Especialista alerta
Todos os anos, são conhecidos 40 casos de crianças e bebés que sofrem um AVC. Esta doença é mais comum aos primeiros 28 dias de...

Há 40 bebés e crianças que sofrem acidentes vasculares cerebrais (AVC) todos os anos, sendo uma das 10 maiores causas de morte até aos 18 anos. Uma neuropediatra no Hospital D. Estefânia, Rita Lopes Silva, revelou que “quase metade dos casos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida, mas após esse período incidem mais por volta dos sete anos”, segundo notícia do Diário de Notícias Online.

A médica revela que uma das maiores causas é o atraso no diagnóstico e para se evitar estas situações, já é possível a detecção desta doença durante a gravidez.

“Numa criança pensa-se sempre em outros problemas, como encefalite ou meningite, até porque, às vezes, a criança também tem febre. Por isso mesmo na comunidade médica há um atraso mínimo de 24 horas no diagnóstico. E quanto mais cedo se conseguir tratar, menores serão as sequelas. Por isso, mais vale fazer exames para excluir essa hipótese”, conta Rita Lopes Silva.

O último estudo sobre o tema foi realizado pela Sociedade Portuguesa de Pediatria e Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, que revelou que entre Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011, houve 114 AVC’s até aos 18 anos, mas 56 ocorreram antes dos primeiros 28 dia. Os pais devem ficar atentos a sinais de convulsões, diferenças em caminhar e uma das mãos fica mais fechada. A mortalidade nestes casos ronda 10 a 25%, e, 40 a 60% delas ficam com sequelas.

 

Liverpool
A cidade inglesa de Liverpool está empenhada em limitar o acesso a solários, principalmente por parte dos jovens.

De acordo com a notícia avançada pelo Notícias ao Minuto, a cidade encontra-se acima da média britânica no que toca não só ao uso de bronzeamento artificial mas também de casos de cancro da pele.

É, portanto, a cidade britânica com maior índice de cancro da pele, mas nem isso afasta os habitantes dos centros de solário. A prática de bronzeamento artificial é um hábito frequente mas a autarquia local está empenhada em restringir o acesso a estes centros.

Contudo, a falta de obrigação de registo por parte dos estabelecimentos de bronzeamento artificial dificulta ter conhecimento das empresas que usam equipamentos seguros e impedem o acesso a menores de 18 anos. Deste modo, a cidade quer apoio estatal para que o serviço seja obrigatoriamente licenciado, de maneira a limitar o uso excessivo de solários.

Desde 2000, o número de casos entre mulheres em Liverpool que desenvolveram cancro de pele aumentou 129%, mais do que o dobro da média em todo o Reino Unido.

Através da telemedicina
Com as listas de espera cada vez mais infinitas, a telemedicina apresenta-se como solução viável para a marcação de consultas,...

Através da metodologia tradicional, marcar uma consulta no dermatologista poderia demorar 553 dias. Este excessivo tempo de espera levou à criação de um projecto que alia a internet aos serviços informáticos das unidades de saúde. E basta apenas um clique para que a consulta seja agendada. Aplicada, para já, na área de dermatologia, este projecto pretende alargar-se a todo o país e reduzir o tempo de espera.

Segundo revela o Diário de Notícias online a telemedicina está, para já, apenas em prática nos centros de saúde de Bragança que actuam em parceria com o Hospital Santo António, no Porto. Contudo, os resultados são visíveis e através deste mecanismo a marcação de uma consulta de dermatologia passa de 553 dias de espera para apenas 1,8 dias. Em quatro meses, revelou Luís Gonçalves, coordenador do Grupo de Trabalho da telemedicina, “fizeram-se cerca de 400 consultas por dia”, o equivalente a “três rastreios” diários.

A telemedicina irá em breve expandir-se a novas regiões, estando prevista a aplicação do projecto nos hospitais e centros de saúde de Ponte da Barca (que se encontra já em fase de testes), Viana do Castelo, Fátima, Cantanhede e Coimbra. No espaço de dois meses espera-se que a telemedicina seja integrada em Lisboa, Gaia, Cova da Beira, Guarda, Viseu e Algarve.

No Reino Unido
Um supermercado britânico vai oferecer testes de HIV com resultados em menos de 20 minutos.

O projecto, chamado ‘É hora de testar’, tem como principal objectivo normalizar a realização de testes de doenças sexualmente transmissíveis. Por isso um supermercado britânico vai oferecer testes de HIV com resultados em menos de 20 minutos. Segundo a notícia publicada pelo Notícias ao Minuto, o teste não terá custo e os interessados em fazê-lo apenas têm que dar uma amostra de saliva ou de sangue. O resultado é quase instantâneo, ficando disponível em cerca de 20 minutos, dependendo da amostra facultada. O primeiro supermercado a arrancar com o projecto situa-se em Slough, no sudoeste do Reino Unido.

Nova Análise Retrospectiva demonstra
Merck Serono, a divisão biofarmacêutica da Merck, anunciou hoje novos dados do biomarcador, a partir de uma análise...

A análise envolveu o sub-grupo de doentes KRAS wild-type (exão 2) com cancro colorectal metastático (CCRm). Foi observada uma melhoria clínica significativa nos doentes RAS não mutado quando o Cetuximab® foi adicionado ao FOLFIRI em 1ª linha no CCRm1.

Os novos dados serão apresentados na Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) 2014, a decorrer entre 30 de Maio e 3 de Junho, durante a sessão Gastrointestinal (Colorectal) no dia 2 de Junho das 10:00 – 10:12h.

Os resultados desta análise reforçam o compromisso da Merck na melhoria dos cuidados de saúde do doente e sustentam o papel de liderança da empresa na inovadora área de personalização da terapêutica do cancro.

Nesta nova análise, 430 (65% dos 666 doentes) amostras de tumor dos doentes com KRAS não mutado (exão 2) foram avaliadas para a detecção de mutações adicionais no RAS (definidas como mutações nos exões 3 ou 4 do KRAS e/ou exões 2, 3 ou 4 do NRAS).

Destes, 367 eram RAS não mutado, enquanto 63 apresentavam mutação. A análise mostra um aumento de 27.7% na taxa de resposta (RR), 3.0 meses na mediana da sobrevivência livre de progressão (PFS) e 8.2 meses na mediana da sobrevivência global (OS), nos doentes com CCRm com tumores RAS não mutados (n=367) a receber em 1ª linha Cetuximab® + FOLFIRI, comparativamente aos doentes a receber FOLFIRI (RR: 66.3% vs. 38.6%, respectivamente; odds ratio: 3.11; 95% intervalo de confiança [IC]: 2.03–4.78; p<0.0001; PFS: mediana 11.4 meses vs. 8.4 meses, respectivamente; hazard ratio [HR]: 0.56; 95% IC: 0.41–0.76; p=0.0002; OS: mediana 28.4 meses vs. 20.2 meses, respectivamente; HR: 0.69; 95% IC: 0.54–0.88; p=0.0024).1

“Os dados desta análise demonstram claramente o benefício clínico em tratar doentes com cancro colorectal metastático, RAS não mutado, com Cetuximab® + FOLFIRI, comparativamente ao FOLFIRI”, mencionou o Dr. Steven Hildemann, Chefe Global do Departamento Médico e Responsável Global Médico e de Segurança da Merck Serono. “Esta análise do CRYSTAL contribui para evoluirmos na compreensão desta doença e confirma a importância do teste do biomarcador RAS nos cuidados centrados no doente e uma verdadeira abordagem personalizada no cancro colorectal metastático.”

 

 “A nova análise do estudo CRYSTAL está em linha com os resultados observados noutros estudos com tratamentos com inibidores dos receptores dos factores de crescimento epidérmico, em doentes com cancro colorectal metastático, tumores RAS não mutado”, comentou o Professor Fortunato Ciardiello, Professor de Oncologia Médica na Seconda Università degli Studi di Napoli, em Nápoles, Itália, e autor principal da análise RAS do CRYSTAL. “Acima de tudo estes resultados reforçam a necessidade de se realizar o teste RAS na altura do diagnóstico, de forma a suportar os médicos na selecção do tratamento de 1ª linha mais adequado para os doentes com CCRm. 

No grupo de doentes com mutações no exão 2 do KRAS, identificados na análise inicial do KRAS (n=397), ou outras mutações RAS (n=63), a receber Cetuximab® + FOLFIRI (n=246), não se observou benefício, comparativamente ao FOLFIRI (n=214)

(RR: 31.7% vs. 36.0%, respectivamente; odds ratio: 0.85; 95% IC: 0.58–1.25; p=0.40; PFS: mediana 7.4 meses vs. 7.5 meses, respectivamente; HR: 1.10; 95% IC: 0.85–1.42; p=0.47; OS: mediana 16.4 meses vs. 17.7 meses, respectivamente; HR: 1.05; 95% IC: 0.86–1.28; p=0.64).1 Esta análise de sub-grupo confirma os dados do OPUS e outros estudos, os quais demonstraram que os doentes com mutações RAS não beneficiam de terapêutica anti-EGFR.

No seguimento de uma actualização das indicações do Cetuximab®, aprovada pela Comissão Europeia em Dezembro de 2013, o Cetuximab® está agora indicado no tratamento de doentes com cancro colorectal metastático, RAS não mutado, e com expressão do receptor do factor de crescimento epidérmico (EGFR), em 1ª linha em associação com FOLFOX, ou em monoterapia em doentes que não responderam a tratamentos que incluíram irinotecano e/ou oxaliplatina e em intolerantes ao irinotecano. Cetuximab® está contra-indicado em associação a quimioterapia contendo oxaliplatina em doentes com CCRm RAS mutante ou para os quais o RAS não é conhecido.2

Acerca do CRYSTAL

CRYSTAL (Cetuximab combined with iRinotecan in 1st-line therapY for metaSTatic colorectAL cancer) foi um estudo randomizado, Fase III, envolvendo 1.198 doentes, em primeira linha do CCRm, com expressão do EGFR, em estadio IV, dos quais 666 confirmaram ser KRAS não mutados (exão 2). O estudo mostrou que a sobrevivência livre de progressão, sobrevivência global e taxa de resposta foram significativamente melhores nos doentes KRAS não mutados com CCRm que receberam Cetuximab® + FOLFIRI, comparativamente ao FOLFIRI.3

Acerca do Cancro Colorectal

O Cancro Colorectal (CCR) é o segundo cancro mais comum a nível mundial, com uma incidência estimada em mais de 1.36 milhões de novos casos anualmente.4 Cerca de 694,000 mortes por CCR ocorrem a nível mundial, a cada ano, contribuindo em 8.5% para todas as mortes por cancro e tornando-o a quarta causa de morte mais comum por cancro.4 Cerca de  55% dos casos de CCR são diagnosticados em regiões do mundo desenvolvidas, e as taxas de incidência e mortalidade são substancialmente mais elevadas no homens do que nas mulheres.4

*CRYSTAL: Cetuximab associado ao Irinotecano em 1ª linha da terapêutica do cancro colorectal metastático.

References
1.     Ciardiello F et al. Poster presentation at the 2014 American Society of Clinical Oncology Annual Meeting, June 2, 2014. Abstract No:3506.
2.     European Medicines Agency. Erbitux SmPC. Available at: http://www.ema.europa.eu/ema/. Last accessed May 2014.
3.     Van Cutsem E, et al. J Clin Oncol 2011;29(15):2011–9
4.     Ferlay J, Soerjomataram I, Ervik M, Dikshit R, Eser S, Mathers C, Rebelo M, Parkin DM, Forman D, Bray, F. GLOBOCAN 2012 v1.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No. 11 [Internet]. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer; 2013. Available at: http://globocan.iarc.fr. Last accessed May 2014.

 

Bristol-Myers Squibb and Celldex Therapeutics Announce
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) and Celldex Therapeutics, Inc. (NASDAQ:CLDX) announced today that they have entered...

Nivolumab and varlilumab are part of a new class of cancer treatments known as immunotherapies that are designed to harness the body’s own immune system to fight cancer through separate yet complementary mechanisms of action that result in T-cell mediated destruction of cancer cells. Preclinical data suggest the combination of these two mechanisms may enhance anti-tumor immune response compared to either agent alone.

“As leaders in immuno-oncology, Bristol-Myers Squibb is advancing the science of how immunotherapy can harness the body’s immune system to fight multiple types of cancers,” said Michael Giordano, senior vice president, Oncology and Immunosciences Development. “The clinical collaboration with Celldex and the opportunity to explore the potential benefits of combination treatment with nivolumab and varlilumab adds to our robust clinical development program focused on delivering the promise of long-term survival benefits to a broader patient population.”

“Celldex believes the future of immunotherapy lies in combination regimens that further unlock the power of the immune system to deliver the greatest benefit to the largest population of patients possible,” said Anthony Marucci, President and Chief Executive Officer of Celldex Therapeutics. “Based on our clinical data and preclinical models for both programs, we think the combination of varlilumab and nivolumab could play an important role in maximizing the body’s immune response to cancer. We are excited to begin this study and look forward to initiating additional combination studies of varlilumab that explore other important mechanisms outside of this collaboration in the near-future.”

Under the terms of this agreement, Bristol-Myers Squibb will make a one-time payment of $5 million to Celldex and the parties will share development costs. Celldex will be responsible for conducting the Ph 1/2 study, which is expected to begin in the fourth quarter of 2014. Additionally, the parties have re-structured an existing agreement between Celldex and Medarex related to Celldex’s CD27 program, and waived certain future milestone payments and reduced future royalty rates that would have been due from Celldex to Medarex. Medarex was acquired by Bristol-Myers Squibb in September of 2009. The companies will work exclusively with each other to explore anti-PD-1 antagonist antibody and anti-CD27 agonist antibody combination regimens. Bristol-Myers Squibb will have a time-limited right of first negotiation if Celldex wishes to out-license varlilumab.

About Nivolumab

Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Nivolumab is an investigational, fully-human PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 (programmed death-1) expressed on activated T-cells. By blocking this pathway, nivolumab can enable the immune system to resume its ability to recognize, attack and destroy cancer cells.

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program in place to study nivolumab in multiple tumor types consisting of more than 35 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide. Among these are several potentially registrational trials in NSCLC, melanoma and renal cell carcinoma. In 2013, the FDA granted Fast Track designation for nivolumab in these three tumor types.

About Varlilumab

Varlilumab is a fully human monoclonal antibody that targets CD27, a critical molecule in the activation pathway of lymphocytes. CD27 can be effectively manipulated with activating antibodies to induce potent anti-tumor responses and may result in less toxicities due to its restricted expression and regulation. Varlilumab is a potent anti-CD27 agonist that induces activation and proliferation of human T-cells when combined with T-cell receptor stimulation. In lymphoid malignancies that express CD27 at high levels, CDX-1127 has an additional mechanism through a direct anti-tumor effect.

19 de Maio – Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino
APDI sensibiliza para as limitações que a doença inflamatória do intestino tem na vida de um doente.

Para assinalar o Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, que se celebra a 19 de Maio, a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI) lança várias iniciativas que visam aproximar a população do peso que a Doença Inflamatória do Intestino (DII) tem na vida de um doente. Nesse sentido, durante todo o dia 19 de Maio, decorre em Lisboa, na Praça Luís de Camões, uma iniciativa de sensibilização à população que pretende alertar a população para as limitações que a DII impõe aos doentes e para o desconforto social ao qual estão sujeitos.

Composta pela representação do número de horas que um doente passa numa casa de banho e pelo número de metros de papel higiénico que um doente utiliza por ano, o que equivale à distância de uma mini maratona (10 quilómetros), esta iniciativa pretende representar o peso que a doença tem na vida das pessoas que dela sofrem. Paralelamente será distribuída informação sobre a doença inflamatória do intestino.

No dia 17 de Maio, sábado, realiza-se entre as 14h20 e as 18h00, no Anfiteatro do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, uma conferência que, sob o tema “Saber mais sobre a doença de Crohn e a Colite Ulcerosa”, visa juntar vários especialistas e profissionais de saúde em torno da discussão sobre a doença inflamatória do intestino. Para além da abordagem à incidência e prevalência da doença, bem como do impacto psicológico que a mesma tem na vida dos doentes, vão também ser abordadas as complicações associadas à doença inflamatória do intestino, a gravidez, a alimentação e a emigração. A iniciativa não terminará sem que sejam expostas e discutidas a problemática sobre as diferenças entre os medicamentos biológicos e os biossimilares.

De acordo com João Machado, presidente da APDI, “a DII é uma doença incapacitante e que afecta em muito a qualidade de vida dos doentes, sobretudo porque se manifesta numa idade activa, em que as pessoas se encontram no pico das suas carreiras profissionais e no início das suas relações pessoais”. “Pior do que o fardo da doença, que limita em muito a vida dos jovens que dela sofrem, é o desconforto social e vergonha que estes sofrem e que os impede de ter uma adolescência e vida adulta normais”.

A DII engloba duas patologias – Doença de Crohn e Colite Ulcerosa – e manifesta-se frequentemente entre os 15 e 30 anos mas pode surgir em jovens de qualquer idade, sobretudo a partir da primeira década de vida. Sendo que, em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência.

As crianças e jovens que sofrem desta doença do foro intestinal têm de lidar com surtos de dor abdominal e diarreia, o que obriga à necessidade de usar, de forma inesperada e frequente, a casa de banho. Na escola e noutros locais sociais, a doença pela sua natureza, desencadeia bastante desconforto físico e emocional, levando ao isolamento e à perda de actividade. 

“2.º Educar na Diabetes”
Nos dias 24 e 25 de Maio realiza-se o “Educar na Diabetes”, um encontro destinado a profissionais de saúde que visa a partilha...

O encontro, promovido pela Lilly Diabetes, realiza-se no Palace Hotel Monte Real e destina-se a criar um espaço de partilha de ideias relativamente à importância da educação terapêutica na prevenção e tratamento da Diabetes.

Única no seu género, a iniciativa consiste na realização de palestras e workshops orientados por profissionais de saúde de diferentes áreas, encorajando a partilha de conhecimento e experiências que, aplicados no dia-a-dia, podem aumentar a qualidade de vida da pessoa com diabetes.

Estarão em destaque conferências sobre temas como ”Alimentação saudável e obesidade” e “O poder da comunicação”, bem como workshops que visam enfatizar a importância do exercício e da alimentação saudável na prevenção e no tratamento da doença. Como ensinar a ler os rótulos dos produtos alimentares e a descobrir as gorduras escondidas, e conselhos para a elaboração de um plano alimentar apropriado serão alguns dos tópicos dos workshops.

O objectivo deste encontro é proporcionar um espaço no qual seja possível debater ideias, experiências e projectos educativos que tenham como finalidade contribuir para o controlo da Diabetes pelo próprio doente, e a educação da população em geral, de modo a contrariar o aumento tendencial da incidência desta doença.

A Diabetes em Portugal cresce a um ritmo alarmante, mas esta tendência pode ser revertida. O desenvolvimento de Diabetes tipo 2 está muitas vezes associado a um estilo de vida sedentário e a uma alimentação desequilibrada. O aparecimento de complicações no decurso desta condição está, igualmente, associado a estes factores de risco. Assim, é de uma importância extrema a educação do doente, e da população em geral, no sentido da adopção de um estilo de vida equilibrado e saudável.

“As pessoas com diabetes precisam de desenvolver bons conhecimentos e a capacidade de os pôr em prática”, afirma Luís Laranjeira, director médico da Lilly Portugal. “O Educar na Diabetes é um passo importante para sensibilizar os profissionais de saúde para a necessidade de informar e motivar as pessoas com diabetes. Desta forma, poderão gerir o melhor possível a sua condição no seu dia-a-dia”.

Re-Thinking Pharma 2014
Cortes na saúde têm levado a despedimentos sucessivos e desinvestimento estrangeiro em Portugal.

De acordo com Miguel Santos Silva, Coordenador do Re-Thinking Pharma 2014-2024, a indústria farmacêutica continua a ser o alvo preferencial das autoridades nacionais no que diz respeito à redução da dúvida na saúde. “Ao contrário de um natural reconhecimento da colaboração e enorme taxa de esforço da Indústria Farmacêutica na sustentação de uma crónica e enorme divida vencida, são anunciados mais cortes para 2015. Relembro que os preços médios dos medicamentos vendidos nas farmácias eram em média 9,86€ no mês de Janeiro 2014, representando este valor uma diminuíram de 24% desde 2007. Nos genéricos a redução do preço dos foi de 13,49€ a Janeiro deste ano face a 2007, o que representa uma diminuição de 20,38€”.

“Perante esta realidade dramática, a qual conduziu nos últimos anos a milhares de despedimentos no sector e a uma debandada do investimento estrangeiro e da produção farmacêutica internacional em solo luso, como é possível continuar este permanente ataque ao sector?”, questiona o mesmo responsável.

A dinâmica do sector vai ser analisada à margem do Re-Thinking Pharma 2014-2024, o maior evento nacional dirigido a responsáveis máximos da indústria farmacêutica que decorre hoje, 16 de maio, no Hotel Aqualuz em Tróia e conta com a participação de 250 profissionais da área.

Para Miguel Silva, “parece estranho que perante a colaboração e enorme taxa de esforço da Indústria Farmacêutica na sustentação de uma crónica e enorme divida vencida, sejam anunciados mais cortes unilaterais para 2015. Relembro que o sector tem sido seriamente afectado e que os preços médios dos medicamentos vendidos nas farmácias diminuíram de 24% desde 2007”.

A sessão de abertura do Re-Thinking Pharma 2014-2024 será concretizada por Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Teixeira e o evento conta com o apoio oficial da AICEP, APOGEN (Associação Portuguesa de Genéricos), APDP (Associação portuguesa do Doente Diabético), APMIF (Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica) IPAM/ IADE (Instituto Português de Administração e Marketing).

Dicionário de A a Z
O açaí é um fruto que se encontra em alguns locais de determinados países da América do Sul, nomeada
Açaí

Aparentemente bastante semelhante às uvas, o açaí não é, normalmente, consumido da mesma forma. É feito o processo de separação da polpa das sementes, para que depois possa ser utilizado, na sua maioria das vezes, para consumo em sumos, iogurtes e sobremesas. Principalmente em caso de exportação.

Já muito popular um pouco por todo o mundo, o açaí, tal como os frutos vermelhos, contém uma enorme quantidade de antioxidantes naturais que quando comparados, por exemplo, com os da uva são em dez vezes superiores. É também um fruto muito rico em fósforo, cálcio, potássio, fibra, proteínas, ácidos gordos essenciais polinsaturados, Vitamina B1, B2 e B3, Vitamina E e Vitamina C.

Saiba quais os principais benefícios para a saúde ao consumir açaí:

- Ajuda a reduzir o colesterol
- Acção anti-inflamatória
- Acção protectora do cólon
- Melhora o sistema imunitário
- Melhora o sistema nervoso
- Estimula a função cerebral
- Estimula a regeneração celular

É também muito utilizado em dietas, por pessoas que procuram perder peso, pois devido à quantidade de fibras presentes controla o apetite e produz uma sensação de saciedade. No entanto, quando utilizado para este efeito, é necessário ser consumido com moderação. Sendo um fruto extremamente calórico, um consumo exagerado pode provocar efeitos contrários aos pretendidos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Um dos mais importantes problemas de má nutrição
Mais comum nas sociedades ocidentais (Europa e Américas) a obesidade caracteriza-se por um desequilí
Obesidade

obesidade é um dos grandes problemas dos tempos modernos, pois representa um factor de risco ao desenvolvimento de algumas doenças graves de saúde. Tornou-se um problema de saúde pública devido à quantidade de casos existentes, e contínuo crescimento, por todo o mundo.

As causas podem não só estar relacionadas com problemas hereditários ou alterações do sistema hormonal, como também muito frequentemente com o simples descuido e despreocupação em criar hábitos fundamentais para um desenvolvimento correcto e saudável.

Consequência de uma má alimentação, este é um problema que pode ser inversamente comparado ao das sociedades mais pobres que sofrem de magreza extrema devido à falta de recursos e por sua vez de alimentos. Se por um lado a falta de alimentos em países subdesenvolvidos é difícil de combater, já por outro, a capacidade de decisão em fazer uma alimentação correcta e equilibrada, quando há abundância, deveria ser uma constante como medida preventiva da obesidade.

O excesso de peso está directamente associado a doenças cardiovasculares, diabetes e problemas do sistema respiratório, para além de reduzir também a esperança de vida. Assim como uma alimentação equilibrada também a prática de exercício físico previne o aparecimento de muitas doenças e aumenta a esperança de vida.

São diversas as doenças que podem ser provocadas pela obesidade:

- Hipertensão arterial
- Insuficiência cardíaca
- Arteriosclerose
- Angina de peito
- Diabetes tipo 2
- Alterações à tolerância à glicose
- Hiperlipidemia
- Gota
- Insuficiência respiratória
- Apneia do sono
- Embolismo pulmonar
- Amenorreia
- Infertilidade
- Incontinência urinária de esforço
- Carcinoma da próstata
- Cancro do cólon

Para além da elevada probabilidade de desenvolver este tipo de doenças, existe também um decréscimo da qualidade de vida, pois a fadiga é uma constante e torna-se impeditiva para desempenhar muitas actividades simples do dia-a-dia.

O factor psicológico é igualmente importante, pois ao perder as suas características e capacidades físicas, a pessoa acaba por se sentir desconfortável consigo mesma baixando os níveis de autoestima e vir mais tarde a sofrer de depressão.

O que fazer para combater a obesidade
O primeiro passo está em criar novos hábitos alimentares e praticar exercício físico regularmente. As dietas, numa fase inicial, devem ter indicações fornecidas por um profissional de saúde (médico de família, nutricionista, etc.), para que todo o processo de emagrecimento seja feito gradualmente e de um modo saudável. Assim como, a actividade física deverá ser supervisionada por um profissional. Naturalmente a condição física inicial, quando se começa a combater a obesidade, está debilitada e a capacidade para fazer determinados exercícios é limitada. O acompanhamento profissional não só vai conduzir correctamente os treinos como será também um factor motivacional.

Uma das maneiras de conseguir controlar se o seu peso está dentro dos parâmetros considerados correctos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é saber calcular o seu Índice de Massa Corporal (IMC). Estes parâmetros, pré-definidos, são avaliados após o cálculo de Kg/m2. Para saber se está dentro dos níveis saudáveis, insira os seus dados (peso e altura) na nossa calculadora de IMC.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Desenvolvimento de novos fármacos
A TechnoPhage, uma empresa de biotecnologia sedeada em Lisboa, Portugal, e o SIMM, Instituto de Matéria Médica de Shanghai,...

A TechnoPhage está a desenvolver anticorpos de pequenos domínios contra alvos específicos em várias doenças humanas. Tendo como base esta tecnologia foi iniciado um novo programa de I&D, em colaboração com o SIMM, para desenvolver o anticorpo TA-141. O TA-141 será desenvolvido para o tratamento de doenças inflamatórias e auto-imunes e tem como destino o mercado farmacêutico global. Este programa contemplará fases de descoberta, produção e ensaios pré-clínicos de segurança do novo produto de forma a reunir todas os requisitos e condições regulatórias para entrada em ensaios clínicos. Esta parceria única, entre uma empresa biotecnológica portuguesa e um instituto de excelência científica chinês, foi formalizada em Xangai, dia 14 de Maio de 2014, durante a visita de Sua Excelência o Sr. Presidente da República de Portugal à China.

O SIMM é uma instituição de topo na República Popular da China na descoberta e desenvolvimento de fármacos. Desde a sua criação, foram desenvolvidos inúmeros novos fármacos dos quais se destacam o Artemether, Sodium dimercaptosuccinate e Huperzine A que receberam reconhecimento internacional. Recentemente, o SIMM desenvolveu também a injecção salina de Depsides, (um fármaco originário de ervas chinesas), o cloridrato de antofloxacina (o primeiro fármaco de fluoroquinolona da República Popular da China), e tem ainda um número de candidatos a fármacos actualmente em avaliações pré-clínicas/clínicas.

Miguel Garcia, CEO da TechnoPhage disse a 14 de Maio de 2014: “Este programa com o SIMM constitui uma grande oportunidade para a TechnoPhage e demonstra as capacidades desenvolvidas pela empresa nos últimos anos no domínio dos fármacos biológicos com base em anticorpos. Estamos extremamente satisfeitos que o SIMM tenha decidido avançar com um segundo programa com a TechnoPhage e iremos mobilizar os recursos necessários para alcançar as metas estabelecidas com os nossos parceiros.” 

Nove anos
A esperança de vida aumentou nos países menos desenvolvidos entre 1990 e 2012, com um crescimento de nove anos, em média, de...

Segundo o relatório, a Libéria foi o país que registou o maior aumento desde o início da década de 1990 (20 anos, dos 42 para 62 anos em 2012), seguida da Etiópia (de 45 para 64 anos), Maldivas (dos 58 para os 77 anos) e Camboja (de 54 para 72 anos).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca ainda Timor-Leste, onde a esperança média de vida subiu dos 50 para os 66 anos, e ainda o Ruanda, dos 48 para os 65 anos.

De uma forma geral, a esperança média de vida aumentou seis anos em todo o Mundo: uma rapariga nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz até aos 68.

O Japão é o país onde as mulheres têm a maior esperança de vida à nascença (87 anos), seguindo-se Espanha, Suíça e Singapura (85,1), Itália (85), França (84,9), Austrália e Coreia do sul (84,6), Luxemburgo (84,1) e, por fim, Portugal (84).

Quanto aos homens nascidos em 2012, os islandeses são os que vivem mais (81,2 anos), surgindo a Suíça em segundo lugar (80,7 anos) e depois a Austrália (80,5 anos). Em Israel, Singapura, Nova Zelândia e Itália, os rapazes podem esperar viver até aos 80,2 anos, enquanto no Japão e na Suécia a esperança é de 80 anos. Por fim, o Luxemburgo tinha, em 2012, uma esperança média de vida para os homens de 79,7 anos.

“Uma razão importante que justifica que a esperança de vida global tenha aumentado tanto é que estão a morrer menos crianças antes do seu quinto aniversário”, afirmou a directora-geral da OMS, Margaret Chan, na apresentação do relatório.

No entanto, a organização alertou que ainda prevalece uma grande divisão entre países pobres e ricos: “As pessoas de países com rendimentos elevados continuam a ter muito mais probabilidades de ter uma vida longa do que as pessoas em países com baixos rendimentos”, explicou.

Um rapaz nascido em 2012 num país desenvolvido pode esperar viver até aos 76 anos, mais 16 anos do que um rapaz que nasça num país menos desenvolvido. Quanto às mulheres, a diferença ainda é maior – de 19 anos, entre os 82 anos de vida estimados nos países mais ricos contra os 63 anos nos países pobres.

De um modo global, as mulheres vivem mais do que os homens: nos países desenvolvidos, a diferença é de seis anos, enquanto nos menos desenvolvidos é de três anos.

“Nos países desenvolvidos, muito do ganho na esperança de vida deve-se ao sucesso em lidar com doenças não transmissíveis”, afirmou Ties Boerma, director do departamento de estatísticas de saúde e de sistemas de informação da OMS, que acrescentou que “há menos homens e mulheres a morrer antes dos 60 anos devido a doenças cardíacas ou acidente vascular-cerebral (AVC)”.

Por um lado, os países mais desenvolvidos conseguem “monitorizar e controlar a tensão arterial elevada” e, por outro, a redução do consumo de tabaco também permite às pessoas viverem até mais tarde em muitos países. 

Eurodeputada Marisa Matias
A cabeça de lista do BE às europeias considerou ontem “urgente” a implementação do Plano Nacional de Alzheimer, sublinhando que...

Marisa Matias dedicou ontem parte do seu dia a um tema que lhe é muito caro, o Alzheimer - a eurodeputada foi autora do relatório sobre a Iniciativa Europeia em matéria de doença de Alzheimer e outras doenças -, tendo visitado a associação Alzheimer Portugal, em Lisboa.

“Somos um dos poucos países da União Europeia que não tem Plano Nacional de Alzheimer. É urgente que haja. Uma das recomendações da Estratégia Europeia de Combate ao Alzheimer é que haja planos nacionais em todos os países e nós aí estamos muito recuados em relação ao que tem sido feito nos outros países”, lamentou, em declarações aos jornalistas.

De acordo com a eurodeputada recandidata, “fala-se em mais uma reunião” para avançar com a elaboração do Plano Nacional de Alzheimer, recordando, no entanto, que “já se falava na elaboração antes de começar o relatório”, no ano de 2009.

“O que se exige para futuro é que a estratégia europeia seja cumprida e que Portugal tente desta vez, a este respeito, ser bom aluno. Que não seja só bom aluno para aquilo que nos faz mal. Seja bom aluno para respeitar também os direitos e a dignidade”, concretizou.

De acordo com Marisa Matias, estima-se que em Portugal haja 153 mil pessoas com alzheimer, cada uma delas inserida numa família que tem que ser a cuidadora e para a qual há muitas implicações.

“Em muitas das famílias têm que optar por alguém que abdique de trabalhar para poder dedicar-se ao cuidado de quem sofre de Alzheimer. É preciso cuidados não só para quem tem alzheimer mas também para as famílias”, defendeu.

A eurodeputada realçou que em Portugal há três centros de dia especializados, com capacidade para 45 pessoas, num universo de 153 mil diagnosticadas.

“A esmagadora maioria destas pessoas ou está em casa ou está em lares, que não têm condições, nem recursos, nem meios, nem conhecimentos para poder tratar destas pessoas”, evidenciou.

Autarca alerta
A falta de médicos no concelho de Sardoal está a afectar cerca de 85% da população do concelho, alertou ontem o presidente da...

Miguel Borges (PSD) disse que o que está a acontecer ao nível dos cuidados de saúde primários em Sardoal “é muito triste”, pois “3.454 utentes estão hoje sem médico de família” num universo de 4.083 habitantes registados no centro de saúde local.

“Algumas conquistas de Abril ainda estão por cumprir e o aceso à saúde é uma delas”, lamentou o autarca, manifestando “tristeza” por ver, “às tantas da madrugada, pessoas à porta do centro de saúde à espera de conseguirem uma consulta”.

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo assegura os serviços médicos mínimos no centro de saúde local, através de uma empresa de prestação de serviços e de horas extraordinárias, uma solução que, no entender de Miguel Borges, “não dá resposta às necessidades básicas dos utentes” no concelho.

“Como grande parte dos municípios do interior do país, o Sardoal também luta com uma grande falta de médicos. É uma situação bastante grave e que vai contra o espírito do nosso sistema nacional de saúde”, advogou, acrescentando que se reuniu já com responsáveis do Ministério da Saúde para “sensibilizar” para esta situação e “apresentando algumas soluções possíveis”.

O autarca defendeu a criação de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) no concelho, com a adaptação do actual centro de saúde da vila, considerando que esta medida poderá ser uma das soluções para o problema.

Relatório da IGAS
O Serviço Nacional de Saúde está a comparticipar a 100 por cento dietéticos de venda livre sem qualquer controlo sobre o preço,...

De acordo com o documento, a “completa falta de regulação do mercado” permite grandes diferenças de preços para os mesmos produtos. Um dos exemplos dados é o do PKU 3 Advanta, em relação ao qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou a uma farmácia, por uma embalagem de 500 g, 188 euros e a outra 441 euros. A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) recomenda a “distribuição centralizada dos dietéticos terapêuticos”, o que permitiria uma poupança de 3 a 4 milhões de euros, ou a “adopção de um regime de preços máximos”, como acontece com os medicamentos, o que daria para poupar 1,5 milhões de euros por ano. A IGAS propõe ainda que a comparticipação não seja a 100 por cento, ou seja, que os utentes paguem uma parte, o que faria com que eles próprios levassem os médicos a prescrever produtos mais baratos. 

Governo garante
A Administração Regional de Saúde do Alentejo assegura que as três maternidades existentes da região vão manter-se, até porque ...

“A dispersão territorial do Alentejo não permitiria que houvesse apenas uma maternidade a funcionar. Vamos continuar com a rede hospitalar que foi definida, em conjunto com as instituições”, afiançou fonte da Administração Regional de Saúde (ARS). O esclarecimento prestado pela ARS surge depois de câmaras do Baixo Alentejo e a Ordem dos Médicos terem contestado o eventual fecho de serviços no hospital de Beja, como a maternidade.

Os receios manifestados pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e pela Ordem dos Médicos prendem-se com uma portaria do Governo, publicada em Diário da República, a 10 de Abril. A portaria classifica os hospitais em quatro grupos, segundo as responsabilidades, o quadro de valências e a área e a população servidas, podendo implicar, eventualmente, a perda de serviços em várias unidades hospitalares. Segundo a CIMBAL e a Ordem dos Médicos, a cumprir-se a portaria, no caso da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, do Grupo I, o hospital de Serpa poderia “desaparecer” e o de Beja perderia especialidades, como o serviço de Ginecologia/Obstetrícia, passando os partos a ser assegurados pelo hospital de Évora.

Perante estes receios de autarcas e médicos, a ARS do Alentejo desdramatizou a situação e esclareceu que a portaria o que define são “especialidades básicas que devem existir em cada uma das regiões”, mas que “serão ajustadas em função das necessidades”. Actualmente, existem três maternidades na região, nos hospitais de Évora, Beja e Portalegre, possuindo também o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, serviço Ginecologia e Obstetrícia, mas sem sala de partos.

Mundial de futebol
A gripe H1N1 provocou a morte de pelo menos três pessoas em Maio na cidade brasileira de Manaus, capital do estado do Amazonas,...

Dados divulgados pela Fundação de Vigilância da Saúde do Amazonas revelam que uma das vítimas era uma jovem de 19 anos, outra era uma mulher de 24 e o terceiro óbito este mês foi o de um homem de 63 anos. Todos os casos ocorreram em Manaus, não havendo registo de mortes ou mesmo de contágios noutras cidades do estado, que fica no coração da selva amazónica, no extremo norte do Brasil.

ADSE
O Presidente da República promulgou o aumento dos descontos dos funcionários públicos e pensionistas para a ADSE, depois de ter...

O diploma entra em vigor este mê, mas os funcionários públicos, militares, polícias e reformados só devem sentir o aumento da nova taxa no próximo mês de Junho, tendo em conta que há salários que já estão a ser processados.

Depois de algumas duvidas levantadas pelo Presidente da República (PR), o diploma que aumenta de 2,5 para 3,5 por cento os descontos para a ADSE e para os subsistemas de saúde dos militares e das forças de segurança foi promulgado no final da semana.

Cavaco Silva chumbou a primeira versão do diploma no dia 13 de Março, alegando que os descontos pretendiam apenas consolidar as contas públicas.

O chefe de Estado levantou dúvidas sobre o aumento das contribuições dos trabalhadores e reformados para garantir a sustentabilidade dos sistemas de saúde da Função Pública.

Para reponderem às questões levantadas pelo PR os partidos da maioria alteraram o diploma. Ficou estabelecido que os descontos dos trabalhadores para a ADSE vão ser destinados a pagar os benefícios concedidos.

O aumento dos descontos para ADSE, SAD e ADM surgiu como uma das medidas para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional à convergência das pensões. Segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, a medida vale 133 milhões de euros.

Este ano
O diploma que cria o enfermeiro de família, uma nova figura na área da saúde, está pronto. Falta saber se há recursos para...

O decreto-lei que vai criar uma nova figura na área da saúde, o enfermeiro de família, está pronto. O objectivo do Governo é que sejam criados projectos-piloto em cada uma das administrações regionais de saúde ainda no segundo semestre deste ano, refere o documento. Face ao contexto de crise, o presidente da secção Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE), Alexandre Tomás, teme que tudo se limite “à criação de uma nova designação, sem haver recursos para a pôr em prática”.

Há vários anos que a criação do enfermeiro de família, que trabalhariam nos centros de saúde, e a quem caberia o seguimento de famílias em vez de doentes individuais, é debatida. A Organização Mundial de Saúde defende a sua criação e alguns países europeus já funcionam com este modelo, explica o responsável da OE. Foi em 2012 que o Governo criou um grupo de trabalho multidisciplinar para estudar esta questão. O texto final do decreto-lei proposto pelo Ministério da Saúde está pronto e o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse esta semana que a sua aprovação estará para breve, sem avançar com datas.

No final do ano passado havia nos centros de saúde 7306 enfermeiros, face aos 33471 nos hospitais, referem dados da Ordem dos Enfermeiros. Alexandre Tomás diz que o que é preconizado é que cada enfermeiro de família acompanhe cerca de 300 a 400 famílias, fazendo as contas apenas para a região Sul estima que seriam necessários mais cerca de três mil novos enfermeiros nos centros de saúde.

“Não basta dizer que os enfermeiros que estão nos centros de saúde passam a chamar-se enfermeiros de família. É uma nova metodologia de trabalho”. O responsável diz temer que o Governo apenas esteja a criar “uma designação, sem haver dotação de recursos e mudanças organizacionais para pôr este modelo de cuidados em prática. Neste momento os enfermeiros não têm tempo para acompanhar famílias”.

O texto final do decreto-lei, datado de 14 de Abril, diz que o enfermeiro de família privilegiará “as áreas da educação e promoção da saúde, da vacinação, da detecção precoce de doenças não transmissíveis, da gestão da doença crónica e da visitação domiciliária.” Alexandre Tomás lembra que um projeto-piloto do enfermeiro de família arrancou em 2010 no Centro de Saúde de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, envolvendo 12 enfermeiros, que realizaram milhares de consultas em saúde materna, infantil, de adultos e de planeamento familiar, tendo a secretaria de Estado regional concluído que a população teve “ganhos de saúde”, refere.

Falta definir competências
Mas as questões que têm levantado mais polémica, nomeadamente as que dizem respeito a competências partilhadas com médicos, são deixadas de fora desta proposta de diploma do ministério que as remete para um momento posterior. A identificação das “áreas de partilha de responsabilidade nos cuidados de saúde na prestação de cuidados de enfermagem, em articulação com outros profissionais de saúde, nomeadamente com os médicos, é elaborada pela Direcção-Geral da Saúde, em colaboração com a Administração Central do Sistema de Saúde”, lê-se.

O objectivo será definir, mais tarde, “uma carteira de serviços específica de cuidados de enfermagem”, assim como "a produção de normas e orientações nas intervenções do enfermeiro de família nas áreas da gestão da doença crónica e nos programas de saúde" e, por fim, a forma como estes cuidados der organizam e articulam. A Ordem dos Enfermeiros reclama há anos um reforço de competências, nomeadamente o alargamento da sua actividade à gestão da terapêutica e ao acompanhamento de gravidezes não problemáticas. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, veio esta semana recusar a ideia deste alargamento, designadamente à prescrição de meios complementares de diagnóstico. “Numa matéria tão delicada, que não é minimamente consensual quer em Portugal quer em termos internacionais, não há razão para haver um projecto quando temos bastantes outras prioridades”.

Germano de Sousa, bastonário dos Enfermeiros, não gostou da resposta de Macedo. Disse não estar em causa a prescrição de medicamentos, que admite ser “uma área do médico”, mas a da gestão da terapêutica. “É uma matéria que nos preocupa porque há muita redundância”, disse, apontando o exemplo dos idosos que tomam o mesmo medicamento várias vezes ao dia, às vezes de marcas diferentes, com encargos para os utentes e para o Estado. No caso da renovação de receitas em doentes crónicos, poderiam ajustar a medicação, já que seguem regularmente os doentes, defende.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, sempre se manifestou contra este alargamento, tendo dito que “até para renovar uma receita tem de se avaliar um doente. Pode ser preciso mudar remédios e reavaliar e isso é competência médica”.

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