Inspecção concluiu
A inspecção da Autoridade para as Condições do Trabalho à Linha Saúde 24, na sequência de denúncias sobre a existência de...

A informação foi dada pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, na sequência de uma pergunta dirigida pelos deputados João Semedo e Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, sobre a existência da inspecção e suas conclusões.

Na resposta, o ministério de Pedro Mota Soares confirma que a acção inspectiva foi feita a 10 de Janeiro aos dois call centers da Linha Saúde 24, tendo sido abrangidos todos os enfermeiros que ali trabalham. “Da análise dos factos, informação e documentação recolhida pelos serviços da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) foi possível concluir que os referidos enfermeiros, não obstante terem sido contratados como prestadores de serviços (vulgo ‘recibos verdes’), desenvolvem a sua actividade em condições que permitem presumir a existência de contratos de trabalho”, admite a tutela.

De acordo com as conclusões da acção, “vários são os indícios observados que permitem a esta ACT conduzir a presunção da existência de contratos de trabalho, desenvolvendo os referidos enfermeiros uma actividade de forma aparentemente autónoma, mas que, na verdade, apresenta as características típicas de contrato de trabalho”. Foram, por isso, accionados “os procedimentos adequados, nomeadamente os decorrentes dos mecanismos de combate à utilização indevida do contrato de prestação de serviços em relação ao trabalho subordinado”.

Os despedimentos, cortes de salários e vínculos precários na Linha Saúde 24 têm sido alvo de vários protestos nos últimos meses, tendo o tema já sido também discutido por várias vezes no Parlamento. Em Janeiro foi mesmo feita uma greve no Porto e em Lisboa por parte dos enfermeiros que asseguram o serviço.

Também em Janeiro, o PCP e o BE levaram a plenário projectos de resolução nos quais recomendavam ao Ministério da Saúde que regularizasse a situação contratual dos enfermeiros da Linha Saúde 24 e preservasse a qualidade do serviço.

O Bloco de Esquerda (BE) lembrava que, apesar de a Linha Saúde 24 ser um serviço do Ministério da Saúde, os seus trabalhadores não são contratados directamente pela tutela, uma vez que o Governo "optou por entregar a gestão desta linha a uma entidade privada, em regime de parceria publico privada (PPP)". O PCP usava a mesma argumentação no seu projecto de resolução e lembrava ainda que muitos destes enfermeiros desempenham funções há mais de dez anos, "sem nunca terem tido um vínculo laboral estável". "Há anos que este serviço público é prestado por profissionais de saúde em situação de precariedade, sem que os seus direitos estejam garantidos", afirmava.

Desde que foi criada, há sete anos, a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) recebeu cerca de cinco milhões de chamadas, tendo evitado quase um milhão de idas aos serviços de urgência, de acordo com os dados da própria empresa que gere o serviço.

Samsung
A Samsung vai indemnizar os trabalhadores que, nos últimos seis anos, adoeceram de cancro devido ao fabrico de microchips para...

Segundo o Huffington Post, a gigante sul-coreana fez hoje um pedido de desculpa oficial pelas consequências provocadas na saúde dos trabalhadores e promete indemnizá-los.

Ao todo foram 40 os funcionários das unidades de fabrico de microchips da Samsung que apresentaram queixa junto da agência governamental das condições do trabalho e saúde sul-coreana. Em causa, escreve o Huffington Post, está o cancro, doença de que padecem estes funcionários queixosos.

Mesmo sem estabelecer e admitir uma ligação entre a doença e os produtos químicos usados no fabrico de microchips, a Samsung emitiu esta quarta-feira um pedido oficial de desculpa aos funcionários doentes e prometeu indemnizá-los pelos danos causados.

Pela voz do vice-presidente Kwon Oh- hyun, a empresa não disse ainda se todos os queixosos terão direito a compensação, mas garante que esta será “adequada”, incluindo aqui os familiares de funcionários que já faleceram devido à doença.

A situação dos trabalhadores da Samsung ganhou impacto depois da morte de um funcionário de 23 anos que não resistiu a uma leucemia galvanizada.

SOS Hepatites
A associação SOS Hepatites mostrou-se hoje satisfeita com a notícia de que a Autoridade do Medicamento vai aprovar o uso de um...

“Ficámos muito felizes com a notícia da aprovação, temos doentes que neste momento necessitam mesmo deste tratamento”, disse Emília Rodrigues, dirigente da SOS Hepatites.

Como já tinha sido noticiado hoje, o Infarmed vai aprovar o uso de um novo medicamento para a hepatite C dentro de um mês, uma confirmação feita pelo presidente do organismo.

Promoção de serviços médicos em site de descontos
A Entidade Reguladora da Saúde está a investigar uma clínica em Lisboa que oferecia, num site de descontos, uma consulta de...

No âmbito da investigação a decorrer, que teve como ponto de partida uma denúncia encaminhada pela Ordem dos Médicos, elementos da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) deslocaram-se quarta-feira à clínica, situada em Lisboa, onde recolheram documentação que vai agora ser objecto de análise.

Em causa, segundo a ERS, está a publicidade que esta clínica realiza através de um site de descontos, em que oferecia uma consulta de ginecologia com check-up e citologia por 24 euros. A unidade de saúde privada, entretanto, cancelou a promoção.

Pesquisa descobre
Investigadores espanhóis descobriram que a proteína TC21 tem um papel essencial no desenvolvimento do cancro da mama e da...

A pesquisa, dirigida e apresentada em conferência colectiva pelo investigador do CSIC (Centro Superior de Pesquisas Científicas) Xosé R. Bustelo, foi publicada na Nature Communications e financiada pela Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC).

O estudo pré-clínico realizado com ratos confirmou que ao inibir esta proteína não só se impede o crescimento dos tumores de mama mais comuns e da metástase de pulmão, mas também dos dois tipos de cancro de mama mais agressivos: o Her2 e os triplos negativos, os subtipos mais difíceis de tratar por conta de sua alta malignidade.

O estudo também permitiu descobrir que a inibição ou inactivação crónica desta proteína “pode fazer com que o tumor desenvolva mecanismos de resistência para combater a inibição desta proteína”, um risco especialmente elevado nos tratamentos crónicos ou muito longos, segundo Bustelo.

No entanto, os cientistas também identificaram os mecanismos moleculares que desencadeariam essa resistência, “o que significa que também será possível desenvolver estratégias terapêuticas para preveni-la”, especificou o investigador.

“Demonstramos que esta proteína pode ser um bom alvo terapêutico para o cancro da mama porque a sua inibição não causa danos ao organismo e, por outro lado, é muito efectiva para travar os tumores da mama e a metástase de pulmão, mas a partir de agora os esforços da pesquisa centrar-se-ão em encontrar inibidores desta proteína.”

“É um caminho longo que representa anos de estudo e de várias fases e provas até chegar a um tratamento efectivo em pacientes, mas vale a pena apostar nisso”, assegurou Bustelo.

Por sua vez, Balbino Alarcón, do CSIC e um dos co-autores do estudo, explicou que a inibição também é efectiva para outra classe de tumores como os linfomas, embora inútil como tratamento terapêutico para outros tipos de cancro como o de pele, o de cólon ou o de pulmão.

Dificuldades acrescidas
A Associação Sol discute hoje o futuro dos jovens seropositivos que vivem na instituição, e que têm dificuldades acrescidas em...

Muitos destes jovens entraram para a instituição com 15 dias ou escassos meses de idade, hoje já têm 17, 18 e 19 anos e enfrentam um novo problema: o ingresso no mercado de trabalho.

“Já é tão difícil, as pessoas que não têm nenhum problema de saúde arranjarem emprego, quanto mais estes (jovens)”, que têm de enfrentar a discriminação no mercado de trabalho, ainda que “um bocadinho encapotada”, disse  a presidente da associação.

Teresa D’Almeida disse que há profissões que “estes jovens nunca podem ter na vida, mesmo que queiram”.

“Tenho uma jovem que quer ser cozinheira e nós sabemos o que aconteceu a um cozinheiro há uns anos”, exemplificou a responsável, que falava a propósito do colóquio “Futuro Condicionado: Profissões Vedadas aos Seropositivos”, que decorre hoje em Lisboa.

Contou que há outro jovem que “tem imenso jeito para jogar futebol, mas não pode ser jogador”, um facto que disse compreender porque “são desportos de contacto e era muito complicado se houvesse perda de sangue no relvado”.

Também “há grandes problemas” para quem pretende ser enfermeiro ou médico, disse Teresa D’Almeida, contando que tem conhecimento de “dois ou três casos que tiveram de deixar a profissão”.

“Se eles sabem o que têm de fazer quando há uma perda de sangue ou qualquer coisa que possa ser um veículo de transmissão, se assumem, porque será que poderão ter grandes dificuldades no mercado de trabalho?”, questiona.

Além desta preocupação, os 14 jovens que actualmente vivem na instituição “estão aterrorizados” com a ideia de serem separados por terem de sair da casa, que era propriedade da Administração Regional de Saúde (ARS) e foi vendida à empresa Estamo.

Segundo Teresa D’Almeida, a casa tem de ficar vazia até Abril do próximo ano.

“Aqui começa a nossa preocupação e a deles, que já são crescidos e percebem”, disse, contando que a associação já tem “uma casa prometida” pela Administração Regional de Saúde, nos Olivais.

“Até temos acesso à chave, só que me dá a entender que só nos cedem a casa se tivermos os 250 mil euros para as obras e isso não podemos garantir”, sustentou.

A presidente da associação contou que a Sol tem vivido grandes dificuldades desde que ocorreu há três anos uma “campanha fundamentada numa mentira” contra a instituição, referindo-se ao caso de algumas funcionárias da instituição que em 2010 se queixaram à PSP de três colegas que acusavam de agredir verbal e fisicamente algumas crianças.

O caso foi posteriormente encaminhado para o Ministério Público, que viria a deduzir acusação contra a funcionária, que acabou por ser condenada, com pena suspensa, por quatro crimes de maus tratos a menores.

“Foi horrível, não sabem o mal que fizeram”, disse, comentando que “a imagem da instituição ficou muito amachucada, as pessoas ficaram muito desconfiadas com a Sol”.

A associação queria promover actividades e um espectáculo de angariação de fundos para as obras da nova casa, “mas não há receptividade”, ao contrário do que acontecia antigamente, lamentou.

“Estes jovens estão aterrorizados e isso até em relação à saúde é péssimo”, sublinhou, questionando: “Se a Sol acaba, qual será o futuro destas crianças”.

“Eles olham e têm um muro à frente que não conseguem ultrapassar e esta é a grande preocupação”, disse, frisando: “É preciso não esquecer que estes meninos não têm mais ninguém”.

Fundada há 21 anos, a Casa Sol acolhe crianças que nascem seropositivas, que “são negligenciadas, abandonadas, tomam medicamentos várias vezes por dia, toda a vida” e são sujeitos a internamentos prolongados.

No colóquio promovido pela Sol participam o bispo D. Januário Torgal Ferreira e o director-geral da Saúde, Francisco George, entre outros.

Conheça 10
Existem certos alimentos que têm menos calorias do que aquelas que são necessárias para a sua digest
Mulher a apontar para a sua barriga sem gordura

 

Água fria

A água é provavelmente uma das coisas mais importantes para quem quer perder peso, devido à sua capacidade de libertar toxinas do organismo.

O facto de a água que ingerimos ser fria representa outro factor importante, pois o organismo gasta energia para aquecê-la até aos níveis da temperatura corporal.

 

Chá verde

Rico em antioxidantes, o chá verde estimula o metabolismo e ajuda a perder peso.

Nas alturas que tem mais fome, se beber uma chávena de chá, vai sentir-se mais saciado evitando assim ingerir outro tipo de alimentos menos apropriados para quem quer emagrecer.

Café

Grande parte da população tem por hábito beber café. O café contribui bastante para queimar calorias, pois a cafeína acelera a frequência cardíaca e faz com que o sangue transporte mais oxigénio. O problema ao ingerir café é o açúcar que normalmente se adiciona para disfarçar o seu sabor que é naturalmente amargo. Tente habituar-se a beber café sem açúcar ou então a substitui-lo, por exemplo, por canela.

Abacate

Para além de ter inúmeros benefícios para a saúde, como reduzir o colesterol e os riscos de doenças cardíacas, o abacate contém gordura monoinsaturada, que acelera o metabolismo e protege a parte de produção de energia das células dos danos dos radicais livres.

Pode inclui-lo em saladas. Vai ver que combina na perfeição!

Toranja

A toranja é uma fruta com poucas calorias e muito rica em vitamina C e água. É também rica em fibras que podem ajudar a estabilizar os níveis de glicose no sangue.

Contribui para a sensação de saciedade e ajuda a diminuir o apetite. Acelera o metabolismo e ajuda a queimar bastantes calorias. Pode adicioná-la à sua alimentação diária em sumos ou salada de frutas.

Aipo

Este é um dos melhores exemplos de um alimento que contém menos calorias do que aquelas que o organismo gasta para o digerir. A sua composição é basicamente águae fazer uma alimentação baseada apenas no seu consumo é desaconselhada pois vão ficar sempre a faltar minerais e nutrientes necessários. Combine o aipo com outro tipo de alimentos.

Grãos integrais

Este tipo de grãos representam também um papel importante nas dietas, pois levam algum tempo a digerir saciando a fome durante um longo período de tempo. Os cereais integrais são ricos em minerais, diversas vitaminas e hidratos de carbono, mas pobres em gordura.

Salmão

O Ómega-3 é um ácido gordo, cuja capacidade de ajudar a eliminar as gorduras indesejadas está cientificamente provada.

Como o Ómega-3 não é produzido pelo organismo, só poderá ser obtido pelo consumo de peixe, sendo o salmão um dos mais referenciados, ou pela ingestão de suplementos.

Sementes de Chia

Ricos em proteínas, fibras e Ómega-3, ajudam a aumentar o metabolismo e a diminuir o apetite. Ao mergulhar algumas sementes de chia por aproximadamente 15 minutos em água, elas incham até dez vezes o seu tamanho, acontecendo o mesmo quando são ingeridas. Isto vai fazer com que se sinta saciado, impedindo assim que tenha vontade de comer mais.

Picantes

Ingerir alimentos picantes faz com que a temperatura corporal aumente. O organismo ao tentar baixar a temperatura corporal para um nível adequado vai consumir calorias. Devem ser consumidos com moderação e em combinação com alimentos com poucas calorias.

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Flacidez pós dieta

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba como pode salvar uma vida
O Suporte Básico de Vida consiste em manobras que podem ser efectuadas por qualquer pessoa, desde qu
Mulher a fazer manobras de reanimação a homem deitado no chão
 
 
Sabia que um rápido Suporte Básico de Vida (SBV) pode aumentar em cerca de 60% as hipóteses de sobrevivência?
 
Descrevemos aqui, passo a passo, o modo correcto de actuar perante uma situação de emergência, para que possa contribuir no salvamento de uma vida.

 

 
 

1. Condições de segurança

Quando nos depararmos com uma vítima, a primeira preocupação deve ser com a nossa própria segurança. Assim, e antes de se aproximar de alguém que possa eventualmente estar em perigo de vida, deve assegurar-se primeiro que não irá correr nenhum risco, como por exemplo:

- Ambiental – choque eléctrico, derrocadas, explosão, tráfego;
- Intoxicação – exposição a gás, fumo ou outros tóxicos;
- Infeccioso – tuberculose, hepatite, VIH, etc.

Existe uma regra básica que nunca deve ser esquecida: o reanimador não deve expor-se a si ou a terceiros a maior risco do que o que corre a própria vítima. Caso existam condições de segurança pode então aproximar-se da vítima.

2. Ver se responde

Abane suavemente os ombros da vítima e pergunte em voz alta: "Está bem? Sente-se bem?”.

Se a vítima responde pergunte o que se passou, se se queixa de alguma dor ou se tem ferimentos. E se for necessário vá pedir ajuda.

Se a vítima não responde, peça ajuda gritando em voz alta: "Preciso de ajuda, está aqui uma pessoa desmaiada!”.

Não abandone a vítima e prossiga com a avaliação. Se estiver acompanhado peça para ligarem 112.

3. Ver se respira

Após pedir ajuda através do 112, se a vítima se encontrar inconsciente deve observar o tórax e avaliar o VOS durante dez segundos. Este passo consiste especificamente em Ver o tórax expandir ou movimentos abdominais, Ouvir a passagem de ar e Sentir a expiração na face.

Caso a vítima esteja a respirar, deve colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS). Se a vítima não respira, deve iniciar de imediato as manobras de Suporte Básico de Vida (SBV).

4. Posição Lateral de Segurança

Após abordar e avaliar a vítima, e caso esta respire, deve deitá-la de lado. Esta "Posição Lateral de Segurança” garante que a queda da língua não impede a vítima de respirar.

Deve alinhar o corpo da vítima, retirar-lhe óculos e objectos volumosos dos bolsos e desapertar o colarinho. Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para cima.

Dobre o outro braço sobre o tórax e encoste as costas da mão à cara da vítima do seu lado. Com a outra mão segure a perna da vítima do lado oposto ao seu acima do joelho e levante-a, de forma a dobrá-la, rolando o corpo na sua direcção.

Mantenha uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar. Certifique-se que após executar esta manobra a vítima está a respirar e faça-o regularmente enquanto a mesma se mantiver nesta posição.

5. Suporte Básico de Vida

Se uma vítima não respira normalmente, deve de imediato ligar 112 (se estiver acompanhado peça a essa pessoa para ligar) e iniciar as manobras de Suporte Básico de Vida:

- Deite a vítima de costas numa superfície rija;
- Coloque a base de uma mão no centro do tórax, e a outra mão sobre esta, entrelaçando os dedos;
- Mantenha os braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima, pressionando sobre o meio do peito, para que este baixe aproximadamente 5 cm;
- Alivie a pressão, para que o tórax descomprima totalmente, mas sem tirar as mãos do peito da vítima;
- Repita o movimento de compressão e descompressão de forma a obter um ritmo de 100/minutos;
- Ao fim de 30 compressões, efectue 2 insuflações, que deverão demorar cerca de 1 segundo cada, reposicionando as mãos sobre o esterno e efectue mais 30 compressões torácicas;
- Deve manter esta sequência até à chegada de ajuda ou a vítima recuperar movimento e/ou respiração normal.

A realização destas manobras pode revelar-se fundamental para a posterior recuperação da vítima. Constituem o segundo elo da cadeia de sobrevivência (o primeiro elo é ligar 112), seguindo-se a Desfibrilhação Precoce e o Suporte Avançado de Vida.

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Dicionário de A a Z
O chá verde é um tipo de chá feito a partir da infusão da erva "Camellia Sinensis".
Chá verde

Tradicionalmente mais utilizado na China e no Japão, tem vindo a ganhar terreno no Ocidente em virtude das suas conhecidas propriedades antioxidantes entre outras.

A nível de preparação, o chá verde não deve ter um tempo de infusão superior a 3 minutos, evitando-se assim a cozedura das folhas e o gosto amargo que daí advém.

Vários são os benefícios na toma do chá verde. A prevenção de cancro é atribuída aos flavenóides e catequinas que bloqueiam as alterações celulares que originam tumores. As vitaminas C, K, B1 e B2, aliadas ao manganês, potássio e ácido fólico ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e baixar os níveis de colesterol, bem como à melhoria das condições das nossas artérias. Está ainda identificado com a melhoria das funções fisiológicas, aumento da densidade mineral óssea e ajuda ainda à perda de peso, principalmente quando tomado antes da prática de exercício físico.

Estudos recentes indicam ainda que quando em creme, o chá verde melhora ainda o nosso sistema de defesa das células contra os raios ultravioleta do tipo B pois reduz a inflamação provocada pela exposição excessiva a este tipo de radiação.

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Junto ao Ministério da Defesa
As associações dos Sargentos e dos Praças promovem, hoje, junto ao Ministério da Defesa uma “iniciativa pública” para...

“É uma iniciativa pública para não só denunciar as preocupações que nos atingem, mas também para procurar fazer ouvir àqueles que têm a obrigação de cumprir a legislação que estamos atentos a todas estas medidas que visam a descaracterização e desmantelamento da instituição militar e de todos os seus mecanismos de apoio”, disse o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), Lima Coelho.

Numa iniciativa conjunta da ANS e Associação de Praças, os militares querem que o Ministério da Defesa mantenha o direito à saúde e assistência social complementar, tendo em conta que são os “únicos direitos” que restam para compensar as “penosas restrições” exigidas pela condição militar.

“Quando vemos uma série de despacho e de legislação que visa a constituição de grupos de trabalho e que visa afectar profundamente os aspectos sociais e da saúde, numa altura em que os portugueses estão a ser confrontados com grandes e enormes dificuldades, não podemos deixar de levar ao Ministério da Defesa esta preocupação para que se cumpra a lei”, sustentou Lima Coelho.

Segundo o presidente da ANS, os militares têm assistido, nos últimos tempos, a um “ataque desmedido ao Instituto de Acção Social das Forças Armadas” e a uma “descaraterização do Hospital das Forças Armadas”.

“Por via de decisões políticas de cariz economicista tem-se assistido, mesmo que por vezes de uma forma encapotada, ao desmantelamento e descaracterização da saúde militar e de serviços com ela relacionadas, ainda e repetidamente em claro desrespeito pela legislação em vigor”, refere um comunicado conjunto das duas associações de militares para divulgar a “iniciativa pública”, marcada para as 18:00h do dia de hoje.

Lima Coelho manifestou-se ainda preocupado com a suspensão da renovação de alguns cartões aos beneficiários, especialmente de cônjuges de militares, situação que está a impedir estes beneficiários de “usufruírem dos seus direitos”. 

Estudo
A obesidade está associada a um aumento de 34% no risco de morte em certos tipos de cancro da mama antes da menopausa, de...

Um grupo de investigadores britânicos examinou os dados clínicos de 80 mil mulheres que participaram em 70 ensaios clínicos.

Os investigadores constataram que a obesidade aumenta o risco de morte em mais de 30%, para 20 mil mulheres jovens com cancro ER positivo, em comparação com os outros.

Estes tumores contêm um receptor de estrogénio (ER), hormona produzida pelos ovários, que favorece o desenvolvimento do tumor. Mais de 70% dos cancros da mama são ER positivo.

Por outro lado, a obesidade teve pouco efeito sobre o risco de mortalidade das 40 mil mulheres com o mesmo tipo de cancro após a menopausa, ou as 20 mil com cancro ER negativo.

Contudo, “a obesidade aumenta significativamente os níveis de estrogénio no sangue apenas após a menopausa”, revelou Hongchao Pan, investigador em Oxford, Inglaterra e um dos principais autores do estudo.

O investigador disse que a equipa ficou “surpreendida ao constatar que a obesidade aumenta o risco de morte apenas antes da menopausa”.

“Isto significa que não compreendemos o mecanismo biológico através do qual a obesidade afecta o diagnóstico”, referiu o investigador.

O presidente da Sociedade Americana de Oncologia, Clifford Hudis, alertou que “este estudo vem juntar-se a outros que demonstram que as pessoas obesas são mais duramente afectadas pelo cancro em geral”.

Desde o final de 2013
ERS tinha recomendado fim desta prática ao governo. Relatório da Inspecção da Saúde revela que terminou no final de 2013.

Os hospitais do SNS deixaram de poder ter consultas privadas em Dezembro. A existência da prática de medicina liberal nos hospitais públicos foi permitida nos anos 90 para os médicos que trabalhassem em exclusividade e chefes de serviço e algumas hospitais continuaram a permitir essa prática nos últimos anos, nomeadamente a directores que não podem exercer funções médicas no horário de trabalho. No ano passado, um inquérito da Entidade Reguladora da Saúde concluiu haver situações de prática privada em dez hospitais do SNS e recomendou ao governo a sua cessação. Na altura, a ERS apurou que na maioria das situações os médicos faziam consultas ou cirurgias fora do horário de expediente e alguns pagavam renda, mas as facturas eram passadas usando os serviços administrativos do hospital.

Na sequência desta investigação do regulador, que temia conflitos de interesses como ser dada preferência a doentes particulares e beneficiários de seguros, a Inspecção-Geral da Saúde interveio, tendo analisado o enquadramento jurídico para o exercício privado nos hospitais.

De acordo com o relatório de actividades da IGAS, concluiu-se que após a revogação, em 2009, do decreto-lei sobre carreiras médicas que admitia em algumas circunstâncias a medicina liberal, deixou de haver “enquadramento jurídico que sustente” a manutenção desta prática. Assim, foi proposto à tutela que interviesse junto das administrações dos centros hospitalares onde a prática permanecia, no sentido de fazer cessar o exercício de medicina privada até ao final de 2013.

Segundo o relatório, na altura da averiguação da inspecção, existiam consultas privadas nos centros hospitalares Tondela Viseu, S. João do Porto e Instituto Português de Oncologia, tendo todos estes hospitais terminado em Dezembro os protocolos que as permitiam. Além de consultas, o relatório da IGAS refere que na mesma altura foram desencadeadas diligências no sentido de pôr fim aos contratos de cessação de serviços que estavam a ser prestados nos Hospitais de Faro e do Barlavento Algarvio por duas empresas. Só que em vez de cobrarem aos utentes os valores previstos de taxas moderadora, como acontece em concessões por exemplo de serviços de análise e radiologia, cobravam valores superiores. Todos os hospitais rescindiram os contratos e ficaram inibidos de voltar a celebrar contratos de igual teor.

A redução de potenciais conflitos de interesses marcou a actividade das autoridades de saúde em 2013. O relatório preliminar das actividades da Administração Central do Sistema de Saúde, revela que um levantamento o ano passado apurou que, no final de 2012, 983 médicos que tinham pedido licença sem vencimento do SNS trabalhavam em instituições públicas a regime de contrato individual de trabalho ou prestação de serviços. A informação foi comunicada à IGAS pela ACSS e resultou em 27 dos 122 processos disciplinares instaurados o ano passado pela inspecção.

Primeira quinzena de Maio
À fase Bravo – que termina a 30 de Junho – sucede a fase Delta, considerada a mais crítica em incêndios, que decorre entre 01...

Mais de 600 incêndios florestais foram registados na primeira quinzena de Maio, tendo sido combatidos por mais de cinco mil bombeiros, de acordo com dados disponíveis na página da Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Entre os dias 01 e 14 de Maio, a ANPC registou 625 incêndios, que foram combatidos por 5.558 bombeiros, com o apoio de 1.656 veículos.

O dia com maior número de incêndios ocorridos na primeira quinzena de maio foi na quarta-feira (14 de Maio), tendo sido contabilizados 108 incêndios, que envolveram 975 bombeiros, com o auxílio de 292 veículos.

A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, começa hoje e envolve no terreno 5.175 operacionais, 1.251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia.

Os dados constam do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que refere ainda que os meios aéreos não serão disponibilizados logo no início da fase Bravo.

O dispositivo é reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos relativamente ao ano passado e terá um custo de 85 milhões de euros.

A partir de hoje, o combate a incêndios contará com oito meios aéreos, sendo que outros cinco serão disponibilizados a 01 de Junho, 17 a partir de dia 15 de Junho e os restantes quatro no dia 20 de Junho, segundo fonte da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Durante a fase Bravo estão operacionais 512 equipas de vigilância terrestre, 315 equipas de vigilância e ataque inicial e 681 equipas de combate, segundo os dados disponibilizados pelo DECIF.

As várias fases no âmbito do combate a incêndios são: Alfa (01 de Janeiro a 14 de Maio), Bravo (15 de Maio a 30 de Junho), Charlie (01 de Julho a 30 de Setembro), Delta (entre 01 e 31 de Outubro) e Echo (01 de Novembro a 31 de Dezembro).

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo ao ano passado revela que 130 pessoas foram detidas em 2013 pelo crime de incêndio, mais 34 do que em 2012, e 48 ficaram em prisão preventiva.

Relatório indica
Quase mil médicos que estavam com licença sem vencimento de longa duração exerciam, no final de 2012, funções como contratados...

De acordo com a Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS), na sequência de uma auditoria do Tribunal de Contas, a tutela determinou à Administração Central de Sistemas de Saúde (ACSS) que fizesse um “levantamento de todos os casos em que tenham sido atribuídas licenças sem vencimento de longa duração a médicos que, na sequência das autorizações, tenham sido contratados pela mesma ou por outra unidade de saúde do SNS, seja por contratos individuais de trabalho, seja por aquisição de serviços médicos”.

O relatório preliminar da ACSS, datado de 30 de Abril de 2013, concluiu que existiam 983 médicos nesta situação, em vigor a 31 de Dezembro de 2012.

O tema das acumulações de funções foi tornado prioritário pela tutela, que pediu, juntamente com a ACSS, a intervenção da IGAS.

Da articulação do trabalho entre a IGAS e a ACSS sobre esta matéria resultaram, em 2014, 27 processos disciplinares e cinco inquéritos, além de outras situações participadas aos serviços.

O relatório da IGAS, relativamente a 2013, revela ainda que 150 médicos dos cuidados de saúde primários, com as remunerações (globais) mais elevadas, ganharam 16,67 milhões de euros em 2012, ainda assim, menos 2,7 milhões (14%) do que em 2011 (anos em que receberam 19,4 milhões de euros).

No que respeita apenas ao trabalho extradordinário/suplementar, os mesmos médicos auferiram em 2012 sete milhões de euros, o que traduz uma diminuição de 1,25 milhões de euros face a 2011 (menos 15%).

“Apesar disso, as evidências decorrentes dos esclarecimentos prestados revelam que, contrariamente ao que devia suceder, a fundamentação/justificação que devia suportar a realização de trabalho extraordinário remunerado que ultrapassa um terço da remuneração principal ou é inexistente, insuficiente ou pouco clara e esclarecedora”, sublinha a IGAS.

Relativamente à acção disciplinar, foram tramitados, em 2013, 326 processos, a maioria dos quais inquéritos (127) ou processos disciplinares (122).

No total dos processos de natureza exclusivamente disciplinar, 29 (cerca de 24%) foram concluídos com a aplicação de uma pena, a maioria deles associada a irregularidades relacionadas com acumulação indevida de funções, conflito de interesses, cobrança indevida de taxas moderadoras, irregularidades na prescrição de medicamentos/MCDT (meios complementares de diagnóstico) ou com a falsificação de documentos.

Destas 29 penas disciplinares aplicadas, duas tiveram natureza expulsiva, estando um dos casos associado a fraude na prescrição de medicamentos.

O relatório dá ainda conta da inexistência de controlo nos centros de saúde sobre as prescrições de medicamentos por excepção, constatando-se até casos de médicos que prescreveram a mesma medicação para o mesmo utente invocando, de cada vez, diferentes excepções.

A IGAS aponta também a inexistência ou insuficiência de registos dos utentes e das suas patologias, a quem foram passadas receitas de medicamentos de marca invocando excepções.

Alguns médicos e as unidades onde estavam integrados tinham indicadores de prescrição de remédios de marca, relativos a meses homólogos de 2012 e 2013, “superiores à média nacional ou do ACES, indiciando em alguns casos uma certa prevalência pela prescrição de medicamentos de marca sem justificação pertinente”.

A IGAS detectou uma diminuição nas reclamações registadas no livro amarelo das instituições de saúde, acompanhada em parte pelo decréscimo da actividade assistencial, entre 2011 e 2012, de 48.833 para 46.628.

Destas, 5% não foram registadas no sistema, sobretudo nos ACES. Das registadas em 2011, 6% não foram respondidas, valor que sobe em 2012 para os 9%.

O dobro do que a “normal”
O número de portugueses que não podem ingerir glúten está a aumentar e a associação de celíacos considera imprescindível...

Um cabaz com vários produtos “proibidos” a quem não pode consumir glúten, elaborado a propósito do dia internacional dos celíacos - que se assinala na sexta-feira -, mostra que, em média, os alimentos custam 132% mais do que se tiverem essa proteína.

O cabaz inclui um pacote de bolachas, farinha para pão, farinha, massa, esparguete, pão de forma, cereais e queques, sendo que dois destes produtos custam mais do triplo no cabaz apto para doentes celíacos.

Um pacote de farinha “normal” selecionado custa 0,83 euros, enquanto um sem glúten fica por 3,07 euros, ou seja, mais 269%.

No caso do esparguete, um pacote “normal” ronda os 0,58 euros, menos 265% do que os 2,12 euros que custa uma embalagem deste alimento para celíacos.

“Há produtos em que se pode atingir três vezes a diferença de preço”, explicou Mafalda Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Celíacos (APC), lembrando que há “uma panóplia de coisas” que se podem comer exactamente iguais à alimentação de uma pessoa não intolerante.

Mafalda Carvalho adiantou que focar a atenção no preço de um cabaz de produtos sem glúten pode ser “desmotivador” para um celíaco e defendeu que, para ultrapassar a situação, deve fazer-se alimentação saudável e variada.

“Não precisamos de estar todos dos dias a comer massas ou fazer bolos sem glúten. Podemos comer peixe, arroz, carne, fruta, legumes, leguminosas, como qualquer outra pessoa”, sublinhou.

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune crónica, que afecta indivíduos com predisposição genética, causada pela permanente sensibilidade ao glúten que, ao ser ingerido, provoca lesões na mucosa do intestino e origina uma diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes.

O único tratamento para a doença celíaca – que normalmente surge entre os seis e os 20 meses - é uma dieta isenta de glúten.

Nas crianças, os sintomas mais comuns são diarreia ou prisão de ventre crónica, vómitos ou distensão abdominal. Nos adultos, são anemia e aftas recorrentes, alterações dermatológicas, irritabilidade e cansaço crónico.

A dieta sem glúten tem-se tornado uma moda na sequência da sua adopção por várias actrizes que queriam emagrecer, facto que não desmoralizada a responsável, antes pelo contrário.

“Para nós é óptimo. Obviamente que, ao lado disso, passam mensagens erradas, quando dizem que comer sem glúten emagrece, mas isso não está de todo cientificamente provado. Há muitos gastroenterologistas que contestam estas dietas, dizendo que as pessoas devem fazer uma alimentação variada”, explicou.

Mafalda Carvalho admitiu, no entanto, que o preço dos produtos sem glúten poderá beneficiar desta nova moda, já que passa a haver mais consumidores de um “produto de nicho de mercado” que, pelas suas exigências de fabrico, é mais caro.

Nos últimos anos houve um aumento exponencial de marcas (mesmo as brancas) que disponibilizam alimentos sem glúten, o que levou à descida do preço de alguns produtos”, atestou.

Quanto à comunidade médica, Mafalda Carvalho considera que os gastroenterologistas estão “mais despertos e mais atentos”, salientando que “há muito mais pessoas a serem diagnosticadas ultimamente, quer na pediatria, quer na gastroenterologia adulta”.

No entanto, a responsável da APC explica que ainda “há muito trabalho a fazer” com os médicos de família, sobretudo aqueles que estão mais longe dos grandes centros urbanos.

“Cada vez mais há doentes que vão parar à gastroenterologia, vindos da reumatologia, da endocrinologia e também psiquiatria. Pessoas com elevada irritabilidade e instabilidade emocional, não havendo causa aparente para tal, e depois percebe-se que são doentes celíacos”, avançou.

A doença celíaca afecta entre 1 e 3% dos portugueses, estando 10 mil casos referenciados, pelo que especialistas consideram que a patologia é subdiagnosticada já que poderão existir cerca de 100 mil celíacos “anónimos”.

Quase uma em cada dez
Em 2013, a Inspecção das Actividades em Saúde instaurou menos processos disciplinares, mas, mesmo assim, 29 profissionais foram...

Quase uma em cada dez reclamações que os cidadãos fazem nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não foram respondidas ou resolvidas em 2012. O fenómeno agravou-se de 2011 para 2012, ano em que 9% (mais de 4415) do total de reclamações não mereceram resposta dos estabelecimentos públicos, quando no ano anterior tinham ficado por solucionar 6% do total de queixas.

O não cumprimento do prazo previsto por lei para responder aos cidadãos que reclamam também se agravou: 88% das unidades do SNS admitiram que não respeitaram este prazo, quando em 2011 as que reconheciam este incumprimento eram 83% do total. Os hospitais demoravam mais de dois meses (64 dias) a responder e os centros de saúde, 42 dias, em média.

São resultados de um inquérito nacional feito pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) às reclamações apresentadas pelos cidadãos em 152 unidades públicas (88 estabelecimentos hospitalares, oito unidades locais de saúde e 56 agrupamentos de centros de saúde, ACES) que constam do relatório de actividades de 2013 da instituição, que esta quinta-feira foi divulgado. Os números provam que a situação se agravou em 2012, apesar de as reclamações terem diminuído nesse ano face ao anterior, decréscimo que foi “em parte acompanhado pelo decréscimo da actividade assistencial”, segundo a IGAS. Em 2011 foram registadas 48.833 reclamações e, em 2012, 46.628. A inspecção lembra ainda que 5% das queixas não foram registadas no sistema que existe para o efeito, o SIM-Cidadão.

O tratamento que os serviços públicos dão às reclamações deixa, de facto, a desejar, a crer nos resultados deste inquérito. “Somente 37%” referiram ter “implementado medidas directamente relacionadas” com a tipologia das queixas mais visadas, destaca a IGAS. De resto, 13% não indicaram ter concretizado qualquer medida, outros tantos deram “respostas inconclusivas” e 35% avançaram com medidas que não se relacionavam directamente com as reclamações.

Acumulação indevida de funções
O relatório da IGAS revela ainda que se mantém um problema já verificado em anos anteriores: no final de 2012, perto de um milhar de médicos (983) estavam a trabalhar no SNS, e em muitos casos na mesma instituição, apesar de terem pedido licença sem vencimento de longa duração. Este número resulta de um levantamento feito pela ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) no ano passado, na sequência de uma auditoria do Tribunal de Contas, refere o documento. A tutela pediu entretanto a intervenção da IGAS e, da articulação com a ACSS, resultaram 27 processos disciplinares e cinco inquéritos.

Numa inspecção para detecção de irregularidades relacionadas com pagamento de remunerações, incompatibilidades e cumprimento de horários em 19 unidades do SNS, a IGAS encontrou ainda contratos de prestação de serviços ou pagamento de cirurgias adicionais em períodos que se sobrepunham ao horário normal dos funcionários na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, no Centro Hospitalar do Oeste, e no Centro Hospitalar de Lisboa Central, num valor global de 493 mil euros.

A forma como o trabalho extraordinário foi contratada nalgumas unidades públicas também merece reparos. Apesar da redução de custos da ordem dos 15% nos valores pagos aos médicos que auferiram os maiores montantes, os autores do relatório consideram que os esclarecimentos prestados pela instituições de saúde para o recurso a horas extra ainda é “inexistente, insuficiente ou pouco clara e esclarecedora”.

Quanto à acção disciplinar, em 2013 houve menos processos a profissionais do sector do que nos últimos anos, mas mesmo assim um quarto destes resultaram em punições (29), sendo que duas foram de expulsão e quase metade de suspensão. As restantes penas resultantes dos processos disciplinares ficaram-se por repreensões escritas (35%) e multa (10%). A maior parte destes processos tiveram origem em irregularidades relacionadas com a acumulação indevida de funções, conflito de interesses, cobrança indevida de taxas moderadoras, irregularidades na prescrição de medicamentos ou de exames de diagnóstico e terapêutica ou falsificação de documentos. No ano anterior houve 45 punições resultantes de processos disciplinares e sete destas resultaram em despedimento.

Apesar de os processso disciplinares terem diminuido, ao longo do ano passado a IGAS enviou para as entidades competentes (órgãos judiciais, de investigação e segurança) mais casos passíveis de responsabilidade criminal do que nos anos anteriores, 386, no total. Enviou ainda 153 participações para várias ordens profissionais.

Melhorar a saúde alimentar
O projecto chama-se Movimento2020 e promete trazer transformação, crescimento e mudança à mesa e à vida das famílias...

Melhorar a saúde alimentar dos portugueses é o objectivo da Associação Portuguesa de Dietistas (APD) que, para assinalar o Dia Mundial da Família, lançou um conjunto de 20 desafios a cumprir até 2020. Chama-se Movimento2020 e promete trazer transformação, crescimento e mudança à mesa e à vida das famílias portuguesas. Os especialistas notam que a escassez dietistas e nutricionistas nos centros de saúde é uma das causas da proliferação de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes na população portuguesa

É clara a “necessidade de uma mudança nos sectores público, privado, social-cooperativo e no próprio cidadão” disse  Rute Borrego, presidente da Assembleia Geral da APD, referindo-se ao paradigma da saúde alimentar em Portugal. O projecto Movimento 2020, com duração prevista de seis anos, contempla, para esse efeito, formações em centros de saúde, hospitais e escolas, palestras, aconselhamento dos profissionais de saúde e pretende mesmo levar estas questões a discussão na Assembleia da República. Isto porque “os 20 desafios foram construídos com base em evidências científicas e de acordo com o plano do Governo para a saúde e as recomendações da Organização Mundial de Saúde”.

Os 20 objectivos incluem orientações alimentares para os cidadãos em geral, como o aumento do consumo de peixe fruta e legumes, mas têm também pontos dedicados especificamente às grávidas, crianças e jovens. “Queremos aumentar as food skills (competências alimentares) das nossas crianças e jovens para que possam chegar ao supermercado ou mesmo ao restaurante e saber o que é melhor pedir”, explica Rute Borrego. Nas 20 metas para 2020 não são esquecidos os conselhos para a população idosa – cada vez mais representativa da pirâmide etária portuguesa – o alerta para a necessidade de combater o desperdício alimentar, a aposta na actividade física e a recuperação da dieta mediterrânica. Essenciais são, para Rute Borrego, os desafios que dizem especificamente respeito aos centros e profissionais de saúde uma vez que, de acordo com a dietista, “existe ainda uma grande escassez de nutricionistas e especialistas em saúde alimentar nos cuidados primários” do Serviço Nacional de Saúde.

Para monitorizar os avanços no cumprimento dos 20 objectivos, foi criado um conselho executivo composto por sete elementos, especialistas nas áreas da saúde, educação, gastronomia, desporto, agricultura, restauração/responsabilidade social, dietética e nutrição. Está prevista uma avaliação de dois em dois anos que estes profissionais se responsabilizam a fazer, em parceria com diversas instituições, empresas, organizações e indústrias e com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.

A meta final do Movimento 2020, que acaba por resumir todos os objectivos anteriores, é o aumento do nível de felicidade dos portugueses. “Acreditamos que a felicidade está intimamente relacionada com a saúde alimentar”, diz Rute Borrego. A correcção de hábitos alimentares errados, a prática de exercício físico, a educação para a vida saudável, entre muitos outros, são factores essenciais para que o indivíduo se possa sentir bem, satisfeito e, consequentemente mais feliz. O cumprimento destes objectivos permitirá também prevenir e evitar doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes e obesidade que, de acordo com a OMS, são as grandes “epidemias” do séc. XXI.

O Movimento2020 é apresentado esta quinta-feira no Hotel Inspira Santa Maria, em Lisboa, pelas 10h30. O evento conta com a presença da presidente da APD, Zélia Santos, da secretária-geral, Raquel Ferreira e do secretário de estado adjunto do Ministério da Saúde, Fernando Leal da Costa. Todos os interessados podem acompanhar o projecto e seguir os desafios na página oficial do movimento ou através das redes sociais.

Em Junho
O Infarmed vai aprovar o uso de um novo medicamento para a hepatite C dentro de um mês.

A confirmação foi dada pelo presidente do organismo, Eurico Castro Alves, que diz que “a avaliação será concluída no prazo de um mês”. A próxima etapa passa pela negociação de preços com duas empresas e “pela definição do número de doentes a tratar pelos hospitais portugueses”. Em estudo está um sistema semelhante ao da Hungria, que atribui um conjunto de pontos com base na situação clínica do doente, de forma a decidir quais aos que prioritariamente devem ser tratados.

Foi notícia há poucas semanas que haveria já 80 a 85 doentes à espera de ser tratados com este novo medicamento, que tem uma taxa de cura de 90% dos doentes, mesmo em fase avançada da doença. Passada a avaliação prévia, que tem em conta os custos e o benefício deste novo medicamento, cabe ao Ministério da Saúde definir o preço final, o que deverá acontecer a breve prazo.

Investigação
Investigadora espanhola identificou sinais de canábis e cerveja em recipientes milenares associados com rituais fúnebres.

Bebidas alcoólicas e drogas leves estão muito associadas ao prazer nas sociedades modernas: “beber uns copos” ou ”fumar umas passas” tende a ser aceite, e até encorajado, por promover a coesão nos grupos. Mas esta é uma visão muito contemporânea - e não isenta de riscos. Nas sociedades humanas pré-históricas, há milhares de anos, beber álcool e fumar opioides estava ligado a rituais fúnebres e sagrados. Essa é a tese da arqueóloga espanhola Elisa Guerra-Doce, da Universidade da Valladolid, que acaba de publicar um estudo no Journal of Achaeological Method and Theory, a partir de achados em Espanha, na Roménia e Itália.

Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa decidiu
O Ministério da Educação não será obrigado a divulgar a lista de edifícios com amianto sob a sua tutela até que a listagem não...

De acordo com a sentença do tribunal, foi decidido “julgar improcedente o pedido de intimação para prestação de informação”, tal como havia sido solicitado pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), com base no argumento de que a conclusão da listagem de edifícios é um processo ainda em curso.

A sentença refere também que após a conclusão da listagem, “deverá o Ministério da Educação permitir o acesso a toda a informação disponível”, mas ressalva que há excepções que podem isentar o ministério de Nuno Crato de o fazer.

De acordo com a Lei de Acesso à Informação sobre Ambiente, na qual se enquadra o pedido de informação feito pela Fenprof, há um conjunto de condições enumeradas na lei que permitem que essa informação se mantenha confidencial, entre elas o facto de haver procedimentos em curso, a qual justificou a decisão do tribunal, quando seja posta em causa a segurança pública ou quando a divulgação possa prejudicar a confidencialidade do processo.

No entanto, a Fenprof pretende recorrer da decisão, por considerar que tribunal está “a beneficiar o infractor”.

Em declarações, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defendeu que ao decidir que o Ministério da Educação não está obrigado a divulgar a lista de edifícios enquanto ela não estiver completa, o tribunal está a afirmar que “se daqui a 20 anos ela ainda não estiver feita não tem que ser divulgada”.

Mário Nogueira recordou que a lei de Fevereiro de 2011 determinava que no prazo de um ano - até Fevereiro de 2012 - o Governo deveria concluir e publicar no seu portal na Internet a lista de edifícios e equipamentos públicos com amianto, e entregar a listagem à Assembleia da República.

A mesma lei determinava ainda o estabelecimento de um calendário para um plano de acção, que implicava que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) definisse se, para cada edifício, devia ser feita uma monitorização ou era necessária uma acção correctiva que implicasse a remoção do amianto.

Mário Nogueira adiantou ainda que a Fenprof e a associação ambientalista Quercus vão ter uma reunião conjunta com o presidente da ACT no próximo dia 22, pelas 11:00h, a pedido das duas organizações.

No início de maio o ministro da Educação garantiu no parlamento que a lista de edifícios com amianto tutelados pelo seu ministério seria conhecida num prazo de semanas.

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