Doença subdiagnosticada
A doença dos intolerantes ao glúten está subdiagnosticada em Portugal, o que leva os especialistas a alertar para a necessidade...

A doença celíaca, caracterizada pela intolerância ao glúten, afecta cerca de 100 mil portugueses mas nem todos sabem que têm este problema de saúde. Os especialistas admitem que apenas 10 mil doentes estejam diagnosticados.

Um estudo da gastrenterologista pediátrica do hospital de Braga, Henedina Antunes, uma das maiores especialistas sobre a doença, revela que a prevalência da patologia em Portugal é de uma pessoa em 134 indivíduos e estima-se que entre 1% a 3% da população portuguesa seja celíaca.

“Hoje em dia os marcadores das análises são muito eficazes e uma análise ao sangue deve ser feita quando a pessoa apresenta um conjunto de sintomas, como a síndrome do cólon irritável, diabetes do tipo 1, tiroidite e anemia, uma resistência ao ferro mesmo com medicação”, explica Henedina Antunes, acrescentando que o diagnóstico é confirmado posteriormente com uma biopsia.

Embora não seja potencialmente fatal, a doença pode levar à morte porque a proibição de ingerir glúten é para toda a vida, já que não há cura.

Segundo a médica, se o celíaco não for diagnosticado e não fizer uma dieta isenta de glúten tem um risco dez vezes superior em relação à restante população de desenvolver um linfoma do intestino, dado que o glúten funciona como um produto tóxico para o organismo.

A doença celíaca tanto pode manifestar-se na infância como na idade adulta. Quando uma criança tem barriga inchada, diarreia crónica ou prisão de ventre, perda de massa muscular, irritabilidade, pele baça, baixa estatura para a idade e desnutrição são sintomas em como é intolerante ao glúten, presente, por exemplo, nas papas, nas bolachas, pão, entre outros alimentos.

A doença celíaca pode também manifestar-se já na fase adulta. Os sintomas nos adultos são a anemia, dores ósseas, cansaço crónico, fertilidade diminuída e abortos espontâneos e alterações do comportamento, como a depressão e irritabilidade.

Iguais aos cigarros normais
Os médicos querem proibir os cigarros electrónicos nos locais públicos, tal como acontece com os cigarros normais.

Os clínicos querem também que a sua venda tenha as mesmas regras e seja proibida a menores de 18 anos.

Carlos Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, afirmou que não se sabe “que tipo de substâncias são emitidas pelos cigarros electrónicos” e, por isso, não devem ser usados em espaços públicos. Além disso, defende ainda “devem ser classificados como medicamentos e controlados pelo Infarmed”.

Uma norma europeia, relacionada com o fabrico, apresentação e venda de tabaco entra em vigor no próximo dia 19 de Maio e os países têm até 2016 para rever a sua legislação interna.

Nessa altura, as autoridades deverão seguir os conselhos dos especialistas e restringir o uso deste cigarros.

Medicamentos comparticipados
A Comissão Europeia puxou as orelhas a Portugal por não alcançar meta de redução de despesa com medicamentos.

O Ministério da Saúde quer continuar a reduzir a factura dos medicamentos comparticipados. Até ao final de 2015, a redução pode chegar aos 400 milhões de euros.

Paulo Macedo e as farmacêuticas estão de novo sentados à mesa de negociações, depois dos acordos alcançados em 2012 e 2013. Em cima da mesa está a redução da despesa para este ano e o próximo, disse uma fonte próxima do Ministério da Saúde.

Para alcançar estas metas, a tutela privilegia um acordo com a indústria farmacêutica, de forma a reduzir a despesa com os medicamentos.

Em caso de não ser alcançado um acordo, a mesma fonte admite que pode vir a ser feita “uma reforma da taxa sobre o volume de negócios da indústria farmacêutica”.

Governo autoriza
O Governo autorizou a criação de 50 novas Unidades de Saúde Familiar em 2014 e a transição de um máximo de 20 destas unidades...

O despacho com as Unidades de Saúde Familiar (USF) a constituir em 2014, publicado na sexta-feira no Diário da República, estabelece que 11 das novas unidades poderão ser criadas na Administração Regional de Saúde do Norte, 16 no Centro, outras 16 em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Alentejo e três no algarve.

De acordo com o diploma, podem transitar no máximo 20 unidades do modelo A para o modelo B, que abrange as USF públicas com um regime retributivo especial para todos os profissionais, integrando remuneração base, suplementos e compensações pelo desempenho.

Administrador do IPO Lisboa
O administrador do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Ramos, defende a realização de ensaios clínicos no...

“Deve ser nesse âmbito (da investigação clínica) que deve ser encarada a realização de um ensaio clínico, e não como uma forma alternativa e barata de um medicamento ser disponibilizado aos doentes”, disse Francisco Ramos.

O presidente do conselho de administração deste Instituto Português de Oncologia (IPO) recusa - e disse esperar que a generalidade dos hospitais públicos o continuem a fazer - a ideia de introduzir novos medicamentos através dos ensaios clínicos.

30% num ano
Os casos de crianças e jovens com perturbações mentais tem continuado a aumentar, tendo 19.214 ido pela primeira vez a uma...

A depressão está na origem de pelo menos um quarto dos novos casos.

As alterações sociais registadas nas últimas décadas como o crescimento dos divórcios e dos novos modelos de família ajudam a explicar o aumento do problema em Portugal.

O Ministério da Saúde admite a necessidade de aumentar camas para internamento.

 

Deco
Em 50 consultas médicas, 20 clínicos prescreveram antibióticos sem necessidade para casos de dores de garganta, segundo uma...

Foram escolhidas unidades de saúde, públicas e privadas, de forma aleatória nas áreas da Grande Lisboa e Grande Porto, tendo a Deco pedido a colaboradores, que não tinham quaisquer problemas, que indicassem ao médico sentir dores de garganta, mas sem febre nem qualquer outro sintoma.

 

“Nas 50 consultas, os médicos observaram a garganta e procuraram inteirar-se dos sintomas. Em 20 casos, receitaram de imediato um antibiótico”, referiu a Deco num artigo publicado na sua página na Internet.

Infarmed
A venda de medicamentos sem receita médica fora das farmácias aumentou no primeiro trimestre deste ano em quantidade e em valor...

Dados da Autoridade do Medicamento indicam que, entre Janeiro e Março deste ano, o número de embalagens de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) vendidas fora das farmácias aumentou 5,2%, comparando com o mesmo período de 2013.

No total, os 987 locais de venda de MNSRM registados venderam quase dois milhões de embalagens, ou seja, mais 96 mil do que no ano anterior.

Estes números demonstram que a venda de medicamentos sem receita médica fora das farmácias continua a aumentar (depois de já ter subido em 2013, face ao ano anterior).

Quanto a valores, o aumento de vendas permitiu encaixar cerca de 10 milhões de euros, mais 1,29 milhões de euros, do que no mesmo período do ano anterior, o que representa uma subida de 14,8%.

Este aumento traduz também uma subida 0,4% no índice de preços dos medicamentos.

Os distritos com maior volume de vendas são Lisboa, Porto e Setúbal, e o grupo farmacoterapêutico mais vendido é o dos analgésicos e antipiréticos, com mais de 548 embalagens vendidas (28,3% do total), no valor de mais de 1,5 milhões de euros (15% do total).

A substancia activa com maior nível de vendas em volume foi o paracetamol, com mais de 292 embalagens vendidas (15,1% do total), e em valor foi o diclofenac, tendo rendido 634,5 mil euros (6,3% do total).

Manifesto pelos doentes respiratórios
A RESPIRA, membro da European Federation of Allergy and Airways Diseases Patients’ Associations (EFA), lança um desafio a todos...

Sabia que?

  • 30 milhões de pessoas na Europa têm asma?
  • 1 em cada 2 Europeus terá uma alergia em 2015?
  • A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) afecta 44 milhões de pessoas na Europa e que se espera que seja a 3ª causa de morte em 2030?

Luísa Soares Branco explica o envolvimento da RESPIRA: “queremos encorajar as pessoas a juntarem-se a nós e a darem um passo por uma vida e uma Europa mais saudável. A Respira vai divulgar este Manifesto junto de parceiros, figuras públicas, partidos políticos, Comissão Parlamentar de Saúde e deputados portugueses candidatos ao Parlamento Europeu”.

Para ajudar os doentes com asma, alergia ou DPOC solicita-se ao poder político que se comprometa com as seguintes prioridades na área da saúde:

1.Desenvolver uma estratégia na União Europeia sobre doenças crónicas com capítulos específicos para cada doença;

2.Investir na prevenção;

3.Assegurar para cada doente igualdade  de acesso aos tratamentos.

Nos hospitais do SNS
A despesa com medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde diminuiu 6,7% no primeiro trimestre deste ano em...

O relatório de Março da Autoridade do Medicamento (Infarmed) relativo ao consumo de medicamentos em meio hospitalar, mostra que a despesa nos três primeiros meses de 2014 foi de 240,4 milhões de euros, que corresponde a uma variação homóloga de -6,7%.

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (que integra o Santa Maria) e o Centro Hospitalar do Porto foram os que mais contribuíram para o decréscimo da despesa neste primeiro trimestre, com reduções de 11,8% e 19%, respectivamente.

Apesar da redução global, das 46 entidades hospitalares analisadas no relatório há 18 que registaram acréscimo de despesa com medicamentos no primeiro trimestre do ano.

Entre os que aumentaram a sua despesa em termos percentuais, destacam-se o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, o Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro e o Instituto Português de Oncologia de Coimbra.

O relatório do Infarmed salienta que o decréscimo da despesa hospitalar se observa desde maio de 2013, decorrendo “provavelmente das medidas implementadas relativas à definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares assim como do acordo estabelecido entre o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica”.

Do total da despesa com fármacos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a despesa em ambulatório representou 75% do total, com 181 milhões de euros. No ambulatório engloba-se a consulta externa, o hospital de dia e a cirurgia de ambulatório.

O peso do ambulatório hospitalar fica a dever-se, essencialmente, aos gastos com remédios para a infecção VIH/SIDA, para a oncologia e artrite reumatoide.

Contudo, a nível isolado, os medicamentos para o VIH/SIDA tiveram um decréscimo na despesa de 11,4%, sobretudo devido à redução dos preços médios destes fármacos.

Já os medicamentos para a artrite reumatoide e outras doenças específicas, como espondilite anquilosante ou a psoríase em placas, viram aumentar a sua despesa.

Cientistas explicam
Bocejamos quando o outro também o faz como mecanismo de sobrevivência, o que tem o efeito colateral de refrescar o nosso cérebro.

As conclusões da equipa de cientistas da Universidade de Viena, em colaboração com outros centros de investigação, é que o bocejo nos põe mais alerta e menos suscetíveis a adormecer.

Mas a pesquisa também mostra que o contágio não é universal, já que acontece mais com temperaturas externas amenas e não com temperaturas extremas (muito quente ou muito frio).

Dificuldades respiratórias
A Linde Saúde, em estreita colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa, disponibiliza aos peregrinos oxigénio para cuidados de...

No âmbito da política de responsabilidade social da Linde Saúde, entre os dias 9 e 13 de Maio, os hospitais de campanha da Cruz Vermelha Portuguesa contam, diariamente, com grupos de 17 voluntários e equipamento de suporte com oxigénio da Linde Saúde.

Esta iniciativa de apoio aos peregrinos procura responder às necessidades de equipamento de suporte de oxigénio, demonstrado em anos anteriores, e pretende garantir que perante episódios de falta de ar, paragem cardiorrespiratória ou crises asmáticas seja possível intervir rapidamente, assegurando os cuidados de saúde aos peregrinos que estejam nestas situações.

Para além do apoio prestado ao nível da disponibilização de oxigénio, a Linde presta cuidados aos peregrinos a caminho de Fátima através de tendas de apoio que pretendem contribuir para a qualidade da caminhada. Os peregrinos podem contar com voluntários destacados para intervir em Soure, Barracão e no Santuário de Fátima, que disponibilizam águas, bonés e outras bebidas frescas. Para minimizar os incómodos físicos da viajem, os peregrinos podem também contar com o apoio de enfermeiros, aconselhamento médico e de uma equipa de fisioterapeutas da Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Coimbra.

Em 2013, a Linde disponibilizou oxigénio aos Hospitais de Campanha da Cruz Vermelha Portuguesa, os fisioterapeutas da Linde voluntários atenderam nas tendas cerca de 300 pessoas e estima-se em cerca de 20.000 peregrinos que passaram para recolher águas e sumos.

“O nosso compromisso para com a comunidade passa por estarmos presentes nas jornadas do dia-a-dia. Saber que aqueles que apoiamos estão a concretizar algo em que acreditam e podermos fazer parte desse momento é o compromisso da nossa actuação. Nos peregrinos vemos uma força motivadora que nos faz voltar este ano com vontade de contribuir ainda mais”, afirma Maria João Vitorino, Homecare Business Manager Portugal da Linde Saúde.

Em honra de Isabel Levy
Em 2014, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos volta a atribuir a Bolsa de Formação Isabel Correia de Levy, em honra...

São financiadas, na totalidade ou em parte, 5 candidaturas em cada ano, uma por cada indivíduo e cada uma com o montante máximo de €2.000.

As candidaturas decorrem entre 15 de Novembro e 10 de Dezembro de 2014 e devem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou via correio normal para o Secretariado Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos – Serviço de Cuidados Paliativos - Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E. Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072 Porto.

O que é e porque se faz
A biópsia é um procedimento no qual se colhe uma pequena quantidade, isto é, uma amostra, de tecido
Lentes de microscópio

Existem diversos tipos de biópsia, cuja utilização é feita em função do tecido ou órgão que se pretende estudar. Assim, por exemplo, no caso de se pretender realizar uma biópsia cutânea (pele) ou de músculo, pode-se fazer uma pequena incisão na pele com um bisturi, removendo depois um pequeno fragmento de pele ou músculo. No caso de se pretender colher amostras de órgãos ou tecidos mais profundos, como os rins, fígado ou tecido mamário, utiliza-se uma técnica diferente, a punção-biópsia, na qual é utilizada uma agulha oca, que é inserida através da pele até à profundidade desejada. Nalguns destes casos, para que a colocação da agulha seja o mais precisa possível, a biópsia pode ser guiada por ecografia ou por TAC. Há ainda que referir que as biópsias podem ser realizadas durante a realização de endoscopias, biópsias endoscópicas, sendo que os endoscópios actuais estão equipados de instrumentos especificamente vocacionados para tal. Por fim, a biópsia pode ser parte de um procedimento cirúrgico major, sendo que nestes casos, caso haja indicação, pode ser extemporânea, isto é, depois de colhida a amostra ela é imediatamente processada e analisada, conhecendo-se os seus resultados durante a cirurgia, resultados esses que vão então condicionar a própria intervenção.

Para que se utiliza?

Depois de colhida, a amostra é então enviada ao laboratório onde é corada e observada ao microscópio. A observação microscópica mostra se o tecido ou células são normais ou se fazem parte de um tumor, permite determinar a natureza do tumor, isto é, se tem características ou não de malignidade (cancro), bem como identificar o tipo de tumor em causa e avaliar sinais de possível disseminação para outras partes do corpo. A biópsia é pois, então, um exame extremamente importante no diagnóstico e caracterização dos tumores malignos, assim como na determinação da sua evolução.

Mas a importância deste exame não se resume à patologia tumoral, tendo também muitas outras aplicações em patologias inflamatórias ou infecciosas, sobretudo no que respeita à identificação das suas causas.

É necessária alguma preparação especial?

A preparação para uma biópsia está dependente do tipo de biópsia em causa. Assim, por exemplo, enquanto que para uma biópsia cutânea ou muscular não há que ter nenhuns cuidados particulares no que respeita à alimentação, para uma biópsia que implique um procedimento cirúrgico major, que envolva anestesia geral, é necessário fazer jejum. No caso de uma biópsia que se realize no decurso de uma colonoscopia a preparação é a que se tem para este exame, independentemente de se fazer uma biópsia ou não, e que consiste em restrições alimentares e na utilização de laxantes e clisteres de limpeza.

Como se realiza?

Cada tipo de biópsia tem a sua técnica de execução, pelo que temos que:

  • Numa biópsia cutânea ou muscular a área a ser biopsada é cuidadosamente desinfectada e anestesiada com um anestésico local, sendo depois feita uma pequena incisão com um bisturi e retirada uma amostra de tecido, após o que se sutura a pequena ferida;
  • Numa punção-biópsia, após desinfectar e anestesiar a área através da qual se vai realizar a biópsia, insere-se uma agulha especialmente concebida para este procedimento, através da pele, até à profundidade desejada para colher a amostra;
  • Numa biópsia endoscópica é utilizado o equipamento específico existente na extremidade do endoscópio, isto é, um pequeno instrumento que permite colher uma amostra de tecido;
  • Numa biópsia que envolve um acto cirúrgico major, com anestesia geral, o órgão alvo é exposto através da incisão cirúrgica e a amostra então colhida sob visualização directa.

Quais são os riscos inerentes?

A grande maioria dos pequenos procedimentos de biópsia são muito seguros, tendo apenas um pequeno risco de sangramento ou infecção no local da biópsia. Caso tal ocorra, isto é, caso tenha febre ou dor, “inchaço”(edema), rubor ou sangramento no local de biópsia deve procurar o seu médico.

No caso de biópsias que impliquem cirurgias major os riscos inerentes são os associados a este tipo de actos cirúrgicos, como os decorrentes de qualquer anestesia geral.

Em qualquer dos casos, o melhor é falar sempre primeiro com o seu médico para que ele lhe possa explicar o procedimento que irá ser realizado e para que o possa tranquilizar.

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A biópsia líquida e a oncologia de precisão

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Como se desenvolvem
Uma infecção ocorre quando um agende infeccioso invade o organismo e se multiplica.
Infecções

As doenças infecciosas são, geralmente, provocadas por microrganismos (bactérias, fungos, vírus, parasitas, etc.) que invadem o corpo e se multiplicam. Após a invasão, os microrganismos multiplicam-se para provocar a infecção e podem surgir três situações distintas:

1) Os microrganismos continuam a multiplicar-se e transbordam as defesas humanas, processo esse que pode causar um dano tal que mate o doente;
 

2) Pode atingir-se um estado de equilíbrio, desenvolvendo-se uma infecção crónica e nem os microrganismos nem o doente ganham a "batalha”;
3) O doente, com ou sem tratamento médico, consegue erradicar o microrganismo invasor. Este processo restabelece a saúde e costuma proporcionar uma imunidade duradoura face a outra infecção provocada pelo mesmo microrganismo.

Os microrganismos encontram-se por toda a parte: na terra, na água doce e salgada, no fundo do oceano e no ar. Comemos, bebemos e respiramos microrganismos diariamente. Muitos dos microrganismos vivem na pele, na boca, nas vias respiratórias, no intestino e nos órgãos genitais (particularmente na vagina). Contudo, apesar da sua aparente presença esmagadora, eles raramente invadem, se multiplicam e provocam infecção nos seres humanos. Mesmo quando o fazem, a infecção é por vezes tão ligeira que não causa nenhum sintoma. Por isso, a circunstância de permanecerem como companheiros inofensivos ou de invadirem e causarem uma doença no hospedeiro depende da natureza do microrganismo e das defesas do corpo humano.

Uma pessoa saudável vive em harmonia com a flora microbiana normal, que se estabelece (colonização) em determinadas zonas do corpo. Esta flora, que em geral ocupa um lugar concreto, tem o nome de flora residente. Quando os microrganismos que colonizam o hospedeiro desde algumas horas até a algumas semanas, mas que não se estabelecem nele de forma permanente, são chamados de flora transitória.

A flora residente costuma proteger o corpo dos microrganismos que provocam doenças e se por algum motivo for alterada, rapidamente recupera. São diversos os factores que têm influência no desenvolvimento das espécies que vão constituir a flora residente de um indivíduo: desde a dieta, passando pelas condições sanitárias ou a poluição do ar até aos hábitos higiénicos.

No entanto, em determinadas condições, os microrganismos que fazem parte da flora residente podem provocar uma doença. Por exemplo, os estreptococos piogénicos podem viver na garganta sem fazer mal nenhum, mas, se as defesas do organismo enfraquecem ou se os estreptococos forem de uma variedade particularmente perigosa, podem provocar uma faringite estreptocócica (infecção da garganta ou angina).

Igualmente, outros microrganismos que fazem parte da flora residente podem tornar-se invasores, provocando doenças nos indivíduos que tenham as suas barreiras defensivas alteradas. Por exemplo, aqueles que sofrem de cancro do cólon estão vulneráveis à invasão de microrganismos que normalmente vivem no intestino; eles podem deslocar-se através do sangue e infectar as válvulas cardíacas. A exposição a doses maciças de radiações pode também ocasionar uma invasão por parte desses microrganismos e implicar uma infecção grave. 

Evitar as infecções
É possível prevenir as infecções através da vacinação e/ou de medicamentos anti-infecciosos. As vacinas contêm parcelas não infectantes de bactérias ou vírus ou então os microrganismos completos que foram alterados para não provocar infecção. Já os medicamentos são desenvolvidos de forma a serem o mais tóxico possível contra o microrganismo infectante e, ao mesmo tempo, o mais seguro possível para as células humanas. 

Vacinação
As vacinas disponíveis actualmente são altamente fiáveis e a maioria das pessoas tolera-as bem. Contudo, não são eficazes em toda a gente e, por vezes, podem mesmo provocar efeitos adversos. O organismo responde a uma vacina criando defesas imunitárias (como os anticorpos e os glóbulos brancos).Posteriormente, essas defesas evitam a doença quando o indivíduo se expõe às bactérias e vírus infecciosos.

Às crianças administra-se uma série de vacinas de forma sistemática conforme o Plano Nacional de Vacinação vigente em cada país, embora haja outras que são administradas após a exposição a uma causa específica de infecção: por exemplo, a vacina contra a raiva é administrada a alguém após ter sido mordido por um cão suspeito.

Aos adultos que contraem uma infecção antes de poderem ser vacinados ou cujo sistema imunitário não responde adequadamente à infecção podem administrar-se imunoglobulinas, que são formadas por uma mistura de anticorpos. Existem ainda algumas vacinas que são aplicadas quase de forma sistemática, como, por exemplo, a do tétano, que é administrada aos adultos de 10 em 10 anos. Outras são dadas a grupos específicos de indivíduos, como a vacina contra a gripe, dado a pessoas com elevado risco de contrair essa infecção viral e sofrer as suas complicações.

Medicamentos anti-infecciosos:
Os fármacos anti-infecciosos (que combatem a infecção) incluem os antibacterianos, os antivirais e os antimicóticos. Estes medicamentos são desenvolvidos de forma a serem os mais tóxicos possível contra o microrganismo infectante e, ao mesmo tempo, os mais seguros possível para as células humanas, ou seja, são concebidos para terem uma toxicidade selectiva. Fabricar substâncias destas para combater as bactérias e os fungos é relativamente simples porque são células muito diferentes das humanas.

Todavia, produzir um fármaco que destrua um vírus sem danificar a célula humana infectada é muito difícil, porque os vírus perdem a sua identidade dentro dela e reprogramam a célula para que fabrique partículas do próprio vírus.

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Malo Clinic
A Odontopediatria é a especialidade da Medicina Dentária exclusivamente dedicada à manutenção da saú
ODONTOPEDIATRIA

Esta especialidade alia à componente curativa, uma forte componente preventiva, uma vez que o acompanhamento do desenvolvimento dos chamados "dentes de leite" é fundamental não só para assegurar corretas funções fonéticas e de mastigação, mas também e sobretudo, para diagnosticar e prevenir precocemente potenciais problemas, garantindo uma dentição definitiva saudável.

Apesar de alguns tratamentos serem semelhantes aos dos adultos, a Odontopediatria oferece tratamentos exclusivos tendo em conta as especificidades das faixas etárias em questão: menores dimensões corporais e orais, osso do crânio e do maxilar em crescimento, processo eruptivo dinâmico da dentição e presença de dentes de leite, entre outras. Os problemas dentários podem surgir bastante cedo, pelo que se recomenda que a primeira consulta se realize a partir do momento em que nasçam os primeiros dentes, normalmente entre os 6 meses e 1 ano de idade.
O medo e a ansiedade estão muitas vezes associados à ida ao dentista. O Odontopediatra tem formação específica para lidar com os receios da criança, transformando a consulta numa experiência positiva. Contudo, se a modulação comportamental não for suficiente para tranquilizar a criança, o médico pode recorrer à sedação consciente. O método mais frequente é a sedação por inalação de protóxido de azoto. Uma técnica fácil e segura, que acalma a criança e que permite que a mesma permaneça consciente. 

Entre as principais competências da Odontopediatria incluem-se:

Acompanhamento Ortodôntico Preventivo
O mau posicionamento dentário e a má oclusão são problemas que afetam muitas crianças, determinando a necessidade do uso de aparelhos ortodônticos. Neste sentido, o acompanhamento regular é fundamental para atuar precocemente e prevenir ou tratar o problema desde o seu início.

Tratamento de Cáries
A ingestão frequente de açúcares associada a uma má escovagem resulta frequentemente no aparecimento de cáries. Se não tratadas, as cáries podem condicionar a perda precoce dos dentes de leite, muitas vezes com consequências ao nível do posicionamento e alinhamento da dentição definitiva.

Aplicação Tópica de Flúor e Selantes
O flúor é um componente fundamental na prevenção das cáries dentárias, recomendando-se a sua toma entre os 6 meses e os 16 anos. O Odontopediatra definirá as doses de flúor e respetivos modos de administração (comprimidos, gel, gotas, elixires), consoante as necessidades específicas das diferentes faixas etárias. Para prevenir o aparecimento de cáries é frequente a aplicação de selante. O selante é um verniz que aplicado sobre os dentes saudáveis protege a superfície mastigatória.

Controlo da Placa Bacteriana
A placa bacteriana resulta da acumulação de bactérias na cavidade oral. O seu controlo é fundamental para a manutenção da saúde oral, sobretudo no que diz respeito à prevenção de cáries. Para além de fornecer indicações acerca dos procedimentos de higiene oral para a prevenção e eliminação da placa bacteriana, em casos específicos, o Odontopediatra pode também eliminá-la através de meios mecânicos.

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Continuam a aumentar
Os hospitais públicos continuam a dever mais e mais dinheiro às farmacêuticas.

O Governo irá fazer um reforço de 300 milhões de euros para saldar pagamentos em atraso visto que devem mais de mil milhões de euros.

Há facturas de medicamentos por pagar desde Janeiro e a tendência é de aumentar. O Governo revelou que iria haver um reforço de 300 milhões de euros para liquidar os pagamentos em atraso.

Propor “melhorias” na saúde
Associação de Dirigentes Nacionais da Saúde constituída esta quinta-feira quer assumir-se como “interlocutor do Ministério da...

“Discutir a saúde em espaço aberto” neste “momento complicado” que o sector atravessa é o objectivo dos mais de cem fundadores da Associação de Dirigentes Nacionais da Saúde (ADNS), quinta-feira constituída em Matosinhos. Da associação fazem parte os ex-ministros da Saúde do PSD Arlindo de Carvalho e Luís Filipe Pereira, além do actual presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e os administradores de alguns dos maiores centros hospitalares do país.

“Achamos necessário que houvesse uma associação das pessoas que dirigiram e dirigem a saúde em Portugal, pública, privada e do sector social, com uma abrangência grande”, justifica Fernando Sollari Allegro, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto e um dos membros da comissão organizadora da nova associação. Será, acrescentou, “uma área de reflexão, de discussão de problemas concretos e teóricos para apresentar propostas de melhoria”.

Além da realização de congressos e conferências, os estatutos da associação prevêem a promoção de cursos “sobre o desempenho da função de gestor/dirigente”. Segundo os estatutos, a associação pretende ainda assumir-se como “interlocutor do Ministério da Saúde” na “promoção do aperfeiçoamento do sistema de financiamento e gestão do sector”.

Em Portugal existem outras associações que representam os profissionais do sector, mas Sollari Allegro considera que havia um “vazio” que era necessário preencher, dado que a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) apenas integra os profissionais com esta carreira na administração pública que completaram curso da Escola Nacional de Saúde Pública.

A ADNS inclui alguns dos principais intervenientes na liderança e direcção de organizações de saúde em Portugal – como os administradores do Centro Hospitalar de S. João, António Ferreira, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, José Martins Nunes, o ex-presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Fernando Araújo. Entre os fundadores figuram ainda Luís Portela, da Bial, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) o director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Agostinho Marques.

“Pode ser um sinal de dinamismo do sector e de vontade de intervenção cívica”, saúda Marta Temido, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares. “Mas as duas associações têm objectivos diferentes”, destaca. “É mais independente a voz de uma associação profissional do que a de uma associação que representa pessoas que são dirigentes por nomeação governamental”, defende.

Falha informática
As falhas no novo sistema de prescrição electrónica médica estão a obrigar vários doentes a regressar aos centros de saúde ou...

Estas dificuldades afectam 90% dos médicos inquiridos num estudo, que perdem em média 16 minutos por hora só com esta aplicação.

O inquérito foi realizado pela secção regional do Centro da Ordem dos Médicos, que questionou mil médicos da região. Em cada cem consultas, concluiu, os médicos não conseguem passar receitas em quatro, devido a problemas de sistema, que fica indisponível.

Só nestes centros de saúde e hospitais, todos os meses há 12 pessoas que têm de lá voltar apenas para levantar as receitas de medicamentos de que precisam.

Outro problema identificado é a dificuldade de os médicos conseguirem aceder aos medicamentos dos doentes crónicos, o que pode envolver riscos por não se conhecer a medicação habitual e prescrever uma nova, se necessário. Na doença crónica, o tempo para aceder ao sistema de prescrição eletrónica pode ascender a 25 minutos por hora de trabalho.

Em cada hora ficarão por atender duas pessoas devido a esse desperdício de tempo, o que significa que ao fim de um mês, 320 pessoas podiam ter tido acesso a uma consulta.

Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar
A Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar, com sede na Mealhada, alertou ontem que mais de 70% dos doentes com...

De momento, há cerca de 300 doentes com hipertensão pulmonar a receber tratamento em Portugal, mas haverá “mais de 1.000” no país, advertiu Teresa Carvalho, da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), afirmando que “as pessoas não conseguem chegar a um diagnóstico correcto por os sintomas, como a falta de ar e os lábios arroxeados, não serem apenas típicos desta doença”.

Para além do mau diagnóstico, “os doentes estão a ser diagnosticados tarde de mais”, o que “influencia a qualidade de vida” das pessoas com hipertensão pulmonar, explicou, referindo que “é necessário uma melhor formação dos profissionais de saúde” para “uma melhor triagem”.

Segundo Teresa Carvalho, as dificuldades de acesso à saúde também influenciam os números de doentes não identificados, observando-se que a maior parte dos doentes a receber tratamento “vivem nos grandes centros urbanos, como Lisboa ou Porto”.

“Para além de ser uma doença que traz várias complicações e de ser crónica”, também há “muita gente que não é tratada porque os tratamentos são muito caros - cerca de cem euros por mês”, constatou a responsável da associação.

O Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, que se celebrou a 5 de Maio, vai ser comemorado pela APHP no sábado, com várias iniciativas a decorrer na cidade do Porto, entre elas um “flashmob”, às 17:00, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, com 58 crianças do Centro de Dança do Porto.

“As crianças vão estar com os lábios pintados de azul (um dos sintomas) e vão erguer o slogan da associação: “perca o fôlego pela hipertensão pulmonar””, contou Teresa Carvalho.

Às 9h00, vai-se realizar uma prova de cicloturismo pelas ruas do Porto e às 12:00 “uma mega aula de zumba”, avançou.

A APHP celebra o dia “com actividades físicas, porque estas deixam as pessoas ofegantes. O que serve para mostrar como os doentes se sentem todos os dias, a realizar coisas simples como a subida de um degrau de escadas”, disse a responsável.

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