OMS
Cerca de 1,3 milhões de adolescentes morreram em 2012, revela hoje um relatório da OMS, que aponta os acidentes rodoviários...

O relatório “Saúde para os adolescentes do mundo” é hoje publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que uma em cada cinco pessoas no mundo seja adolescente, ou seja, há 1,2 mil milhões de pessoas de entre 10 e 19 anos.

Embora a maioria dos adolescentes seja saudável, a OMS alerta que ainda há números significativos de mortes e doenças naquela faixa etária.

Só em 2012, revela a organização, morreram 1,3 milhões de adolescentes em todo o mundo, menos do que os 1,5 milhões de 2000.

A taxa de mortalidade naquela faixa etária caiu de 126 para 111 em cada 100.000 entre 2000 e 2012, uma “queda modesta” de 12% que continua a tendência dos últimos 50 anos, conclui a OMS.

No relatório, a OMS revela que os acidentes rodoviários são a principal causa de mortes a nível global, assim como a segunda causa de ferimentos e deficiência.

Os rapazes são particularmente afectados pelos acidentes na estrada, com uma taxa de mortalidade três vezes mais elevada do que as raparigas.

O VIH, que não aparecia entre as causas de mortes adolescentes em 2000, tornou-se agora a segunda mais frequente.

A OMS estima que a mortalidade adolescente associada a esta doença esteja mesmo a aumentar nesta faixa etária, ao contrário do que acontece em todas as outras.

Isto pode reflectir as melhorias nos cuidados de saúde junto das crianças seropositivas, o que faria aumentar aquelas que chegam vivas à adolescência, admite a OMS.

No entanto, nesta faixa etária os doentes não estão a receber o tratamento e os cuidados necessários para sobreviver e evitar a transmissão.

No relatório, a OMS destaca ainda o “peso elevado” das doenças mentais na saúde dos adolescentes.

Globalmente, escreve a organização, a depressão é a principal causa de doença e deficiência nesta faixa etária e o suicídio é a terceira causa de morte.

“Alguns estudos mostram que metade das pessoas que desenvolvem problemas mentais tem os primeiros sintomas até aos 14 anos. Se os adolescentes com problemas mentais receberem os cuidados de que precisam, isso pode prevenir mortes e evitar o sofrimento ao longo da vida”, concluem os autores do relatório.

A OMS destaca também uma “redução significativa” das mortes por complicações na gravidez e parto entre as adolescentes desde 2002, particularmente nas regiões onde a taxa de mortalidade materna é mais alta: Sudeste asiático (57%), Mediterrâneo Oriental (50%) e África (37%).

Apesar disso, a mortalidade materna ainda é a segunda causa de morte entre as raparigas dos 15 aos 19 a nível global, apenas ultrapassada pelo suicídio.

Novos dados recolhidos pela OMS sobre a saúde dos adolescentes concluem que menos de um em cada quatro faz exercício suficiente – a organização recomenda pelo menos uma hora de exercício moderado a vigoroso por dia, e em alguns países um em cada três é obeso.

Por outro lado, há algumas tendências positivas, como a redução das taxas de tabagismo nos adolescentes mais jovens em países de alto rendimento e em alguns de baixo e médio rendimento.

A OMS recorda que a adolescência é um período importante para criar as fundações de uma vida saudável, recordando que muitos dos comportamentos que propiciam as principais doenças não transmissíveis começam ou reforçam-se nesta altura.

“Se não forem abordados, os problemas de saúde e comportamentos que começam na adolescência – como o consumo de tabaco e álcool, os padrões alimentares e de exercício – têm um sério impacto na saúde e desenvolvimento dos adolescentes de hoje e potencialmente efeitos devastadores na sua saúde como adultos amanhã”, diz a principal autora do relatório, Jane Ferguson.

O relatório sublinha por isso a necessidade de mais países seguirem o exemplo de Estados como a Índia, cuja estratégia para a saúde dos adolescentes aborda um vasto espectro de questões, como a saúde mental, a nutrição, o consumo de substâncias, a violência, as doenças não transmissíveis e a saúde sexual e reprodutiva.

Assinalado hoje com rastreios do cancro da pele
O Dia do Euromelanoma assinala-se hoje com rastreios do cancro da pele. Uma doença que tem vindo a aumentar, estimando-se o...

Para comemorar o dia, 42 serviços de dermatologia vão realizar rastreios dos vários tipos de cancros de pele, tendo como alvo principal as pessoas com risco acrescido.

Esta iniciativa é da responsabilidade da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) e conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e a Direcção-Geral de Saúde.

Segundo a APCC, “a incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo estimando-se que em 2014, em Portugal, apareçam 11.000 novos casos, dos quais cerca de 1000 serão Melanomas”.

A associação alerta que as maratonas e outros desportos ao ar livre estão a contribuir para o aumento de casos de cancros de pele, apesar de os portugueses estarem a ter mais cuidados de protecção à exposição solar.

O melanoma é um dos tipos de cancro mais grave, sendo responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo. Só em Portugal surgem cerca de 1.000 novos casos de melanoma todos os anos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, morrem todos os meses cerca de 22 pessoas com melanoma avançado.

No site, a associação deixa um conselho: “Se tem pele clara, se já sofreu queimaduras na infância e adolescência, se costuma passar muito tempo ao sol, se frequenta ou frequentou solários, se tem uma pele com muitos sinais, ou antecedentes na família com casos de cancro da pele, não ignore esta situação e faça o seu rastreio”.

Investigadores indicam
O recuo dos glaciares na Antárctida ocidental passou um limite estabelecido e é agora “irreversível e imparável”, de acordo com...

“Este estudo demonstra que foi ultrapassado um limite crítico”, afirmou ontem Tom Wagner, investigador do programa de criosfera da NASA, acrescentando que o mesmo “não se baseia em simulações de computador ou em modelos numéricos”.

“Este estudo tem por base a interpretação empírica de mais de quarenta anos de observações, a partir de satélites da NASA”, referiu.

O professor de Ciências do Sistema da Terra da Universidade da Califórnia e glaciólogo da NASA Eric Rignot sustentou que “a observação mostra claramente o recuo irreversível de grande parte dos glaciares”.

“Já passámos um ponto sem retorno e isto terá consequências graves para o nível do mar em todo o mundo”, disse Eric Rignot, referindo que este processo “poderia triplicar a sua contribuição na alteração do nível dos oceanos”.

Já na década de 1970, os investigadores que estudavam os glaciares assinalaram como “ameaçada” a zona da Antártida junto ao mar de Admunsen, onde há seis glaciares gigantes: Pine Island, Thwaites, Haynes, Pople, Smith e Kohler.

Todos eles descem das montanhas até ao mar, tendo os investigadores explicado que a linha de assentamento, área onde a base do glaciar toca no fundo do oceano, tem recuado rapidamente nas últimas décadas.

“A descarga de gelo no oceano tem vindo a aumentar de forma continuada há mais de 40 anos”, afirmou Eric Rignot.

O investigador calculou que o glaciar Smith já tenha recuado cerca de 35 quilómetros.

“Estes glaciares vão continuar a derreter até desaparecerem e o facto de tal acontecer ao mesmo tempo em todos indica uma causa comum”, que é o “aumento da temperatura dos oceanos”, defendeu.

A partir de uma fotografia
Software inovador consegue mostrar como vai ficar a sua cara a partir de uma fotografia da infância.

A Universidade de Washington criou um programa de computador que permite pegar numa fotografia de uma criança de três anos, por exemplo, e perceber como vai ficar aos 80, como explicou a cientista Ira Kemelmacher-Shlizerman à NBC. Uma viagem de décadas em apenas 30 segundos.

O teste foi feito em 82 casos e todos eles corresponderam à realidade. A investigadora adverte, no entanto, que nem todos os casos podem dar este resultado e o estilo de vida pode provocar alterações, como o tabaco ou o álcool.

Mais do que a curiosidade em saber como vamos envelhecer, Ira Kemelmacher-Shlizerman, realça que o programa de computador pode ser muito importante para as cirurgias plásticas e, principalmente em operações de reconstrução do rosto, para que as pessoas fiquem sempre com a sua aparência “natural”.

Veja o vídeo aqui.

 

Não sofra em silêncio
A violência doméstica é muito comum na nossa sociedade, e o perfil do agressor não se define através
Olho com hematoma

Define-se violência doméstica pela existência de agressões físicas e/ou psicológicas, temporárias ou permanentes, praticadas principalmente no seio familiar entre casais, namorados, ex-casais, pais e filhos. Habitualmente começa pela violência psicológica podendo, ou não, "evoluir” para a violência física.

Violência física

Agressão

Qualquer forma de contacto físico agressivo que inflija dor à vítima. As marcas da agressão podem nem sempre ser visíveis, pois o agressor, normalmente, tem o cuidado de fazê-lo em partes do corpo que não são expostas e estejam cobertas por roupa.

Sexual

A prática de sexo forçado ou actos sexuais indesejados são também outra forma de violência física.

Violência psicológica

Verbal

Quando o agressor agride verbalmente a vítima na intimidade ou em frente a outras pessoas.

Financeira

Quando existe dependência financeira de uma das partes, esta torna-se numa "arma” usada para chantagem e para controlar a relação. Ameaçar retirar o apoio financeiro e impedir a vítima de arranjar um emprego que lhe garante independência financeira são as atitudes mais frequentes.

Emocional

Tentativas de rebaixar, humilhar e chantagear são constantes provocando na vítima sentimentos de inutilidade e culpabilização que não correspondem à realidade.

A mulher é identificada, pelas autoridades, como a principal vítima de violência doméstica, mas as crianças, os idosos e os homens também sofrem este tipo de violência. Os motivos são variados, e devem-se frequentemente a desentendimentos domésticos associados ao sentimento de posse que o agressor tem em relação à vítima. As estatísticas indicam que grande parte dos casos estão relacionados com o consumo de álcool e drogas, substâncias que potenciam a agressividade já existente.

A violência doméstica funciona como um ciclo. Primeiro gera-se o conflito, depois a agressão seguida do arrependimento e por fim a reconciliação, até que apareça outro motivo para a agressão e os passos se repetirem. É assim sucessivamente ao longo do tempo. Por outro lado, as agressões podem passar a ser mais frequentes (com intervalos menores) e com mais agressividade. Quando existem filhos, estes sofrem um forte impacto negativo ao assistirem às agressões, e isso poderá reflectir-se, também, em actos agressivos durante o crescimento até à idade adulta.

O que fazer?

Não desculpe os actos do agressor baseado/a em crenças do passado. Se é vítima de violência doméstica não deve sofrer em silêncio e permitir que tal aconteça. Existem linhas de apoio e associações, que dão apoio durante todo o processo de ruptura, a quem denunciar a sua situação. A violência doméstica é crime, pode e deve ser denunciada pela própria vítima ou por terceiros às autoridades.

Contactos úteis

Polícia de Segurança Pública - contacte a Esquadra da área da sua residência

Linha Nacional de Emergência Social (LNES) - 144

Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica - 800 202 148

Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) - 116 006

UMAR - 800 202 148

Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - 217 983 000 (Lisboa) - 222 074 370 (Porto)

Associação de Mulheres Contra a Violência - 213 802 160

Associação Portuguesa de Mulheres Juristas - 211 994 816

Casa da mãe - Obra de promoção social do distrito de Coimbra - 239 827 666 / 963 667 059

UMAR Açores - Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres (Delegação da Ilha Terceira) - 295 217 860 - Fax: 295 217 861

Associação Presença Feminina (Funchal) - 291 759 777

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"Sexting"

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Uma realidade ou um mito?
O desempenho sexual e os métodos para o melhorar estão, desde sempre, bem presentes na história da H
Casal de namorados apaixonados

O termo afrodisíaco tem origem há milhares de anos na mitologia grega, derivado daquela que era designada como a deusa do amor e da beleza, Afrodite. Os afrodisíacos designam-se como substâncias que contribuem para aumentar o desejo e melhorar esse desempenho.

Os efeitos dos afrodisíacos são, na sua maioria, direccionados para o sexo masculino embora também sejam procurados pelas mulheres. Não existem, contudo, testes científicos que comprovem a veracidade destes efeitos a nível global.

Grande parte destas substâncias consideradas afrodisíacas são naturais, embora, também já existam produtos químicos desenvolvidos para melhorar o desempenho sexual. É exemplo disso o sildenafil, fármaco utilizado para tratar a disfunção eréctil do homem. Este medicamento funciona apenas a nível fisiológico, não actua na libido (desejo sexual) logo, a sua utilização como afrodisíaco não é recomendada pois, tal como os outros fármacos, a sua administração deve ser feita mediante aconselhamento e prescrição médica.

Em relação aos produtos naturais existem vários que podem, de certa maneira, ter alguma influência a nível sexual. Todas as substâncias classificadas como energéticas e consideradas afrodisíacas, podem sem dúvida melhorar o desempenho sexual. Proporcionando mais energia tanto a nível físico como mental e, sendo o acto sexual também um exercício físico é natural que se verifiquem melhorias.

Os odores, a maneira de vestir, o toque, a maneira de falar, são tudo factores que podem ser considerados afrodisíacos. Variam de pessoa para pessoa, pois o efeito que provoca pode ser o inverso consoante o gosto, sensibilidade, cultura, etc., de cada um. Na alimentação, tudo o que seja visualmente semelhante aos órgãos sexuais masculino e feminino pode também, para alguns, ter um efeito afrodisíaco. Ou seja, tudo o que contribua para aumentar o desejo, sem ser obrigatoriamente uma substância pode ser considerado afrodisíaco.

Mesmo alguns alimentos podem ter um efeito afrodisíaco como, as ostras, o caviar, o chili, o chocolate, as trufas, o pepino, a banana, a avelã, os morangos, o ginseng, o guaraná, ovos de codorniz, etc. Mas também os chifres de rinoceronte, as pétalas de rosas, alguns perfumes, determinada música, pedras preciosas, etc.

Numa relação, o trato, o respeito e a atenção com o parceiro, quer a nível sexual como na rotina diária, serão provavelmente o melhor dos afrodisíacos a utilizar. Aplicando sempre este último conceito e complementando com qualquer outro tipo de substâncias acima abordadas irá, com toda a certeza, sentir os efeitos afrodisíacos.

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Malo Clinic
A Periodontologia é a especialidade da Medicina Dentária dirigida à prevenção, diagnóstico e tratame
PERIODONTOLOGIA

As doenças periodontais são provocadas pela acumulação de bactérias nos tecidos da cavidade oral. O depósito de placa bacteriana e de tártaro (placa bacteriana calcificada) no sulco existente entre a gengiva e os dentes origina uma inflamação crónica que destrói os tecidos que suportam a dentição.

As doenças periodontais dividem-se em dois grandes grupos: a gengivite e a periodontite.

A gengivite é provocada pela acumulação de bactérias no sulco gengival, originando inflamação e consequente vermelhidão e sangramento da gengiva. Apesar de qualquer pessoa com deficiente higiene oral ser suscetível de desenvolver gengivite, determinados fatores como a gravidez, a puberdade, dentes mal posicionados ou uso de próteses difíceis de higienizar potenciam o aparecimento da patologia. No caso da gengivite, o tratamento passa pela remoção de toda a placa bacteriana e tártaro acumulado, eliminando-se assim maus sabores e odores orais. Durante o tratamento o paciente aprende os procedimentos para uma correta higiene oral.

Quando a gengivite não é corretamente diagnosticada e tratada, a infeção bacteriana pode progredir transformando-se numa Periodontite, um problema mais complexo que afeta outros tecidos para além das gengivas. A Periodontite provoca a irreversível perda de osso, com consequente mobilidade dentária, sendo a principal causa de perda dentária nos adultos. Stress emocional, tabagismo ou doenças sistémicas como a diabetes podem funcionar como fatores de risco no aparecimento da doença.

Nestes casos já não é possível repor o osso perdido, sendo que o objetivo é travar a progressão da doença eliminando a infeção. Para tal, são removidos os depósitos de placa bacteriana e tártaro das bolsas periodontais. Em casos mais complexos, é necessário recorrer à Cirurgia Periodontal, durante a qual as raízes são expostas para que a limpeza seja realizada de modo adequado. Concluído o tratamento, cabe ao paciente cumprir o programa de manutenção, onde se incluem medidas especificas de higiene e consultas regulares de Higiene Oral.

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Assembleia da República
Semana do Euromelanoma assinalada com a apresentação do Livro Melanoma 2013 na Assembleia da República.

A Assembleia da República acolhe hoje 13 Maio, pelas 18h00, a apresentação do livro Melanoma 2013. É o primeiro livro técnico, escrito em Português, sobre Melanoma, que pretende preencher uma lacuna sentida pelos profissionais da área de saúde.

A publicação, elaborada por investigadores e médicos de diferentes especialidades das várias áreas envolvidas na prevenção, diagnóstico e tratamento do melanoma, reúne a informação essencial a saber sobre um dos tipos mais grave de cancro.

Maria José Passos, actual presidente do Intergrupo Português do Melanoma, coordenadora e autora do livro reforça que “Melanoma 2013 pretende ser uma ferramenta útil e actualizada, destinada a todos os profissionais de saúde interessados neste tema. Abrange todas as fases da doença desde a prevenção e detecção precoces, ao diagnóstico e tratamento e pretende contribuir para uma melhor compreensão da doença e uniformização de critérios de diagnóstico e tratamento em todo o país”.

A apresentação do livro decorre no âmbito da Semana do Euromelanoma, iniciativa europeia que pretende sensibilizar para a prevenção deste tipo de cancro, e antecede o Dia do Euromelanoma, assinalado a 14 de Maio.

O Livro conta com o apoio e participação de investigadores, médicos e representantes das várias sociedades científicas e associações, envolvidas no tratamento do melanoma: o Intergrupo Português do Melanoma, a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, a Sociedade Portuguesa de Oncologia, a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Sociedade Portuguesa de Radiologia e a Ordem dos Médicos.

O melanoma é um dos tipos de cancro mais grave, sendo responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo.

Na Europa, nas últimas décadas, a incidência de melanoma tem aumentado cerca de 5% e atinge com frequência adultos jovens, em fase de vida activa.

Só em Portugal surgem cerca de 1.000 novos casos de melanoma todos os anos. 

Segundo dados do INE, morrem todos os meses cerca de 22 pessoas com melanoma avançado.

Ética
Ministério da Saúde quer que todas as instituições do SNS aprovem código de ética, que prevê sanções disciplinares.

Todos os colaboradores do Serviço Nacional de Saúde que recebam ofertas pelo desempenho de funções terão de as registar e entregar à Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, devendo ser doadas a instituições de solidariedade. Esta é uma das medidas com as quais o Ministério da Saúde tenciona reforçar os padrões de ética profissional e o “combate à corrupção, informalidade e posições dominantes” no SNS. Todos os colaboradores, independentemente da profissão, vão ter de passar a respeitar regras no atendimento ao público, antecipar conflitos de interesses, mesmo pessoais, cumprir o dever de sigilo ou respeitar regras de requisição de material, passando a estar sujeitos a responsabilidade disciplinar em caso de incumprimento.

As medidas surgem num projecto de despacho sobre a obrigatoriedade de códigos de ética nas instituições do SNS, que inclui um modelo de referência a replicar pelas unidades e sobre o qual a tutela pediu parecer ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), que ontem tornou públicas as suas recomendações. Segundo o projecto de despacho, o objectivo do governo é que todos os estabelecimentos do SNS elaborem no prazo de seis meses estes códigos, para os quais estabelece princípios transversais, mas admite margem para ajustamentos locais.

Um dos requisitos é que os códigos de ética deverão aplicar-se a todos os colaboradores e demais agentes da instituição, “independentemente do vínculo ou posição hierárquica que ocupem”. Este é um dos pontos reforçados no parecer do CNECV, que considera positivo que o âmbito do documento vá além dos profissionais já abrangidos por códigos deontológicos próprios. Logo que estejam em vigor, os profissionais devem ter conhecimento dos mesmos e declarar tê-los lido e compreendido.

Prevenir conflitos pessoais

Além de reforçar obrigações no atendimento ou prestação de informação e contas, o governo deixa algum trabalho às instituições. Terão, por exemplo, de incluir nos seus códigos a enumeração de “situações concretas” que constituam impedimento, incompatibilidade ou conflito de interesses, e que possam pôr em causa a imparcialidade, onde incluem conflitos pessoais como “potenciais vantagens para o próprio ou familiares”. Todas as situações que possam originar conflitos terão de ser comunicadas aos superiores hierárquicos, estipula o diploma.

Outra área em que também deverá haver trabalho ao nível das instituições prende-se com o combate à fraude e desperdício. O código deverá sublinhar que não é permitida a “utilização abusiva dos recursos materiais”, devendo cada entidade explicitar regras de requisição e uso de equipamentos a que passam a estar sujeitos todos os colaboradores.

A novidade concretizada com mais detalhe diz, contudo, respeito ao que o governo designa de ofertas institucionais, não tendo a tutela explicado ontem a sua abrangência. Em 2013, uma revisão do estatuto do medicamento tornou obrigatório todos os profissionais, mas também associações, comunicarem ao Infarmed a recepção de ofertas, donativos e patrocínios provenientes da indústria farmacêutica.

O novo diploma alarga esse controlo a todas as ofertas institucionais, sejam uma dádiva ou uma gratificação, e estabelece um destino para as mesmas, considerando que os bens depositados na Secretaria-Geral do Ministério da Saúde devem “ser entregues a instituições que prossigam fins de carácter social.”

No parecer, o CNECV assinala em vários pontos a pertinência do despacho na promoção da isenção ou boa utilização de recursos. A maioria das recomendações vai no sentido de uma maior clarificação do que se pretende, por exemplo, em pontos como a promoção da participação dos cidadãos nas tomadas de decisão das instituições. O conselho assinala, por fim, que o projecto omite o papel das comissões de ética locais na definição dos códigos, considerando que deveriam colaborar com os gestores na sua elaboração.

Devido à crise
Portugueses com mais de 65 anos recorrem cada vez mais às consultas gratuitas dos Médicos do Mundo por não terem condições...

Carla Paiva, directora geral da ONG em Portugal, explicou que isso é especialmente evidente, no caso português, entre os maiores de 65 anos, sendo que a maioria dos que vão às consultas são cidadãos nacionais.

“Ao contrário de Espanha, que se debate com a crise desde 2010, nós vivemos esta crise desde 2008. São quase seis anos a viver com a crise do serviço de saúde, especialmente para os imigrantes e para as pessoas com mais carências económicas”, disse.

Entre as situações mais complicadas destaca-se a situação das famílias que “antes tinham uma situação financeira tranquila, que perderam os seus empregos e começam a ter problemas de acesso aos cuidados de saúde, especialmente os acessos básicos”.

“A situação é ainda pior quando têm crianças. Temos cada vez mais pedidos de casais que até agora tinham condições para aceder ao sistema nacional de saúde, pagar as suas taxas moderadoras”, disse.

“E ainda as pessoas acima dos 65 anos. Temos cada vez mais pedidos vindo de idosos com baixas reformas que não têm como pagar a sua medicação. O apoio medicamentoso é uma das nossas vertentes em crescimento”, frisou.

Entre os problemas detectados, Carla Paiva destaca a falta de informação, a barreira administrativa e até as dificuldades com a língua de “pessoas que apesar de estarem há muitos anos em Portugal não conhecem o sistema, ou as condições para terem, por exemplo, isenção das taxas moderadoras”.

Uma situação idêntica à que se vive noutros países do sul da Europa.

“Temos verificado, nos últimos anos, um aumento significativo de pessoas que não são imigrantes ou irregulares a aproximarem-se dos Médicos do Mundo”, disse hoje em Madrid o responsável da organização em Espanha, Álvaro González.

“Entre os mais afectados estão pessoas com doenças crónicas, com dependentes a seu cargo e pessoas com poucos recursos económicos”, afirmou.

Uma realidade que assume ainda maior dimensão na Grécia, por exemplo, onde mais de um quarto de todos os que recorrem às consultas da organização são cidadãos nacionais e não imigrantes.

“Com o nível de desemprego a 27%, com mais de 3 milhões de pessoas sem cobertura sanitária, num universo de 10 milhões, diariamente os Médicos do Mundo recebem nas consultas muitas pessoas que são nacionais e não gregos”, explicou Liana Mailli, presidente dos Médicos do Mundo Grécia.

Dados da organização referem que em todos os seus centros, 25% dos pacientes são gregos e em alguns casos (como o centro em Perama) essa média chega aos 75%.

Igualmente grave é o aumento de ataques racistas e xenófobos: em 2012 em Espanha, por exemplo, só 6% dos imigrantes que iam às consultas dos MdM reportavam um tratamento xenófobo, valor que aumentou para 33% este ano.

No caso espanhol a situação é especialmente complicada para imigrantes que estão “há 10 ou 15 anos em Espanha” que “viveram o boom espanhol, estavam regularizados, co filhos que nasceram aqui, sofreram a crise, perderam o emprego e agora estão excluídos do sistema nacional de saúde”, disse González.

Crise na Europa
Grávidas e crianças são o sector da população mais afectado na saúde pela crise na Europa, revela um relatório dos Médicos do...

Há mulheres a suportarem todos os custos com cuidados pré-natais e parto e crianças sem acesso à saúde, sobretudo vacinação.

A anteceder as eleições europeias (25 de Maio), os Médicos do Mundo (MdM) apresentou esta terça-feira, em Madrid, o seu relatório sobre o acesso dos mais desfavorecidos a cuidados de saúde na Europa em tempo de crise, com especial foco nas mulheres grávidas e crianças. A organização aproveitou para apelar aos governos e instituições europeias que assegurem a universalidade, solidariedade, justiça e abertura dos sistemas de saúde nacionais a todos os que vivem na UE.

No seu relatório, a rede internacional Médicos do Mundo apresenta dados-chave de 2013, reunidos a partir de 29.400 consultas realizadas em alguns dos seus centros e clínicas de cuidados saúde por toda a Europa (em 25 cidades em oito países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Países Baixos, Reino Unido e Suíça):

• Dois terços das mulheres grávidas não receberam quaisquer cuidados pré-natais antes de acederem aos centros MdM. Entre aquelas que tiveram acesso a cuidados pré-natais, 43% foram observadas muito mais tarde do que o recomendado.

• Na melhor das hipóteses, apenas uma em cada duas crianças foi vacinada contra o tétano, hepatite B, sarampo ou tosse convulsa. Em alguns países, esta taxa ficou abaixo dos 30% - bastante abaixo da taxa de cobertura da população em geral, a qual é de cerca de 90%.

• Apenas 2% dos utilizadores do serviço MdM cita a saúde pessoal como razão para a migração, refutando o argumento de que os mecanismos de protecção constituem um factor de atracção para os migrantes.

• 76% dos inquiridos relataram ter vivido pelo menos um incidente de violência. Cerca de 20% desta violência aconteceu na Europa.

A crise económica e as medidas de austeridade tomadas pelos governos estão a ter efeitos graves e duradouros na saúde das pessoas. Os migrantes indocumentados, os requerentes de asilo, os utilizadores de drogas, os trabalhadores do sexo, os pobres e os mais desfavorecidos – grupos já muito vulneráveis antes da crise – estão a ser duramente atingidos pela redução, ou até pela anulação total, dos sistemas e redes que lhes proporcionavam a assistência essencial.

Em Espanha, por exemplo, o Decreto-lei Real de 16/2012 impede o acesso dos migrantes adultos indocumentados ao sistema mas defende que grávidas e crianças devem continuar a ter acesso incondicional a cuidados de saúde. No entanto, as equipas da MdM Espanha registaram muitos casos de mulheres grávidas e crianças com barreiras a estes cuidados.

A crescente precariedade da saúde dos doentes mais desfavorecidos que tem vindo a ser observada pelos centros da MdM em toda a Europa é uma causa grave de preocupação, sublinha o relatório.

“Enquanto as mulheres e crianças deveriam receber uma protecção especial devido à sua elevada vulnerabilidade, o relatório demonstra que estas são mais afectadas pela crise do que qualquer outro sector da população. De facto, em muitos países, as grávidas sem seguro de saúde têm de suportar todos os custos relacionados com os cuidados pré-natais e o parto. Os obstáculos financeiros e legais estão também a excluir um número crescente de crianças do acesso a cuidados de saúde, incluindo a vacinação”, acrescenta ainda a organização.

Os Médicos do Mundo deixam ainda a advertência: “Alguns partidos políticos estão a explorar esta situação, aumentando o abuso sobre os mais pobres e tornando-os bodes expiatórios da crise. Testemunhamos também um aumento da xenofobia, resultando em cada vez mais casos de assalto e crimes de ódio.”

Estas desigualdades estão a destruir a fundação social da solidariedade na Europa e devem ser revertidas, conclui a organização.

Peritos defenfem
Portugal deve adoptar novos modelos de financiamento e negociação que garantam o acesso dos doentes com hepatite C aos...

“O novo grupo de fármacos permite a cura definitiva em mais de 90% dos doentes tratados”, lembra o Consenso Estratégico para a Gestão da Hepatite C em Portugal, que hoje é apresentado em Lisboa.

De acordo com os 30 peritos que trabalharam nas recomendações, “o elevado custo associado” aos novos medicamentos “exige novos modelos de financiamento, e consequentemente de negociação, que garantam o acesso à inovação, de acordo com critérios de prioridade clínica e justiça social”.

O documento recomenda também a criação de uma rede de gestão e referenciação, que deve respeitar a experiência dos centros já existentes e a distribuição epidemiológica da doença.

“Deve estar acautelada a liberdade do doente poder escolher o centro de referenciação onde quer fazer o tratamento, dado o carácter fortemente estigmatizante da hepatite C”, referem os especialistas.

O documento constata que as normas de orientação clínica elaboradas em Portugal há cerca de dois anos já estão cientificamente ultrapassadas e considera que há “um enorme hiato” entre a preparação actual dos profissionais de saúde acerca da hepatite C e o estado do desenvolvimento da ciência e da prática clínica.

Os peritos aconselham ainda que a hepatite C passe a ser uma doença de notificação e registo obrigatório, o que pode permitir que os doentes tenham acesso aos melhores cuidados terapêuticos.

Este sistema de registo deve possibilitar que se identifiquem os doentes que precisam de tratamento e deve permitir a monitorização da assistência que é dada.

Segundo o Consenso Estratégico para a Gestão da Hepatite C, em Portugal calcula-se que a prevalência da doença seja de 1 a 1,5% da população. Entre 900 a 1.200 pessoas morrem por complicações decorrentes da doença, nomeadamente de cirrose.

O trabalho que é hoje apresentado em Lisboa foi coordenado pelo médico e deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, pelos hepatologistas Rui Tato Marinho e Paula Peixe e por Henrique Lopes, do Centro de Estudos da Universidade Católica Portuguesa.

Evitar paragens de ambulâncias
Aos 16 médicos com formação específica em emergência pré-hospitalar juntam-se seis, dois dos quais já entraram nas escalas.

O presidente do conselho de administração realça envelhecimento da população para a mudança de paradigma dos doentes que chegam às urgências.

A viatura médica de emergência e reabilitação (VMER) do Hospital de Santarém ficou parada mais vezes do que o normal este ano, devido à limitação dos horários dos médicos. A unidade decidiu, por isso, colocar mais seis profissionais em formação.

“Com a entrada destes seis profissionais voltaremos às taxas de operacionalidade normais”, prevê o presidente do conselho de administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS), José Josué.

Até 2013, “a taxa de inoperacionalidade (da VMER) era muito baixa”, mas a situação alterou-se com a impossibilidade de afectar as horas até aí atribuídas aos médicos.

Por isso, desde o início do ano, a indisponibilidade das viaturas “tem acontecido mais do que desejaríamos”, afirma.

O Hospital Distrital de Santarém tem 16 médicos com formação específica em emergência pré-hospitalar e, devido à alteração da legislação que limita o número de horas atribuídas aos clínicos, colocou mais seis em formação, dois dos quais já entraram nas escalas.

Um outro está a acabar a formação e mais três vão passar a integrar as equipas em Junho, adianta o responsável.

José Josué destaca que o perfil de utilização da emergência pré-hospitalar se está a alterar, assistindo-se a um número cada vez maior de saídas e para situações fora do que era comum.

“Hoje é muito comum a VMER ser chamada para lares da terceira idade, o que altera o que era o seu perfil de funcionamento e vem pôr em causa a capacidade de uma VMER. É uma situação que está a ser revista e que nos preocupa porque a emergência pré-hospitalar é muito importante, são muitas vidas que se salvam”, explica.

José Josué realçou ainda que a “evolução do paradigma” dos doentes que chegam às urgências está relacionada com o envelhecimento da população.

O presidente do conselho de administração adianta que está em estudo a possibilidade de criar “equipas profissionalizadas exclusivamente dedicadas à urgência”, sendo o hospital a escolher os clínicos a fixar.

Com um orçamento de 65 milhões de euros (menos cinco milhões que há dois anos), o hospital de Santarém conseguiu reduzir substancialmente o valor da dívida no final de 2013, com o pagamento extraordinário de 22 milhões de euros.

O hospital tem 1.409 efectivos, 151 médicos mais 120 internos (em formação) e 469 enfermeiros, e abrange perto de 200 mil habitantes de nove concelhos.

Angariação de verbas
A PharmAssistant está a angariar verbas, no Lisbon Challenge, para levar a cabo um novo projecto que tem como objectivo...

A combinação de um frasco para comprimidos com sensores e uma aplicação móvel para garantir que os alertas de tomas são recebidos na altura certa, é a forma como a empresa PharmAssistant pretende combater o desperdício de medicamentos.

A invenção consiste na criação de um alerta para telemóveis que envia um sinal sonoro ao doente indicando-lhe que está na hora de tomar o remédio. Simultaneamente, o recipiente onde está o medicamento envia um sinal sonoro e luminoso para que este não se engane no medicamento a ingerir. A mensagem recebida através do telemóvel indica-lhe, ainda, qual a dosagem certa a tomar.

A empresa pretende comercializar o produto a partir de dezembro, conta o TeK, mas para isso precisa de reunir verbas. Nesse sentido, está a realizar uma campanha de crowdfunding, a Indiegogo, com o objectivo de angariar cerca de 14 mil euros para produzir a embalagem e desenvolver as aplicações móveis para iOS e Android, que ficarão disponíveis de forma gratuita para “interagir” com as SmartBottles.

A campanha está a ser desenvolvida no Lisbon Challenge.

Veja o vídeo aqui.

Submetido a aprovação
A AbbVie submeteu o pedido de Autorização de Introdução no Mercado à Agência Europeia do Medicamento de um regime terapêutico...

·         A submissão tem por base o maior programa de fase III com doentes com hepatite C, genótipo 1 (GT1), realizado até à data [1]

·         A Agencia Europeia do Medicamento concedeu uma avaliação acelerada ao pedido da AbbVie

 

A AbbVie submeteu o pedido de autorização de introdução no mercado à Agencia Europeia do Medicamento (EMA), para a aprovação de um regime terapêutico oral e sem interferão para o tratamento de doentes adultos infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C (GT1). O pedido de autorização tem por base o maior programa de ensaios clínicos de um regime terapêutico oral, sem interferão, realizado em doentes com hepatite C, genótipo 1, que consistiu num total de seis estudos de fase III que incluiu mais de 2.300 doentes em 25 países.

“Esta submissão regulamentar coloca-nos mais próximo de podermos dar acesso aos doentes crónicos de hepatite C, com o genótipo 1, a um regime terapêutico oral, sem interferão, que representa um avanço promissor no tratamento da população com hepatite C na União Europeia”, afirmou Scott Brun, M.D., vice-presidente da área de Desenvolvimento Farmacêutico da AbbVie. “Esta fase regulamentar, após a submissão do mesmo pedido feita nos Estados Unidos, é um passo importante no nosso pipeline.”

Concedida a Avaliação Acelerada

A EMA concedeu à AbbVie uma avaliação acelerada para o pedido de aprovação do regime terapêutico constituído por ABT-450/ ritonavir, ombitasvir (ABT-267), e desabuvir (ABT-333), uma designação que é concedida aos novos medicamentos de grande interesse para a saúde pública. A revisão dos pedidos de autorização de introdução no mercado da AbbVie será conduzida por processo centralizado que quando concluído, concede a autorização de introdução no mercado em todos os 28 estados membros da União Europeia (UE). Embora a avaliação acelerada possa encurtar o tempo de revisão da EMA para aproximadamente dois meses, este não garante um parecer positivo do Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) ou aprovação final da Comissão Europeia. Caso sejam aprovados, o regime terapêutico constituído por ABT-450/ ritonavir, ombitasvir (ABT-267) e dasabuvir (ABT-333) podem estar disponíveis para comercialização na UE, no primeiro trimestre de 2015.

Globalmente, cerca de 160 milhões de pessoas estão infectadas com hepatite C crónica [2] e é estimado que 3 a 4 milhões de pessoas sejam infectadas todos os anos.[3] Na Europa, aproximadamente 17,5 milhões de pessoas têm hepatite C crónica, [4] com GT1 como o genótipo predominante.

Sobre o regime em investigação para o HCV da AbbVie

O regime em investigação da AbbVie consiste na combinação de uma dose fixa de ABT-450/ritonavir (150/100mg) combinado com ombitasvir (ABT-267) 25mg, com toma diária, e dasabuvir (ABT-333) 250mg com ou sem ribavirina (consoante o peso), duas vezes ao dia. A combinação de 3 mecanismos de acção diferentes interrompe o processo de replicação do vírus da hepatite C com o objectivo de optimizar as taxas de RVS (resposta virológica sustentada) nas diferentes populações de doentes.

Informação adicional relacionada com o programa de estudos de Fase III da AbbVie pode ser encontrada em www.clinicaltrials.gov.

Programa de Desenvolvimento para o VHC da AbbVie

O programa de desenvolvimento clínico para o VHC da AbbVie tem como propósito aumentar o conhecimento científico e os cuidados clínicos através da investigação de um regime livre de interferão e totalmente oral, com e sem ribavirina, a fim de alcançar elevadas taxas de resposta virológica sustentada no máximo de doentes possível, incluindo os doentes que tipicamente não respondem bem à terapêutica - é o caso dos não respondedores à terapêutica com base em interferão ou dos doentes com fibrose hepática ou cirrose em estadio avançado.

O ABT-450 foi descoberto na sequência da colaboração existente entre a AbbVie e a Enanta Pharmaceuticals para investigação de inibidores da protease contra o vírus da hepatite C e regimes que incluem inibidores da protease. O ABT-450 está a ser desenvolvido pela AbbVie para utilização em associação com outros medicamentos experimentais da AbbVie para o tratamento do VHC.

[1] Comparação com base na análise de dados em www.clinicaltrials.gov para programas de Fase 3a de Gilead, BMS e BI, em 15 de novembro 2013.
[2] Lavanchy D. Evolving epidemiology of hepatitis C virus. Clin Microbiol Infect. 2011; 17(2):107-15.
[3] World Gastroenterology Organisation. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: Diagnosis, Management and Prevention of Hepatitis C. April 2013. http://www.worldgastroenterology.org/assets/export/userfiles/WGO_Hepatit.... Consultado a 25 de Abril 2014.
[4] EASL Clinical Practice Guidelines: management of hepatitis C virus infection. European Association for the Study of the Liver. J Hepatol. 2014;60:392-420.

1 milhão de dólares para novas terapias contra o cancro
Passar o testemunho para angariar fundos que apoiem a investigação, tornem as novas terapias acessíveis mais rapidamente e...

Siemens doa um dólar por cada passagem de testemunho - real e virtual - até totalizar 1 milhão de dólares.

Campanha arrancou em Nova Iorque mas qualquer um, em qualquer lugar do mundo, pode associar-se e contribuir em facebook.com/TheBatonPass.

A Siemens, um dos líderes mundiais em soluções de imagiologia, diagnóstico laboratorial e sistemas de informação médica, juntou-se à Stand Up To Cancer® - organização norte-americana sem fins lucrativos - na campanha “The Baton Pass™” (Passe o Testemunho), para que os benefícios gerados pela investigação sobre o cancro possam tornar-se mais rapidamente acessíveis aos doentes e, assim, conseguir salvar vidas.

A campanha “The Baton Pass™” funciona como uma estafeta, composta por vários eventos nos Estados Unidos da América, nos quais um testemunho passa de mão em mão – entre doentes, sobreviventes, familiares, médicos e profissionais de saúde, cientistas... – num percurso que demonstra a união de vontades na luta contra o cancro e que pretende levar a esperança a quem é confrontado com um diagnóstico de cancro.

Consciente de que esta esperança só pode ter significado com mais investimento em investigação e na rápida transferência dos novos conhecimentos para a prática clínica, a Siemens doa à Stand Up To Cancer® (SU2C) um dólar por cada vez que o testemunho mudar de mãos, até que se atinja um milhão de dólares. Além das passagens de testemunho reais, também as virtuais valem um dólar nesta campanha de donativos Siemens, que estará em vigor até 5 de Setembro do corrente ano.

Para o efeito, foi criado um sistema GPS que permite acompanhar cada nova etapa da passagem de testemunho através do Facebook. Foi igualmente criada uma aplicação em facebook.com / TheBatonPass que possibilita a qualquer cidadão, em qualquer parte do mundo, fazer uma passagem virtual de testemunho - dedicando-a aos que lutam contra o cancro ou à memória daqueles cuja vida se perdeu para a doença - e contribuir com o seu donativo.

“A Siemens partilha a convicção da Stand Up to Cancer® de que é fulcral acelerar o ritmo da conversão das descobertas científicas em terapias clínicas para conseguir salvar mais vidas”, referiu Gregory Sorensen, médico e CEO do sector Healthcare da Siemens na América do Norte. “As tecnologias de diagnóstico por imagem e laboratoriais são imprescindíveis para estas descobertas científicas e permitem salvar vidas todos os dias. Por isso mesmo, a Siemens orgulha-se desta iniciativa, que motiva o público a envolver-se com este tema e apoia a equipa de investigadores de excelência da SU2C”.

A campanha acaba de arrancar em Nova Iorque e embora decorra no território norte-americano, o facto de qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, poder participar torna-a realmente global. “E os benefícios que resultarem da investigação e da sua aplicação à prática clínica serão válidos em qualquer ponto do globo“, reforça o mesmo responsável.

No Instituto do Sangue
Tribunal entende que contratos não respeitavam as regras e que se destinavam a preencher necessidades definitivas com...

O Tribunal de Contas chumbou um contrato do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), no valor de 449.434 euros, que se destinava à contratação de trabalhadores a prazo e que foi feito em Julho de 2013. Esta entidade já tinha proibido este recrutamento de técnicos de recolha de sangue em Novembro, entre outros motivos por entender que os contratos não respeitavam as regras da Administração Pública e por considerar que se destinavam a preencher necessidades definitivas com tarefeiros. Mas o IPST recorreu e perdeu de novo, de acordo com a decisão agora conhecida.

Segundo o acórdão, o Tribunal de Contas optou por recusar a contratação adjudicada à empresa A Temporária – Empresa de Trabalho Temporário, Lda. com o argumento de que esta viola as regras da Administração Pública no que diz respeito a institutos públicos, como é o caso do IPST.

No entender do tribunal, estes contratos a termo certo não serviam apenas para resolver necessidades temporárias. “Através deste contrato, o IPST obtém trabalhadores para, através do seu trabalho, prestado de forma subordinada, assegurar a satisfação de necessidades permanentes daquele serviço”, defende o acórdão, que entende que IPST não estava a adquirir apenas um serviço, vinculando os trabalhadores a horários fixos e às regras e hierarquia do instituto.

“O contrato em causa pretende contratar trabalhadores para assegurarem o normal funcionamento do IPST, cumprindo a actividade para que está vocacionado e realizando as funções que tem que fazer”, lê-se no acórdão, que acrescenta que “o contrato de utilização de trabalho temporário tem por objecto a prestação de trabalho subordinado, porquanto os trabalhadores cedidos ficam sob a autoridade e direcção do utilizador”, pelo que não poderão ser utilizados por intermédio de uma empresa como a que está em causa.

“Assim, é indubitável que o presente contrato foi celebrado entre pessoas colectivas. É também indubitável que o presente contrato não é formalmente um contrato de trabalho”, insistem os juízes, que consideram que o que o IPST pretendia fazer era adquirir “a prestação de trabalho por trabalhadores, em cuja selecção participa, que desenvolvem actividades próprias do IPST, segundo categorias próprias do pessoal do IPST, nos locais próprios do IPST, com subordinação às orientações fixadas pelo IPST e segundo horários que interessam ao IPST, para satisfação das necessidades permanentes e prossecução das atribuições daquele instituto público”, pelo que não poderia recorrer a estes contratos mas sim aos que se inserem nos termos da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações.

Na altura do recurso, o IPST alegou que “além do acréscimo excepcional da actividade, em algumas épocas do ano e aos fins-de-semana, existe igualmente grande flutuação da actividade semanal, o que gera frequentemente necessidades acrescidas e intermitentes de profissionais que viabilizem directamente as secções de colheita de sangue e apoiem na retaguarda o funcionamento dos respectivos serviços”. O instituto disse também que, na impossibilidade de fazer estas contratações, haverá uma “quebra imediata superior a um terço das colheitas de sangue”, o que terá “impacto no fornecimento aos hospitais e consequente adiamento de intervenções cirúrgicas e tratamento médicos”.

Inférteis lamentam
Associação para o Planeamento da Família diz que lei vai ajudar a combater a baixa natalidade.

Joana descobriu aos 17 anos que não poderia ser mãe. Nasceu sem útero, uma anomalia congénita devido a síndrome MRKH. Como ela, outras 1166 mulheres portuguesas não podem engravidar devido a este problema. Porém, a jovem não perdeu o desejo de ser mãe biológica. Hoje tem 27 anos e quer recorrer a uma “barriga de aluguer”: no caso, a irmã Catarina, de 30 anos. Mas tal só pode acontecer quando a lei da maternidade de substituição for aprovada.

A jovem critica o adiamento da aprovação da nova lei: depois dos trabalhos de preparação da nova lei terem estado parados dois anos, o grupo de trabalho preparou o texto final com base nas propostas do PSD e PS. Na véspera da aprovação pela Comissão Parlamentar da Saúde, a 29 de Abril, os deputados consideraram necessário pedir um estudo de direito comparado com a realidade inglesa.

Em causa estão dúvidas quanto à moldura penal a aplicar em caso de não cumprimento da lei e dos acordos estabelecidos em contrato entre ambas as partes, o casal que recorre à “barriga de aluguer” e a gestante.

O adiamento da aprovação da nova lei faz Joana, que vive na região de Lisboa, recear que tal não venha a acontecer. “Não percebo porque é que não pediram os estudos necessários durante estes dois anos. E agora que o processo estava a avançar é que se lembram disso. Posso esperar uns anos até ser mãe, mas haverá mulheres para quem é uma luta contra o tempo”, afirma.

Duarte Vilar, director executivo da Associação para o Planeamento da Família, defende a nova lei: “Portugal tem uma baixa natalidade, em parte devido a patologias associadas à fertilidade. A nova lei pode resolver o problemas de muitos casais inférteis, e tudo o que é feito para melhorar a natalidade é bom”, explica o responsável.

DGS
A subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas acredita que sem o plano de contingência para temperaturas extremas adversas, que...

O plano para este ano entra em vigor na próxima quinta-feira, dez anos após o Ministério da Saúde ter elaborado o primeiro documento que visou responder a situações como a registada em 2003, quando uma onda de calor foi alegadamente responsável por um excesso de mortalidade.

“Muita coisa foi feita nestes 10 anos”, disse Graça Freitas, recordando que, em 2004, ainda não existiam “medidas estruturadas para responder a fenómenos de temperaturas extremas – seja de calor ou frio”.

A especialista em saúde pública reconhece que existem coisas que “não se conseguem de todo evitar”.

“Há pessoas muito vulneráveis, com múltiplas patologias e terapêuticas e idades muito avançadas. A temperatura – seja calor ou frio – é um dos factores que as descompensa. Há coisas inevitáveis, mesmo num sistema óptimo”, disse.

Para Graça Freitas, “haverá sempre um pico de excesso de mortalidade. Pode ser é maior ou menor e faremos tudo para que seja o menor possível”.

Este ano, o documento - que envolve vários actores da saúde, segurança social, protecção civil, instituições sociais, meteorologia, entre outros – investe “ainda mais no trabalho multi-institucional”.

“Queremos ser mais eficazes e mais eficientes, com as mesmas instituições e outras, e criar mecanismos que reforcem o nosso trabalho conjunto”, disse Graça Freitas.

No âmbito deste trabalho, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe a coordenação do plano, solicitou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “contemplasse um código (de pagamento) para situações de pessoas que, estando acamadas, imobilizadas, idosas e sem as condições climatéricas adequadas, podem ter necessidade de, por um período curto, serem transferidas para instituições que não um hospital”.

“O Ministério da Saúde está a acautelar para que este transporte seja pago, porque não estava previsto. O que está previsto é o transporte de pessoas de casa para o hospital”, frisou.

Graça Freitas ressalva que “estes pequenos entraves administrativos nunca serviram de entrave para deixar alguém para transportar”.

“Há mecanismos de solidariedade a nível local que permitiram sempre que as pessoas que necessitaram de ser transportadas do seu domicílio para um sítio mais confortável do ponto de vista do clima o fossem sempre”, disse.

A especialista considera que as medidas que foram activadas no âmbito destes planos foram potencialmente preventivas de complicações e de morte.

“Se tudo for feito, é expectável que havendo um excesso de mortalidade fosse mil, sem as medidas seriam mais”, adiantou.

Para o futuro, Graça Freitas revelou que os vários elementos que trabalham no plano “estão a começar, desde já, a trabalhar para ter um melhor sistema de informação que apoie a monitorização do acompanhamento do plano”.

O “Relatório da onda de calor de 23/06 a 14/07 de 2013 em Portugal Continental” revelou que o número de mortos em Portugal devido ao calor no verão aumentou 30% face ao ano anterior, o que correspondeu a mais 1.684 óbitos do que o esperado.

Em Londres
Um grupo de enfermeiros portugueses apresentou, ontem, formalmente em Londres, uma associação para apoiar profissionais...

A Diáspora dos Enfermeiros - Associação de Enfermeiros Portugueses no Estrangeiro é uma evolução do portal com o mesmo nome criado há cerca de quatro anos para ajudar muitos jovens que olhavam para o estrangeiro como forma de encontrar emprego na sua área profissional.

Segundo as próprias estimativas, existem 10 mil enfermeiros oriundos de Portugal emigrados em países como Reino Unido (5000), Suíça (2000), França (1000) e Irlanda (500), mas a mudança de país nem sempre é fácil, admite Sabrina Ferreira, que chegou no início de 2011 e integra a comissão instaladora.

“A Diáspora vem como que para evitar abusos no processo de recrutamento para o estrangeiro, pois cada vez há mais agências a fazer muito dinheiro com os enfermeiros portugueses e há casos menos felizes que poderiam ser evitáveis se o enfermeiro português fosse devidamente informado de direitos e do processo em si”, conta.

O site agrega informações de todo o processo de emigração para muitos países, incluindo Austrália, Angola e Brasil, um manual para ajudar na instalação no Reino Unido e testemunhos com experiências e conselhos.

Agora, a associação, que se apresentou na Embaixada de Portugal no Reino Unido, ontem, quer ser mais dinâmica, e organizar eventos de formação ou simplesmente de convívio. “Há que fazer com que os que emigrem se sintam unidos e com sentimento de pertença a algo”, explicou Sabrina Ferreira.

Uma vertente deste desejo em aproximar a comunidade é o acompanhamento que desejam fazer a outros portugueses emigrados ultrapassarem obstáculos como a barreira da língua para beneficiarem melhor do sistema de saúde britânico.

“Coisas simples como a inscrição num médico de família podem levar a que se 'pegue' a tempo numa família disfuncional e se evite o suicídio de um dos membros por exemplo. Somos todos enfermeiros e vemos isso na prática”, garante esta enfermeira.

No futuro, a associação pretende fazer actividades como ensinar suporte básico de vida às crianças portuguesas no Reino Unido, organizar caminhadas, sessões de esclarecimento sobre serviço nacional de saúde britânico, incentivar a doação de sangue ou promover rastreios de doenças.

A Diáspora dos Enfermeiros deseja ser activa em mais países, mas começa a sua actividade no Reino Unido, onde trabalham actualmente os onze membros fundadores, um reflexo da crescente tendência de emigração para este país em menos de uma década.

Em 2005, só 15 enfermeiros portugueses se inscreveram no Nursing and Midwifery Council (NMC), entidade que regula a actividade no Reino Unido; em 2013 registaram-se 1211, confirmando a posição de segunda nacionalidade mais representativa de enfermeiros estrangeiros a trabalhar recentemente no Reino Unido.

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