidade de investimentos adicionais, pois o país tem oferta excedentária de equipamentos, infra-estruturas e profissionais, faltando apenas apostar na promoção.

O director executivo do HCP, Joaquim Cunha, disse que, “de facto, há um potencial e não precisa de investimento, ou seja, os hospitais que [o país] tem chegam e neste momento, quer da parte pública quer da privada, há uma oferta excedentária”.

Para Joaquim Cunha, Portugal tem mais unidades de saúde, aparelhos e recursos humanos do que necessita, situação que relacionou com a evolução demográfica, a estagnação da população e com o facto de alguns investimentos terem sido projectados e iniciados numa altura em que a economia estava a crescer e já não foi possível alterar a sua concretização.

O turismo de saúde, com um desenvolvimento recente, junta a visita, normalmente a outro país, com o objectivo de realizar tratamentos médicos, com maior destaque nas áreas dentária, estética, ortopédica e das fertilizações.

Com um clima ameno e produtos turísticos variados, da praia à cultura, história ou gastronomia, o destino Portugal tem recebido distinções no estrangeiro, uma vantagem a que pode juntar-se, segundo o HCP, a qualidade dos serviços médicos.

No entanto, “precisamos de investir sobretudo na promoção” do país, salientou Joaquim Cunha. “Temos histórias de sucesso, uma é o Sistema Nacional de Saúde (SNS), a parte pública e privada”, defendeu o responsável.

Para o HCP, o SNS “compara bem com outros (sistemas) a nível internacional, mas os outros (países) não sabem. A imagem que um alemão tem do nosso SNS não corresponde à sua qualidade, o que não é verdade junto dos médicos, pois convivem em congressos internacionais e conhecem-se”.

A falta de conhecimento da forma como funciona o SNS leva a um “défice de reputação” de Portugal nesta área, o que “tem de ser trabalhado”, frisou Joaquim Cunha.

O director executivo do HCP faz questão de explicar que não se trata de uma imagem negativa do sistema de saúde, mas sim de uma “má imagem de Portugal e dos países do sul” da Europa.

Os jovens médicos e enfermeiros que acabam por emigrar e ir trabalhar para outros países têm um papel “importantíssimo” na construção dessa reputação e estes profissionais “são muito bem formados”. “Temos de ter uma estratégia de nos promovermos internacionalmente, onde fará sentido utilizar os nossos activos”, resumiu Joaquim Cunha.

 

Infarmed
O Infarmed avisou que “ruptura total do stock de canetas de adrenalina a nível nacional põe vidas em risco”, por isso a...

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) autorizou, a título excepcional, a importação de canetas de adrenalina que estão esgotadas nas farmácias nacionais. A disponibilização de embalagens de Anapen (0,15 mg e 0,30 mg) vai começar hoje [27 de Março] “pelo que todas as farmácias que delas necessitem devem solicitá-las aos distribuidores habituais”, informa o Infarmed.

Esta autorização de importação para utilização especial foi divulgada depois de a Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares (Alimenta) ter avisado que a “ruptura total de stock de canetas de adrenalina a nível nacional põe vidas em risco”. O distribuidor exclusivo destes dispositivos que são usados em caso de reacção alérgica grave “confirma que o stock da única caneta de adrenalina vendida em Portugal (Anapen) está esgotado” e que a previsão de regularização do stock é de “duas semanas”, alertou a associação em comunicado.

“Esta situação não é aceitável dada a dependência deste fármaco para a sobrevivência de crianças, jovens e adultos com alergias alimentares”, critica a direcção da Alimenta, que lembra que, para quem sofre deste problema, “a caneta de adrenalina pode ser a diferença entre sobreviver ou não a um choque anafiláctico”.

Em 3 de Março, o Infarmed adiantava que havia um stock de emergência assegurado pelo distribuidor e reconhecia a necessidade de avaliar a possibilidade de conceder uma autorização de importação para utilização especial. “Até agora, nada foi operacionalizado”, lamenta a associação.

O Infarmed explica agora que autorizou a importação a título excepcional destes medicamentos rotulados em língua francesa (e acompanhados de folheto informativo em português) para “minimizar o impacto da falta de acesso” a estes fármacos que “não dispõem de alternativa terapêutica no mercado”. A Autoridade do Medicamento acrescenta que as canetas de adrenalina continuam a ser comparticipadas pelo Estado em 37%.

 

Hoje é Dia Nacional do Dador de Sangue
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação pretende aumentar este ano o número de novos dadores, chamando os jovens à...

No Dia Nacional do Dador de Sangue, que hoje se assinala, o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) sublinhou a importância de chamar mais jovens à dádiva de sangue e recordou que, no ano passado, houve 28 mil novas inscrições, número que o instituto quer ver aumentado este ano.

“Precisamos que a juventude possa aderir a esta causa, porque só eles nos podem garantir o futuro e até para que se possa contrariar o envelhecimento da população em Portugal”, declarou Helder Trindade à agência Lusa, citada pelo Jornal de Notícias Online.

O responsável deixa ainda um agradecimento a todos os dadores que têm ajudado os doentes, sublinhando o quanto é heróico o seu ato.

Em Fevereiro, o IPST fez um apelo “urgente” à população para que desse sangue, porque as reservas estavam baixas, uma situação que já se encontra ultrapassada.

“O Instituto ultrapassou essa situação e, ao dia de hoje, temos reservas de sangue de todos os grupos suficientes, para não ter situação de qualquer constrangimento. Mas o nosso alerta é um alerta constante. Temos de pedir aos dadores que mantenham as suas dádivas regulares para que possamos continuar a ajudar os doentes. A dádiva de sangue tem de ser mantida ao longo de todo o ano”, afirmou Helder Trindade.

 

Estudo revela:
Os homens heterossexuais queixam-se mais de ejaculação prematura do que os homossexuais e as mulheres heterossexuais...

Os resultados do estudo sobre a “Prevalência de Problemas Sexuais e mau estar associado em heterossexuais, gays e lésbicas”, elaborado pelo Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab), serão apresentados amanhã [28 de Março] durante uma reunião científica.

A investigadora do SexLab Maria Manuela Peixoto, responsável pelo estudo, desenvolvido no âmbito do seu projecto de doutoramento em psicologia, disse que os resultados preliminares apontam para “semelhanças e diferenças ao nível dos problemas sexuais experienciados por heterossexuais, gays e lésbicas”, escreve o Jornal de Notícias Online.

O estudo, que teve como base numa amostra online de 908 homens (435 homossexuais e 473 heterossexuais) e 1399 mulheres (390 lésbicas e 1009 heterossexuais), recolhida entre Maio de 2012 e Maio de 2013, avaliou os principais problemas sexuais dos homens e mulheres. No sexo masculino foram avaliados a disfunção eréctil, a ejaculação prematura, a ejaculação retardada e o baixo desejo sexual, enquanto nas mulheres foram abordadas as dificuldades de orgasmo e de excitação sexual, bem como o baixo desejo sexual e a dor sexual.

A investigação analisou ainda o nível de mal-estar (distress) associado a cada problemática. Os resultados demonstraram que os homens heterossexuais apresentam mais queixas de ejaculação prematura, comparativamente aos homossexuais.

Por seu lado, as mulheres heterossexuais apresentaram mais queixas de dor sexual, dificuldades de orgasmo e dificuldades de excitação sexual, quando comparadas com as lésbicas.

“A prevalência dos problemas sexuais diminuiu significativamente após o controlo dos índices de mal-estar”, lê-se nos resultados preliminares do estudo. Outro aspecto abordado neste estudo, mas cujos resultados ainda não foram trabalhados, prende-se com uma teoria já aflorada na década de 70 pelo médico William Howell Masters e a psicóloga Virginia Eshelman Johnson, sobre a satisfação dos parceiros.

“O que verificámos - e vem de um trabalho da década de 70 - é que os casais de gays e lésbicas dedicam-se mais à satisfação do parceiro, com mais preliminares, o que pode indicar uma satisfação sexual superior”, disse Maria Manuela Peixoto.

Este estudo teve como principal objectivo contribuir para a compreensão do funcionamento sexual em heterossexuais, gays e lésbicas. Além do objectivo de aumentar o conhecimento científico na área, este estudo pretendeu ainda contribuir para a formação mais específica dos profissionais de saúde.

A reunião científica dedicada ao tema “Investigação em Sexualidade Humana: Passado, presente e futuro” é organizada pelo SexLab e realiza-se no Porto.

Criado pelo Centro de Investigação em Sexualidade Humana da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, em parceria com a Universidade de Aveiro, o SexLab é o primeiro laboratório em Portugal a conduzir de forma regular estudos de natureza experimental e psicofisiológica em sexologia.

 

Saiba tudo
É a inflamação do peritoneu, grave complicação de diversas patologias abdominais, geralmente de dese

 

A inflamação da membrana peritoneal costuma ser consequência directa de uma infecção (peritonite infecciosa), embora inicialmente se possa dever à acção de certas substâncias irritantes vertidas na cavidade abdominal (peritonite química). De qualquer maneira, neste último caso, ocorre uma infecção consequente do desenvolvimento de alguns microorganismos integrantes da flora bacteriana digestiva que, na presença de um meio favorável, se tornam mais agressivos.

 

Mecanismos que podem desencadear o processo:

  • A extensão de uma infecção localizada numa víscera abdominal no peritoneu, com a chegada ao espaço peritoneal de micróbios que encontram as condições oportunas para a sua multiplicação;
  • A perfuração ou ruptura de uma víscera abdominal, normalmente um órgão oco do aparelho digestivo e a consequente passagem do seu conteúdo para a cavidade peritoneal (por exemplo, suco gástrico, no caso de uma úlcera de estômago perfurada, ou bílis, se a vesícula biliar se perfurar);
  • Um traumatismo da parede abdominal que provoque uma comunicação entre o peritoneu e o exterior, o que proporciona a contaminação do espaço peritoneal.

São vários e numerosos os distúrbios que, através de alguns dos mecanismos referidos, podem dar lugar a uma peritonite: apendicite, úlcera gastroduodenal, pancreatite aguda, distúrbios inflamatórios intestinais, como a diverticulite ou a doença de Crohn, inflamação da vesícula biliar (colecistite), processos infecciosos dos órgãos genitais, doenças cancerosas, alterações vasculares que perturbem a irrigação do intestino e do peritoneu, hérnias estranguladas, etc.

Na realidade, são tão variadas as causas possíveis que poderiam incluir-se na lista praticamente quase a totalidade das doenças das estruturas anatómicas contidas na cavidade abdominal.

Manifestações
Antes de mais, convém destacar que a peritonite costuma ser uma complicação de um distúrbio intra-abdominal prévio, pelo que as suas manifestações, embora possam ser as primeiras a aparecer, geralmente juntam-se ou sobrepõem-se aos próprios sintomas da patologia causal.

Inicialmente, surge uma dor abdominal contínua cuja intensidade aumenta de maneira progressiva. Ao princípio, a dor pode estar localizada aproximadamente na zona onde assenta o problema desencadeante do processo como, por exemplo, na parte superior e central do abdómen, se se tratar de uma perfuração do estômago, ou no lado direito, se a origem for uma infecção da vesícula biliar. Mas rapidamente o incómodo doloroso tende a generalizar-se por todo o abdómen de maneira difusa ou a distinguir-se simultaneamente em vários sectores, chegando até a irradiar-se a outras regiões corporais (por exemplo, até às costas ou aos ombros).

De forma indirecta, como mecanismo de protecção inconsciente para evitar qualquer factor que agrave a dor, desencadeia-se uma contracção involuntária e persistente da musculatura abdominal. Esta rigidez da parede abdominal, embora inicialmente possa ser localizada, ao fim de algumas horas, vai-se estendendo a todo o abdómen (ventre em tábua). Aparecem náuseas e vómitos, por vezes tão intensos e persistentes que podem chegar a provocar um quadro de desidratação.  Ao mesmo tempo, os movimentos intestinais param (íleo paralítico) e o trânsito do conteúdo do tubo digestivo interrompe-se. Costuma também surgir febre, que evidencia o processo infeccioso, com uma temperatura de 38 a 40 graus  e caracteristicamente mais elevada se for medida no recto, em vez da axila (dissociação térmica). Se não se fizer nada para reprimir esta situação, a evolução espontânea do processo permitirá a passagem de microorganismos para a corrente sanguínea e a sua disseminação por todo o organismo (septicémia), com a instauração de um quadro de choque caracterizado pelo aumento da frequência cardíaca e pulso débil, palidez, extremidades frias, aspecto do paciente muito decadente e com os olhos encovados, etc. Finalmente, produzir-se-á uma alteração da consciência e, embora o paciente esteja inicialmente alerta e irritável, acabará por ficar apático e aos poucos entrará num estado de coma. Sem um tratamento urgente, a sua vida correrá um sério risco.

Tratamento
O tratamento da peritonite constitui uma urgência médico-cirúrgica que exige sempre o internamento hospitalar do paciente. Por um lado, é necessário administrar antibióticos para combater a infecção e proceder a uma nova hidratação do paciente, mediante uma infusão intravenosa (gota a gota), para compensar a perda de líquidos através dos vómitos, bem como levar a cabo uma série de medidas destinadas a aliviar os seus sintomas: analgésicos para atenuar a dor, colocação de uma sonda nasogástrica para evacuar o conteúdo do tubo digestivo e aliviar a distensão abdominal, administração de oxigénio, possíveis transfusões de sangue, etc. Por outro lado, pratica-se uma intervenção cirúrgica, indispensável no tratamento do distúrbio, a fim de solucionar a causa, eliminar o foco contaminante e drenar os líquidos infectados, procedendo até a uma profusa lavagem do espaço peritoneal com soro fisiológico.

Um rosto expressivo
Quando a peritonite está já numa fase avançada, o estado geral do paciente é tão doloroso que se reflecte no seu rosto: pálido, com os olhos submersos, nariz pontiagudo, maçãs do rosto proeminentes, lábios finos e azulados, respiração difícil e uma expressão angustiada. Este aspecto facial é tão típico que é referido como a "face hipocrática", em honra do célebre Hipócrates, que já descreveu estes sinais quatro séculos antes de Cristo.

Automedicação perigosa
Se um paciente com peritonire ingere por iniciativa própria medicamentos analgésicos para combater a dor, encontrará um certo alívio; por outro lado, dificultará a tarefa do médico, pois podem ocultar-se sinais reveladores do distúrbio, o que alterará o diagnóstico.

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Saiba porque acontecem
As náuseas, também designadas de enjoos, não representam uma doença mas sim um sintoma de uma outra

As náuseas e os vómitos são provocados pela activação do centro do vómito no cérebro. O vómito é uma das formas mais espectaculares de eliminar do organismo as substâncias nocivas. Pode ser provocado pela ingestão de alimentos, por ter engolido uma substância irritante ou tóxica, ou pela ingestão de alimentos em mau estado.

Algumas pessoas sofrem de náuseas e podem vomitar devido aos movimentos de um barco,  carro ou avião. Os vómitos podem ocorrer durante a gravidez, principalmente nas primeiras semanas e sobretudo pelas manhãs, podendo ser intensos. Muitos fármacos, inclusivamente os anticancerosos (quimioterapia) e os analgésicos opiáceos, como a morfina, podem provocar náuseas e vómitos. A obstrução mecânica do intestino provoca finalmente a expulsão (vómito) dos alimentos e dos líquidos detidos acima da obstrução. Também podem provocar vómitos, irritação ou inflamação do estômago, do intestino ou da vesícula biliar.

Os problemas psicológicos também podem provocar náuseas e vómitos (vómitos psicogénicos). Tais vómitos podem ser intencionais (por exemplo, uma pessoa com bulimia vomita para perder peso). Ou podem ser não intencionais (uma resposta condicionada involuntária, para ter uma vantagem, como evitar ir à escola). Os vómitos psicogénicos também podem ser o resultado de uma situação ameaçadora ou desagradável que provoca ansiedade. Em alguns casos, os factores psicológicos que provocam vómitos dependem da estrutura cultural da pessoa. Por exemplo, em alguns países a maioria das pessoas achará repugnante comer formigas revestidas de chocolate, mas noutras partes do mundo considera-se um requinte. O vómito pode ser uma expressão de hostilidade; por exemplo, quando uma criança vomita durante uma birra. Ou pode ser provocado por um intenso conflito psicológico; por exemplo, uma mulher que queria ter filhos pode vomitar quando se aproxima o aniversário da sua histerectomia (extirpação cirúrgica do útero) ou no dia exacto da mesma.

Sintomas, diagnóstico e tratamento
Antes de os vómitos começarem, costumam ocorrer vómitos secos (espasmos) e uma considerável salivação. Embora durante os vómitos a pessoa normalmente não se sinta bem, no fim a sensação é de alívio.

Para identificar a causa, o médico interroga a pessoa acerca doutros sintomas. Depois, faz análises simples, como uma contagem completa de células sanguíneas e uma análise à urina, para finalmente pedir análises ao sangue mais completas e estudos radiológicos e ecográficos da vesícula biliar, do pâncreas, do estômago ou do intestino.

Se se encontrar uma causa orgânica para os vómitos, começa-se o tratamento. Se o problema tiver uma base psicológica, o tratamento pode consistir apenas em tranquilizar o paciente ou em prescrever-lhe medicação. Podem ser necessárias consultas regulares para ajudar a resolver aspectos complexos. Para suprimir as náuseas, são prescritos fármacos antieméticos.

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Equilíbrio entre o exterior e o interior
A beleza é uma experiência diferente de pessoa para pessoa, por isso torna-se difícil encontrar uma

É muito difícil definir o conceito de beleza e, talvez por isso, não exista consenso em volta desta expressão. É verdade que ao longo dos tempos os padrões de beleza têm vindo a ser alterados não só pela influência de modas (factores culturais e sociais), mas também pela descoberta de novos conceitos, quer a nível médico quer a nível de filosofia de vida, que resultam numa melhoria de qualidade de vida do ser humano.

Seja qual for o seu conceito existem factores essenciais que determinam uma beleza saudável, como sejam, uma boa e equilibrada alimentação, uma atitude mental positiva, regular actividade física e mental, encontrar o equilíbrio entre o trabalho e o lazer, procurar ter um peso corporal adequado, manter uma postura correcta, abster-se de vícios como o tabagismo e o consumo de álcool e, por fim, procurar uma adequada adaptação psicossocial.

Tudo isto é importante, pois devemos ter em conta que a beleza de cada um depende não só daquilo que fazemos para beneficiar exteriormente o nosso corpo mas também do nosso empenho em manter-nos saudáveis por dentro, quer a nível do bom funcionamento do nosso organismo quer a nível mental. Só um equilíbrio entre estas três áreas a poderá fazer sentir realmente bela.

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