6ªSemana do Bebé
A 6ª Semana do Bebé do Concelho de Olhão, uma iniciativa que já faz parte do calendário relacionado com a saúde infantil na...

A ARS Algarve IP, através do Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil do Centro de Saúde de Olhão – Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Olhar+ do ACES Central, e o Município de Olhão, através da Rede Social e da CPCJ de Olhão, promovem, entre os dias 26 de Maio e 1 de Junho, a 6ª Semana do Bebé do Concelho de Olhão, uma iniciativa que já faz parte do calendário relacionado com a saúde infantil na região.

"Olhem por mim – redes de suporte à parentalidade" é o tema da edição deste ano, que pela primeira vez tem um padrinho: o capitão da equipa do S.C. Olhanense, Rui Duarte.

Em 2014, a Semana do Bebé do Concelho de Olhão conta com a colaboração de 50 entidades locais, regionais e nacionais e um grande envolvimento por parte das instituições escolares, destacando-se ainda o importante apoio institucional da A.C.A.S.O. na organização do evento.

Este é um projecto de prevenção que desde 2008 procura envolver toda a comunidade, num alerta para os cuidados de qualidade nos primeiros anos de vida. Este ano, o evento, tendo em conta o tema “Olhem por mim – redes de suporte à parentalidade”, pretende sensibilizar toda a comunidade para a importância da parentalidade e interacções saudáveis nos primeiros anos de vida como promotoras da saúde física e mental dos bebés e famílias.

Na presente edição, destaca-se, a realização de um Seminário Técnico, dirigido a profissionais de vários sectores, no dia 30 de Maio, a partir das 09h00, no Real Marina Hotel & Spa, em Olhão, que contará com a presença, entre outros especialistas conceituados, da Prof. Doutora Margarida Mesquita, docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, e do padrinho da Semana, o capitão da equipa do S.C. Olhanense, Rui Duarte. No âmbito do seminário serão atribuídos: o Prémio de Mérito e Excelência e o do Bebé Estrela da Semana, correspondentes a 2014.

Associado ao Seminário, decorre também um Workshop satélite na tarde do dia anterior, 29 de Maio, das 14 às 18h, dinamizado pelo Dr. Pedro Pires, pedopsiquiatra da Associação Ser Bebé, sobre o tema “Sinais de Alerta na Primeira Infância - A Importância das Redes”, a realizar na Biblioteca Municipal de Olhão.

Os interessados podem inscrever-se gratuitamente no seminário e/ou no workshop satélite, através do preenchimento de uma ficha de inscrição electrónica disponibilizada no site da Semana do Bebé até ao dia 26 de Maio (limite de 150 inscrições para o seminário e 40 para o workshop).

A Feira do Bebé decorre, entretanto, no Jardim do Pescador Olhanense, entre os dias 30 de Maio e 1 de Junho, contando com um vasto leque de actividades, como massagem para bebés, psicomotricidade infantil, hora do conto, sessões temáticas, espectáculos de dança, desfiles de moda, bem como Actividades na Comunidade dinamizadas pelos parceiros deste projecto, a decorrerem entre os dias 26 e 28 de Maio, tais como gincanas, histórias, teatros, danças.

Todas as actividades são gratuitas e destinam-se à população em geral e a profissionais de saúde, educação e de intervenção social e comunitária.

À semelhança de anos anteriores, decorre ainda um Concurso de Montras (decoração de montras alusivas à temática pelos lojistas do comércio local) em colaboração com a ACRAL Olhão, e um Concurso de Trabalhos Escolares, no qual as escolas e as famílias do concelho participam com a produção de flores alusivas à temática da Semana do Bebé.

A Semana conta ainda com o apoio da Unicef Portugal.

Para mais informações sobre toda a programação da Semana consulte o website da ARS Algarve e siga a iniciativa no facebook, em Semana do Bebé de Olhão.

 

Estudo mostrou perda de peso e de açúcar no sangue em três meses
Ingerir um pequeno-almoço reforçado e um almoço substancial pode ajudar as pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 a superar a...

“Comparámos a eficiência do modelo clássico de cinco ou seis refeições por dia com a de duas grandes refeições, pequeno-almoço e almoço, tendo mais ou menos a mesma contagem diária de calorias", declarou a investigadora Hana Kahleova, do Instituto IKEM de Praga, República Checa. O estudo concentrou-se numa amostra de 54 homens e mulheres com idades entre os 30 e os 70 anos, que sofrem de obesidade e diabetes tipo 2, o qual não depende de insulina.

Durante três meses, aqueles que ingeriram refeições maiores duas vezes por dia perderam mais 1,4 quilos do que os que seguiram o modelo clássico, afirmou Kahleova.

“Os níveis de açúcar, insulina e glucagon num estômago vazio também caíram mais rapidamente em doentes que comem de manhã e ao meio-dia e sua sensibilidade à insulina também melhorou”, prosseguiu.

Mas a investigadora alertou que “aqueles que tomam insulina não podem começar a dieta sem consultar um médico”, afirmando que a mudança deve conduzir a um ajuste significativo da dosagem de insulina injectada. Porém, a autora deixa o aviso: “Não podemos dar recomendações gerais com base neste único estudo”.

 

Nos Estados Unidos
Quase todos os homens e mulheres nos Estados Unidos contraíram algum subtipo de HPV durante a vida.

Cerca de 70% dos norte-americanos estão infectados com algum tipo do vírus do papiloma humano (HPV), entre as quais apenas um pequeno número é responsável pelo desenvolvimento de algum tipo de cancro, segundo os resultados de um estudo. Os cientistas detectaram 109 tipos do vírus, dos 148 conhecidos, em amostras de tecidos provenientes da pele, vagina, cavidade bucal e intestinos de adultos saudáveis, segundo trabalhos apresentados na conferência da Sociedade Americana de Microbiologia, celebrada em Boston, em Massachusetts.

Apenas 4 dos 103 homens e mulheres com ADN tornado público nos bancos de dados do governo federal apresentaram um dos dois tipos de HPV conhecidos por provocar a maior parte dos cancros do colo de útero, garganta e também verrugas genitais.

“A fauna microbiana do HPV em pessoas com boa saúde é surpreendentemente mais vasta e complexa do que pensávamos”, afirmou Yingfei Ma, investigadora da faculdade de Medicina de Langone, da Universidade de Nova Iorque e principal autora do estudo.

“São necessários mais controlos e investigações para determinar como os tipos de papilomas que não causam cancro interagem com os tipos de vírus responsáveis por tumores cancerígenos, os genótipos 16 e 18, e explicar porque estas cepas causam cancro”, acrescentou.

Enquanto a maior parte destes vírus parece até agora inofensiva e permanece “adormecida” durante anos, a sua presença abundante no organismo sugere a existência de um delicado equilíbrio, no qual os tipos de vírus se neutralizam reciprocamente e evitam que outras, mais patogénicas, se multipliquem de forma incontrolável, explicam os cientistas.

As infecções por estes vírus parecem acontecer por meio do contacto com a pele. O HPV continua a ser a fonte de infecção venérea mais frequente nos Estados Unidos. Segundo infectologistas, quase todos os homens e mulheres contraíram algum subtipo em algum momento da vida.

Os resultados da pesquisa lançam novas luzes sobre as fragilidades dos exames actuais para detectar o HPV, desenvolvidos para identificar apenas uma dezena de tipologias, mais vinculadas ao desenvolvimento do cancro do útero.

As duas vacinas existentes apenas inoculam o corpo humano contra, no máximo, quatro tipos de HPV.

 

Estudo sugere:
Estudo feito por investigadores da Universidade da Califórnia relacionam o cancro da próstata com uma infecção sexual, a...

Após testes em laboratório, que analisaram células da próstata humana, verificou-se que a tricomoníase potencia o desenvolvimento daquele tipo de cancro. A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível, que já terá afectado cerca de 275 milhões de pessoas em todo o mundo. Para estes investigadores, a contracção da doença pode tornar os homens mais susceptíveis ao desenvolvimento deste género de cancro.

Já em 2009, um trabalho de investigação profundo concluiu que um em cada quatro homens que padeciam de cancro da próstata apresentava indício da tricomoníase. O mesmo estudo indicava que os homens que padeciam daquela infecção enfrentavam maiores riscos de padecer daquele tipo de cancro.

O estudo da Universidade da Califórnia agora apresentado evidencia a mesma conclusão: os homens com tricomoníase estão mais vulneráveis.

Os cientistas verificaram que o parasita responsável pela infecção provoca uma inflamação, que por sua vez leva ao desenvolvimento de células cancerosas na próstata.

O cancro de próstata é mais comum em homens com mais de 70 anos e é possível que haja algum risco genético, já que a doença pode ocorrer em famílias. O trabalho foi publicado na revista norte-americana da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais frequente no homem - existem aproximadamente 4 mil casos novos por ano.

 

Fundação Bissaya Barreto
A Fundação Bissaya Barreto disponibiliza a partir de hoje uma linha atendimento telefónico que tem como objectivo sinalizar...

“A linha SOS Pessoa Idosa vai servir para sinalizar casos de idosos que se encontrem em situação de violência, mas não se vai ficar apenas pela prestação de esclarecimentos. Teremos mais duas valências que permitirão ir mais longe”, explicou a assessora da área social da Fundação Bissaya Barreto, Fátima Mota.

O Programa SOS Pessoa Idosa da Fundação Bissaya Barreto, instituição sediada em Coimbra, visa apoiar as pessoas com mais de 65 anos, prestando-lhe um serviço personalizado e de proximidade através de três valências: linha de atendimento telefónico, serviço de atendimento directo e personalizado e gabinete de mediação familiar.

“Entre as 10:00 e as 17:00 dos dias úteis teremos um técnico devidamente preparado no atendimento na linha telefónica. No entanto, nos restantes períodos estará disponível um gravador para as pessoas, se assim o entenderem, deixarem o contacto. Assim que possível, o técnico devolve a chamada”, informou.

O atendimento telefónico poderá ser feito através do número 800 990 100, tendo ainda os idosos a opção de poderem ser recebidos no serviço de atendimento directo ou no gabinete de mediação familiar.

“Estas duas valências permitirão dar outro tipo de respostas a um dos problemas da nossa sociedade. Pretendemos com isto cumprir a nossa parte e promover um envelhecimento activo e saudável”, destacou.

São ainda metas deste trabalho a criação de uma estrutura que “zele pela defesa dos interesses e direitos dos idosos à vivência do seu processo de envelhecimento, enquanto possível, de forma autónoma, saudável e independente; sensibilizar diferentes sectores sociais para o dever de intervenção e co-responsabilização na promoção e na implementação de estratégias comunitárias facilitadoras da autonomia e da qualidade de vida das pessoas idosas, com o envolvimento dos próprios, das famílias e de outros prestadores de cuidados”.

No desenvolvimento deste Programa, a Fundação Bissaya Barreto, como co-fundadora e parceira desde 2002 do Grupo Violência Informação Investigação Intervenção, articulará, sempre que necessário, respostas e linhas de acção com os parceiros desta rede, a que igualmente pertencem a Administração Regional de Saúde do Centro, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Comando Distrital da PSP de Coimbra, Comando Territorial de Coimbra da GNR, Delegação de Coimbra do Instituto Nacional de Medicina Legal, Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC, APAV-Coimbra e INEM.

Portugal
O presidente do Colégio de Patologia Clínica da Ordem dos Médicos lamenta a falta de dados estruturados sobre a resistência a...

“Infelizmente, até agora, a casuística dos laboratórios não hospitalares não tem sido devidamente colectada, de forma a permitir uma visão correcta da problemática [da resistência aos antibióticos]”, afirmou Manuel Cirne de Carvalho em vésperas do V Congresso Científico de Análises Clínicas, que tem início na sexta-feira [23 de Maio] em Vilamoura.

A resistência aos antibióticos tem sido considerado um problema de saúde pública pela própria Organização Mundial de Saúde, mas os dados em Portugal resultam, na sua maioria, da experiência dos laboratórios hospitalares, quando o fenómeno não é exclusivamente hospitalar.

 

Infarmed alerta
Por se considerar que existia um risco de segurança associado à existência de números no nome do medicamento que não...

O medicamento MST é um fármaco direccionado para o Sistema Nervoso Central, pertencendo à classe dos Analgésicos estupefacientes. Está indicado para dor intensa; sedação pré-operatória e adjuvante da anestesia; dor associada ao enfarte do miocárdio; tratamento adjuvante do edema pulmonar agudo.

Atendendo a que os medicamentos com o nome antigo poderão coexistir com o novo nome até ao final do prazo de validade, e para evitar a ocorrência de erros de medicação, o Infarmed recomenda o seguinte:

 

Profissionais de saúde

- Na prescrição, deve ser tida especial atenção na selecção da dosagem do medicamento;
- Na dispensa, deve ser tida especial atenção na verificação se a dosagem do medicamento prescrito coincide com a dispensada;
- Devem alertar os doentes ou os seus cuidadores sobre a alteração do nome do medicamento.

 

Doentes

- Antes de tomar o medicamento, deve verificar, na embalagem, se a dosagem corresponde à que o médico prescreveu e que consta da guia de tratamento da receita.

 

Governo autoriza reforço
Face aos constrangimentos sentidos em algumas unidades de urgência do Sul do país, Governo autorizou o reforço do número de...

O Ministério da Saúde autorizou a contratação de 45 novos enfermeiros para o Centro Hospitalar do Algarve. A Administração Regional de Saúde Algarvia garante, em comunicado enviado à Renascença, que o processo de recrutamento será iniciado o mais breve possível.

O normal funcionamento dos serviços de Urgência Básica de Faro, Portimão e Loulé tem estado comprometidos face à falta de enfermeiros. A tutela autorizou, por isso, o reforço do número de enfermeiros no Sul do país.

 

Falta de exames de diagnóstico
Especialistas alertam para a falta de exame de diagnóstico dos miomas uterinos nas consultas do Serviço Nacional de Saúde.

Na maioria dos casos não há sintomas. A mulher só descobre que tem miomas uterinos - os tumores benignos mais comuns no aparelho genital feminino - numa consulta de rotina no ginecologista, em que normalmente faz uma ecografia. Contudo, os especialistas alertam para o facto de este exame de diagnóstico não constar das consultas de planeamento familiar do Serviço Nacional de Saúde.

"Estima-se que o problema afecte cerca de dois milhões de portuguesas. No entanto, há mulheres que não estão diagnosticadas porque não têm, por exemplo, recursos para ir a uma consulta no privado. A incidência é seguramente superior", diz ao Correio da Manhã a ginecologista Margarida Silvestre.

Além de outros sintomas, como hemorragias ou anemia, os miomas uterinos podem causar infertilidade. Contudo, o novo tratamento de acetato de ulipristal, no mercado desde Agosto de 2012 e comparticipado desde 1 de Maio deste ano, mostrou ser eficaz, segundo os últimos estudos apresentados. "O medicamento melhora as condições para uma futura cirurgia ao reduzir as perdas de sangue, mas também reduz os tumores e pode eliminar a hipótese de cirurgia. Acontece que depois do tratamento de três meses, os tumores estão muito mais pequenos e as mulheres conseguem engravidar sem problemas", explica a médica.

Os miomas têm tendência a diminuir quando se entra na menopausa. "É uma espécie de cura para travar o crescimento dos tumores, que crescem com o aumento dos níveis de hormonas durante a gravidez. Contudo, este remédio inibe essa acção", explica a médica.

 

Canadá
Poderá chegar ao mercado um teste de HIV desenvolvido por uma jovem de 15 anos, no Canadá. Trata-se de um equipamento que...

Uma jovem de 15 anos desenvolveu um teste de HIV que funciona de forma tão rápida e simples como um teste de gravidez.

A inovação de Nicole Ticea requer apenas uma gota de sangue ou saliva para, em poucos minutos, comunicar à pessoa se está ou não infectada com o vírus da Sida. E distingue-se dos já existentes por ser, pelo menos aparentemente, mais eficaz.

O projecto valeu à adolescente o primeiro prémio do Desafio BioGENEius Regional de Columbia 2014. Para chegar ao mercado, terá ainda de ser sujeito a avaliações e sucessiva aprovação.

Nicole Ticea frequenta uma escola privada no Canadá e desenvolveu já equipamentos similares usados para a detecção de outros vírus.

 

Recomendação mundial
Várias instituições a nível mundial consideram que os alimentos calóricos e menos saudáveis devem ser tratados como o tabaco,...

A Consumers International e a Federação Mundial de Obesidade apelaram, esta semana, aos governos dos vários países do mundo para que comecem a tratar os alimentos mais calóricos e pouco saudáveis da mesma forma que encaram o tabaco.

O que se pretende é que estes produtos passem a conter, no verso da embalagem, um aviso sobre os seus malefícios para a saúde, nomeadamente no que diz respeito à obesidade, escreve o Notícias ao Minuto.

Esta doença é, de resto, uma das que oferece mais riscos à saúde humana, sendo que o número de mortes por ela provocada aumentou de 2,6 milhões, em 2005, para 3,4 milhões, em 2010. Além disso, a recomendação vai no sentido de se controlar, de forma rígida, a publicidade que é feita a alimentos e bebidas pouco saudáveis, e diminuir os níveis de sal, gorduras saturadas e açúcares, bem como introduzir novos impostos e reforçar a investigação médica.

 

Investigação
Um estudo desenvolvido no centro de investigação em células estaminais da Universidade de Cambridge, em colaboração com a...

Sustentando que a "importante descoberta" constitui mais um avanço "rumo à medicina personalizada", a Universidade de Coimbra (UC) sublinha que o complexo agora identificado é "extremamente importante para transformar células adultas em células pluripotentes induzidas".

A investigação, desenvolvida no “centro de investigação em células estaminais da Universidade de Cambridge, em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC)” de Coimbra, identificou, “pela primeira vez”, que o complexo NuRD é "extremamente importante para transformar células adultas em células pluripotentes induzidas (iPSCs)", anuncia a UC, numa nota hoje divulgada.

O NuRD é o "complexo que regula a forma como o ADN é lido em diferentes células" e as iPSCs são "geradas a partir de células adultas através da adição de genes associados ao estado embrionário".

As iPSCs "adquirem, assim, a capacidade de se transformarem em qualquer tipo de tecido do corpo humano, sem a necessidade de destruir embriões, requisito para a geração de células estaminais embrionárias", sublinha a mesma nota da UC, referindo que esta técnica foi criada em 2006 por Shinya Yamanaka.

O investigador japonês Shinya Yamanaka foi distinguido com o prémio Nobel da Fisiologia e Medicina em 2012, em conjunto com o inglês John Gurdon, precisamente por aquela descoberta.

O estudo agora desenvolvido descobre "como aumentar a eficiência de geração de iPSCs, abrindo novas perspectivas para o futuro da medicina personalizada", salienta o investigador do CNC Rodrigo Luiz dos Santos, explicando que, "actualmente, os transplantes são feitos com células provenientes de um dador, obrigando o paciente a passar o resto da sua vida a tomar medicamentos imunossupressores", para evitar a rejeição.

"Como as iPSCs são criadas a partir de uma biopsia do paciente (por exemplo, uma biopsia de pele), este problema é ultrapassado, já que as células que serão futuramente transplantadas são 100% iguais às do paciente", sublinha o especialista, que é um dos autores do artigo sobre esta investigação publicado na revista Cell Stem Cell.

No futuro, as iPSCs poderão ser utilizadas no tratamento de várias doenças, designadamente doenças neurodegenerativas, já que "podem ser diferenciadas (transformadas) em células neuronais e corrigir patologias como Parkinson", acredita Rodrigo Luiz dos Santos, esclarecendo que "estas células facilitam a criação de modelo de doença humana em laboratório, possibilitando igualmente o desenvolvimento de novos e melhores fármacos para diversas patologias".

Através de técnicas de modificação de ADN, os investigadores envolvidos neste estudo verificaram que "sem o complexo NuRD a eficiência da geração de iPSCs é extremamente reduzida" e que, por outro lado, "aumentando artificialmente a actividade do complexo NuRD, a eficiência da geração de células pluripotentes induzidas aumenta de forma muito significativa".

Na investigação, desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos, foram usadas células de pele e de cérebro de ratinhos.

 

ONU alerta
Cortes na alimentação não aconteceram só na Europa do Sul, mas também no Reino Unido, por exemplo.

A crise na Europa está a ter “grande impacto" na saúde, já que, forçadas a reduzir as despesas com alimentação, “muito mais pessoas estão a comer de forma menos saudável”, alerta um relator da ONU, Olivier De Schutter. O responsável especial das Nações Unidas para o direito à alimentação reconhece que “é muito perturbador ver que, em alguns países, como Grécia e Espanha, existem agora vastos segmentos da população que estão a mudar para dietas alimentares mais baratas, mas prejudiciais à saúde”.

Olivier De Schutter diz que os cortes na alimentação são "um problema”, porque o resultado – “nos países do Sul da Europa, mas também no Reino Unido, por exemplo” – é que “muito mais pessoas estão a comer de forma menos saudável do que no passado”.

As pessoas “não estão necessariamente a passar fome, mas estão a mudar para dietas alimentares que não são boas para a saúde e podem provocar doenças, como diabetes, ligadas a dietas inadequadas”, com "grande impacto" na saúde, realça.

“Ao contrário dos transportes e da habitação, a alimentação é a parte do orçamento familiar que pode ser espremida, adaptada aos recursos de que se dispõe. Portanto, muito frequentemente, quando as famílias estão sob pressão, porque um dos pais perdeu o trabalho, porque o custo de vida aumentou, porque os apoios sociais foram reduzidos, é com a alimentação que as famílias gastarão menos”, compara.

Durante os seis anos de mandato como relator especial, que termina no final deste mês, Schutter nunca visitou Portugal, mas não vê razões para um cenário diferente do de outros países do Sul.

“Em toda a União Europeia, assistimos a um aumento da pobreza", diz. “É um fenómeno alargado europeu, a que muitas vezes os governos não têm sabido responder. Não acho que senhas de comida ou bancos alimentares possam substituir um sistema robusto de protecção social”, contesta.

 

Mil milhões com subnutrição estrutural

Para Schutter, a comunicação social veicula “uma visão muito distorcida da fome”, focada “em desastres" como os do Corno de África ou do Sahel. Sendo “muito importante” chamar a atenção para os “30 milhões de pessoas extremamente malnutridas” que vivem nessas zonas - sublinha -, reflecte-se pouco sobre “todas as outras pessoas, (…) provavelmente mil milhões em todo o mundo, que sofrem de subnutrição estrutural”. E, neste caso, ressalva o relator, não se pode culpar os céus ou os solos, mas a “injustiça social” e as “políticas que não prestam atenção suficiente às necessidades dos mais desfavorecidos”.

“É preciso muito mais vontade política do que tem havido até agora”, constata. Satisfeito com “o melhor entendimento” que hoje existe “sobre o que precisa de ser feito” para combater a pobreza, Schutter lamenta “o hiato entre o que se diz e o que se faz, entre o que os governos prometem e o que realmente alcançam”.

Mas, aponta, há “sinais encorajadores”, nomeadamente em África, onde se tenta “reconstruir os sistemas alimentares locais”, de forma a garantir que os pequenos agricultores tenham acesso ao mercado e os consumidores ao que eles produzem.

Admitindo que a ajuda alimentar pode “desencorajar” produtores e governos locais, sustenta: “Temos de recorrer à ajuda alimentar em alturas de desastre, quando não há alternativa, (...) mas tem de ser cuidadosamente monitorizada."

Schutter atribui o fracasso dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, metas definidas pelas Nações Unidas em 2000, a duas razões: tentaram combater a pobreza extrema “sem qualquer preocupação face às crescentes desigualdades dentro de um país e entre países”; e, como não estavam enquadrados nos direitos humanos, “os governos podiam ignorá-los sem qualquer custo político, sem serem sancionados e sem que a sociedade civil pudesse contestar a inacção” política.

Sobre a agenda pós-2015, confessa-se “muito esperançoso”, porque “as novas metas de desenvolvimento sustentável dão grande ênfase à redução da desigualdade” e incluem “mecanismos de responsabilização e monitorização governamental”.

 

No Brasil
Todos os que pretendam viajar até ao Brasil para assistir ao campeonato do mundo de futebol devem procurar o seu médico...

A Direcção-Geral da Saúde avisou hoje os portugueses que pretendam viajar para o Brasil para assistir ao campeonato do mundo de futebol que devem estar vacinados contra o sarampo e proteger-se de doenças transmitidas por picadas de insectos.

Num comunicado hoje divulgado na sua página da Internet, a autoridade de saúde recomenda que a viagem ao Brasil seja antecedida, o mais cedo possível, de uma consulta do viajante ou com o médico assistente.

Em relação ao sarampo, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) recorda que “nos eventos onde se encontram pessoas de vários países existe um risco elevado de exposição individual a doenças transmissíveis”.

Para a protecção contra doenças transmitidas por picadas de insectos, a DGS recomenda o uso de repelentes e o uso de roupas que cubram a maior área corporal possível, com roupas largas e de cores claras.

“Deve ter especial atenção à prevenção de dengue, à profilaxia da malária e à vacinação contra a febre-amarela”, indica o comunicado.

É ainda aconselhado que se evite o contacto com animais, porque podem transmitir raiva, sobretudo cães, gatos, macacos, raposas e morcegos.

Outros cuidados a ter incluem o consumo de água apenas engarrafada e selada.

“Não tome banhos em rios, lagoas, albufeiras ou outras colecções de água doce. Proteja-se da exposição solar através do uso de protector solar”, lê-se ainda no comunicado da DGS.

No regresso a Portugal, a autoridade lembra que no caso de ocorrer febre, sintomas respiratórios, mal-estar geral ou diarreia persistente, deve ser consultado um médico referindo a viagem ao Brasil.

 

Para evitar encerramento
A Unidade de Saúde de S. João das Lampas estaria encerrada durante o Verão, entre Julho e Setembro, por falta de funcionários...

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, anunciou nesta terça-feira a cedência “a título excepcional” de três funcionários do município à extensão de saúde de S. João das Lampas, para evitar o encerramento da unidade no período das férias de Verão, entre Julho e Setembro.

“A cedência é a título excepcional, é uma iniciativa da Câmara e espero que o Ministério da Saúde aceite”, disse ao Público o presidente da autarquia, Basílio Horta. A alternativa, continua, era “não fazer nada, deixando os utentes durante três meses sem consultas”.

Segundo o presidente da câmara, a direcção do Agrupamento de Centros de Saúde Sintra-Mafra comunicou a impossibilidade de manter aberta a extensão de saúde de S. João das Lampas durante o Verão, devido à ausência de funcionários administrativos, por motivo de férias ou aposentação. “Se o atendimento fosse suspenso, os utentes teriam que ir para a Terrugem [a cerca de quatro quilómetros], não podíamos permitir”, afirmou Basílio Horta.

A cedência foi anunciada na reunião pública, depois de a União de Freguesias de S. João das Lampas e Terrugem ter emitido um comunicado a anunciar o “encerramento temporário” da unidade. Este comunicado motivou uma petição pública, que esta tarde [20 de Maio] tinha quase 50 assinaturas, na qual se pede a “firme intervenção dos órgãos autárquicos”.

“Estão cerca de 7000 utentes inscritos nesta unidade de saúde, com instalações modernas e recentes, feitas de raiz para o efeito, após longos anos de luta do povo (mais de 20) pela sua construção”, lê-se na petição. Os signatários temem que esteja a ser preparado o encerramento definitivo das instalações.

Já em Janeiro, a autarquia tinha aprovado uma moção proposta pelo movimento independente Sintrenses com Marco Almeida, a exigir ao Governo que assegurasse os meios humanos com vista ao normal funcionamento da rede de saúde pública no concelho.

“Nunca se assistiu a uma tão grande falta de meios humanos nas unidades de saúde”, referia a moção, salientando que, “a par da permanente insuficiência de médicos de família, acresce agora a redução drástica de enfermeiros e administrativos, como também de técnicos especializados, por via da [não] renovação de contratos”.

 

Ministro da Saúde propõe
O ministro da Saúde português sugeriu uma aliança de vários países para uma “maior clarificação dos preços” dos novos...

Durante o seu discurso em Genebra, na Assembleia da Organização Mundial da Saúde, o ministro Paulo Macedo lembrou que os preços dos novos fármacos para a hepatite C “têm um considerável impacto no orçamento da saúde”.

“Portugal está disponível para colaborar com os outros Estados membros no sentido de resolver a situação concreta no que se refere à hepatite C, mas também a outras situações análogas. Desafiamos os outros Estados membros a colaborar na implementação de medidas de melhor regulação e maior clarificação dos preços estabelecidos para os novos medicamentos e dispositivos médicos”, afirmou Paulo Macedo.

Na semana passada, um estudo apresentado por um grupo de peritos indicou que Portugal deve adoptar novos modelos de financiamento e negociação que garantam o acesso dos doentes com hepatite C aos medicamentos mais eficazes para a doença, que custa anualmente 70 milhões de euros.

“O novo grupo de fármacos permite a cura definitiva em mais de 90% dos doentes tratados”, lembrava o Consenso Estratégico para a Gestão da Hepatite C em Portugal.

Na Assembleia Mundial da Saúde, o ministro Paulo Macedo reconheceu que o sistema de saúde “não é imune aos efeitos da austeridade”, mas considerou que a maioria dos indicadores em Portugal continuam a “exibir uma tendência positiva”.

Um dos exemplos dados foi a taxa de mortalidade infantil, que no ano passado foi inferior a três por mil nascimentos, e a mortalidade materna, que se situou em oito por 100 mil nascimentos vivos. Paulo Macedo recordou ainda que Portugal se encontra no “top 10” dos países com maior esperança de vida à nascença no sexo feminino. “Apesar disto, assumimos aqui o compromisso de avaliar e monitorizar o impacto da crise económica nos indicadores de saúde”, acrescentou.

 

Ordem dos Médicos apoia
Proibição de os profissionais falarem é gota de água que pode levar ao corte na colaboração com o Ministério. Greve é solução...

Os médicos ameaçam convocar uma greve contra a lei da rolha que o Ministério da Saúde quer impor e que se junta ao que apelidam de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), escreve o Diário de Notícias Online. “Vivemos uma situação de enormíssima gravidade. Nem há dois anos tínhamos tantos argumentos para a greve como agora”, diz Mário Jorge Neves, vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos. O bastonário, José Manuel Silva, admite que apoiará a greve caso avance. “Nenhuma alternativa está excluída. Se os sindicatos considerarem que há condições para uma decisão desta gravidade é porque havia justificação”.

 

Segundo estudo
Existem bactérias perigosas que podem sobreviver em aviões durante uma semana, revelam as conclusões de um estudo norte-americano.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Auburn, no Estado do Alabama (sudeste dos Estados Unidos) concluiu que há bactérias perigosas que podem sobreviver em aviões durante uma semana, segundo um estudo divulgado.

As bactérias testadas - Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA na sigla em inglês) e E. coli O157:H7 - sobrevivem em superfícies normalmente encontradas em aviões, como braços ou bolsas traseiras de cadeiras, bem como noutras superfícies comuns, afirmaram.

No estudo, os investigadores aplicaram os agentes patogénicos num braço de cadeira, num tabuleiro de plástico, num botão de metal de casa de banho, em tecido de assentos e em couro utilizado nos aviões de uma grande companhia aérea cujo nome não foi divulgado.

 

Prevenção Rodoviária
O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, defendeu que os exames médicos obrigatórios para...

A legislação “empurra” para os médicos de família a emissão do atestado médico - obrigatório a partir dos 50 anos para as categorias de ciclomotores, motociclos e ligeiros -, uma situação já criticada pelos clínicos. No entanto, o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, defendeu que os exames médicos obrigatórios para revalidar a carta de condução deviam ser feitos pelas Administrações Regionais de Saúde para garantir “o rigor” dessas avaliações.

Também a Ordem dos Médicos considera que “a emissão de um atestado de condução não faz parte da carteira básica dos cuidados de saúde. Portanto, não é uma obrigação dos médicos de família, o que não significa que não possam passá-lo e não tenham competência para o emitir”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos.

 

Espanhóis desenvolvem
Uma das maiores dificuldades que a medicina encontra na luta contra o cancro é o facto de muitos tumores estarem já bastante...

Um grupo de investigadores espanhóis do Instituto de Ciências Fotónicas de Barcelona desenvolveu um chip electrónico de tamanho reduzido que permite identificar de forma precoce a existência de cancro. O que o chip faz é uma análise constante a alguns elementos do sangue que detectam a maior ou menor concentração de células cancerígenas.

Além da ajuda que dá na detecção do cancro em bom tempo, o dispositivo é também de baixo custo o que permitirá espalhar a tecnologia um pouco por todo o mundo, mesmo nos países com menores capacidades financeiras para investir no sistema de saúde.

Para já a tecnologia está a ser aplicada na detecção do cancro da mama, mas espera-se que no médio prazo o método também possa ser usado para detectar cancro da próstata e do fígado, como relata o jornal espanhol La Vanguardia.

O sistema chamado de lab-on-a-chip usa nano partículas de ouro que possuem anticorpos que conseguem detectar a presença das células cancerígenas. Para isto basta uma gota de sangue da pessoa, que vai percorrer um circuito de fluídos que existe no equipamento que está a ser desenvolvido em Espanha.

Além das vantagens já referidas, a tecnologia consegue ainda revelar os resultados das análises no espaço de uma hora. Mesmo para os doentes já com cancro será possível detectar a quantidade de células cancerígenas que existe e adaptar o tratamento às necessidades de cada paciente.

A equipa de investigação, que está a ser liderada pelo físico Romain Quidant, espera agora conseguir associar diferentes proteínas a diferentes tipos de cancro para que novas versões do nano-chip possam vir a ser desenvolvidas.

O potencial da nova tecnologia é de tal forma grande que os investigadores estão convencidos que também podem usar a mesma metodologia para fazer uma análise aos portadores do vírus VIH.

 

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