Droga:
Mais de 80 novas drogas foram notificadas pela primeira vez junto do Sistema de Alerta Rápido de UE em 2013.

Divulgado o relatório europeu sobre drogas alerta para o aumento de novas substâncias notificadas pela primeira vez junto do Sistema de Alerta Rápido da UE em 2013. As 81 novas drogas aumentam para 350 o número de novas substâncias sujeitas à vigilância da agência europeia de monitorização do fenómeno da droga (EMCDDA).

Segundo o relatório, o sistema está “sob pressão crescente devido ao volume e à variedade de substâncias que estão a aparecer no mercado”. Nos últimos quatro anos, foram detectadas cerca de 250 substâncias, alertam os especialistas.

 

Cooperação Laboratório de Polícia Científica assina protocolo sobre substâncias psicoactivas

A união de esforços e sinergias no conhecimento e no controlo de novas substâncias psicoactivas estão na base de um protocolo que o Laboratório de Polícia Científica (LPC) e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto vão assinar.

Carlos Farinha, do LPC, referiu que o aparecimento das novas substâncias psicoactivas, “veio colocar um novo desafio pericial”, pelo que a parceria e a colaboração das universidades, ao nível da investigação científica, “é fundamental para determinar as diferenças moleculares, as suas características e os seus efeitos”.

Unir esforços e sinergias, no controlo de novas substâncias psicoactivas e uma melhor resposta técnica e policial a este fenómeno estão entre as metas do protocolo de cooperação, que entra em vigor a 01 de Junho, podendo ser sucessivamente renovado por um período de um ano.

Carlos Farinha admitiu que num futuro próximo outras entidades, incluindo o INFARMED e outras universidades, possam juntar-se a este protocolo que se pretende alargado em termos de investigação.

 

DECO alerta
A DECO defendeu a necessidade de garantir a máxima segurança dos banhistas nas praias fluviais, lembrando os problemas de...

A associação de defesa do consumidor Deco alerta, em comunicado, para a importância de introduzir melhorias na forma como se processa a avaliação das águas balneares, recordando que, embora a legislação comunitária só obrigue à pesquisa de enterococos intestinais e de E.coli, a qualidade das águas balneares pode ser afectada “pela presença de salmonelas ou enterovirus, igualmente patogénicos para o ser humano”.

“Para se monitorizar potenciais ameaças para a saúde pública, estes contaminantes deveriam estar incluídos nas análises oficiais”, refere o comunicado.

A DECO considera ainda a actual legislação “controversa”, por permitir que as águas fluviais sejam consideradas boas, mesmo quando apresentam uma concentração de contaminantes correspondente ao dobro do que é admissível nas praias costeiras.

Para a associação de defesa do consumidor, os banhistas devem estar igualmente protegidos, qualquer que seja o tipo de água balnear que frequentem, estranhando que os níveis máximos de contaminantes microbiológicos permitidos na legislação comunitária “sejam ignorados por decisão de uma comissão técnica nacional”.

Segundo a DECO, a decisão da comissão técnica nacional permite que a exposição aos contaminantes seja “bastante maior” nas amostras de água recolhidas pontualmente do que nas colheitas feitas ao abrigo do programa de avaliação da qualidade das águas balneares.

Em 2014, a lista oficial foi publicada em meados de Maio, dias após o início da época balnear nalgumas praias, o que para a DECO é “inaceitável”, já que, por lei, deveria ser publicada até 1 de Março de cada ano.

A DECO alerta ainda para o problema da ausência de nadador-salvador, cuja presença durante a época balnear apenas é obrigatória nas praias concessionadas, ou seja, naquelas em que a exploração de equipamentos e instalações seja feita por uma entidade privada.

Nas restantes, mesmo que muito frequentadas por banhistas, não é obrigatória a existência de meios de salvamento, e como tal, a DECO defende a contratação de nadadores-salvadores pelas autarquias, deixando de estar dependentes dos concessionários.

 

Associação denuncia
Associação Para o Planeamento da Família alerta para riscos de aumento das gravidezes não planeadas.

A Associação Para o Planeamento da Família denunciou que a acessibilidade aos métodos contraceptivos “não está a ser igual” em todo o país e que, nalguns centros de saúdes, falta mesmo material.

“Existem atrasos na compra” dos métodos contraceptivos na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, enquanto a ARS do Algarve “não tem métodos contraceptivos nos seus armazéns desde Fevereiro”, lamentou o director-executivo da APF, Duarte Vilar. “Há alguns centros de saúde que durante meses não recebem contraceptivos”, afirmou.

Duarte Vilar deu o exemplo da zona da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, designadamente nos centros de saúde de Loures e Odivelas, onde “há listas de espera para a colocação de implantes”. Também a ARS do Centro “não disponibiliza todos os métodos contraceptivos do catálogo do planeamento familiar”, o que “compromete o princípio de igualdade dos cidadãos, que deveriam ter acesso à contracepção mais adequada às suas necessidades”, refere uma nota da Associação Para o Planeamento da Família.

“Iremos contactar as entidades em causa para tentar saber o que se passa”, disse Duarte Vilar, alertando que esta situação tem também riscos para a saúde das mulheres, já que “pode provocar um aumento de gravidezes não desejadas”. Nos últimos dois anos, segundo o dirigente da APF, “tem aumentado a procura das consultas de planeamento familiar”, que permitem a obtenção gratuita de diferentes métodos contraceptivos. “É uma forma de se prevenir a automedicação” por parte de utentes, incluindo aqueles que “antes adquiriam os fármacos sem passar pelos serviços de saúde”, salientou o mesmo responsável.

A realça que a distribuição gratuita de contraceptivos em todas as unidades de saúde públicas “é uma conquista muito positiva” do Serviço Nacional de Saúde em Portugal. “No entanto, a acessibilidade aos métodos contraceptivos não é igual em todo o país, quer pela quantidade disponibilizada aos utentes, quer pelo tipo de contracepção disponibilizado”, adianta a associação.

 

Concebida para humanos
Concebida para humanos, vacina revelou-se eficaz em chimpanzés. Cientistas receiam que fim de centros nos EUA onde se fazem...

Um artigo científico de 2006 na revista da Science mostra a dimensão de um problema pouco conhecido na conservação dos grandes símios: “Surto de Ébola matou 5000 gorilas”. Há muitas doenças que saltam entre espécies. As novas doenças que aparecem nos humanos podem provir das aves, dos porcos ou dos morcegos. Mas o inverso também acontece. Os humanos são um reservatório de doenças que podem saltar para outros animais e contribuir para a extinção dos chimpanzés ou gorilas, como é o caso do vírus do Ébola. Agora, uma equipa de cientistas demonstrou a eficácia de uma vacina contra este vírus nos chimpanzés.

A vacina foi desenvolvida primeiro para humanos, mas não obteve autorização para ser testada em pessoas. E foi aproveitada por uma equipa de cientistas liderados por Peter Walsh, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que a testou com sucesso em seis chimpanzés. Os resultados foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences dos Estados Unidos (PNAS). A equipa defende ainda a necessidade de manter centros de investigação com chimpanzés para se desenvolverem vacinas que protejam os animais de outras doenças.

“Metade das mortes dos chimpanzés e dos gorilas que vivem em proximidade com os humanos é causada pelos nossos vírus respiratórios”, explica Peter Walsh, num comunicado da Universidade de Cambridge. “Para nós, estes vírus traduzem-se apenas numa garganta dorida — para os chimpanzés e os gorilas significam a morte.”

Tanto o vírus que causa o sarampo, o metapneumovírus humano ou as bactérias fecais como a Escherichia coli causam doenças nos símios, mas há outras infecções. “O vírus sincicial respiratório não é muito conhecido mas é a mais comum fonte de infecções respiratórias sérias pelo mundo fora. Muitas vezes parece ser uma ‘constipação’ que ataca as crianças. É um grande assassino de chimpanzés”, explicou o investigador ao Público Online.

No caso dos humanos, ainda não há uma vacina preventiva nem um tratamento eficaz para o vírus do Ébola. A doença começa por se parecer com uma gripe. De seguida, surgem sintomas mais graves, como vómitos, erupções cutâneas, diarreia hemorrágica. Estas hemorragias internas tornam-se incontroláveis e os doentes perdem sangue pelos ouvidos e olhos. O vírus vai dissolvendo os órgãos internos dos doentes, até os levar à morte.

“Decidimos testar uma vacina experimental contra o Ébola, tanto para enfrentar a ameaça desta importante doença como para avaliar a possibilidade de se fazer testes de vacinas em animais em cativeiro, usando os orçamentos magros que normalmente estão disponíveis para os conservacionistas”, escreveram os autores no artigo da PNAS.

A equipa diz que não tem conhecimento de outra experiência igual: em que se tenha testado em chimpanzés em cativeiro vacinas originalmente destinadas a humanos.

Os cientistas usaram na vacina apenas proteínas do invólucro do vírus do Ébola, sem o material genético que o torna capaz de provocar a doença. A vacina já tinha sido testada em 80 macacos, agora a equipa testou-a em seis chimpanzés no Centro de Investigação New Iberia da Universidade do Luisiana, nos Estados Unidos. Este trabalho de investigação foi barato, dizem os autores.

A vacinação levou os chimpanzés a produzir anticorpos contra o vírus do Ébola. Esses anticorpos foram testados em ratinhos, depois de terem sido infectados com o vírus do Ébola. Os cientistas verificaram que os anticorpos conseguiram evitar a morte de 30 a 60% dos ratinhos.

Este tipo de vacinas, que só usa partes proteicas dos invólucros do vírus e não causa a doença — o que poderia ser fatal para os animais selvagens que muitas vezes estão debilitados —, “são muito valiosas para as espécies que estão em perigo crítico ou frágeis do ponto de vista imunitário e que são fáceis de vacinar”, concluem os investigadores.

 

Ordem dos Médicos defende
A Ordem dos Médicos defende a revogação da portaria publicada na passada sexta-feira que atribui aos médicos de família...

A sobrecarga dos especialistas de Medicina Geral e Familiar é um dos argumentos invocados ao i pelo bastonário José Manuel Silva, que considera a iniciativa da tutela “irrealista” e lamenta que a Ordem não tenha sido ouvida quando estão em causa competências de três especialidades médicas. “O ministério não tem de seguir as recomendações da Ordem mas não houve qualquer pedido de informação, por exemplo quanto à disponibilidade de médicos de trabalho. Não se resolve um problema criando outros”, critica o bastonário.

Um estudo divulgado ontem pela Deco veio reforçar a ideia de falta de capacidade da actual oferta de médicos de família nos centros de saúde. Um inquérito realizado pela Associação de Defesa do Consumidor revelou que três em cada dez portugueses espera mais de um mês por consulta com o médico de família, enquanto em Espanha ou Itália os utentes conseguem consulta numa semana.

Também a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, reconheceu tempos de espera muito prolongados e por vezes “inadmissíveis”, considera extemporânea a iniciativa do Ministério a Saúde. “No cenário actual de carência de médicos de família, sobejamente conhecido pela tutela e sentido pelos cidadãos, esta portaria agrava o acesso aos cuidados de saúde, debilita os centros de saúde e as unidades de saúde familiar e ainda prevê uma necessidade de formação”, disse a APMGF.

Rui Nogueira, vice-presidente da associação, admitiu ao iOnline que, em conjunto com o colégio de especialidade de Medicina Geral e Familiar, vão preparar um pedido de revogação do documento e poderão alinhar na recomendação do princípio de dever de escusa, proposta pelo Sindicato Independente dos Médicos. “Já estamos sobrecarregados e com doentes à espera. Não faz qualquer sentido quando existem médicos com essa competência”, disse, lamentando que persistam, em paralelo com iniciativas inesperadas como classifica a recente portaria, demora na autorização de contratação de clínicos reformados ou contratação de novos médicos de família.

Desde 2009 que a lei prevê que alguns trabalhadores possam ter acesso a consultas de medicina de trabalho no SNS. Mediante a insuficiência comprovada de médicos de trabalho, a tutela pode autorizar outros licenciados em medicina a exercer as funções, embora devessem completar a especialidade em quatro anos. O novo diploma, que regulamenta essa possibilidade, prevê apenas que os médicos bem como as equipas de saúde pública venham a ter formação.

 

Estudo revela:
Uma dieta pobre em valores calóricos ajuda a que o cancro não se espalhe pelo corpo. A descoberta da Universidade Thomas...

O estudo, publicado na revista Breast Cancer Research and Treatment, envolveu a mudança de alimentação em ratos portadores de cancro, sendo que os que consumiam menos de um terço das calorias apresentaram melhorias significativas. Com uma alimentação mais fraca em calorias o tecido envolvente do tumor diminui e as células cancerosas reduzem de quantidade. Deste modo, diminui também os riscos de o tumor se espalhar a outras zonas do corpo.

Este estudo vai de encontro com outros já realizados e que defendem que o aumento de peso dificulta o tratamento de cancro, uma vez que o metabolismo do doente fica alterado e, por consequência, mais lento.

 

Estudo afirma
O risco de uma epidemia de dengue durante o Mundial2014 nas cidades-sedes de jogos é pequeno, segundo um estudo liderado por...

Segundo investigadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o risco de uma epidemia de dengue durante o Mundial2014 nas cidades-sedes de jogos é pequeno.

O Ministério da Saúde do Brasil define como alto risco de epidemia quando são previstos mais de 300 casos em cada 100 mil habitantes. Entre as 12 cidades-sedes dos jogos, três registaram essa possibilidade: Recife, Fortaleza e Natal, com probabilidades de 19%, 46% e 48%, respectivamente, de isso ocorrer.

 “Esse artigo foi inicialmente pensado em resposta a um certo alarmismo da imprensa internacional sobre o risco aumentado de dengue. Resolvemos utilizar os modelos que desenvolvemos anteriormente para avaliar esse risco”, afirmou a pesquisadora Marília Carvalho, citada pela Fiocruz.

Na cidade de São Paulo, o número de casos de dengue Janeiro e Maio triplicou este ano, em relação ao registado no mesmo período de 2013. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, foram 6.005 casos da doença nos primeiros cinco meses do ano, ante 1.794 no ano anterior. O estudo, realizado entre Fevereiro e Abril deste ano, foi publicado na revista científica inglesa The Lancet.

Hospital Privado em Aveiro
O Hospital privado em Aveiro já realiza o implante de um micro dispositivo de monitorização cardíaca, dando assim início a uma...

Permitindo um procedimento muito rápido (demora apenas uns breves 10 minutos a ser implantado) e apresentando uma dimensão 80% menor que os dispositivos actualmente disponíveis, o novo sistema de monitorização de arritmias cardíacas foi implantado pelo cardiologista Miguel Ventura e pela sua equipa num paciente com síncope de repetição e de causa desconhecida.

Apesar de ser significativamente mais pequeno, o novo dispositivo permite uma monitorização contínua durante três anos e é disponibilizado com um sistema monitorização remota (wireless), que permite uma avaliação à distância do aparelho e possibilita o envio de notificações perante a presença de determinadas arritmias cardíacas.

De acordo com Miguel Ventura, “este inovador e micro dispositivo cardíaco está indicado para doentes que apresentem sintomas como síncope (sensação de desmaio), tonturas, palpitações e dores no peito ou pacientes com um risco aumentado de arritmias cardíacas. Permite ainda um diagnóstico mais preciso de eventuais problemas relacionados com o ritmo do coração e consequentemente um tratamento mais rápido e adequado a cada um dos doentes.”

A partir de agora esta tecnologia miniaturizada pode ser implantada na Cliria, que mais uma vez disponibiliza aos seus pacientes as terapias mais inovadoras do mercado.

 

Sobre a síncope

A síncope é uma perda de consciência resultante de uma diminuição da circulação sanguínea cerebral global e transitória. Caracteriza-se por um início súbito, curta duração e recuperação completa e espontânea. Estima-se que nos indivíduos que atingem os 70 anos a sua prevalência seja de 42% é responsável por 1% das idas às urgências hospitalares. Existem dois picos para a ocorrência do primeiro episódio, um primeiro em torno dos 15 anos e outro acima dos 65. As palpitações são uma percepção incómoda do batimento cardíaco (demasiado rápido, demasiado forte ou irregular) e uma queixa muito frequente na prática clínica. Podem ser o resultado de uma arritmia cardíaca ou traduzir um aumento da frequência cardíaca em resposta a uma situação não cardíaca (p. ex. ansiedade ou anemia).

 

Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de Maio
“A única forma segura de fumar é não fumar”, é o mote da campanha que assinala o Dia Mundial Sem Tabaco, no próximo dia 31 de...

Uma mensagem que procura chamar a atenção para a importância da cessação tabágica como única forma de evitar os malefícios do tabagismo que continua a ser a principal causa de morte evitável em todo mundo.

Esta é uma campanha que, mais do que chamar a atenção para os malefícios do tabaco, procura alertar para qualquer meio de consumo de nicotina, seja este através de cigarros convencionais, de enrolar, electrónicos ou até cigarrilhas, charutos ou cachimbos.

Segundo Ana Figueiredo, Coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia “é importante consciencializar os fumadores para a importância da cessação tabágica, promovendo o combate à dependência física e psicológica, a qual não deve passar por substitutos como cigarros light e slim, anunciados como tendo menos nicotina, ou até cigarros electrónicos.”

Em foco está ainda a promoção da saúde, a qual encontra nas novas directivas europeias a introdução de importantes medidas que podem ajudar a combater o tabagismo e a introdução de novas formas de consumo de nicotina, especialmente pelas camadas mais jovens. Apesar de estar prevista a eliminação de aromas como o mentol, que tornam o tabaco mais atractivo, a Comissão de Tabagismo considera que ainda há muito para fazer no que diz respeito à regulamentação de questões como a do cigarro electrónico. “A luta contra o tabagismo deve passar pela eliminação da dependência, o que não acontece com o uso do cigarro electrónico que acaba por constituir um retrocesso na luta contra o hábito quando o objectivo é a cessação tabágica, não é a sua substituição”, acrescenta Ana Figueiredo

O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável em todo mundo, provocando cerca de 6 milhões de mortes por ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tratamento dos fumadores é fundamental para controlar esta epidemia, a par com outras medidas tais como a informação e educação dos jovens, impostos sobre o tabaco e legislação mais restritiva. Vários estudos indicam que a cessação tabágica irá trazer benefícios nos próximos 20 a 30 anos. Feitas as contas se metade dos fumadores deixar de fumar nos próximos 20 anos, evitar-se-ão 400 milhões de mortes.

“A única forma segura de fumar é não fumar” é a convicção da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia que lança no próximo Dia Mundial Sem Tabaco uma campanha que estará presente em mais de 500 instituições de saúde de norte a sul do país.

 

Sobre a Comissão de Tabagismo da SPP:

A Comissão de Tabagismo existe desde 1992, dela fazem parte 58 pneumologistas. Ao longo de mais de 20 anos a Comissão de Tabagismo foi crescendo e actuando em áreas tão distintas como a Prevenção (acções na comunidade incluindo rastreios com realização de espirometrias e doseamento de CO no ar expirado, elaboração de posters e folhetos, organização de actividades no dia Mundial Sem Tabaco e no Dia do Não Fumador), a Formação (elaboração de normas de actuação no Tabagismo adaptadas à realidade nacional, realização de acções de formação para pessoal de saúde, incluindo cursos pós-graduados nos Congressos anuais da SPP e no âmbito da Escola de Pneumologia) e Intervenção (mais de 90% das consultas Hospitalares de Cessação Tabágica são efectuadas por Pneumologistas, que colaboraram também activamente na formação de médicos de Medicina Geral e Familiar para criação de Consultas especializadas). O objectivo principal desta comissão é ajudar a controlar e tratar a epidemia do tabagismo em parceria com outras sociedades ou organismos envolvidos nesta área.

 

26 de Maio a 15 de Junho
De 26 de Maio e 15 de Junho, as 95 Farmácias Holon unem-se numa acção de sensibilização onde cada uma desenvolverá um conjunto...

As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 40% dos óbitos em Portugal, sendo a principal causa de morte a nível nacional, em particular o acidente vascular cerebral e o enfarte agudo do miocárdio. São também uma importante causa de incapacidade, absentismo e perda de anos potenciais de vida.

Maria João Mendes, responsável pela intervenção farmacêutica nas Farmácias Holon, refere que a “prevenção é ainda a melhor estratégia para a redução significativa da mortalidade e morbilidade cardiovasculares. É neste sentido que é essencial a aproximação da farmácia à comunidade, através de iniciativas que visem a detecção precoce de factores de risco e a implementação de estratégias para o seu efectivo controlo”.

Através do cálculo do risco cardiovascular é possível definir quais os limites adequados de colesterol LDL, promovendo a prevenção dos eventos cardiovascular e envolvendo os utentes, estimulando uma mudança de estilos de vida e promovendo a adesão à terapêutica.

 

No Japão
A Daiichi Sankyo anunciou que recebeu aprovação no Japão para uma indicação adicional do seu medicamento RANMARK® (denosumab,...

O denosumab foi designado como um produto farmacêutico para o tratamento de doenças raras pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão em Junho de 2013 pela eficácia contra GCTB. Com a aprovação para esta indicação adicional, a Daiichi Sankyo tem como objectivo beneficiar os doentes e profissionais de saúde, oferecendo uma nova opção de tratamento. Além disso, para promover o uso seguro e eficiente da presente indicação adicional para GCTB, será realizada uma pesquisa de uso específico em todos os doentes medicados até que os dados de um determinado número de casos tenham sido acumulados.

O denosumab é o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano a ter como alvo o ligante RANK, um mediador essencial da formação de osteoclastos. A Daiichi Sankyo tem trabalhado o denosumab desde 2007, quando adquiriu os direitos do medicamento da Amgen para desenvolver e comercializar este anticorpo no Japão. Daiichi Sankyo lançou o denosumabe no Japão em Abril de 2012 sob o nome de marca RANMARK® (injecção subcutânea120mg) como um tratamento para complicações ósseas resultantes de mieloma múltiplo e metástases ósseas de tumores sólidos. Em Junho de 2013, a Daiichi Sankyo também lançou o PRALIA® como tratamento da osteoporose subcutânea. O denosumab está actualmente na fase III de ensaios clínicos no Japão como terapia adjuvante pós-operatória do cancro da mama e artrite reumatóide.

 

Alémemória
E se um dia a memória falha? Como lidar com as pessoas que sofrem de demências? Como pode um cuidador saber se está a agir da...

O Alémemória nasce de um sonho de oito anos e da vontade de três voluntárias, que abraçam um novo projecto para a apoiar pessoas com doença de Alzheimer ou outra forma de demência, bem como os seus cuidadores.

Uma assistente social, uma psicóloga e uma enfermeira juntam-se a outros especialistas e, num espaço cedido gratuitamente pelo Instituto Politécnico de Beja, equipado graças à boa vontade de várias pessoas e instituições, vão desenvolver um trabalho até agora inexistente nessa região.

O gabinete vai oferecer diversas actividades para melhorar a qualidade de vida dos doentes com demências. “Pretendemos dinamizar sessões de relaxamento, de musicoterapia, de reiki assim como sessões de ginástica e estimulação cognitiva”, revela à Renascença Ana Soeiro.

A assistente social acrescenta que a equipa dinamizadora do projecto quer “impulsionar grupos de mútua ajuda para os cuidadores informais para que haja partilha das vivências” e fazer “ acompanhamento psicológico às famílias que cuidam destes doentes”.

Na maioria das situações “é diagnosticada a demência, e não há só o Alzheimer, há muitas outras formas de demência”, refere Ana Soeiro, “a pessoa é medicada, mas a família não é informada da progressão da doença, do estado em que se encontra e também como se lida com o doente que tem esta problemática, nomeadamente ao nível da irritabilidade ou de alterações do estado do humor”. Por falta de informação, sublinha, muitas vezes faz-se "exactamente o contrário do que deve ser feito”.

No Alémemória, a preocupação passa por apoiar caso a caso, de acordo com as suas especificidades, informar os familiares de doentes sobre a problemática das demências e ajudar no reconhecimento de sinais que podem ser ou não de Alzheimer, desenhando uma estratégica de intervenção para minimizar o desgaste físico e psicológico dos cuidadores.

O novo espaço vai começar a funcionar a partir de hoje, 26 de Maio, num espaço do campus do Instituto Politécnico de Beja, às segundas-feiras das 17h30 às 20 horas e nos primeiros dois sábados de cada mês, entre as 15h30 e as 18h30.

Entre os parceiros, conta-se a Associação Alzheimer Portugal que incentiva a criação de uma rede de apoio a indivíduos com demência e aos seus cuidadores, por parte de pessoas individuais ou colectivas tendo em vista a promoção da qualidade de vida destas pessoas.

 

INE
As doenças circulatórias foram a principal causa de morte em 2012 e, juntamente com o cancro, foram responsáveis por mais de...

Quase 33 mil pessoas morreram nesse ano em Portugal devido a doenças do aparelho respiratório (AVC, doença isquémica do coração ou enfarte agudo do miocárdio), que representam 30,4% das mortes por doença ocorridas no país e uma taxa de mortalidade de 312 mortes por 100 mil habitantes.

Portugal registou 107.969 mortes em 2012 (103.203 morte em 2011), 96,3% das quais por doença e 3,7% devido a lesões externas e envenenamento.

 

Estudo revela
Uma análise feita a exames de mamografia revelaram diferentes níveis de exposição às radiações a que as doentes foram sujeitas,...

Milton Santos, docente da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) apercebeu-se de um problema “simultaneamente clínico e de gestão de processos que poderá, por falta de controlo de qualidade adequado e mais informado, configurar situações de risco de saúde pública”.

Uma análise feita a exames de mamografia revelaram diferentes níveis de exposição às radiações a que as pacientes foram sujeitas, em duas unidades hospitalares diferentes, revelou a Universidade de Aveiro (UA).

A comparação entre os exames feitos nas duas unidades hospitalares, cuja identificação é mantida confidencial, é feita num estudo sobre a variabilidade na dose de radiação utilizada em exames mamográficos, realizada por um investigador daquela universidade.

Milton Santos, conclui, num trabalho que constitui parte da dissertação de doutoramento na Secção Autónoma das Ciência da Saúde da UA, que “há uma variabilidade significativa em termos de dose de radiação a que os pacientes são sujeitos aquando da realização de exames mamográficos”.

O investigador apercebeu-se de um problema “simultaneamente clínico e de gestão de processos que poderá, por falta de controlo de qualidade adequado e mais informado, configurar situações de risco de saúde pública”.

No âmbito do doutoramento, Milton Santos realizou estudos de controlo de qualidade em procedimentos radiológicos de elevada incidência em diversas instituições, que resultou numa metodologia de análise do exercício profissional em Imagiologia, passível de ser utilizada em diferentes unidades de saúde.

Envolvendo uma equipa multidisciplinar, conduziu um estudo de análise de desempenho usando instrumentos de análise de dados, concebidos por investigadores do Instituto de Engenharia Electrotécnica e Telemática da UA (IEETA-UA).

Nos exames mantidos em arquivos de imagem médica digitais das unidades hospitalares é possível identificar parâmetros, como o índice de exposição, a quantidade de radiação utilizada, o tipo de exame, entre vários outros que, depois, poderão ser analisados.

A eficácia dos instrumentos de imaging analytics permitiu constatar marcadas diferenças em termos de dose de radiação a que os pacientes foram submetidos em duas instituições analisadas.

Num caso foram analisados exames realizados ao longo de três anos e, no outro, exames realizados ao longo de quatro. Apesar de numa das instituições ter sido identificada uma redução da exposição à radiação ao longo do tempo, foram identificados valores de índice de exposição que podem representar uma sub ou sobreexposição à radiação X. Na outra instituição não se verificou esse padrão evolutivo.

O estudo agora divulgado foi apresentado e reconhecido no European Congress of Radiology 2014 da Sociedade Europeia de Radiologia, em Março.

 

Inquérito da Deco
Três em cada dez portugueses inquiridos pela associação Deco esperam mais de um mês pela consulta com o médico de família,...

A associação de defesa do consumidor Deco realizou, no final do ano passado, 3556 questionários sobre os cuidados de saúde primários a uma amostra da população adulta em Portugal, estratificada por sexo, grupos etários e região. Inquéritos semelhantes foram realizados em Espanha e em Itália.

De acordo com os dados recolhidos, depois de marcada uma consulta, três em cada dez portugueses esperam pelo menos um mês pelo encontro com o médico de família. Em Espanha e em Itália, nove em cada dez doentes conseguem resposta no prazo de uma semana.

Em Portugal, a região Centro é a que obteve melhor classificação, com quase metade dos inquiridos a indicar que obtém consulta na primeira semana. A região Norte é a que surge com maiores dificuldades, com 37% dos doentes a dizerem que esperam pelo menos um mês. Segue-se o Algarve (com 35%), Lisboa e Vale do Tejo (31%), Alentejo (28%) e o Centro (com 17%).

“A situação é idêntica à que detectámos em 2009, aquando do nosso último estudo”, refere a associação de defesa do consumidor. A Deco considera que o nível de satisfação dos consumidores com os cuidados de saúde primários tem vindo a aumentar nos últimos anos, mas frisa que o tempo de espera pelas consultas e o número de utentes sem médico de família “teimam em não descer”.

“É preciso melhorar estes aspectos e promover a igualdade no acesso aos cuidados”, afirma.

Com base nos dados dos 3556 inquéritos da Deco, há um em cada dez utentes sem médico de família. O problema parece mais grave no Algarve e em Lisboa, onde 25 e 15% dos doentes, respectivamente, indicaram não ter médico.

“A Sul, o número de inquiridos nestas condições duplicou nos últimos cinco anos”, indica o estudo.

Já a satisfação com o seu médico de família parece ser elevada, com seis em cada dez a indicarem estar “muito satisfeitos” com o clínico que os segue.

Mesmo sem médico de família, a maioria dos inquiridos recorreu a serviços de saúde pelo menos quatro vezes no ano anterior ao questionário, com o sector público a ser o mais frequentado, sobretudo em consultas de medicina geral, serviços de enfermagem ou vacinas.

Os privados ganham em especialidades como a estomatologia e a dermatologia.

Numa análise ao recurso às novas tecnologias para marcação de consultas, a Deco conclui que há um crescimento, mas ainda longe de ser universal: só 10% dos inquiridos marcam consultas por correio electrónico e 22% através da Internet.

 

Estudo de Sobrevivência de Cancro Oral da População do Norte de Portugal
Estudo mostra que o cancro oral tem vindo a aumentar e confirma que 80% dos casos estão relacionados com o consumo de tabaco e...

Mais de metade dos doentes com cancro oral (58%) não sobrevive ao fim de cinco anos. Esta é a principal conclusão do Estudo de Sobrevivência de Cancro Oral da População do Norte de Portugal, realizado por Luís Monteiro, médico dentista e professor da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), em colaboração com o IPO do Porto. Esta conclusão justifica-se, em parte, por outra: mais de 70% dos casos diagnosticados encontravam-se já em estádios muito avançados.

A principal causa da elevada taxa de mortalidade é o diagnóstico tardio dos tumores, que afectam a cavidade oral, dos lábios à garganta, incluindo as amígdalas e faringe e são causados principalmente pelo consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas. Luís Monteiro explicou ao Público Online que o estádio do cancro aquando do diagnóstico influencia a probabilidade de sobrevivência do doente. De acordo com a investigação que levou a cabo entre 2005 e 2006, no Norte de Portugal, “a sobrevivência ao fim de cinco anos de doentes em estádios iniciais (ou seja, com lesões pequenas) é de 85%”. Por outro lado, “a sobrevivência ao fim de cinco anos de doentes em estádios avançados é de apenas 20%”.

Os sintomas são principalmente feridas que não cicatrizam, nódulos que não desaparecem e dores inexplicadas e constantes, explica o autor do estudo divulgado esta sexta-feira. Contudo, “mais vale prevenir do que remediar”: 80% dos novos casos estão relacionados com comportamentos de risco, como a ingerência de fumo de tabaco e de bebidas alcoólicas, pelo que a prevenção passa, numa primeira fase, por um estilo de vida saudável.

Luís Monteiro participou já numa investigação anterior, que decorreu entre 1998 e 2007 e que concluiu que Portugal é dos países na Europa com maior aumento do número de casos deste cancro, a estimativa é de aproximadamente 1500 novos casos por ano.

Essa investigação concluiu também que, na última década, foram detectados em Portugal 9623 casos de cancro oral, 7565 em homens e 2058 em mulheres, tendo a doença aumentado a um ritmo de 4% ao ano nas mulheres. Este crescimento revelou-se sobretudo em zonas da boca relacionadas com o vírus do papiloma humano (HPV), o que reflecte a mudança de hábitos sexuais entre os portugueses.

O investigador justifica a maior incidência sobre homens, comparativamente às mulheres: “à partida, historicamente, os homens têm hábitos mais pesados de consumo de tabaco e bebidas alcoólicas”. A investigação revela também que os tumores orais afectam principalmente indivíduos com mais de 40 anos, sendo que a média de idades é de 62 anos. Luís Monteiro lamenta, no entanto, que haja cada vez mais vítimas jovens, não só em Portugal, mas também noutros países da Europa.

Luís Monteiro considera fundamental, portanto, “consciencializar a população e promover rastreios”. Actualmente, já há várias iniciativas a decorrer, como o rastreio promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas, que se insere no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral.

 

25 de Maio - Dia Internacional da Tiróide
1 milhão de portugueses e 200 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de doenças da tiróide. Assinala-se no próximo 25 de Maio...

A Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM)/Grupo de Estudo da Tiróide e a BIAL, assinalando o Dia Internacional da Tiróide, que se comemora no próximo 25 de Maio, procuram chamar a atenção da opinião pública para a importância do diagnóstico precoce das doenças da tiróide, e para a importância da suplementação de iodo na gravidez, uma vez que existe uma elevada taxa de cura quando estas patologias são detectadas a tempo.

Para assinalar este dia, a SPEDM/Grupo de estudo da Tiróide e a BIAL realizarão várias acções de sensibilização, nomeadamente rastreios da função tiroideia a decorrer no IPATIMUP, no Porto. No dia 26 de Maio, e durante toda a semana, serão distribuídos, em diversas de unidades de saúde do país, vários folhetos informativos dirigidos às Grávidas sobre estas patologias e a necessidade de aporte de iodo na gravidez.

Por outro lado, algumas das principais sociedades de endocrinologia e ginecologia do país associaram-se a esta causa através da produção de um jornal exclusivamente dedicado ao tema da tiróide, que será distribuído nos vários hospitais do país e principais interfaces de transportes da Grande Lisboa e Grande Porto.

 

Uma doença que afecta 1 milhão de portugueses

As doenças da tiróide afectam cerca de 200 milhões de pessoas em todo mundo. Em Portugal estima-se que um milhão de portugueses sofra de alterações da função tiroideia.

A tiróide é uma das glândulas mais importantes do corpo humano, responsável por regular o metabolismo e por assegurar o bom funcionamento do organismo. Das várias doenças da tiróide, o hipotiroidismo e o hipertiroidismo são as mais frequentes, com especial incidência no sexo feminino.

Ansiedade, depressão, cancro da tiróide, infertilidade e deficiência de iodo são apontadas como as principais razões pelas quais devemos estar atentos às doenças da tiróide. Nas crianças, os impactos dos problemas da tiróide fazem sentir-se especialmente ao nível do desenvolvimento físico e mental, provocando dificuldades na aprendizagem e no desempenho escolar.

 

A importância do iodo no combate às doenças da tiróide

Um dos principais factores de risco, para o aparecimento de alterações da função da tiróide, é o défice de iodo. Em 2010, uma investigação do Grupo de Estudo da Tiróide da SPEDM, concluiu que as grávidas portuguesas têm um nível insuficiente de iodo, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. A carência de iodo é mencionada como a principal causa mundial de atraso mental na criança e estima-se que cerca de 13% da população mundial seja afectada por doenças causadas pela falta deste micro nutriente.

O ano passado, a Direcção-Geral da Saúde divulgou uma Orientação Clínica em que define que, “as mulheres em pré-concepção, grávidas ou a amamentar devem receber um suplemento diário de iodo sob a forma de iodeto de potássio desde o período pré-concepcional, durante toda a gravidez e enquanto durar o aleitamento materno exclusivo”, recomendando a prescrição de medicamento com esta substância activa, devidamente ajustada a cada caso.

 

Saiba distingui-los
Aeróbico ou anaeróbico diz respeito ao tipo de metabolismo energético que está a ser maioritariament
Mulher a fazer jogging junto a lago

Quando há actividade física, seja ela de maior ou menor intensidade e de curta ou longa duração, o organismo reage de diferentes maneiras adaptando-se do melhor modo às necessidades para um bom funcionamento e desempenho. Para que sejam processos benéficos há que saber como funcionam estes dois tipos de exercícios, o aeróbico e o anaeróbico.

No fundo, a diferença entre os dois está relacionada com a maneira como é produzida energia para o funcionamento dos músculos. No exercício aeróbico o consumo de oxigénio é que gera energia para os músculos. No exercício anaeróbico o oxigénio não é utilizado como fonte de energia, existem sim transformações de substâncias químicas por parte do nosso organismo - chamados processos metabólicos - que vão gerar essa energia.

Exercício aeróbico

No exercício aeróbico, o oxigénio estimula o funcionamento do sistema cardiorrespiratório e vascular, e é utilizado para processar energia para os músculos. Quanto maior for a capacidade do organismo em aproveitar o oxigénio recebido, maior será a produção dessa energia. Os exercícios, contínuos e prolongados, para além de utilizarem uma grande parte dos músculos, melhoram o funcionamento do coração, dos pulmões e do sistema cardiovascular. Caminhar, nadar, andar de bicicleta e fazer jogging são apenas alguns exemplos de actividades aeróbicas.

Exercício anaeróbico

Em Biologia, os seres anaeróbicos são aqueles que podem viver e reproduzir-se na ausência de ar. Logo, o exercício anaeróbico é aquele em que acontecem processos metabólicos para gerar energia aos músculos, não sendo utilizado para esse efeito o oxigénio consumido. Os exercícios são de breve duração e de grande intensidade. São exemplo disso exercícios de velocidade com ou sem carga, como os sprints, os saltos e o arremesso de peso. Exercícios como a musculação também estão incluídos nos anaeróbicos.

Um programa completo de treino deve incluir exercícios de ambos os tipos. Os desportos que proporcionam bem-estar são aqueles que se adequam á forma física de cada um e que vão de encontro às expectativas de cada um. Se por um lado o aeróbico trabalha principalmente o sistema cardiorrespiratório, por outro lado o anaeróbico vai proporcionar um maior desenvolvimento da massa muscular.

Em termos de benefícios, não há nada melhor que fazer uma alimentação saudável e moderada associada a um plano de treino adequado que consista nos dois tipos de exercícios.

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O que fazer?
A obstrução da via aérea mais frequente acontece devido ao inchaço dos tecidos desta via.
Obstrução via aérea

A maioria dos casos de obstrução da via aérea é provocada por engasgamento, ocorrendo com maior frequência durante as refeições. A obstrução pode ser ligeira ou grave. Na obstrução ligeira passa algum ar. A vítima consegue tossir podendo falar e/ou fazer algum ruído ao respirar. Deve vigiar o seu estado e encorajar a tosse.

Na obstrução grave já não existe passagem de ar. A vítima não fala, não tosse e não emite ruído respiratório. Ou seja, não respira. Pode demonstrar grande aflição e ansiedade, sendo necessário actuar rapidamente para a obstrução não resultar na morte da vítima.
 

Pancadas interescapulares

Na obstrução por corpo estranho, deve começar por tentar desimpedir a via aérea, com aplicação de pancadas interescapulares (ao nível das costas no meio dos ombros) e em caso de insucesso deve efectuar a chamada manobra de Heimlich.

Manobra de Heimlich

Coloque-se por trás da vítima, pondo os braços à volta ao nível da cintura e a sua perna entre as dela. Feche uma das mãos, em punho, e coloque-a com o polegar no abdómen da vítima, um pouco  acima do umbigo.

Agarre o punho da mão colocada anteriormente e puxe. Faça-o com um movimento rápido e vigoroso, para dentro e para cima na sua direcção.

Cada compressão deve ser um movimento claramente separado do anterior. Repita este movimento até 5 vezes, vigiando se ocorre a resolução da obstrução e avaliando o estado de consciência da vítima.

Esta manobra causa uma elevação do diafragma e aumento da pressão nas vias aéreas, forçando a saída do corpo estranho.

Obstrução da via aérea nos bebés

A maioria das obstruções da via aérea nos bebés ocorre com comida ou com pequenos objectos. É fundamental uma actuação rápida.

Se o bebé está consciente, segure-o de barriga para baixo, apoiando o tórax no seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo. Dê até 5 pancadas nas costas, a meio dos ombros.

Se não conseguir remover o corpo estranho, deite o bebé de barriga para cima mantendo igualmente a cabeça a um nível inferior ao do corpo. Faça até 5 compressões torácicas, tal como estivesse a fazer manobras de reanimação, após as quais inspeccione a boca e se tiver algum objecto visível retire-o.

Enquanto não resolver a obstrução e o bebé estiver consciente, alterne as pancadas com as compressões. Se ainda não o fez, peça ajuda.

Se o bebé ficar inconsciente ligue de imediato 112 e explique o sucedido.

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Dicionário de A a Z
A sardinha apresenta propriedades benéficas para a saúde, nomeadamente por fornecer ácidos gordos óm
Sardinhas

Peixe abundante nas águas portuguesas encontrado em zonas de mar aberto alimenta-se de plâncton e é extremamente rico em ácidos gordos ómega 3. Esta gordura polinsaturada garante vários benefícios ao corpo humano: auxilia na diminuição dos níveis de triglicéridos e do colesterol LDL, comummente chamado de "mau” colesterol, enquanto pode favorecer o aumento do colesterol HDL, o "bom” colesterol.

O corpo humano é incapaz de produzir naturalmente estes ácidos gordos tão benéficos à saúde, pelo que têm de ser obtidos a partir dos alimentos que ingerimos. Os peixes de águas frias e profundas como o salmão (selvagem, não o de aquacultura/cativeiro), o atum e o bacalhau são exemplos de boas fontes desta gordura polinsaturada.

A sardinha sendo uma habitante de águas amenas, não estaria, à partida, como candidata a fornecer ácidos gordos ómega 3. Tal dá-se pelo facto de a sardinha ser um peixe migratório e necessitar de reservas energéticas para as suas longas jornadas. No entanto, a sua alimentação rica em algas, que contêm bastante deste polinsaturado, colocam-na como uma excelente opção para a ingestão de ómega 3.

Além do ómega3, a sardinha é ainda rica em proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, o ferro e o selénio, que têm acção anti-cancerígena. Ajuda também o organismo a libertar mercúrio. Dessa forma, ajudam na prevenção de uma série de males em locais díspares como o coração, intestinos e as articulações. Sem falar que ainda entram na constituição da retina e da massa cinzenta.

Finalmente, como qualquer peixe que se preze, ela é fonte de proteínas de excelente qualidade, ideais para manter os músculos em forma e fósforo, um mineral que participa da mineralização dos ossos.

Deve ser consumida duas ou três vezes por semana. A versão em lata é uma alternativa válida de vez em quando, pois o peixe em conserva vem geralmente imerso em óleos ou molho de tomate. Evite a primeira opção. Ela é fonte de ómega 6, gordura típica da alimentação ocidental e que, em excesso, provoca inflamações.

Os ácidos gordos em ómega 3 podem ser encontrados em óleos extraídos da soja, do girassol, do milho. Está ainda presente em alguns vegetais "verdes” como os brócolos, a rúcula, a couve, e os espinafres.

Tem sido comprovado em estudos actuais que o consumo de alimentos como a sardinha previne alguns tipos de doenças cardiovasculares, por conter uma elevada quantidade de ácidos gordos essenciais do tipo ómega 3 na sua composição nutricional.

O efeito benéfico ao nível das doenças cardiovasculares proporcionado pelo consumo deste alimento advêm de:

• Diminuição dos triglicéridos e colesterol total no sangue;
• Diminuição do colesterol plasmático LDL e aumento do colesterol plasmático HDL;
• Redução da pressão arterial de indivíduos com hipertensão leve;
• Alteração da estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando o sangue mais fluído.

A sardinha, apresenta ainda uma excelente fonte de proteínas completas e de alto valor biológico, ferro, fósforo, magnésio, vitaminas A, B, D, E e K.

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