Submetido a aprovação
A AbbVie submeteu o pedido de Autorização de Introdução no Mercado à Agência Europeia do Medicamento de um regime terapêutico...

·         A submissão tem por base o maior programa de fase III com doentes com hepatite C, genótipo 1 (GT1), realizado até à data [1]

·         A Agencia Europeia do Medicamento concedeu uma avaliação acelerada ao pedido da AbbVie

 

A AbbVie submeteu o pedido de autorização de introdução no mercado à Agencia Europeia do Medicamento (EMA), para a aprovação de um regime terapêutico oral e sem interferão para o tratamento de doentes adultos infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C (GT1). O pedido de autorização tem por base o maior programa de ensaios clínicos de um regime terapêutico oral, sem interferão, realizado em doentes com hepatite C, genótipo 1, que consistiu num total de seis estudos de fase III que incluiu mais de 2.300 doentes em 25 países.

“Esta submissão regulamentar coloca-nos mais próximo de podermos dar acesso aos doentes crónicos de hepatite C, com o genótipo 1, a um regime terapêutico oral, sem interferão, que representa um avanço promissor no tratamento da população com hepatite C na União Europeia”, afirmou Scott Brun, M.D., vice-presidente da área de Desenvolvimento Farmacêutico da AbbVie. “Esta fase regulamentar, após a submissão do mesmo pedido feita nos Estados Unidos, é um passo importante no nosso pipeline.”

Concedida a Avaliação Acelerada

A EMA concedeu à AbbVie uma avaliação acelerada para o pedido de aprovação do regime terapêutico constituído por ABT-450/ ritonavir, ombitasvir (ABT-267), e desabuvir (ABT-333), uma designação que é concedida aos novos medicamentos de grande interesse para a saúde pública. A revisão dos pedidos de autorização de introdução no mercado da AbbVie será conduzida por processo centralizado que quando concluído, concede a autorização de introdução no mercado em todos os 28 estados membros da União Europeia (UE). Embora a avaliação acelerada possa encurtar o tempo de revisão da EMA para aproximadamente dois meses, este não garante um parecer positivo do Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) ou aprovação final da Comissão Europeia. Caso sejam aprovados, o regime terapêutico constituído por ABT-450/ ritonavir, ombitasvir (ABT-267) e dasabuvir (ABT-333) podem estar disponíveis para comercialização na UE, no primeiro trimestre de 2015.

Globalmente, cerca de 160 milhões de pessoas estão infectadas com hepatite C crónica [2] e é estimado que 3 a 4 milhões de pessoas sejam infectadas todos os anos.[3] Na Europa, aproximadamente 17,5 milhões de pessoas têm hepatite C crónica, [4] com GT1 como o genótipo predominante.

Sobre o regime em investigação para o HCV da AbbVie

O regime em investigação da AbbVie consiste na combinação de uma dose fixa de ABT-450/ritonavir (150/100mg) combinado com ombitasvir (ABT-267) 25mg, com toma diária, e dasabuvir (ABT-333) 250mg com ou sem ribavirina (consoante o peso), duas vezes ao dia. A combinação de 3 mecanismos de acção diferentes interrompe o processo de replicação do vírus da hepatite C com o objectivo de optimizar as taxas de RVS (resposta virológica sustentada) nas diferentes populações de doentes.

Informação adicional relacionada com o programa de estudos de Fase III da AbbVie pode ser encontrada em www.clinicaltrials.gov.

Programa de Desenvolvimento para o VHC da AbbVie

O programa de desenvolvimento clínico para o VHC da AbbVie tem como propósito aumentar o conhecimento científico e os cuidados clínicos através da investigação de um regime livre de interferão e totalmente oral, com e sem ribavirina, a fim de alcançar elevadas taxas de resposta virológica sustentada no máximo de doentes possível, incluindo os doentes que tipicamente não respondem bem à terapêutica - é o caso dos não respondedores à terapêutica com base em interferão ou dos doentes com fibrose hepática ou cirrose em estadio avançado.

O ABT-450 foi descoberto na sequência da colaboração existente entre a AbbVie e a Enanta Pharmaceuticals para investigação de inibidores da protease contra o vírus da hepatite C e regimes que incluem inibidores da protease. O ABT-450 está a ser desenvolvido pela AbbVie para utilização em associação com outros medicamentos experimentais da AbbVie para o tratamento do VHC.

[1] Comparação com base na análise de dados em www.clinicaltrials.gov para programas de Fase 3a de Gilead, BMS e BI, em 15 de novembro 2013.
[2] Lavanchy D. Evolving epidemiology of hepatitis C virus. Clin Microbiol Infect. 2011; 17(2):107-15.
[3] World Gastroenterology Organisation. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: Diagnosis, Management and Prevention of Hepatitis C. April 2013. http://www.worldgastroenterology.org/assets/export/userfiles/WGO_Hepatit.... Consultado a 25 de Abril 2014.
[4] EASL Clinical Practice Guidelines: management of hepatitis C virus infection. European Association for the Study of the Liver. J Hepatol. 2014;60:392-420.

1 milhão de dólares para novas terapias contra o cancro
Passar o testemunho para angariar fundos que apoiem a investigação, tornem as novas terapias acessíveis mais rapidamente e...

Siemens doa um dólar por cada passagem de testemunho - real e virtual - até totalizar 1 milhão de dólares.

Campanha arrancou em Nova Iorque mas qualquer um, em qualquer lugar do mundo, pode associar-se e contribuir em facebook.com/TheBatonPass.

A Siemens, um dos líderes mundiais em soluções de imagiologia, diagnóstico laboratorial e sistemas de informação médica, juntou-se à Stand Up To Cancer® - organização norte-americana sem fins lucrativos - na campanha “The Baton Pass™” (Passe o Testemunho), para que os benefícios gerados pela investigação sobre o cancro possam tornar-se mais rapidamente acessíveis aos doentes e, assim, conseguir salvar vidas.

A campanha “The Baton Pass™” funciona como uma estafeta, composta por vários eventos nos Estados Unidos da América, nos quais um testemunho passa de mão em mão – entre doentes, sobreviventes, familiares, médicos e profissionais de saúde, cientistas... – num percurso que demonstra a união de vontades na luta contra o cancro e que pretende levar a esperança a quem é confrontado com um diagnóstico de cancro.

Consciente de que esta esperança só pode ter significado com mais investimento em investigação e na rápida transferência dos novos conhecimentos para a prática clínica, a Siemens doa à Stand Up To Cancer® (SU2C) um dólar por cada vez que o testemunho mudar de mãos, até que se atinja um milhão de dólares. Além das passagens de testemunho reais, também as virtuais valem um dólar nesta campanha de donativos Siemens, que estará em vigor até 5 de Setembro do corrente ano.

Para o efeito, foi criado um sistema GPS que permite acompanhar cada nova etapa da passagem de testemunho através do Facebook. Foi igualmente criada uma aplicação em facebook.com / TheBatonPass que possibilita a qualquer cidadão, em qualquer parte do mundo, fazer uma passagem virtual de testemunho - dedicando-a aos que lutam contra o cancro ou à memória daqueles cuja vida se perdeu para a doença - e contribuir com o seu donativo.

“A Siemens partilha a convicção da Stand Up to Cancer® de que é fulcral acelerar o ritmo da conversão das descobertas científicas em terapias clínicas para conseguir salvar mais vidas”, referiu Gregory Sorensen, médico e CEO do sector Healthcare da Siemens na América do Norte. “As tecnologias de diagnóstico por imagem e laboratoriais são imprescindíveis para estas descobertas científicas e permitem salvar vidas todos os dias. Por isso mesmo, a Siemens orgulha-se desta iniciativa, que motiva o público a envolver-se com este tema e apoia a equipa de investigadores de excelência da SU2C”.

A campanha acaba de arrancar em Nova Iorque e embora decorra no território norte-americano, o facto de qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, poder participar torna-a realmente global. “E os benefícios que resultarem da investigação e da sua aplicação à prática clínica serão válidos em qualquer ponto do globo“, reforça o mesmo responsável.

No Instituto do Sangue
Tribunal entende que contratos não respeitavam as regras e que se destinavam a preencher necessidades definitivas com...

O Tribunal de Contas chumbou um contrato do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), no valor de 449.434 euros, que se destinava à contratação de trabalhadores a prazo e que foi feito em Julho de 2013. Esta entidade já tinha proibido este recrutamento de técnicos de recolha de sangue em Novembro, entre outros motivos por entender que os contratos não respeitavam as regras da Administração Pública e por considerar que se destinavam a preencher necessidades definitivas com tarefeiros. Mas o IPST recorreu e perdeu de novo, de acordo com a decisão agora conhecida.

Segundo o acórdão, o Tribunal de Contas optou por recusar a contratação adjudicada à empresa A Temporária – Empresa de Trabalho Temporário, Lda. com o argumento de que esta viola as regras da Administração Pública no que diz respeito a institutos públicos, como é o caso do IPST.

No entender do tribunal, estes contratos a termo certo não serviam apenas para resolver necessidades temporárias. “Através deste contrato, o IPST obtém trabalhadores para, através do seu trabalho, prestado de forma subordinada, assegurar a satisfação de necessidades permanentes daquele serviço”, defende o acórdão, que entende que IPST não estava a adquirir apenas um serviço, vinculando os trabalhadores a horários fixos e às regras e hierarquia do instituto.

“O contrato em causa pretende contratar trabalhadores para assegurarem o normal funcionamento do IPST, cumprindo a actividade para que está vocacionado e realizando as funções que tem que fazer”, lê-se no acórdão, que acrescenta que “o contrato de utilização de trabalho temporário tem por objecto a prestação de trabalho subordinado, porquanto os trabalhadores cedidos ficam sob a autoridade e direcção do utilizador”, pelo que não poderão ser utilizados por intermédio de uma empresa como a que está em causa.

“Assim, é indubitável que o presente contrato foi celebrado entre pessoas colectivas. É também indubitável que o presente contrato não é formalmente um contrato de trabalho”, insistem os juízes, que consideram que o que o IPST pretendia fazer era adquirir “a prestação de trabalho por trabalhadores, em cuja selecção participa, que desenvolvem actividades próprias do IPST, segundo categorias próprias do pessoal do IPST, nos locais próprios do IPST, com subordinação às orientações fixadas pelo IPST e segundo horários que interessam ao IPST, para satisfação das necessidades permanentes e prossecução das atribuições daquele instituto público”, pelo que não poderia recorrer a estes contratos mas sim aos que se inserem nos termos da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações.

Na altura do recurso, o IPST alegou que “além do acréscimo excepcional da actividade, em algumas épocas do ano e aos fins-de-semana, existe igualmente grande flutuação da actividade semanal, o que gera frequentemente necessidades acrescidas e intermitentes de profissionais que viabilizem directamente as secções de colheita de sangue e apoiem na retaguarda o funcionamento dos respectivos serviços”. O instituto disse também que, na impossibilidade de fazer estas contratações, haverá uma “quebra imediata superior a um terço das colheitas de sangue”, o que terá “impacto no fornecimento aos hospitais e consequente adiamento de intervenções cirúrgicas e tratamento médicos”.

Inférteis lamentam
Associação para o Planeamento da Família diz que lei vai ajudar a combater a baixa natalidade.

Joana descobriu aos 17 anos que não poderia ser mãe. Nasceu sem útero, uma anomalia congénita devido a síndrome MRKH. Como ela, outras 1166 mulheres portuguesas não podem engravidar devido a este problema. Porém, a jovem não perdeu o desejo de ser mãe biológica. Hoje tem 27 anos e quer recorrer a uma “barriga de aluguer”: no caso, a irmã Catarina, de 30 anos. Mas tal só pode acontecer quando a lei da maternidade de substituição for aprovada.

A jovem critica o adiamento da aprovação da nova lei: depois dos trabalhos de preparação da nova lei terem estado parados dois anos, o grupo de trabalho preparou o texto final com base nas propostas do PSD e PS. Na véspera da aprovação pela Comissão Parlamentar da Saúde, a 29 de Abril, os deputados consideraram necessário pedir um estudo de direito comparado com a realidade inglesa.

Em causa estão dúvidas quanto à moldura penal a aplicar em caso de não cumprimento da lei e dos acordos estabelecidos em contrato entre ambas as partes, o casal que recorre à “barriga de aluguer” e a gestante.

O adiamento da aprovação da nova lei faz Joana, que vive na região de Lisboa, recear que tal não venha a acontecer. “Não percebo porque é que não pediram os estudos necessários durante estes dois anos. E agora que o processo estava a avançar é que se lembram disso. Posso esperar uns anos até ser mãe, mas haverá mulheres para quem é uma luta contra o tempo”, afirma.

Duarte Vilar, director executivo da Associação para o Planeamento da Família, defende a nova lei: “Portugal tem uma baixa natalidade, em parte devido a patologias associadas à fertilidade. A nova lei pode resolver o problemas de muitos casais inférteis, e tudo o que é feito para melhorar a natalidade é bom”, explica o responsável.

DGS
A subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas acredita que sem o plano de contingência para temperaturas extremas adversas, que...

O plano para este ano entra em vigor na próxima quinta-feira, dez anos após o Ministério da Saúde ter elaborado o primeiro documento que visou responder a situações como a registada em 2003, quando uma onda de calor foi alegadamente responsável por um excesso de mortalidade.

“Muita coisa foi feita nestes 10 anos”, disse Graça Freitas, recordando que, em 2004, ainda não existiam “medidas estruturadas para responder a fenómenos de temperaturas extremas – seja de calor ou frio”.

A especialista em saúde pública reconhece que existem coisas que “não se conseguem de todo evitar”.

“Há pessoas muito vulneráveis, com múltiplas patologias e terapêuticas e idades muito avançadas. A temperatura – seja calor ou frio – é um dos factores que as descompensa. Há coisas inevitáveis, mesmo num sistema óptimo”, disse.

Para Graça Freitas, “haverá sempre um pico de excesso de mortalidade. Pode ser é maior ou menor e faremos tudo para que seja o menor possível”.

Este ano, o documento - que envolve vários actores da saúde, segurança social, protecção civil, instituições sociais, meteorologia, entre outros – investe “ainda mais no trabalho multi-institucional”.

“Queremos ser mais eficazes e mais eficientes, com as mesmas instituições e outras, e criar mecanismos que reforcem o nosso trabalho conjunto”, disse Graça Freitas.

No âmbito deste trabalho, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe a coordenação do plano, solicitou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “contemplasse um código (de pagamento) para situações de pessoas que, estando acamadas, imobilizadas, idosas e sem as condições climatéricas adequadas, podem ter necessidade de, por um período curto, serem transferidas para instituições que não um hospital”.

“O Ministério da Saúde está a acautelar para que este transporte seja pago, porque não estava previsto. O que está previsto é o transporte de pessoas de casa para o hospital”, frisou.

Graça Freitas ressalva que “estes pequenos entraves administrativos nunca serviram de entrave para deixar alguém para transportar”.

“Há mecanismos de solidariedade a nível local que permitiram sempre que as pessoas que necessitaram de ser transportadas do seu domicílio para um sítio mais confortável do ponto de vista do clima o fossem sempre”, disse.

A especialista considera que as medidas que foram activadas no âmbito destes planos foram potencialmente preventivas de complicações e de morte.

“Se tudo for feito, é expectável que havendo um excesso de mortalidade fosse mil, sem as medidas seriam mais”, adiantou.

Para o futuro, Graça Freitas revelou que os vários elementos que trabalham no plano “estão a começar, desde já, a trabalhar para ter um melhor sistema de informação que apoie a monitorização do acompanhamento do plano”.

O “Relatório da onda de calor de 23/06 a 14/07 de 2013 em Portugal Continental” revelou que o número de mortos em Portugal devido ao calor no verão aumentou 30% face ao ano anterior, o que correspondeu a mais 1.684 óbitos do que o esperado.

Em Londres
Um grupo de enfermeiros portugueses apresentou, ontem, formalmente em Londres, uma associação para apoiar profissionais...

A Diáspora dos Enfermeiros - Associação de Enfermeiros Portugueses no Estrangeiro é uma evolução do portal com o mesmo nome criado há cerca de quatro anos para ajudar muitos jovens que olhavam para o estrangeiro como forma de encontrar emprego na sua área profissional.

Segundo as próprias estimativas, existem 10 mil enfermeiros oriundos de Portugal emigrados em países como Reino Unido (5000), Suíça (2000), França (1000) e Irlanda (500), mas a mudança de país nem sempre é fácil, admite Sabrina Ferreira, que chegou no início de 2011 e integra a comissão instaladora.

“A Diáspora vem como que para evitar abusos no processo de recrutamento para o estrangeiro, pois cada vez há mais agências a fazer muito dinheiro com os enfermeiros portugueses e há casos menos felizes que poderiam ser evitáveis se o enfermeiro português fosse devidamente informado de direitos e do processo em si”, conta.

O site agrega informações de todo o processo de emigração para muitos países, incluindo Austrália, Angola e Brasil, um manual para ajudar na instalação no Reino Unido e testemunhos com experiências e conselhos.

Agora, a associação, que se apresentou na Embaixada de Portugal no Reino Unido, ontem, quer ser mais dinâmica, e organizar eventos de formação ou simplesmente de convívio. “Há que fazer com que os que emigrem se sintam unidos e com sentimento de pertença a algo”, explicou Sabrina Ferreira.

Uma vertente deste desejo em aproximar a comunidade é o acompanhamento que desejam fazer a outros portugueses emigrados ultrapassarem obstáculos como a barreira da língua para beneficiarem melhor do sistema de saúde britânico.

“Coisas simples como a inscrição num médico de família podem levar a que se 'pegue' a tempo numa família disfuncional e se evite o suicídio de um dos membros por exemplo. Somos todos enfermeiros e vemos isso na prática”, garante esta enfermeira.

No futuro, a associação pretende fazer actividades como ensinar suporte básico de vida às crianças portuguesas no Reino Unido, organizar caminhadas, sessões de esclarecimento sobre serviço nacional de saúde britânico, incentivar a doação de sangue ou promover rastreios de doenças.

A Diáspora dos Enfermeiros deseja ser activa em mais países, mas começa a sua actividade no Reino Unido, onde trabalham actualmente os onze membros fundadores, um reflexo da crescente tendência de emigração para este país em menos de uma década.

Em 2005, só 15 enfermeiros portugueses se inscreveram no Nursing and Midwifery Council (NMC), entidade que regula a actividade no Reino Unido; em 2013 registaram-se 1211, confirmando a posição de segunda nacionalidade mais representativa de enfermeiros estrangeiros a trabalhar recentemente no Reino Unido.

Projecto europeu
Investigador português participa em projecto europeu para detectar doenças a partir de retinografias.

Os olhos são o melhor espelho dos vasos sanguíneos. Há muito que se sabe que a análise de imagens da retina permite o diagnóstico de várias doenças, mas esse conhecimento não está sistematizado para ser clinicamente útil. Um projecto europeu, no qual participa um jovem investigador de Santa Maria da Feira, está a desenvolver um sistema para detectar doenças a partir de imagens do olho.

Há diversas patologias em que se verificam alterações ao nível da rede vascular e o olho é o melhor órgão para as observar sem recurso a cortes, biopsias ou quaisquer métodos invasivos, explica Pedro Guimarães, estudante de doutoramento na Universidade de Pádua (Itália) que integra o projecto REVAMMAD (do inglês: Retinal Vascular Modelling, Measurement and Diagnosis).

Assim, a partir de uma fotografia do olho (retinografia), é possível observar a morfologia dos vasos e diagnosticar doenças como diabetes e hipertensão. Uma configuração tortuosa, por exemplo, indicia problemas do sistema circulatório.

OMS
A média de consumo de álcool em Portugal desceu de 14,4 para 12,9 litros per capita entre 2003 e 2010, mas continuava acima da...

Segundo os dados do documento, divulgado esta segunda-feira, Portugal mantém-se entre os 10 países da Europa com mais consumo de álcool médio por pessoa, numa lista com 44 países.

A Bielorrússia surge como o país com maior consumo, com uma média de 17,5 litros de álcool per capita, seguida pela Moldávia, com 16,8 litros e da Lituânia com 15,4.

Em Portugal, a média de consumo per capita passou de 14,4 litros no período 2003-2005 para os 12,9 litros entre 2008-2010, uma redução de 1,5 litros per capita.

Também a média europeia decresceu no mesmo período, passando de 11,9 litros para 10,9, mas a Europa continua a ser a região do globo onde o consumo é mais elevado.

Os homens portugueses consomem em média o dobro do que as mulheres, respectivamente com 18,7 litros per capita e 7,6 litros, segundo os dados do relatório, que reportam a 2010.

Números mais recentes, de 2012, são os relativos à influência do álcool nos acidentes rodoviários: 17,2 em cada 100 mil homens portugueses 4,8 em cada 100 mil mulheres morrem na estrada devido ao álcool.

No que respeita à prevalência de distúrbios ligados ao álcool e a situações de dependência, Portugal surge abaixo da média europeia.

Os dados de 2010 mostram que 5,8% da população portuguesa acima dos 15 anos manifestava distúrbios ligados ao álcool e que 3,1% tinha dependência.

Quanto ao tipo de bebida, em Portugal o vinho continua a representar 55% do álcool consumido, seguindo-se a cerveja com 31%, as bebidas espirituosas com 11% e outro tipo não especificado de bebidas com 3%.

Apesar de surgir, no conjunto dos países da Europa, com um elevado consumo per capita, Portugal tem também um grande número de abstémios, com 43% da população a não ter consumido álcool nos 12 meses anteriores.

Estudo
Um estudo científico comprova que alguns químicos presentes nos produtos domésticos, como pasta de dentes, brinquedos de...

Niels Skkakkebaek, do Hospital da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, publicou um estudo, citado pelo jornal “Independent”, que comprova a presença de químicos na pasta de dentes, no sabão e no protector solar que podem aumentar os riscos de infertilidade masculina.

Os resultados comprovam que o uso de um em cada três químicos “não-tóxicos” presentes nos produtos diários pode afectar directamente a potência dos espermatozoides, fazendo com que libertem, numa fase prematura, enzimas que são precisas para penetrar e fertilizar os óvulos.

O estudo pode ter encontrado uma razão para alguns casos de infertilidade masculina até inexplicáveis e desenvolveu uma nova forma de testar o impacto de novos produtos químicos na fertilidade masculina.

Foi descoberto também que o nível de concentração necessária destes químicos para provocar reacções adversas é semelhante aos níveis baixos que normalmente se encontram no corpo humano. Além disso, os resultados do estudo mostram que quando determinados químicos interagem podem amplificar os seus efeitos individuais.

Este estudo está inserido numa pesquisa sobre perturbações no sistema endócrino provocadas por químicos que possam estar ligados ao declínio da potência dos espermatozóides. Os cientistas referem que estes químicos podem ser feitos para imitar o estrogénio - a hormona sexual feminina - e para actuar como anti-androgénios, acabando por afectar o sistema reprodutor masculino.

“Na minha opinião, as nossas descobertas são claramente motivo de preocupação, uma vez que alguns químicos que provocam perturbações no sistema endócrino são provavelmente mais perigosos do que tínhamos pensado. No entanto, continua a ser preciso verificar, através de outros estudos clínicos, se os nossos resultados podem explicar a redução da fertilidade”, explica Niels Skkakkebaek.

Com base no estudo, as autoridades europeias podem decidir quais os produtos que devem ser banidos ou as restrições que devem impor, de forma a minimizar o impacto do problema.

Nos Estados Unidos
A agência de investigação tecnológica do departamento de Defesa dos Estados Unidos conseguiu que o uso de um braço biónico...

A revolucionária prótese, desenvolvida pela empresa Deka Arm e aprovada pela Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA), permite a amputados uma liberdade de movimentos nunca antes obtida com tecnologia semelhante.

O braço robótico pesa aproximadamente o mesmo que uma extremidade humana normal, mas, neste caso, músculos e tendões são emulados através de um complexo sistema de motores e sensores que permitem até 10 movimentos humanos.

Governo mostra “apoio” ao Porto - PSD
O PSD afirmou na segunda-feira à noite que “o que aconteceu de muito positivo no Porto tem a ver com o apoio que o Governo tem...

A afirmação é do deputado social-democrata Francisco Carrapatoso e teve lugar na Assembleia Municipal, numa intervenção sobre a actividade desenvolvida pelo executivo de Rui Moreira.

Carrapatoso referiu depois outro exemplo do apoio que, na sua opinião, este Governo tem dado ao Porto: o protocolo entre a Câmara e a Administração Interna para a instalação de uma esquadra da PSP na antiga sede da Junta de Freguesia de Cedofeita.

Em 2013
O número de interrupções da gravidez por opção da mulher foi, no ano passado, o mais baixo desde que a despenalização do aborto...

Em 2013 registaram-se 17.414 interrupções da gravidez (IG) por opção, menos 6,5% do que no ano anterior, quando já se verificava uma tendência decrescente.

“Em 2010 e 2011 registou-se uma estabilização dos números de IG realizadas. E nos dois últimos anos tem-se assistido à sua diminuição”, refere o documento divulgado no site da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Desde que a legislação que despenalizou o aborto entrou em vigor, assistiu-se a uma diminuição de 3,5% das interrupções da gravidez por todos os motivos e de 3,3% das feitas por opção da mulher.

A lei que despenaliza a interrupção da gravidez entrou em vigor em meados de 2007, tendo 2008 sido o primeiro ano com dados completos.

Segundo o documento, em 2013, tal como já aconteceu em anos anteriores, IG por opção da mulher nas primeiras 10 semanas constituem cerca de 97% do total das interrupções realizadas.

A classe etária dos 20-24 anos é a que tem maior percentagem de abortos por opção (23%9, seguindo-se as mulheres entre os 25-29 anos (20,6%) e depois as de 30-34 anos (20,3%). Mantém-se a tendência decrescente de interrupções em menores 20 anos (de 11,2% em 2012 para 10,8% no ano passado).

Quanto à ocupação, as desempregadas são a categoria predominante, com quase um quarto dos registos (23,6%), seguindo-se as trabalhadoras não qualificadas e as estudantes, que registaram ainda um aumento.

“No que diz respeito ao grau de instrução, 35,7% das mulheres têm o ensino secundário, 28,7% o 3º ciclo do Ensino Básico, 21% o ensino superior e 10,8% o 2º ciclo do ensino básico. Em 49 casos as mulheres referiram não saber ler nem escrever, o que corresponde a 0,3% do total”, refere o documento.

Mais de metade das mulheres que fez IG por opção tinha um a dois filhos e 40% indicaram não ter ainda descendência, dados semelhantes aos verificados nos anos anteriores.

O documento aponta ainda que 1,2% (203 mulheres) que optaram por parar a gravidez tinham já tido um parto nesse mesmo ano.

A grande maioria (72,2%) nunca tinha abortado, 21,5% das mulheres já tinham feito uma anterior interrupção, 4,9% tinham feito duas e 1,4% fizeram três ou mais.

“Entre as interrupções realizadas durante 2013, 301 (1,7%) ocorreram em mulheres que já tinham realizado uma IG nesse ano”, indica o relatório.

Para as mulheres que realizaram uma IG, os autores do documento recomendam que “o aconselhamento contraceptivo seja realizado ao longo de todas as consultas no quadro do processo de interrupção”, não sendo “remetido exclusivamente para uma consulta final quando a IG já está completa”.

“O método contraceptivo deve ser escolhido e iniciado durante o processo da IG”, defendem.

Quanto ao local da realização, 68,2% dos abortos foram feitos em hospitais públicos, havendo uma diminuição em relação a 2012.

Nas unidades provadas, quase um quinto dos abortos realizadas foram por mulheres que procuram directamente estas instituições, sem passar pelo Serviço Nacional de Saúde.

O método medicamentoso continua a ser o predominante nas unidades públicas, enquanto as privadas optam na esmagadora maioria das vezes pelo cirúrgico.

Em ilhas sem hospital
O secretário regional da Saúde dos Açores disse, na segunda-feira, que em áreas como a endocrinologia os especialistas não...

“É importante percebermos que os médicos de especialidades hospitalares devem vir às ilhas sem hospital para servir de consultores aos médicos de medicina geral e familiar. Não preciso de um médico endocrinologista aqui para seguir regularmente uma diabetes, uma hipertensão, um hipotiroidismo”, afirmou Luís Cabral, numa reunião do Conselho de Ilha de Santa Maria com o Governo dos Açores, em Vila do Porto, na segunda-feira à noite.

Luís Cabral disse que aos especialistas caberá ainda “definir os critérios” que determinem o reencaminhamento para um clínico de especialidade hospitalar.

100 anos de idade
O médico venezuelano Jacinto Convit Garcia, que descobriu as vacina contra a lepra e a leishmaniose, morreu ontem em Caracas...

“No dia de hoje, aos 100 de vida e dedicação à humanidade através da medicina, o Dr. Jacinto Convit Garcia faleceu”, lê-se num comunicado de imprensa divulgado ontem pela Fundação Jacinto Convit.

Nascido a 11 de Setembro de 1913 em La Pastora, Caracas, e doutorado em Ciências Médicas em 1938, Jacinto Convit Garcia foi distinguido em 1987 com o Prémio Príncipe de Astúrias de Investigação Científica e Técnica e candidato, em 1988, ao Prémio Nobel de Medicina.

Ministro anuncia
O ministro da Saúde revelou que a criação do enfermeiro de família é prioritária e que o diploma legal que o institui será...

Falando aos jornalistas no Dia Internacional dos Enfermeiros, à margem de uma cerimónia de homenagem à primeira bastonária da Ordem, Paulo Macedo disse que “a breve trecho” será publicado o diploma no sentido de criar o enfermeiro de família, uma medida há muito reclamada pela Ordem dos Enfermeiros.

Assumindo que essa é uma prioridade do Ministério da Saúde, adiantou que “um diploma nesse sentido” será publicado “nos próximos meses”.

O bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, corroborou o ministro afirmando que “a criação do enfermeiro de família já está numa fase final”.

“O diploma está já trabalhado pelo Ministério, pela Ordem dos Enfermeiros e pela ACSS (Administração Central de Sistemas de Saúde) e penso que será uma questão de algumas semanas até ser publicado”, disse.

Germano Couto reconheceu que teve que haver consensos entre os vários parceiros da saúde, o que tornou o processo legislativo longo, mas assegurou que brevemente o enfermeiro de família será o “gestor de saúde” do cidadão nos cuidados de saúde primários.

Se no que respeita ao enfermeiro de família o projecto está bem encaminhado, no que respeita ao enfermeiro obstetra o bastonário mostra-se “preocupado” com a posição do Ministério da Saúde.

Questionado sobre esta matéria, Paulo Macedo limitou-se a responder que “os enfermeiros obstetras exercem a sua profissão reconhecida por todos como fundamental”, adiantando que não há projecto para alterar a actual situação nem para haver prescrição por parte do enfermeiro.

Para Germano Couto, não se trata de “um projecto”, mas de aplicar o que a directiva europeia e lei que a transpôs, em 2009, dizem.

“Um enfermeiro pode e deve seguir grávidas com a sua gravidez normal, não patológica, do princípio ao fim e para isso tem que ter instrumentos, nomeadamente a comparticipação por pate do Estado. Ora isso não acontece. Estou preocupado com as palavras do ministro quando não tem isso como prioridade”, referiu.

Sobre a vaga de emigração de enfermeiros, o ministro considerou, por um lado, que se emigram é porque têm qualidade e são procurados, mas por outro assinalou que a enfermagem, como nas outras áreas da saúde, “é sem dúvida das profissões com menor nível de desemprego em Portugal”.

“Podemos ver os dois lados do problema”, sublinhou.

A Ordem dos Enfermeiros homenageou postumamente a enfermeira Mariana Diniz de Sousa, a primeira bastonária e a “maior referência da profissão em Portugal”.

Guarda, Covilhã e Castelo Branco
O Bloco de Esquerda anunciou ter questionado o ministério da Saúde, através da Assembleia da República, sobre o futuro das...

No documento, subscrito pelos deputados João Semedo e Helena Pinto, recorda-se que a portaria n.º 82/2014, de 10 de Abril, vem alterar a organização da rede hospitalar em Portugal, criando quatro grupos de unidades hospitalares, com características diferentes.

Tendo em conta essa norma, aponta o comunicado, as unidades hospitalares em causa ficarão afectas às instituições do Grupo I, que “segundo esta portaria, não dispõem das valências de neonatologia ou ginecologia/obstetrícia, que se encontram adstritas apenas ao Grupo II”.

No Brasil
O caso de ocorrência da proteína da doença das vacas loucas numa fazenda do Mato Grosso, no Brasil, foi considerado um caso...

O caso em questão foi descoberto em Abril deste ano pelo Laboratório Agropecuário em Pernambuco, instituição brasileira de referência para o diagnóstico de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, nome científico para a doença das vacas loucas.

Na sequência, o tecido nervoso do animal, abatido em Março, foi enviado ao laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), no Reino Unido.

Após os exames, o laboratório considerou o caso uma ocorrência “atípica” da proteína EEB, que ocorre de forma “esporádica e espontânea”, sem relação com a ingestão de alimentos contaminados.

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença degenerativa não-transmissível que afecta o sistema nervoso central dos animais a partir de uma proteína infectante conhecida como “príon”.

No caso da EBB clássica, o gado adquire a proteína a partir de alimentos contaminados, o que deve ser combatido tendo em conta a facilidade da transmissão para outros animais.

Já no caso da EBB atípica, o “príon” é ligeiramente diferente e normalmente surge em animais mais velhos e não apresenta perigo de transmissão. O caso atípico é uma manifestação rara da doença, cujas causas ainda não foram totalmente esclarecidas.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a corpo do animal com EBB atípico foi incinerado e “nenhum de seus produtos ingressaram na cadeia alimentar”.

As autoridades brasileiras garantem ainda que todas as propriedades por onde o animal havia circulado foram avaliadas sem qualquer constatação de outros casos entre os animais dessa fazenda.

As embaixadas brasileiras em países importadores de carne bovina do país foram colocadas à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.

Associação de doentes lança campanha de sensibilização
No dia 15 de Maio, próxima quinta-feira, assinala-se o Dia Mundial de Consciencialização para a Esclerose Tuberosa, uma doença...

Para marcar a data, a Associação de Esclerose Tuberosa em Portugal (AETN) associa-se à campanha internacional “A Word of Thanks”, num movimento de agradecimento global para homenagear aqueles que ajudam os portadores da doença. A campanha decorre através da página de Facebook da AETN, onde a associação desafia os doentes a tirarem uma fotografia com a pessoa a quem querem agradecer. Ao longo do mês de Maio, as fotografias partilhadas na rede social serão publicadas no site TSC Global Awarness Day 2014, juntando-se à campanha internacional.

Micaela Rozenberg, presidente da associação, afirma: “Este ‘Obrigado’ é uma homenagem àqueles que fazem a diferença na vida dos doentes com Esclerose Tuberosa – médicos, familiares e outros cuidadores. Ao mesmo tempo, queremos alertar para a consciencialização da sociedade e para a necessidade de maior divulgação e informação sobre a doença”.

A Esclerose Tuberosa é uma doença rara para a qual ainda não se conhece cura, havendo no entanto tratamentos para os diferentes sintomas. Consiste num distúrbio genético que se traduz no desenvolvimento de tumores benignos em órgãos vitais como o coração, olhos, cérebro, rins, pulmões e pele. O desenvolvimento destes tumores nos vários órgãos pode provocar epilepsia, défice cognitivo, autismo, problemas renais, lesões na pele, entre outros sintomas.

As manifestações e prognóstico variam de caso para caso, em função dos órgãos envolvidos e da gravidade dos sintomas, sendo os mais comuns as alterações cutâneas e lesões na pele (verificadas em 95% das pessoas com Esclerose Tuberosa) e as convulsões (85%), que se desencadeiam à nascença e se vão agravando durante a infância na maioria dos casos. São também frequentes os tumores renais e problemas de desenvolvimento (presentes em cerca de 60% dos casos), os tumores cardíacos (em 50%), e autismo (50%).

De acordo com a AETN, a Esclerose Tuberosa afecta cerca de 1600 pessoas em Portugal, e muitos casos não têm diagnóstico correcto da doença. Dois terços dos diagnósticos são novos casos da doença sem antecedentes familiares, e um terço são casos hereditários.

Criada em 2011 com o objectivo de apoiar familiares e doentes de Esclerose Tuberosa, a AETN trabalha para a sensibilização da sociedade, ao mesmo tempo que promove o interesse da comunidade médica e científica na partilha de conhecimento sobre a doença. Um dos objectivos passa também por garantir o acesso dos doentes a terapêuticas de qualidade, contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida.

APDP
Associação tem trabalhado no envolvimento transversal dos vários sectores da sociedade com a diabetes.

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) comemora hoje, 13 de Maio, 88 anos. A associação de doentes mais antiga do mundo tem vindo a modernizar-se, mas a sua vocação mantém-se: defender os direitos das pessoas com diabetes e a sua integração. Educar para a diabetes é uma das suas missões e, a prevenção desta doença assustadoramente emergente junto da população, da sociedade civil e política é uma luta diária.

Fundada a 13 de Maio de 1926, por iniciativa de Dr. Ernesto Roma, a APDP surgiu como instituição de solidariedade social destinada a lutar contra a diabetes, nomeadamente junto de pessoas pobres. Viveram-se 88 anos e a associação mantém o compromisso de apoiar a pessoa com diabetes na promoção dos cuidados, do tratamento e da prevenção. Também por este empenho, a APDP é reconhecida não só a nível nacional como a nível internacional, tendo sido já referenciada como o primeiro centro de educação da Federação Internacional da Diabetes, em todo o mundo.

“Na APDP, preocupamo-nos em prestar cuidados de saúde que permitam aumentar a qualidade de vida das pessoas com diabetes que procuram o apoio da associação. Somos exemplo a nível mundial porque adoptamos um tratamento multidisciplinar da diabetes, apostando na educação terapêutica do doente, ou seja na sua formação e informação sobre a diabetes e as complicações associadas”, refere o presidente da APDP, Luís Gardete Correia.

E se no tempo do Dr. Ernesto Roma ficaram célebres as palestras que ministrava aos doentes na sala de espera da associação enquanto aguardavam pela consulta, não menos importante e vasta é hoje a oferta formativa de que a APDP dispõe para profissionais de saúde, pessoas com e sem diabetes, na sua Escola da Diabetes, como é o caso dos Cursos de Cozinha Saudável.

A gestão diária da diabetes e dos seus cerca de 150 mil inscritos vive-se na associação como uma preocupação constante, fruto do acompanhamento de proximidade ao doente. Assim, no ano passado, a APDP efectuou 58.335 consultas médicas das diversas especialidades, tendo observado um total de 18.595 doentes. No campo da Diabetologia foram observadas e orientadas 14.222 pessoas com diabetes, das quais 3.424 recorreram pela primeira vez à APDP. No total foram efectuadas 27.983 consultas de diabetologia na associação.

“Abrangendo as especialidades necessárias, com as estruturas eficazes para o efeito, tratamos e acompanhamos o doente como um todo. E são cada vez mais os inscritos na associação, pelo que se mantém ano após ano o nosso desejo de continuar a estabelecer parcerias que nos permitam evoluir em matéria de investigação e de infraestruturas modernas para a adequada assistência à pessoa com diabetes. De realçar ainda o papel que temos desenvolvido no sentido do envolvimento transversal e fundamental com os vários sectores da sociedade em busca de políticas integradas e melhoradas”, conclui Luis Gardete Correia.

Comemorações do 88.º Aniversário | 13 de maio | 15h00 | na APDP - R. Rodrigo da Fonseca, 1 – Lisboa

12 de Maio
Dias Internacionais, dias especiais?

Desde há algum tempo a esta parte que se tem verificado uma crescente criação de “dias internacionais”. O objetivo é assinalar efemérides, eventos ou ações específicas - são vários os exemplos que podemos encontrar: da criança, da mulher, da felicidade, dos direitos humanos, do jazz, do enfermeiro, entre muitos outros.

Terão estes “dias” sido instituídos por necessidade de afirmação dos seus comemorantes, ou terão sido os cidadãos a conferir-lhes importância merecedora de tal privilégio?

Oferecendo-lhe o “seu dia” será a forma de ambos se vincularem no que ambos esperam do outro? Será um ato recompensatório através da responsabilização positiva tão comummente usada na socialização do ser humano?

Nada nos move contra os “dias internacionais”, até porque a vida faz-se dia-a-dia. Contudo, sugerimos um certo cuidado para não deixarmos que a essência neles representada se restrinja apenas ao próprio, mas que se estenda, de igual modo, aos restantes 364 dias do ano.

Os “dia Internacionais” estão associados, com relativa frequência, a uma personalidade ou organização. Ao evocar determinada “entidade” recorda-se sobretudo a sua contribuição para a sociedade. Atrevemo-nos mesmo a dizer … humanidade. Tal obra que não foi concebida num só dia, mas antes numa vida, como é o caso de Florence Nightingale, enfermeira.

O dia 12 de Maio – Dia Internacional do Enfermeiro – coincide simbolicamente com a sua data de nascimento. É, provavelmente, a enfermeira mais conhecida do mundo e tida como a percursora da era moderna da profissão.

Florence Nightingale foi mulher inteligente e com excelente formação, visionária, dedicou todo seu esforço em atenção aos mais frágeis, vítimas e doentes. Volvidos 104 anos da sua morte, hoje, os enfermeiros perpetuam o seu legado de forma científica e com elevado rigor técnico e humano.

Atualmente a classe de enfermagem convive com a tecnologia de ponta, mas recorre, também, ao simples toque (que faz toda a diferença). São auxiliados por programas informáticos especialmente desenvolvidos para a sua prática, mas empregam os gestos e a palavra como mais nenhum profissional consegue. Integram e tripulam equipas altamente diferenciadas, mas é pelo olhar que estabelecem o primeiro contacto. Investem anos em formação, mas estão ao seu lado a todo o momento. 

Os enfermeiros existem em toda a amplitude do sistema de saúde - nos momentos de tristeza ou de alegria.

Exercem dentro de quatro paredes ou debaixo dos pirilampos azuis da emergência. Pode encontrá-los nos helicópteros, nos hospitais, centros de saúde, veículos de emergência, lares, maternidades, entre tantas outras instituições de saúde e ensino.

Pense nisto: um qualquer dia da sua vida, se estender a sua mão, provavelmente, encontrará a mão de um enfermeiro; ao abrir os seus olhos, provavelmente encarará com um enfermeiro; se dores ou a agonia se apoderarem de si, provavelmente, serão atenuadas por um enfermeiro.

Muito provavelmente, o caro leitor veio ao mundo pelas mãos de um enfermeiro. Os seus filhos também. O mesmo se aplica aos netos e futuras gerações.

Tudo isto acontece na certeza de que os enfermeiros cuidam de si, não apenas no dia 12 de Maio, mas em todas horas de todos os dias do ano.

O tempo corre e os enfermeiros permanecem. Sempre. Com competência e empenho.

Bem-hajam, senhores enfermeiros!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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